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Profissionalização em serviço
              2.º Ano – 2006/2007




PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica

               Relatório Final




      Professora Acompanhante: Anabela Correia




                      Realizado por:
               Jorge Miguel Colaço Teixeira
          Escola Secundária Daniel Sampaio – Sobreda
ÍNDICE

Agradecimentos...................................................................................................04


Introdução...........................................................................................................05


I – Prática Lectiva................................................................................................ 8
                                                                                                                  0
    1.1.      Leccionação da disciplina de TGBD.............................................................. 09
         1.1.1.         Leccionação da Unidade Supervisionada............................................14
    1.2.      Leccionação do PT......................................................................................21
    1.3.      Orientação dos Estágios Curriculares........................................................... 24
    1.4.      Preparação da PAT.....................................................................................28
    1.5.      Relação pedagógica com os alunos..............................................................31
    1.6.      Testemunhos de alunos / Relato de experiências..........................................33


II – Direcção de Curso.........................................................................................35
    2.1.      Testemunhos de Encarregados de Educação / Relato de experiências............38


III – Projecto Educativo de Escola .....................................................................40
    3.1.      Coordenação da página web da escola..............................................41
    3.2.      Coordenação de projectos CRIE........................................................43
    3.3.      Organização de visitas de estudo......................................................47
    3.4.      Participação nas actividades do grupo disciplinar............................... 50
    3.5.      Outras actividades...........................................................................56
    3.6.      Testemunhos de membros da comunidade educativa / Relato de
              experiências....................................................................................57


Avaliação.............................................................................................................. 8
                                                                                                                      5


Conclusão............................................................................................................. 2
                                                                                                                     6


Bibliografia..........................................................................................................65
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
                                                     ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano



                                        AGRADECIMENTOS



Agradeço aos professores José Duarte e Albérico Afonso, ambos da Escola superior de
Educação de Setúbal, pela disponibilidade, acompanhamento e elucidação de algumas
questões “menos claras” no PFAP.


À professora Anabela Correia por ter aceite ser minha orientadora, pelo apoio e incentivo
demonstrados, pela disponibilidade e companheirismo que a caracterizam.


Aos elementos do Conselho Executivo pelo envolvimento e acompanhamento na execução
das minhas tarefas, possibilitando-me também a documentação e meios para a sua
correcta execução.


À Vanda Rodrigues, colega “sempre em cima”, que acompanhou todas as fases deste
projecto, disponibilizou a sua ajuda e me transmitiu a sua experiência.


À Armanda Mendes, pela colaboração, paciência e transmissão de conhecimentos e
experiências que se revelaram fundamentais na execução deste projecto.


Agradeço também a todos os colegas que directa, ou indirectamente me ajudaram e
contribuíram, através da sua participação, para que este projecto se tornasse numa
realidade.


Por último, mas não menos importante, agradeço à Ana Isidoro, André Robalo, Andreia
Ferreira, Bruno Gonçalves, Cláudia Luís, Gonçalo Esteves, Ivan Márcio, Ivo Almeida, João
Oliveira, Liliana Ruivo, Luís Agostinho, Luísa Andrade e Válter Beicinha – os meus alunos –
pela sua disponibilidade, interesse e participação em muitas das actividades realizadas no
âmbito deste projecto. Tantas foram as horas passadas em conjunto, mas foi para eles, e
para aqueles que se lhes seguirem, que todo este projecto foi pensado.


A todos o meu muito obrigado.


Jorge Teixeira                                                                                          4
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Jorge Teixeira                                                                                          5
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                                           INTRODUÇÃO



O presente documento é fruto, não só destes últimos dias de reflexão em torno do
processo de ensino-aprendizagem para a elaboração do relatório final do Projecto de
Formação e Acção Pedagógica (PFAP), mas também de uma longa caminhada que me
conferiu experiência profissional na docência até ao presente ano lectivo, onde lecciono na
Escola Secundária Daniel Sampaio, no grupo 550 – Informática, como professor do quadro
de nomeação provisória.


O processo de profissionalização em serviço obriga a um maior e mais global envolvimento
dos professores no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para o seu
desenvolvimento profissional na aquisição ou utilização das suas competências para lidar
com as situações quotidianas da sua vida profissional. Esta situação constitui por isso
mesmo o principal desafio do 2º ano da profissionalização em serviço uma vez que o PFAP
deve ser desenvolvido segundo três eixos estruturantes: turma/alunos (manifesto no
relacionamento com alunos e encarregados de educação), escola/meio (na participação e
organização de actividades que contribuem para o desenvolvimento do Projecto Educativo
de Escola – PEE – e Plano Anual de Actividades – PAA) e programas/currículo (no que se
refere à disciplina leccionada e unidade supervisionada).


Desta forma, levei a cabo um variado número de actividades que atravessam todas as
dimensões acima referidas e que as cruzam numa perspectiva de globalidade de um
projecto e de um contributo para a comunidade escolar.


Entendo que um trabalho desta natureza não se deve apenas traduzir num produto final
que pode ou não ser reutilizado numa perspectiva lúdico-didática. Deve ser sim um
trabalho que permita alterar padrões, metodologias e dinâmicas de ensino capazes de
perpetuar no tempo. Só assim se interage verdadeiramente com todos os elementos da
comunidade educativa, sendo um grande mas deveras interessante desafio, permitindo-
nos pôr em prática toda a nossa experiência e conhecimentos assimilados.



Jorge Teixeira                                                                                          6
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Por outro lado, e considerando a minha experiência profissional e a evolução verificada no
sistema educativo português no que se refere a materiais, metodologias, plataformas,
meios, entre outros, verifico que o professor de informática, para além das suas tarefas de
docente, sempre foi considerado também como técnico da escola na manutenção dos
parques informáticos, no lançamento de notas de exames no ENES (exames Nacionais do
Ensino Secundário), no apoio a diversas questões administrativas que implicam a
utilização de software informático, entre outras. Nos dias que correm novos desafios
surgem para os professores desta área: existe um programa de requalificação das escolas
face às novas tecnologias de informação a ser cumprido. Esse programa (CRIE –
Computadores, Redes e Internet nas Escolas) tem como missão a concepção,
desenvolvimento, concretização e avaliação de iniciativas mobilizadoras e integradoras no
domínio do uso dos computadores, redes e Internet nas escolas e nos processos de
ensino-aprendizagem, incluindo, designadamente, as seguintes áreas de intervenção:
Formação de professores na área de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC);
promoção e dinamização do uso dos computadores, de redes e da Internet nas escolas e
o apetrechamento e manutenção de equipamentos de TIC nas escolas.


O cumprimento dos objectivos e implementação das directivas desse programa a nível
local compete, acima de tudo, aos professores que directamente estão envolvidos nestes
domínios. Nesta perspectiva, os professores de informática assumem um papel
preponderante na gestão, execução e acompanhamento destes objectivos, permitindo
uma modernização tecnológica das escolas e implementando ou construindo meios para
outros colegas desenvolverem e aplicarem novas metodologias no ensino.


Com base nestes pressupostos achei interessante centrar o meu PFAP na importância das
novas tecnologias da informação no processo de ensino-aprendizagem, designadamente
através da Internet que, naturalmente, foi e continuará a ser o canal privilegiado para a
implementação, execução e divulgação de novos meios e materiais ao dispor dos
professores e alunos.


Com o objectivo central de divulgar, conceber e implementar novas metodologias e meios
ao serviço do processo ensino-aprendizagem, concebi uma série de actividades
vocacionadas para alunos, professores e demais membros da comunidade educativa. No

Jorge Teixeira                                                                                          7
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entanto, e apesar de todo o meu esforço, esse núcleo do meu PFAP não ficou explicito de
uma forma evidente aquando da sua realização. Tal facto foi referido pelo coordenador da
profissionalização em serviço da Escola Superior de Educação (ESE) e pela minha
delegada à profissionalização, levando-me a ponderá-lo e a corrigi-lo nas apresentações
realizadas quer à Secção de Formação do Conselho Pedagógico da Escola Secundária
Daniel Sampaio quer na ESE.


É tempo agora de reflectir. Com base no PFAP por mim planeado e elaborado em
Novembro há que confrontar esse plano com a prática. É necessário justificar as suas
reformulações, ponderar as consequências resultantes de todas essas actividades e de que
forma todo este trabalho contribuiu para a minha qualificação profissional, mas acima de
tudo, para a melhoria do processo ensino-aprendizagem na Escola Secundária Daniel
Sampaio e principalmente para o desenvolvimento dos alunos.




Jorge Teixeira                                                                                          8
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                                     I – PRÁTICA LECTIVA



Tal como referido no PFAP, a minha componente lectiva compunha-se pela leccionação da
ATI – Área Tecnológica Integrada – ao 12.º ano de escolaridade do Curso Tecnológico de
Informática, implementada pela primeira vez no presente ano lectivo.


A ATI ocupa toda a minha componente lectiva, com 14 segmentos de 45 minutos, uma
vez que é composta pelas disciplinas de TGBD – Técnicas de Gestão de Bases de Dados e
PT – Projecto Tecnológico, apenas leccionada às quintas e sextas-feiras durante todo o
dia. Esta distribuição invulgar da carga lectiva prende-se com o facto de existir uma
irregular distribuição das horas lectivas ao longo do ano lectivo. Ou seja, em ambas as
disciplinas a leccionação terá de ser interrompida para dar lugar ao Estágio Curricular,
obrigatório em todos os cursos tecnológicos do ensino secundário, conforme o redigido no
Decreto-Lei 74/2004 de 26 de Março e posterior Portaria n.º 550-A/2004 de 21 de Maio.
Apesar disso, a carga horária anual de TGBD terá de ser de 240 segmentos de 45
minutos, e a de PT de 54 segmentos de 45 minutos.


Ao professor da ATI compete ainda orientar os estágios curriculares (durante a
interrupção lectiva) e preparar e coordenar os alunos para a PAT – Prova de Aptidão
Tecnológica, a realizar durante todo o ano lectivo e a apresentar no final do mesmo.
Recordo que para a conclusão do ensino secundário os alunos devem ter aprovação nesta
prova.


Para a correcta aplicação das normas e cumprimento dos objectivos propostos pelo
Ministério da Educação procurei sempre manter-me informado e actualizado, procurando
novas orientações acerca do funcionamento da ATI e/ou sugestões de aplicação de
metodologias de ensino. Da minha experiência acumulada e da aplicação das orientações
divulgadas pelo Ministério da Educação (através de ofícios circulares) implementei a minha
prática lectiva tal como a descrevo a seguir.




Jorge Teixeira                                                                                          9
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    1.1. Leccionação da disciplina de TGBD


A disciplina de TGBD, num contexto de especificação terminal, contém alguns
componentes que se consideram enquadradores de uma leitura mínima dos saberes
necessários ao desempenho desejado e que, estruturam o conhecimento exigido a uma
qualificação nessas áreas, a saber:
    •   Análise de sistemas;
    •   Modelos relacionais;
    •   Programação e Linguagem de SGBD – Sistemas de Gestão de Bases de Dados;
    •   SGBD para a Web;
    •   Aplicação.


Este conjunto de competências tem como objectivo fundamental, permitir que o aluno
habilitado com o Curso Tecnológico de Informática, e com esta especialização possa, em
termos de desenvolvimento da sua actividade profissional, desempenhar as funções de
Técnico de Informática e Técnico de Gestão de Base de Dados.


No inicio do ano lectivo, quando realizei a planificação da disciplina, e segundo as
orientações do Ministério da Educação, considerei estes componentes como sequenciais
ou complementares de uma formação já concebida e conseguida em anos anteriores. No
entanto, assim que fiz um levantamento dos pré-requisitos detidos pelos alunos verifiquei
que seria necessário voltar a introduzir conteúdos que já deveriam estar apreendidos
pelos mesmos em anos anteriores. Isto obrigou-me a repensar e a refazer a planificação
de forma a cumprir com os objectivos propostos, introduzindo também os conteúdos que
lhes permitiriam prosseguir esses mesmos objectivos.


Para tal, construí materiais didácticos sob a forma de sebentas ou relatórios técnicos que
abrangiam todos esses conteúdos. Estes materiais foram disponibilizados aos alunos
através da página web da escola, decidindo estes a forma como os desejavam manipular:
em suporte digital ou papel (ver anexos em suporte digital). Estes materiais acabaram por



Jorge Teixeira                                                                                         10
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se tornar imprescindíveis uma vez que não existia nenhum manual da disciplina (ver
anexo 1 – Materiais didácticos construídos para apoio às actividades lectivas).


Para além do facto de ter de “repescar” conteúdos de anos anteriores, a planificação desta
disciplina assume também um carácter próprio e específico à minha forma de leccionar e
aos meus alunos. Este cunho pessoal deve-se ao facto de eu ter planificado as diversas
unidades de acordo com os objectos propostos a nível nacional, mas adaptando-os a
todas as situações dos estágios curriculares dos alunos no que se refere à escolha dos
softwares e/ou à ordem de leccionação das respectivas unidades, tentando, sempre que
possível, leccionar a respectiva unidade antes que o aluno necessitasse de implementar
esses conhecimentos no estágio.


Desde logo foi extremamente importante fazer uma introdução séria à análise, uma vez
que não faz sentido trabalhar bases de dados (e não se trata de simples manipulação)
sem se ter uma noção de como gerar uma base, numa perspectiva de programação da
informação que se pretende armazenar. Por outro lado, uma visão transdisciplinar da
análise, permitiu sempre ao aluno desenvolver em contexto de trabalho capacidades
inerentes às ferramentas de trabalho que vier a utilizar e que se revelarão
necessariamente como mais valias quer pessoais quer ao nível da empresa, qualquer que
ela seja. Nesta unidade trabalhou-se numa perspectiva de prática simulada onde os alunos
recolhiam situações reais de problemas merecedores de uma aplicação informática,
escolhidas por eles, e aplicando as técnicas de análise de sistemas com o intuito de chegar
a uma situação óptima de implementação das conclusões conseguidas. Para que isto fosse
possível, os alunos recolheram depoimentos e informações que lhes fossem úteis para
aplicar as técnicas de análise. Isoladamente e em grupo, destacam-se os seguintes temas
abordados:
    •   Informatização de uma Escola de Condução;
    •   Gestão de pedidos de uma livraria on-line;
    •   Gestão de pedidos telefónicos da Telepizza;
    •   Gestão de folha de pagamentos de uma empresa de trabalho temporário;
    •   Gestão de reservas e ocupações de uma unidade hoteleira; e
    •   Informatização do sistema de inscrições e pagamentos num clube de natação.


Jorge Teixeira                                                                                         11
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Dar continuidade ao pouco que os alunos haviam aprendido sobre bases de dados até
aqui, – sobretudo por causa da sua complexidade funcional – nomeadamente na análise
relacional que se deseja compreender através do conhecimento dos modelos e das
soluções de implementação, foi uma fase imediata, que deveria proporcionar ao sujeito da
aprendizagem, não apenas uma visão de conjunto e também estruturada do que são
Bases de Dados numa perspectiva empresarial, mas sobretudo criar as competências
necessárias para que cada um seja capaz, em fase posterior, de aplicar esses conceitos de
forma adequada, articulada e eficaz.


Nesta temática das Bases de Dados foi necessário proceder a uma exaustiva revisão de
conhecimentos, devido ao défice que os alunos possuíam nesta área, quer na utilização de
SGBDs, quer na programação de Bases de Dados e tecnologias de acesso a dados.
Leccionei a unidade tendo em vista os softwares que os mesmos iriam utilizar nos
respectivos estágios, além de consagrar a utilização de softwares proprietários (da
Microsoft Corporation) e softwares livres (MySQL e PHP). As aprendizagens foram
introduzidas assim que eram necessárias, pois os alunos desenvolveram na prática os
sistemas que haviam analisado na unidade anterior. Para além disso surgiam sempre
novas dúvidas ou problemas para solucionar nos seus trabalhos individuais de estágio.


Como sequência lógica, pretendia-se um enquadramento de uma plataforma padrão, que
sirva os interesses de uma grande abrangência do mundo empresarial, e por isso apontou-
se para o SQL, optando-se pelo já referido MySQL – plataforma freeware mundialmente
divulgada pela sua grande capacidade de aplicação às mais diversas situações e com
requisitos de sistema facilmente conseguidos.


Como componente terminal de novos conteúdos, fez-se uma abordagem centrada na
Web, numa perspectiva de desenvolvimento, na medida em que a evolução das “e-
ferramentas” e “e-funcionalidades”, nomeadamente na área do e-commerce assim o
exigem.


Abordam-se então genericamente linguagens de scripting para escrever aplicações
(serverscripts) para a Web, usando bases de dados, nomeadamente centrando a “leitura”
da aprendizagem nas aplicações de comércio electrónico, através da linguagem PHP

Jorge Teixeira                                                                                         12
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(também freeware), de acordo com a diversidade de oferta para o mercado de trabalho;
incluiu-se aqui uma introdução à instalação e configuração básicas às plataformas de
servidores web Apache e Internet Information Server.


A disciplina permitiu ainda “configurar” uma unidade de aplicação (Projecto Tecnológico),
onde os alunos deram corpo ao aprendido, salientando-se que enquadrou a PAT, uma vez
que se trata de uma área de carácter quase universal.


Importa realçar que leccionei a disciplina sob um cariz essencialmente prático, de forma a
proporcionar uma aproximação ao mundo do trabalho, que, com a realização do estágio,
criou situações de aprendizagem concomitante – em contexto de trabalho e
simultaneamente na escola – que proporcionou aos alunos um contacto suficientemente
profundo com o mundo empresarial, conseguido através de parcerias entre a escola e
entidades locais, nomeadamente empresas, instituições, serviços públicos etc…


Assim todas as componentes indicadas, incluindo o estudo das técnicas de análise
estruturada de sistemas e das ferramentas de apoio ao trabalho de modelação; o
aprofundamento de conceitos relacionados com uma linguagem estruturada de acesso a
dados; o estudo de conceitos, técnicas e ferramentas de análise orientada a objectos; a
inserção e manipulação de uma base de dados numa linguagem de programação, foram
leccionadas numa perspectiva de “aprender fazendo” em que o aluno não se tornou num
simples destinatário, meramente receptivo da informação que à posteriori validará usando,
mas que interagiu com o docente, com os colegas e com os materiais da aprendizagem,
de uma forma pró-activa, recriando sistematicamente e em ciclo, as tarefas que seriam o
seu domínio de actividade no mercado de trabalho.


