1. EIXO I
OFICINA 3: FUNDAMENTOS
METODOLÓGICOS DO PROGRAMA
• Elizabeth Matos Ribeiro
• Márcia Rangel
2. OBJETIVOS DA OFICINA:
Apresentar a Estrutura Pedagógica do Curso;
Apresentar e discutir os Fundamentos
Metodológicos que orientarão o Programa e
o Curso.
3. Objetivos do Curso
• Realizar o aperfeiçoamento dos gestores municipais
que integram as zonas turísticas do estado da Bahia
com base na concepção de trabalho e educação
colaborativa;
• Desenvolver competências individuais e
organizacionais nas áreas de planejamento,
elaboração, gestão, monitoramento e avaliação de
projetos, controle, captação de recursos, contratos e
convênios e prestação de contas com ênfase em
turismo.
4. Estrutura Pedagógica do Curso
O curso está estruturado em Quatro Eixos de
Aprendizagem, integrados e articulados entre si.
Essa estrutura pedagógica tem por objetivo possibilitar
aos Secretários e Gestores municipais de turismo uma
formação socioprofissional reflexiva que os permita
estabelecer uma afinidade positiva e proativa entre
teoria-prática-teoria-prática (Schon, 1995).
5. PERCURSO PEDAGÓGICO DO CURSO:
Uma reflexão à luz da análise do Diagnóstico
das Lacunas de Competências Individuais
6. EIXO DE APRENDIZAGEM I
SENSIBILIZAÇÃO, COMPROMETIMENTO E PLANEJAMENTO DO
CURSO
ATIVIDADES
Oficina 1 - Sensibilização e mobilização dos participantes
Seminário de Abertura - Turismo Sustentável
Oficina 2 - Fundamentos Metodológicos do Programa
Oficina 3 – Metodologia de Governança de Redes de
Cooperação
Oficina 4 - Metodologia de Mapeamento de Competências
Individual e Organizacional
7. EIXO DE APRENDIZAGEM II
TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA BRASILEIRA E AS SINGULARIDADES DA GESTÃO
MUNICIPAL COM ENFASE NO TURISMO
ATIVIDADES
Seminário 2 - Cenários e Desafios da Administração
Pública Brasileira e Baiana com Ênfase na Gestão do
Turismo
Oficina 1- Conceitos Fundamentais do Turismo
Oficina -2 - Lei Geral do Turismo e Lei Estadual do
Turismo – com ênfase nos princípios e diretrizes para a
consolidação da gestão descentralizada do turismo
8. EIXO DE APRENDIZAGEM III
NOVOS PROCESSOS E INSTRUMENTOS DE GESTÃO PÚBLICA
ATIVIDADES
Oficina – 1 - Planejamento Estratégico, Planejamento
Governamental e Orçamentação
Oficina - 2- Monitoramento e Avaliação de Políticas na área
de turismo
Oficina - 3- Elaboração e Gestão de Projetos
Oficina 4 - Convênios e Contratos: celebração, execução e
prestação de contas com ênfase em captação de recursos
(SICONV)
9. EIXO DE APRENDIZAGEM IV
REDE DE INOVAÇÃO EM GESTÃO DE TURISMO
ATIVIDADES
Oficina 1 – Aprendizagem e Inovação como Atributos
Essenciais para a Modernização da Gestão Publica
Municipal
Oficina 2 - Estudos de Boas Práticas em Gestão do
Turismo
Oficina 3 – Orientação para o desenvolvimento dos
Projetos/Planos de Gestão de Turismo-PGTs
Seminário 3 – Apresentação dos Projetos/Planos de
Gestão de Turismo-PGTs (Encerramento do curso)
Será publicado Livro com os resultados dos PGTs
10. Metodologias Orientadoras da Execução
do Curso
• Atividades expositivas – seminários e oficinas presenciais:
serão utilizadas para contextualizar os conteúdos do curso, de
modo a mobilizar as estruturas mentais dos alunos-gestores
para que estes operem (a gestão pública do turismo) com base
