SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 27
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
Resumo - Morfologia de Fanerógamas
Aluno: José Teles Monteiro Neto
Características da célula eucariótica vegetal:
A célula vegetal é semelhante à célula animal; A parede da célula vegetal envolve a
membrana plasmática, que circunda o citoplasma, no qual está contido o núcleo.
No citoplasma estão presentes organelas como o citoesqueleto e os ribossomos. A parede
celular, os vacúolos e os plastídios são considerados características típicas da célula
vegetal.
Parede Celular
Umas das mais importantes características da célula vegetal é a presença da parede
celular. Sua estrutura é composta por microfibrilas de celulose, imersas em uma matriz de
polissacarídeos não-celulósicos: hemiceluloses e pectinas. Das diversas substâncias
orgânicas que são encontradas na parede celular dos vegetais a lignina, proteínas e
lipídios são de relevância. As mesmas se unem por meio de pontes de hidrogênio. Vale
ressaltar que algumas substâncias como algumas substâncias lipídicas como suberina,
cutina e ceras tornam a parede celular impermeável à água. A camada celular forma-se
externamente à membrana plasmática. As primeiras camadas são chamadas paredes
primárias (PM) onde a deposição de microfibrilas ocorrem por arranjo entrelaçado. Entra
as paredes primárias está presente a lamela média (LM).
Durante a deposição da parede secundária inicia-se a lignificação e no caso de células
mortas, a parede secundária delimita o lume celular. A parede primária possuí alto teor de
água, cerca de 65%.
Campos de pontoação e pontoação da parede celular
Durante a formação da parede primária, em algumas das suas porções ocorre menor
deposição de microfibrilas de celulose, formando pequenas depressões denominadas
campos de pontoação ou campos de pontoação primária. Esses canalículos tem o tamanho
de 30 a 60 nm de diâmetro e permitem a intercomunicação celular.
A pontoação simples ocorre apenas uma interrupção da parede secundária, o espaço em
que a parede primária não é recoberta pela secundária constitui a cavidade a cavidade de
pontoação. A pontoação areolada recebe este nome devido a sua semelhança a uma aréola
(poro), ela se forma com a parede secundária que se arqueia com a primária delimitando
internamente a câmara de pontoação.
Função da parede Celular
A parede celular é permeável a água e várias substâncias. Ela confere forma e rigidez à
célula, previne a ruptura da membrana plasmática, regula a entrada de água na célula, é
responsável pela atuação na defesa contra bactérias e fungos dentre outros metabolismos.
Membrana Plasmática
A membrana plasmática está situada internamente à parede celular e envolve o
citoplasma. Em sua composição temos uma bicamada lipídica fluida na qual as proteínas
estão inseridas, podendo-se encontrar com carboidratos e alguns lipídios. A sua
composição varia de acordo com as células, mas os lipídios são encontrados geralmente
em maior quantidade. As proteínas podem ser integrantes ou periféricas. Quando inseridas
na bicamada de lipídios são ditas integrantes. A função da membrana plasmática é o
controle da entrada e saída de substâncias da célula, possibilitando a manutenção de sua
integridade física e funcional. A entrada pode ocorrer por transporte passivo (sem gasto de
energia) ou com gasto de energia. Uma outra importante função da membrana plasmática
é coordenar a síntese da parede celular, transmitir sinais hormonais do meio ambiente
regulando o crescimento e a diferenciação da célula.
Citoplasma
O citoplasma na célula vegetal é a matriz fluida onde se encontram o núcleo e as
organelas como cloroplastos e mitocôndrias; é delimitada pela membrana plasmática.
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO CITOPLASMA
O citoplasma apresenta-se reduzido dispondo como uma fina camada junto à membrana
plasmática. O seu principal componente é água e uma grande variedade de substâncias:
dentre as quais proteínas, lipídios, íons e metabólicos secundários que recebe o nome de
citossol onde estão contidas as organelas: vacúolos, Golgi, retículo endoplasmático,
mitocôndrias, plastídios, ribossomos e o núcleo.
Funções do citoplasma
O citoplasma tem diversas funções, como: realizar as diferente reações bioquímicas
necessárias à vida da célula; facilitar a troca de substâncias dentro da própria célula, bem
como entre as células adjacentes e acumular substâncias do metabolismo primário e
secundário da planta.
Vacúolo
O vacúolo é uma estrutura da célula vegetal. Ele exerce uma pressão onde a fina camada
do citoplasma mostra-se disposta junto à membrana plasmática. O vacúolo normalmente
ocupa 90% das células parenquimáticas diferenciadas.
Estrutura e composição do vacúolo
O vacúolo é delimitado por apenas uma membrana lipoprotéica denominada tonoplasto.
Sua estrutura se assemelha à da membrana plasmática (trilamelar) com uma pequena
diferença em sua porção mais interna, podendo ser espessada. Sua composição é de água,
substâncias inorgânicas (íons de cálcio, potássio, cloro etc.) e orgânicas (açúcares, ácidos
etc.)
Funções dos vacúolos
O vacúolo participa de processos metabólicos celulares, com diferentes funções e
propriedades. Osmoticamente ativo, desempenha papel dinâmico no crescimento e
desenvolvimento da planta. Participa também da manutenção do pH da célula. Também
são responsáveis pela autofagia, ou seja, digestão de outros componentes celulares. Nesse
processo o tonoplasto sofre invaginações carregando porções do citoplasma podendo
carregar organelas consigo (mitocôndrias, plastídios).
Plastídios
Os plastídios juntamente com a parede celular e os vacúolos são componentes
característicos das células vegetais. Os plastídios são organelas derivadas de
cianobactérias (algas azuis), contêm seu próprio genoma e se autoduplicam. Como visto,
os plastídios estão envolvidos na realização da fotossíntese, síntese de aminoácidos e
ácidos graxos. E neles que ocorre a assimilação do nitrogênio e enxofre. Têm também a
função de armazenar amido, proteínas e lipídios. Nos plastídios estão presentes
pigmentos, como as clorofilas e os carotenóides. Em razão da presença deste último grupo
de pigmentos, os plastídios estão envolvidos na atração de polinizadores e dispersão dos
diásporos.
Cloroplastos
Os cloroplastos contêm pigmentos do grupo das clorofilas, importantes para a
fotossíntese, além de outros pigmentos, como os carotenóides, que são acessórios neste
processo. Os cloroplastos são encontrados em todas as partes verdes da planta, sendo mais
numerosos e mais diferenciados em folhas. Em condições de longa exposição à luz, o
cloroplasto forma e acumula amido.
Função dos peroxissomos
Os peroxissomos estão presentes nas folhas e têm papel importante no metabolismo das
plantas, atuando na fotorrespiração, juntamente com cloroplastos e mitocôndrias. Este
processo inicia-se quando em determinadas condições, no cloroplasto, a enzima rubisco
(ribulose difosfato carboxilase/oxigenase) se une ao oxigênio e atua como oxigenase,
havendo formação de glicolato, que é transportado para o peroxissomo.
Citoesqueleto
O citoesqueleto encontra-se em todas as células vegetais, formando uma rede complexa
de elementos protéicos, localizada, principalmente, no citossol e também no núcleo. O
citoesqueleto das plantas consiste de três tipos de elementos: microtúbulos ,