Os procedimentos de avaliação, por mim definidos e aprovados no grupo disciplinas e,
mais tarde, em reunião do Conselho Pedagógico, dos alunos nesta disciplina terão que ser
diversificados e congruentes com o seu carácter eminentemente prático, de modo a
permitir a recolha de dados rigorosos sobre o desempenho de tarefas e actividades
realizadas pelos alunos. A avaliação (ver anexo 2 – Instrumentos de avaliação) efectuada
até ao momento realizou-se e continuará a realizar-se, essencialmente, através:


Jorge Teixeira                                                                                         13
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    •   Da observação directa do trabalho e das actividades desenvolvidas pelos alunos,
        recorrendo a grelhas de observação, listas de verificação, memórias descritivas e
        relatórios críticos;
    •   De relatórios referentes aos trabalhos práticos elaborados nas aulas;
    •   De testes de avaliação sumativa.


Assim, foi privilegiada a avaliação contínua formativa efectuada permanentemente,
registando a evolução do aluno aula a aula, permitindo-me, deste modo, delinear
estratégias para ultrapassar de imediato as dificuldades que os alunos possam apresentar.
No entanto, existiram momentos em que foi necessário proceder, no final de cada
unidade, a provas sumativas de carácter prático ou teórico-prático, que permitiram avaliar
os conhecimentos adquiridos e as competências desenvolvidas ao longo do processo de
ensino/aprendizagem. Por outro lado, a consolidação das aprendizagens e das
competências também foi feita através da avaliação do desempenho e/ou do
desenvolvimento de trabalhos de grupo/individuais.




Jorge Teixeira                                                                                         14
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        1.1.1.       Leccionação da Unidade Supervisionada


Um dos objectivos principais do professor deve ser, assegurar nos seus alunos, o
desenvolvimento do raciocínio, da reflexão crítica, da curiosidade científica e o
aprofundamento dos elementos fundamentais de uma cultura humanista, artística,
científica e técnica.


Assim sendo, o professor deve organizar o currículo com a preocupação de ir ao encontro
das expectativas, interesses e saberes dos alunos de forma que “ (…) as aprendizagens
sejam o mais significativas possível e que permitam resolver os problemas de
compreensão e de participação.” (Leite, Carlinda, 2001).


Deve reconhecer-se que os conteúdos só fazem sentido se explorados em contextos de
interacção e actividade que têm que ser criteriosamente concebidos. Uma parte
significativa do futuro da aprendizagem não se encontra nos conteúdos. Muito desse
futuro, talvez a sua parcela mais crítica, encontra-se nos contextos. “Não se encontra,
assim, na produção e distribuição de conteúdos, nem na transferência de aprendizagens
ou de conhecimento para cabeças vazias, mas sim em tornar possível a construção das
aprendizagens pelos seus próprios destinatários, em ambientes culturalmente ricos em
actividade – ambientes que nunca existiram, que o recurso inteligente aos novos media
tornou possíveis e nos quais se aplicam paradigmas completamente distintos dos do
passado.” (Figueiredo, Dias, 2002).


Para que esses conhecimentos sejam o mais significativo possível, o projecto foi pensado
e concebido de forma a aproveitar situações reais e concretas, contextualizando assim o
estudo de um tema de crucial importância para uma sociedade cada vez mais
informatizada e dependente das novas tecnologias.


Ao utilizar uma metodologia de aprendizagem baseada em projecto, verifiquei que os
alunos à medida que o iam desenvolvendo iam também sentindo a necessidade de
aprender novos conteúdos, ou seja, o aluno tornou-se actor da sua própria formação –
learning by doing.


Jorge Teixeira                                                                                         15
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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Assim, foram identificados benefícios ao optar-se por trabalhar em projecto, visto que,
“ (…) trabalhar em projecto pressupõe ter interlocutores, trabalhar em grupo, ser colegial,
partilhar finalidades, admitir posições contrárias, negociar essas posições, agir eticamente,
assumir compromissos e responsabilidades.” (Cortesão, Leite e Pacheco, p. 37). “É na
relação entre saber e experiência, na articulação entre aquisições escolares e transferência
para situações da vida real, que o trabalho de projecto se situa.” (Cortesão, Leite e
Pacheco, p. 36).


Outro aspecto que incitou à implementação deste projecto, foi o facto dos alunos da
turma revelarem alguma falta de autonomia, falta de sentido de responsabilidade,
nomeadamente no cumprimento de prazos e revelarem também, dificuldades em exprimir
as suas ideias, tanto oralmente como na forma escrita. Neste contexto, a ideia de projecto
justificava-se, como forma de suprimir essas dificuldades recorrendo a diferentes
processos de comunicação dos resultados obtidos.


A unidade de intervenção escolhida – Servidores Web – instruiu os alunos para instalar
correctamente uma plataforma para servidores web, partindo depois para a sua
configuração técnica e prestação de serviços. Pata tal, os alunos deverião também
conhecer os procedimentos necessários à manutenção e gestão dum servidor web.


A disciplina de Técnicas de Gestão de Base de Dados, do 12º ano de escolaridade é uma
disciplina com uma forte componente prática. Depois de desenvolvidos e interiorizados
uma série de conceitos teóricos, há que aplicar na prática tudo o que se aprendeu, não só
este ano, mas também em anos anteriores e nas variadas disciplinas. Assim, e depois de
realizada uma análise ao programa da disciplina, elaborado pelo Ministério da Educação,
verificava-se que a unidade em questão era a única que ainda não detinha actividades
práticas que envolvessem o “saber fazer” por parte dos alunos, talvez por se desconhecer
se existiriam nas escolas condições para que tais actividades fossem implementadas.


Detendo a escola as condições técnicas ideiais (dois servidores web) e, tendo em conta
que os alunos possuíam aprendizagens para a criação e manutenção de websites (nas


Jorge Teixeira                                                                                         16
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disciplinas de TIC – 10.º ano – e Aplicações Informáticas A – 11.º ano), estavam reunidas
as condições para que os alunos pudessem praticar e desenvolver um projecto nesta área.


Com a execução deste projecto pretendia atingir os seguintes objectivos gerais:
    •   Potenciar a página como meio de comunicação entre professores, alunos,
        directores de turma, pais / encarregados de educação e comunidade;
    •   Desenvolver o sentido de responsabilidade e de iniciativa dos alunos;
    •   Dinamizar a comunidade escolar.


Assim, o projecto consistia na configuração de um dos servidores web da escola,
afectando os serviços (WWW/http, FTP e Mail/SMTP) aos cursos tecnológicos e
profissionais em curso na escola. Desta forma era possível criar vias de comunicação
privilegiadas entre todos os intervenientes no correcto funcionamento dos mesmos –
alunos, professores, entidades e instituições e encarregados de educação. Para além
destes, os alunos criaram também as páginas e respectivos serviços de apoio a diversos
clubes e projectos da escola, entre outros.


Das actividades realizadas no projecto desta unidade destacam-se as seguintes (ver anexo
3 – Actividades desenvolvidas pelos alunos no domínio da unidade supervisionada):
    •   Criação de domínios para alojamento FTP;
    •   Criação e actualização dos sites dos departamentos de Língua Portuguesa e
        Francesa; de Língua Inglesa e de Ciências Sociais e Humanas;
    •   Criação dos sites dos clubes da escola: Clube do Ambiente e Génio Maligno – Clube
        de Filosofia;
    •    Criação do site de promoção da oferta educativa da escola;
    •   Criação do site de apoio à Área Tecnológica Integrada (TGBD, Projecto
        Tecnológico, Estágios e Provas de Aptidão Tecnológica);
    •   Criação da Área do Aluno – site vocacionado para a troca de materiais educativos
        (resumos, apontamentos, trabalhos e resolução de exames e provas globais) pelos
        alunos da escola;
    •   Criação de contas de e-mail institucionais para os diversos agentes educativos da
        escola: Directores de Turma, Coordenadores diversos, Órgãos de Gestão, Clubes e


Jorge Teixeira                                                                                         17
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        Projectos, Serviços Administrativos,           Associação de Pais e Associação de
        Estudantes;
    •   Realização de relatórios técnicos e de guias de utilização;
    •   Sessão de apresentação da Área do Aluno à comunidade educativa no dia da
        informática;
    •   Sessão de apresentação do site da Oferta Educativa à comunidade escolar no dia
        da informática;


Como se pode constatar, para a realização destas actividades foi necessário o
envolvimento de outros professores, alunos e encarregados de educação.


O envolvimento de outros professores visava a realização das seguintes actividades:
    •   Acompanhamento dos alunos na criação dos respectivos sites e configuração dos
        vários serviços web;
    •   Produção de materiais lúdico-didácticos destinados a alojamento web;

    •   Divulgação online dos critérios de avaliação e das planificações, nos espaços
        criados para o efeito;
    •   Publicação online, pelos directores de turma, do registo de faltas e classificações
        dos alunos, nos locais criados para o efeito na página web da escola, e cujo acesso
        se realiza mediante password entregue aos encarregados de educação.
De salientar que todas as passwords configuradas pelos alunos foram posteriormente
alteradas pelos professores, no sentido de se preservar e manter a segurança dos dados
envolvidos.


Envolvimento      dos    pais/encarregados       de    educação      evidenciou-se      nas    seguintes
actividades:
    •   Acompanhamento          dos   alunos    na    configuração      dos    vários    serviços    web,
        nomeadamente no que se refere às informações colocadas na área da Associação
        de Pais e Encarregados de Educação e à configuração dos e-mail institucionais;
    •   Recolha de opiniões sobre o acesso e informação disponibilizada na página web da
        escola;



Jorge Teixeira                                                                                          18
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Outros alunos extra-turma foram também envolvidos na execução deste projecto, através
da sua participação nas actividades do dia da informática, na utilização e avaliação das
funcionalidades da Área do Aluno, como ainda na apreciação de todos os outros materiais
concebidos.


As estratégias a implementar durante a realização deste projecto visavam ainda, e para
além da aprendizagem dos conteúdos inerentes à temática em questão, os seguintes
aspectos:
•   Preparar os alunos para a sua inserção no mercado de trabalho, através de construção
    de webpages vocacionadas para públicos-alvo específicos e consequente configuração
    de serviços web;
•   Orientar e preparar os alunos para a realização e apresentação das PATs, treinando-os
    na exposição oral e física de materiais por eles construídos;
•   Orientar os alunos, estimulando-os a aprender e a ultrapassarem as dificuldades com
    que se deparam, ficando assim cada vez mais envolvidos no trabalho;
•   Incentivar os alunos a trabalhar em grupo;
•   Discutir em grupo os trabalhos realizados;


No projecto, à medida que íamos avançando nos conteúdos temáticos previstos para esta
unidade, os alunos iam sendo confrontados com diversas fichas de trabalho, por forma a
poderem aplicar os novos conceitos aprendidos, seguindo a filosofia de que “para
aprender, o melhor é fazer”. Para isso, é vantajoso ter um projecto, um objectivo, para se
envolverem e interessarem pelo trabalho em si.


As aplicações utilizadas foram de escolha livre pelos alunos, tendo sido utilizadas as
seguintes: Microsoft FrontPage, Macromedia DreamWeaver, Macromedia Flash, AceFTP,
Apache, MySQL e PHP.


Apesar de alguns aspectos negativos como o incumprimento, por parte de alguns
professores, de prazos na entrega de materiais para actualizar a página e de alguma falta
de motivação dos mesmos para a produção de materiais lúdico-didácticos, considero como
bastante positiva a avaliação global do projecto.


Jorge Teixeira                                                                                         19
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Essa minha avaliação do projecto resulta de variados factores:
•   Utilizando a autonomia que lhes foi concedida, muitas vezes ocorreram situações em
    que os alunos confrontados com a falta de materiais, procuravam os professores para
    a entrega atempada de materiais para a concepção e actualização das páginas;
•   Sugestão dos alunos para a construção de guias de utilização (alojamento de páginas
    web), para distribuição aos professores, no sentido de dar continuidade ao trabalho
    desenvolvido;
•   Proporcionou aos alunos espaço para aprender a trabalhar, além do grupo, em equipa
    com toda a turma, outros professores e comunidade escolar;
•   No final da unidade inquiri os alunos sobre o projecto em causa, nomeadamente no
    que diz respeito às formas de recolha, tratamento e divulgação de informação. As
    respostas obtidas iam no sentido de que se tratava de uma forma “inovadora” de
    articular os conteúdos escolares, sendo isso do agrado geral dos alunos. Os mesmos
    referiram ainda que pelo facto de existir um objectivo a alcançar, cujo tempo e prazos
    de execução eram definidos por eles próprios, tornou a actividade mais empolgante e
    contributiva.


Importa ainda referir que, na planificação da unidade/projecto apresentada no início do
ano lectivo ao Conselho Pedagógico e depois à ESE – através do PFAP, defini as
competências a desenvolver nos alunos (no que se refere aos conhecimentos a adquirir,
capacidades a obter e atitudes a desenvolver) especificava também os conteúdos que
seriam abordados, assim como as estratégias adoptadas para que os alunos
desenvolvessem o projecto proposto, apresentando ainda os recursos que seriam
necessários para a implementação do projecto e aprendizagem dos seus conteúdos, e, por
fim, de que forma o aluno seria avaliado nesta unidade, e como se traduzia essa na
avaliação global da disciplina (ver anexo 4 – planificação a médio prazo da unidade
supervisionada).


Essa planificação acabou por me permitir dispor atempadamente de todos os recursos
necessários (quer a nível de hardware, quer de software), proporcionando-me todas as
condições para a correcta implementação do projecto. No entanto, devo referir que foi
necessário alterar a metodologia de trabalho planificada, uma vez que a iniciativa obteve


Jorge Teixeira                                                                                         20
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bastante aceitação junto da comunidade escolar, sendo necessário que muitos dos alunos
trabalhassem individualmente, e não em grupos de trabalho conforme planeado.


Como já foi referido, este projecto obteve um impacto muito positivo junto da comunidade
educativa (constantemente, tanto eu como os alunos, éramos questionados sobre que
projectos se seguiriam, sugestões de melhoria das áreas já implementadas e sobre
caminhos possíveis para dar continuidade ao que foi desenvolvido). Por outro lado, e além
disso, os alunos obtiveram classificações bastante satisfatórias, cumprindo todos os
objectivos propostos e alcançando todos os conteúdos planificados.




Jorge Teixeira                                                                                         21
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    1.2.     Leccionação do PT


Nas orientações ministeriais que surgiram no final do ano lectivo transacto e no decorrer
do presente, o Projecto Tecnológico é uma área não-disciplinar, que tem como
finalidades:
•   A integração de saberes e competências adquiridas ao longo do curso, em torno do
    desenvolvimento de metodologias de estudo, investigação e trabalho de grupo.
•   A aproximação ao mundo do trabalho, ao mundo empresarial, às instituições científicas
    e culturais, às instituições da administração pública, às instituições de solidariedade
    social ou aos órgãos de poder local e central.
•   Promover a orientação escolar e profissional dos alunos, relacionando os projectos
    desenvolvidos com os seus contextos sociais e, em particular, com os contextos de
    trabalho e as saídas profissionais;
•   Preparar a Prova de Aptidão Tecnológica.


Como tal defini, no início do ano lectivo, um conjunto de etapas, decorrentes da
metodologia geral de como trabalhar em projectos, aplicadas à disciplina de especificação
que os alunos iriam frequentar. Conforme se pode verificar na documentação anexa ao
presente relatório em suporte digital, essa metodologia definia as diversas etapas
(Selecção do tema/problema e do grupo de trabalho, Concepção e elaboração do projecto,
Execução sustentada do projecto e realização do(s) produto(s) e, por fim, a elaboração do
relatório do processo e apresentação pública do produto e do respectivo relatório);
sugerindo ainda tarefas e técnicas e definindo os intervalos temporais para a execução de
cada etapa (ver anexo 5 – Documento de apoio ao PT).


Assim sendo, os critérios de avaliação que defini no início do ano lectivo e que foram
apresentados ao Conselho Pedagógico conjuntamente com a planificação do PT,
contemplam, para além da avaliação baseada na observação directa do trabalho e
envolvimento dos alunos (ver grelhas de observação em anexo), uma avaliação apoiada
na utilização de diversas técnicas e instrumentos de recolha de dados, de forma a que se
avalie:
•   As capacidades e atitudes associadas à recolha, análise e utilização de informação;


Jorge Teixeira                                                                                         22
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•   A manipulação e comunicação da informação escrita e oral;
•   O trabalho de grupo (nomeadamente no que concerne à organização e divisão de
    tarefas e decorrente responsabilização individual);
•   O sentido e a participação cívica;
•   A avaliação da capacidade de reflexão crítica face às situações concretas e projectadas
    (que implicam sentido estratégico, poder de planeamento e de avaliação)


No final de ano lectivo, a avaliação deve integrar toda a informação recolhida tanto acerca
do processo como do produto. O produto final produzido pelo aluno no decurso do
projecto não tem um valor autónomo face ao processo que o originou. O trabalho
investido na análise das situações e dos problemas, no esforço de planeamento, na
procura das soluções, na avaliação dos resultados intermédios deve ser contemplado
como parte integrante do trabalho de aprendizagem a par do resultado concreto traduzido
no produto final (ver anexo 6 – Critérios de avaliação da ATI).


Partindo destes pressupostos, foi com bastante agrado que observei que os alunos se
envolveram de forma bastante entusiástica e dedicada não só às suas tarefas, como
também às tarefas dos seus colegas. Baseados na metodologia que lhes havia sido
entregue, desenvolveram uma metodologia específica a cada projecto, alterando e
redefinindo etapas, por forma a melhor planificar e desenvolverem os seus trabalhos.
Devo também referir que os alunos sempre encararam de uma forma aceitável todas as
actividades      no    exterior,    assumindo       uma      atitude    “profissional”,     recolhendo
dados/informações, que mais tarde, lhes permitissem ultrapassar os seus obstáculos.


Procurei, sempre que possível, acompanhar cada projecto, ajudando os alunos na
resolução de problemas específicos. Muitas vezes promovi também discussões e
momentos de reflexão com toda a turma, no sentido de criar estímulos de entreajuda e de
cooperação com todos os alunos, possibilitando encontrar soluções globais para as suas
dificuldades, redefinindo tarefas e planeando novas actividades como forma de superar
algumas limitações.


Cada tarefa, cada etapa, era depois objecto de um pequeno relatório escrito, que
permitisse depois a realização de um relatório global de acompanhamento e
Jorge Teixeira                                                                                         23
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desenvolvimento do produto final. Foram também apresentados relatórios intermédios (no
final de cada período lectivo) sobre o que se havia realizado até então. Para finalizar esta
componente lectiva, falta a entrega do relatório final do PT e a apresentação dos
respectivos produtos finais.


Apesar de terem sido objecto de escolha por parte dos alunos, quase todos os projectos
permitiram aos alunos utilizar os protótipos conseguidos (produtos finais do PT) para,
depois de serem alvo de alguns ajustes e melhoramentos, se traduzirem na sua PAT –
Prova de Aptidão Tecnológica. No entanto, as metodologias de trabalho de projecto
aplicadas pelos alunos, e considerando o seu carácter universal e transdisciplinar, são na
integra também aplicadas na realização das PATs.




