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EPO I – Aula 01 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I
Aula 01 - Introdução à Eletrônica de Potência

Prof. Leandro Michels, Dr. Eng.
leandromichels@gmail.com
1
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Eletrônica de potência
Eletrônica de potência é a tecnologia
associada ao eficiente processamento e
controle da energia por meios estáticos a partir
da sua forma disponível de entrada e forma
desejada em sua saída
Sua faixa de potência vai de mW (telefone
celular) a centenas de MW (sistemas de
energia)
Área multidisciplinar
2
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Eletrônica de potência
Áreas de conhecimento associadas:
Conversão de energia
Circuitos elétricos
Eletrônica
Controle
Instrumentação
Sistemas de energia
Máquinas elétricas
Compatibilidade eletromagnética
3
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Eletrônica de potência
Métodos de processamento da energia:
Linear → conversão através de transistores
operando como resistores variáveis → elevadas
perdas → eletrônica analógica convencional
(ex.: amplificador de som de rádio)
Comutada → conversão através de dispositivos
eletrônicos operando como interruptores →
operação em etapas
(ex.: sistema de partida suave de motores →
softstarters)
4
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores estáticos
Classificação quanto à forma de conversão:
CC-CC (pulsador)

E1

CA-CC (retificador)
CC-CA (inversor)

Retificador

v1,f1

Conversor
indireto CA
Conversor
direto CA

Conversor
direto CC

CA-CA (gradador/
cicloconversor)

Conversor
indireto CC

E2

Inversor

v2,f2
5

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores estáticos
Classificação quanto ao fluxo de energia:
1. Unidirecional em tensão e corrente (1 quad)
2. Bidirecional em tensão e unidirecional em corrente
(2 quad)
3. Bidirecional em corrente e unidirecional em tensão
(2 quad)
4. Bidirecional em tensão e corrente (4 quad)

ik
2o quad.

1o quad.

3o

4o

quad.

quad.

vk
6

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores estáticos
Classificação quanto ao modo de operação:
Conversores comutados pela linha (EPO1)
Necessitam de uma tensão CA externa para
operarem adequadamente
Empregam interruptores não-controlados
(diodos) e semi-controlados (tiristores)
Conversores completamente controláveis (EPO2)
Não necessitam de tensão CA externa
Empregam interruptores não-controlados
(diodos) e completamente controlados
(transistores)
7
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Aplicações: conversores estáticos

8
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores comutados pela linha
Dispositivos de processamento de energia

Diodo

Tiristor
Prof. Leandro Michels

Indutor (reator)

Capacitor
metalizado (CA)

Transformador

Capacitor
eletrolítico (CC)

9
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores comutados pela linha
Dispositivos de proteção e dissipação

Ventilador

Resistor

Dissipador de calor

Resistor NTC
Prof. Leandro Michels

Varistor

Snubber
Fusível para
semicondutor

10
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores comutados pela linha
Dispositivos de instrumentação

Sensor de corrente
shunt

Sensor de
corrente hall
Prof. Leandro Michels

Sensor de
temperatura

Sensor de
tensão trafo

Sensor de
tensão hall

11
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores comutados pela linha
Dispositivos de comando e controle

Transformador
de pulso
Placa de aquisição e
controle
Driver isolado

Fonte CC
Prof. Leandro Michels

12
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Aplicações dos conversores estáticos
1. Conversores comutados pela linha
Aplicações → altas potências
São muito empregados em aplicações
industriais
São muito confiáveis
Empregam freqüências de comutação
baixas e elementos reativos grandes
13
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores não-controlados – carga RL
Principais tipos:
Monofásico de meia onda

E1

Retificador

v1,f1

Monofásico de onda completa
com ponto médio
Retificador monofásico de
onda completa em ponte
Retificador trifásico com
ponto médio
Retificador trifásico de onda
completa
Empregam apenas diodos
Prof. Leandro Michels

14
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores não-controlados – carga RL
Aplicações

Alternador

Mineração - bauxita
15

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores não-controlados – carga RC
Principais tipos:

E1

Retificador

v1,f1

Monofásico em onda completa
Monofásico como dobrador
de tensão
Trifásico

Empregam apenas diodos
16
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores não-controlados – carga RC
Aplicações

Estágio de entrada de fontes
para computador
Prof. Leandro Michels

Fontes p/ equipamentos
eletrônicos
17
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores diretos CC lineares
Principais tipos:
Regulador de tensão a diodo
zener

E1

Retificador

v1,f1

Regulador de tensão a transistor
Regulador de tensão a CI

Circuito sem comutação
18
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores diretos CC lineares
Aplicações

Estágio de saída de fontes p/
equipamentos eletrônicos
Prof. Leandro Michels

Estágio de saída de fontes p/
equipamentos eletrônicos

19
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores controlados – carga RL
Principais tipos:
Monofásico de meia onda

E1

Retificador

v1,f1

Monofásico de onda completa
Retificador trifásico com
ponto médio
Retificador trifásico de onda
completa

Empregam diodos e tiristores
20
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores controlados – carga RL
Aplicações

Solda e corte
Fornos a arco CC
Prof. Leandro Michels

21
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores controlados – carga RL
Aplicações

Galvanização eletrolítica

Eletrolisação
22

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores controlados – carga RL
Aplicações

HVDC (Transmissão de energia
em corrente contínua)
23
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores controlados – carga RLE
Aplicações

Excitatriz estática (geração do
campo) para motor CC e gerador
síncrono

Motor CC → giro unidirecional
24

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores duais
Principais tipos:

E1

Retificador

v1,f1

Monofásico com ponto médio
Monofásico em ponte
Trifásico com 3 pulsos
Trifásico com 6 pulsos

Empregam apenas tiristores
25
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores duais
Aplicações

Motor CC → giro bidirecional
Indústria de laminação, papel, cimento, mineração
26
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Gradadores
Principais tipos:

v1,f1

Gradadores monofásicos
Gradadores trifásicos

Conversor
direto CA

Controle por ciclos inteiros
v2,f2

Empregam apenas tiristores
27
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Gradadores – carga R
Aplicações

Controle de temperatura
Ducha eletrônica

Fornos industriais
28

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Gradadores – cargas genéricas
Aplicações

Estabilizadores eletrônicos de
tensão

Chaves de transferência
estática
29

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Gradadores – carga L
Aplicações

Compensadores estáticos de potência reativa
(FACTS – transmissão de energia)
30
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Gradadores – carga RLE
Aplicações

Sistema de partida suave para motores
(soft-starters)
Prof. Leandro Michels

31
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Cicloconversores
Principais tipos:
Trifásicos 3 pulsos com ponto
médio
Trifásico 6 pulsos, em ponte,
para cargas isoladas

v1,f1

Conversor
direto CA

Trifásicos 6 pulsos, em ponte,
para cargas não isoladas
v2,f2

Empregam apenas tiristores
32
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Cicloconversores
Aplicações

Controle de motores CA de propulsão de alta potência
(trens, navios, guindastes)
33
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Inversores
Principais tipos:
Monofásicos
Trifásicos 3 braços
Trifásicos 4 braços

E2

Inversor

v2,f2

Empregam tiristores e diodos
34
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Inversores
Aplicações

Forno de indução
35
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Aplicações dos conversores estáticos
2. Conversores completamente controláveis
Aplicações → potências pequenas a médias
São muito empregados em sistemas
comerciais e resitências
Possuem elevada densidade de potência
Empregam freqüências de comutação
elevadas e elementos reativos pequenos
36
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores comutados em alta freqüência
Classificação dos conversores estáticos:
CC-CC (pulsador)
CA-CC (retificador)

E1

CC-CA (inversor)
CA-CA (gradador/
cicloconversor)

Retificador

v1,f1

Conversor
indireto CA
Conversor
direto CA

Conversor
direto CC
Conversor
indireto CC

E2

Inversor

v2,f2
37

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversor CC-CC – alta freqüência
Aplicações

Fontes de computadores
(VRM)

Fontes CC-CC para
equipamentos eletrônicos
38

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Retificadores – alta-freqüência
Aplicações

Retificadores para aplicações
em telecomunicações

Carregadores compactos para
equipamentos eletrônicos
39

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Inversores – alta-freqüência
Aplicações

Amplificadores de som

Estágio de saída de inversores
de freqüência
40

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores CA-CA – alta-freqüência
Aplicações

Acionamento de motores
41
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversores indiretos (em cascata)
E1

Podem utilizar
conversor de baixa
freqüência (BF) em
conjunto com
outro de alta
freqüência (AF)

Retificador

v1,f1

Conversor
indireto CA
Conversor
direto CA

Conversor
direto CC
Conversor
indireto CC

E2

Inversor

v2,f2

42
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Conversor indiretos (em cascata)
Aplicações

Fonte para telecom
Retificador (AF)
CC-CC (AF)

No-breaks
Retificador (BF/AF)
Inversor (AF)

Inversor de freq.
Retificador (BF)
Inversor (AF)

43
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Case real
A Schulz S/A adquiriu dois transformadores de
6,625 MVA de potência e 13,8 kV com um
retificador de saída de 12 pulsos (cada) para
alimentar um forno de indução de 9MVA. Cada
transformador possui 12 pulsos defasados de 30º
entre si e deslocados 7,5º em relação ao ângulo de
origem (um transformador positivo e outro
negativo), o retificador é alimentado pelos 2
transformadores simultaneamente, resultando,
assim, um sistema com uma defasagem de 15°
entre os pulsos.
44
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 01 – Informações gerais

Case real
Perguntas:
1. Porque decidiu-se usar um retificador de 24
pulsos?
2. Porque os transformadores (juntos) tem potência
de 13,25MVA se a potência da carga é de 9MVA?
3. Como foram dimensionados os diodos/tiristores
para este sistema?
Talvez vocês nunca precisarão projetar um dos
sistemas estudados em EPO1, mas é bem possível
que precisem conhecer estes sistemas em uma
decisão de compra ou para manutenção
45
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I
Aula 02 – Teoria básica dos conversores
estáticos

Prof. Leandro Michels, Dr. Eng.
leandromichels@gmail.com
1
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Teoria básica dos conversores estáticos
Um sistema de conversão estática de energia
é constituído dos seguintes elementos:

energia
Fontes

energia
Conversor estático

Cargas

Embora a(s) fonte(s) e a(s) carga(s) não componham
os conversores, elas são fundamentais para o
funcionamento do sistema de conversão de energia
2
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Teoria básica dos conversores estáticos
Os conversores estáticos são
formados pelos seguintes
grupos de elementos:
Não-lineares → dispositivos
semicondutores (diodos, tiristores,
etc.)
Lineares reativos → indutores,
capacitores e transformadores
Lineares dissipativos → resistores
(não existente em conversores
ideais)
Prof. Leandro Michels