microfilamentos e filamentos intermediários.
Cap. III - EPIDERME
A epiderme é o tecido mais externo dos órgãos vegetais em estrutura primária, sendo
substituída pela periderme em órgãos com crescimento secundário. Por estar em contato
direto com o ambiente, fica sujeita a modificações estruturais. É um tecido de
revestimento que tem origem nos meristemas apicais, mais precisamente na protoderme.
A diferenciação entre a hipoderme e a epiderme múltipla é difícil, pois se baseia na
ontogênese destes tecidos. A epiderme múltipla origina-se da protoderme, enquanto a
hipoderme é oriunda do meristema fundamental.As células da epiderme desenvolvem-se
por diferenciação das células proíodérmicas.
Função da Epiderme
A principal função da epiderme é a de revestimento. A disposição compacta das células
(Fig. 3.10) impede a ação de choques mecânicos e a invasão de agentes patogênicos, além
de restringir a perda de água. Outras funções relacionadas à epiderme: trocas gasosas, por
meio dos estômatos;
Características das Células Epidérmicas
As células epidérmicas são vivas, vacuoladas, podendo conter vários tipos de substâncias,
como taninos, mucilagem, cristais e pigmentos, a exemplo das antocianinas, que são
comuns em pétalas e folhas coloridas. Cloroplastos são encontrados principalmente na
epiderme dos órgãos aéreos das plantas aquáticas ou terrestres de ambientes sombreados.
Esses cloroplastos podem ser bem desenvolvidos e conter amido ou apresentar tamanho
reduzido. A parede das células epidérmicas apresenta cutina, principalmente nas partes
aéreas da planta. A cutina é um composto de lipídios. As células epidérmicas podem
conter lignina
Estômatos
Os estômatos originam-se de uma célula protodérmica, cuja célula menor resultante é a
célula-mãe. Ela se divide paralelamente formando as duas células-guarda do estômato. Os
estômatos estão relacionados com a entrada e saída de ar no interior dos órgãos em que se
encontram ou, ainda, com a saída de água. no caso dos estômatos ou poros aquíferos dos
hidatódíos. O estômato pode desenvolver-se entre as células comuns da epiderme ou entre
as células subsidiárias, cujo número e disposição são variáveis.
Classificação dos estômatos
Os estômatos podem ser classificados quanto à origem, número e forma das células
subsidiárias. Quando as células subsidiárias têm a mesma origem das células estomáticas,
o estômato é denominado mesógeno; quando têm origem de células protodérmicas
adjacentes à célula-mãe do estômato, é chamado de perígeno, e quando a origem é mista,
o estômato é denominado mesoperígeno. Seu mecanismo de abertura e fechamento dá-se
pela variação de turgescência, onde pode se controlar a abertura e fechamento da fenda
estomática.
Distribuição dos estômatos nos órgãos vegetais
Quando os estômatos apresentam dimensões maiores que os demais, são denominados
estômatos gigantes.Os estômatos são freqüentes nas partes aéreas fotossintetizantes,
principalmente na lâmina foliar, e podem também ser encontrados, em menor número, nos
pecíolos, caules jovens e partes florais, como pétalas, estames e gineceu, além de frutos e
sementes.
Apêndices Epidérmicos (tricomas)
Os apêndices de origem epidérmica, comumente denominados tricomas, são muito
variáveis na sua estrutura e de valor diagnóstico para a taxonomia. Como os tricomas
apresentam grande variedade de formas, podem ser classificados de diversas maneiras. A
sua classificação em tectores, ou não-glandulares, e glandulares é uma das mais simples.
Os tricomas tectores podem ser unicelulares, ou simples, e multicelulares. Os tricomas
simples são comuns e podem variar em tamanho, forma e espessura da parede. Os
tricomas glandulares estão envolvidos com secreção de várias substâncias, como óleos,
néctar, sais, resinas, mucilagem, sucos digestivos e água.
Células Especializadas da Epiderme
Suberosas e silicosas – São células pequenas, que se encontram aos pares entre as células
longas da epiderme
Buliformes – São células maiores que as demais epidérmicas e possuem parede celular
fina e grande vacúolo.
Papilas – São pequenas projeções da parede periclinal externa das células epidérmicas,
com forma variada.
Litocisto - São células grandes, que contêm um cristal de carbonato de cálcio denominado
cistólito.
Parênquima, Colênquima e Esclerênquima
O parênquima, o colênquima e o esclerênquima são tecidos simples. Este capítulo trata
das características celulares destes tecidos, que pertencem ao sistema fundamental.
Parênquima
Considerações gerais, características e ocorrência
O termo parênquima (do grego para, ao lado de, + enchem, vazar, derramar) significa
"esparramado ao lado de". O parênquima do corpo primário da planta desenvolve-se a
partir do meristema fundamental no ápice do caule e da raiz, no entanto células
parenquimáticas podem originar-se do procâmbio ou do câmbio, nos tecidos vasculares, e
do felogênio, na casca. Este tecido é considerado primitivo, pelo fato de desenvolver-se
nas plantas multicelulares inferiores. As algas e as briófitas são constituídas apenas de
parênquima. O tecido parenquimático verdadeiro parece ter surgido, primeiramente, nas
algas Charophyceae, que possuem células interligadas às células vizinhas por meio de
plasmodesmos. Filogeneticamente, o parênquima é também precursor de outros tecidos,
pois os fósseis das plantas terrestres primitivas mostram que estas plantas eram
parenquimáticas e, possivelmente, possuíam as mesmas características do parênquima de
musgos e hepáticas atuais. Nestes grupos, a maior parte do parênquima está envolvida na
fotossíntese. O parênquima, tecido constituído de células vivas, é considerado
potencialmente meristemático, pois conserva a capacidade de divisão celular, inclusive
após suas células estarem completamente diferenciadas. De maneira geral, podem
distinguir-se três tipos básicos de parênquima: de preenchimento ou fundamental,
clorofiliano e de reserva.
Parênquima de preenchimento
Este tecido, também denominado parênquima fundamental, está presente na região
cortical e medular do caule, da raiz e do pecíolo e nas nervuras salientes da folha. Suas
células podem ter formas variáveis - poliédricas, cilíndricas ou esféricas
Parênquima clorofiliano ou clorênquima
A característica principal deste parênquima é ser fotossintetizante. Em razão da presença
dos cloroplastos, converte energia luminosa em energia química, armazenando-a na forma
de carboidratos. A forma das células do parênquima clorofiliano pode ser variável,
dependendo do órgão e da espécie em que ele está presente e do ecossistema a que
pertence a planta.
Parênquima paliçádico – É encontrado principalmente no mesofilo e constituído de um
ou mais estratos celulares, com grande quantidade de cloroplastídios e poucos espaços
intercelulares.
Parênquima esponjoso – Também conhecido como lacunoso, apresenta células de
formato irregular, com projeções laterais, conectadas às células adjacentes, delimitando
espaços intercelulares, que podem ter amplitudes variadas.
Parênquima regular - Contém células de formato pouco variável, normalmente
arredondadas; o conjunto celular tem aspecto homogéneo.
Parênquima de reserva
A função principal deste tecido é armazenar substâncias provenientes do metabolismo
primário das plantas. As reservas podem estar na forma de solução açucarada, sacarose
dissolvida no vacúolo, tendo como exemplo o colmo da cana-de-açúcar;
Parênquima amilífero - As células deste parênquima reservam grãos de amido, sendo