Jorge Teixeira                                                                                         24
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    1.3. Orientação dos Estágios Curriculares


Tal como já foi referido, a leccionação da disciplina de TGBD e a execução do PT são
interrompidos ao longo do ano lectivo por forma a dar lugar à realização dos estágios
curriculares dos alunos. Estes estágios têm uma duração de 240 horas, 24 das quais de
gestão flexível para reuniões, elaboração dos planos de estágio, avaliações, etc… As
outras 216 horas devem ser para o desenvolvimento supervisionado, em contexto real de
trabalho, de práticas profissionais inerentes ao Curso Tecnológico de Informática e à
especificação em Técnicas de Gestão de Bases de Dados.


Os estágios curriculares visam, de uma forma geral:
•   Desenvolver e consolidar, em contexto real de trabalho, os conhecimentos e
    competências profissionais adquiridos durante a frequência do curso.
•   Proporcionar experiências de carácter sócio-profissional que facilitem a futura
    integração dos jovens no mundo do trabalho.
•   Desenvolver aprendizagens no âmbito da Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho.


A avaliação dos alunos, nos respectivos estágios, assenta em várias componentes (sobre
as quais me debruçarei neste relatório), mas partem de dois pontos essenciais:
•   A avaliação final do estágio tem por base o respectivo relatório, que é elaborado pelo
    aluno formando e deve descrever as actividades desenvolvidas no período de estágio,
    bem como a sua avaliação das mesmas face ao definido no plano de estágio.
•   O relatório de estágio é apreciado e discutido com o aluno formando pelo professor
    orientador e pelo monitor, que elaboram uma informação conjunta sobre o
    aproveitamento do aluno formando, com base no referido relatório, na discussão
    subsequente e nos elementos recolhidos durante o acompanhamento do estágio.


Os estágios, iniciados no final de Janeiro e ainda em curso, realizam-se em entidades
públicas e privadas, nas quais se desenvolvem actividades profissionais relacionadas com
a área de formação do curso tecnológico e da especificação em causa.




Jorge Teixeira                                                                                         25
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No quadro seguinte descrevem-se as entidades e os trabalhos que são objecto de estágio
curricular de cada aluno:


     Aluno             Designação             Local                     Tarefas de estágio
Ana Isidoro         Associação       de     Cacilhas        •   Realização de um inquérito aos
                    Comercio           e                        associados e tratamento estatístico dos
                    Serviços do Distrito                        dados;
                    de     Setúbal     –                    •   Concepção      de    páginas    web    e
                    Delegação        de
                                                                configuração de serviços web;
                    Almada
                                                            •   Preparação de acções de formação.
André Robalo        Intemper Portugal       Charneca        •   Criação de uma base de dados de
                                            da Caparica         Gestão de Stocks
                                                            •   Disponibilização da base de dados em
                                                                Intranet.
Andreia Ferreira    Prima Linha             Laranjeiro      •   Criação da página web da empresa;
                                                            •   Configuração de serviços web;
                                                            •   Gestão de encomendas online.
Bruno Gonçalves     TERAZone                Cova    da      •   Criação de uma base de dados
                                            Piedade             geográfica de Gestão de Contactos e
                                                                Clientes da empresa (Sistema de
                                                                Informação Geográfica);
                                                            •   Disponibilização da base de dados na
                                                                página web da empresa para acesso por
                                                                parte dos comerciais.
Cláudia Luís        Junta de Freguesia      Sobreda         •   Criação de uma base de dados de
                    da Sobreda                                  Gestão       de      Contactos      para
                                                                automatização de tarefas;
                                                            •   Disponibilização da base de dados em
                                                                Intranet;
                                                            •   Criação da página web da entidade.
Gonçalo Esteves     Easypack, Lda.          Charneca        •   Construção de Aplicações API para
                                            da Caparica         exportação e importação de dados;
                                                            •   Criação de uma base de dados para
                                                                Gestão de Aplicações e Licenças dos
                                                                Clientes.
Ivan Eduardo        Alma Alentejana         Laranjeiro      •   Criação de uma base de dados para
                                                                Gestão Bibliotecária da entidade;
                                                            •   Criação da página web da entidade.
Ivo Almeida         Faculdade         de    Monte da        •   Manutenção do website da entidade;
                    Ciências           e    Caparica        •   Assistência técnica a clientes.
                    Tecnologias
João Oliveira       Proformar               Monte da        •   Criação de uma base de dados para
                                            Caparica            Gestão de Formações;
                                                            •   Disponibilização da base de dados em
                                                                Intranet e Internet.
Liliana Ruivo       Alma Alentejana         Pragal          •   Criação de uma base de dados para
                                                                Gestão de Utentes da entidade;
                                                            •   Disponibilização da base de dados em
                                                                Internet.

Jorge Teixeira                                                                                           26
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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     Aluno             Designação              Local                    Tarefas de estágio
Luís Agostinho      Junta de Freguesia      Trafaria        •   Criação de uma base de dados para
                    da Trafaria                                 Gestão de Participações dos Munícipes;
                                                            •   Criação de uma base de dados para
                                                                Gestão do Gabinete de Apoio ao Idoso;
                                                            •   Disponibilização da base de dados em
                                                                Intranet.
Luísa Andrade       Alma Alentejana         Trafaria        •   Criação de uma base de dados de
                                                                Gestão de Stocks
                                                            •   Disponibilização da base de dados em
                                                                Intranet.
Valter Beicinha     Colégio Campo de        Lazarim         •   Criação de uma base de dados de
                    Flores                                      Gestão de Avaliações dos Alunos;
                                                            •   Disponibilização da base de dados em
                                                                Intranet e Internet.
                            Quadro 1 – Listagem de estágios curriculares.



Esta foi, sem dúvida, a mais árdua tarefa da minha prática lectiva, uma vez que nunca
tinha realizado qualquer tarefa do género. Além disso e, como se pode verificar na tabela
acima, cada estágio tem uma especificidade de tarefas e conteúdos, quer sejam eles
inerentes ao software utilizado, aos objectivos a alcançar ou à natureza da entidade
acolhedora dos estágios.


Sendo assim, foi necessário realizar um supervisionamento “em cima” aos estágios. Criei
um sistema rotativo de acompanhamento e supervisão dos estágios de forma a que
pudesse visitar e responder às dúvidas e solicitações de todos os alunos.


No entanto, desde cedo se verificou que essa rotatividade era insuficiente para o rol de
questões e dúvidas dos alunos. Todas as formas de comunicação eram válidas: correio
electrónico, conversação em tempo real (Messenger), via telefónica e até mesmo
presencialmente, fora do horário lectivo de ambos, dentro e fora da escola – uma vez que
esta encerra às 20 horas e muitas vezes foi necessário elucidar os alunos sobre o caminho
a seguir de um dia para outro.




Jorge Teixeira                                                                                           27
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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Procurei sempre responder às suas solicitações o mais atempadamente possível. Forneci-
lhes bibliografia adequada e, em conjunto, criámos um sistema de partilha de informações
e guiões técnicos (que poderiam ser úteis a mais do que um aluno) através da nossa área
na página de Internet da escola.


Aconteceu também, que numa das reuniões para apresentação do aluno à entidade, os
monitores começaram a discutir, perante mim e perante o aluno, sobre o que seria o
trabalho do estagiário. Foi um mau momento, pois apercebemo-nos que a situação não
tinha sido minimamente ponderada internamente e que estavam, em cima da hora, a
definir qual o sector onde o estagiário iria trabalhar e qual o monitor a designar. Quando
saímos o aluno disse-me simplesmente: “Stôr, tire-me daqui!”. Compreendi imediatamente
os receios do aluno, pois perpetuava-se um mau ambiente de trabalho, porventura com
um acompanhamento deficitário e um trabalho de estágio ainda bastante indefinido. Mais
tarde, contactei novamente a entidade, expus a situação e agradecendo na mesma a
disponibilidade demonstrada, informei-os que o aluno já lá não iria estagiar.


Outra das dificuldades com que me deparei está relacionada com o facto de alguns alunos
terem sentido algumas dificuldades na adaptação aos locais de estágio (para a grande
maioria, este foi o primeiro contacto com o mercado de trabalho). Alguns alunos
queixavam-se de atitudes de indiferença por parte de alguns trabalhadores das empresas,
outros apontavam a falta de acompanhamento como motivo da sua insatisfação.


Existiram circunstâncias em que um aluno, em momentos de fervor, mencionou a vontade
de desistir do estágio. Neste caso tive de agir com prudência e advertir o aluno sobre as
consequências de uma tal decisão e esperançando-o numa futura integração no respectivo
local de estágio.


Por outro lado, existiram situações em que a falta de acompanhamento dos alunos por
parte das entidades de estágio foi notória. No entanto, também é verdade que os alunos
são pouco autónomos na execução de tarefas. Também a estes os encorajei
sistematicamente,       referindo    que     estas    situações     apenas     os    iriam    fortalecer
profissionalmente, dando-lhes confiança na tomada de decisões e na execução dos seus
trabalhos.

Jorge Teixeira                                                                                         28
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Tem sido um trabalho cansativo, mas bastante reconfortante, pois observo o crescimento
dos alunos tanto na vertente sócio-afectiva, como na vertente profissional ao constatar
que os seus trabalhos vão tomando forma, que se vão aperfeiçoando e que vão de
encontro às finalidades desejadas por cada empresa.




Jorge Teixeira                                                                                         29
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    1.4. Preparação da PAT


A Prova de Aptidão Tecnológica (PAT) consiste na defesa, perante um júri, de um produto,
que assume a forma de objecto ou produção escrita ou de outra natureza, e do respectivo
relatório de realização, os quais evidenciam as aprendizagens profissionais adquiridas pelo
aluno.


A PAT reflecte o trabalho desenvolvido no âmbito da Área Tecnológica Integrada, em
articulação com as restantes disciplinas, pelo que o aluno só pode realizar esta prova
quando tiver obtido aproveitamento em todas as componentes da referida área. Deve ser
um projecto pessoal e profissional centrado em temas e problemas no qual o aluno invista
saberes e competências adquiridas ao longo da sua formação e se desenvolva em
articulação directa com o mundo de trabalho ou que constitua um forte contributo para a
sua aproximação à vida activa.


Várias finalidades se pretendem atingir com a Prova de Aptidão Tecnológica:
•   Integrar dois contextos de formação: espaço – escola e espaço – mundo do trabalho;
•   Contextualizar a formação dos alunos nas realidades locais permitindo um melhor
    conhecimentos destas e dos seus potenciais;
•   Aperfeiçoar competências, atitudes e conhecimentos facilitadores do acesso a um
    emprego e a uma carreira;
•   Promover o desenvolvimento de competências de empregabilidade, fomentado um
    envolvimento activo num projecto pessoal e profissional;
•   Obter a certificação da formação profissional adquirida.


O produto a defender pelo aluno pode resultar, entre outras possibilidades, do
aprofundamento individual do trabalho de projecto desenvolvido no âmbito do Projecto
Tecnológico.


A PAT tem a duração máxima de quarenta e cinco minutos e realiza-se, de acordo com
calendário a definir pela escola, no final das actividades lectivas, após a realização do
estágio.


Jorge Teixeira                                                                                         30
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A preparação da PAT desenvolve-se do seguinte modo:
•   Elaboração do projecto pelo aluno e sua aprovação pelo docente da Área Tecnológica
    Integrada (ATI);
•   Desenvolvimento do produto proposto, sob orientação do professor da ATI;
•   Redacção, por parte do aluno, do relatório de realização do produto;
•   Entrega dos elementos a defender na PAT ao presidente do júri, no prazo previsto.


Como tal, orientei os alunos para que fossem utilizadas as técnicas e metodologias
adoptadas para os respectivos projectos desenvolvidos no âmbito do Projecto Tecnológico,
conjuntamente com o que estão a interiorizar acerca da profissão e do mercado de
trabalho, através dos respectivos estágios.


Solicitei-lhes no final do primeiro período lectivo uma proposta individual de PAT, que
poderia ou não ser a definitiva, uma vez que os alunos ainda a poderiam alterar no
decurso do ano lectivo. Essa proposta servia para o aluno comunicar qual o tema da sua
PAT, explicar os objectivos que se propõe atingir com o seu desenvolvimento e indicar a
empresa ou instituição que eventualmente pretende ver envolvida para a concretização do
seu projecto. Deveria ter ainda a indicação das metodologias a utilizar, recursos materiais,
físicos e humanos e calendarização das actividades a desenvolver (para o caso de o aluno
precisar de realizar actividades intermédias para depois avaliar os seus resultados).


As propostas entregues foram objecto de apreciação em grupo disciplinar e em conselho
de turma, analisando a sua viabilidade e a existência na escola dos recursos solicitados.
Essas propostas foram depois aprovadas e comunicado de imediato aos alunos que
poderiam prosseguir com a sua execução.


Tal como no PT, foi necessário a recolha de informações junto de entidades e profissionais
da área. Essas informações foram essenciais para a abordagem profissional que se deseja
nos seus produtos finais, como também na redacção do respectivo relatório de
desenvolvimento.




Jorge Teixeira                                                                                         31
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Procurei, também aqui, e sempre que possível, acompanhar cada projecto, ajudando os
alunos na resolução de problemas específicos, promovendo ainda no espaço aula
discussões e momentos de reflexão com toda a turma, no sentido de criar estímulos de
entreajuda e de cooperação com todos os alunos, possibilitando encontrar soluções
globais para as suas dificuldades, redefinindo tarefas e planeando novas actividades como
forma de superar algumas limitações.




Jorge Teixeira                                                                                         32
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    1.5. Relação pedagógica com os alunos


Durante todo o ano lectivo tentei estabelecer com os alunos uma relação de entreajuda,
na qual sempre estive atento às suas dificuldades. Mostrei-me disponível dentro e fora da
sala de aulas relativamente às suas solicitações. Os alunos, por sua vez, face às suas
necessidades, sempre que possível, determinavam o seu ritmo de aprendizagem,
solicitando tarefas e trabalhos de aplicação que fossem de encontro a essas necessidades,
com o intuito de as superar.


Procurei detectar necessidades, interesses, aptidões e vocações dos alunos de forma a
melhor compreendê-los, ajudá-los e avaliá-los. Em conjunto sustentámos uma relação de
aproximação professor – aluno de forma a estabelecer relações francas e abertas, advindo
daí grandes benefícios para a integração escolar de ambas as partes e para o processo de
ensino – aprendizagem, reflectindo-se também ao nível do desenvolvimento pessoal,
garantindo o crescimento de atitudes de respeito, compreensão, amizade e solidariedade.


Com base nisto fomentei um ensino e uma aprendizagem descontraídos, contribuindo em
grande parte para a elevação da auto-estima dos alunos. Tratei sistematicamente cada
aluno como uma individualidade, chamando-o pelo seu nome, respeitando a sua
afectividade, os seus valores e as suas limitações.


 Cooperei com os demais professores, em especial o Director de Turma, para uma
convergência de atitudes, afim de resolver problemas e de melhorar a formação integral
dos alunos. Garanti sempre, junto do Director de Turma, uma informação actualizada do
aproveitamento escolar, comportamento, assiduidade e interesse dos alunos.


Relativamente aos conteúdos que leccionei, demonstrei estar actualizado e procurei não
cometer imprecisões. Usei geralmente uma linguagem cientificamente correcta e
adequada ao nível etário dos alunos. A planificação das aulas foi uma constante na minha
prática docente, elaborando sempre os objectivos dos vários domínios, articulando de
forma     eficaz   os    objectivos,    conteúdos,      estratégias     e   avaliações;      atendendo




Jorge Teixeira                                                                                         33
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constantemente aos pré-requisitos, conceitos alternativos e experiências anteriores dos
alunos.


Promovi muitas vezes o ensino pela descoberta, explorando as questões formuladas pelos
alunos no sentido de eles mesmos as resolverem. Realizei ainda vários trabalhos de
aplicação para que os alunos os trabalhassem fora da sala de aulas, para que eles
próprios os resolvessem e identificassem melhor as suas dificuldades.


Consegui manter e promover na sala de aulas, de forma contínua, um clima de
descontracção      responsável     e   disciplinado,     favorável     ao    processo     de   ensino     –
aprendizagem. Sempre escutei e fiz escutar atentamente as opiniões dos alunos,
intervindo para organizar a discussão, fomentando a participação, estimulando a
cooperação entre todos e evitando a dispersão.


Nunca me limitei a uma posição estática na sala de aulas, movimentando-me
adequadamente no seu espaço, utilizando um tom de voz audível e apropriado, e fazendo
uso de alguma linguagem não verbal, de forma a conferir vivacidade ao diálogo.




Jorge Teixeira                                                                                           34
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    1.6.     Testemunhos de alunos / Relato de experiências


Em todos os projectos realizados ao longo do ano lectivo, incluindo o da unidade
supervisionada, na realização do projecto Tecnológico e no Estágio Curricular, os alunos
foram sempre confrontados com momentos de auto-avaliação, quer intermédia, quer final
de cada uma dessas situações. Um dos parâmetros dessa auto-avaliação incluía um
campo de observações onde solicitava que os alunos se referissem às questões da
leccionação / supervisão do estágio ou projecto.