3
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Teoria básica dos conversores estáticos
Função de cada grupo de elementos:
Não-lineares → operam como interruptores para fazer
a conversão de correntes ou tensões de CA→CC e
CC→CA
Lineares reativos → operam como armazenadores
intermediário da energia; efetuam alterações na
magnitude de correntes e tensões, isolação galvânica
(transformadores) e filtragem de tensões e/ou correntes
(OBS: o mesmo elemento pode ter mais de uma função)
Lineares dissipativos → operam como consumidores
de energia; empregados para o amortecimento de
oscilações e proteção de dispositivos
4
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos não-lineares (semicondutores)
Característica fundamental:

ik

Dispositivo de dois terminais
(excluindo os terminais de controle)

+
vk

Operação como interruptor

-

Modos de operação (comportamento ideal):
Interruptor aberto → a corrente que flui
pelo dispositivo é nula
Interruptor fechado → a tensão nos
terminais dos dispositivos é nula
A comutação entre modos é instantânea

vk
ik= 0
vk= 0
ik
5

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos não-lineares (semicondutores)
ik
conduz

Característica estática (ideal):

conduz

Somente sobre os eixos da
curva vk x ik (perdas nulas)
bloqueia
bloqueia
vk
Condução → Tensão nula
Bloqueio → Corrente nula
Equivalente a uma resistência
⎧0, ligado
com dois valores distintos
Rk ( t ) = ⎨
⎩∞, desligado
Os interruptores empregados em eletrônica de
potência, em geral, não operam nos 4 quadrantes.
Portanto, precisa-se conhecer sua característica.
6
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos não-lineares (semicondutores)
Característica dinâmica (genérica):
Comutação espontânea:
Deslocamentos sobre os eixos vk x ik no 2º ou 4º quad.
Ocorre sem nenhum sinal externo de comando
Ex.: abertura e fechamento de diodos, abertura de
tiristor
Comutação comandada:
Mudança do estado de condução (de fechado para
aberto ou vice-versa) → deslocamentos sobre os eixos
vk x ik no 1º ou 3º quad.
Ocorre devido a sinal externo de comando
Ex.: fechamento do tiristor
Prof. Leandro Michels

7
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos não-lineares (semicondutores)
Característica dos dispositivos:
Diodos:
Unidirecional em corrente e unidirecional em tensão
(é um curto-circuito para tensões positivas)
Entrada em condução → espontânea (vk>0)
Saída de condução → espontânea (transição de
ik>0 → ik=0)
ik

1
+
vk
-

esp.

conduz

ik

bloqueia

vk

2
8
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos não-lineares (semicondutores)
Tiristores:
Unidirecional em corrente e bidirecional em tensão
Entrada em condução → comandada (vk>0 e ig>0)
Saída de condução → espontânea (transição de
ik>0 → ik=0)
ik

1
+
vk
2

esp.

conduz

ik

bloqueia

com.
bloqueia
esp.

vk

9
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos não-lineares (semicondutores)
Característica de associação de dispositivos:
Tiristor com diodo em antiparalelo:
Unidirecional em tensão e bidirecional em corrente
Entrada em condução → comandada (vk>0 e ig>0)
e espontânea (vk<0)
Saída de condução → espontânea (transição de
ik<0 → ik=0)
1
+
vk
ig

2

esp.

conduz

ik

Tiristor
com.

bloqueia

conduz

ik

esp.

vk
10

Prof. Leandro Michels

Diodo
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos não-lineares (semicondutores)
Tiristores em anti-paralelo:
Bidirecional em tensão e corrente
Entrada em condução → comandada (vk>0 e ig1>0) ou
(vk<0 e ig2>0)
Saída de condução → espontânea (ik>0→ik=0) ou
(ik<0→ik=0)
ik

ig2
+
vk
-

ig1

2

Tiristor 1
esp.

com.

bloqueia
bloqueia
com.

Tiristor 2
Prof. Leandro Michels

Tiristor 1
conduz

1

conduz

ik

esp.

Tiristor 2

vk
11
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos lineares reativos
Característica fundamental:
Dispositivo de dois ou mais terminais
Armazenadores de energia → campo elétrico
(capacitor) ou campo magnético (indutor)
Não dissipam energia → a quantidade de energia
que é absorvida deve ser posteriormente devolvida

12
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos lineares reativos
Capacitores:
Possuem o comportamento de uma fonte de tensão
A tensão em seus terminais não pode ser mudada
imediatamente → resulta em corrente infinita
Podem ser operar em circuito aberto
Não podem operar em curto-circuito → exceção
quando vc(t)=0
i
Apresentam, na prática, resistências (RSE) e
indutâncias parasitas

dvc ( t )
ic ( t ) = C
dt
Prof. Leandro Michels

1
c

vc
2

t

1
vc ( t ) = ∫ ic ( t ) dt + vc ( 0 ) , ∀t > t0
C0

13
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos lineares reativos
Indutores:
Possuem o comportamento de uma fonte de corrente
A corrente em seus terminais não pode ser mudada
imediatamente → resulta em tensão infinita
Podem ser operar em curto-circuito
Não podem operar em curto aberto → exceção
quando iL(t)=0
Apresentam, na prática, resistências (RSE) e
capacitâncias parasitas

iL

Podem possuir derivações (mais terminais)

diL ( t )
vL ( t ) = L
dt

Prof. Leandro Michels

1
vL
2

t

1
iL ( t ) = ∫ vL ( t ) dt + iL ( 0 ) , ∀t > t0
C0

14
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos lineares de conversão
Transformadores (ideais):
Idealmente se comportam como um dispositivo sem
dinâmica → comportamento de fontes de corrente e
tensão acopladas
Não processa energia CC → impedância nula
i1

N1:N2

v1

i1

i2

i2
v2

v1

i2N2
N1

+
- v1N2
N1

v2

N2
⎧
⎪v2 ( t ) = N v1 (t )
⎪
1
⎨
⎪i ( t ) = N 2 i (t )
2
⎪1
N1
⎩

Obs.: Este modelo não funciona para sinais CC
15
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos lineares de conversão
Transformadores (reais):
Possuem dinâmica (indutâncias mútua e dispersão)
→ comportamento de fonte de corrente
A corrente em seus terminais não pode ser mudada
imediatamente → resulta em tensão infinita
Podem ser operar em curto-circuito
Não podem operar em curto aberto → exceção
quando iL(t)=0 → resulta em sobretensões nos outros
enrolamentos
Apresentam, na prática, resistências (RSE) e
capacitâncias parasitas
16
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos lineares de conversão
Transformadores x Auto-transformadores:
Transformadores → possuem isolação galvânica →
cada enrolamento pode estar em qualquer potencial
(desde que respeitada a tensão de isolação entre os
enrolamentos)
Auto-transformadores → não possuem isolação
galvânica

Auto-transformador
Prof. Leandro Michels

Transformador

17
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos lineares de conversão
Transformadores (reais):
Modelo equivalente (desprezando-se as resistências)

L12 = L21 =

⎡v1 ( t ) ⎤ ⎡ L11
⎢
⎥=⎢
⎢v2 ( t ) ⎥ ⎣ L21
⎣
⎦
Prof. Leandro Michels

L12 ⎤ d ⎡i1 ( t ) ⎤
⎥
⎥ dt ⎢
L22 ⎦ ⎢i2 ( t ) ⎥
⎣
⎦

n2
LM
n1

L11 = Ll1 +

n1
L12
n2

L22 = Ll 2 +

n2
L12
n1

18
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Elementos lineares dissipativos
Característica fundamental:
Dissipam a energia
Geram calor
Diminuem a eficiência da conversão
Resistores:
Não possuem dinâmica
iR

1
vR

vR ( t ) = R iR ( t )

2
19
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Fontes
Característica fundamental:
Dispositivo de dois ou mais terminais
Fundamentalmente são fornecedores de
energia (podem absorver em parte do tempo)
Podem ser unidirecionais ou bidirecionais
Modos de operação (comportamento ideal):

if

1
+
vf
2

Fonte de tensão → a tensão é imposta
pela fonte e a corrente depende da
carga
Fonte de corrente → a corrente é
imposta pela fonte e a tensão depende
da carga
Prof. Leandro Michels

20
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Cargas
Característica fundamental:
Dispositivo de dois ou mais terminais
Fundamentalmente são absorvedores de
energia (mas também podem devolver
energia)

iL
+
vL
-

Podem ser unidirecionais ou bidirecionais
Principais comportamentos das cargas:
Resistivo
Resistivo-indutivo
Resistivo-indutivo-fonte
Fonte
Prof. Leandro Michels

21
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Fundamentos da conversão estática
Princípios fundamentais:
1) Interconexão entre a(s) fonte(s) e a(s) carga(s)
intermediada por interruptor(es)

energia
Fontes

Ex.: retificador
E

~
Fonte

energia
Conversor estático

Cargas

S1

S2

Conversor estático

R

Carga
22

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Princípios fundamentais dos conversores
2) A comutação do(s) interruptor(es) ocorre de forma
cíclica → controle do fluxo de potência e
direcionalidade da tensão e/ou corrente
Ex.: retificador → corrente de saída unidirecional
Quando vF(t)<0
Quando vF(t)>0
vF
t
iF

E

~

Fonte

vF

S1

S2

Conversor estático

iL

vF

iL
t

iL

t

iF
R vL

E

Carga

~

vF

Fonte

S1

tt

iL

R v
L

S2

Conversor estático

Carga

Com vF(t) é cíclica (senóide), os interruptores devem
comutar de cíclica para tornar vL(t)>0
23
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Princípios fundamentais dos conversores
3) Utilização de elementos reativos → filtragem
Ex.: retificador → corrente de saída unidirecional
iL

vF

c/ filtro
s/ filtro

t

t
S1

iF

~
Fonte

L
vF

iL

R v
L

S2

Conversor estático

Carga

A inclusão do indutor diminui a ondulação na
corrente de saída
Prof. Leandro Michels

24
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Princípios fundamentais dos conversores
3) Utilização de elementos de conversão → alteração
da amplitude da tensão e/ou corrente
Ex.: retificador → tensão de saída unidirecional
vF

vL
t

iF
1:2

~

iL

vF

Fonte

t

S1

S2
Conversor estático

R v
L

Carga

O autotransformador altera o valor da tensão CA
25
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Princípios fundamentais dos conversores
3) Utilização de elementos de conversão → isolação
galvânica
Ex.: retificador → tensão de saída unidirecional
vF

vL
t

iF

~

E

Fonte

1:1

t
S1

vF
S2
Conversor estático

iL

R v
L

Carga

O transformador é empregado para se obter a
isolação galvânica
Prof. Leandro Michels

26
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Princípios fundamentais dos conversores
4) Associação de fontes
Fonte de tensão em série com indutor →
comportamento de fonte de corrente

=
Fonte de corrente em paralelo com capacitor →
comportamento de fonte de tensão

=
27
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Princípios fundamentais dos conversores
5) Conexão de fontes por interruptores
Fonte de tensão não podem ser curto-circuitadas
(exceção vc=0 ou E=0)
vc

S

E

S

Fonte de corrente não podem ser abertas
(exceção iL=0 ou iF=0)
iL

S

iF

S
28

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Princípios fundamentais dos conversores
5) Conexão de fontes por interruptores
Fonte de tensão só podem ser conectadas em
paralelo quando vc1=vc2 ou vc1=E
S

S

vc2

vc1

vc1

E

vc1≠vc2

vc1≠E
Fonte de corrente só podem ser conectadas em
série quando iL1=iL2 ou iF=iL2
iL2

iL1
S

iL1≠iL2
Prof. Leandro Michels

iF

iL2
S

iF≠iL2

29
EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores

Princípios fundamentais dos conversores
6) Princípio básico da concepção de conversores
Interconexão em cascata de fontes de natureza
diferente
Utilização de interruptores para conversão das
formas de onda

...