este carboidrato depositado nos amiloplastos. O parênquima amilífero ocorre nos caules
da batata-inglesa, na raiz da batata-doce e da mandioca, nos rizomas de várias espécies de
monocotiledôneas, e outros órgãos subterrâneos de mono e dicotiledôneas
Parênquima aerífero, ou aerênquima - A especialidade deste parênquima é armazenar
ar entre suas células. Este tecido tem como principal característica a presença de grandes
e numerosos espaços intercelulares ou lacunas, onde o ar é acumulado. O aerênquima é
comum principalmente em plantas aquáticas, mas pode estar presente em outras plantas,
em geral naquelas que habitam solos sujeitos ao alagamento
Parênquima aqüífero - As células deste tecido são especializadas em armazenar água.
São volumosas, com grande vacúolo e paredes finas e geralmente desprovidas de
cloroplastos. Apesar de finas, as paredes contêm, normalmente, barras espessadas de
celulose, lignificadas ou não, que desempenham a função de dar sustentação às células.
Colênquima
O termo colênquima é derivado da palavra grega colla, que significa cola ou substância
glutinosa, referindo-se ao espessamento fino e brilhante, característico das paredes
primárias das células do colênquima.
Constituído de células vivas, este tecido origina-se do meristema fundamental e a
plasticidade da parede celular possibilita o crescimento do órgão ou do tecido até atingir a
maturidade. A parede celular do colênquima possui celulose, grande quantidade de
substâncias pécticas e água (60% do peso é água). O colênquima é um tecido que
apresenta a função de sustentar as regiões e órgãos da planta que possuem crescimento
primário, ou que estão sujeitos a movimentos constantes. As células do colênquima
possuem semelhança com as do parênquima, por terem protoplasto vivo e campo de
pontoação primária, além de serem capazes de retomar a atividade meristemática e se
dividirem.
O colênquima é classificado conforme o tipo de espessamento da parede celular,
observada em seção transversal, e pode ser angular; lamelar, tangencial ou em placa;
lacunar; e anelar, ou anular.
Colênquima angular - Neste colênquima há espessamento da parede celular na seção
longitudinal e nos ângulos, nos pontos em que se encontram três ou mais células.
Colênquima lamelar - Tangencial ou em placa - Este colênquima apresenta
espessamento em todas as paredes tangenciais externas e internas das células.
Colênquima lacunar - Neste colênquima, os espessamentos estão nas paredes celulares
que delimitam os espaços intercelulares bem desenvolvidos.
Colênquima anelar, ou anular - As células deste colênquima apresentam as paredes
celulares com espessamento mais uniforme, ficando o lume celular circular em seção
transversal.
Esclerênquima
O termo esclerênquima é derivado do grego skleros, que significa duro. A característica
principal deste tecido é a presença de paredes secundárias espessadas, lignificadas ou não,
havendo espessamento homogêneo e regular da parede celular. O esclerênquima é um
tecido de sustentação, presente na periferia ou nas camadas mais internas do órgão. As
células do esclerênquima, em geral, não possuem protoplasto vivo na maturidade, sendo
esta uma das principais diferenças entre este tecido e o colênquima, além da presença de
lignina e do espessamento secundário e uniforme das paredes. A parede secundária é
composta de celulose, hemicelulose, substâncias pécticas e cerca de 35% de lignina.
Esclereídes
As esclereídes são células que se encontram isoladas ou em grupos esparsos, por todo o
sistema fundamental da planta. Estas células possuem paredes secundárias espessas,
muito lignificadas, com numerosas pontoações simples, que podem ser ramificadas ou
não. De acordo com a morfologia, podem classificar-se em:
Esclereídes fibriformes ou fibras isoladas – Têm a forma de fibra, ramificada ou não.
São encontradas, por exemplo, em raízes de plantas do mangue.
Esclereídes colunares – Assemelham-se a colunas e podem apresentar pequenas
ramificações nas extremidades. Estão presentes no mesofilo de plantas da caatinga e do
cerrado, bem como em diversas plantas xerófitas.
Osteoesclereídes – Constituem um tipo de esclereíde colunar.
Astroesclereídes – São ramificadas e freqüentemente possuem formato estrelado;
presentes em pecíolos de folhas de Thea e Nymphaea.
Xilema
O xilema é o tecido responsável pelo transporte de água e solutos à longa distância,
armazenamento de nutrientes e suporte mecânico. O xilema e o floema constituem o
tecido vascular. Estes tecidos são contínuos através de todos os órgãos (vegetativos ou
reprodutivos) das plantas vasculares, formando um verdadeiro sistema vascular. Os
xilemas primário e secundário são tecidos complexos formados por elementos condutores,
células parenquimáticas e fibras, além de outros tipos celulares. Porém, no xilema
primário esses tipos celulares organizam-se apenas no sistema axial e são derivados do
procâmbio; já no xilema secundário, estão organizados nos sistemas axial e radial e são
originados pelo câmbio.
Tipos celulares dos xilemas primário e secundário, origem e função:
Composição Celular do Xilema
Há dois tipos básicos de elementos traqueais: traqueídes elementos de vaso. As traqueídes
são imperfuradas, enquanto os elementos de vaso são dotados de placas de perfuração.
Tanto as traqueídes como os elementos de vaso, no curso de sua diferenciação, perdem
seus protoplastos, tornando-se aptos para o transporte da água e dos sais minerais.
Células parenquimáticas
O parênquima axial desempenha a função de armazenamento e de translocação de água e
solutos a curta distância, sendo mais freqüente e abundante nas angiospermas. Eles se
classificam em: axial, paratraqueal e apotraqueal.
Xilema Primário
O xilema primário apresenta os mesmos tipos celulares básicos do xilema secundário: os
elementos traqueais (condutores), as células parenquimáticas e as fibras. A diferença é que
os tipos celulares do xilema primário estão organizados apenas no sistema axial.
Xilema Secundário
O xilema secundário, assim como o floema secundário, contribui para o crescimento em
espessura do corpo do vegetal, em conseqüência da adição de novas células. Em seu
estádio completo de desenvolvimento, o xilema secundário constitui a madeira, ou lenho,
que representa importante fonte de matéria-prima para a economia brasileira.
Fatores que afetam o desenvolvimento do xilema secundário
O impacto que o ambiente exerce sobre a atividade cambial reflete-se na diferenciação
das células do xilema secundário, podendo modificar sua estrutura, assim como as
propriedades e qualidades tecnológicas da madeira. Fatores como seca, inundação,
altitude, latitude, constituição do solo, estádios sucessionais da vegetação e poluição
podem alterar significativamente a estrutura anatômica do xilema secundário. A influência
da latitude e da altitude sobre a anatomia da madeira é também evidente. Com o aumento
da latitude, os elementos de vaso tornam-se mais numerosos, mais estreitos e mais curtos;
A poluição pode afetar não só as propriedades quantitativas e qualitativas da madeira
como a composição química de seus elementos celulares.
Figuras Cap. III
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Figuras Cap. IV
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Figuras Cap. V
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas
Resumo morfologia de fanerógamas

