1) O documento discute a formação de redes de cooperação no contexto regional da Costa do Cacau na Bahia, especificamente o Arranjo Produtivo Local de Turismo da região.
2) Foi realizado um estudo exploratório analisando o Plano de Melhoria Competitividade do APL de Turismo da Costa do Cacau e entrevistas com participantes do programa.
3) Os resultados mostraram que as ações das redes de cooperação fortaleceram o turismo regional, apesar de nem todas as cidades participarem do APL.
A formação de redes de cooperação no turismo da Costa do Cacau
1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis
Especialização em Gestão para
Inovação e Sustentabilidade
A FORMAÇÃO DE REDES DE COOPERAÇÃO
POR MEIO DE APLS-PROGREDIR:
UMA INOVAÇÃO PARA O TURISMO DA COSTA DO CACAU
Karlla Miranda da Costa1
Gustavo da Cruz2
RESUMO
O presente artigo trata da Formação de Redes de Cooperação no contexto regional. O estudo
aborda a formatação do Arranjo Produtivo Local da Costa do Cacau e tem o objetivo de
identificar as ações desenvolvidas, até o presente momento, e os ganhos para atividade turística
local , a partir de estudo de caráter exploratório que teve como foco central a análise do Plano de
Melhoria Competitividade do APL de Turismo da Costa do Cacau do Programa de
Fortalecimento da Atividade Empresarial –PROGREDIR, bem como através da participação em
eventos e reuniões do setor e coleta de dados por meio de entrevista com participantes do
programa. Os resultados evidenciaram que a atuação das redes de cooperação fortalece o fomento
da criação de alianças estratégicas entre setor público e privado e que houve fortalecimento da
atividade turística na região, apesar de nem todas as cidades da Costa do Cacau atuar em APL.
Palavras-chave: APL. Turismo.Redes de Cooperação.Inovação.Costa do Cacau.
ABSTRACT
This article deals with the formation of networks of cooperation in the regional context. The
study addresses the formatting of the Local Productive Arrangement Coast Cocoa and aims to
identify the actions taken, to date, and the gains for local tourism from an exploratory study that
had as its central focus the analysis Competitiveness Improvement Plan LPA Coast Tourism
Cocoa Program to Strengthen Entrepreneurship-PROGRESS, as well as through participation in
industry events and meetings and data collection through interviews with program participants.
The results showed that the performance of networks of cooperation strengthens promoting the
establishment of strategic alliances between public and private sector and that there was
strengthening of tourism in the region, although not all of the Cocoa Coast cities act in LPA.
Key-words:LPA. Tourism. Cooperation Networks. Innovation. Coast Cocoa(revisar tradução)
1.INTRODUÇÃO
A rede de cooperação é uma nova forma de gestão que tem como princípio básico a
reunião de empresas do mesmo setor que cooperam entre si em busca de obter vantagem
competitiva no mercado. Atuam como redes de compras, marketing e, assim, garante um melhor
preço de seus produtos e serviços junto aos fornecedores e consumidores e, quando se encontram
1.Administradora, Especializanda em Gestão para Inovação e Sustentabilidade-Universidade
Estadual de Santa Cruz -UESC
2. Doutor e Mestre em Turismo e Sustentabilidade pela Universidade de lãs Palmas de Gran
Canária(UPLPG), Espanha.
2. num estágio de maturidade, são nomenclaturados de Arranjos Produtivos Locais. No Brasil, há
um crescente debate sobre entre os governos, empresários e acadêmicos, pois essas redes têm tido
papel fundamental no fortalecimento da competitividade e nos processos de inovação junto às
empresas. No exterior, há modelos de redes familiares como na China , as redes de empresários
com inovação como no Vale do Silício, as hierárquicas como as do tipo keiretsu (Verschoore
Filho,2006) no Japão , as redes entre empresas dos distritos industriais italianos e as
organizacionais de unidades empresariais descentralizadas e que foram adaptadas às realidades
atuais. No Brasil, as experiências mais significativas encontram-se no estado do Rio Grande do
Sul, onde o governo criou o programa de redes de cooperação ,bem como agências de
desenvolvimento como o SEBRAE, vêm implementando programas de formação de redes de
cooperação, geralmente voltados para micro e pequenas empresas (Verschoore,2003; Hastenreiter
Filho,2005). Considerando-se que esse instrumento de qualificação empresarial é particularmente
adequado para a dinamização de Arranjos Produtivos Locais (APLS) , que reunem empresas de
um mesmo setor e correlatos, localizados em territórios delimitados No contexto brasileiro, há
outras tipologias para conceituar redes de cooperação como arranjos, distritos industriais ,
clusters, cadeiras produtivas e pólos tecnológicos.
Assim, este trabalho torna-se relevante na medida em que busca uma abordagem pouco
discutida na Costa do Cacau , a partir do estudo de caráter exploratório que teve como foco
central de análise o Plano de Melhoria Competitividade do APL de Turismo da Costa do Cacau
do Programa de Fortalecimento da Atividade Empresarial –PROGREDIR, também, baseamo-nos
em eventos e reuniões do setor e coleta de dados através de entrevista com participantes do
programa para identificar se as ações propostas no plano foram postas em prática e quais os
ganhos trazidos pelo programa para o turismo da Costa do Cacau e propor ações que viabilizem
a melhoria nas atividades do Arranjo Produtivo.