nos conceitos apresentados e discutidos durante o curso;
• Atividades práticas – oficinas presenciais: serão aplicados
exercícios práticos para oportunizar aos alunos-gestores
identificar nos processos de trabalho da gestão pública os
conhecimentos prévios que podem mediar uma compreensão
crítica e contextualizada de suas práticas profissionais, através
do domínio de conceitos e métodos administrativos;
11. Metodologias Orientadoras das
Atividades do Curso
• Atividades reflexivas (presenciais e à distância): serão discutidas
situações concretas (com base em estudos de casos e boas práticas
de gestão do turismo) com o objetivo de consolidar os
conhecimentos adquiridos e as habilidades desenvolvidas no
incremento de conteúdos, praticas profissionais e novas
metodologias de aprendizagem em gestão pública;
• Atividades com base em metodologias de análise e resolução de
problemas: serão desenvolvidas/adaptadas metodologias que
ajudem os alunos-gestores a desenvolver competências para a
análise e resolução de problemas (reais), mobilizando-os para a
busca de soluções utilizando os conceitos estudados e as práticas
realizadas durante o curso;
12. Metodologias Orientadoras das
Atividades do Curso
• Atividades práticas (laboratoriais): serão realizadas
atividades práticas com ênfase no SICONV – sistema
de convênios do Governo Federal.
13. Sistemática de Avaliação do Curso
PARTICIPAÇÃO NAS ATIVIDADES:
• Frequência mínima de 75% nas aulas presenciais e nas
atividades a Distância (AVA).
AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM:
• A avaliação de aprendizagem dos alunos-gestores nas
seguintes atividades: participação nas atividades
indicadas no AVA (fóruns) e elaboração dos PGTs
(trabalho final do curso).
14. DÚVIDAS SOBRE O PROJETO PEDAGÓGICO?
Solicitar informações adicionais via Portal
(AVA) ou nos próximos encontros presenciais
19. As Andorinhas, a Aprendizagem e o Verão
Andorinha voa veloz
Voa mais do que minha voz
Andorinha faz a canção
Que eu não fiz
Andorinha voa feliz
Tem mais força que minha mão
Mas sozinha não faz verão...
A andorinha voou, voou
Fez um ninho no meu chapéu
E um buraco bem no meio do céu
E lá vou eu como passarinho
Sem destino nem sensatez
Sem dinheiro nem pra um pastel chinês.
A andorinha voou, voou,
Fez um ninho na minha mão
E um buraco bem no meu coração
E lá vou eu como um passarinho
Como um bicho que sai do ninho
Sem vacilo nem dor na minha vez
(Voa Bicho, de Milton Nascimento)
20. • As andorinhas costumam voar juntas, em
grupos de até 200 mil pássaros, em busca de
calor
• A andorinha carrega consigo forte correlação
com o conceito de:
• Grupo (como ícone/imagem)
• Mudança (como índice/indicação)
• Migração (como símbolo/sinal/idéia)
• As práticas e conhecimentos, as experiências e
seus significados durante a viagem são
compartilhados pelo grupo, contribuindo para a
construção da identidade de:
• Cada andorinha
• Identidade do grupo
21. • O QUE É VER-SE COMO SUJEITO-ANDORINHA?
• EM QUE MEDIDA A EXPERIÊNCIA DAS
ANDORINHAS ILUSTRA NOSSA TRAJETÓRIA
DE APRENDIZAGEM INDIVIDUAL,
ORGANIZACIONAL E SOCIAL?
• COMO SE PROMOVE A APRENDIZAGEM
COLABORATIVA DAS ANDORINHAS?
• PODEMOS NOS CONSIDERAR, ENTÃO, COMO
SUJEITOS-ANDORINHAS?
