SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 7
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
APS
ANA CAROLINA DE GUSMÃO
POLITICAS NACIONAL DE NUTRIÇÃO
VOLTADAS À SAÚDE DA MULHER
BELÉM
2015
ANA CAROLINA DE GUSMÃO
POLITICAS NACIONAL DE NUTRIÇÃO
VOLTADAS À SAÚDE DA MULHER
Trabalho sobre a Política Nacional de
nutrição voltada à saúde da mulher
apresentado à disciplina Políticas de
Nutrição Alimentação em saúde II,
ministrada pela professora Zilma Ferreira,
para obtenção de nota em avaliação
bimestral.
BELÉM
2015
INTRODUÇÃO
Segundo o ministério da saúde os riscos nutricionais, de diferentes categorias e
magnitudes, permeiam todo o ciclo da vida humana, desde a concepção até a senectude,
assumindo diversas configurações epidemiológicas em função do processo
saúde/doença de cada população
Lei 8.080/90 instituiu o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de
ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais,
estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
poder público. A iniciativa privada participa do Sistema Único de Saúde em caráter
complementar
A lei 8080/90 em seu parágrafo terceiro, diz, que a alimentação é um dos
fatores que determina e dá condições para que a população possa ter saúde, e os níveis
de saúde expressam o quanto o país é organizado tanto econômica quanto socialmente.
“2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o
Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e
execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de
riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e
aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das
empresas e da sociedade.
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e
econômica do País, tendo a saúde como determinantes e
condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o
saneamento básico”
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm)
Portanto se a saúde é um direito fundamental e de todos, e se a política
nacional de nutrição foi pautada neste contexto,a mulher como cidadã brasileira está
inserida de forma holística nas ações de alimentação e nutrição adequadas, devendo
assim ter garantida a qualidade alimentar e nutricional .
DESENVOLVIMENTO
De acordo com (BRASIL,2007), existe um sistema de monitorização
nutricional o SISVAN(Sistema De Vigilância Alimentar E Nutricional),ele é
responsável por fazer a descrição contínua e a predição de tendências das condições de
alimentação e nutrição da população, e de seus fatores determinantes.
A partir deste monitoramento, o sistema de vigilância alimentar e nutricional
deve no âmbito da saúde da mulher, convergir sua atenção á gestante e no crescimento
desenvolvimento das crianças,esta atenção deverá servir de sustentação para garantir o
trabalho nas redes de serviços como postos de saúde que são responsáveis pela atenção
primária á saúde ,faz-se necessário também o monitoramento do estado nutricional dos
usuários, com fim de prevenir os efeitos que as patologias de cunho alimentar causar.
“De forma mais específica, os sistemas de informação enfocarão
aspectos ligados às práticas de aleitamento materno e aos fatores de
interferência positiva ou negativa, bem como à avaliação periódica do
estado de nutrição de alunos das escolas públicas. Configurarão,
ainda, pontos fundamentais desta diretriz o monitoramento da
produção de alimentos e a análise crítica da evolução qualitativa e
quantitativa de sua oferta e de seu consumo.”
(BRASIL,2007 P.21)
Com relação à legislação, serão reforçados, divulgados e ampliados aqueles
dispositivos que assegurem às mães condições básicas para amamentarem os seus
filhos, tais como horários e locais de trabalho compatíveis com a prática do aleitamento.
Uma referência essencial na incorporação de todas essas medidas são os diversos
códigos, regulamentos e normas, nacionais e internacionais, relativos à industrialização,
à comercialização e à propaganda de alimentos processados para uso infantil.
A política Nacional de Alimentação e nutrição implementa ações voltadas á
promoção da saúde, prevenção de doenças, vigilância sanitária entre outros serviços
que são feitos em redes,pela união estados e municípios,e por conseguinte a relação com
a implementação de programas que na maioria das vezes são de cunho
assistenciais,visando a situação de saúde da mulher.
Visando ao enfrentamento desses problemas, o Ministério da Saúde editou a
Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS 2001), que “amplia as
responsabilidades dos municípios na Atenção Básica, define 18 o processo de
regionalização da assistência, cria mecanismos para fortalecimento da gestão do SUS e
atualiza os critérios de habilitação para os estados e municípios” (BRASIL, 2001).
Ao Estado cabe respeitar, proteger e facilitar a ação de indivíduos e