2.METODOLOGIA
A metodologia a ser utilizada caracteriza-se como um estudo de caráter exploratório,
pois a natureza do problema de pesquisa deste trabalho ainda é pouco explorada na região
estudada. Optou-se por um trabalho qualitativo, já que está baseada na realidade do universo
pesquisado, descritivo. Para obtenção dos dados da pesquisa , buscaram-se evidências empíricas
coletadas pessoalmente pelo pesquisador através de entrevistas semi-estruturadas enviadas em
outubro de 2011 às redes atuantes, mas que só foram respondidas em tempo hábil por Nicéia
3. Cazara da Rede Viva Itacaré que explanou ações realizadas pela rede e os ganhos obtidos pelas
empresas que a constitui. Nos documentos referentes ao APLS, entrevistas informais com
pessoas chaves em Itacaré nos dias 26 e 27 de março deste ano : Andrea Cisi e Marília
Rodrigues da Rede Itacaré Aventura que falou sobre as etapas do programa, enviou modelos de
documentos utilizados e as razões para desistência da rede em participar do APL embora já
tivesse em uma fase bem avançado do programa. No dia 12 de março deste ano, com Alex
Saporeti representante da Rede Viva Canavieiras que desistiu do processo logo no início por não
concordar com as idas e vindas de consultores que não davam continuidade ao processo, o que
acabou desmotivando os empresários canavieirenses, participação em reuniões e eventos como
o I Encontro Nacional de Central de Negócios em Salvador, organizado pelo SEBRAE em
novembro de 2010, onde os mais importantes teóricos sobre o tema estavam presentes e assim
conhecer experiências de sucesso e pesquisa teórica via internet, principalmente, em sites do
Rio Grande do Sul e acesso à legislação estadual onde há o amadurecimento acerca dos
assuntos, bem como cursos de especialização na área e em conversas com o representante da
SECTI na Costa do Cacau , Jorge Cunha, que explicou as etapas do projeto e informou que em
cidades como Una não houve formação de rede, pois, no ano de 2008, quando os empresários
da cidades foram consultados, não se interessaram em participar do programa , em reuniões da
Câmara de Turismo da Costa do Cacau onde a representante da SECTI Salvador, Arlete Cruz,
explanou quais os passos a ser seguidos pelo projeto estruturante dando continuidade ao
amadurecimento dos APLs. E por conhecer a realidade da Rede Smart de Supermercados, que é
caso de sucesso internacional e possui uma sede na cidade onde resido e perceber claramente as
melhorias do programa, embora seja se ramo diferente ao do tema pesquisado. Os
procedimentos e técnicas se constituíram em três etapas: a) pesquisa de levantamento
bibliográfico, voltada para a literatura disponível no mercado sobre o Redes de Cooperação,
Arranjos Produtivos Locais-APLs, Clusters, Turismo e Desenvolvimento Regional e Inovação ;
b) ações desenvolvidas até o presente momento e que estão descritas no Plano de Melhoria
Competitividade do APL de Turismo da Costa do Cacau desenvolvidas pela MARKESTRAT
consultoria licitada para desenvolver um diagnóstico da atuação do APL, e empresários que
compõem o APL para confrontar os dados encontrados e conhecer o cenário a longo prazo .
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1Arranjos produtivos locais, redes de cooperação e clusters
4. Os APLS-Arranjos Produtivos Locais são aglomerações territoriais de agentes
econômicos, políticos e sociais, com atividades econômicas relacionadas e que apresentam algum
tipo de vínculo entre eles com o objetivo de se fortalecer num mercado competitivo . Os APLs
são uma tipologia de cluster e caracterizam-se pela formação de pequenas e médias empresas,
agrupadas em torno de uma profissão ou negócio, em que se enfatiza o papel desempenhado
pelos relacionamentos formais e informais entre empresas e outras instituições envolvidas. Essas
empresas compartilham uma cultura comum e interagem como um grupo no ambiente
sociocultural local. As interações são de natureza cooperativa e ou competitiva, estendem-se além
do relacionamento comercial e tendem a gerar outros ganhos associados a economias externas, ao
compartilhamento do conhecimento e à redução dos custos de transação (SOUZA,
2005;SEBRAE, 2004).
De acordo ( BALESTRIN, 2008; TEXEIRA,2005), um aprendizado coletivo por meio de
interação entre indivíduos é um dos principais benefícios das redes e ultrapassa a fronteira das
empresas por meio da socialização do conhecimento sobre produção, mercado , novos produtos,
tecnologias e gestão por meio de inovação de produtos e processos em as redes são espaços de
aprendizado colaborativo entre as empresas, criando novos conhecimentos a partir da confiança
estabelecida por relacionamentos repetitivos e duradouros .
Na visão de (BALESTRIN, 2008; TEXEIRA,2005), dificilmente uma ação individual
trará ganhos competitivos como os obtidos por uma rede de cooperação em que há 3 condições
para sua existência : objetivos comuns, interação e gestão que perpassa pela inteireza,
diversidade e interatividade das conexões nos processos dinâmicos que compõem as redes e sua
estrutura juntamente com as regras de agregação que orientam a escolha de parceiros e
determinam o seu padrão de crescimento. As redes de cooperação responsáveis pelo processo de
cooperação estimulam a aprendizagem e a inovação e tem ganhado amplo espaço na literatura e
nas políticas públicas .
Na economia industrial, a rede é conceituada associada às lógicas de coordenação da
participação dos agentes na atividade econômica. Por isso, a caracterização de uma organização
em rede se dá quando um arranjo interoganizacional possui fatores que integram atividades
complementares, competências e processos que identificam coordenação de atividades
econômicas que possibilitam diferenciais competitivos. ( BRITTO, 2002; KAPLINSKI,2000)
5. A definição da forma organizacional de cada rede depende do consenso das organizações
participantes, mas há princípios comuns a todas elas: deve haver o fortalecimento da confiança
entre as organizações, flexibilidade para lidar com saída e entrada de membros e adaptações na
composição, na estrutura e nos processos, habilidade para conectar com outras instâncias com ou
sem interação. Se as organizações que atuam em rede atingirem seus objetivos, podem realizar
novas interações a até mesmo se houver dissolução, este ato não será considerado negativo. A
formação de arranjos produtivos locais é considerada como uma alternativa de desenvolvimento
econômico regional por meio de micros, pequenas e médias empresas voltadas para a exploração
das potencialidades de uma determinada região com foco na autossustentabilidade,
proporcionando a geração de riquezas e fixando bases industriais permanentes e consolidadas
com o uso dos recursos naturais existentes ( FIALHO,2005; OLIVEIRA, 2009).
