1. A Comunicação Interna construindo
a imagem da empresa
Um estudo sobre a comunicação face a face
Elizabeth M. Gonçalves
Katia Perez
GT ABRAPCORP 4 – Estudos do Discurso, da
Imagem e da Identidade Organizacionais
Abril /2009
2. Introdução
• O mundo competitivo das empresas
• Vender imagem antes de produtos
• Comunicação empresarial dissemina imagens a públicos
de interesse
• Importância dos públicos internos, os “embaixadores” da
empresa
• Como as organizações, por meio da Comunicação
Interna, trabalham para a formação de imagens positivas
na cabeça de seus funcionários?
• Reflexão sobre o valor da linguagem nas relações
organizacionais, com subsídios de pesquisadores e
teóricos da comunicação organizacional e dos estudos da
linguagem
3. Imagens
• Imaginário das pessoas
• Formam-se, são reformuladas e estão em constante
mutação, de acordo com as informações recebidas e a
interpretação de cada um
• Funcionários como principais divulgadores
• Comunicação interna construir significados e
sentidos nos públicos internos da organização usando
diversos veículos e canais de comunicação
4. Olho no olho
• Comunicação formal face a face (reuniões, cafés da
manhã, apresentações, treinamentos )
• Detectado na primeira pesquisa Comunicação Interna da
Aberje (2002)
• Contexto de co-presença, caráter dialógico, multiplicidade
de deixas simbólicas (THOMPSON)
• Confiabilidade, credibilidade, agilidade (LARKIN,
MARCHIORI)
• Discursos destinados aos funcionários se apresentam
carregados de imagens positivas, ditas e mostradas, com
a intenção de influenciar seus principais públicos de
interesse.
5. Construtores de imagens
• “a linguagem verbal é apenas uma entre muitas outras”
(SANTAELLA)
• O dito e o não-dito na formação dos sentidos e das
imagens na mente dos públicos
• Fiat e a apresentação do presidente
• palavras ditas por uma figura de autoridade significam
diferente (ORLANDI)
• Pipoqueiro: figura age sobre o emocional do
funcionário (LURIA) para conquistar sua adesão na
realização de mudanças solicitadas ante quadro
negativo.
• “cortar custos”, “criar novos produtos” e “melhorar sua
eficiência” avesso do discurso (BLIKSTEIN)
6. • Nívea e o café da manhã com o presidente
• Contato com o presidente em cenário diferenciado e
decoração com orquídeas
• Dois conceitos de Maingueneau
• Cena genérica acordo tácito entre interlocutores
sobre importância do evento no ambiente de
descontração/acolhimento
• Cenografia mensagens não-ditas nas interações
ajudam a validar o ethos, a imagem do locutor
capaz de convencer ganhar confiança
• Santista e os jogos ‘sérios’ de tabuleiro
• Funcionário já carrega imagens dos interlocutores
antes dos encontros
• Jogo de imagens
• Na comunicação face a face tais imagens podem ser
confirmadas ou reconstruídas
• Dialogismo e polifonia (BAKHTIN) e o convencimento
sutil a fazer crer e fazer fazer (BLIKSTEIN)
7. Considerações
• Construir imagens positivas é uma necessidade e um
desafio para as empresas, e que envolve seus
funcionários
• Comunicação formal face a face, ricas em discursos não
ditos, ainda são pouco usadas apesar de sua importância
para formar:
• imagens de ética, comprometimento, transparência,
que são atributos racionais valorizados pela sociedade
e pelo mercado
• imagens emocionais que chegam aos públicos
internos - o sentimento de pertencer, de colaboração,
de orgulho - e são repassadas aos públicos externos,
provocando emoções, simpatia, afeição.
• Nesse contexto vale lembrar que tais discursos têm o seu
lado avesso (BLIKSTEIN) e que boas imagens podem
esconder uma face real, não tão agradável aos olhos.