Fonte de
tensão

Fonte de
corrente

Fonte de
tensão

Fonte de
corrente
30
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I
Aula 03 – Índice de avaliação de
desempenho de conversores

Prof. Leandro Michels, Dr. Eng.
leandromichels@gmail.com
1
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Medidas e índices de desempenho
Por que usar?
• Os conversor não são ideais, possuem
perdas, geram distorções
• Avaliar comparativamente o desempenho
dos conversores
• Dimensionar os dispositivos do circuito

2
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Exemplo: Conversor ideal
Retificador monofásico:
vF
iF

vL
t

E

vF

Fonte

Corrente drenada
senoidal
Fator de potência
unitário

iF

t

iL

Conversor estático

Perdas nulas
Valor ilimitado
para tensões e
correntes

Z

vL

Carga

Ondulação nula na
variável de saída
(tensão ou corrente)
3

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Exemplo: Conversor real
Retificador monofásico:
vF
iF

vL
t

E

vF

iF

Fonte

Corrente de entrada
distorcida (forma de
onda não senoidal)
Fator de potência
não-unitário
Prof. Leandro Michels

t

iL

Conversor estático

Perdas
Limitação de
tensões e
correntes nos
compoentes

Z

vL

Carga

Ondulação nãonula na variável de
saída (tensão ou
corrente)
4
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho
Como avaliar ou especificar o desempenho de um
conversor estático real?
Através da utilização de índices é possível se
qualificar quantitativamente o desempenho do
conversor com relação à corrente drenada, a
variável de saída e perdas.
Principais grupos de índices de desempenho:
Medidas
Índices CA
Índices CC
Conversão
5
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Medidas elétricas
1) Valor médio (nível cc)
Dada uma função periódica f(t)=f(t+T), onde T é o
período em que a função se repete, (constante), temse que seu valor médio é dado por:

f med =

1
T

t0 + T

∫ f ( t ) dt

t0

Para formas de onda senoidais → f med = 0
Variáveis com componente CC → f med ≠ 0

6
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Medidas elétricas
2) Valor eficaz (rms)
Dada uma função periódica f(t)=f(t+T), onde T é o
período em que a função se repete, (constante), temse que seu valor eficaz é dado por:

1
f ef =
T

t0 + T

∫

⎡ f ( t ) ⎤ dt
⎣
⎦
2

t0

Para formas de onda não-nulas → f ef ≠ 0

7
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Medidas elétricas
3) Potência
A) Tensão e corrente senoidais
• Potência aparente
• Potência ativa
• Potência reativa

S = Vef I ef

P = Vef I ef cos ( φ )

Q = Vef I ef sen ( φ )

B) Tensão e/ou corrente não-senoidal (periódicas)
• Potência aparente

S = Vef I ef
t +T
2π
1
1
P=
∫ v ( t )i ( t ) dt = 2π ∫ v ( ωt )i ( ωt ) d ωt
T t
0
0

• Potência ativa

0

• Potência reativa

Q = S 2 − P2
8

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
1) Distorção harmônica total (THD)
É a razão entre o valor rms do conteúdo harmônico
pelo rms da quantidade fundamental, expressada em
percentual, ou seja, se refere ao fator de distorção
percentual de uma tensão ou corrente com relação a
uma senóide. Seja uma função periódica f(t)=f(t+T),
esta pode ser escrita por uma série de Fourier:

⎡
⎛ kπ x ⎞
⎛ kπ x ⎞ ⎤
v( x) = a0 + ∑ ⎢ ak cos ⎜
⎟ + bk sen ⎜
⎟
L ⎠
L ⎠⎥
⎝
⎝
k =1 ⎣
⎦
∞

ou:

Prof. Leandro Michels

⎡
⎛ k πx
⎞⎤
v( x) = a0 + ∑ ⎢ck sin ⎜
+ φk ⎟ ⎥
⎝ L
⎠⎦
k =1 ⎣
∞

9
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
onde:
1
a0 =
2L
1
ak =
L
1
bk =
L

k = 1, 2,...

c+2 L

∫

f ( x)dx

ck = ak 2 + bk 2

c

c+2 L

∫
c

c+2 L

∫
c

⎛ kπ x ⎞
f ( x) cos ⎜
⎟ dx,
⎝ L ⎠
⎛ kπ x ⎞
f ( x) sin ⎜
⎟ dx,
⎝ L ⎠

Ck =

k = 1, 2,...

A THD é dada por:
1
THDv =
c1

⎛ ak ⎞
φk = arctan ⎜ ⎟
⎝ bk ⎠

k = 1, 2,...

∞

2

Vef 2 − C12

k =2

ck

C12

ck2 =
∑

Empregado para se verificar o percentual de distorção
devido a presença de harmônicas
10
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
Obtenção de harmônicas → tabelas

Vp

−2π −π

π 2π

vL ( t ) = a0 +

∞

∑

n = q ,2 q ,…

an cos ( nωt )

⎛π⎞
q
a0 = V p sen ⎜ ⎟
π
⎝q⎠
⎛
⎛ nπ ⎞
⎛ π ⎞⎞
an =
⎜ cos ⎜ ⎟ sen ⎜ ⎟ ⎟
2
π ( n − 1) ⎝
⎝ q ⎠
⎝ q ⎠⎠
2qV p

q = no. de pulsos presentes na tensão de saída em um ciclo
11
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
Obtenção de harmônicas → tabelas
Valores normalizados
Formulação genérica
Mais tabelas vide material extra
2α

∞

i1 ( t ) = ∑ bn sen ( nωt )

−π 1
−π
2

n =1

π
-1

2

π

4
⎛ nπ ⎞
bn =
sen ⎜ ⎟ sen ( nα )
nπ
⎝ 2 ⎠

2α
12
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
2) Fator de potência
O fator de potência entre duas função periódicas de
mesmo período v(t)=v(t+T) e i(t)=i(t+T) é definido como
a razão entre a potência ativa, dada em W, e a potência
aparente, dada em VA, ou seja:

P
PF = =
S

1
T

t0 + T

∫ v ( t ) i ( t ) dt

t0

Vef I ef

1
PF = DF
1 + THD 2
P = potência real (média)
S = potência aparente
k = no. de fases

É um índice que relaciona a potência real
e a potência aparente
Prof. Leandro Michels

13
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
3) Fator de deslocamento
O fator de deslocamento de duas funções periódicas
de mesmo período v(t) e i(t), é definido como o ângulo
de deslocamento de fase entre a componente
fundamental da tensão v(t) e a componente
fundamental de corrente i(t). O fator de deslocamento
é dado por:

DF = cos ( θ1 − φ1 )

θ1 = ângulo de v(t) com relação à uma
dada referência
φ1 = ângulo de i(t) com relação à mesma
referência

É igual ao fator de potência para cargas lineares
14
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
4) Fator de crista
É definido como a razão de corrente (ou tensão)
máxima ou de pico pela corrente (ou tensão) eficaz:
I pico
CF =
I ef
Para uma forma de onda senoidal → CF = 2
Para uma forma de onda CC → CF = 1
O fator de crista é usado para determinar a
amplitude do pico de correntes não-senoidais com
relação a uma senóide
15
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
5) Fator de correção de capacidade (CCF)
Uma vez comparado com o fator de crista da forma de
onda senoidal, obtém-se o fator de correção da
capacidade (CCF), que é representado por:
⎛ 2⎞
CCF ( % ) = ⎜
⎜ CF ⎟100%
⎟
⎝
⎠

Potência corrigida → kVAcor = kVAnomCCF
Ex.: Qual a potência máxima nominal que um trafo de
10kVA pode disponibilizar para um retificador com
CF=1,53?
CCF ( % ) = 92,16%
Prof. Leandro Michels

kVAcor = 9.216kVA

16
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – CA
Aplicação a sistemas trifásicos
Sistemas equilibrados → conhecendo-se uma das
fases, sabe-se os outros índices (THD, DF, CF)
Contudo, a fórmula abaixo se aplica a sistemas
t0 + T
trifásicos:
1
∑ T ∫ vk ( t ) ik ( t ) dt
k
P
t0
PF = =
S
∑ Vk ef I k ef
k = fases
k

Ex.: Sistemas trifásicos
P + P2 + P3
P
1
PF = =
S V1ef I1ef + V2 ef I 2 ef + V3ef I 3ef +
17
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho –CC
1) Componente CA
É o valor da componente CA presente na variável CC:

Vca = Vef 2 − Vmed 2
2) Fator de forma
Indica a distorção da forma de onda com relação ao
ideal (corrente contínua).
V

FF =

ef

Vmed

3) Fator de ondulação
É a medida do índice de regulação de uma dada função
2
contínua:

⎛ Vef ⎞
RF = FF − 1 = ⎜
⎟ −1
⎝ Vmed ⎠
2

Prof. Leandro Michels

18
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – Conversor
1) Rendimento
É uma figura de mérito que permite se avaliar a
eficácia de um retificador. Depende dos componentes
e da topologia empregada.

1
T

t0 + T

∫

vL ( t ) iL ( t ) dt

Po
t
η = = t0 +0T
Pi 1
∫ vF ( t ) iF ( t ) dt
T t0
Razão entre a potência ativa de saída e de entrada.
Conversor sem perdas → η=1
19
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – Conversor
2) Estresse nos componentes semicondutores
Está associado ao valor máximo das tensões e
correntes que são aplicados em cada um dos
semicondutores do conversor. Para diodos e tiristores:
Tensão reversa máxima
Corrente de pico
Corrente eficaz
Derivadas de corrente e tensão
Perdas
Quanto menor forem os valores supracitados, menor
e mais barato será o semicondutor.
20
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – Retificação
1) Razão de retificação
Define a efetividade da retificação, através da razão
entre a potência média e o produto entre a tensão e
correntes eficazes de saída.