A partir da concentração setorial geográfica de empresas, pressupostos básicos do sistema
de clusters, as empresas podem ser beneficiadas pelas economias externas de aglomeração e pelo
desenvolvimento de ações conjuntas entre os produtores e agentes relacionados à cadeira
produtiva. O conceito de cluster traz a idéia da existência de vantagens de aglomeração e de
proximidade espacial. ( KRUGMAN, 1995;SCHMITZ, 1992; OCDE, 2001)).
De acordo com a Teoria dos Aglomerados, a junção de empresas num mesmo lugar
auxilia no desenvolvimento da infra-estrutura básica, no funcionamento do conjunto e a
complementação entre as empresas, dando origem a um amplo e variado mercado de trabalho , à
criação de um mercado de capitais e à oferta de bens e serviços de todas as classes , estimulando
assim as relações comerciais. Sendo as aglomerações consideradas instrumentos de
desenvolvimento econômico , confirmando o papel central a ser cumprido pelo turismo,
apresentam-se aos distintos mercados consumidores de turismo como produto acabado, final,
com tarifas diferenciadas na forma de package tours(pacotes) em alto nível de competitividade
internacional. (THOMAZI, 2006; ACERENZA,1995, BENI, 1998).
No Brasil, a iniciativa de organização de cluster de turismo ganhou maior importância no
fim da década de 1990. O Simpósio Internacional A Reforma do Estado e o Desenvolvimento do
Nordeste na Economia Globalizada que aconteceu em 1996, com a produção do documento “
Novo Século, Novo Nordeste”, marca um dos primeiros registros orientados à identificação de
cluster. O encontro permitiu estabelecer nova estratégia de desenvolvimento à região que, além
de promover o progresso social e esforços na erradicação da pobreza, também conduziu à
6. inserção competitiva do Nordeste na economia internacional. (THOMAZI, 2006) .Com o
surgimento de novos sistemas produtivos o ambiente das organizações são identificados pela
integração e cooperação entre os atores econômicos e sociais distintos, que unidos , pode originar
redes que são essencialmente mutáveis. Com isso, os diferentes atores devem preferir sobreviver
hoje, preparando e construindo o futuro, do que ganhar mais hoje e perder no futuro. (SANTOS e
BASSANESI, 2010) .
O Arranjo Produtivo Local (APL) pode ser considerado como gestão interorganizacional
ou empreendimento coletivo de um espaço territorial sociopolítico-econômico que desencadeia
uma dinâmica dialética entre cooperação e competição , com foco em um conjunto específico de
atividades econômicas . (SANCHS, 2003; VARGAS, 2003; LASTRES; CASSIOLATO,
2003ª;2003b).
A ênfase do APL valoriza as relações entre os atores sociais, as trocas de conhecimento,
das bases do processo de aprendizagem para as capacitações produtivas organizacionais e
inovativas, bem como a importância da proximidade geográfica e identidade histórica,
institucional, social e cultural como formas de diversidade e vantagens competitiva e asseguram
que a governança envolve um intenso processo de negociação entre os atores produtivos,
institucionais e comunitários participantes dos APLs . Há 3 modelos de governança:a hierárquica:
que se modela segundo os tradicionais instrumentos como dinheiro, poder e lei ; com foco no
mercado onde a coordenação é baseada na mão invisível; E o networks: desenvolvida por meio
da negociação , reciprocidade e interdependência entre as partes envolvidas. A consolidação do
arranjo depende de quatro elementos essenciais: territorial, capital social, organização produtiva,
articulação político-institucional e estratégia de mercado. (CASSIOLATO;LATRES,1999;
MESSNER;MEYER-STAMER, 2006; CORIOLANO,2009).
O APL advém da interação entre empresas e instituições apoiadoras da capacidade de
inovação e conhecimento específico. A literatura moderna de clusters está pautada em duas
escolas ou abordagens básicas: análise dos distritos industriais da Itália (PORTER,1993;
PIORE;SABEL, 1984), com foco em pequenas e médias empresas em setores tradicionais, e
outra baseada na economia de empresas, com ênfase em grandes empresas, principalmente nos
países desenvolvidos( PORTER, 1998;SANTOS, 2010). Os APLs, no Brasil, implementados por
políticas governamentais, seguem um padrão que reduz as desigualdades regionais de mercado e
aumentam a produção gerando emprego e renda.
7. A junção dos conceitos de cooperação e de rede, forma a ideia de rede de cooperação,
formando uma nova configuração organizacional em que há a junção de empreendimentos com
objetivos comuns, densamente inter-relacionados, estando estruturadas para desenvolver e manter
ganhos coletivos, sem que cada participante venha a perder sua autonomia de gestão. A
cooperação se dá quando fornecedores, companhias e compradores unem-se para elevar o valor
gerado na cadeia produtiva. A competição, por sua vez, acontece no momento de dividir os
ganhos, quando empresas definem estratégias competitivas e colaborativas simultaneamente, e as
competências são reunidas em toda rede.( BALESTRIN, 2008;PRAHALAD ; RAMASWAMY,
2004).
Na visão de (TEXEIRA, 2005; LANIADO;BAIARDI,2003), as redes em seu
funcionamento reduzem o custo de transação , e são capazes de obter uma governança que venha
abranger empresas e outras organizações num ambiente organizacional, além da cooperação
entre empresas. A governança, à qual as redes estão ligadas, tem o papel de garantir uma
estrutura institucional que atenda a dois objetivos visados em qualquer relação: coordenação e
salvaguarda.