comunidades em busca da capacidade de alimentar-se de forma digna, colaborando para
que todos possam ter uma vida saudável, ativa, participativa e de qualidade. Nas
situações em que seja inviabilizado ao indivíduo o acesso a uma alimentação e nutrição
digna, tais como desastres naturais (seca, enchente, etc.) ou em circunstâncias
estruturais de penúria, deve o Estado, sempre que possível em parceria com a sociedade
civil, garantir o direito humano à alimentação e nutrição adequadas. A ação do Estado,
nessas situações, deve ser sempre associada a medidas que visem prover as condições
para que indivíduos, famílias e comunidades recuperem, dentro do mais breve espaço de
tempo, a capacidade de produzir e ou adquirir sua própria alimentação.
BRAZIL,2004,p.9 afirma que:
“A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como a
relação com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições
de trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os problemas
são agravados pela discriminação nas relações de trabalho e a
sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico.
Outras variáveis como raça, etnia e situação de pobreza realçam
ainda mais as desigualdades. As mulheres vivem mais do que os
homens, porém adoecem mais freqüentemente. A vulnerabilidade
feminina frente a certas doenças e causas de morte está mais
relacionada com a situação de discriminação na sociedade do que
com fatores biológicos”
ARAÚJO,1998 in BRAZIL,2004,nos diz que”desigualdades de poder entre
homens e mulheres implicam num forte impacto nas condições de saúde destas últimas,
as questões de gênero devem ser consideradas como um dos determinantes da saúde na
formulação das políticas públicas”.
Neste contexto podemos nos deparar com a situação do nosso país, onde a
maioria das pessoas não te acesso a alimentação de qualidade e por conseguinte
situações de insegurança alimentar e nutricional são facilmente detectadas,outra questão
é a questão do preço abusivo de alimentos de qualidade, anulando o conceito de
segurança alimentar e nutricional sobre o direito humano à alimentação e soberania
alimentar.
“O direito à alimentação é parte dos direitos fundamentais da
humanidade, que foram definidos por um pacto mundial, do qual o
Brasil é signatário. Esses direitos referem-se a um conjunto de
condições necessárias e essenciais para que todos os seres
humanos, de forma igualitária e sem nenhum tipo de discriminação,
existam, desenvolvam suas capacidades e participem plenamente e
dignamente da vida em sociedade.”
(BRAZIL,2004, Princípios e Diretrizes de uma Política de Segurança
Alimentar e Nutricional,P.4).
CONSIDERAÇÕES:
É notório através da pesquisa que, as políticas de aimentação e nutrição está
fortemente atrelada à seguridade social, as ações de saúde e à integralidade que permeia
as diretrizes do SUS.Desta forma a saúde da mulher está contemplada em todas as
propostas da política em questão,cujas ações, em seu conjunto, têm impacto direto na
situação de segurança alimentar e nutricional da população. Portanto, é fundamental que
sejam construídas formas de integração entre esses sistemas, que são estratégicos para o
governo e têm fortes pontos em comum.
Segundo as literaturas disponibilizadas pelo governo Brasileiro, as desigualdades
econômicas, de gênero e étnicas, bem como o acesso diferenciado aos bens e serviços
públicos, são fatores determinantes da situação de insegurança alimentar. Para superá-
las, as políticas públicas, ou seja, as ações do governo e da sociedade de caráter público,
devem ser planejadas e implementadas de forma democrática, visando à eqüidade
econômica, social, de gênero, étnica e racial. Tanto as instituições do Estado quanto as
não-governamentais precisam desenvolver formas mais transparentes de utilização dos
recursos disponíveis. Isso significa incluir direta ou indiretamente os vários segmentos
da sociedade nas decisões que são tomadas sobre estes recursos, principalmente aqueles
setores que vivem em condições mais adversas.
.
REFERENCIAS
A LEI 8080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990, Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm Acessado em 20/05/2014 ás 21:30.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Política nacional de alimentação e nutrição / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2. ed. rev. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2007.
______, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher:
princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde,
2004
______ ,Ministério da Saude. Princípios e Diretrizes de uma Política de Segurança
Alimentar e Nutricional,Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
CONSEA Brasília, Julho de 2004.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

ALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentação
ALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentaçãoALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentação
ALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentaçãoProf. Marcus Renato de Carvalho
 
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...Conceição Amorim
 
Promoção da saúde e projeto cidade em paz
Promoção da saúde e projeto cidade em paz Promoção da saúde e projeto cidade em paz
Promoção da saúde e projeto cidade em paz Paula Oliveira
 
Politica nacional de saude integral de lesbicas gays bissexuais travestis e t...
Politica nacional de saude integral de lesbicas gays bissexuais travestis e t...Politica nacional de saude integral de lesbicas gays bissexuais travestis e t...
Politica nacional de saude integral de lesbicas gays bissexuais travestis e t...Unidade Temática T3 - blog
 
Guia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraGuia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraCarolina Sá
 
Apresentação ilacct determinantes sociais da saude no contexto do semiarido pdf
Apresentação ilacct determinantes sociais da saude no contexto do semiarido pdfApresentação ilacct determinantes sociais da saude no contexto do semiarido pdf
Apresentação ilacct determinantes sociais da saude no contexto do semiarido pdfIsrael Brandão
 
10 Passos para alimentação saudável - crianças menores de 2 anos
10 Passos para alimentação saudável - crianças menores de 2 anos10 Passos para alimentação saudável - crianças menores de 2 anos
10 Passos para alimentação saudável - crianças menores de 2 anosCecaneUFRGS
 
Caderno 05 saude integral - anexos
Caderno 05   saude integral - anexosCaderno 05   saude integral - anexos
Caderno 05 saude integral - anexosSimoneHelenDrumond
 
Caderno 05 saude integral - anexos
Caderno 05   saude integral - anexosCaderno 05   saude integral - anexos
Caderno 05 saude integral - anexosSimoneHelenDrumond
 
Protocolo de atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violência
Protocolo de atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violênciaProtocolo de atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violência
Protocolo de atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violênciaJuninho Spina
 

La actualidad más candente (20)

Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis ...
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis ...Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis ...
Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis ...
 
Txt 587316149
Txt 587316149Txt 587316149
Txt 587316149
 
ALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentação
ALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentaçãoALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentação
ALIANÇA pela Alimentação Adequada e Saudável - carta de apresentação
 
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
PROGRAMA DE ATENÇÃO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER – PAISM: entre as diretrizes n...
 
Política Nacional de Saúde LGBT
Política Nacional de Saúde LGBTPolítica Nacional de Saúde LGBT
Política Nacional de Saúde LGBT
 
Promoção da saúde e projeto cidade em paz
Promoção da saúde e projeto cidade em paz Promoção da saúde e projeto cidade em paz
Promoção da saúde e projeto cidade em paz
 
A construção do sus
A construção do susA construção do sus
A construção do sus
 
Responsabilidades alimentares
Responsabilidades alimentaresResponsabilidades alimentares
Responsabilidades alimentares
 
Politica nac prom_saude
Politica nac prom_saudePolitica nac prom_saude
Politica nac prom_saude
 
Politica nacional de saude integral de lesbicas gays bissexuais travestis e t...
Politica nacional de saude integral de lesbicas gays bissexuais travestis e t...Politica nacional de saude integral de lesbicas gays bissexuais travestis e t...
Politica nacional de saude integral de lesbicas gays bissexuais travestis e t...
 
Desigualdades no acesso a saúde
Desigualdades no acesso a saúde Desigualdades no acesso a saúde
Desigualdades no acesso a saúde
 
Guia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraGuia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileira
 
Apresentação ilacct determinantes sociais da saude no contexto do semiarido pdf
Apresentação ilacct determinantes sociais da saude no contexto do semiarido pdfApresentação ilacct determinantes sociais da saude no contexto do semiarido pdf
Apresentação ilacct determinantes sociais da saude no contexto do semiarido pdf
 
10 Passos para alimentação saudável - crianças menores de 2 anos
10 Passos para alimentação saudável - crianças menores de 2 anos10 Passos para alimentação saudável - crianças menores de 2 anos
10 Passos para alimentação saudável - crianças menores de 2 anos
 
Caderno 05 saude integral - anexos
Caderno 05   saude integral - anexosCaderno 05   saude integral - anexos
Caderno 05 saude integral - anexos
 
Caderno 05 saude integral - anexos
Caderno 05   saude integral - anexosCaderno 05   saude integral - anexos
Caderno 05 saude integral - anexos
 