Desses registos transcrevo (na íntegra, sem qualquer tipo de correcção) algumas
observações dos alunos:


“Bem, o professor Jorge Teixeira, pode – se classificar como um professor exemplar, por
os mais diversos motivos, desde a óptima relação com os alunos, onde quer que seja
dentro ou fora da turma, fico com a sensação que a ligação existente é muito superior a
uma simples ligação aluno – professor – aluno, passando também pelo excelente método
educativo, conseguindo captar a atenção dos alunos ao mesmo tempo que consegue
transmitir a mensagem que queira passar para a turma, seja ela educativa ou informativa,
por estes motivos julgo que o professor Jorge Teixeira, é um professor que qualquer aluno
gostaria de ter.”
                                                                              Bruno Gonçalves, n.º 5


“No início a relação era normal, dentro da simplicidade da relação professor/aluno e vice-
versa. No entanto, é de notar a evolução na tentativa de uma relação franca e aberta
entre os alunos e comigo, o que permitiu o desenvolvimento e o espírito de entreajuda,
para que de uma forma fácil e objectiva, se aplicasse todos os conhecimentos que eram
adquiridos e leccionados pelo professor. Isto facilitou em muito o meu trabalho ao longo
do ano, visto que com esta forma utilizada pelo professor, consegui ultrapassar as minhas
próprias barreiras e dificuldades, o que de outra forma, não seria tão bem conseguido.
Daí, só posso fazer um balanço positivo do trabalho efectuado, e da relação de vários
meses estabelecida entre mim e o professor Jorge Teixeira. É importante destacar o
espírito constante de ajuda, dada e demonstrada para comigo durante o meu estagio pelo


Jorge Teixeira                                                                                         35
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
                                                     ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano



professor, o que também permitiu que, na presença de dificuldades que eu próprio não
conseguia resolver, tivesse um apoio para cumprir com as minhas tarefas do melhor modo
possível. Basta agradecer no fundo, toda a ajuda dada ao longo do ano por parte do
professor Jorge Teixeira.”
                                                                                 João Oliveira, n.º 10


"Na minha opinião, acho que o Professor Jorge Teixeira tem um método dinâmico e
inovador de leccionar que não só não fica nada aquém das expectativas dos seus colegas
de trabalho como incentiva os alunos a melhorarem o seu desempenho e a perceberem a
necessidade de o fazer, obtendo-o através da relação que criou connosco que apesar de
amigável, não tem qualquer influência a nível cognitivo, e mostrou-se sempre disponível
em qualquer duvida ou necessidade durante o meu estagio"
                                                                                  André Robalo, n.º 2


“Relato como uma das muitas vertentes, o grande apoio e acompanhamento, não só
durante as aulas propriamente ditas, bem como em todos os trabalhos e projectos,
inclusive as 216 horas de estágio. Com poucos pormenores e de forma geral, penso que
as aulas foram leccionadas de uma forma bastante suave, com o propósito de não tornar
a aula um ambiente pesado, e de dificuldade de concentração para os alunos. É de
salientar ainda, que estes dois anos foram marcados, de uma relação professor-aluno que
considero muito salutar. Foi uma boa solução, que teve como objectivo incentivar todos os
alunos, mesmo quando alguns destes, tinham alguns tipos de problemas.
Em suma, penso que o professor Jorge Teixeira foi uma mais valia para os alunos, tanto a
nível académico, como na relação social dos mesmos.”
                                                                                    Ivo Almeida, n.º 9


“Pelo Prof. Jorge Teixeira obtive um grande apoio e recurso ao desenvolvimento do meu
estágio e curso, envolvendo ajuda em problemas complexos que a base de dados gerava
e coordenação em respectivas relações com a entidade, Colégio Campo de Flores, como
reuniões com a entidade, por exemplo. O desempenho que tem feito até agora, não pode
ter sido perfeito mas foi o necessário, visto que o conseguiu dar não só a mim mas
também ao resto da turma que coordenou.”
                                                                              Válter Valente Beicinha

Jorge Teixeira                                                                                         36
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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                                  II – DIRECÇÃO DE CURSO



O desempenho do papel de director de curso, para o qual dispunha de 3 tempos lectivos
na componente de trabalho de escola no meu horário, constitui uma das actividades
pedagógicas mais importantes que realizei ao longo deste ano lectivo. Não quero deixar
de referir a importância do desempenho deste cargo no estreitar de relações entre a
escola e a comunidade, através da presença dos encarregados de educação no
estabelecimento de ensino, contribuindo, em articulação com o director de turma para
melhor conhecimento da situação escolar dos seus educandos e consequente auxílio no
processo de decisão acerca da colocação dos alunos nas entidades de estágio.


O estreitar de relações entre a escola e o meio exterior patenteia-se também através da
celebração de protocolos de estágio, que além da colocação dos alunos em contexto de
trabalho, permite também o estabelecimento de mecanismos de entreajuda entre a escola
e as instituições locais/regionais, possibilitando uma melhor compreensão do meio
envolvente, principalmente, e porque se trata de um curso tecnológico, no que se refere
às tendências e necessidades do mercado de trabalho local/regional.


Diversas razões existiram para promover o diálogo permanente com os encarregados de
educação, das quais se salientam as seguintes:
•   Trata-se de um curso alvo de reforma em 2004, logo é importante informar os alunos
    e os encarregados de educação acerca das novas áreas não disciplinares (Projecto
    Tecnológico e Estágio Curricular) e da PAT – Prova de Aptidão Tecnológica (anexo 10
    – Informações gerais da ATI).
•   Funcionamento da ATI – Área Tecnológica Integrada;
•   Condições necessárias para a conclusão do curso e consequentes certificações;
•   O estágio não é remunerado sob nenhum aspecto. Assim tornou-se necessário reflectir
    e decidir sobre a localização geográfica do mesmo, de forma a possibilitar um menor
    custo, por parte do aluno, de despesas relativas a alimentação e deslocações;
•   Para efeitos de conclusão do estágio, deve ser considerada a assiduidade do aluno, a
    qual não pode ser inferior a 95% da carga horária global do estágio. Então foi

Jorge Teixeira                                                                                         37
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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    necessário efectuar um sistemático controlo da assiduidade dos alunos, inviabilizando
    possíveis situações comprometedoras;


Assim, este diálogo constituiu um objectivo extremamente importante a desenvolver ao
longo do ano, promovendo para o efeito o contacto assíduo com os encarregados de
educação, bem como a realização de reuniões. Neste procurarei adquirir um melhor
conhecimento dos alunos, bem como esclarecer os encarregados de educação sobre o
aproveitamento, assiduidade e comportamento dos seus educandos no estágio curricular
e, posteriormente, na realização da PAT.


Para orientar é preciso conhecer. E essa orientação será mais facilmente atingida se
houver boa colaboração/comunicação entre os diversos intervenientes, nomeadamente, a
família, a escola e as instituições que acolhem os alunos.


Das funções exercidas enquanto Director de Curso, salientam-se as seguintes:
•   Assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e áreas não
    disciplinares do curso;
•   Organizar e coordenar as actividades a desenvolver no âmbito da formação
    tecnológica (ver anexo 7 – Materiais inerentes à coordenação da formação
    tecnológica);
•   Participar em reuniões de conselho de turma, no âmbito das suas funções;
•   Articular com os órgãos de gestão da escola no que respeita aos procedimentos
    necessários à realização da prova de aptidão tecnológica, nomeadamente a
    calendarização das provas, e a constituição do júri de avaliação;
•   Propor para aprovação do conselho pedagógico os critérios de avaliação da PAT,
    depois de ouvidos os professores das disciplinas tecnológicas do curso (ver anexo 8 –
    Materiais de preparação e avaliação da PAT);
•   Assegurar a articulação entre a escola e as entidades envolvidas no Estágio,
    identificando-as, fazendo a respectiva selecção, preparando protocolos, procedendo à
    distribuição dos formandos por cada entidade e coordenando o acompanhamento dos
    mesmos (ver anexo 9 – Materiais de apoio e avaliação dos estágios);




Jorge Teixeira                                                                                         38
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•   Assegurar a articulação com os serviços com competência em matéria de apoio sócio-
    educativo;
•   Coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso;
•   Recolher informações sobre todo o processo, a fim de as transmitir aos Encarregados
    de Educação;


Além das funções administrativas e pedagógicas que são da minha responsabilidade como
Director de Curso, realizei também visitas de estudo, colóquios, acções e outras
actividades, de forma a facilitar e estimular a participação activa dos diversos
intervenientes no processo ensino/aprendizagem, como também para informar o melhor
possível os alunos e os encarregados de educação sobre perspectivas futuras na área,
cursos, currículos e saídas profissionais.




Jorge Teixeira                                                                                         39
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    2.1.     Testemunhos de Encarregados de Educação / Relato de
             experiências


Tal como o havia solicitado aos alunos, requeri também aos país / encarregados de
educação que, por via electrónica, me respondessem a um questionário de avaliação do
funcionamento da ATI – Área Tecnológica Integrada, principalmente na abordagem aos
Estágios Curriculares (que na altura, final do 2.º período lectivo, se encontravam a meio
da sua duração total) e ao acompanhamento dos seus educandos neste e noutras tarefas
que se haviam desenvolvido.


Também aqui, deixo os testemunhos (na íntegra, sem qualquer tipo de correcção) dos
encarregados de educação que responderam ao inquérito:


“Na minha opinião o professor desenvolveu um bom trabalho, vê-se que gosta daquilo que
faz. É professor da mesma turma há 2 anos e se de inicio a interacção professor – alunos,
alunos – professor não foi muito fácil, com o tempo foi desenvolvido um grande elo de
ligação entre eles por vezes facilitando outras dificultando o trabalho de ambas as partes.
Um professor sempre muito disponível dando extra curriculares para ajudar os alunos no
que fosse preciso. Dando por vezes pequenos sermões aos seus alunos na expectativa de
eles melhorarem e serem alguém no futuro nunca com o intuito de os rebaixarem.
Parabéns pelo seu belo trabalho, desempenhou muito bem o seu papel!”
                                                          Maria Helena, mãe da aluna Cláudia Luís


“Em todas as profissões, há maus e bons professores, como maus e bons médicos, como
maus e bons juízes, como bons e maus electricistas, como bons e maus políticos e, porque
não dizer também bons e maus Encarregados de Educação.
Se o insucesso escolar dependesse directamente dos bons professores há muito que não
existia, porque estes, como os demais bons profissionais, não são indiferentes aos
proveitos do seu trabalho.
A testemunhar esta afirmação refiro a pessoa do Professor Jorge Teixeira que lecciona na
Escola Secundária Daniel Sampaio as disciplinas TGBD (Técnicas de Gestão de Base de
Dados) e PT (Projecto Tecnológico) do Curso Tecnológico de Informática, e a quem o meu

Jorge Teixeira                                                                                         40
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filho João Marcos teve o privilégio de o ter como professor nos 11º e 12º anos e que tanto
tem contribuído para o seu sucesso escolar e para o prazer da aprendizagem e preparação
para o ingresso na Faculdade.
Seria bom que os Pais e/ou Encarregados de educação não se demitissem das suas
funções. Estes são alertados, por tantas vias, para se deslocarem às escolas e muito
poucos aparecem, nem que mais não fosse para se inteirarem das maiores ou menores
dificuldades que se deparam aos formandos e formadores.
Como Pai e E.E., congratulo-me com a postura pedagógica e perfeitamente enquadrada
que o Professor Jorge Teixeira manifestou ao longo deste tempo, na “comunicação
professor/aluno/encarregado de educação”, que permitiu estabelecer relações
dialogais, criativas, críticas e participativas.
Em resumo:
        Inteligentemente soube dar liberdade.
        Quando foi bem usada, deu mais liberdade.
        Se foi mal utilizada, exigiu responsabilidades.
                                                                    José Manuel Pereira de Oliveira
                                        (Pai e Encarregado de Educação do aluno João Marcos)




Jorge Teixeira                                                                                         41
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                        III – PROJECTO EDUCATIVO DE ESCOLA



No âmbito do PEE – Projecto Educativo de Escola, propus-me realizar algumas actividades
que estavam de acordo, não só com o modo como me posiciono na escola enquanto
membro de uma comunidade educativa, mas também que reflectem a preocupação de
contribuir de alguma forma para tornar a escola um espaço mais dinâmico, enriquecedor,
agradável e estimulante.


Neste sentido, e de forma a dar consecução a alguns dos objectivos mencionados no PEE,
tentei, através de um conjunto de actividades, dinamizar professores, alunos,
encarregados de educação e restante comunidade escolar.


Assim, as propostas de actividades que integraram este PFAP interagiam com os seguintes
eixos do PEE:
•   Ensino / Aprendizagem:
             o   Melhorar os resultados escolares dos alunos, aplicando e promovendo a
                 metodologia de trabalhos de projectos;
             o   Promover a diversidade da oferta educativa numa lógica de inclusão.
•   Projectar a imagem da escola no exterior:
             o   Actualização da Página da Escola como meio de informação e comunicação;
             o   Preparação e Comemoração do Dia da Escola.


Grande parte destas actividades consta de propostas individuais e do grupo de informática
para o Plano Anual de Actividades da Escola.




Jorge Teixeira                                                                                         42
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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    3.1.     Coordenação da página web da escola


Para além das actividades lectivas e do cargo de coordenador de curso, este é o último
cargo para o qual tenho tempos lectivos (dois) marcados no meu horário. Todas as tarefas
dos outros cargos e actividades que se seguem foram desenvolvidas fora desse horário.


No PEE a página web assume particular importância. Assim, e através deste cargo,
pretendia-se cumprir os seguintes objectivos:
•   Fomentar a utilização da página como recurso tecnológico ao serviço da escola;

•   Transformar a página num meio de divulgar a escola;

•   Motivar toda a comunidade escolar para as novas tecnologias de informação;
•   Fomentar novos métodos de ensino / aprendizagem;
•   Diversificar as formas de contacto dos Encarregados de Educação com a escola.


Assim, muitas foram as actividades desenvolvidas por mim e pelos meus alunos, de forma
a cumprir tais objectivos:
•   Configuração dos 2 web servers da escola;
•   Criação de domínios para alojamento FTP;
•   Criação de contas de e-mail institucionais para os diversos agentes educativos da
    escola (Directores de Turma; Coordenadores diversos; Órgãos de Gestão; Clubes e
    Projectos; Serviços Administrativos);
•   Actualização permanente dos conteúdos da página;
•   Divulgação da oferta educativa e de actividades lúdico-didaticas;
•   Realização de sessões de trabalho que ensinem e promovam a criação de websites
    (realizadas em Novembro de 2006 e Março de 2007) – ver anexo 11 – Materiais
    produzidos para a sessão de trabalho;
•   Realização de acções de formação que promovam a utilização das páginas de Internet
    no processo ensino/aprendizagem, através da produção de materiais educativos (a
    primeira dessas sessões iniciou-se a 24 de Abril, com a duração de 25 horas, e termina
    dia 13 de Junho. Trata-se uma acção creditada para a formação contínua de pessoal
    docente, candidatada pelo Centro de Formação PROFORMAR) – ver anexo 12 –
    Divulgação de acção de formação;

Jorge Teixeira                                                                                         43
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•   Incentivar a produção de materiais lúdico-didácticos (Tutoriais; Webquests; Matérias
    de outras áreas curriculares / extra-curriculares; clubes e projectos etc…);
•   Utilizar a página como meio de aprendizagem nas salas de aula – proporcionada pelo
    “Projecto dos Portáteis”;
•   Incentivar os professores a divulgarem online os critérios de avaliação e as
    planificações;
•   Incentivar os Directores de Turma à publicação do registo de faltas dos alunos online –
    acesso mediante password.


É evidente que estas tarefas não têm uma data de conclusão pré-determinada, uma vez
que se pretende fomentar uma nova atitude perante estas tecnologias. São, portanto,
actividades que devem continuar a ser realizadas até que se obtenham resultados
satisfatórios junto da comunidade educativa.


Mais actividades surgirão durante este percurso, das quais se destaca a migração de todos
os materiais pedagógicos alojados na página para a plataforma Moodle.


Neste sentido elaborei, em conjunto com o Coordenador TIC, uma proposta que consistia
em montar essa plataforma num servidor da escola (o mesmo servidor que, em
consequência do Plano TIC elaborado pelo colega, irá gerir toda a rede das salas de aula,
sala de estudo e salas de matemática).


Assim, prevê-se que essa migração ocorra em Julho, imediatamente após a fase de
remodelação da rede informática da escola (principal eixo do Plano TIC), pela qual, e em
conjunto com o colega, sou também responsável.


Esperando que tudo esteja em pleno funcionamento no início do próximo ano lectivo, está
também já agendada uma acção de formação para a utilização da plataforma Moodle,
para os meses de Junho e Julho (ver anexo 13 – Autorização para execução de trabalhos
técnicos).




Jorge Teixeira                                                                                         44
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    3.2. Coordenação de projectos CRIE


Com o intuito de operacionalizar o projecto candidatado no passado ano lectivo e de
fomentar práticas de candidatura a novos programas no âmbito do CRIE – Computadores,
Redes e Internet nas Escolas, a escola decidiu-se pela criação deste cargo de coordenação
de uma equipa multidisciplinar de professores, para o qual fui eleito no mês de Janeiro,
talvez por muitos dos objectivos e das actividades que se pretendiam realizar iam de
encontro ao que me propunha realizar no meu PFAP.


Com a finalidade de dotar a escola de ferramentas técnicas de qualidade que permitam
aos professores e alunos criar e concretizar projectos, em função da melhoria da
qualidade educativa, definiram-se os seguintes objectivos:
•   Desenvolver nos alunos, a capacidade de pesquisa, análise e realização de projectos
    pedagógicos com recurso ao uso de computadores, redes e Internet, promovendo a
    capacidade de seleccionar informação relevante e desenvolvendo o espírito crítico na
    avaliação de material virtual;
•   Dinamizar,     de    forma     acompanhada,        a   integração     das     TIC    no    processo
    ensino/aprendizagem;
•   Utilizar as TIC como ferramenta de construção do saber e do saber fazer em todas as
    áreas de aprendizagem de forma autónoma e individualizada;
•   Proporcionar a construção de um ser crítico e construtor da sua própria aprendizagem,
    com uma participação activa e não um mero reprodutor de aprendizagens;
•   Utilizar as TIC em situações extra-curriculares (clubes, laboratórios, sala de estudos,
    centro de recursos e biblioteca, exposições, concursos, …);
•   Promover a auto e hetero-avaliação, regulando a aprendizagem de forma autónoma e
    individualizada;
•   Incentivar a constituição de parcerias e projectos entre escolas e/ou outras entidades;

•   Proporcionar um meio de comunicação mais eficaz entre os alunos/professores
    envolvidos em qualquer tipo de intercâmbio nacional ou internacional;
•   Multiplicar a efectuação do ensino diversificado e diferenciado na sala de aula;
•   Potenciar a preparação de materiais didácticos, com recurso ao uso de computadores,
    redes e Internet, concretizando as orientações metodológicas determinadas nos

Jorge Teixeira                                                                                         45
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    programas das diversas disciplinas, áreas e/ou domínios e implementando a inovação
    na acção educativa;
•   Apoiar o trabalho de equipa entre os professores em função do progresso individual e
    do grupo e em função dos complementos formativos ou de reorientação;
•   Fomentar a portabilidade criando acessos móveis a conteúdos educativo;
•   Rentabilizar as horas não lectivas em função dos horários dos alunos;
•   Preparar os alunos para um mundo em mudança onde as aprendizagens académicas
    são uma primeira etapa de uma aprendizagem ao longo da vida.