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Célula animal e vegetal
Célula animal e vegetalCélula animal e vegetal
Célula animal e vegetal00367p
 
Aula 1 origem e evolução das células
Aula 1   origem e evolução das célulasAula 1   origem e evolução das células
Aula 1 origem e evolução das célulasNayara de Queiroz
 
7º ano reino plantae 1
7º ano    reino plantae 17º ano    reino plantae 1
7º ano reino plantae 1Simone Maia
 
Aula Introdução à Citologia
Aula Introdução à CitologiaAula Introdução à Citologia
Aula Introdução à CitologiaThiago Manchester
 
Angiospermas - Introdução Geral
Angiospermas - Introdução GeralAngiospermas - Introdução Geral
Angiospermas - Introdução GeralJuliano van Melis
 
Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células
Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células
Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células João Monteiro
 
Botânica-Nectários Florais
Botânica-Nectários FloraisBotânica-Nectários Florais
Botânica-Nectários FloraisCarlos Prana
 
Célula eucariótica
Célula eucarióticaCélula eucariótica
Célula eucarióticaluam1969
 
Aula 4 divisao celular pot
Aula 4 divisao celular   potAula 4 divisao celular   pot
Aula 4 divisao celular pottatyannat
 
Aula 2 celula vegetal
Aula 2 celula vegetalAula 2 celula vegetal
Aula 2 celula vegetalPelo Siro
 
Recombinação em fungos
Recombinação em fungosRecombinação em fungos
Recombinação em fungosUERGS
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasEvandro Batista
 
Núcleo interfásico e mitose
Núcleo interfásico e mitoseNúcleo interfásico e mitose
Núcleo interfásico e mitoseLarissa Yamazaki
 

La actualidad más candente (20)

Célula animal e vegetal
Célula animal e vegetalCélula animal e vegetal
Célula animal e vegetal
 
Folha - Renato
Folha - RenatoFolha - Renato
Folha - Renato
 
Aula 1 origem e evolução das células
Aula 1   origem e evolução das célulasAula 1   origem e evolução das células
Aula 1 origem e evolução das células
 
7º ano reino plantae 1
7º ano    reino plantae 17º ano    reino plantae 1
7º ano reino plantae 1
 
Aula 6 - Caule
Aula 6 - CauleAula 6 - Caule
Aula 6 - Caule
 
Aula Introdução à Citologia
Aula Introdução à CitologiaAula Introdução à Citologia
Aula Introdução à Citologia
 
Angiospermas - Introdução Geral
Angiospermas - Introdução GeralAngiospermas - Introdução Geral
Angiospermas - Introdução Geral
 
Aula4 epiderme
Aula4 epidermeAula4 epiderme
Aula4 epiderme
 
Folhas adaptacoes
Folhas adaptacoesFolhas adaptacoes
Folhas adaptacoes
 
A célula
A célulaA célula
A célula
 
Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células
Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células
Plano de aula completo Citologia: Tipos e formas de células
 
Botânica-Nectários Florais
Botânica-Nectários FloraisBotânica-Nectários Florais
Botânica-Nectários Florais
 
Pteridfitas aula1
Pteridfitas aula1Pteridfitas aula1
Pteridfitas aula1
 
Célula eucariótica
Célula eucarióticaCélula eucariótica
Célula eucariótica
 
Aula 4 divisao celular pot
Aula 4 divisao celular   potAula 4 divisao celular   pot
Aula 4 divisao celular pot
 
Aula 2 celula vegetal
Aula 2 celula vegetalAula 2 celula vegetal
Aula 2 celula vegetal
 
FILO HAPTOPHYTA
FILO HAPTOPHYTAFILO HAPTOPHYTA
FILO HAPTOPHYTA
 
Recombinação em fungos
Recombinação em fungosRecombinação em fungos
Recombinação em fungos
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elas
 
Núcleo interfásico e mitose
Núcleo interfásico e mitoseNúcleo interfásico e mitose
Núcleo interfásico e mitose
 

Destacado (20)

Fanerógamas
FanerógamasFanerógamas
Fanerógamas
 
Introdução a agronomia
Introdução a agronomiaIntrodução a agronomia
Introdução a agronomia
 
Morfologia vegetal introdução
Morfologia vegetal  introduçãoMorfologia vegetal  introdução
Morfologia vegetal introdução
 
Morfologia floral
Morfologia floralMorfologia floral
Morfologia floral
 
As Plantas, Folha E Flor
As Plantas, Folha E FlorAs Plantas, Folha E Flor
As Plantas, Folha E Flor
 
Dossiê da água !
Dossiê da água !Dossiê da água !
Dossiê da água !
 