VLmed I Lmed
σ=
VLef I Lef

É empregado para se determinar o quão eficiente
se dá a retificação
21
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Índices de desempenho – Retificação
2) Fator de utilização do transformador
É a razão entre a potência média de saída e a potência
aparente no secundário do transformador.

VLmed I Lmed
TUF =
∑Vk ef I k ef
k

k = no. de enrolamentos – secundário
Vkef, Ikef = tensão/corrente eficaz
enrolamento

em

cada

Indica o quanto do transformador é utilizado com
relação ao índice de utilização ideal (TUF=1).
22
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Exemplo: Índices CA
Retificador monofásico genérico:
THD da corrente de entrada
⎛1 ∞ 2⎞
THDi ( % ) = ⎜
c 100%
⎜ c1 ∑ k ⎟
⎟
k =2
⎝
⎠
iF

E

i2
vF

v2

DF da corrente de entrada

iL
Z

DF = cos ( θ1 − φ1 )
vL

PF da corrente de entrada

P
1
= DF
1 + THD 2
S
Fator de crista da corrente
no trafo
I Fpico
CF =
I Fef
PF =

Prof. Leandro Michels

23
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Exemplo: Índices CC
Retificador monofásico genérico:
iF

E

i2
vF

v2

Variável de saída → tensão
Componente CA na saída

Vca = Vef 2 − Vmed 2
Ondulação na saída
2

⎛ Vef ⎞
RF = ⎜
⎟ −1
⎝ Vmed ⎠

iL
Z

vL

Variável de saída → corrente
Componente CA na saída

I ca = I ef 2 − I med 2
Ondulação na saída
2

⎛ I ef ⎞
RF = ⎜
⎟ −1
⎝ I med ⎠
24

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Exemplo: Índices de conversão e retificação
Retificador monofásico genérico:
iF

E

i2
vF

v2

Conversão
Rendimento

Po
η=
Pi

Estresse nos componentes

VD max , I D max , VDrev , I Def ,...

iL
Z

vL

Retificação
Razão de retificação

VLmed I Lmed
σ=
VLef I Lef
Fator de utilização

VLmed I Lmed
TUF =
∑Vk ef I k ef
k

Prof. Leandro Michels

25
EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho

Exemplo: Índices de conversão
Retificador monofásico ideal:
iF

E

i2
vF

iL
Z

v2

vL

Variáveis de entrada
(corrente)

Retificador

Variáveis de saída
(tensão/corrente)

THDi = 0%

σ =1

Vca = 0

DF = 1
PF = 1

TUF = 1

RF = 0

CF = 2

η =1
26

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I
Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Prof. Leandro Michels, Dr. Eng.
leandromichels@gmail.com
1
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Diodo ideal
Característica estática

Circuito equivalente
A

esp.

conduz

ik
2
1

bloqueia

1

vk
2

1

A

C

A

C

Polarização reversa → circuito aberto

2

C

Polarização direta → curto-circuito
2

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Diodo real
Característica estática

Circuito equivalente
A

2
1

3

1

2

3

1

C

A

C

v(TO) rT
A

C

vRRM rRRM

Polarização direta → curto-circuito

3

A

Polarização reversa → bloqueio

2

C

Região de avalanche → curto-circuito
3

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Diodo real
Característica dinâmica
Não controlada → chave passiva
Recuperação direta → entrada em condução
Recuperação reversa → saída de condução

Geram problemas em
circuitos de comutação
forçada
Provocam substanciais
perdas e sobrecorrentes

4
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Diodo real
Perdas

P = Psw + Pc

Psw → perdas de comutação (W)
Pc → perdas de condução (W)
P → perdas totais (W)
Perdas de condução

Pc = v(TO )iavg + rT irms

2

iavg → corrente média
irms → corrente eficaz
rT → resistência do diodo – catálogo
v(TO) → tensão de condução - catálogo
Em conversores comutados pela linha, as perdas de
comutação podem ser desconsideradas
5
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Tiristor ideal
Característica estática

esp.

conduz

ik

Circuito equivalente
A

C

3

G
com.

bloqueia

bloqueia
esp.

C

A

C

A

1

A

C

1

2

vk
2
3

1

Polarização reversa → circuito aberto

2

Polarização direta → circuito aberto (sem disparo)

3

Polarização direta → circuito fechado (disparo)
6

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Tiristor real
Característica estática

Circuito equivalente
A

C
G

A

C

1

A

C

v(TO) rT
A

4

3

C

2

3

Polarização direta → curto-circuito

A

C

vRM rRRM

Polarização reversa → bloqueio
Polarização direta → bloqueio
Polarização direta → curto-circuito (disparo)

4

4

1

2

Prof. Leandro Michels

7
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Tiristor real
Característica estática (detalhes)

8
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Tiristor real
Legenda:

9
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Tiristor real
Característica dinâmica

Semi-controlada → abertura não
controlada

10
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Tiristor real
Característica dinâmica

11
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Tiristor real
P = Psw + Pc
Perdas
Psw → perdas de comutação (W)
Pc → perdas de condução (W)
P → perdas totais (W)
Perdas de condução

Pc = v(TO )iavg + rT irms 2

iavg → corrente média
irms → corrente eficaz
rT → resistência do diodo – catálogo
v(TO) → tensão de condução - catálogo
Em conversores comutados pela linha, as perdas de
comutação podem ser desconsideradas
12
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Dimensionamento dos dispositivos
Tensão máxima reversa em diodos e tiristores
Valores recomendados (mesmo assim devem ser
empregados snubbers)

13
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Dimensionamento dos dispositivos
Corrente máxima reversa em diodos e tiristores
Corrente CC
ICCmax = 0.8*IFAV
IFAV →Mean forward [on-state] current [ITAV]

Corrente CA
ICAmax = 0.8*IFRMS
IFRMD → RMS forward [on-state] current [ITRMS]

14
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico
Perdas nos semicondutores:
Condução → associada à potência processada pelo
conversor
Comutação → associada à freqüência de comutação
do conversor → significativa para conversores de alta
freqüência (kHz)
Propósito do cálculo térmico:
Calcular um sistema de dissipação que evite que a
temperatura de junção ultrapasse o máximo valor
permitido na pior condição de temperatura ambiente
na pior condição de operação
15
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico
Verificar as duas condições:
Regime permanente:
Potência média → evitar que a temperatura da
junção ultrapasse o valor máximo pela falta de
tamanho do dissipador
Regime transitório:
Potência de pico → evitar que a temperatura da
junção ultrapasse o valor máximo pela dificuldade de
transferir rapidamente o calor da junção para o
dissipador
16
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
Circuito elétrico equivalente:

Legenda:
P → potência
Rja
T → temperatura
R → resistência térmica
Índices:
j → junção semicondutora
c → encapsulamento (case)
d ou s → dispositivo (device) ou dissipador (sink)
a → ambiente

Dispositivos sem dissipador disponibilizam o valor de Rja
17
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
Projeto:
1) Dados Tj, Ta e P, calcular Rja
P → calculado a partir da corrente que circula pelo
dispositivo, empregando os dados de catálogo
Tj → obtido a partir do valor máximo obtido no
catálogo do semicondutor
Ta → obtido considerando-se a máxima
temperatura ambiente de operação do conversor

R ja =

T j − Ta
P
18

Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
2) Dados Rja, Rjc e Rcd, calcular Rda
Rja → obtido da etapa anterior
Rjc → obtido no catálogo do semicondutor
Rcd → obtido no catálogo do semicondutor

Rda = R ja − R jc − Rcd
3) Dado Rda, obter um dissipador cuja resistência
térmica seja menor (em dissipadores de
comprimento ajustável, calcular o comprimento
mínimo)
19
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
Dimensionamento do dissipador:
Resistências térmicas negativas indicam que é
impossível dissipar a potência demandada
Caso tenha mais de um dispositivo semicondutor
no dissipador, deve-se somar todas as potências
dissipadas pelos mesmo e deixar uma margem de
folga (15%)
No caso de pontes encapsuladas em módulo, o
cálculo é dado pela seguinte equação (vide
Semikron):

R ja = R jc + Rcs + n Rsa

n → número de dispositivos
Prof. Leandro Michels

20
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
Dissipadores de alumínio (ex. HS Dissipadores)
Escolha do perfil e valores da resistência
(comprimento de 4 polegadas)
Compensação por uso de ventilação forçada
Ex.: 0.73oC/W

21
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
Dissipadores de alumínio:
Compensação da diferença de temperatura

22
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
Dissipadores de alumínio:
Compensação da diferença de comprimento

23
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
Dissipadores de alumínio:
Compensação da altitude (ar rarefeito)

24
Prof. Leandro Michels
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – regime permanente
Dimensionamento do dissipador:
Caso tenha mais de um dispositivo semicondutor
no dissipador, deve-se somar todas as potências
dissipadas pelos mesmo e deixar uma margem de
folga (15%)
No caso de pontes encapsuladas em módulo, o
cálculo é dado pela seguinte equação (vide
Semikron):
Os dispositivos não devem ser instalados próximos
à borda do dissipador, nem muito próximos entre si.
Óxido de alumínio preto reduz em 25% a resistência
térmica
Prof. Leandro Michels

25
EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento

Cálculo térmico – considerações finais
Regras práticas:
Impedir que a temperatura da junção ultrapasse o
valor de 80% o valor máximo permissível (aumenta o
MTDF do dispositivo)
Ta → deve ser considerado o valor de 40º para
instalação em ambiente ventilado ou um valor maior
para conversor instalado em ambiente enclausurado
Caso seja preciso isolar o dispositivo do dissipador,
usar isolante (mica, teflon, mylar). Considerar sua
resistência térmica
Recomenda-se usar pasta térmica para evitar bolhas
de ar entre o dispositivo e o dissipador
26
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eletrônica de potência