Para cumprimento dos objectivos propostos, pretendem-se desenvolver variadas
actividades, das quais se destacam as seguintes:
•   No âmbito da utilização individual e profissional dos professores:
             o   Pesquisa de informação com vista à elaboração de materiais didácticos;
             o Concepção de instrumentos de apoio/materiais pedagógicos para as várias
                 disciplinas, áreas ou domínios;
             o   Desenvolvimento/Manutenção da pagina Web da Escola;
             o   Criação/Manutenção de Comunidades de Aprendizagem em parceria com o
                 Centro de Formação;
             o   Construção de páginas didácticas interactivas;
             o Construção de materiais dinâmicos (Applets);
             o Construção de exercícios interactivos (WebQuests);
             o   Publicação dos instrumentos de apoio à leccionação/materiais pedagógicos
                 para as várias disciplinas, áreas e domínios, no site da Escola;
             o   Apresentação de sistematizações e esquemas dinâmicos;
             o Construção de ferramentas adequadas à direcção de turma e gestão
                 escolar;
             o   Motivação/Formação de professores não envolvidos no projecto;


•   No âmbito da utilização em ambiente de sala de aula e actividades de apoio a alunos:
             o   Pesquisa documental e identificação da informação relevante, em sala de
                 aula, sobre diversos temas;
             o Consulta, em ambiente de sala de aula, de materiais audiovisuais online;
Jorge Teixeira                                                                                         46
Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica
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              o   Actividades de auto-avaliação com recurso a exercícios interactivos;
              o   Actividades de investigação que levem ao estabelecimento de conjecturas;
              o   Actividades de modelação matemática, com recurso a representações
                  dinâmicas;
              o   Recolha de dados, construção de gráficos e análise dos mesmos;
              o   Simulação de situações e fenómenos com recurso a software disponível on-
                  line;
              o   Exploração de páginas didácticas interactivas;
              o   Actividades experimentais com recurso a sensores;
              o Formação de alunos em software específico das diversas disciplinas;
              o   Actividades de programação de Robots.


Trata-se de um projecto trienal que deverá obter os seguintes produtos finais:
•   Materiais didácticos elaborados pelos professores e sua publicação no site da escola;
•   Apresentações elaboradas com recurso a software especifico de tratamento de texto
    de imagem e som;
•   Desdobráveis/panfletos;
•   Exercícios interactivos;
•   Materiais dinâmicos (Applets);
•   Páginas didácticas interactivas;
•   Trabalhos realizados pelos alunos/Professores e sua publicação na página da escola;
•   Trabalho científicos em formato electrónico;
•   Desenvolvimento/Manutenção da pagina Web da Escola;
•   Mostra dos trabalhos mais significativos à comunidade escolar ou entidades com as
    quais se estabeleçam parcerias;
•   Comunidades de aprendizagem;
•   Partilha de experiências entre a comunidade escolar e com outras escolas;
•   Materiais de apoio à direcção de turma;
•   Robots.


Prevê-se ainda que com a implementação deste projecto se alcancem os seguintes
resultados:

Jorge Teixeira                                                                                         47
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Profissionalização em TIC na Escola