MOOC - Modulo I
MOOC - Modulo IMOOC - Modulo I
MOOC - Modulo I
 
Marco EAN
Marco EANMarco EAN
Marco EAN
 
Protocolo de atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violência
Protocolo de atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violênciaProtocolo de atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violência
Protocolo de atenção integral a crianças e adolescentes vítimas de violência
 
Plano Operativo Municipal para Política LGBT de São Paulo
Plano Operativo Municipal para Política LGBT de São PauloPlano Operativo Municipal para Política LGBT de São Paulo
Plano Operativo Municipal para Política LGBT de São Paulo
 

Destacado (8)

Plan. 2
Plan. 2Plan. 2
Plan. 2
 
Apresentação1
Apresentação1Apresentação1
Apresentação1
 
A Pedagogia Cavanis - Pe. Márcio Campos
A Pedagogia Cavanis - Pe. Márcio CamposA Pedagogia Cavanis - Pe. Márcio Campos
A Pedagogia Cavanis - Pe. Márcio Campos
 
Problema 8 nascimento e crescimento final
Problema 8  nascimento e crescimento finalProblema 8  nascimento e crescimento final
Problema 8 nascimento e crescimento final
 
Palestra sobre accountable marketing
Palestra sobre accountable marketingPalestra sobre accountable marketing
Palestra sobre accountable marketing
 
Mídias2
Mídias2Mídias2
Mídias2
 
Cinco cosas importantes
Cinco cosas importantesCinco cosas importantes
Cinco cosas importantes
 
飲食店 スタンプカード
飲食店 スタンプカード飲食店 スタンプカード
飲食店 スタンプカード
 

Similar a Políticas Nacionais de Nutrição voltadas à Saúde da Mulher

Cartilha Sae2014
Cartilha Sae2014Cartilha Sae2014
Cartilha Sae2014nucane
 
Promoção da alimentação saudável - doc MS
Promoção da alimentação saudável - doc MSPromoção da alimentação saudável - doc MS
Promoção da alimentação saudável - doc MSgisa_legal
 
1740 - L - SUS - Saúde sexual e reprodutiva no brasil
1740 - L - SUS - Saúde sexual e reprodutiva no brasil1740 - L - SUS - Saúde sexual e reprodutiva no brasil
1740 - L - SUS - Saúde sexual e reprodutiva no brasilbibliotecasaude
 
Guia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraGuia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraAline Feitosa
 
Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.
Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.
Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.Luã Kramer de Oliveira
 
Ensaio-da-Segurança-Alimentar-no-Brasil
Ensaio-da-Segurança-Alimentar-no-BrasilEnsaio-da-Segurança-Alimentar-no-Brasil
Ensaio-da-Segurança-Alimentar-no-BrasilDaniel Veras, PhD
 
Livro09 2-meio ambiente saude
Livro09 2-meio ambiente saudeLivro09 2-meio ambiente saude
Livro09 2-meio ambiente saudeManim Edições
 
Politicas e programas de saude
Politicas e programas de saudePoliticas e programas de saude
Politicas e programas de saudeBruno Figueiredo
 

Similar a Políticas Nacionais de Nutrição voltadas à Saúde da Mulher (10)

Cartilha Sae2014
Cartilha Sae2014Cartilha Sae2014
Cartilha Sae2014
 
Promoção da alimentação saudável - doc MS
Promoção da alimentação saudável - doc MSPromoção da alimentação saudável - doc MS
Promoção da alimentação saudável - doc MS
 
1740 - L - SUS - Saúde sexual e reprodutiva no brasil
1740 - L - SUS - Saúde sexual e reprodutiva no brasil1740 - L - SUS - Saúde sexual e reprodutiva no brasil
1740 - L - SUS - Saúde sexual e reprodutiva no brasil
 
Guia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileiraGuia alimentar para população brasileira
Guia alimentar para população brasileira
 
Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.
Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.
Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.
 