  • 1. EPO I – Aula 01 – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I Aula 01 - Introdução à Eletrônica de Potência Prof. Leandro Michels, Dr. Eng. leandromichels@gmail.com 1
  • 2. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Eletrônica de potência Eletrônica de potência é a tecnologia associada ao eficiente processamento e controle da energia por meios estáticos a partir da sua forma disponível de entrada e forma desejada em sua saída Sua faixa de potência vai de mW (telefone celular) a centenas de MW (sistemas de energia) Área multidisciplinar 2 Prof. Leandro Michels
  • 3. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Eletrônica de potência Áreas de conhecimento associadas: Conversão de energia Circuitos elétricos Eletrônica Controle Instrumentação Sistemas de energia Máquinas elétricas Compatibilidade eletromagnética 3 Prof. Leandro Michels
  • 4. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Eletrônica de potência Métodos de processamento da energia: Linear → conversão através de transistores operando como resistores variáveis → elevadas perdas → eletrônica analógica convencional (ex.: amplificador de som de rádio) Comutada → conversão através de dispositivos eletrônicos operando como interruptores → operação em etapas (ex.: sistema de partida suave de motores → softstarters) 4 Prof. Leandro Michels
  • 5. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores estáticos Classificação quanto à forma de conversão: CC-CC (pulsador) E1 CA-CC (retificador) CC-CA (inversor) Retificador v1,f1 Conversor indireto CA Conversor direto CA Conversor direto CC CA-CA (gradador/ cicloconversor) Conversor indireto CC E2 Inversor v2,f2 5 Prof. Leandro Michels
  • 6. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores estáticos Classificação quanto ao fluxo de energia: 1. Unidirecional em tensão e corrente (1 quad) 2. Bidirecional em tensão e unidirecional em corrente (2 quad) 3. Bidirecional em corrente e unidirecional em tensão (2 quad) 4. Bidirecional em tensão e corrente (4 quad) ik 2o quad. 1o quad. 3o 4o quad. quad. vk 6 Prof. Leandro Michels
  • 7. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores estáticos Classificação quanto ao modo de operação: Conversores comutados pela linha (EPO1) Necessitam de uma tensão CA externa para operarem adequadamente Empregam interruptores não-controlados (diodos) e semi-controlados (tiristores) Conversores completamente controláveis (EPO2) Não necessitam de tensão CA externa Empregam interruptores não-controlados (diodos) e completamente controlados (transistores) 7 Prof. Leandro Michels
  • 8. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Aplicações: conversores estáticos 8 Prof. Leandro Michels
  • 9. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores comutados pela linha Dispositivos de processamento de energia Diodo Tiristor Prof. Leandro Michels Indutor (reator) Capacitor metalizado (CA) Transformador Capacitor eletrolítico (CC) 9
  • 10. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores comutados pela linha Dispositivos de proteção e dissipação Ventilador Resistor Dissipador de calor Resistor NTC Prof. Leandro Michels Varistor Snubber Fusível para semicondutor 10
  • 11. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores comutados pela linha Dispositivos de instrumentação Sensor de corrente shunt Sensor de corrente hall Prof. Leandro Michels Sensor de temperatura Sensor de tensão trafo Sensor de tensão hall 11
  • 12. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores comutados pela linha Dispositivos de comando e controle Transformador de pulso Placa de aquisição e controle Driver isolado Fonte CC Prof. Leandro Michels 12
  • 13. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Aplicações dos conversores estáticos 1. Conversores comutados pela linha Aplicações → altas potências São muito empregados em aplicações industriais São muito confiáveis Empregam freqüências de comutação baixas e elementos reativos grandes 13 Prof. Leandro Michels
  • 14. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores não-controlados – carga RL Principais tipos: Monofásico de meia onda E1 Retificador v1,f1 Monofásico de onda completa com ponto médio Retificador monofásico de onda completa em ponte Retificador trifásico com ponto médio Retificador trifásico de onda completa Empregam apenas diodos Prof. Leandro Michels 14
  • 15. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores não-controlados – carga RL Aplicações Alternador Mineração - bauxita 15 Prof. Leandro Michels
  • 16. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores não-controlados – carga RC Principais tipos: E1 Retificador v1,f1 Monofásico em onda completa Monofásico como dobrador de tensão Trifásico Empregam apenas diodos 16 Prof. Leandro Michels
  • 17. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores não-controlados – carga RC Aplicações Estágio de entrada de fontes para computador Prof. Leandro Michels Fontes p/ equipamentos eletrônicos 17
  • 18. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores diretos CC lineares Principais tipos: Regulador de tensão a diodo zener E1 Retificador v1,f1 Regulador de tensão a transistor Regulador de tensão a CI Circuito sem comutação 18 Prof. Leandro Michels
  • 19. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores diretos CC lineares Aplicações Estágio de saída de fontes p/ equipamentos eletrônicos Prof. Leandro Michels Estágio de saída de fontes p/ equipamentos eletrônicos 19
  • 20. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores controlados – carga RL Principais tipos: Monofásico de meia onda E1 Retificador v1,f1 Monofásico de onda completa Retificador trifásico com ponto médio Retificador trifásico de onda completa Empregam diodos e tiristores 20 Prof. Leandro Michels
  • 21. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores controlados – carga RL Aplicações Solda e corte Fornos a arco CC Prof. Leandro Michels 21
  • 22. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores controlados – carga RL Aplicações Galvanização eletrolítica Eletrolisação 22 Prof. Leandro Michels
  • 23. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores controlados – carga RL Aplicações HVDC (Transmissão de energia em corrente contínua) 23 Prof. Leandro Michels
  • 24. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores controlados – carga RLE Aplicações Excitatriz estática (geração do campo) para motor CC e gerador síncrono Motor CC → giro unidirecional 24 Prof. Leandro Michels
  • 25. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores duais Principais tipos: E1 Retificador v1,f1 Monofásico com ponto médio Monofásico em ponte Trifásico com 3 pulsos Trifásico com 6 pulsos Empregam apenas tiristores 25 Prof. Leandro Michels
  • 26. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores duais Aplicações Motor CC → giro bidirecional Indústria de laminação, papel, cimento, mineração 26 Prof. Leandro Michels
  • 27. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Gradadores Principais tipos: v1,f1 Gradadores monofásicos Gradadores trifásicos Conversor direto CA Controle por ciclos inteiros v2,f2 Empregam apenas tiristores 27 Prof. Leandro Michels
  • 28. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Gradadores – carga R Aplicações Controle de temperatura Ducha eletrônica Fornos industriais 28 Prof. Leandro Michels
  • 29. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Gradadores – cargas genéricas Aplicações Estabilizadores eletrônicos de tensão Chaves de transferência estática 29 Prof. Leandro Michels
  • 30. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Gradadores – carga L Aplicações Compensadores estáticos de potência reativa (FACTS – transmissão de energia) 30 Prof. Leandro Michels
  • 31. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Gradadores – carga RLE Aplicações Sistema de partida suave para motores (soft-starters) Prof. Leandro Michels 31
  • 32. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Cicloconversores Principais tipos: Trifásicos 3 pulsos com ponto médio Trifásico 6 pulsos, em ponte, para cargas isoladas v1,f1 Conversor direto CA Trifásicos 6 pulsos, em ponte, para cargas não isoladas v2,f2 Empregam apenas tiristores 32 Prof. Leandro Michels
  • 33. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Cicloconversores Aplicações Controle de motores CA de propulsão de alta potência (trens, navios, guindastes) 33 Prof. Leandro Michels
  • 34. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Inversores Principais tipos: Monofásicos Trifásicos 3 braços Trifásicos 4 braços E2 Inversor v2,f2 Empregam tiristores e diodos 34 Prof. Leandro Michels
  • 35. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Inversores Aplicações Forno de indução 35 Prof. Leandro Michels
  • 36. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Aplicações dos conversores estáticos 2. Conversores completamente controláveis Aplicações → potências pequenas a médias São muito empregados em sistemas comerciais e resitências Possuem elevada densidade de potência Empregam freqüências de comutação elevadas e elementos reativos pequenos 36 Prof. Leandro Michels
  • 37. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores comutados em alta freqüência Classificação dos conversores estáticos: CC-CC (pulsador) CA-CC (retificador) E1 CC-CA (inversor) CA-CA (gradador/ cicloconversor) Retificador v1,f1 Conversor indireto CA Conversor direto CA Conversor direto CC Conversor indireto CC E2 Inversor v2,f2 37 Prof. Leandro Michels
  • 38. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversor CC-CC – alta freqüência Aplicações Fontes de computadores (VRM) Fontes CC-CC para equipamentos eletrônicos 38 Prof. Leandro Michels
  • 39. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Retificadores – alta-freqüência Aplicações Retificadores para aplicações em telecomunicações Carregadores compactos para equipamentos eletrônicos 39 Prof. Leandro Michels
  • 40. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Inversores – alta-freqüência Aplicações Amplificadores de som Estágio de saída de inversores de freqüência 40 Prof. Leandro Michels
  • 41. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores CA-CA – alta-freqüência Aplicações Acionamento de motores 41 Prof. Leandro Michels
  • 42. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversores indiretos (em cascata) E1 Podem utilizar conversor de baixa freqüência (BF) em conjunto com outro de alta freqüência (AF) Retificador v1,f1 Conversor indireto CA Conversor direto CA Conversor direto CC Conversor indireto CC E2 Inversor v2,f2 42 Prof. Leandro Michels
  • 43. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Conversor indiretos (em cascata) Aplicações Fonte para telecom Retificador (AF) CC-CC (AF) No-breaks Retificador (BF/AF) Inversor (AF) Inversor de freq. Retificador (BF) Inversor (AF) 43 Prof. Leandro Michels