  • 1. Profissionalização em serviço 2.º Ano – 2006/2007 PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica Relatório Final Professora Acompanhante: Anabela Correia Realizado por: Jorge Miguel Colaço Teixeira Escola Secundária Daniel Sampaio – Sobreda
  • 2.
  • 3. ÍNDICE Agradecimentos...................................................................................................04 Introdução...........................................................................................................05 I – Prática Lectiva................................................................................................ 8 0 1.1. Leccionação da disciplina de TGBD.............................................................. 09 1.1.1. Leccionação da Unidade Supervisionada............................................14 1.2. Leccionação do PT......................................................................................21 1.3. Orientação dos Estágios Curriculares........................................................... 24 1.4. Preparação da PAT.....................................................................................28 1.5. Relação pedagógica com os alunos..............................................................31 1.6. Testemunhos de alunos / Relato de experiências..........................................33 II – Direcção de Curso.........................................................................................35 2.1. Testemunhos de Encarregados de Educação / Relato de experiências............38 III – Projecto Educativo de Escola .....................................................................40 3.1. Coordenação da página web da escola..............................................41 3.2. Coordenação de projectos CRIE........................................................43 3.3. Organização de visitas de estudo......................................................47 3.4. Participação nas actividades do grupo disciplinar............................... 50 3.5. Outras actividades...........................................................................56 3.6. Testemunhos de membros da comunidade educativa / Relato de experiências....................................................................................57 Avaliação.............................................................................................................. 8 5 Conclusão............................................................................................................. 2 6 Bibliografia..........................................................................................................65
  • 4. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano AGRADECIMENTOS Agradeço aos professores José Duarte e Albérico Afonso, ambos da Escola superior de Educação de Setúbal, pela disponibilidade, acompanhamento e elucidação de algumas questões “menos claras” no PFAP. À professora Anabela Correia por ter aceite ser minha orientadora, pelo apoio e incentivo demonstrados, pela disponibilidade e companheirismo que a caracterizam. Aos elementos do Conselho Executivo pelo envolvimento e acompanhamento na execução das minhas tarefas, possibilitando-me também a documentação e meios para a sua correcta execução. À Vanda Rodrigues, colega “sempre em cima”, que acompanhou todas as fases deste projecto, disponibilizou a sua ajuda e me transmitiu a sua experiência. À Armanda Mendes, pela colaboração, paciência e transmissão de conhecimentos e experiências que se revelaram fundamentais na execução deste projecto. Agradeço também a todos os colegas que directa, ou indirectamente me ajudaram e contribuíram, através da sua participação, para que este projecto se tornasse numa realidade. Por último, mas não menos importante, agradeço à Ana Isidoro, André Robalo, Andreia Ferreira, Bruno Gonçalves, Cláudia Luís, Gonçalo Esteves, Ivan Márcio, Ivo Almeida, João Oliveira, Liliana Ruivo, Luís Agostinho, Luísa Andrade e Válter Beicinha – os meus alunos – pela sua disponibilidade, interesse e participação em muitas das actividades realizadas no âmbito deste projecto. Tantas foram as horas passadas em conjunto, mas foi para eles, e para aqueles que se lhes seguirem, que todo este projecto foi pensado. A todos o meu muito obrigado. Jorge Teixeira 4
  • 5. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Jorge Teixeira 5
  • 6. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano INTRODUÇÃO O presente documento é fruto, não só destes últimos dias de reflexão em torno do processo de ensino-aprendizagem para a elaboração do relatório final do Projecto de Formação e Acção Pedagógica (PFAP), mas também de uma longa caminhada que me conferiu experiência profissional na docência até ao presente ano lectivo, onde lecciono na Escola Secundária Daniel Sampaio, no grupo 550 – Informática, como professor do quadro de nomeação provisória. O processo de profissionalização em serviço obriga a um maior e mais global envolvimento dos professores no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo para o seu desenvolvimento profissional na aquisição ou utilização das suas competências para lidar com as situações quotidianas da sua vida profissional. Esta situação constitui por isso mesmo o principal desafio do 2º ano da profissionalização em serviço uma vez que o PFAP deve ser desenvolvido segundo três eixos estruturantes: turma/alunos (manifesto no relacionamento com alunos e encarregados de educação), escola/meio (na participação e organização de actividades que contribuem para o desenvolvimento do Projecto Educativo de Escola – PEE – e Plano Anual de Actividades – PAA) e programas/currículo (no que se refere à disciplina leccionada e unidade supervisionada). Desta forma, levei a cabo um variado número de actividades que atravessam todas as dimensões acima referidas e que as cruzam numa perspectiva de globalidade de um projecto e de um contributo para a comunidade escolar. Entendo que um trabalho desta natureza não se deve apenas traduzir num produto final que pode ou não ser reutilizado numa perspectiva lúdico-didática. Deve ser sim um trabalho que permita alterar padrões, metodologias e dinâmicas de ensino capazes de perpetuar no tempo. Só assim se interage verdadeiramente com todos os elementos da comunidade educativa, sendo um grande mas deveras interessante desafio, permitindo- nos pôr em prática toda a nossa experiência e conhecimentos assimilados. Jorge Teixeira 6
  • 7. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Por outro lado, e considerando a minha experiência profissional e a evolução verificada no sistema educativo português no que se refere a materiais, metodologias, plataformas, meios, entre outros, verifico que o professor de informática, para além das suas tarefas de docente, sempre foi considerado também como técnico da escola na manutenção dos parques informáticos, no lançamento de notas de exames no ENES (exames Nacionais do Ensino Secundário), no apoio a diversas questões administrativas que implicam a utilização de software informático, entre outras. Nos dias que correm novos desafios surgem para os professores desta área: existe um programa de requalificação das escolas face às novas tecnologias de informação a ser cumprido. Esse programa (CRIE – Computadores, Redes e Internet nas Escolas) tem como missão a concepção, desenvolvimento, concretização e avaliação de iniciativas mobilizadoras e integradoras no domínio do uso dos computadores, redes e Internet nas escolas e nos processos de ensino-aprendizagem, incluindo, designadamente, as seguintes áreas de intervenção: Formação de professores na área de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC); promoção e dinamização do uso dos computadores, de redes e da Internet nas escolas e o apetrechamento e manutenção de equipamentos de TIC nas escolas. O cumprimento dos objectivos e implementação das directivas desse programa a nível local compete, acima de tudo, aos professores que directamente estão envolvidos nestes domínios. Nesta perspectiva, os professores de informática assumem um papel preponderante na gestão, execução e acompanhamento destes objectivos, permitindo uma modernização tecnológica das escolas e implementando ou construindo meios para outros colegas desenvolverem e aplicarem novas metodologias no ensino. Com base nestes pressupostos achei interessante centrar o meu PFAP na importância das novas tecnologias da informação no processo de ensino-aprendizagem, designadamente através da Internet que, naturalmente, foi e continuará a ser o canal privilegiado para a implementação, execução e divulgação de novos meios e materiais ao dispor dos professores e alunos. Com o objectivo central de divulgar, conceber e implementar novas metodologias e meios ao serviço do processo ensino-aprendizagem, concebi uma série de actividades vocacionadas para alunos, professores e demais membros da comunidade educativa. No Jorge Teixeira 7
  • 8. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano entanto, e apesar de todo o meu esforço, esse núcleo do meu PFAP não ficou explicito de uma forma evidente aquando da sua realização. Tal facto foi referido pelo coordenador da profissionalização em serviço da Escola Superior de Educação (ESE) e pela minha delegada à profissionalização, levando-me a ponderá-lo e a corrigi-lo nas apresentações realizadas quer à Secção de Formação do Conselho Pedagógico da Escola Secundária Daniel Sampaio quer na ESE. É tempo agora de reflectir. Com base no PFAP por mim planeado e elaborado em Novembro há que confrontar esse plano com a prática. É necessário justificar as suas reformulações, ponderar as consequências resultantes de todas essas actividades e de que forma todo este trabalho contribuiu para a minha qualificação profissional, mas acima de tudo, para a melhoria do processo ensino-aprendizagem na Escola Secundária Daniel Sampaio e principalmente para o desenvolvimento dos alunos. Jorge Teixeira 8
  • 9. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano I – PRÁTICA LECTIVA Tal como referido no PFAP, a minha componente lectiva compunha-se pela leccionação da ATI – Área Tecnológica Integrada – ao 12.º ano de escolaridade do Curso Tecnológico de Informática, implementada pela primeira vez no presente ano lectivo. A ATI ocupa toda a minha componente lectiva, com 14 segmentos de 45 minutos, uma vez que é composta pelas disciplinas de TGBD – Técnicas de Gestão de Bases de Dados e PT – Projecto Tecnológico, apenas leccionada às quintas e sextas-feiras durante todo o dia. Esta distribuição invulgar da carga lectiva prende-se com o facto de existir uma irregular distribuição das horas lectivas ao longo do ano lectivo. Ou seja, em ambas as disciplinas a leccionação terá de ser interrompida para dar lugar ao Estágio Curricular, obrigatório em todos os cursos tecnológicos do ensino secundário, conforme o redigido no Decreto-Lei 74/2004 de 26 de Março e posterior Portaria n.º 550-A/2004 de 21 de Maio. Apesar disso, a carga horária anual de TGBD terá de ser de 240 segmentos de 45 minutos, e a de PT de 54 segmentos de 45 minutos. Ao professor da ATI compete ainda orientar os estágios curriculares (durante a interrupção lectiva) e preparar e coordenar os alunos para a PAT – Prova de Aptidão Tecnológica, a realizar durante todo o ano lectivo e a apresentar no final do mesmo. Recordo que para a conclusão do ensino secundário os alunos devem ter aprovação nesta prova. Para a correcta aplicação das normas e cumprimento dos objectivos propostos pelo Ministério da Educação procurei sempre manter-me informado e actualizado, procurando novas orientações acerca do funcionamento da ATI e/ou sugestões de aplicação de metodologias de ensino. Da minha experiência acumulada e da aplicação das orientações divulgadas pelo Ministério da Educação (através de ofícios circulares) implementei a minha prática lectiva tal como a descrevo a seguir. Jorge Teixeira 9
  • 10. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 1.1. Leccionação da disciplina de TGBD A disciplina de TGBD, num contexto de especificação terminal, contém alguns componentes que se consideram enquadradores de uma leitura mínima dos saberes necessários ao desempenho desejado e que, estruturam o conhecimento exigido a uma qualificação nessas áreas, a saber: • Análise de sistemas; • Modelos relacionais; • Programação e Linguagem de SGBD – Sistemas de Gestão de Bases de Dados; • SGBD para a Web; • Aplicação. Este conjunto de competências tem como objectivo fundamental, permitir que o aluno habilitado com o Curso Tecnológico de Informática, e com esta especialização possa, em termos de desenvolvimento da sua actividade profissional, desempenhar as funções de Técnico de Informática e Técnico de Gestão de Base de Dados. No inicio do ano lectivo, quando realizei a planificação da disciplina, e segundo as orientações do Ministério da Educação, considerei estes componentes como sequenciais ou complementares de uma formação já concebida e conseguida em anos anteriores. No entanto, assim que fiz um levantamento dos pré-requisitos detidos pelos alunos verifiquei que seria necessário voltar a introduzir conteúdos que já deveriam estar apreendidos pelos mesmos em anos anteriores. Isto obrigou-me a repensar e a refazer a planificação de forma a cumprir com os objectivos propostos, introduzindo também os conteúdos que lhes permitiriam prosseguir esses mesmos objectivos. Para tal, construí materiais didácticos sob a forma de sebentas ou relatórios técnicos que abrangiam todos esses conteúdos. Estes materiais foram disponibilizados aos alunos através da página web da escola, decidindo estes a forma como os desejavam manipular: em suporte digital ou papel (ver anexos em suporte digital). Estes materiais acabaram por Jorge Teixeira 10
  • 11. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano se tornar imprescindíveis uma vez que não existia nenhum manual da disciplina (ver anexo 1 – Materiais didácticos construídos para apoio às actividades lectivas). Para além do facto de ter de “repescar” conteúdos de anos anteriores, a planificação desta disciplina assume também um carácter próprio e específico à minha forma de leccionar e aos meus alunos. Este cunho pessoal deve-se ao facto de eu ter planificado as diversas unidades de acordo com os objectos propostos a nível nacional, mas adaptando-os a todas as situações dos estágios curriculares dos alunos no que se refere à escolha dos softwares e/ou à ordem de leccionação das respectivas unidades, tentando, sempre que possível, leccionar a respectiva unidade antes que o aluno necessitasse de implementar esses conhecimentos no estágio. Desde logo foi extremamente importante fazer uma introdução séria à análise, uma vez que não faz sentido trabalhar bases de dados (e não se trata de simples manipulação) sem se ter uma noção de como gerar uma base, numa perspectiva de programação da informação que se pretende armazenar. Por outro lado, uma visão transdisciplinar da análise, permitiu sempre ao aluno desenvolver em contexto de trabalho capacidades inerentes às ferramentas de trabalho que vier a utilizar e que se revelarão necessariamente como mais valias quer pessoais quer ao nível da empresa, qualquer que ela seja. Nesta unidade trabalhou-se numa perspectiva de prática simulada onde os alunos recolhiam situações reais de problemas merecedores de uma aplicação informática, escolhidas por eles, e aplicando as técnicas de análise de sistemas com o intuito de chegar a uma situação óptima de implementação das conclusões conseguidas. Para que isto fosse possível, os alunos recolheram depoimentos e informações que lhes fossem úteis para aplicar as técnicas de análise. Isoladamente e em grupo, destacam-se os seguintes temas abordados: • Informatização de uma Escola de Condução; • Gestão de pedidos de uma livraria on-line; • Gestão de pedidos telefónicos da Telepizza; • Gestão de folha de pagamentos de uma empresa de trabalho temporário; • Gestão de reservas e ocupações de uma unidade hoteleira; e • Informatização do sistema de inscrições e pagamentos num clube de natação. Jorge Teixeira 11
  • 12. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Dar continuidade ao pouco que os alunos haviam aprendido sobre bases de dados até aqui, – sobretudo por causa da sua complexidade funcional – nomeadamente na análise relacional que se deseja compreender através do conhecimento dos modelos e das soluções de implementação, foi uma fase imediata, que deveria proporcionar ao sujeito da aprendizagem, não apenas uma visão de conjunto e também estruturada do que são Bases de Dados numa perspectiva empresarial, mas sobretudo criar as competências necessárias para que cada um seja capaz, em fase posterior, de aplicar esses conceitos de forma adequada, articulada e eficaz. Nesta temática das Bases de Dados foi necessário proceder a uma exaustiva revisão de conhecimentos, devido ao défice que os alunos possuíam nesta área, quer na utilização de SGBDs, quer na programação de Bases de Dados e tecnologias de acesso a dados. Leccionei a unidade tendo em vista os softwares que os mesmos iriam utilizar nos respectivos estágios, além de consagrar a utilização de softwares proprietários (da Microsoft Corporation) e softwares livres (MySQL e PHP). As aprendizagens foram introduzidas assim que eram necessárias, pois os alunos desenvolveram na prática os sistemas que haviam analisado na unidade anterior. Para além disso surgiam sempre novas dúvidas ou problemas para solucionar nos seus trabalhos individuais de estágio. Como sequência lógica, pretendia-se um enquadramento de uma plataforma padrão, que sirva os interesses de uma grande abrangência do mundo empresarial, e por isso apontou- se para o SQL, optando-se pelo já referido MySQL – plataforma freeware mundialmente divulgada pela sua grande capacidade de aplicação às mais diversas situações e com requisitos de sistema facilmente conseguidos. Como componente terminal de novos conteúdos, fez-se uma abordagem centrada na Web, numa perspectiva de desenvolvimento, na medida em que a evolução das “e- ferramentas” e “e-funcionalidades”, nomeadamente na área do e-commerce assim o exigem. Abordam-se então genericamente linguagens de scripting para escrever aplicações (serverscripts) para a Web, usando bases de dados, nomeadamente centrando a “leitura” da aprendizagem nas aplicações de comércio electrónico, através da linguagem PHP Jorge Teixeira 12
  • 13. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano (também freeware), de acordo com a diversidade de oferta para o mercado de trabalho; incluiu-se aqui uma introdução à instalação e configuração básicas às plataformas de servidores web Apache e Internet Information Server. A disciplina permitiu ainda “configurar” uma unidade de aplicação (Projecto Tecnológico), onde os alunos deram corpo ao aprendido, salientando-se que enquadrou a PAT, uma vez que se trata de uma área de carácter quase universal. Importa realçar que leccionei a disciplina sob um cariz essencialmente prático, de forma a proporcionar uma aproximação ao mundo do trabalho, que, com a realização do estágio, criou situações de aprendizagem concomitante – em contexto de trabalho e simultaneamente na escola – que proporcionou aos alunos um contacto suficientemente profundo com o mundo empresarial, conseguido através de parcerias entre a escola e entidades locais, nomeadamente empresas, instituições, serviços públicos etc… Assim todas as componentes indicadas, incluindo o estudo das técnicas de análise estruturada de sistemas e das ferramentas de apoio ao trabalho de modelação; o aprofundamento de conceitos relacionados com uma linguagem estruturada de acesso a dados; o estudo de conceitos, técnicas e ferramentas de análise orientada a objectos; a inserção e manipulação de uma base de dados numa linguagem de programação, foram leccionadas numa perspectiva de “aprender fazendo” em que o aluno não se tornou num simples destinatário, meramente receptivo da informação que à posteriori validará usando, mas que interagiu com o docente, com os colegas e com os materiais da aprendizagem, de uma forma pró-activa, recriando sistematicamente e em ciclo, as tarefas que seriam o seu domínio de actividade no mercado de trabalho. Os procedimentos de avaliação, por mim definidos e aprovados no grupo disciplinas e, mais tarde, em reunião do Conselho Pedagógico, dos alunos nesta disciplina terão que ser diversificados e congruentes com o seu carácter eminentemente prático, de modo a permitir a recolha de dados rigorosos sobre o desempenho de tarefas e actividades realizadas pelos alunos. A avaliação (ver anexo 2 – Instrumentos de avaliação) efectuada até ao momento realizou-se e continuará a realizar-se, essencialmente, através: Jorge Teixeira 13
  • 14. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano • Da observação directa do trabalho e das actividades desenvolvidas pelos alunos, recorrendo a grelhas de observação, listas de verificação, memórias descritivas e relatórios críticos; • De relatórios referentes aos trabalhos práticos elaborados nas aulas; • De testes de avaliação sumativa. Assim, foi privilegiada a avaliação contínua formativa efectuada permanentemente, registando a evolução do aluno aula a aula, permitindo-me, deste modo, delinear estratégias para ultrapassar de imediato as dificuldades que os alunos possam apresentar. No entanto, existiram momentos em que foi necessário proceder, no final de cada unidade, a provas sumativas de carácter prático ou teórico-prático, que permitiram avaliar os conhecimentos adquiridos e as competências desenvolvidas ao longo do processo de ensino/aprendizagem. Por outro lado, a consolidação das aprendizagens e das competências também foi feita através da avaliação do desempenho e/ou do desenvolvimento de trabalhos de grupo/individuais. Jorge Teixeira 14
  • 15. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 1.1.1. Leccionação da Unidade Supervisionada Um dos objectivos principais do professor deve ser, assegurar nos seus alunos, o desenvolvimento do raciocínio, da reflexão crítica, da curiosidade científica e o aprofundamento dos elementos fundamentais de uma cultura humanista, artística, científica e técnica. Assim sendo, o professor deve organizar o currículo com a preocupação de ir ao encontro das expectativas, interesses e saberes dos alunos de forma que “ (…) as aprendizagens sejam o mais significativas possível e que permitam resolver os problemas de compreensão e de participação.” (Leite, Carlinda, 2001). Deve reconhecer-se que os conteúdos só fazem sentido se explorados em contextos de interacção e actividade que têm que ser criteriosamente concebidos. Uma parte significativa do futuro da aprendizagem não se encontra nos conteúdos. Muito desse futuro, talvez a sua parcela mais crítica, encontra-se nos contextos. “Não se encontra, assim, na produção e distribuição de conteúdos, nem na transferência de aprendizagens ou de conhecimento para cabeças vazias, mas sim em tornar possível a construção das aprendizagens pelos seus próprios destinatários, em ambientes culturalmente ricos em actividade – ambientes que nunca existiram, que o recurso inteligente aos novos media tornou possíveis e nos quais se aplicam paradigmas completamente distintos dos do passado.” (Figueiredo, Dias, 2002). Para que esses conhecimentos sejam o mais significativo possível, o projecto foi pensado e concebido de forma a aproveitar situações reais e concretas, contextualizando assim o estudo de um tema de crucial importância para uma sociedade cada vez mais informatizada e dependente das novas tecnologias. Ao utilizar uma metodologia de aprendizagem baseada em projecto, verifiquei que os alunos à medida que o iam desenvolvendo iam também sentindo a necessidade de aprender novos conteúdos, ou seja, o aluno tornou-se actor da sua própria formação – learning by doing. Jorge Teixeira 15
  • 16. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Assim, foram identificados benefícios ao optar-se por trabalhar em projecto, visto que, “ (…) trabalhar em projecto pressupõe ter interlocutores, trabalhar em grupo, ser colegial, partilhar finalidades, admitir posições contrárias, negociar essas posições, agir eticamente, assumir compromissos e responsabilidades.” (Cortesão, Leite e Pacheco, p. 37). “É na relação entre saber e experiência, na articulação entre aquisições escolares e transferência para situações da vida real, que o trabalho de projecto se situa.” (Cortesão, Leite e Pacheco, p. 36). Outro aspecto que incitou à implementação deste projecto, foi o facto dos alunos da turma revelarem alguma falta de autonomia, falta de sentido de responsabilidade, nomeadamente no cumprimento de prazos e revelarem também, dificuldades em exprimir as suas ideias, tanto oralmente como na forma escrita. Neste contexto, a ideia de projecto justificava-se, como forma de suprimir essas dificuldades recorrendo a diferentes processos de comunicação dos resultados obtidos. A unidade de intervenção escolhida – Servidores Web – instruiu os alunos para instalar correctamente uma plataforma para servidores web, partindo depois para a sua configuração técnica e prestação de serviços. Pata tal, os alunos deverião também conhecer os procedimentos necessários à manutenção e gestão dum servidor web. A disciplina de Técnicas de Gestão de Base de Dados, do 12º ano de escolaridade é uma disciplina com uma forte componente prática. Depois de desenvolvidos e interiorizados uma série de conceitos teóricos, há que aplicar na prática tudo o que se aprendeu, não só este ano, mas também em anos anteriores e nas variadas disciplinas. Assim, e depois de realizada uma análise ao programa da disciplina, elaborado pelo Ministério da Educação, verificava-se que a unidade em questão era a única que ainda não detinha actividades práticas que envolvessem o “saber fazer” por parte dos alunos, talvez por se desconhecer se existiriam nas escolas condições para que tais actividades fossem implementadas. Detendo a escola as condições técnicas ideiais (dois servidores web) e, tendo em conta que os alunos possuíam aprendizagens para a criação e manutenção de websites (nas Jorge Teixeira 16