Protocordados
ProtocordadosProtocordados
Protocordados
 
Flor
FlorFlor
Flor
 
Tecidos vegetais (1)
Tecidos vegetais (1)Tecidos vegetais (1)
Tecidos vegetais (1)
 
Plantas sem sementes: criptógamas
Plantas sem sementes: criptógamasPlantas sem sementes: criptógamas
Plantas sem sementes: criptógamas
 
Slide De Flores
Slide De FloresSlide De Flores
Slide De Flores
 
Morfologia da flor agronomia
Morfologia da flor agronomiaMorfologia da flor agronomia
Morfologia da flor agronomia
 
Reprodução sexuada nas fanerógamas
Reprodução sexuada nas fanerógamasReprodução sexuada nas fanerógamas
Reprodução sexuada nas fanerógamas
 
Histologia vegetal
Histologia vegetalHistologia vegetal
Histologia vegetal
 
Gimnospermas- Para o ensino fundamental
Gimnospermas- Para o ensino fundamentalGimnospermas- Para o ensino fundamental
Gimnospermas- Para o ensino fundamental
 
Biologia 2 - Aula 1 - Embriologia
Biologia 2 - Aula 1 - EmbriologiaBiologia 2 - Aula 1 - Embriologia
Biologia 2 - Aula 1 - Embriologia
 
Angiospermas
AngiospermasAngiospermas
Angiospermas
 
Biologia - Morfologia Vegetal
Biologia - Morfologia VegetalBiologia - Morfologia Vegetal
Biologia - Morfologia Vegetal
 
Tecidos Vegetais Meristemas
Tecidos Vegetais MeristemasTecidos Vegetais Meristemas
Tecidos Vegetais Meristemas
 
Gimnosperma e angiosperma
Gimnosperma e angiospermaGimnosperma e angiosperma
Gimnosperma e angiosperma
 

Similar a Resumo morfologia de fanerógamas

Similar a Resumo morfologia de fanerógamas (20)

Celula vegetal[1]
Celula vegetal[1]Celula vegetal[1]
Celula vegetal[1]
 
Estruturas Celulares
Estruturas CelularesEstruturas Celulares
Estruturas Celulares
 
Citologia i
Citologia iCitologia i
Citologia i
 
Biologia
BiologiaBiologia
Biologia
 
Organelas avaliação ii
Organelas   avaliação iiOrganelas   avaliação ii
Organelas avaliação ii
 
Organelas avaliação ii
Organelas   avaliação iiOrganelas   avaliação ii
Organelas avaliação ii
 
Organelas avaliação II
Organelas   avaliação IIOrganelas   avaliação II
Organelas avaliação II
 
Organelas avaliação II
Organelas   avaliação IIOrganelas   avaliação II
Organelas avaliação II
 
Explicação da Célula Vegetal
Explicação da Célula Vegetal Explicação da Célula Vegetal
Explicação da Célula Vegetal
 
Apresentação sobre células citologia
Apresentação sobre células    citologiaApresentação sobre células    citologia
Apresentação sobre células citologia
 
Célula vegetal parede celulósica
Célula vegetal parede celulósicaCélula vegetal parede celulósica
Célula vegetal parede celulósica
 
Citoplasma
CitoplasmaCitoplasma
Citoplasma
 
Célula vegetal
Célula vegetalCélula vegetal
Célula vegetal
 
Citoplasma 2
Citoplasma 2Citoplasma 2
Citoplasma 2
 
Biologia celular
Biologia celularBiologia celular
Biologia celular
 
ORGANELAS citoplasmática.pdf
ORGANELAS citoplasmática.pdfORGANELAS citoplasmática.pdf
ORGANELAS citoplasmática.pdf
 
Aula04 citoplasma ou-hialoplasmacbm05012022
Aula04 citoplasma ou-hialoplasmacbm05012022Aula04 citoplasma ou-hialoplasmacbm05012022
Aula04 citoplasma ou-hialoplasmacbm05012022
 
Célula vegetal parede celulósica
Célula vegetal parede celulósicaCélula vegetal parede celulósica
Célula vegetal parede celulósica
 
Célula vegetal parede celulósica
Célula vegetal parede celulósicaCélula vegetal parede celulósica
Célula vegetal parede celulósica
 
Citoplasma e algumas de suas organelas
Citoplasma  e  algumas  de suas organelasCitoplasma  e  algumas  de suas organelas
Citoplasma e algumas de suas organelas
 

Último

Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofiaaula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino FilosofiaLucliaResende1
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderLucliaResende1
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosAgrela Elvixeo
 
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaO-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaTeresaCosta92
 
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXA CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXHisrelBlog
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .WAGNERJESUSDACUNHA
 
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...Unidad de Espiritualidad Eudista
 
Caça palavras - BULLYING
Caça palavras  -  BULLYING  Caça palavras  -  BULLYING
Caça palavras - BULLYING Mary Alvarenga
 
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974AnaRitaFreitas7
 
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
Verbos -  transitivos e intransitivos.pdfVerbos -  transitivos e intransitivos.pdf
Verbos - transitivos e intransitivos.pdfKarinaSouzaCorreiaAl
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiMary Alvarenga
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -Mary Alvarenga
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxMarceloDosSantosSoar3
 

Último (20)

Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofiaaula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
 
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entenderautismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
autismo conhecer.pptx, Conhecer para entender
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES MonelosPeixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
Peixeiras da Coruña. O Muro da Coruña. IES Monelos
 
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus SousaO-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
O-P-mais-importante.pptx de Maria Jesus Sousa
 
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARXA CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
A CONCEPÇÃO FILO/SOCIOLÓGICA DE KARL MARX
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
A Congregação de Jesus e Maria, conhecida também como os Eudistas, foi fundad...
 
Caça palavras - BULLYING
Caça palavras  -  BULLYING  Caça palavras  -  BULLYING
Caça palavras - BULLYING
 
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
Trabalho DAC História 25 de Abril de 1974
 
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 3. Análise interpretativa (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
Verbos -  transitivos e intransitivos.pdfVerbos -  transitivos e intransitivos.pdf
Verbos - transitivos e intransitivos.pdf
 
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
 
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti  -
Poema sobre o mosquito Aedes aegipyti -
 
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptxAula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
Aula 6 - O Imperialismo e seu discurso civilizatório.pptx
 