  • 44. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Case real A Schulz S/A adquiriu dois transformadores de 6,625 MVA de potência e 13,8 kV com um retificador de saída de 12 pulsos (cada) para alimentar um forno de indução de 9MVA. Cada transformador possui 12 pulsos defasados de 30º entre si e deslocados 7,5º em relação ao ângulo de origem (um transformador positivo e outro negativo), o retificador é alimentado pelos 2 transformadores simultaneamente, resultando, assim, um sistema com uma defasagem de 15° entre os pulsos. 44 Prof. Leandro Michels
  • 45. EPO I – Aula 01 – Informações gerais Case real Perguntas: 1. Porque decidiu-se usar um retificador de 24 pulsos? 2. Porque os transformadores (juntos) tem potência de 13,25MVA se a potência da carga é de 9MVA? 3. Como foram dimensionados os diodos/tiristores para este sistema? Talvez vocês nunca precisarão projetar um dos sistemas estudados em EPO1, mas é bem possível que precisem conhecer estes sistemas em uma decisão de compra ou para manutenção 45 Prof. Leandro Michels
  • 46. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I Aula 02 – Teoria básica dos conversores estáticos Prof. Leandro Michels, Dr. Eng. leandromichels@gmail.com 1
  • 47. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Teoria básica dos conversores estáticos Um sistema de conversão estática de energia é constituído dos seguintes elementos: energia Fontes energia Conversor estático Cargas Embora a(s) fonte(s) e a(s) carga(s) não componham os conversores, elas são fundamentais para o funcionamento do sistema de conversão de energia 2 Prof. Leandro Michels
  • 48. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Teoria básica dos conversores estáticos Os conversores estáticos são formados pelos seguintes grupos de elementos: Não-lineares → dispositivos semicondutores (diodos, tiristores, etc.) Lineares reativos → indutores, capacitores e transformadores Lineares dissipativos → resistores (não existente em conversores ideais) Prof. Leandro Michels 3
  • 49. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Teoria básica dos conversores estáticos Função de cada grupo de elementos: Não-lineares → operam como interruptores para fazer a conversão de correntes ou tensões de CA→CC e CC→CA Lineares reativos → operam como armazenadores intermediário da energia; efetuam alterações na magnitude de correntes e tensões, isolação galvânica (transformadores) e filtragem de tensões e/ou correntes (OBS: o mesmo elemento pode ter mais de uma função) Lineares dissipativos → operam como consumidores de energia; empregados para o amortecimento de oscilações e proteção de dispositivos 4 Prof. Leandro Michels
  • 50. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos não-lineares (semicondutores) Característica fundamental: ik Dispositivo de dois terminais (excluindo os terminais de controle) + vk Operação como interruptor - Modos de operação (comportamento ideal): Interruptor aberto → a corrente que flui pelo dispositivo é nula Interruptor fechado → a tensão nos terminais dos dispositivos é nula A comutação entre modos é instantânea vk ik= 0 vk= 0 ik 5 Prof. Leandro Michels
  • 51. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos não-lineares (semicondutores) ik conduz Característica estática (ideal): conduz Somente sobre os eixos da curva vk x ik (perdas nulas) bloqueia bloqueia vk Condução → Tensão nula Bloqueio → Corrente nula Equivalente a uma resistência ⎧0, ligado com dois valores distintos Rk ( t ) = ⎨ ⎩∞, desligado Os interruptores empregados em eletrônica de potência, em geral, não operam nos 4 quadrantes. Portanto, precisa-se conhecer sua característica. 6 Prof. Leandro Michels
  • 52. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos não-lineares (semicondutores) Característica dinâmica (genérica): Comutação espontânea: Deslocamentos sobre os eixos vk x ik no 2º ou 4º quad. Ocorre sem nenhum sinal externo de comando Ex.: abertura e fechamento de diodos, abertura de tiristor Comutação comandada: Mudança do estado de condução (de fechado para aberto ou vice-versa) → deslocamentos sobre os eixos vk x ik no 1º ou 3º quad. Ocorre devido a sinal externo de comando Ex.: fechamento do tiristor Prof. Leandro Michels 7
  • 53. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos não-lineares (semicondutores) Característica dos dispositivos: Diodos: Unidirecional em corrente e unidirecional em tensão (é um curto-circuito para tensões positivas) Entrada em condução → espontânea (vk>0) Saída de condução → espontânea (transição de ik>0 → ik=0) ik 1 + vk - esp. conduz ik bloqueia vk 2 8 Prof. Leandro Michels
  • 54. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos não-lineares (semicondutores) Tiristores: Unidirecional em corrente e bidirecional em tensão Entrada em condução → comandada (vk>0 e ig>0) Saída de condução → espontânea (transição de ik>0 → ik=0) ik 1 + vk 2 esp. conduz ik bloqueia com. bloqueia esp. vk 9 Prof. Leandro Michels
  • 55. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos não-lineares (semicondutores) Característica de associação de dispositivos: Tiristor com diodo em antiparalelo: Unidirecional em tensão e bidirecional em corrente Entrada em condução → comandada (vk>0 e ig>0) e espontânea (vk<0) Saída de condução → espontânea (transição de ik<0 → ik=0) 1 + vk ig 2 esp. conduz ik Tiristor com. bloqueia conduz ik esp. vk 10 Prof. Leandro Michels Diodo
  • 56. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos não-lineares (semicondutores) Tiristores em anti-paralelo: Bidirecional em tensão e corrente Entrada em condução → comandada (vk>0 e ig1>0) ou (vk<0 e ig2>0) Saída de condução → espontânea (ik>0→ik=0) ou (ik<0→ik=0) ik ig2 + vk - ig1 2 Tiristor 1 esp. com. bloqueia bloqueia com. Tiristor 2 Prof. Leandro Michels Tiristor 1 conduz 1 conduz ik esp. Tiristor 2 vk 11
  • 57. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos lineares reativos Característica fundamental: Dispositivo de dois ou mais terminais Armazenadores de energia → campo elétrico (capacitor) ou campo magnético (indutor) Não dissipam energia → a quantidade de energia que é absorvida deve ser posteriormente devolvida 12 Prof. Leandro Michels
  • 58. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos lineares reativos Capacitores: Possuem o comportamento de uma fonte de tensão A tensão em seus terminais não pode ser mudada imediatamente → resulta em corrente infinita Podem ser operar em circuito aberto Não podem operar em curto-circuito → exceção quando vc(t)=0 i Apresentam, na prática, resistências (RSE) e indutâncias parasitas dvc ( t ) ic ( t ) = C dt Prof. Leandro Michels 1 c vc 2 t 1 vc ( t ) = ∫ ic ( t ) dt + vc ( 0 ) , ∀t > t0 C0 13
  • 59. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos lineares reativos Indutores: Possuem o comportamento de uma fonte de corrente A corrente em seus terminais não pode ser mudada imediatamente → resulta em tensão infinita Podem ser operar em curto-circuito Não podem operar em curto aberto → exceção quando iL(t)=0 Apresentam, na prática, resistências (RSE) e capacitâncias parasitas iL Podem possuir derivações (mais terminais) diL ( t ) vL ( t ) = L dt Prof. Leandro Michels 1 vL 2 t 1 iL ( t ) = ∫ vL ( t ) dt + iL ( 0 ) , ∀t > t0 C0 14
  • 60. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos lineares de conversão Transformadores (ideais): Idealmente se comportam como um dispositivo sem dinâmica → comportamento de fontes de corrente e tensão acopladas Não processa energia CC → impedância nula i1 N1:N2 v1 i1 i2 i2 v2 v1 i2N2 N1 + - v1N2 N1 v2 N2 ⎧ ⎪v2 ( t ) = N v1 (t ) ⎪ 1 ⎨ ⎪i ( t ) = N 2 i (t ) 2 ⎪1 N1 ⎩ Obs.: Este modelo não funciona para sinais CC 15 Prof. Leandro Michels
  • 61. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos lineares de conversão Transformadores (reais): Possuem dinâmica (indutâncias mútua e dispersão) → comportamento de fonte de corrente A corrente em seus terminais não pode ser mudada imediatamente → resulta em tensão infinita Podem ser operar em curto-circuito Não podem operar em curto aberto → exceção quando iL(t)=0 → resulta em sobretensões nos outros enrolamentos Apresentam, na prática, resistências (RSE) e capacitâncias parasitas 16 Prof. Leandro Michels
  • 62. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos lineares de conversão Transformadores x Auto-transformadores: Transformadores → possuem isolação galvânica → cada enrolamento pode estar em qualquer potencial (desde que respeitada a tensão de isolação entre os enrolamentos) Auto-transformadores → não possuem isolação galvânica Auto-transformador Prof. Leandro Michels Transformador 17
  • 63. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos lineares de conversão Transformadores (reais): Modelo equivalente (desprezando-se as resistências) L12 = L21 = ⎡v1 ( t ) ⎤ ⎡ L11 ⎢ ⎥=⎢ ⎢v2 ( t ) ⎥ ⎣ L21 ⎣ ⎦ Prof. Leandro Michels L12 ⎤ d ⎡i1 ( t ) ⎤ ⎥ ⎥ dt ⎢ L22 ⎦ ⎢i2 ( t ) ⎥ ⎣ ⎦ n2 LM n1 L11 = Ll1 + n1 L12 n2 L22 = Ll 2 + n2 L12 n1 18
  • 64. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Elementos lineares dissipativos Característica fundamental: Dissipam a energia Geram calor Diminuem a eficiência da conversão Resistores: Não possuem dinâmica iR 1 vR vR ( t ) = R iR ( t ) 2 19 Prof. Leandro Michels
  • 65. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Fontes Característica fundamental: Dispositivo de dois ou mais terminais Fundamentalmente são fornecedores de energia (podem absorver em parte do tempo) Podem ser unidirecionais ou bidirecionais Modos de operação (comportamento ideal): if 1 + vf 2 Fonte de tensão → a tensão é imposta pela fonte e a corrente depende da carga Fonte de corrente → a corrente é imposta pela fonte e a tensão depende da carga Prof. Leandro Michels 20
  • 66. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Cargas Característica fundamental: Dispositivo de dois ou mais terminais Fundamentalmente são absorvedores de energia (mas também podem devolver energia) iL + vL - Podem ser unidirecionais ou bidirecionais Principais comportamentos das cargas: Resistivo Resistivo-indutivo Resistivo-indutivo-fonte Fonte Prof. Leandro Michels 21
  • 67. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Fundamentos da conversão estática Princípios fundamentais: 1) Interconexão entre a(s) fonte(s) e a(s) carga(s) intermediada por interruptor(es) energia Fontes Ex.: retificador E ~ Fonte energia Conversor estático Cargas S1 S2 Conversor estático R Carga 22 Prof. Leandro Michels
  • 68. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Princípios fundamentais dos conversores 2) A comutação do(s) interruptor(es) ocorre de forma cíclica → controle do fluxo de potência e direcionalidade da tensão e/ou corrente Ex.: retificador → corrente de saída unidirecional Quando vF(t)<0 Quando vF(t)>0 vF t iF E ~ Fonte vF S1 S2 Conversor estático iL vF iL t iL t iF R vL E Carga ~ vF Fonte S1 tt iL R v L S2 Conversor estático Carga Com vF(t) é cíclica (senóide), os interruptores devem comutar de cíclica para tornar vL(t)>0 23 Prof. Leandro Michels