22. O QUE É VER-SE COMO SUJEITO-ANDORINHA?
• Reconhecer que vivemos em grupos, que somos parte de diferentes
comunidades nas quais interagimos, compartilhamos práticas e
conhecimentos, que vivemos experiências e emoções, que vamos
construindo nossa identidade enquanto indivíduos e em relação a das
comunidades das quais participamos;
• Que somos sujeitos-andorinhas que se envolvem e experienciam
diferentes percursos, simultaneamente e com dinâmica e tempos
próprios, em diferentes grupos sociais ou comunidades;
• Que os processos de migração (transnacionais que fazem as
andorinhas todos os anos) quase sempre assincrônicos podem
desencadear inovação profissional, organizacional e social
23. O QUE É VER-SE COMO SUJEITO-ANDORINHA?
• É perceber-se como co-autor de processos de
mudanças (atitudes);
• É compreender-se em processos migratórios, em
transição, em transformação permanente;
• É ver-se como produto perenemente inacabado
de conhecimento e do conhecimento.
24. EM QUE MEDIDA A EXPERIÊNCIA DAS
ANDORINHAS ILUSTRA NOSSA TRAJETÓRIA
DE APRENDIZAGEM INDIVIDUAL,
ORGANIZACIONAL E SOCIAL?
Como aves migratórias, ao viajarem, as andorinhas levam
consigo o que viveram no lugar de onde partiram, vivem
ao viajar, encontram outro lugar, outras vivências.
Vão em grupo, enfrentam juntas os desafios da viagem,
chegam juntas ao novo contexto.
Ao chegarem, influenciam esse novo contexto e são
influenciadas por ele.
Sinalizam a chegada do verão, inspiram outros sujeitos a
voar, a sair do ninho, a abrir-se para a nova estação.
25. COMO SE PROMOVE A APRENDIZAGEM
COLABORATIVA DAS ANDORINHAS?
• Não há uma receita.
• Não é possível definir ingredientes mínimos.
• Acontece como um turbilhão que vai ganhando força e
alcança uma “significatividade retrospectiva” (olhando o
passado enquanto se lança ao futuro, como na imagem
reproduzida no ‘Anjo de Baudelaire”).
• O processo de desencadeamento da aprendizagem não é
previsível, não é fruto de planejamento, envolve micro-fenômenos
comportamentais e cognitivos.
• A aprendizagem acontece em um tempo-espaço que lhe
confere significado á medida que se desenvolve.
26. COMO SE PROMOVE A APRENDIZAGEM
COLABORATIVA DAS ANDORINHAS?
• A aprendizagem vai ganhando autoreferencialidade
entrópica que é necessária no momento da concatenação
dos micro-fenômenos.
• Quais os desafios a superar no processo de
aprendizagem?
• Equilibrar momentos de entropia necessária
(discordância/negação)
• Com momentos de abertura necessária
(concordância/aceitação)
• Esse equilíbrio desencadeia processos de aprendizagem
significativa e significada, ancorada na realidade mas não
restrita a ela.
27. O QUE É APRENDIZAGEM? COMO COMPREENDER O
SIGNIFICADO DA APRENDIZAGEM NO PROCESSO DE
CAPACITAÇÃO DOS GESTORES DE TURISMO?
• A aprendizagem tem caráter prático e social.
• A aprendizagem é um processo continuo (embora não
cumulativo e não linear).
• Não se trata, pois, de somar experiências, justapor e
armazenar conhecimento; trata-se de APRENDER,
ESQUECER, ATRIBUIR e REDEFINIR SIGNIFICADOS E
SENTIDOS as coisas e fatos.
• Aprendemos todo o tempo, construímos novos saberes
enquanto esquecemos outros. (DE HOLAN: PHILIPS, 2006)
28. Tecendo a Manhã
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
João Cabral de Melo Neto
29. “Ninguém educa ninguém, ninguém
educa a si mesmo, os homens educam-se
entre si, mediados pelo mundo”
(FREIRE, 1987: 52).
30. COMO IMPLICAR (COMPROMETER) O GESTOR
PÚBLICO NO SISTEMA DE EDUCAÇÃO
COLABORATIVA?