Resumo morfologia de fanerógamas

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO Resumo - Morfologia de Fanerógamas Aluno: José Teles Monteiro Neto Características da célula eucariótica vegetal: A célula vegetal é semelhante à célula animal; A parede da célula vegetal envolve a membrana plasmática, que circunda o citoplasma, no qual está contido o núcleo. No citoplasma estão presentes organelas como o citoesqueleto e os ribossomos. A parede celular, os vacúolos e os plastídios são considerados características típicas da célula vegetal. Parede Celular Umas das mais importantes características da célula vegetal é a presença da parede celular. Sua estrutura é composta por microfibrilas de celulose, imersas em uma matriz de polissacarídeos não-celulósicos: hemiceluloses e pectinas. Das diversas substâncias orgânicas que são encontradas na parede celular dos vegetais a lignina, proteínas e lipídios são de relevância. As mesmas se unem por meio de pontes de hidrogênio. Vale ressaltar que algumas substâncias como algumas substâncias lipídicas como suberina, cutina e ceras tornam a parede celular impermeável à água. A camada celular forma-se externamente à membrana plasmática. As primeiras camadas são chamadas paredes
  • 2. primárias (PM) onde a deposição de microfibrilas ocorrem por arranjo entrelaçado. Entra as paredes primárias está presente a lamela média (LM). Durante a deposição da parede secundária inicia-se a lignificação e no caso de células mortas, a parede secundária delimita o lume celular. A parede primária possuí alto teor de água, cerca de 65%. Campos de pontoação e pontoação da parede celular Durante a formação da parede primária, em algumas das suas porções ocorre menor deposição de microfibrilas de celulose, formando pequenas depressões denominadas campos de pontoação ou campos de pontoação primária. Esses canalículos tem o tamanho de 30 a 60 nm de diâmetro e permitem a intercomunicação celular. A pontoação simples ocorre apenas uma interrupção da parede secundária, o espaço em que a parede primária não é recoberta pela secundária constitui a cavidade a cavidade de pontoação. A pontoação areolada recebe este nome devido a sua semelhança a uma aréola (poro), ela se forma com a parede secundária que se arqueia com a primária delimitando internamente a câmara de pontoação. Função da parede Celular A parede celular é permeável a água e várias substâncias. Ela confere forma e rigidez à célula, previne a ruptura da membrana plasmática, regula a entrada de água na célula, é responsável pela atuação na defesa contra bactérias e fungos dentre outros metabolismos. Membrana Plasmática A membrana plasmática está situada internamente à parede celular e envolve o citoplasma. Em sua composição temos uma bicamada lipídica fluida na qual as proteínas estão inseridas, podendo-se encontrar com carboidratos e alguns lipídios. A sua composição varia de acordo com as células, mas os lipídios são encontrados geralmente em maior quantidade. As proteínas podem ser integrantes ou periféricas. Quando inseridas na bicamada de lipídios são ditas integrantes. A função da membrana plasmática é o controle da entrada e saída de substâncias da célula, possibilitando a manutenção de sua integridade física e funcional. A entrada pode ocorrer por transporte passivo (sem gasto de energia) ou com gasto de energia. Uma outra importante função da membrana plasmática é coordenar a síntese da parede celular, transmitir sinais hormonais do meio ambiente regulando o crescimento e a diferenciação da célula. Citoplasma O citoplasma na célula vegetal é a matriz fluida onde se encontram o núcleo e as organelas como cloroplastos e mitocôndrias; é delimitada pela membrana plasmática. ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO CITOPLASMA
  • 3. O citoplasma apresenta-se reduzido dispondo como uma fina camada junto à membrana plasmática. O seu principal componente é água e uma grande variedade de substâncias: dentre as quais proteínas, lipídios, íons e metabólicos secundários que recebe o nome de citossol onde estão contidas as organelas: vacúolos, Golgi, retículo endoplasmático, mitocôndrias, plastídios, ribossomos e o núcleo. Funções do citoplasma O citoplasma tem diversas funções, como: realizar as diferente reações bioquímicas necessárias à vida da célula; facilitar a troca de substâncias dentro da própria célula, bem como entre as células adjacentes e acumular substâncias do metabolismo primário e secundário da planta. Vacúolo O vacúolo é uma estrutura da célula vegetal. Ele exerce uma pressão onde a fina camada do citoplasma mostra-se disposta junto à membrana plasmática. O vacúolo normalmente ocupa 90% das células parenquimáticas diferenciadas. Estrutura e composição do vacúolo O vacúolo é delimitado por apenas uma membrana lipoprotéica denominada tonoplasto. Sua estrutura se assemelha à da membrana plasmática (trilamelar) com uma pequena diferença em sua porção mais interna, podendo ser espessada. Sua composição é de água, substâncias inorgânicas (íons de cálcio, potássio, cloro etc.) e orgânicas (açúcares, ácidos etc.) Funções dos vacúolos O vacúolo participa de processos metabólicos celulares, com diferentes funções e propriedades. Osmoticamente ativo, desempenha papel dinâmico no crescimento e desenvolvimento da planta. Participa também da manutenção do pH da célula. Também são responsáveis pela autofagia, ou seja, digestão de outros componentes celulares. Nesse processo o tonoplasto sofre invaginações carregando porções do citoplasma podendo carregar organelas consigo (mitocôndrias, plastídios). Plastídios Os plastídios juntamente com a parede celular e os vacúolos são componentes característicos das células vegetais. Os plastídios são organelas derivadas de cianobactérias (algas azuis), contêm seu próprio genoma e se autoduplicam. Como visto, os plastídios estão envolvidos na realização da fotossíntese, síntese de aminoácidos e ácidos graxos. E neles que ocorre a assimilação do nitrogênio e enxofre. Têm também a função de armazenar amido, proteínas e lipídios. Nos plastídios estão presentes pigmentos, como as clorofilas e os carotenóides. Em razão da presença deste último grupo
  • 4. de pigmentos, os plastídios estão envolvidos na atração de polinizadores e dispersão dos diásporos. Cloroplastos Os cloroplastos contêm pigmentos do grupo das clorofilas, importantes para a fotossíntese, além de outros pigmentos, como os carotenóides, que são acessórios neste processo. Os cloroplastos são encontrados em todas as partes verdes da planta, sendo mais numerosos e mais diferenciados em folhas. Em condições de longa exposição à luz, o cloroplasto forma e acumula amido. Função dos peroxissomos Os peroxissomos estão presentes nas folhas e têm papel importante no metabolismo das plantas, atuando na fotorrespiração, juntamente com cloroplastos e mitocôndrias. Este processo inicia-se quando em determinadas condições, no cloroplasto, a enzima rubisco (ribulose difosfato carboxilase/oxigenase) se une ao oxigênio e atua como oxigenase, havendo formação de glicolato, que é transportado para o peroxissomo. Citoesqueleto O citoesqueleto encontra-se em todas as células vegetais, formando uma rede complexa de elementos protéicos, localizada, principalmente, no citossol e também no núcleo. O citoesqueleto das plantas consiste de três tipos de elementos: microtúbulos , microfilamentos e filamentos intermediários. Cap. III - EPIDERME A epiderme é o tecido mais externo dos órgãos vegetais em estrutura primária, sendo substituída pela periderme em órgãos com crescimento secundário. Por estar em contato direto com o ambiente, fica sujeita a modificações estruturais. É um tecido de revestimento que tem origem nos meristemas apicais, mais precisamente na protoderme. A diferenciação entre a hipoderme e a epiderme múltipla é difícil, pois se baseia na ontogênese destes tecidos. A epiderme múltipla origina-se da protoderme, enquanto a hipoderme é oriunda do meristema fundamental.As células da epiderme desenvolvem-se por diferenciação das células proíodérmicas. Função da Epiderme A principal função da epiderme é a de revestimento. A disposição compacta das células (Fig. 3.10) impede a ação de choques mecânicos e a invasão de agentes patogênicos, além de restringir a perda de água. Outras funções relacionadas à epiderme: trocas gasosas, por meio dos estômatos;
