Este relatório descreve um experimento de cromatografia em camada delgada realizado com amostras de paracetamol e rifampicina. Os alunos aplicaram as amostras em uma placa de sílica e calcularam os fatores de retenção para cada substância após revelação. O paracetamol teve maior afinidade com a fase móvel enquanto a rifampicina teve maior afinidade com a fase estacionária. O método permitiu separar as duas substâncias na mistura analisada.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: MÉTODOS INSTRUMENTAIS APLICADOS A ANÁLISES DE MEDICAMENTOS
DOCENTE: MARCELO VITOR DE PAIVA AMORIM
DISCENTES: KARLENE KEYLA DA SILVA RODRIGUES
LEDIANA ROCHA DA SILVA
AULA PRÁTICA:
CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA- CCD
NATAL – RN
2015
Relatório de aula prática
apresentado à disciplina de Métodos
Instrumentais Aplicados á Analise de
Medicamentos da UFRN.
2. INTRODUÇÃO
A cromatografia é um método físico-químico de separação. Ela está fundamentada na
migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes
interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária.
A cromatografia pode ser utilizada para a identificação de compostos, por comparação com
padrões previamente existentes, para a purificação de compostos, separando-se as
substâncias indesejáveis e para a separação dos componentes de uma mistura.
As diferentes formas de cromatografia podem ser classificadas considerando-se diversos
critérios:
Classificação pela forma física do sistema cromatográfico
Subdividida em Cromatografia em coluna (Cromatografia Líquida Clássica – CLC – para
isolamento de produtos naturais e purificação de produtos de reações
químicas; Cromatografia Líquida de Alta Eficiência – CLAE – para análises e separações de
uma ampla gama de compostos com alta eficiência, utilizada em análises de pesticidas,
feromônios, isolamento de produtos naturais e sintéticos e na produção e controle de
qualidade de medicamentos; Cromatografia Gasosa de Alta Resolução – CGAR – para
identificação imediata de substâncias presentes na amostra) e Cromatografia
planar (Cromatografia em Papel – CP – para a separação de compostos
polares; Cromatografia em Camada Delgada – CCD – também para a separação de
compostos polares; Cromatografia por Centrifugação – Chromatotron).
Classificação pela fase móvel empregada
Em se tratando da fase móvel, são três os tipos de cromatografia:
Cromatografia Gasosa, Cromatografia Líquida e Cromatografia Supercrítica.
Classificação pela fase estacionária utilizada
Quanto à fase estacionária, distingue-se entre fases estacionárias sólidas, líquidas e
quimicamente ligadas. No caso da fase estacionária ser constituída por um líquido, este
pode estar simplesmente adsorvido sobre um suporte sólido ou imobilizado sobre ele.
Suportes modificados são considerados separadamente, como fases quimicamente ligadas,
por normalmente diferirem dos outros dois em seus mecanismos de separação.
Classificação pelo modo de separação
Por este critério, separações cromatográficas se devem à adsorção, partição, troca iônica,
exclusão ou misturas desses mecanismos. A figura mostra um esquema dos tipos de
cromatografia.
3. OBJETIVOS
Aprender a aplicar a amostra na placa de sílica gel, aprender sobre Cromatografia de
Camada Delgada – CCD e seus cálculos de Rf (fator de retenção) e identificar as substâncias.
MATERIAL E MÉTODOS
Materiais:
Balança KAD WAG / WTB 3200
Béquer de 50 mL
Proveta de 10 mL
Placa de Petri
Béquer de 100 mL
Placa de sílica gel (polar)
Tubos de aplicação (capilares)
Métodos:
No preparo das amostras pesaram-se cada amostra separadamente. Para o padrão de
Paracetamol pesou-se 50mg, para o padrão da Rifampicina pesou-se 50mg e para a amostra
do Paracetamol + Rifampicina pesou-se 100mg e em um Béquer diluiu-se separadamente os
padrões com 10mL de etanol e para diluir a amostra utilizamos 20 mL de etanol. Utilizando
um capilar, foram aplicadas três porções da solução de pigmentos sobre uma placa de sílica
a 1,0 cm da extremidade. Para a preparação da fase móvel utilizamos uma cuba, contendo
10mL de etanol, medido com auxílio de uma proveta. Colocamos a placa na cuba, evitando
que o ponto de aplicação da amostra mergulhe no solvente. Cobriu-se o béquer com uma
placa de Petri, para evitar evaporação do solvente. Quando o solvente atingiu a outra marca
de 1,0 cm no topo da placa removemo-la e aguardamos secar. A placa foi depositada em
uma placa de Petri contendo iodo sólido, que é um revelador universal para qualquer
substancia orgânica, formando manchas marrons.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após a aplicação das amostras na placa de sílica gel e a introdução do material na cuba com
etanol, o líquido foi absorvido rapidamente [fig.2], após 20 minutos a absorção ficou mais
lenta e a mancha foi “arrastada” até a linha superior da placa de sílica gel, em seguida
retiramos a e aguardamos secar. Com ajuda de um revelador, iodo sólido, formou-se
manchas marrons [fig3].
4. Cálculo de Fator de Retenção (Rf) – [fig.4]:
X = 6,2
RfPadrão1 = 5,3/6,2 = 0,85
RfAmostra = 5,3/6,2 = 0,85
RfPadrão2 = 2,5/6,2 = 0,40
O Paracetamol tem mais afinidade com a fase móvel, pois deslocou mais e a Rifampicina tem
mais afinidade pela fase estacionária.
Figura 2: Amostras sendo
absorvidas pela placa de
sílica gel.
Figura 3: Placa de
sílica gel concluída.
Figura 4: Placa de sílica gel
e suas marcações para o
cálculode Rf.
5. CONCLUSÃO
Tendo em vista que o uso de técnica de cromatografia em separação de substâncias
orgânicas está relacionado às condições de polaridade dos compostos que a constitui, é
possível de se concluir, em vista disso que os melhores resultados são obtidos com misturas
de solventes, de modo a se obter uma polaridade média em relação à polaridade dos
componentes da amostra. Desta feita, o estudo de separação e determinação de pureza
desses compostos pode ser melhor observado com o uso de cromatografia.
REFERÊNCIAS
COLLINS, Carol H.; BRAGA, Gilberto L. e BONATO, Pierina S.. Fundamentos de Cromatografia.
1ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2006.
Site:http://vsites.unb.br/iq/litmo/LQO1_2009/Roteiro/cromatografia_em_camada
delgada_e coluna%20_LQO_1_09.pdf. Acessado em 12/04/2011.
MARAMBIO, Oscar G., Patrício F. Acuña, Guadalupe Del C. Pizarro. Métodos Experimentales
em Química Orgânica. Universidad Tecnológica Metropolitana.(2007)