  • 69. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Princípios fundamentais dos conversores 3) Utilização de elementos reativos → filtragem Ex.: retificador → corrente de saída unidirecional iL vF c/ filtro s/ filtro t t S1 iF ~ Fonte L vF iL R v L S2 Conversor estático Carga A inclusão do indutor diminui a ondulação na corrente de saída Prof. Leandro Michels 24
  • 70. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Princípios fundamentais dos conversores 3) Utilização de elementos de conversão → alteração da amplitude da tensão e/ou corrente Ex.: retificador → tensão de saída unidirecional vF vL t iF 1:2 ~ iL vF Fonte t S1 S2 Conversor estático R v L Carga O autotransformador altera o valor da tensão CA 25 Prof. Leandro Michels
  • 71. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Princípios fundamentais dos conversores 3) Utilização de elementos de conversão → isolação galvânica Ex.: retificador → tensão de saída unidirecional vF vL t iF ~ E Fonte 1:1 t S1 vF S2 Conversor estático iL R v L Carga O transformador é empregado para se obter a isolação galvânica Prof. Leandro Michels 26
  • 72. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Princípios fundamentais dos conversores 4) Associação de fontes Fonte de tensão em série com indutor → comportamento de fonte de corrente = Fonte de corrente em paralelo com capacitor → comportamento de fonte de tensão = 27 Prof. Leandro Michels
  • 73. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Princípios fundamentais dos conversores 5) Conexão de fontes por interruptores Fonte de tensão não podem ser curto-circuitadas (exceção vc=0 ou E=0) vc S E S Fonte de corrente não podem ser abertas (exceção iL=0 ou iF=0) iL S iF S 28 Prof. Leandro Michels
  • 74. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Princípios fundamentais dos conversores 5) Conexão de fontes por interruptores Fonte de tensão só podem ser conectadas em paralelo quando vc1=vc2 ou vc1=E S S vc2 vc1 vc1 E vc1≠vc2 vc1≠E Fonte de corrente só podem ser conectadas em série quando iL1=iL2 ou iF=iL2 iL2 iL1 S iL1≠iL2 Prof. Leandro Michels iF iL2 S iF≠iL2 29
  • 75. EPO I – Aula 02 – Teoria básica dos conversores Princípios fundamentais dos conversores 6) Princípio básico da concepção de conversores Interconexão em cascata de fontes de natureza diferente Utilização de interruptores para conversão das formas de onda ... Fonte de tensão Fonte de corrente Fonte de tensão Fonte de corrente 30
  • 76. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I Aula 03 – Índice de avaliação de desempenho de conversores Prof. Leandro Michels, Dr. Eng. leandromichels@gmail.com 1
  • 77. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Medidas e índices de desempenho Por que usar? • Os conversor não são ideais, possuem perdas, geram distorções • Avaliar comparativamente o desempenho dos conversores • Dimensionar os dispositivos do circuito 2 Prof. Leandro Michels
  • 78. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Exemplo: Conversor ideal Retificador monofásico: vF iF vL t E vF Fonte Corrente drenada senoidal Fator de potência unitário iF t iL Conversor estático Perdas nulas Valor ilimitado para tensões e correntes Z vL Carga Ondulação nula na variável de saída (tensão ou corrente) 3 Prof. Leandro Michels
  • 79. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Exemplo: Conversor real Retificador monofásico: vF iF vL t E vF iF Fonte Corrente de entrada distorcida (forma de onda não senoidal) Fator de potência não-unitário Prof. Leandro Michels t iL Conversor estático Perdas Limitação de tensões e correntes nos compoentes Z vL Carga Ondulação nãonula na variável de saída (tensão ou corrente) 4
  • 80. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho Como avaliar ou especificar o desempenho de um conversor estático real? Através da utilização de índices é possível se qualificar quantitativamente o desempenho do conversor com relação à corrente drenada, a variável de saída e perdas. Principais grupos de índices de desempenho: Medidas Índices CA Índices CC Conversão 5 Prof. Leandro Michels
  • 81. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Medidas elétricas 1) Valor médio (nível cc) Dada uma função periódica f(t)=f(t+T), onde T é o período em que a função se repete, (constante), temse que seu valor médio é dado por: f med = 1 T t0 + T ∫ f ( t ) dt t0 Para formas de onda senoidais → f med = 0 Variáveis com componente CC → f med ≠ 0 6 Prof. Leandro Michels
  • 82. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Medidas elétricas 2) Valor eficaz (rms) Dada uma função periódica f(t)=f(t+T), onde T é o período em que a função se repete, (constante), temse que seu valor eficaz é dado por: 1 f ef = T t0 + T ∫ ⎡ f ( t ) ⎤ dt ⎣ ⎦ 2 t0 Para formas de onda não-nulas → f ef ≠ 0 7 Prof. Leandro Michels
  • 83. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Medidas elétricas 3) Potência A) Tensão e corrente senoidais • Potência aparente • Potência ativa • Potência reativa S = Vef I ef P = Vef I ef cos ( φ ) Q = Vef I ef sen ( φ ) B) Tensão e/ou corrente não-senoidal (periódicas) • Potência aparente S = Vef I ef t +T 2π 1 1 P= ∫ v ( t )i ( t ) dt = 2π ∫ v ( ωt )i ( ωt ) d ωt T t 0 0 • Potência ativa 0 • Potência reativa Q = S 2 − P2 8 Prof. Leandro Michels
  • 84. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA 1) Distorção harmônica total (THD) É a razão entre o valor rms do conteúdo harmônico pelo rms da quantidade fundamental, expressada em percentual, ou seja, se refere ao fator de distorção percentual de uma tensão ou corrente com relação a uma senóide. Seja uma função periódica f(t)=f(t+T), esta pode ser escrita por uma série de Fourier: ⎡ ⎛ kπ x ⎞ ⎛ kπ x ⎞ ⎤ v( x) = a0 + ∑ ⎢ ak cos ⎜ ⎟ + bk sen ⎜ ⎟ L ⎠ L ⎠⎥ ⎝ ⎝ k =1 ⎣ ⎦ ∞ ou: Prof. Leandro Michels ⎡ ⎛ k πx ⎞⎤ v( x) = a0 + ∑ ⎢ck sin ⎜ + φk ⎟ ⎥ ⎝ L ⎠⎦ k =1 ⎣ ∞ 9
  • 85. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA onde: 1 a0 = 2L 1 ak = L 1 bk = L k = 1, 2,... c+2 L ∫ f ( x)dx ck = ak 2 + bk 2 c c+2 L ∫ c c+2 L ∫ c ⎛ kπ x ⎞ f ( x) cos ⎜ ⎟ dx, ⎝ L ⎠ ⎛ kπ x ⎞ f ( x) sin ⎜ ⎟ dx, ⎝ L ⎠ Ck = k = 1, 2,... A THD é dada por: 1 THDv = c1 ⎛ ak ⎞ φk = arctan ⎜ ⎟ ⎝ bk ⎠ k = 1, 2,... ∞ 2 Vef 2 − C12 k =2 ck C12 ck2 = ∑ Empregado para se verificar o percentual de distorção devido a presença de harmônicas 10 Prof. Leandro Michels
  • 86. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA Obtenção de harmônicas → tabelas Vp −2π −π π 2π vL ( t ) = a0 + ∞ ∑ n = q ,2 q ,… an cos ( nωt ) ⎛π⎞ q a0 = V p sen ⎜ ⎟ π ⎝q⎠ ⎛ ⎛ nπ ⎞ ⎛ π ⎞⎞ an = ⎜ cos ⎜ ⎟ sen ⎜ ⎟ ⎟ 2 π ( n − 1) ⎝ ⎝ q ⎠ ⎝ q ⎠⎠ 2qV p q = no. de pulsos presentes na tensão de saída em um ciclo 11 Prof. Leandro Michels
  • 87. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA Obtenção de harmônicas → tabelas Valores normalizados Formulação genérica Mais tabelas vide material extra 2α ∞ i1 ( t ) = ∑ bn sen ( nωt ) −π 1 −π 2 n =1 π -1 2 π 4 ⎛ nπ ⎞ bn = sen ⎜ ⎟ sen ( nα ) nπ ⎝ 2 ⎠ 2α 12 Prof. Leandro Michels
  • 88. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA 2) Fator de potência O fator de potência entre duas função periódicas de mesmo período v(t)=v(t+T) e i(t)=i(t+T) é definido como a razão entre a potência ativa, dada em W, e a potência aparente, dada em VA, ou seja: P PF = = S 1 T t0 + T ∫ v ( t ) i ( t ) dt t0 Vef I ef 1 PF = DF 1 + THD 2 P = potência real (média) S = potência aparente k = no. de fases É um índice que relaciona a potência real e a potência aparente Prof. Leandro Michels 13
  • 89. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA 3) Fator de deslocamento O fator de deslocamento de duas funções periódicas de mesmo período v(t) e i(t), é definido como o ângulo de deslocamento de fase entre a componente fundamental da tensão v(t) e a componente fundamental de corrente i(t). O fator de deslocamento é dado por: DF = cos ( θ1 − φ1 ) θ1 = ângulo de v(t) com relação à uma dada referência φ1 = ângulo de i(t) com relação à mesma referência É igual ao fator de potência para cargas lineares 14 Prof. Leandro Michels
  • 90. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA 4) Fator de crista É definido como a razão de corrente (ou tensão) máxima ou de pico pela corrente (ou tensão) eficaz: I pico CF = I ef Para uma forma de onda senoidal → CF = 2 Para uma forma de onda CC → CF = 1 O fator de crista é usado para determinar a amplitude do pico de correntes não-senoidais com relação a uma senóide 15 Prof. Leandro Michels
  • 91. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA 5) Fator de correção de capacidade (CCF) Uma vez comparado com o fator de crista da forma de onda senoidal, obtém-se o fator de correção da capacidade (CCF), que é representado por: ⎛ 2⎞ CCF ( % ) = ⎜ ⎜ CF ⎟100% ⎟ ⎝ ⎠ Potência corrigida → kVAcor = kVAnomCCF Ex.: Qual a potência máxima nominal que um trafo de 10kVA pode disponibilizar para um retificador com CF=1,53? CCF ( % ) = 92,16% Prof. Leandro Michels kVAcor = 9.216kVA 16
  • 92. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – CA Aplicação a sistemas trifásicos Sistemas equilibrados → conhecendo-se uma das fases, sabe-se os outros índices (THD, DF, CF) Contudo, a fórmula abaixo se aplica a sistemas t0 + T trifásicos: 1 ∑ T ∫ vk ( t ) ik ( t ) dt k P t0 PF = = S ∑ Vk ef I k ef k = fases k Ex.: Sistemas trifásicos P + P2 + P3 P 1 PF = = S V1ef I1ef + V2 ef I 2 ef + V3ef I 3ef + 17 Prof. Leandro Michels
  • 93. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho –CC 1) Componente CA É o valor da componente CA presente na variável CC: Vca = Vef 2 − Vmed 2 2) Fator de forma Indica a distorção da forma de onda com relação ao ideal (corrente contínua). V FF = ef Vmed 3) Fator de ondulação É a medida do índice de regulação de uma dada função 2 contínua: ⎛ Vef ⎞ RF = FF − 1 = ⎜ ⎟ −1 ⎝ Vmed ⎠ 2 Prof. Leandro Michels 18
  • 94. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – Conversor 1) Rendimento É uma figura de mérito que permite se avaliar a eficácia de um retificador. Depende dos componentes e da topologia empregada. 1 T t0 + T ∫ vL ( t ) iL ( t ) dt Po t η = = t0 +0T Pi 1 ∫ vF ( t ) iF ( t ) dt T t0 Razão entre a potência ativa de saída e de entrada. Conversor sem perdas → η=1 19 Prof. Leandro Michels
  • 95. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – Conversor 2) Estresse nos componentes semicondutores Está associado ao valor máximo das tensões e correntes que são aplicados em cada um dos semicondutores do conversor. Para diodos e tiristores: Tensão reversa máxima Corrente de pico Corrente eficaz Derivadas de corrente e tensão Perdas Quanto menor forem os valores supracitados, menor e mais barato será o semicondutor. 20 Prof. Leandro Michels