  • 17. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano disciplinas de TIC – 10.º ano – e Aplicações Informáticas A – 11.º ano), estavam reunidas as condições para que os alunos pudessem praticar e desenvolver um projecto nesta área. Com a execução deste projecto pretendia atingir os seguintes objectivos gerais: • Potenciar a página como meio de comunicação entre professores, alunos, directores de turma, pais / encarregados de educação e comunidade; • Desenvolver o sentido de responsabilidade e de iniciativa dos alunos; • Dinamizar a comunidade escolar. Assim, o projecto consistia na configuração de um dos servidores web da escola, afectando os serviços (WWW/http, FTP e Mail/SMTP) aos cursos tecnológicos e profissionais em curso na escola. Desta forma era possível criar vias de comunicação privilegiadas entre todos os intervenientes no correcto funcionamento dos mesmos – alunos, professores, entidades e instituições e encarregados de educação. Para além destes, os alunos criaram também as páginas e respectivos serviços de apoio a diversos clubes e projectos da escola, entre outros. Das actividades realizadas no projecto desta unidade destacam-se as seguintes (ver anexo 3 – Actividades desenvolvidas pelos alunos no domínio da unidade supervisionada): • Criação de domínios para alojamento FTP; • Criação e actualização dos sites dos departamentos de Língua Portuguesa e Francesa; de Língua Inglesa e de Ciências Sociais e Humanas; • Criação dos sites dos clubes da escola: Clube do Ambiente e Génio Maligno – Clube de Filosofia; • Criação do site de promoção da oferta educativa da escola; • Criação do site de apoio à Área Tecnológica Integrada (TGBD, Projecto Tecnológico, Estágios e Provas de Aptidão Tecnológica); • Criação da Área do Aluno – site vocacionado para a troca de materiais educativos (resumos, apontamentos, trabalhos e resolução de exames e provas globais) pelos alunos da escola; • Criação de contas de e-mail institucionais para os diversos agentes educativos da escola: Directores de Turma, Coordenadores diversos, Órgãos de Gestão, Clubes e Jorge Teixeira 17
  • 18. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Projectos, Serviços Administrativos, Associação de Pais e Associação de Estudantes; • Realização de relatórios técnicos e de guias de utilização; • Sessão de apresentação da Área do Aluno à comunidade educativa no dia da informática; • Sessão de apresentação do site da Oferta Educativa à comunidade escolar no dia da informática; Como se pode constatar, para a realização destas actividades foi necessário o envolvimento de outros professores, alunos e encarregados de educação. O envolvimento de outros professores visava a realização das seguintes actividades: • Acompanhamento dos alunos na criação dos respectivos sites e configuração dos vários serviços web; • Produção de materiais lúdico-didácticos destinados a alojamento web; • Divulgação online dos critérios de avaliação e das planificações, nos espaços criados para o efeito; • Publicação online, pelos directores de turma, do registo de faltas e classificações dos alunos, nos locais criados para o efeito na página web da escola, e cujo acesso se realiza mediante password entregue aos encarregados de educação. De salientar que todas as passwords configuradas pelos alunos foram posteriormente alteradas pelos professores, no sentido de se preservar e manter a segurança dos dados envolvidos. Envolvimento dos pais/encarregados de educação evidenciou-se nas seguintes actividades: • Acompanhamento dos alunos na configuração dos vários serviços web, nomeadamente no que se refere às informações colocadas na área da Associação de Pais e Encarregados de Educação e à configuração dos e-mail institucionais; • Recolha de opiniões sobre o acesso e informação disponibilizada na página web da escola; Jorge Teixeira 18
  • 19. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Outros alunos extra-turma foram também envolvidos na execução deste projecto, através da sua participação nas actividades do dia da informática, na utilização e avaliação das funcionalidades da Área do Aluno, como ainda na apreciação de todos os outros materiais concebidos. As estratégias a implementar durante a realização deste projecto visavam ainda, e para além da aprendizagem dos conteúdos inerentes à temática em questão, os seguintes aspectos: • Preparar os alunos para a sua inserção no mercado de trabalho, através de construção de webpages vocacionadas para públicos-alvo específicos e consequente configuração de serviços web; • Orientar e preparar os alunos para a realização e apresentação das PATs, treinando-os na exposição oral e física de materiais por eles construídos; • Orientar os alunos, estimulando-os a aprender e a ultrapassarem as dificuldades com que se deparam, ficando assim cada vez mais envolvidos no trabalho; • Incentivar os alunos a trabalhar em grupo; • Discutir em grupo os trabalhos realizados; No projecto, à medida que íamos avançando nos conteúdos temáticos previstos para esta unidade, os alunos iam sendo confrontados com diversas fichas de trabalho, por forma a poderem aplicar os novos conceitos aprendidos, seguindo a filosofia de que “para aprender, o melhor é fazer”. Para isso, é vantajoso ter um projecto, um objectivo, para se envolverem e interessarem pelo trabalho em si. As aplicações utilizadas foram de escolha livre pelos alunos, tendo sido utilizadas as seguintes: Microsoft FrontPage, Macromedia DreamWeaver, Macromedia Flash, AceFTP, Apache, MySQL e PHP. Apesar de alguns aspectos negativos como o incumprimento, por parte de alguns professores, de prazos na entrega de materiais para actualizar a página e de alguma falta de motivação dos mesmos para a produção de materiais lúdico-didácticos, considero como bastante positiva a avaliação global do projecto. Jorge Teixeira 19
  • 20. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Essa minha avaliação do projecto resulta de variados factores: • Utilizando a autonomia que lhes foi concedida, muitas vezes ocorreram situações em que os alunos confrontados com a falta de materiais, procuravam os professores para a entrega atempada de materiais para a concepção e actualização das páginas; • Sugestão dos alunos para a construção de guias de utilização (alojamento de páginas web), para distribuição aos professores, no sentido de dar continuidade ao trabalho desenvolvido; • Proporcionou aos alunos espaço para aprender a trabalhar, além do grupo, em equipa com toda a turma, outros professores e comunidade escolar; • No final da unidade inquiri os alunos sobre o projecto em causa, nomeadamente no que diz respeito às formas de recolha, tratamento e divulgação de informação. As respostas obtidas iam no sentido de que se tratava de uma forma “inovadora” de articular os conteúdos escolares, sendo isso do agrado geral dos alunos. Os mesmos referiram ainda que pelo facto de existir um objectivo a alcançar, cujo tempo e prazos de execução eram definidos por eles próprios, tornou a actividade mais empolgante e contributiva. Importa ainda referir que, na planificação da unidade/projecto apresentada no início do ano lectivo ao Conselho Pedagógico e depois à ESE – através do PFAP, defini as competências a desenvolver nos alunos (no que se refere aos conhecimentos a adquirir, capacidades a obter e atitudes a desenvolver) especificava também os conteúdos que seriam abordados, assim como as estratégias adoptadas para que os alunos desenvolvessem o projecto proposto, apresentando ainda os recursos que seriam necessários para a implementação do projecto e aprendizagem dos seus conteúdos, e, por fim, de que forma o aluno seria avaliado nesta unidade, e como se traduzia essa na avaliação global da disciplina (ver anexo 4 – planificação a médio prazo da unidade supervisionada). Essa planificação acabou por me permitir dispor atempadamente de todos os recursos necessários (quer a nível de hardware, quer de software), proporcionando-me todas as condições para a correcta implementação do projecto. No entanto, devo referir que foi necessário alterar a metodologia de trabalho planificada, uma vez que a iniciativa obteve Jorge Teixeira 20
  • 21. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano bastante aceitação junto da comunidade escolar, sendo necessário que muitos dos alunos trabalhassem individualmente, e não em grupos de trabalho conforme planeado. Como já foi referido, este projecto obteve um impacto muito positivo junto da comunidade educativa (constantemente, tanto eu como os alunos, éramos questionados sobre que projectos se seguiriam, sugestões de melhoria das áreas já implementadas e sobre caminhos possíveis para dar continuidade ao que foi desenvolvido). Por outro lado, e além disso, os alunos obtiveram classificações bastante satisfatórias, cumprindo todos os objectivos propostos e alcançando todos os conteúdos planificados. Jorge Teixeira 21
  • 22. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 1.2. Leccionação do PT Nas orientações ministeriais que surgiram no final do ano lectivo transacto e no decorrer do presente, o Projecto Tecnológico é uma área não-disciplinar, que tem como finalidades: • A integração de saberes e competências adquiridas ao longo do curso, em torno do desenvolvimento de metodologias de estudo, investigação e trabalho de grupo. • A aproximação ao mundo do trabalho, ao mundo empresarial, às instituições científicas e culturais, às instituições da administração pública, às instituições de solidariedade social ou aos órgãos de poder local e central. • Promover a orientação escolar e profissional dos alunos, relacionando os projectos desenvolvidos com os seus contextos sociais e, em particular, com os contextos de trabalho e as saídas profissionais; • Preparar a Prova de Aptidão Tecnológica. Como tal defini, no início do ano lectivo, um conjunto de etapas, decorrentes da metodologia geral de como trabalhar em projectos, aplicadas à disciplina de especificação que os alunos iriam frequentar. Conforme se pode verificar na documentação anexa ao presente relatório em suporte digital, essa metodologia definia as diversas etapas (Selecção do tema/problema e do grupo de trabalho, Concepção e elaboração do projecto, Execução sustentada do projecto e realização do(s) produto(s) e, por fim, a elaboração do relatório do processo e apresentação pública do produto e do respectivo relatório); sugerindo ainda tarefas e técnicas e definindo os intervalos temporais para a execução de cada etapa (ver anexo 5 – Documento de apoio ao PT). Assim sendo, os critérios de avaliação que defini no início do ano lectivo e que foram apresentados ao Conselho Pedagógico conjuntamente com a planificação do PT, contemplam, para além da avaliação baseada na observação directa do trabalho e envolvimento dos alunos (ver grelhas de observação em anexo), uma avaliação apoiada na utilização de diversas técnicas e instrumentos de recolha de dados, de forma a que se avalie: • As capacidades e atitudes associadas à recolha, análise e utilização de informação; Jorge Teixeira 22
  • 23. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano • A manipulação e comunicação da informação escrita e oral; • O trabalho de grupo (nomeadamente no que concerne à organização e divisão de tarefas e decorrente responsabilização individual); • O sentido e a participação cívica; • A avaliação da capacidade de reflexão crítica face às situações concretas e projectadas (que implicam sentido estratégico, poder de planeamento e de avaliação) No final de ano lectivo, a avaliação deve integrar toda a informação recolhida tanto acerca do processo como do produto. O produto final produzido pelo aluno no decurso do projecto não tem um valor autónomo face ao processo que o originou. O trabalho investido na análise das situações e dos problemas, no esforço de planeamento, na procura das soluções, na avaliação dos resultados intermédios deve ser contemplado como parte integrante do trabalho de aprendizagem a par do resultado concreto traduzido no produto final (ver anexo 6 – Critérios de avaliação da ATI). Partindo destes pressupostos, foi com bastante agrado que observei que os alunos se envolveram de forma bastante entusiástica e dedicada não só às suas tarefas, como também às tarefas dos seus colegas. Baseados na metodologia que lhes havia sido entregue, desenvolveram uma metodologia específica a cada projecto, alterando e redefinindo etapas, por forma a melhor planificar e desenvolverem os seus trabalhos. Devo também referir que os alunos sempre encararam de uma forma aceitável todas as actividades no exterior, assumindo uma atitude “profissional”, recolhendo dados/informações, que mais tarde, lhes permitissem ultrapassar os seus obstáculos. Procurei, sempre que possível, acompanhar cada projecto, ajudando os alunos na resolução de problemas específicos. Muitas vezes promovi também discussões e momentos de reflexão com toda a turma, no sentido de criar estímulos de entreajuda e de cooperação com todos os alunos, possibilitando encontrar soluções globais para as suas dificuldades, redefinindo tarefas e planeando novas actividades como forma de superar algumas limitações. Cada tarefa, cada etapa, era depois objecto de um pequeno relatório escrito, que permitisse depois a realização de um relatório global de acompanhamento e Jorge Teixeira 23
  • 24. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano desenvolvimento do produto final. Foram também apresentados relatórios intermédios (no final de cada período lectivo) sobre o que se havia realizado até então. Para finalizar esta componente lectiva, falta a entrega do relatório final do PT e a apresentação dos respectivos produtos finais. Apesar de terem sido objecto de escolha por parte dos alunos, quase todos os projectos permitiram aos alunos utilizar os protótipos conseguidos (produtos finais do PT) para, depois de serem alvo de alguns ajustes e melhoramentos, se traduzirem na sua PAT – Prova de Aptidão Tecnológica. No entanto, as metodologias de trabalho de projecto aplicadas pelos alunos, e considerando o seu carácter universal e transdisciplinar, são na integra também aplicadas na realização das PATs. Jorge Teixeira 24
  • 25. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 1.3. Orientação dos Estágios Curriculares Tal como já foi referido, a leccionação da disciplina de TGBD e a execução do PT são interrompidos ao longo do ano lectivo por forma a dar lugar à realização dos estágios curriculares dos alunos. Estes estágios têm uma duração de 240 horas, 24 das quais de gestão flexível para reuniões, elaboração dos planos de estágio, avaliações, etc… As outras 216 horas devem ser para o desenvolvimento supervisionado, em contexto real de trabalho, de práticas profissionais inerentes ao Curso Tecnológico de Informática e à especificação em Técnicas de Gestão de Bases de Dados. Os estágios curriculares visam, de uma forma geral: • Desenvolver e consolidar, em contexto real de trabalho, os conhecimentos e competências profissionais adquiridos durante a frequência do curso. • Proporcionar experiências de carácter sócio-profissional que facilitem a futura integração dos jovens no mundo do trabalho. • Desenvolver aprendizagens no âmbito da Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho. A avaliação dos alunos, nos respectivos estágios, assenta em várias componentes (sobre as quais me debruçarei neste relatório), mas partem de dois pontos essenciais: • A avaliação final do estágio tem por base o respectivo relatório, que é elaborado pelo aluno formando e deve descrever as actividades desenvolvidas no período de estágio, bem como a sua avaliação das mesmas face ao definido no plano de estágio. • O relatório de estágio é apreciado e discutido com o aluno formando pelo professor orientador e pelo monitor, que elaboram uma informação conjunta sobre o aproveitamento do aluno formando, com base no referido relatório, na discussão subsequente e nos elementos recolhidos durante o acompanhamento do estágio. Os estágios, iniciados no final de Janeiro e ainda em curso, realizam-se em entidades públicas e privadas, nas quais se desenvolvem actividades profissionais relacionadas com a área de formação do curso tecnológico e da especificação em causa. Jorge Teixeira 25
  • 26. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano No quadro seguinte descrevem-se as entidades e os trabalhos que são objecto de estágio curricular de cada aluno: Aluno Designação Local Tarefas de estágio Ana Isidoro Associação de Cacilhas • Realização de um inquérito aos Comercio e associados e tratamento estatístico dos Serviços do Distrito dados; de Setúbal – • Concepção de páginas web e Delegação de configuração de serviços web; Almada • Preparação de acções de formação. André Robalo Intemper Portugal Charneca • Criação de uma base de dados de da Caparica Gestão de Stocks • Disponibilização da base de dados em Intranet. Andreia Ferreira Prima Linha Laranjeiro • Criação da página web da empresa; • Configuração de serviços web; • Gestão de encomendas online. Bruno Gonçalves TERAZone Cova da • Criação de uma base de dados Piedade geográfica de Gestão de Contactos e Clientes da empresa (Sistema de Informação Geográfica); • Disponibilização da base de dados na página web da empresa para acesso por parte dos comerciais. Cláudia Luís Junta de Freguesia Sobreda • Criação de uma base de dados de da Sobreda Gestão de Contactos para automatização de tarefas; • Disponibilização da base de dados em Intranet; • Criação da página web da entidade. Gonçalo Esteves Easypack, Lda. Charneca • Construção de Aplicações API para da Caparica exportação e importação de dados; • Criação de uma base de dados para Gestão de Aplicações e Licenças dos Clientes. Ivan Eduardo Alma Alentejana Laranjeiro • Criação de uma base de dados para Gestão Bibliotecária da entidade; • Criação da página web da entidade. Ivo Almeida Faculdade de Monte da • Manutenção do website da entidade; Ciências e Caparica • Assistência técnica a clientes. Tecnologias João Oliveira Proformar Monte da • Criação de uma base de dados para Caparica Gestão de Formações; • Disponibilização da base de dados em Intranet e Internet. Liliana Ruivo Alma Alentejana Pragal • Criação de uma base de dados para Gestão de Utentes da entidade; • Disponibilização da base de dados em Internet. Jorge Teixeira 26
  • 27. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Aluno Designação Local Tarefas de estágio Luís Agostinho Junta de Freguesia Trafaria • Criação de uma base de dados para da Trafaria Gestão de Participações dos Munícipes; • Criação de uma base de dados para Gestão do Gabinete de Apoio ao Idoso; • Disponibilização da base de dados em Intranet. Luísa Andrade Alma Alentejana Trafaria • Criação de uma base de dados de Gestão de Stocks • Disponibilização da base de dados em Intranet. Valter Beicinha Colégio Campo de Lazarim • Criação de uma base de dados de Flores Gestão de Avaliações dos Alunos; • Disponibilização da base de dados em Intranet e Internet. Quadro 1 – Listagem de estágios curriculares. Esta foi, sem dúvida, a mais árdua tarefa da minha prática lectiva, uma vez que nunca tinha realizado qualquer tarefa do género. Além disso e, como se pode verificar na tabela acima, cada estágio tem uma especificidade de tarefas e conteúdos, quer sejam eles inerentes ao software utilizado, aos objectivos a alcançar ou à natureza da entidade acolhedora dos estágios. Sendo assim, foi necessário realizar um supervisionamento “em cima” aos estágios. Criei um sistema rotativo de acompanhamento e supervisão dos estágios de forma a que pudesse visitar e responder às dúvidas e solicitações de todos os alunos. No entanto, desde cedo se verificou que essa rotatividade era insuficiente para o rol de questões e dúvidas dos alunos. Todas as formas de comunicação eram válidas: correio electrónico, conversação em tempo real (Messenger), via telefónica e até mesmo presencialmente, fora do horário lectivo de ambos, dentro e fora da escola – uma vez que esta encerra às 20 horas e muitas vezes foi necessário elucidar os alunos sobre o caminho a seguir de um dia para outro. Jorge Teixeira 27
  • 28. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Procurei sempre responder às suas solicitações o mais atempadamente possível. Forneci- lhes bibliografia adequada e, em conjunto, criámos um sistema de partilha de informações e guiões técnicos (que poderiam ser úteis a mais do que um aluno) através da nossa área na página de Internet da escola. Aconteceu também, que numa das reuniões para apresentação do aluno à entidade, os monitores começaram a discutir, perante mim e perante o aluno, sobre o que seria o trabalho do estagiário. Foi um mau momento, pois apercebemo-nos que a situação não tinha sido minimamente ponderada internamente e que estavam, em cima da hora, a definir qual o sector onde o estagiário iria trabalhar e qual o monitor a designar. Quando saímos o aluno disse-me simplesmente: “Stôr, tire-me daqui!”. Compreendi imediatamente os receios do aluno, pois perpetuava-se um mau ambiente de trabalho, porventura com um acompanhamento deficitário e um trabalho de estágio ainda bastante indefinido. Mais tarde, contactei novamente a entidade, expus a situação e agradecendo na mesma a disponibilidade demonstrada, informei-os que o aluno já lá não iria estagiar. Outra das dificuldades com que me deparei está relacionada com o facto de alguns alunos terem sentido algumas dificuldades na adaptação aos locais de estágio (para a grande maioria, este foi o primeiro contacto com o mercado de trabalho). Alguns alunos queixavam-se de atitudes de indiferença por parte de alguns trabalhadores das empresas, outros apontavam a falta de acompanhamento como motivo da sua insatisfação. Existiram circunstâncias em que um aluno, em momentos de fervor, mencionou a vontade de desistir do estágio. Neste caso tive de agir com prudência e advertir o aluno sobre as consequências de uma tal decisão e esperançando-o numa futura integração no respectivo local de estágio. Por outro lado, existiram situações em que a falta de acompanhamento dos alunos por parte das entidades de estágio foi notória. No entanto, também é verdade que os alunos são pouco autónomos na execução de tarefas. Também a estes os encorajei sistematicamente, referindo que estas situações apenas os iriam fortalecer profissionalmente, dando-lhes confiança na tomada de decisões e na execução dos seus trabalhos. Jorge Teixeira 28
  • 29. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Tem sido um trabalho cansativo, mas bastante reconfortante, pois observo o crescimento dos alunos tanto na vertente sócio-afectiva, como na vertente profissional ao constatar que os seus trabalhos vão tomando forma, que se vão aperfeiçoando e que vão de encontro às finalidades desejadas por cada empresa. Jorge Teixeira 29
  • 30. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 1.4. Preparação da PAT A Prova de Aptidão Tecnológica (PAT) consiste na defesa, perante um júri, de um produto, que assume a forma de objecto ou produção escrita ou de outra natureza, e do respectivo relatório de realização, os quais evidenciam as aprendizagens profissionais adquiridas pelo aluno. A PAT reflecte o trabalho desenvolvido no âmbito da Área Tecnológica Integrada, em articulação com as restantes disciplinas, pelo que o aluno só pode realizar esta prova quando tiver obtido aproveitamento em todas as componentes da referida área. Deve ser um projecto pessoal e profissional centrado em temas e problemas no qual o aluno invista saberes e competências adquiridas ao longo da sua formação e se desenvolva em articulação directa com o mundo de trabalho ou que constitua um forte contributo para a sua aproximação à vida activa. Várias finalidades se pretendem atingir com a Prova de Aptidão Tecnológica: • Integrar dois contextos de formação: espaço – escola e espaço – mundo do trabalho; • Contextualizar a formação dos alunos nas realidades locais permitindo um melhor conhecimentos destas e dos seus potenciais; • Aperfeiçoar competências, atitudes e conhecimentos facilitadores do acesso a um emprego e a uma carreira; • Promover o desenvolvimento de competências de empregabilidade, fomentado um envolvimento activo num projecto pessoal e profissional; • Obter a certificação da formação profissional adquirida. O produto a defender pelo aluno pode resultar, entre outras possibilidades, do aprofundamento individual do trabalho de projecto desenvolvido no âmbito do Projecto Tecnológico. A PAT tem a duração máxima de quarenta e cinco minutos e realiza-se, de acordo com calendário a definir pela escola, no final das actividades lectivas, após a realização do estágio. Jorge Teixeira 30
  • 31. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano A preparação da PAT desenvolve-se do seguinte modo: • Elaboração do projecto pelo aluno e sua aprovação pelo docente da Área Tecnológica Integrada (ATI); • Desenvolvimento do produto proposto, sob orientação do professor da ATI; • Redacção, por parte do aluno, do relatório de realização do produto; • Entrega dos elementos a defender na PAT ao presidente do júri, no prazo previsto. Como tal, orientei os alunos para que fossem utilizadas as técnicas e metodologias adoptadas para os respectivos projectos desenvolvidos no âmbito do Projecto Tecnológico, conjuntamente com o que estão a interiorizar acerca da profissão e do mercado de trabalho, através dos respectivos estágios. Solicitei-lhes no final do primeiro período lectivo uma proposta individual de PAT, que poderia ou não ser a definitiva, uma vez que os alunos ainda a poderiam alterar no decurso do ano lectivo. Essa proposta servia para o aluno comunicar qual o tema da sua PAT, explicar os objectivos que se propõe atingir com o seu desenvolvimento e indicar a empresa ou instituição que eventualmente pretende ver envolvida para a concretização do seu projecto. Deveria ter ainda a indicação das metodologias a utilizar, recursos materiais, físicos e humanos e calendarização das actividades a desenvolver (para o caso de o aluno precisar de realizar actividades intermédias para depois avaliar os seus resultados). As propostas entregues foram objecto de apreciação em grupo disciplinar e em conselho de turma, analisando a sua viabilidade e a existência na escola dos recursos solicitados. Essas propostas foram depois aprovadas e comunicado de imediato aos alunos que poderiam prosseguir com a sua execução. Tal como no PT, foi necessário a recolha de informações junto de entidades e profissionais da área. Essas informações foram essenciais para a abordagem profissional que se deseja nos seus produtos finais, como também na redacção do respectivo relatório de desenvolvimento. Jorge Teixeira 31
  • 32. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano Procurei, também aqui, e sempre que possível, acompanhar cada projecto, ajudando os alunos na resolução de problemas específicos, promovendo ainda no espaço aula discussões e momentos de reflexão com toda a turma, no sentido de criar estímulos de entreajuda e de cooperação com todos os alunos, possibilitando encontrar soluções globais para as suas dificuldades, redefinindo tarefas e planeando novas actividades como forma de superar algumas limitações. Jorge Teixeira 32