Ensaio-da-Segurança-Alimentar-no-Brasil
Ensaio-da-Segurança-Alimentar-no-BrasilEnsaio-da-Segurança-Alimentar-no-Brasil
Ensaio-da-Segurança-Alimentar-no-Brasil
 
Livro09 2-meio ambiente saude
Livro09 2-meio ambiente saudeLivro09 2-meio ambiente saude
Livro09 2-meio ambiente saude
 
Politicas e programas de saude
Politicas e programas de saudePoliticas e programas de saude
Politicas e programas de saude
 
Cadernoteorico ean
Cadernoteorico eanCadernoteorico ean
Cadernoteorico ean
 
Aula DHANA.pptx
Aula DHANA.pptxAula DHANA.pptx
Aula DHANA.pptx
 

Políticas Nacionais de Nutrição voltadas à Saúde da Mulher

  • 1. CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS APS ANA CAROLINA DE GUSMÃO POLITICAS NACIONAL DE NUTRIÇÃO VOLTADAS À SAÚDE DA MULHER BELÉM 2015
  • 2. ANA CAROLINA DE GUSMÃO POLITICAS NACIONAL DE NUTRIÇÃO VOLTADAS À SAÚDE DA MULHER Trabalho sobre a Política Nacional de nutrição voltada à saúde da mulher apresentado à disciplina Políticas de Nutrição Alimentação em saúde II, ministrada pela professora Zilma Ferreira, para obtenção de nota em avaliação bimestral. BELÉM 2015
  • 3. INTRODUÇÃO Segundo o ministério da saúde os riscos nutricionais, de diferentes categorias e magnitudes, permeiam todo o ciclo da vida humana, desde a concepção até a senectude, assumindo diversas configurações epidemiológicas em função do processo saúde/doença de cada população Lei 8.080/90 instituiu o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo poder público. A iniciativa privada participa do Sistema Único de Saúde em caráter complementar A lei 8080/90 em seu parágrafo terceiro, diz, que a alimentação é um dos fatores que determina e dá condições para que a população possa ter saúde, e os níveis de saúde expressam o quanto o país é organizado tanto econômica quanto socialmente. “2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade. Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico” (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm) Portanto se a saúde é um direito fundamental e de todos, e se a política nacional de nutrição foi pautada neste contexto,a mulher como cidadã brasileira está inserida de forma holística nas ações de alimentação e nutrição adequadas, devendo assim ter garantida a qualidade alimentar e nutricional .
  • 4. DESENVOLVIMENTO De acordo com (BRASIL,2007), existe um sistema de monitorização nutricional o SISVAN(Sistema De Vigilância Alimentar E Nutricional),ele é responsável por fazer a descrição contínua e a predição de tendências das condições de alimentação e nutrição da população, e de seus fatores determinantes. A partir deste monitoramento, o sistema de vigilância alimentar e nutricional deve no âmbito da saúde da mulher, convergir sua atenção á gestante e no crescimento desenvolvimento das crianças,esta atenção deverá servir de sustentação para garantir o trabalho nas redes de serviços como postos de saúde que são responsáveis pela atenção primária á saúde ,faz-se necessário também o monitoramento do estado nutricional dos usuários, com fim de prevenir os efeitos que as patologias de cunho alimentar causar. “De forma mais específica, os sistemas de informação enfocarão aspectos ligados às práticas de aleitamento materno e aos fatores de interferência positiva ou negativa, bem como à avaliação periódica do estado de nutrição de alunos das escolas públicas. Configurarão, ainda, pontos fundamentais desta diretriz o monitoramento da produção de alimentos e a análise crítica da evolução qualitativa e quantitativa de sua oferta e de seu consumo.” (BRASIL,2007 P.21) Com relação à legislação, serão reforçados, divulgados e ampliados aqueles dispositivos que assegurem às mães condições básicas para amamentarem os seus filhos, tais como horários e locais de trabalho compatíveis com a prática do aleitamento. Uma referência essencial na incorporação de todas essas medidas são os diversos códigos, regulamentos e normas, nacionais e internacionais, relativos à industrialização, à comercialização e à propaganda de alimentos processados para uso infantil. A política Nacional de Alimentação e nutrição implementa ações voltadas á promoção da saúde, prevenção de doenças, vigilância sanitária entre outros serviços que são feitos em redes,pela união estados e municípios,e por conseguinte a relação com a implementação de programas que na maioria das vezes são de cunho assistenciais,visando a situação de saúde da mulher. Visando ao enfrentamento desses problemas, o Ministério da Saúde editou a Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS 2001), que “amplia as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica, define 18 o processo de regionalização da assistência, cria mecanismos para fortalecimento da gestão do SUS e atualiza os critérios de habilitação para os estados e municípios” (BRASIL, 2001). Ao Estado cabe respeitar, proteger e facilitar a ação de indivíduos e comunidades em busca da capacidade de alimentar-se de forma digna, colaborando para