  • 96. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – Retificação 1) Razão de retificação Define a efetividade da retificação, através da razão entre a potência média e o produto entre a tensão e correntes eficazes de saída. VLmed I Lmed σ= VLef I Lef É empregado para se determinar o quão eficiente se dá a retificação 21 Prof. Leandro Michels
  • 97. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Índices de desempenho – Retificação 2) Fator de utilização do transformador É a razão entre a potência média de saída e a potência aparente no secundário do transformador. VLmed I Lmed TUF = ∑Vk ef I k ef k k = no. de enrolamentos – secundário Vkef, Ikef = tensão/corrente eficaz enrolamento em cada Indica o quanto do transformador é utilizado com relação ao índice de utilização ideal (TUF=1). 22 Prof. Leandro Michels
  • 98. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Exemplo: Índices CA Retificador monofásico genérico: THD da corrente de entrada ⎛1 ∞ 2⎞ THDi ( % ) = ⎜ c 100% ⎜ c1 ∑ k ⎟ ⎟ k =2 ⎝ ⎠ iF E i2 vF v2 DF da corrente de entrada iL Z DF = cos ( θ1 − φ1 ) vL PF da corrente de entrada P 1 = DF 1 + THD 2 S Fator de crista da corrente no trafo I Fpico CF = I Fef PF = Prof. Leandro Michels 23
  • 99. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Exemplo: Índices CC Retificador monofásico genérico: iF E i2 vF v2 Variável de saída → tensão Componente CA na saída Vca = Vef 2 − Vmed 2 Ondulação na saída 2 ⎛ Vef ⎞ RF = ⎜ ⎟ −1 ⎝ Vmed ⎠ iL Z vL Variável de saída → corrente Componente CA na saída I ca = I ef 2 − I med 2 Ondulação na saída 2 ⎛ I ef ⎞ RF = ⎜ ⎟ −1 ⎝ I med ⎠ 24 Prof. Leandro Michels
  • 100. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Exemplo: Índices de conversão e retificação Retificador monofásico genérico: iF E i2 vF v2 Conversão Rendimento Po η= Pi Estresse nos componentes VD max , I D max , VDrev , I Def ,... iL Z vL Retificação Razão de retificação VLmed I Lmed σ= VLef I Lef Fator de utilização VLmed I Lmed TUF = ∑Vk ef I k ef k Prof. Leandro Michels 25
  • 101. EPO I – Aula 03 – Índices de avaliação de desempenho Exemplo: Índices de conversão Retificador monofásico ideal: iF E i2 vF iL Z v2 vL Variáveis de entrada (corrente) Retificador Variáveis de saída (tensão/corrente) THDi = 0% σ =1 Vca = 0 DF = 1 PF = 1 TUF = 1 RF = 0 CF = 2 η =1 26 Prof. Leandro Michels
  • 102. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA ELETRÔNICA DE POTÊNCIA I Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Prof. Leandro Michels, Dr. Eng. leandromichels@gmail.com 1
  • 103. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Diodo ideal Característica estática Circuito equivalente A esp. conduz ik 2 1 bloqueia 1 vk 2 1 A C A C Polarização reversa → circuito aberto 2 C Polarização direta → curto-circuito 2 Prof. Leandro Michels
  • 104. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Diodo real Característica estática Circuito equivalente A 2 1 3 1 2 3 1 C A C v(TO) rT A C vRRM rRRM Polarização direta → curto-circuito 3 A Polarização reversa → bloqueio 2 C Região de avalanche → curto-circuito 3 Prof. Leandro Michels
  • 105. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Diodo real Característica dinâmica Não controlada → chave passiva Recuperação direta → entrada em condução Recuperação reversa → saída de condução Geram problemas em circuitos de comutação forçada Provocam substanciais perdas e sobrecorrentes 4 Prof. Leandro Michels
  • 106. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Diodo real Perdas P = Psw + Pc Psw → perdas de comutação (W) Pc → perdas de condução (W) P → perdas totais (W) Perdas de condução Pc = v(TO )iavg + rT irms 2 iavg → corrente média irms → corrente eficaz rT → resistência do diodo – catálogo v(TO) → tensão de condução - catálogo Em conversores comutados pela linha, as perdas de comutação podem ser desconsideradas 5 Prof. Leandro Michels
  • 107. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Tiristor ideal Característica estática esp. conduz ik Circuito equivalente A C 3 G com. bloqueia bloqueia esp. C A C A 1 A C 1 2 vk 2 3 1 Polarização reversa → circuito aberto 2 Polarização direta → circuito aberto (sem disparo) 3 Polarização direta → circuito fechado (disparo) 6 Prof. Leandro Michels
  • 108. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Tiristor real Característica estática Circuito equivalente A C G A C 1 A C v(TO) rT A 4 3 C 2 3 Polarização direta → curto-circuito A C vRM rRRM Polarização reversa → bloqueio Polarização direta → bloqueio Polarização direta → curto-circuito (disparo) 4 4 1 2 Prof. Leandro Michels 7
  • 109. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Tiristor real Característica estática (detalhes) 8 Prof. Leandro Michels
  • 110. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Tiristor real Legenda: 9 Prof. Leandro Michels
  • 111. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Tiristor real Característica dinâmica Semi-controlada → abertura não controlada 10 Prof. Leandro Michels
  • 112. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Tiristor real Característica dinâmica 11 Prof. Leandro Michels
  • 113. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Tiristor real P = Psw + Pc Perdas Psw → perdas de comutação (W) Pc → perdas de condução (W) P → perdas totais (W) Perdas de condução Pc = v(TO )iavg + rT irms 2 iavg → corrente média irms → corrente eficaz rT → resistência do diodo – catálogo v(TO) → tensão de condução - catálogo Em conversores comutados pela linha, as perdas de comutação podem ser desconsideradas 12 Prof. Leandro Michels
  • 114. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Dimensionamento dos dispositivos Tensão máxima reversa em diodos e tiristores Valores recomendados (mesmo assim devem ser empregados snubbers) 13 Prof. Leandro Michels
  • 115. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Dimensionamento dos dispositivos Corrente máxima reversa em diodos e tiristores Corrente CC ICCmax = 0.8*IFAV IFAV →Mean forward [on-state] current [ITAV] Corrente CA ICAmax = 0.8*IFRMS IFRMD → RMS forward [on-state] current [ITRMS] 14 Prof. Leandro Michels
  • 116. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico Perdas nos semicondutores: Condução → associada à potência processada pelo conversor Comutação → associada à freqüência de comutação do conversor → significativa para conversores de alta freqüência (kHz) Propósito do cálculo térmico: Calcular um sistema de dissipação que evite que a temperatura de junção ultrapasse o máximo valor permitido na pior condição de temperatura ambiente na pior condição de operação 15 Prof. Leandro Michels
  • 117. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico Verificar as duas condições: Regime permanente: Potência média → evitar que a temperatura da junção ultrapasse o valor máximo pela falta de tamanho do dissipador Regime transitório: Potência de pico → evitar que a temperatura da junção ultrapasse o valor máximo pela dificuldade de transferir rapidamente o calor da junção para o dissipador 16 Prof. Leandro Michels
  • 118. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente Circuito elétrico equivalente: Legenda: P → potência Rja T → temperatura R → resistência térmica Índices: j → junção semicondutora c → encapsulamento (case) d ou s → dispositivo (device) ou dissipador (sink) a → ambiente Dispositivos sem dissipador disponibilizam o valor de Rja 17 Prof. Leandro Michels
  • 119. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente Projeto: 1) Dados Tj, Ta e P, calcular Rja P → calculado a partir da corrente que circula pelo dispositivo, empregando os dados de catálogo Tj → obtido a partir do valor máximo obtido no catálogo do semicondutor Ta → obtido considerando-se a máxima temperatura ambiente de operação do conversor R ja = T j − Ta P 18 Prof. Leandro Michels
  • 120. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente 2) Dados Rja, Rjc e Rcd, calcular Rda Rja → obtido da etapa anterior Rjc → obtido no catálogo do semicondutor Rcd → obtido no catálogo do semicondutor Rda = R ja − R jc − Rcd 3) Dado Rda, obter um dissipador cuja resistência térmica seja menor (em dissipadores de comprimento ajustável, calcular o comprimento mínimo) 19 Prof. Leandro Michels
  • 121. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente Dimensionamento do dissipador: Resistências térmicas negativas indicam que é impossível dissipar a potência demandada Caso tenha mais de um dispositivo semicondutor no dissipador, deve-se somar todas as potências dissipadas pelos mesmo e deixar uma margem de folga (15%) No caso de pontes encapsuladas em módulo, o cálculo é dado pela seguinte equação (vide Semikron): R ja = R jc + Rcs + n Rsa n → número de dispositivos Prof. Leandro Michels 20
  • 122. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente Dissipadores de alumínio (ex. HS Dissipadores) Escolha do perfil e valores da resistência (comprimento de 4 polegadas) Compensação por uso de ventilação forçada Ex.: 0.73oC/W 21 Prof. Leandro Michels
  • 123. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente Dissipadores de alumínio: Compensação da diferença de temperatura 22 Prof. Leandro Michels
  • 124. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente Dissipadores de alumínio: Compensação da diferença de comprimento 23 Prof. Leandro Michels
  • 125. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente Dissipadores de alumínio: Compensação da altitude (ar rarefeito) 24 Prof. Leandro Michels
  • 126. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – regime permanente Dimensionamento do dissipador: Caso tenha mais de um dispositivo semicondutor no dissipador, deve-se somar todas as potências dissipadas pelos mesmo e deixar uma margem de folga (15%) No caso de pontes encapsuladas em módulo, o cálculo é dado pela seguinte equação (vide Semikron): Os dispositivos não devem ser instalados próximos à borda do dissipador, nem muito próximos entre si. Óxido de alumínio preto reduz em 25% a resistência térmica Prof. Leandro Michels 25
  • 127. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Cálculo térmico – considerações finais Regras práticas: Impedir que a temperatura da junção ultrapasse o valor de 80% o valor máximo permissível (aumenta o MTDF do dispositivo) Ta → deve ser considerado o valor de 40º para instalação em ambiente ventilado ou um valor maior para conversor instalado em ambiente enclausurado Caso seja preciso isolar o dispositivo do dissipador, usar isolante (mica, teflon, mylar). Considerar sua resistência térmica Recomenda-se usar pasta térmica para evitar bolhas de ar entre o dispositivo e o dissipador 26 Prof. Leandro Michels
  • 128. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Exemplos de dados de catálogo - diodo 27 Prof. Leandro Michels
  • 129. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Exemplos de dados de catálogo - tiristor 28 Prof. Leandro Michels
  • 130. EPO I – Aula 04 – Dispositivos e dimensionamento Exemplos de dados de catálogo - tiristor 29 Prof. Leandro Michels