O documento descreve a obra "A Morte de Sócrates", pintada por Jacques-Louis David em 1787. Retrata a cena da morte do filósofo grego Sócrates, condenado à morte por suas ideias contrárias. A pintura exalta a sabedoria e coragem de Sócrates diante da injustiça dos governantes, e influenciou a Revolução Francesa. David usou estilo neoclássico com figuras semelhantes a estátuas e cores ordenadas para representar os novos ideais da época.
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
Morte de Sócrates
1. TRABALHO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA ARTE.
PROF(A) CARMEM DINIZ E CLARICE MAGALHÃES
ALUNA: JULIANA DE ÁVILA ULGUIM
2º SEMESTRE
Outubro / 2014
2. LEITURA SOBRE A OBRA “A MORTE DE
SÓCRATES”.
ARTISTA: JACQUES-LOUIS DAVID
3. JACQUES-LOUIS DAVID
AUTORETRATO - 1794
Conhecido como David, nasceu em
Paris, dia 30 de Agosto de 1748.
Em 1782, casa-se com Charlotte
Pécoul, que herdaria um generoso
dote. Divorciaram-se em 1794.
David era revolucionário e Charlotte,
monarquista.
Quando David foi preso (Revolução
Francesa), sua esposa lutou por sua
liberdade e o casamento foi reatado
em 1796.
David foi o pintor mais característico
do Neoclassicismo.
Faleceu em Bruxelas, em 29 de
Dezembro de 1825.
4. “A MORTE DE SÓCRATES”.
A Morte de Sócrates, 1787
5. Retrata a cena de morte do filósofo grego Sócrates, por ter sido contra as
ideias dos atenienses.
Na pintura também está Platão e Críton, com o primeiro sentado
melancolicamente na beira da cama e Críton segurando o joelho de Sócrates.
Sócrates tinha duas opções: ir para o exílio (e, portanto, desistir de sua
vocação filosófica) ou ser condenado à morte. Então, escolheu a morte.
No quadro, de vestes vermelhas, um discípulo de Sócrates, segura a taça de
Conium. A mão de Sócrates aponta para o céu, indicando a sua reverência aos
deuses e atitude corajosa pela sua morte.
Esta pintura é considerada uma das maiores obras de Jacques-Louis David e
está exposta em Nova Iorque no Metropolitan Museum of Art.
SOBRE A PINTURA
6. A OBRA
EXIBIDA NO SALÃO DE 1787. FOI COMPARADA A CRIAÇÕES DE MICHELANGELO E
RAFAEL, E QUALIFICADA POR DIDEROT DE “ABSOLUTAMENTE PERFEITA”.
Analisando a obra:
A obra “A Morte de Sócrates”, pintada por Jacques-Louis David, em 1787, foi
encomendada por um mecenas. Ela simboliza a morte do conhecido filósofo,
por volta de 400 a.C., repreendendo-o de não respeitar os costumes gregos e
peitar os jovens com suas ideias. Foi condenado pelas autoridades a beber
cicuta, e aos 70 anos, morreu por envenenamento.
Nesta obra, exalta a sabedoria e auto-sacrifício de Sócrates, em contraponto a
injustiça e ignorância dos governantes. Dois anos depois, em 1789, ocorreria a
Revolução Francesa, amplamente apoiada por David.
7. DESTAQUES NA OBRA
As figuras humanas, assemelham-se a estátuas gregas, com contornos
precisos e exatidão física.
Sócrates parece discursar, com sua natural eloquência. A mão direita,
tranquilamente, alcança o cálice, o que salienta sua postura serena diante da
morte. O tornozelo direito exibe a marca de um grilhão.
David representa o discípulo de Sócrates com a mesma idade do mestre, e
com a mesma tonalidade em sua túnica. Simbolicamente, demonstra que as
ideais de Sócrates serão perpetuadas através dos escritos de Platão.
A iconografia cristã, para favorecer o tema de nobreza e relevância, David
associa a morte de Sócrates com o sacrifício de Jesus Cristo. Ambos
acreditavam em uma dignidade elevada. Não deixaram escritos e preservaram
seus ensinamentos através de seus seguidores. Neste quadro, são doze os
discípulos de Sócrates, assim como na tradição do cristianismo. A taça também
lembra o cálice da Última Ceia.
8. FICHA TÉCNICA
LA MORT DE SOCRATE
Autor: Jacques-Louis David
Ano: 1787
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 129,5cm x 196,2cm
Onde ver: Metropolitam Museum of Art, Nova Iorque
9. PONTOS RELEVANTES
Entre as mudanças filosóficas, ocorridas com o iluminismo, e as sociais, com a
revolução francesa, a arte deveria tornar-se repetidamente novos ideais da
época: subjetivismo, liberalismo, ateísmo e democracia. Entretanto, eram tantas
as transformações, que elas ainda não haviam sido suficientemente entendida
pelos homens da época a ponto de gerar um novo estilo artístico que
representasse esses valores.
Mais do que um renascimento de estética antiga, o Neoclassicismo associa
fatos do passado aos acontecimentos da época. Os artistas neoclássicos
tentaram trocar a sensualidade e trivialidade do Rococó por um estilo lógico, de
tom solene e austero. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram
repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o
neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga
Grécia e República Romana.
A pintura do neoclassicismo começa a se fortalecer principalmente na França,
com fortes presenças nas artes clássicas gregas e em pinturas da renascença
italiana. As principais características da pintura neoclássica são uma grande
exaltação nos contornos, eles valorizam também uma imagem padronizada, ou
seja, tudo centralizado na obra, além da disposição bem ordenada de cores.