  • 5. que todos possam ter uma vida saudável, ativa, participativa e de qualidade. Nas situações em que seja inviabilizado ao indivíduo o acesso a uma alimentação e nutrição digna, tais como desastres naturais (seca, enchente, etc.) ou em circunstâncias estruturais de penúria, deve o Estado, sempre que possível em parceria com a sociedade civil, garantir o direito humano à alimentação e nutrição adequadas. A ação do Estado, nessas situações, deve ser sempre associada a medidas que visem prover as condições para que indivíduos, famílias e comunidades recuperem, dentro do mais breve espaço de tempo, a capacidade de produzir e ou adquirir sua própria alimentação. BRAZIL,2004,p.9 afirma que: “A situação de saúde envolve diversos aspectos da vida, como a relação com o meio ambiente, o lazer, a alimentação e as condições de trabalho, moradia e renda. No caso das mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas relações de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho doméstico. Outras variáveis como raça, etnia e situação de pobreza realçam ainda mais as desigualdades. As mulheres vivem mais do que os homens, porém adoecem mais freqüentemente. A vulnerabilidade feminina frente a certas doenças e causas de morte está mais relacionada com a situação de discriminação na sociedade do que com fatores biológicos” ARAÚJO,1998 in BRAZIL,2004,nos diz que”desigualdades de poder entre homens e mulheres implicam num forte impacto nas condições de saúde destas últimas, as questões de gênero devem ser consideradas como um dos determinantes da saúde na formulação das políticas públicas”. Neste contexto podemos nos deparar com a situação do nosso país, onde a maioria das pessoas não te acesso a alimentação de qualidade e por conseguinte situações de insegurança alimentar e nutricional são facilmente detectadas,outra questão é a questão do preço abusivo de alimentos de qualidade, anulando o conceito de segurança alimentar e nutricional sobre o direito humano à alimentação e soberania alimentar. “O direito à alimentação é parte dos direitos fundamentais da humanidade, que foram definidos por um pacto mundial, do qual o Brasil é signatário. Esses direitos referem-se a um conjunto de condições necessárias e essenciais para que todos os seres humanos, de forma igualitária e sem nenhum tipo de discriminação, existam, desenvolvam suas capacidades e participem plenamente e dignamente da vida em sociedade.” (BRAZIL,2004, Princípios e Diretrizes de uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional,P.4).
  • 6. CONSIDERAÇÕES: É notório através da pesquisa que, as políticas de aimentação e nutrição está fortemente atrelada à seguridade social, as ações de saúde e à integralidade que permeia as diretrizes do SUS.Desta forma a saúde da mulher está contemplada em todas as propostas da política em questão,cujas ações, em seu conjunto, têm impacto direto na situação de segurança alimentar e nutricional da população. Portanto, é fundamental que sejam construídas formas de integração entre esses sistemas, que são estratégicos para o governo e têm fortes pontos em comum. Segundo as literaturas disponibilizadas pelo governo Brasileiro, as desigualdades econômicas, de gênero e étnicas, bem como o acesso diferenciado aos bens e serviços públicos, são fatores determinantes da situação de insegurança alimentar. Para superá- las, as políticas públicas, ou seja, as ações do governo e da sociedade de caráter público, devem ser planejadas e implementadas de forma democrática, visando à eqüidade econômica, social, de gênero, étnica e racial. Tanto as instituições do Estado quanto as não-governamentais precisam desenvolver formas mais transparentes de utilização dos recursos disponíveis. Isso significa incluir direta ou indiretamente os vários segmentos da sociedade nas decisões que são tomadas sobre estes recursos, principalmente aqueles setores que vivem em condições mais adversas.
  • 7. . REFERENCIAS A LEI 8080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990, Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm Acessado em 20/05/2014 ás 21:30. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Política nacional de alimentação e nutrição / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica – 2. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2007. ______, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004 ______ ,Ministério da Saude. Princípios e Diretrizes de uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional,Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, CONSEA Brasília, Julho de 2004.