O relacionamento das empresas deve ser dinâmico e evoluir de forma a possibilitar a
interação dos aspectos de cooperação e competição, pois uma boa articulação garante o sucesso
do cluster, em que os concorrentes cooperam entre si na busca de soluções de apoio ao seu
negócio como infraestrutura, formação de recursos humanos, participação em feiras e atração de
investidores. Permite, ainda, a promoção as sinergias coletivas que fortalecem as chances de
sobrevivência e crescimento, constituindo importante fonte geradora de vantagens competitivas
duradouras. Os arranjos possibilitam o aperfeiçoamento das pequenas e médias empresas,
facilitando a competição com empresas de maior porte, desde que funcionem de forma
complementar e, diminuam as desvantagens de ser pequenas , atraindo compradores,
promovendo habilidade dos trabalhadores e intensa troca de informações entre os atores do
arranjo, favorecendo, assim, a consolidação de uma estrutura forte bem como da identidade .
(OLIVEIRA, 2009; CASSIOLATO, LASTRES E SZAPIRO, 2000).
O papel dos arranjos produtivos locais –APLs é diminuir os custos operacionais e de
transações, minimizar os riscos e utilizar, de forma conjunta, os recursos de ativo fixo existente,
aproveitar sinergias possíveis nas páreas de vendas e distribuição, compartilhar informações
técnicas, produtivas e mercadológicas.( FARAH, 2001;THOMAZI,2006).
8. Nos estudos de (ATHAYDE,2001;THOMAZI,2006) , há 3 condições básicas para o
trabalho de promoção de um cluster produtivo: afinidade com a comunidade, marketing
promocional nas atividades já realizadas e que seja vocacionada da comunidade, bem como
instituições públicas e privadas que mantenham o APL e que tenham o papel de gestoras do
processo. E para que um Arranjo Produtivo tenha efetiva vantagem competitiva e possa se
desenvolver profundamente, são necessários 10 anos levando-se em conta que a troca de governo
pode causar entraves à continuidade do processo.
O papel da rede é criar estruturas, valores, comportamentos e interesses adequados,
podendo apresentar vantagens competitivas, por meio dos atores envolvidos , reduzir riscos e
aumentar as chances no mercado; A formação de redes de cooperação cria expertise e contribui
para uma maior qualidade dos produtos e ou serviços, permitindo novos ganhos e a propagação
de inovações, engrandecendo de encomenda e aumento do poder de negociação com
fornecedores( GOYA; QUADRO,2005; PUGA,2003) . Por isso, a vantagem competitiva dos
arranjos produtivos locais é obtida em ações de cunho inovador desenvolvidas em conjunto por
empresas, por meio de um modelo de inovação aberta, em rede, através de novos produtos,
serviços, adoção de novas práticas organizacionais , acesso a novos mercados e o
desenvolvimento de novos modelos de negócios .(BALESTRIN,2008).
3.2Turismo e Desenvolvimento Regional
A partir de estudos de modelos de gestão do turismo, os arranjos produtivos locais são
apontados com base na aplicação da teoria dos aglomerados, difundida nos estudos de Michael
Porter, também é conhecida como cluster ou rede, significando: cooperação, união. E pode ter a
nomenclatura de arranjo produtivo local , que no campo do turismo adota como referência a
observação a partir de uma região [..] , resultante da soma de marketing e competitividade, a
partir da integração de redes de cooperação por meio de forças competitivas que o afetam e das
oportunidades de mercado em cada cluster relativamente, bem como, competências, diferenciais
turísticos no mercado competitivo. ( THOMAZI , 2006)
Para ( SANTOS, 2010; FRIEDMAN, 2005; FRIEDMAN, 1999), é necessário encontrar
mecanismos de cooperação e competição que estimulem o reposicionamento competitivo de uma
rede de cooperação, levando em consideração o mundo, pois o grande concorrente do Rio de
Janeiro não é Salvador e sim Dubai;
9. Segundo (BENI,1998; THOMAZI,2006), a obtenção de benefícios e sustentação das
transações turísticas exige a máxima competitividade e esta cada vez mais complexas , por conta
da grande oferta de vôos, leitos, atrativos e serviços turísticos em diferentes núcleos receptores,
pois os consumidores de produtos e serviços estão cada vez mais exigentes e com maior poder de
escolha.
Para (THOMAZI, 2006), as cadeias produtivas originam-se a partir de arranjos
produtivos locais, por meio da interdependência, interações, relacionamentos, bem como
vantagens na localização e especialização; No turismo, a cadeia produtiva está relacionada à
estrutura direta ou indiretamente e participa da organização do produto e ou serviço, no
atendimento às necessidades diretas e indiretas dos visitantes, ainda, ser considerada a análise de
isolamento que pode ser detectado pela presença de institutos de pesquisa, universidades e
demais empresas capacitadoras do setor , bem como análise da governança que identifica as
agências governamentais e outros órgãos reguladores que exerçam influências significativas
sobre os participantes do aglomerado. No turismo, estariam representados nos diversos âmbitos
pelos organismos oficiais de turismo, conselhos, conventions bureaux, organizações não –
governamentais, com interesse na regulamentação e operação do setor.
Segundo (BERNARDES et al;SANTOS,2010), a atividade turística é um complexo
decisório sobre o que visitar, onde , como, a que preço e o seu consumo se dá por meio de
roteiros. A globalização tem acelerado as diferenças existentes entre países e regiões devido à
facilidade de obtenção de informações e serviços, acirrando cada vez mais a concorrência .
A expectativa do consumidor (turista) e o grau de satisfação da experiência turística estão
diretamente ligados à atuação da rede e a sua complementaridade como a infraestrutura básica
oferecida, a infra estrutura turística. Nos serviços turísticos relacionados ao atendimento, estão a
fidelidade na escolha do destino e a indicação do produto a amigos e parentes.
