O documento descreve o processo de criação de um personagem 3D chamado Dhavisu' Ham, que representa uma partícula energética de uma frequência chamada Ak'rash. Dhavisu' Ham adquire formas relacionadas à informação que processa sobre uma celebração de uma tribo aborígene, tomando aspectos de animais como asas de árvores, dorso de cascavel e cabeça de águia misturada com cobra. O personagem foi criado para representar de forma metafórica a energia dos chakras e sua conexão com a
1.
Memória Descritiva do processo de criação
do personagem em 3D.
Projecções Iniciais
A ideia primitiva era a de construir um ser com base física
similar à de animais do nosso planeta. Contudo não iria pertencer à
realidade sensorial humana, mas habitá‐la e interagir com ela de
certa forma; isto para ser possível depois prosseguir com a base
conceptual.
Esse ser iria ter um corpo leve e esguio como o de uma
serpente, com umas asas orgânicas e uma cabeça que fizesse lembrar
um misto de serpente com um dragão e iria estar dentro de uma
forma esférica, orgânica, que simbolizasse visualmente o seu
contexto.
Foram criados poucos esboços devido a dificuldades em tentar
desenhar algumas partes do corpo como idealizadas ‐ quando
estivesse com a mão na massa saberia exactamente o que fazer no
momento adequado.
Assim ficou decidido que esboços para pôr nos planos e ajudar
à modelação não iriam ser possíveis. Parte do processo de criação
física do personagem desenvolveu‐se então no momento de
modelagem.
Em relação às câmaras, o seu movimento iria seguir por um
túnel orgânico, e só depois entrava na esfera na qual o personagem
iria estar inserido.
2. Raíz do conceito
Foi ponderada como ideia inicial a implementação de uma
introdução metafórica baseada nos Chakras. Estes, segundo a filosofia
Ioga são canais‐base no corpo humano pelos quais circula a energia
vital que nutre órgãos e sistemas. Contudo o nosso corpo provém e é
parte da Natureza, daí a necessidade de criar um contexto que
englobasse uma possível interacção com esta ‐ e não a ter centrado
no ser humano.
Sendo o autor um crente em dimensões ou frequências que são
parcialmente ou totalmente imperceptíveis ao ser humano, o
personagem criado teria de estar inserido em tal.
Assim surgiu a ideia de materializar a energia que os Chakras
possuem e partilham entre si, em conformidade com a realidade
humana.
A fonte ou energia que o personagem manipula é azul clara
para a relacionar directamente com a cor do Chakra que representa.
Todos os nomes criados estão relacionados com o assunto:
‐ Dhavisu’ Ham foi inspirado em Visuddha, um dos sete
Chakras, cujo seu mantra se pronuncia Ham. As suas
funções estão relacionadas com a vibração, o som e a
comunicação; sendo a sua cor o azul claro.
‐ Ak’rash é o nome inspirado na palavra Shakra.
3. A personagem
Dentro do contexto do personagem, para além de outras
frequências no multiverso, existe a frequência da Natureza e uma
outra frequência: Ak’rash. Esta última é uma frequência de várias
energias que também sente, recebe e manipula informação da
frequência Natureza.
Dhavisu’ Ham foi o habitante de Ak’ rash seleccionado como
personagem deste trabalho. Este é uma das sete principais partículas
energéticas na sua frequência, que processa e espalha informação
através da energia que a vibração, o som e a comunicação emitem na
Natureza.
Ao processar informação da sua fonte, este ser ganha forma e
luminescência e pode até reproduzir‐se quando necessário ‐
mantendo sempre a mesma consciência, como se fosse um.
A forma que adquiriu neste trabalho não é a sua forma base,
porque esta não existe; ele apenas adquire as formas que estão
relacionadas com a informação que processa da Natureza.
Denote‐se que a informação que estava a ser recebida,
processada e enviada por este ser era proveniente de uma celebração
de uma tribo aborígene: a sua estrutura híbrida tomou asas de forma
orgânica semelhantes a folhas de árvores; o seu dorso é idêntico ao
da cascavel; os seus braços lembram garras de águia e a sua cabeça
assemelha‐se a uma sublime mistura entre a águia e a cobra.
A informação recolhida por Dhavisu era então, na frequência
Natureza, uma celebração a animais locais (na zona da tribo) devido
às suas qualidades em relação às necessidades da tribo.
4. Outras observações...
A transparência tanto do personagem como da fonte de energia
que tem foram implementadas para reforçar a sensação de que se
trata de algo que não é perceptível à visão humana.
O facto deste trabalho ter sido elaborado num grupo de uma
pessoa fez com que a experiência se tornasse mais rica no sentido de
autonomia em termos de pesquisa técnica e liberdade criativa.
Contudo, não foi possível realizar tudo aquilo que foi pensado
inicialmente; o cenário, e consequência desse, a câmara e algumas
luzes que teriam de ser adicionadas.
A apresentação tem como objectivo a narração informativa de
algo ou alguém, através de uma voz distorcida, acerca do
personagem. A dar uma breve introdução ao seu contexto. Apesar de
não ter ficado impressionante, foi algo que, juntamente com o
resultado do trabalho, deu satisfação a fazer.