  • 33. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 1.5. Relação pedagógica com os alunos Durante todo o ano lectivo tentei estabelecer com os alunos uma relação de entreajuda, na qual sempre estive atento às suas dificuldades. Mostrei-me disponível dentro e fora da sala de aulas relativamente às suas solicitações. Os alunos, por sua vez, face às suas necessidades, sempre que possível, determinavam o seu ritmo de aprendizagem, solicitando tarefas e trabalhos de aplicação que fossem de encontro a essas necessidades, com o intuito de as superar. Procurei detectar necessidades, interesses, aptidões e vocações dos alunos de forma a melhor compreendê-los, ajudá-los e avaliá-los. Em conjunto sustentámos uma relação de aproximação professor – aluno de forma a estabelecer relações francas e abertas, advindo daí grandes benefícios para a integração escolar de ambas as partes e para o processo de ensino – aprendizagem, reflectindo-se também ao nível do desenvolvimento pessoal, garantindo o crescimento de atitudes de respeito, compreensão, amizade e solidariedade. Com base nisto fomentei um ensino e uma aprendizagem descontraídos, contribuindo em grande parte para a elevação da auto-estima dos alunos. Tratei sistematicamente cada aluno como uma individualidade, chamando-o pelo seu nome, respeitando a sua afectividade, os seus valores e as suas limitações. Cooperei com os demais professores, em especial o Director de Turma, para uma convergência de atitudes, afim de resolver problemas e de melhorar a formação integral dos alunos. Garanti sempre, junto do Director de Turma, uma informação actualizada do aproveitamento escolar, comportamento, assiduidade e interesse dos alunos. Relativamente aos conteúdos que leccionei, demonstrei estar actualizado e procurei não cometer imprecisões. Usei geralmente uma linguagem cientificamente correcta e adequada ao nível etário dos alunos. A planificação das aulas foi uma constante na minha prática docente, elaborando sempre os objectivos dos vários domínios, articulando de forma eficaz os objectivos, conteúdos, estratégias e avaliações; atendendo Jorge Teixeira 33
  • 34. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano constantemente aos pré-requisitos, conceitos alternativos e experiências anteriores dos alunos. Promovi muitas vezes o ensino pela descoberta, explorando as questões formuladas pelos alunos no sentido de eles mesmos as resolverem. Realizei ainda vários trabalhos de aplicação para que os alunos os trabalhassem fora da sala de aulas, para que eles próprios os resolvessem e identificassem melhor as suas dificuldades. Consegui manter e promover na sala de aulas, de forma contínua, um clima de descontracção responsável e disciplinado, favorável ao processo de ensino – aprendizagem. Sempre escutei e fiz escutar atentamente as opiniões dos alunos, intervindo para organizar a discussão, fomentando a participação, estimulando a cooperação entre todos e evitando a dispersão. Nunca me limitei a uma posição estática na sala de aulas, movimentando-me adequadamente no seu espaço, utilizando um tom de voz audível e apropriado, e fazendo uso de alguma linguagem não verbal, de forma a conferir vivacidade ao diálogo. Jorge Teixeira 34
  • 35. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 1.6. Testemunhos de alunos / Relato de experiências Em todos os projectos realizados ao longo do ano lectivo, incluindo o da unidade supervisionada, na realização do projecto Tecnológico e no Estágio Curricular, os alunos foram sempre confrontados com momentos de auto-avaliação, quer intermédia, quer final de cada uma dessas situações. Um dos parâmetros dessa auto-avaliação incluía um campo de observações onde solicitava que os alunos se referissem às questões da leccionação / supervisão do estágio ou projecto. Desses registos transcrevo (na íntegra, sem qualquer tipo de correcção) algumas observações dos alunos: “Bem, o professor Jorge Teixeira, pode – se classificar como um professor exemplar, por os mais diversos motivos, desde a óptima relação com os alunos, onde quer que seja dentro ou fora da turma, fico com a sensação que a ligação existente é muito superior a uma simples ligação aluno – professor – aluno, passando também pelo excelente método educativo, conseguindo captar a atenção dos alunos ao mesmo tempo que consegue transmitir a mensagem que queira passar para a turma, seja ela educativa ou informativa, por estes motivos julgo que o professor Jorge Teixeira, é um professor que qualquer aluno gostaria de ter.” Bruno Gonçalves, n.º 5 “No início a relação era normal, dentro da simplicidade da relação professor/aluno e vice- versa. No entanto, é de notar a evolução na tentativa de uma relação franca e aberta entre os alunos e comigo, o que permitiu o desenvolvimento e o espírito de entreajuda, para que de uma forma fácil e objectiva, se aplicasse todos os conhecimentos que eram adquiridos e leccionados pelo professor. Isto facilitou em muito o meu trabalho ao longo do ano, visto que com esta forma utilizada pelo professor, consegui ultrapassar as minhas próprias barreiras e dificuldades, o que de outra forma, não seria tão bem conseguido. Daí, só posso fazer um balanço positivo do trabalho efectuado, e da relação de vários meses estabelecida entre mim e o professor Jorge Teixeira. É importante destacar o espírito constante de ajuda, dada e demonstrada para comigo durante o meu estagio pelo Jorge Teixeira 35
  • 36. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano professor, o que também permitiu que, na presença de dificuldades que eu próprio não conseguia resolver, tivesse um apoio para cumprir com as minhas tarefas do melhor modo possível. Basta agradecer no fundo, toda a ajuda dada ao longo do ano por parte do professor Jorge Teixeira.” João Oliveira, n.º 10 "Na minha opinião, acho que o Professor Jorge Teixeira tem um método dinâmico e inovador de leccionar que não só não fica nada aquém das expectativas dos seus colegas de trabalho como incentiva os alunos a melhorarem o seu desempenho e a perceberem a necessidade de o fazer, obtendo-o através da relação que criou connosco que apesar de amigável, não tem qualquer influência a nível cognitivo, e mostrou-se sempre disponível em qualquer duvida ou necessidade durante o meu estagio" André Robalo, n.º 2 “Relato como uma das muitas vertentes, o grande apoio e acompanhamento, não só durante as aulas propriamente ditas, bem como em todos os trabalhos e projectos, inclusive as 216 horas de estágio. Com poucos pormenores e de forma geral, penso que as aulas foram leccionadas de uma forma bastante suave, com o propósito de não tornar a aula um ambiente pesado, e de dificuldade de concentração para os alunos. É de salientar ainda, que estes dois anos foram marcados, de uma relação professor-aluno que considero muito salutar. Foi uma boa solução, que teve como objectivo incentivar todos os alunos, mesmo quando alguns destes, tinham alguns tipos de problemas. Em suma, penso que o professor Jorge Teixeira foi uma mais valia para os alunos, tanto a nível académico, como na relação social dos mesmos.” Ivo Almeida, n.º 9 “Pelo Prof. Jorge Teixeira obtive um grande apoio e recurso ao desenvolvimento do meu estágio e curso, envolvendo ajuda em problemas complexos que a base de dados gerava e coordenação em respectivas relações com a entidade, Colégio Campo de Flores, como reuniões com a entidade, por exemplo. O desempenho que tem feito até agora, não pode ter sido perfeito mas foi o necessário, visto que o conseguiu dar não só a mim mas também ao resto da turma que coordenou.” Válter Valente Beicinha Jorge Teixeira 36
  • 37. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano II – DIRECÇÃO DE CURSO O desempenho do papel de director de curso, para o qual dispunha de 3 tempos lectivos na componente de trabalho de escola no meu horário, constitui uma das actividades pedagógicas mais importantes que realizei ao longo deste ano lectivo. Não quero deixar de referir a importância do desempenho deste cargo no estreitar de relações entre a escola e a comunidade, através da presença dos encarregados de educação no estabelecimento de ensino, contribuindo, em articulação com o director de turma para melhor conhecimento da situação escolar dos seus educandos e consequente auxílio no processo de decisão acerca da colocação dos alunos nas entidades de estágio. O estreitar de relações entre a escola e o meio exterior patenteia-se também através da celebração de protocolos de estágio, que além da colocação dos alunos em contexto de trabalho, permite também o estabelecimento de mecanismos de entreajuda entre a escola e as instituições locais/regionais, possibilitando uma melhor compreensão do meio envolvente, principalmente, e porque se trata de um curso tecnológico, no que se refere às tendências e necessidades do mercado de trabalho local/regional. Diversas razões existiram para promover o diálogo permanente com os encarregados de educação, das quais se salientam as seguintes: • Trata-se de um curso alvo de reforma em 2004, logo é importante informar os alunos e os encarregados de educação acerca das novas áreas não disciplinares (Projecto Tecnológico e Estágio Curricular) e da PAT – Prova de Aptidão Tecnológica (anexo 10 – Informações gerais da ATI). • Funcionamento da ATI – Área Tecnológica Integrada; • Condições necessárias para a conclusão do curso e consequentes certificações; • O estágio não é remunerado sob nenhum aspecto. Assim tornou-se necessário reflectir e decidir sobre a localização geográfica do mesmo, de forma a possibilitar um menor custo, por parte do aluno, de despesas relativas a alimentação e deslocações; • Para efeitos de conclusão do estágio, deve ser considerada a assiduidade do aluno, a qual não pode ser inferior a 95% da carga horária global do estágio. Então foi Jorge Teixeira 37
  • 38. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano necessário efectuar um sistemático controlo da assiduidade dos alunos, inviabilizando possíveis situações comprometedoras; Assim, este diálogo constituiu um objectivo extremamente importante a desenvolver ao longo do ano, promovendo para o efeito o contacto assíduo com os encarregados de educação, bem como a realização de reuniões. Neste procurarei adquirir um melhor conhecimento dos alunos, bem como esclarecer os encarregados de educação sobre o aproveitamento, assiduidade e comportamento dos seus educandos no estágio curricular e, posteriormente, na realização da PAT. Para orientar é preciso conhecer. E essa orientação será mais facilmente atingida se houver boa colaboração/comunicação entre os diversos intervenientes, nomeadamente, a família, a escola e as instituições que acolhem os alunos. Das funções exercidas enquanto Director de Curso, salientam-se as seguintes: • Assegurar a articulação pedagógica entre as diferentes disciplinas e áreas não disciplinares do curso; • Organizar e coordenar as actividades a desenvolver no âmbito da formação tecnológica (ver anexo 7 – Materiais inerentes à coordenação da formação tecnológica); • Participar em reuniões de conselho de turma, no âmbito das suas funções; • Articular com os órgãos de gestão da escola no que respeita aos procedimentos necessários à realização da prova de aptidão tecnológica, nomeadamente a calendarização das provas, e a constituição do júri de avaliação; • Propor para aprovação do conselho pedagógico os critérios de avaliação da PAT, depois de ouvidos os professores das disciplinas tecnológicas do curso (ver anexo 8 – Materiais de preparação e avaliação da PAT); • Assegurar a articulação entre a escola e as entidades envolvidas no Estágio, identificando-as, fazendo a respectiva selecção, preparando protocolos, procedendo à distribuição dos formandos por cada entidade e coordenando o acompanhamento dos mesmos (ver anexo 9 – Materiais de apoio e avaliação dos estágios); Jorge Teixeira 38
  • 39. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano • Assegurar a articulação com os serviços com competência em matéria de apoio sócio- educativo; • Coordenar o acompanhamento e a avaliação do curso; • Recolher informações sobre todo o processo, a fim de as transmitir aos Encarregados de Educação; Além das funções administrativas e pedagógicas que são da minha responsabilidade como Director de Curso, realizei também visitas de estudo, colóquios, acções e outras actividades, de forma a facilitar e estimular a participação activa dos diversos intervenientes no processo ensino/aprendizagem, como também para informar o melhor possível os alunos e os encarregados de educação sobre perspectivas futuras na área, cursos, currículos e saídas profissionais. Jorge Teixeira 39
  • 40. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 2.1. Testemunhos de Encarregados de Educação / Relato de experiências Tal como o havia solicitado aos alunos, requeri também aos país / encarregados de educação que, por via electrónica, me respondessem a um questionário de avaliação do funcionamento da ATI – Área Tecnológica Integrada, principalmente na abordagem aos Estágios Curriculares (que na altura, final do 2.º período lectivo, se encontravam a meio da sua duração total) e ao acompanhamento dos seus educandos neste e noutras tarefas que se haviam desenvolvido. Também aqui, deixo os testemunhos (na íntegra, sem qualquer tipo de correcção) dos encarregados de educação que responderam ao inquérito: “Na minha opinião o professor desenvolveu um bom trabalho, vê-se que gosta daquilo que faz. É professor da mesma turma há 2 anos e se de inicio a interacção professor – alunos, alunos – professor não foi muito fácil, com o tempo foi desenvolvido um grande elo de ligação entre eles por vezes facilitando outras dificultando o trabalho de ambas as partes. Um professor sempre muito disponível dando extra curriculares para ajudar os alunos no que fosse preciso. Dando por vezes pequenos sermões aos seus alunos na expectativa de eles melhorarem e serem alguém no futuro nunca com o intuito de os rebaixarem. Parabéns pelo seu belo trabalho, desempenhou muito bem o seu papel!” Maria Helena, mãe da aluna Cláudia Luís “Em todas as profissões, há maus e bons professores, como maus e bons médicos, como maus e bons juízes, como bons e maus electricistas, como bons e maus políticos e, porque não dizer também bons e maus Encarregados de Educação. Se o insucesso escolar dependesse directamente dos bons professores há muito que não existia, porque estes, como os demais bons profissionais, não são indiferentes aos proveitos do seu trabalho. A testemunhar esta afirmação refiro a pessoa do Professor Jorge Teixeira que lecciona na Escola Secundária Daniel Sampaio as disciplinas TGBD (Técnicas de Gestão de Base de Dados) e PT (Projecto Tecnológico) do Curso Tecnológico de Informática, e a quem o meu Jorge Teixeira 40
  • 41. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano filho João Marcos teve o privilégio de o ter como professor nos 11º e 12º anos e que tanto tem contribuído para o seu sucesso escolar e para o prazer da aprendizagem e preparação para o ingresso na Faculdade. Seria bom que os Pais e/ou Encarregados de educação não se demitissem das suas funções. Estes são alertados, por tantas vias, para se deslocarem às escolas e muito poucos aparecem, nem que mais não fosse para se inteirarem das maiores ou menores dificuldades que se deparam aos formandos e formadores. Como Pai e E.E., congratulo-me com a postura pedagógica e perfeitamente enquadrada que o Professor Jorge Teixeira manifestou ao longo deste tempo, na “comunicação professor/aluno/encarregado de educação”, que permitiu estabelecer relações dialogais, criativas, críticas e participativas. Em resumo: Inteligentemente soube dar liberdade. Quando foi bem usada, deu mais liberdade. Se foi mal utilizada, exigiu responsabilidades. José Manuel Pereira de Oliveira (Pai e Encarregado de Educação do aluno João Marcos) Jorge Teixeira 41
  • 42. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano III – PROJECTO EDUCATIVO DE ESCOLA No âmbito do PEE – Projecto Educativo de Escola, propus-me realizar algumas actividades que estavam de acordo, não só com o modo como me posiciono na escola enquanto membro de uma comunidade educativa, mas também que reflectem a preocupação de contribuir de alguma forma para tornar a escola um espaço mais dinâmico, enriquecedor, agradável e estimulante. Neste sentido, e de forma a dar consecução a alguns dos objectivos mencionados no PEE, tentei, através de um conjunto de actividades, dinamizar professores, alunos, encarregados de educação e restante comunidade escolar. Assim, as propostas de actividades que integraram este PFAP interagiam com os seguintes eixos do PEE: • Ensino / Aprendizagem: o Melhorar os resultados escolares dos alunos, aplicando e promovendo a metodologia de trabalhos de projectos; o Promover a diversidade da oferta educativa numa lógica de inclusão. • Projectar a imagem da escola no exterior: o Actualização da Página da Escola como meio de informação e comunicação; o Preparação e Comemoração do Dia da Escola. Grande parte destas actividades consta de propostas individuais e do grupo de informática para o Plano Anual de Actividades da Escola. Jorge Teixeira 42
  • 43. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 3.1. Coordenação da página web da escola Para além das actividades lectivas e do cargo de coordenador de curso, este é o último cargo para o qual tenho tempos lectivos (dois) marcados no meu horário. Todas as tarefas dos outros cargos e actividades que se seguem foram desenvolvidas fora desse horário. No PEE a página web assume particular importância. Assim, e através deste cargo, pretendia-se cumprir os seguintes objectivos: • Fomentar a utilização da página como recurso tecnológico ao serviço da escola; • Transformar a página num meio de divulgar a escola; • Motivar toda a comunidade escolar para as novas tecnologias de informação; • Fomentar novos métodos de ensino / aprendizagem; • Diversificar as formas de contacto dos Encarregados de Educação com a escola. Assim, muitas foram as actividades desenvolvidas por mim e pelos meus alunos, de forma a cumprir tais objectivos: • Configuração dos 2 web servers da escola; • Criação de domínios para alojamento FTP; • Criação de contas de e-mail institucionais para os diversos agentes educativos da escola (Directores de Turma; Coordenadores diversos; Órgãos de Gestão; Clubes e Projectos; Serviços Administrativos); • Actualização permanente dos conteúdos da página; • Divulgação da oferta educativa e de actividades lúdico-didaticas; • Realização de sessões de trabalho que ensinem e promovam a criação de websites (realizadas em Novembro de 2006 e Março de 2007) – ver anexo 11 – Materiais produzidos para a sessão de trabalho; • Realização de acções de formação que promovam a utilização das páginas de Internet no processo ensino/aprendizagem, através da produção de materiais educativos (a primeira dessas sessões iniciou-se a 24 de Abril, com a duração de 25 horas, e termina dia 13 de Junho. Trata-se uma acção creditada para a formação contínua de pessoal docente, candidatada pelo Centro de Formação PROFORMAR) – ver anexo 12 – Divulgação de acção de formação; Jorge Teixeira 43
  • 44. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano • Incentivar a produção de materiais lúdico-didácticos (Tutoriais; Webquests; Matérias de outras áreas curriculares / extra-curriculares; clubes e projectos etc…); • Utilizar a página como meio de aprendizagem nas salas de aula – proporcionada pelo “Projecto dos Portáteis”; • Incentivar os professores a divulgarem online os critérios de avaliação e as planificações; • Incentivar os Directores de Turma à publicação do registo de faltas dos alunos online – acesso mediante password. É evidente que estas tarefas não têm uma data de conclusão pré-determinada, uma vez que se pretende fomentar uma nova atitude perante estas tecnologias. São, portanto, actividades que devem continuar a ser realizadas até que se obtenham resultados satisfatórios junto da comunidade educativa. Mais actividades surgirão durante este percurso, das quais se destaca a migração de todos os materiais pedagógicos alojados na página para a plataforma Moodle. Neste sentido elaborei, em conjunto com o Coordenador TIC, uma proposta que consistia em montar essa plataforma num servidor da escola (o mesmo servidor que, em consequência do Plano TIC elaborado pelo colega, irá gerir toda a rede das salas de aula, sala de estudo e salas de matemática). Assim, prevê-se que essa migração ocorra em Julho, imediatamente após a fase de remodelação da rede informática da escola (principal eixo do Plano TIC), pela qual, e em conjunto com o colega, sou também responsável. Esperando que tudo esteja em pleno funcionamento no início do próximo ano lectivo, está também já agendada uma acção de formação para a utilização da plataforma Moodle, para os meses de Junho e Julho (ver anexo 13 – Autorização para execução de trabalhos técnicos). Jorge Teixeira 44
  • 45. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano 3.2. Coordenação de projectos CRIE Com o intuito de operacionalizar o projecto candidatado no passado ano lectivo e de fomentar práticas de candidatura a novos programas no âmbito do CRIE – Computadores, Redes e Internet nas Escolas, a escola decidiu-se pela criação deste cargo de coordenação de uma equipa multidisciplinar de professores, para o qual fui eleito no mês de Janeiro, talvez por muitos dos objectivos e das actividades que se pretendiam realizar iam de encontro ao que me propunha realizar no meu PFAP. Com a finalidade de dotar a escola de ferramentas técnicas de qualidade que permitam aos professores e alunos criar e concretizar projectos, em função da melhoria da qualidade educativa, definiram-se os seguintes objectivos: • Desenvolver nos alunos, a capacidade de pesquisa, análise e realização de projectos pedagógicos com recurso ao uso de computadores, redes e Internet, promovendo a capacidade de seleccionar informação relevante e desenvolvendo o espírito crítico na avaliação de material virtual; • Dinamizar, de forma acompanhada, a integração das TIC no processo ensino/aprendizagem; • Utilizar as TIC como ferramenta de construção do saber e do saber fazer em todas as áreas de aprendizagem de forma autónoma e individualizada; • Proporcionar a construção de um ser crítico e construtor da sua própria aprendizagem, com uma participação activa e não um mero reprodutor de aprendizagens; • Utilizar as TIC em situações extra-curriculares (clubes, laboratórios, sala de estudos, centro de recursos e biblioteca, exposições, concursos, …); • Promover a auto e hetero-avaliação, regulando a aprendizagem de forma autónoma e individualizada; • Incentivar a constituição de parcerias e projectos entre escolas e/ou outras entidades; • Proporcionar um meio de comunicação mais eficaz entre os alunos/professores envolvidos em qualquer tipo de intercâmbio nacional ou internacional; • Multiplicar a efectuação do ensino diversificado e diferenciado na sala de aula; • Potenciar a preparação de materiais didácticos, com recurso ao uso de computadores, redes e Internet, concretizando as orientações metodológicas determinadas nos Jorge Teixeira 45
  • 46. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano programas das diversas disciplinas, áreas e/ou domínios e implementando a inovação na acção educativa; • Apoiar o trabalho de equipa entre os professores em função do progresso individual e do grupo e em função dos complementos formativos ou de reorientação; • Fomentar a portabilidade criando acessos móveis a conteúdos educativo; • Rentabilizar as horas não lectivas em função dos horários dos alunos; • Preparar os alunos para um mundo em mudança onde as aprendizagens académicas são uma primeira etapa de uma aprendizagem ao longo da vida. Para cumprimento dos objectivos propostos, pretendem-se desenvolver variadas actividades, das quais se destacam as seguintes: • No âmbito da utilização individual e profissional dos professores: o Pesquisa de informação com vista à elaboração de materiais didácticos; o Concepção de instrumentos de apoio/materiais pedagógicos para as várias disciplinas, áreas ou domínios; o Desenvolvimento/Manutenção da pagina Web da Escola; o Criação/Manutenção de Comunidades de Aprendizagem em parceria com o Centro de Formação; o Construção de páginas didácticas interactivas; o Construção de materiais dinâmicos (Applets); o Construção de exercícios interactivos (WebQuests); o Publicação dos instrumentos de apoio à leccionação/materiais pedagógicos para as várias disciplinas, áreas e domínios, no site da Escola; o Apresentação de sistematizações e esquemas dinâmicos; o Construção de ferramentas adequadas à direcção de turma e gestão escolar; o Motivação/Formação de professores não envolvidos no projecto; • No âmbito da utilização em ambiente de sala de aula e actividades de apoio a alunos: o Pesquisa documental e identificação da informação relevante, em sala de aula, sobre diversos temas; o Consulta, em ambiente de sala de aula, de materiais audiovisuais online; Jorge Teixeira 46
  • 47. Relatório Final do PFAP – Projecto de Formação e Acção Pedagógica ESE Setúbal – Profissionalização em Serviço – 2.º Ano o Actividades de auto-avaliação com recurso a exercícios interactivos; o Actividades de investigação que levem ao estabelecimento de conjecturas; o Actividades de modelação matemática, com recurso a representações dinâmicas; o Recolha de dados, construção de gráficos e análise dos mesmos; o Simulação de situações e fenómenos com recurso a software disponível on- line; o Exploração de páginas didácticas interactivas; o Actividades experimentais com recurso a sensores; o Formação de alunos em software específico das diversas disciplinas; o Actividades de programação de Robots. Trata-se de um projecto trienal que deverá obter os seguintes produtos finais: • Materiais didácticos elaborados pelos professores e sua publicação no site da escola; • Apresentações elaboradas com recurso a software especifico de tratamento de texto de imagem e som; • Desdobráveis/panfletos; • Exercícios interactivos; • Materiais dinâmicos (Applets); • Páginas didácticas interactivas; • Trabalhos realizados pelos alunos/Professores e sua publicação na página da escola; • Trabalho científicos em formato electrónico; • Desenvolvimento/Manutenção da pagina Web da Escola; • Mostra dos trabalhos mais significativos à comunidade escolar ou entidades com as quais se estabeleçam parcerias; • Comunidades de aprendizagem; • Partilha de experiências entre a comunidade escolar e com outras escolas; • Materiais de apoio à direcção de turma; • Robots. Prevê-se ainda que com a implementação deste projecto se alcancem os seguintes resultados: Jorge Teixeira 47