• É na apropriação de habilidades e conhecimentos
socialmente disponíveis que as funções
psicológicas do homem são construídas, ou seja,
o homem se faz somente na interação com os
outros ;
• As pessoas são capazes de aprender coisas novas,
quando ajudadas por outros, entretanto, não
conseguem êxito nessa tarefa quando dispõem
apenas dos seus próprios meios;
31. COMO IMPLICAR O GESTOR PÚBLICO NO
SISTEMA DE EDUCAÇÃO COLABORATIVA?
• Só quando o ser humano interage com o outro é que
os seus processos internos são despertados.
• Nessa noção fundamenta-se, pois, a ênfase que será
dada no curso ao conceito e práticas de educação
colaborativo; o que implica dizer que o processo de
aprendizagem proposto está na riqueza da
descoberta e na necessidade da mediação;
32. Quais as Diretrizes da Capacitação
Colaborativa?
• Valorizar as experiências dos Aprendizes;
• Respeitar as diferenças de ritmo e estilo de aprendizagem dos
estudantes e do grupo, considerando suas características
individuais e contexto sócio-cultural;
• Criar situações de aprendizagem com caráter vivencial, lúdico
e problematizador;
• Organizar as condições de ensino articulando todos os
componentes curriculares;
• Criar situações que ajudem a identificar os pontos críticos em
que cada profissional, organização e conjunto de
organizações (Zonas Turísticas) precisam investir nas
competências individuais, profissionais e organizacionais.
33. Síntese do Processo de Aprendizagem
Colaborativa
POTENCIALIDADE GRUPO
POTENCIALIDADE INDIVIDUAL
35. Aprendemos que:
1. A educação colaborativa é uma atividade de aprendizagem em
grupo, organizada de tal maneira que o aprender seja dependente
da troca de informações socialmente estruturada entre os
aprendizes em grupos e, na qual, cada aluno é responsável por sua
própria aprendizagem e é motivado a contribuir com a
aprendizagem dos outros. (Olsen e Kagan, 1997);
2. O trabalho colaborativo depende, pois, da cooperação entre os
membros da equipe; por conseguinte uma subordinação da
colaboração à cooperação (Cord, 2000)
3. A aprendizagem colaborativa é baseada em conceitos mais
profundos que englobam “questões teóricas, políticas e filosóficas
tais como a natureza do conhecimento como uma construção social”
(Mattheus et. alli., 2004)
36. 4. A aprendizagem colaborativa é uma atividade coordenada,
sincronizada, resultado de um esforço continuado de construir e
manter uma concepção compartilhada de um problema
(Dillenbourg, 1996);
5. Na colaboração todos trabalham em conjunto, sem distinções
hierárquicas , em um esforço coordenado, a fim de alcançarem o
objetivo ao qual se propuseram (Larocque e Faucon, 1997)
37.
38. Se a nota dissesse:
“Não é uma nota que faz uma música”,
... não haveria sinfonia.
Se a palavra dissesse:
“Não é uma palavra que pode fazer uma página”,
... não haveria livro.
Se a pedra dissesse:
“Não é uma pedra que pode montar uma parede”,
.. não haveria casa.
Se a gota dissesse:
“Não é uma gota d´água que pode fazer um rio”,
... não haveria oceano.
39. Se o grão de trigo dissesse:
“Não é um grão de trigo que pode semear um campo”,
... não haveria colheita.
Se o homem dissesse:
“Não é um gesto de amor que pode salvar a humanidade,
jamais haveria justiça e paz, dignidade e felicidade
na terra dos homens”.
Como a sinfonia precisa de cada nota,
como o livro precisa de cada palavra,
como a casa precisa de cada pedra,
como o oceano precisa de cada gota d´água,
como a colheita precisa de cada grão de trigo,
a humanidade inteira precisa de você.
Onde estiver, você é único, portanto, insubstituível!
O que está esperando para se comprometer?