O turismo é constituído por um conjunto de serviços, que só existem em função de um
atrativo. Já o produto turístico é a junção do atrativo turístico como os serviços turísticos,
juntamente com a infraestrutrura básica e o conjunto de serviços urbanos de apoio ao turismo. A
infra-estrutura básica necessária é elemento essencial à qualidade de vida das comunidades e que
beneficiem completamente os turistas ou os empreendimentos turísticos podendo contribuir para
a qualidade do produto turístico. Fazem parte dessa infra-estrutura básica os elementos tais como:
via de acesso, saneamento básico,rede de energia elétrica, comunicações, sinalização turística,
10. iluminação pública entre outros. A infra-estrutura básica de uma destinação turística, também, é
elemento fundamental para viabilização da atividade. A implantação de uma estrutura turística
em determinada localidade depende da disponibilidade de alguns insumos básicos, sendo uma
pré-condição para o desenvolvimento turístico ( PORTER,1999;THOMAZI,2006; IGNARRA ,
2001).
A atividade turística por si é predominantemente composta por micro e pequenas
empresas que , trabalhando organizadas em torno de um atrativo turístico, formam um produto
turístico que é composto pela soma dos serviços consumidos pelo turista durante sua estada no
local .Assim, as empresas atuantes nesse setor podem ser classificadas como participantes de um
arranjo produtivo local, podendo desfrutar de vantagens competitivas ou comparativas
importantes para a sustentabilidade do destino. A formação de redes faz parte das bases do
Programa de Regionalização do Turismo na etapa de apoio à comercialização dos produtos
turísticos com atividades capazes de alterar as relações de mercado e alcançar resultados e na
formatação de roteiros. A gestão compartilhada articula grupos que têm interesse pelo turismo
tais como: instituições, entidades da administração pública, organizações não-governamentais,
iniciativa privada, instituições financeiras, comunidades. Intensifica, também, esforços na busca
de metas estabelecidas pelo MTUR e secretarias de turismo. Propicia comunicação e conexão
entre regiões turísticas com troca de experiências, identificando oportunidades nas regiões,
divulgando os arranjos produtivos, formas de ações que desenvolvam o turismo através da
divulgação de destinos.(MOURA, 2004;CORIOLANO,2009)
O turismo é o setor de prestação de serviços como produto marco da sociedade pós-
industrial que dialoga com outros setores da economia. No Brasil, a criação do Ministério do
Turismo marcou o desenvolvimento do mesmo, com políticas públicas que dão diretrizes para
realização da atividade e dos profissionais envolvidos. Com a criação do Plano Nacional de
Turismo, é possível planejar e organizar a atividade com foco na gestão descentralizada e
participativa, fortemente calcada na perspectiva de que a constituição de um produto turístico
deve ser preferencialmente desenvolvida por APLs ou por regiões como nele denominado. O
turismo é um fenômeno social que consiste no deslocamento voluntário e temporário de
indivíduos ou grupos de pessoas que, fundamentalmente, por motivos de recreação, descanso,
cultura ou saúde, saem de seu local de residência habitual para outro, no qual não exercem
11. nenhuma atividade lucrativa nem remunerada, gerando múltiplas interrelações de importância
social, econômica e cultural.(IGNARRA, 2001, SAMPAIO,2005).
Os planejadores e gestores públicos têm o papel de dá continuidade ao processo de
organização dos arranjos produtivos para fortalecimento da cadeia produtiva do turismo. Para
obter sucesso, é necessário que a rede seja criada num ambiente de empresas de competição
cooperativa, eliminando as forças contrárias e atuar em benefício de resultados comuns, que se
caracterizem por um conjunto de atrativos com destacado diferencial turístico, dotado de
equipamentos e serviços de qualidade, com excelência gerencial, concentrado num espaço
geográfico delimitado que permita uma vantagem competitiva sustentável a longo prazo.
(THOMAZI,2006;SANTOS,2010). Atualmente, o Brasil tem tido grandes conquistas no
planejamento turístico com a aprovação da Lei Geral do Turismo , Plano de Regionalização do
Turismo , Zonas Turísticas definidas e o planejamento da Copa 2014. Nesse momento, o país está
voltado para produção associada ao turismo e tem investido em formação. É a oportunidade que
as redes de cooperação têm para fortalecer a atividade turística .
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para entender a dinâmica das redes que atuam no APL de turismo da Costa do Cacau, foi
necessário conhecer as etapas do processo, os agentes envolvidos e atuação dos mesmos bem
como os ganhos para atividade turística regional. O Programa de Fortalecimento da Base
Empresarial (Progredir) é um projeto que visa fortalecer a atividade empresarial dos diversos
APLs do estado da Bahia, por meio de políticas de apoio aos empresários e técnicas e
instrumentos, promovendo a sustentabilidade das micro, pequenas e médias empresas, com o
objetivo de incentivar a competitividade de Arranjos Produtivos, em um convênio firmado entre
BID (financiador de parte do projeto) e a SECTI, sendo a mesma responsável pela coordenação e
o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e o Instituto Euvaldo
Lodi (IEL) como apoiadores estratégicos e a MARKESTRAT que foi contratada com a
finalidade de elaborar os Planos de Melhoria da Competitividade (PMC) de 09 APLs do
Progredir, dentre eles o de turismo, analisando a estratégia de negócio com vistas ao crescimento
e ao posicionamento competitivo, estabelecendo, de forma participativa, os objetivos
estratégicos baseados num horizonte de 3 e 8 anos e, por fim, proposta de ações a serem
executadas no Projeto Estruturante.