  • 5. Características das Células Epidérmicas As células epidérmicas são vivas, vacuoladas, podendo conter vários tipos de substâncias, como taninos, mucilagem, cristais e pigmentos, a exemplo das antocianinas, que são comuns em pétalas e folhas coloridas. Cloroplastos são encontrados principalmente na epiderme dos órgãos aéreos das plantas aquáticas ou terrestres de ambientes sombreados. Esses cloroplastos podem ser bem desenvolvidos e conter amido ou apresentar tamanho reduzido. A parede das células epidérmicas apresenta cutina, principalmente nas partes aéreas da planta. A cutina é um composto de lipídios. As células epidérmicas podem conter lignina Estômatos Os estômatos originam-se de uma célula protodérmica, cuja célula menor resultante é a célula-mãe. Ela se divide paralelamente formando as duas células-guarda do estômato. Os estômatos estão relacionados com a entrada e saída de ar no interior dos órgãos em que se encontram ou, ainda, com a saída de água. no caso dos estômatos ou poros aquíferos dos hidatódíos. O estômato pode desenvolver-se entre as células comuns da epiderme ou entre as células subsidiárias, cujo número e disposição são variáveis. Classificação dos estômatos Os estômatos podem ser classificados quanto à origem, número e forma das células subsidiárias. Quando as células subsidiárias têm a mesma origem das células estomáticas, o estômato é denominado mesógeno; quando têm origem de células protodérmicas adjacentes à célula-mãe do estômato, é chamado de perígeno, e quando a origem é mista, o estômato é denominado mesoperígeno. Seu mecanismo de abertura e fechamento dá-se pela variação de turgescência, onde pode se controlar a abertura e fechamento da fenda estomática. Distribuição dos estômatos nos órgãos vegetais Quando os estômatos apresentam dimensões maiores que os demais, são denominados estômatos gigantes.Os estômatos são freqüentes nas partes aéreas fotossintetizantes, principalmente na lâmina foliar, e podem também ser encontrados, em menor número, nos pecíolos, caules jovens e partes florais, como pétalas, estames e gineceu, além de frutos e sementes. Apêndices Epidérmicos (tricomas) Os apêndices de origem epidérmica, comumente denominados tricomas, são muito variáveis na sua estrutura e de valor diagnóstico para a taxonomia. Como os tricomas apresentam grande variedade de formas, podem ser classificados de diversas maneiras. A sua classificação em tectores, ou não-glandulares, e glandulares é uma das mais simples. Os tricomas tectores podem ser unicelulares, ou simples, e multicelulares. Os tricomas simples são comuns e podem variar em tamanho, forma e espessura da parede. Os tricomas glandulares estão envolvidos com secreção de várias substâncias, como óleos, néctar, sais, resinas, mucilagem, sucos digestivos e água.
  • 6. Células Especializadas da Epiderme Suberosas e silicosas – São células pequenas, que se encontram aos pares entre as células longas da epiderme Buliformes – São células maiores que as demais epidérmicas e possuem parede celular fina e grande vacúolo. Papilas – São pequenas projeções da parede periclinal externa das células epidérmicas, com forma variada. Litocisto - São células grandes, que contêm um cristal de carbonato de cálcio denominado cistólito. Parênquima, Colênquima e Esclerênquima O parênquima, o colênquima e o esclerênquima são tecidos simples. Este capítulo trata das características celulares destes tecidos, que pertencem ao sistema fundamental. Parênquima Considerações gerais, características e ocorrência O termo parênquima (do grego para, ao lado de, + enchem, vazar, derramar) significa "esparramado ao lado de". O parênquima do corpo primário da planta desenvolve-se a partir do meristema fundamental no ápice do caule e da raiz, no entanto células parenquimáticas podem originar-se do procâmbio ou do câmbio, nos tecidos vasculares, e do felogênio, na casca. Este tecido é considerado primitivo, pelo fato de desenvolver-se nas plantas multicelulares inferiores. As algas e as briófitas são constituídas apenas de parênquima. O tecido parenquimático verdadeiro parece ter surgido, primeiramente, nas algas Charophyceae, que possuem células interligadas às células vizinhas por meio de plasmodesmos. Filogeneticamente, o parênquima é também precursor de outros tecidos, pois os fósseis das plantas terrestres primitivas mostram que estas plantas eram parenquimáticas e, possivelmente, possuíam as mesmas características do parênquima de musgos e hepáticas atuais. Nestes grupos, a maior parte do parênquima está envolvida na fotossíntese. O parênquima, tecido constituído de células vivas, é considerado potencialmente meristemático, pois conserva a capacidade de divisão celular, inclusive após suas células estarem completamente diferenciadas. De maneira geral, podem distinguir-se três tipos básicos de parênquima: de preenchimento ou fundamental, clorofiliano e de reserva. Parênquima de preenchimento Este tecido, também denominado parênquima fundamental, está presente na região cortical e medular do caule, da raiz e do pecíolo e nas nervuras salientes da folha. Suas
  • 7. células podem ter formas variáveis - poliédricas, cilíndricas ou esféricas Parênquima clorofiliano ou clorênquima A característica principal deste parênquima é ser fotossintetizante. Em razão da presença dos cloroplastos, converte energia luminosa em energia química, armazenando-a na forma de carboidratos. A forma das células do parênquima clorofiliano pode ser variável, dependendo do órgão e da espécie em que ele está presente e do ecossistema a que pertence a planta. Parênquima paliçádico – É encontrado principalmente no mesofilo e constituído de um ou mais estratos celulares, com grande quantidade de cloroplastídios e poucos espaços intercelulares. Parênquima esponjoso – Também conhecido como lacunoso, apresenta células de formato irregular, com projeções laterais, conectadas às células adjacentes, delimitando espaços intercelulares, que podem ter amplitudes variadas. Parênquima regular - Contém células de formato pouco variável, normalmente arredondadas; o conjunto celular tem aspecto homogéneo. Parênquima de reserva A função principal deste tecido é armazenar substâncias provenientes do metabolismo primário das plantas. As reservas podem estar