O documento descreve os principais sistemas agrícolas, como a agricultura itinerante, camponesa, de jardinagem e plantation. Também discute a estrutura fundiária concentrada no Brasil e as precárias relações de trabalho no campo.
2. TÉCNICA AGRÍCOLA
Propriedade da terra: pequenas, médias e
grandes propriedades.
Nível tecnológico: uso intensivo de maquinas,
produtos orgânicos, braçal....
Relações de trabalho: parceria, arrendamento,
trabalhador rural, meeiro.
Destino da produção: mercado local, regional,
nacional ou internacional.
3. SISTEMAS AGRÍCOLAS
É o modo como os produtores realizam a atividade agrícola em uma
determinada área. Os sistemas agrícolas são classificados em:
Agricultura itinerante
Agricultura camponesa
Agricultura de jardinagem
Plantation
Sistemas coletivistas
Moderna empresa agrícola
4. AGRICULTURA ITINERANTE
Baixo nível tecnológico.
Técnicas tradicionais, como a coivara (queimada).
Falta de conservação do solo.
Escassez de capital para investimentos.
Produção voltada para a subsistência.
Organização familiar.
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6. AGRICULTURA CAMPONESA
Principal fundamento é o trabalho não-
assalariado.
Relações de trabalho não capitalistas: pequenas
propriedades, parcerias e arrendamento.
Falta de investimentos e apoio do governo.
Baixa produtividade.
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8. AGRICULTURA DE JARDINAGEM
Característica do Sudeste Asiático e Extremo Oriente.
China, Indonésia, Tailândia, Malásia, Japão, entre outros.
Utilização intensiva de mão-de-obra.
Produção voltada ao mercado interno.
Utilização de pequenos espaços e toda e qualquer área onde
é possível produzir alimentos.
Necessidade de gerar emprego para a população rural.
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10. PLANTATION
Característica do processo de colonização.
Grandes propriedades rurais.
Monocultura de exportação.
Mão-de-obra assalariada de baixo custo.
Sistema predominante na América Latina, África
e Ásia.
11. PLANTATION
Baixo investimento em tecnologia.
Enriquecimento dos grandes proprietários rurais
e empobrecimentos dos trabalhadores rurais.
Emergência de conflitos no campo.
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13. SISTEMAS COLETIVISTAS
Ocorreu nos antigos países socialistas: URSS,
China, entre outros.
Sociedades primitivas.
Período recente: Israel.
Kibutz: a propriedade e o trabalho da terra são
coletivos. Da mesma forma, o dinheiro da venda
da produção é dividido com a comunidade.
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15. MODERNA EMPRESA AGRÍCOLA
Alto grau de capitalização e organização
empresarial.
Estados Unidos, Canadá, União Européia, Brasil,
Argentina, entre outros.
Produção voltada ao mercado internacional, ex:
soja, milho, algodão, trigo, frutas.
Venda na Bolsa de Mercadorias de Chicago.
16. MODERNA EMPRESA AGRÍCOLA
Mecanização intensa.
Biotecnologia/ produtos transgênicos.
Interesses especulativos de grandes empresas.
Dificuldades de pequenos e médios agricultores
em competir no mercado internacional nesse
segmento.
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18. ATIVIDADES AGRÍCOLAS NA NOVA
DIT
Divisão Internacional do Trabalho.
Países centrais: produção baseada na utilização
de modernas tecnologias, elevado padrão de vida
dos agricultores e organização do setor
(Protecionismo).
Países periféricos e semi-periféricos: baixa
qualidade de vida da população rural,
dificuldades em suprir as necessidades de
alimentação da população local, conflitos e
diferentes sistemas agrícolas.
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20. AS ATIVIDADES RURAIS NO BRASIL
País de população predominantemente urbana.
Um dos maiores produtores agrícolas mundiais.
A agricultura ainda é um setor importante na
economia brasileira (commodities).
Geração de pouco emprego no campo.
21. AS ATIVIDADES RURAIS NO BRASIL
A agricultura responde por 10% do PIB, porém, a
participação do setor tem aumentado nos últimos
anos.
Grande parte da agricultura está atrelada a
agentes econômicos urbanos (bancos, indústrias
alimentícias, entre outras).
Produtos de exportação: soja, fumo, algodão,
cana-de-açúcar, carne, frutas tropicais, laranja,
entre outros produtos.
22. AS ATIVIDADES RURAIS NO BRASIL
Expansão do agronegócio em áreas de fronteira
agrícola ou de sistemas agrícolas menos
produtivos.
Proálcool (fonte energética).
Forte concentração da propriedade da terra.
Manutenção da precariedade das relações de
trabalho e condições de vida na zona rural.
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25. A ESTRUTURA FUNDIÁRIA
1970: criação do INCRA (Instituto de Colonização
e Reforma Agrária).
Colonização da Amazônia.
Minifúndio: a propriedade é inferior a um módulo
rural (quantidade de terra necessária para um
trabalhador e sua família se sustentarem).
O módulo rural varia de uma região para outra.
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27. A ESTRUTURA FUNDIÁRIA
Latifúndio por dimensão: 600 vezes maior que o módulo rural da
região, não importando se é ou não explorado.
Latifúndio por exploração: propriedade entre 1 e 600 vezes o
módulo rural, mas não totalmente explorada.
Empresa rural: propriedade entre 1 e 600 vezes o módulo rural,
mas é bem aproveitada economicamente.
1,4% dos proprietários de terras detêm metade da área rural do
Brasil.
32% possuem apenas 1,4% das terras.
Estrutura fundiária concentrada na modalidade latifúndio.
28. FORMAÇÃO DA ESTRUTURA
FUNDIÁRIA
Conseqüência do processo de colonização.
Latifúndio: origem nas sesmarias.
1850: Lei de Terras (instituição da propriedade
privada da terra no Brasil).
Processo de expansão da fronteira agrícola reproduziu
a concentração fundiária.
Expansão dos conflitos pela posse e propriedade da
terra.
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30. AS RELAÇÕES DE TRABALHO NO
CAMPO
As relações de trabalho no campo se diferenciam
de acordo com o tipo de produção.
Pode-se verificar também mudanças nos tipos de
relação de trabalho de acordo com a região.
Região Sudeste: territorialização do capital.
Expulsão dos pequenos proprietários e expansão
da cana-de-açúcar e laranja (moderna
agricultura).
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32. AS RELAÇÕES DE TRABALHO NO
CAMPO
Região Sul: predomínio dos pequenos produtores, porém,
atrelados a grandes empresas (fumo, suínos, aves).
Regiões Norte e Nordeste: bolsões de pobreza em meio a
latifúndios.
Região Centro-Oeste: pouca geração de emprego em um
região aonde o agronegócio é a principal atividade
econômica.
Migrações motivadas por atividades rurais: bóias-frias.
A maioria dos trabalhadores não tem estabilidade, nem
garantia de direitos trabalhistas.