12. Após o entendimento do que é o programa , foi realizada entrevista com representantes
das redes que constituem o APL de Turismo da Costa do Cacau , bem como com aqueles que já
fizeram parte do processo e hoje não o fazem por decisão pessoal Quanto aos aspectos
pesquisados nas redes atuantes, os resultados apontam que, na formação do programa, as
primeiras capacitações deram explicações básicas sobre o que vem a ser APL e a compreensão
por parte das empresas se deu durante a execução do projeto e que entendem o APL como grupos
de empresas que compõem o cenário econômico na região em que atuam. No quesito atuação
com foco em inovação e criatividade, foram descritos o acesso à mercado para ter
reconhecimento diante do consumidor, apresentando o diferencial ao cliente e,
consequentemente, aumentar a rentabilidade e diminuir os custos . O marketing da rede é feito
através de uma consultoria contratada , mas o grupo já fez esse trabalho através de participação
em feiras de turismo e visita as operadoras e agências de viagens. A gestão de pessoas, ainda, não
é trabalhado em conjunto pelas redes e, sim por cada empresa em separado. A cultura
organizacional é conduzida através de trabalhos e atividades e grupos com a formação de
conselhos pelos integrantes da rede. Em ações de geração de conhecimento e empreendorismo, a
rede ocorreu através da formação da Central de Compras e a participação em feiras de turismo,
em que um único representante leva o nome de todas as empresas. Esse representante, muitas
vezes, é o proprietário de uma delas. Ainda não há muito desenvolvimento na área de tecnologia
da informação da rede. No quadro comparativo da atuação das empresas antes e após a formação
das redes: antes, as empresas trabalhavam isoladamente e falando a mesma coisa que todas.
Depois – trabalhando conjuntamente e mostrando seu diferencial. O processo decisório nas ações
da rede se dá por voto da maioria que decide a ação. A empresa que discorda pode ficar de fora
da execução. Mas, optará por realizar trabalhos em que todos possam estar inseridos. A gestão
financeira é feita pelos membros da rede. A maioria das redes atua conjuntamente no marketing
e, também, como uma central de compras. Há algumas ações direcionadas para a
responsabilidade social e a sustentabilidade. Não há elementos contratuais entre os membros da
rede. Mas há planejamento e plano de ação para execução de suas atividades. Dentre os
instrumentos estratégicos que se destacam, estão o calendário de feiras estipulado
antecipadamente, relatório de participação e de retorno do trabalho. Dentre os objetivos comuns
às empresas que fazem parte de sua rede buscam: acessar recursos , reciprocidade, eficiência,
estabilidade, e legitimidade no mercado. A participação no programa de APL de Turismo trouxe
13. ganhos à empresa dentre eles: aumento de faturamento, adoção de novas práticas, aumento do
número de fornecedores,e novos clientes, redução dos custos totais,e das compras . E ainda, vê na
formação de redes, uma configuração estratégica para obter maior competitividade . O papel das
redes para o processo de inovação junto às empresas trouxe novos desafios e mostrou que a
trabalhar em união é possível. Dentre os benefícios que a rede trouxe para comunidade do
entorno, foi a manutenção da ocupação com menos sazonalidade. A continuidade dos trabalhos
do APL sem o suporte financeiro do BID se dará através de ações estruturadas visando a
continuidade do programa com ações de acesso ao mercado e atuando como central de
compras,buscando novas formas de fixar a imagem no mercado brasileiro e internacional.As rede
de turismo que atuam na Costa do Cacau são:
Rede Ilhéus 100% Turismo : Ilhéus
Rede Praia e Gastronomia : Ilhéus
Rede das RPPNs- Ilhéus, Serra Grande, Una, Santa Luzia
Rede Viva Itacaré- Itacaré
Rede Inspire-se Maraú : Costa do Dendê
A maior parte redes das acima citadas atuam como rede de marketing onde são
confeccionados materiais promocionais em conjunto para divulgação da atividade turística e
participação em feiras, bem como viagens de benchmarketing como objetivo de trazer bons
resultados de outras regiões para a Costa do Cacau. E algumas, a exemplo da Rede Viva Itacaré,
também, atuam como central de compras reduzindo, assim, os custos operacionais das empresas
envolvidas, podendo oferecer produtos e serviços com melhor preço ao turista e, também, como
manutenção da própria rede quando se esgotar os recursos do projeto. A Rede que tem uma maior
participação das cidades da Costa do Cacau é a de RPPNs, outras duas como a Itacaré Aventura
e a Rede Viva Canavieiras desistiram do processo por não concordarem com o método inicial em
que eram realizadas as consultorias que, para os empresários, eram repetitivas e sem continuidade
e a Rede Inspire-se Maraú por fazer parte da Costa do Dendê não foi objeto de pesquisa. A
implementação do programa foi seguida das seguintes etapas :consultores contratados auxiliaram
as redes na construção do planejamento estratégico, em que estavam definidos as ações das
mesmas, e em seguida era elaborado um Termo de Referência-TDR para aprovações e
investimento nas ações programadas. Além de muitas reuniões e capacitações coordenadas pelo
SEBRAE, nesse momento, os municípios estão articulando ações do Projeto Estruturante onde
14. serão implantados portais de turismo e agências de promoção do turismo e agora contam com o
apoio da UESC para amadurecimento do projeto.
Confrontando-se os resultados das entrevistas com o Plano de Melhoria Competitividade
do APL de Turismo da Costa do Cacau do Programa de Fortalecimento da Atividade Empresarial
–PROGREDIR , tais considerações são relevantes: o tema principal do projeto deveria ser mais
explorado, confirmando nos dados obtidos junto a empresários que fazem parte das redes onde
diz que, na etapa de sensibilização e formação das mesmas, não houve uma discussão mais
profunda acerca da conceituação de APL e que o mesmo, também, não buscou, em outras
literaturas, mais informações do que vem a ser um arranjo produtivo local , identificando, dessa
forma, uma fragilidade no processo, visto que a geração do conhecimento e a aquisição de
informações são fatores necessários à obtenção de vantagem competitiva. Nos indicadores
sociais das cidades que compõem a Costa do Cacau , baseados no censo de 2007 do IBGE , a
consultoria contratada incorreu num erro grave de troca dos dados populacionais e de extensão
territorial dos municípios de Una e Santa Luzia, fator que pode implicar em erros quando se
configurar ações de investimento para o turismo nessas cidades, visto que as mesmas possuem
características distintas. Foi realizado diagnóstico em que a existência de plano diretor,
capacitação municipal, código de obras, legislação ambiental, mecanismos de controle e de
treinamento pessoal, entre outros, demonstrando ineficiência dos municípios da Costa do Cacau.