na forma de solução açucarada, sacarose dissolvida no vacúolo, tendo como exemplo o colmo da cana-de-açúcar; Parênquima amilífero - As células deste parênquima reservam grãos de amido, sendo este carboidrato depositado nos amiloplastos. O parênquima amilífero ocorre nos caules da batata-inglesa, na raiz da batata-doce e da mandioca, nos rizomas de várias espécies de monocotiledôneas, e outros órgãos subterrâneos de mono e dicotiledôneas Parênquima aerífero, ou aerênquima - A especialidade deste parênquima é armazenar ar entre suas células. Este tecido tem como principal característica a presença de grandes e numerosos espaços intercelulares ou lacunas, onde o ar é acumulado. O aerênquima é comum principalmente em plantas aquáticas, mas pode estar presente em outras plantas, em geral naquelas que habitam solos sujeitos ao alagamento Parênquima aqüífero - As células deste tecido são especializadas em armazenar água. São volumosas, com grande vacúolo e paredes finas e geralmente desprovidas de cloroplastos. Apesar de finas, as paredes contêm, normalmente, barras espessadas de celulose, lignificadas ou não, que desempenham a função de dar sustentação às células. Colênquima
  • 8. O termo colênquima é derivado da palavra grega colla, que significa cola ou substância glutinosa, referindo-se ao espessamento fino e brilhante, característico das paredes primárias das células do colênquima. Constituído de células vivas, este tecido origina-se do meristema fundamental e a plasticidade da parede celular possibilita o crescimento do órgão ou do tecido até atingir a maturidade. A parede celular do colênquima possui celulose, grande quantidade de substâncias pécticas e água (60% do peso é água). O colênquima é um tecido que apresenta a função de sustentar as regiões e órgãos da planta que possuem crescimento primário, ou que estão sujeitos a movimentos constantes. As células do colênquima possuem semelhança com as do parênquima, por terem protoplasto vivo e campo de pontoação primária, além de serem capazes de retomar a atividade meristemática e se dividirem. O colênquima é classificado conforme o tipo de espessamento da parede celular, observada em seção transversal, e pode ser angular; lamelar, tangencial ou em placa; lacunar; e anelar, ou anular. Colênquima angular - Neste colênquima há espessamento da parede celular na seção longitudinal e nos ângulos, nos pontos em que se encontram três ou mais células. Colênquima lamelar - Tangencial ou em placa - Este colênquima apresenta espessamento em todas as paredes tangenciais externas e internas das células. Colênquima lacunar - Neste colênquima, os espessamentos estão nas paredes celulares que delimitam os espaços intercelulares bem desenvolvidos. Colênquima anelar, ou anular - As células deste colênquima apresentam as paredes celulares com espessamento mais uniforme, ficando o lume celular circular em seção transversal. Esclerênquima O termo esclerênquima é derivado do grego skleros, que significa duro. A característica principal deste tecido é a presença de paredes secundárias espessadas, lignificadas ou não, havendo espessamento homogêneo e regular da parede celular. O esclerênquima é um tecido de sustentação, presente na periferia ou nas camadas mais internas do órgão. As células do esclerênquima, em geral, não possuem protoplasto vivo na maturidade, sendo esta uma das principais diferenças entre este tecido e o colênquima, além da presença de lignina e do espessamento secundário e uniforme das paredes. A parede secundária é composta de celulose, hemicelulose, substâncias pécticas e cerca de 35% de lignina. Esclereídes As esclereídes são células que se encontram isoladas ou em grupos esparsos, por todo o sistema fundamental da planta. Estas células possuem paredes secundárias espessas, muito lignificadas, com numerosas pontoações simples, que podem ser ramificadas ou
  • 9. não. De acordo com a morfologia, podem classificar-se em: Esclereídes fibriformes ou fibras isoladas – Têm a forma de fibra, ramificada ou não. São encontradas, por exemplo, em raízes de plantas do mangue. Esclereídes colunares – Assemelham-se a colunas e podem apresentar pequenas ramificações nas extremidades. Estão presentes no mesofilo de plantas da caatinga e do cerrado, bem como em diversas plantas xerófitas. Osteoesclereídes – Constituem um tipo de esclereíde colunar. Astroesclereídes – São ramificadas e freqüentemente possuem formato estrelado; presentes em pecíolos de folhas de Thea e Nymphaea. Xilema O xilema é o tecido responsável pelo transporte de água e solutos à longa distância, armazenamento de nutrientes e suporte mecânico. O xilema e o floema constituem o tecido vascular. Estes tecidos são contínuos através de todos os órgãos (vegetativos ou reprodutivos) das plantas vasculares, formando um verdadeiro sistema vascular. Os xilemas primário e secundário são tecidos complexos formados por elementos condutores, células parenquimáticas e fibras, além de outros tipos celulares. Porém, no xilema primário esses tipos celulares organizam-se apenas no sistema axial e são derivados do procâmbio; já no xilema secundário, estão organizados nos sistemas axial e radial e são originados pelo câmbio. Tipos celulares dos xilemas primário e secundário, origem e função: Composição Celular do Xilema Há dois tipos básicos de elementos traqueais: traqueídes elementos de vaso. As traqueídes são imperfuradas, enquanto os elementos de vaso são dotados de placas de perfuração. Tanto as traqueídes como os elementos de vaso, no curso de sua diferenciação, perdem seus protoplastos, tornando-se aptos para o transporte da água e dos sais minerais.
  • 10. Células parenquimáticas O parênquima axial desempenha a função de armazenamento e de translocação de água e solutos a curta distância, sendo mais freqüente e abundante nas angiospermas. Eles se classificam em: axial, paratraqueal e apotraqueal. Xilema Primário O xilema primário apresenta os mesmos tipos celulares básicos do xilema secundário: os elementos traqueais (condutores), as células parenquimáticas e as fibras. A diferença é que os tipos celulares do xilema primário estão organizados apenas no sistema axial. Xilema Secundário O xilema secundário, assim como o floema secundário, contribui para o crescimento em espessura do corpo do vegetal, em conseqüência da adição de novas células. Em seu estádio completo de desenvolvimento, o xilema secundário constitui a madeira, ou lenho, que representa importante fonte de matéria-prima para a economia brasileira. Fatores que afetam o desenvolvimento do xilema secundário O impacto que o ambiente exerce sobre a atividade cambial reflete-se na diferenciação das células do xilema secundário, podendo modificar sua estrutura, assim como as propriedades e qualidades tecnológicas da madeira. Fatores como seca, inundação, altitude, latitude, constituição do solo, estádios sucessionais da vegetação e poluição podem alterar significativamente a estrutura anatômica do xilema secundário. A influência da latitude e da altitude sobre a anatomia da madeira é também evidente. Com o aumento da latitude, os elementos de vaso tornam-se mais numerosos, mais estreitos e mais curtos; A poluição pode afetar não só as propriedades quantitativas e qualitativas da madeira como a composição química de seus elementos celulares.