No entanto, percebe-se que dados que existem de alguns municípios, não constam a exemplo de
Plano Diretor Municipal e Lei Orgânica Municipal de Una já existiam no período de realização
da pesquisa com as prefeituras municipais de abril a junho de 2009. No cenário a ser
desenvolvido dentro de 3, 5 e 8 anos, as ações do programa são : Estruturação da agência de
promoção e desenvolvimento do turismo para a Costa do Cacau;Promoção da Conectividade das
Redes: Implementação de portais de entrada nas cidades que fazem parte do APL,Programa de
Promoção da Costa do Cacau; Capacitação de profissionais para atuar no turismo;Programa de
Sensibilização da Comunidade:Programa de Melhoria da Infra-Estrutura Turística processamento
e reciclagem. Por fim , desenvolvimento de roteiros integrados, Plano de Marketing, Sistema de
Informação do Turista, Capacitação de profissionais para atuar no turismo;cursos de capacitação:
ciclo básico, gestão de empreendimento, recepção, guias de turismo, alimentos e bebidas,
gerência de manutenção, gestão de qualidade, artesanato, inglês e espanhol e lavanderia. Dentro
da visão de futuro do APL de Turismo da Costa do Cacau de “ser um cluster de agentes
15. turísticos rentáveis e competitivos, que atuam de forma cooperada, seguindo os princípios do
turismo sustentável, capazes de atender diversos segmentos de turistas sempre com excelência na
qualidade dos produtos e serviços, estabelecidos em um destino turístico amplamente
reconhecido por integrar roteiros diversificados, localizados muito próximos entre si e de fácil
acesso para o turista” , só se concretizará, de fato, se, a exemplo do Rio Grande do Sul, houver
um legislação que regulamente a formação de APL, bem como entendimento, principalmente do
poder público municipal, que o turismo é uma atividade que traz rentabilidade econômica e que,
para tanto deve haver ações de planejamento e verbas para execução dos mesmos e participação
ativa da iniciativa privada e da sociedade civil no processo de construção de ações para o
desenvolvimento do turismo na Costa do Cacau, sendo capaz de conduzir seu próprio
desenvolvimento, ser competitiva nos mercados nacional e internacional e, ainda, capaz de
melhorar a qualidade de vida de sua população por meio da geração de postos de trabalho,
distribuição de renda , respeitando os princípios da sustentabilidade.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a criação do Programa de Fortalecimento da Atividade Empresarial –PROGREDIR,
através da formação do Arranjo Produtivo Local de Turismo e das redes de cooperação criadas , a
Costa do Cacau recebeu incentivos que trouxe ganhos competitivos ao turismo da região.
O estudo procurou observar a atuação das Redes da Costa do Cacau a partir dos resultados
Plano de Melhoria Competitividade do APL de Turismo da Costa do Cacau e das ações futuras
que já começaram a ser articuladas.
Observaram-se que alguns dados do plano apresentavam informações diferentes da
situação real encontrada e que a comunicação com os atores- chave dos municípios que compõem
a Costa do Cacau deve ser feita de maneira mais consistente e os resultados das ações devem ser
apresentados à comunidade. E como sugestão, que se faça um novo diagnóstico tendo em vista
que a região encontra-se com algumas melhorias no turismo como : A sinalização turística da
Costa do Cacau, que já é uma realidade, o 1º Curso Técnico em Guia de Turismo do SENAC que
no final de 2011, terá 40 guias credenciados, o Curso Técnico em Turismo nas escolas estaduais
que vão formar pessoal capaz de atuar como condutores locais de turismo, agentes de viagens
entre outras; A realização da Oficina de Roteirização de Turismo da Costa do Cacau realizado em
2001 pela Bahiatursa em parceria com a Câmara de Turismo da Costa do Cacau, a realização de
inventário turístico em cidades da região , a implementação da graduação em Gestão do Turismo
16. no IFBaiano em Uruçuca no ano de 2012. Seria interessante a inclusão da cidade de Pau Brasil
nas ações macro, visto que a mesma, agora, faz parte da Costa do Cacau, bem como a formação
de uma única rede das cidades que ficaram de fora do processo .
Diante do exposto, percebe-se que a cultura de cooperação vem como alternativa de
estratégia competitiva para atividade turística, pois permite que atores envolvidos trabalhem de
forma participativa em busca de ganhos coletivos, que visem o desenvolvimento da região.
REFERÊNCIAS
ATHAYDE. Eduardo.Cluster: plano de negócio.2001.Disponível
em :http://www.agronegocio.com.br>, acesso em 24 abr de 2011.
BALESTRIN, Alsones e Verschoore Jorge. Redes de cooperação empresarial: estratégias de
gestão na nova economia- Porto Alegre: Bookmanm 2008.216p.
BENI, Mário Carlos. Análise Estrutural do Turismo . São Paulo: SENAC, 1998.
BRITTO, Jorge.Cooperação interindustrial e redes de empresas. In: KUPFER,
D;HASENCLEVER, L.(org.) Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil ,
Rio de Janeiro: Editora Campus, 2002. Cap.15,p.345-388.
CORIOLANO, Luzia Neide M.T e outros.Arranjos Produtivos Locais do Turismo
Comunitário : Atores e Cenários em Mudança-Fortaleza:EdUECE, 2009.
COSSIOLATO,J.E.;LASTRES,H.M.M. Globalização e inovação localizada: experiências de
sistemas locais no Mercosul. Brasília: IBICT/IEL.1999.
___________;____________; MACIEL ,M.L.( Orgs.).Pequena empresa: cooperação e
desenvolvimento local. Rio de Janeiro. Relume-Dumará, 2003.
___________;___________; SZAPIRO, Marina. Arranjos e sistemas produtivos locais e
proposições de políticas de desenvolvimento industrial e tecnológico. Rio de Janeiro: Instituto
de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, dez.2000. Bloco 3. Nota Técnica 27.
FIALHO, Sérgio.Metodologia para Construção e Gestão de redes de Cooperação
Interorganizacionais. In: TEXEIRA, Francisco. Org. Gestão de redes de cooperação
interempresariais : em busca de novos espaços para o aprendizado e a inovação. Salvador, BA:
Casa da Qualidade, 2005.
GOYA,Silvia;C.;QUADRO, Luciane. Economia de comunhão: influência na cultura
organizacional e na formação de redes, uma contribuição às empresas turísticas. Balneário
Camboriú: Universidade do Vale do Itajaí, 2005.
17. HASTENREITER FILHO, Horácio N.Acertos e Desacertos dos Principais Programas de
Redes de Cooperação Interempresariais Brasileiros. In: TEXEIRA, Francisco. Org. Gestão de
redes de cooperação interempresariais : em busca de novos espaços para o aprendizado e a
inovação. Salvador, BA: Casa da Qualidade, 2005.
IGNARRA, Luiz Renato. Fundamentos do turismo. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2001.
KAPLISKY R.Spreandin the Gains From Globalisation: What Can be Learned From Value
Chain Analysis? Institute of Development Studies. Sussex, UK, 2000.
KHUGMAN, P.R. Development, geography, and economic theory. Cambridge,
Massachussetts: MIT Press, 1995 .
LANIADO, Ruth N; BAIARDI, Amilcar. A contribuição das redes na formação da
cooperação empresarial: um estudo de caso . Organizações & Sociedade, Salvador, BA:
UFBA/Escola de Administração, v. 10, n. 27, mai/ago.2003.
LASTRES, Helena M.M;CASSIOLATO, José. Novas políticas na era do conhecimento: o foco
em arranjos produtivos e inovativos locais . Parcerias Estratégicas, n. 17, p.5-29, set.2003ª.
_______. Políticas para promoção de arranjos produtivos e inovativos locais de micro e
pequenas empresas. Disponível em: <www.te.ufrj.br.redesist.> Acesso em : 10 jun 2011.
MESSNER;MEYER-STAMER.Políticas públicas de apoio aos APLs. Disponível em :
<http://dgroups.org/groups/worldbank/APL>. Acesso em : 03 jul 2011.
OCDE( Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). The Exchange fair
of the world congresso on local clusters. Paris: OCDE/Datar/CEE, 2001.
OLIVEIRA, José Antônio Puppim( organizador). Pequenas empresas, arranjos produtivos
locais ( APLs) e sustentabilidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.
PIORE,M.J.;SABEL, C.F. The second industrial divide:possibilities for prosperity. New York:
Basic Books, 1984.
PORTER, Michel. A vantagem competitiva das nações. Rio de Janeiro: Campus, 1993.
______________. Clusters and the new economics of competition. Havard Businnes Review,
Boston v. 76, n. 6, p.77-90, Nov./Dec.1998.
_____________E.Competição, on competition: estratégias competitivas essenciais, Rio de
Janeiro: Campus, 1999.
PRAHALAD, Coimbatore. K;RAMASWAMY, Venkat. O futuro da competição: como
desenvolver diferenciais inovadores em parcerias com clientes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
18. PUGA, Fernando Pimentel. Alternativas de apoio a MPMES localizadas em arranjos
produtivos locais. In: BNDES-Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social, Rio de
Janeiro, n.99, 2003.
SAMPAIO, Rafael Santos. Estratégias para a superação de problemas locais à Vila do
Abraão e sua relação com o desenvolvimento sustentável do turismo
.2005.Dissertação(Mestrado)- Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas,
Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro.
SANCHS, Ignacy. Inclusão social pelo trabalho: desenvolvimento humano, trabalho decente e
o futuro dos empreendedores de pequeno porte. Rio de Janeiro: Garamont, 2003.
SANTOS, Carlos Honorato Schuch( org.) e BASSANESI, Magda Medianeira Reginato.
Turismo e redes: um novo caminho para a organização no início do século XXI- Caxias do Sul ,
RS: Educs, 2010.
SCHMITZ,H. On clustering of small firms. IDS Bulletin, v, 23, n, 3, p.64-69, July 1992.
SEBRAE. Metodologia de desenvolvimento de arranjos produtivos locais. Projeto
Promos/Sebrae/BID. Brasília: Sebrae, 2004.
SOUZA, Camila Magalhães.Perspectivas Teóricas para o Estudo das Redes de Cooperação
Interempresariais . In: TEXEIRA, Francisco. Org. Gestão de redes de cooperação
interempresariais : em busca de novos espaços para o aprendizado e a inovação. Salvador, BA:
Casa da Qualidade, 2005.
TEXEIRA, Francisco. Org. Gestão de redes de cooperação interempresariais : em busca de
novos espaços para o aprendizado e a inovação. Salvador, BA: Casa da Qualidade, 2005.
THOMAZI, Silvia Maria. Cluster de Turismo : Introdução ao estudo do arranjo produtivo
local . São Paulo : Aleph, 2006- ( Série turismo) .
TROMBIN, Vinicius G.; SCARE, Roberto F; CALEMI, Julia B., Kurihara, Mirela T.
MARKESTRAT – Plano de Melhoria Competitividade do APL de Turismo da Costa do
Cacau.Ribeirão Preto: 2009, p.102. Relatório Final.
VARGAS,Marco Antônio. Aspectos conceituais e metodológicos na análise de arranjos e
sistemas produtivos e inovativos locais . Nota técnica1. UFSC/Neitec, 2003.
VERSCHOORE, Jorge.O Programa Redes de Cooperação no Rio Grande do Sul. In:XXVII
Encontro da ANPAD, 2003, Atibaia-SP.Kit Enanpad,2003.
VERSCHOORE FILHO, Jorge R. S. Redes de Cooperação Interoganizacionais: A
identificação de atributos e benefícios para um modelo de gestão.2006.Tese(Doutorado)-
Administra da Universidade Federal do Rio Grande do Sul -, Rio Grande do Sul.