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Iluminismo

1

Iluminismo
[1]

História da filosofia
ocidental
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Filosofia renascentista
Filosofia do século XVII
Iluminismo
Filosofia do século XIX
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Veja também:
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Filosofia judaica

Iluminismo, Esclarecimento ou Ilustração (deriva do latim iluminare, em alemão Aufklärung, em inglês
Enlightenment, em italiano Illuminismo, em francês Siècle des Lumières ou illuminisme e em espanhol Ilustración)
são termos que designam um dos mais importantes e prolíficos períodos da história intelectual e cultural ocidental.

Definição
Ainda que importantes contemporâneos venham ressaltando as origens do Iluminismo no século XVII tardio,[2] não
há consenso abrangente quanto à datação do início da era do Iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente
utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das
Luzes . [3] O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras
Napoleônicas (1804-1815).[4]
Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas,correntes intelectuais e
atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos micro-iluminismos, diferenciando especificidades temporais,
Iluminismo

2

regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio, Iluminismo escocês e Iluminismo católico.
O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação.
Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar
este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das
capacidades humanas e do engajamento político-social.[5] Immanuel Kant, um
dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito
precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de
maneira lapidar a mencionada atitude:
"O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma
tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são
aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria
razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da
própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do
Immanuel Kant.
entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer
uso do entendimento independentemente da direção de outrem.
Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".[6]

As fases do Iluminismo
Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos
princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo
humano.[7] Supunham poder contribuir para o progresso da
humanidade e para a superação dos resíduos de tirania e
superstição que creditavam ao legado da Idade Média. A maior
parte dos iluministas associava ainda o ideal de conhecimento
crítico à tarefa do melhoramento do estado e da sociedade.
O uso do termo Iluminismo na forma singular justifica-se,
contudo, dadas certas tendências gerais comuns a todos os
iluminismos, nomeadamente, a ênfase nas ideias de progresso e
perfectibilidade humana, assim como a defesa do conhecimento
racional como meio para a superação de preconceitos e ideologias
tradicionais.

Frontispício da Encyclopédie (1772), desenhado por
Charles-Nicolas Cochin e gravado por
Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada
de simbolismo: a figura do centro representa a verdade
– rodeada por luz intensa (o símbolo central do
iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a
filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade.

Entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII,
a principal influência sobre a filosofia do iluminismo proveio das
concepções mecanicistas da natureza que haviam surgido na
sequência da chamada revolução científica do século XVII. Neste
contexto, o mais influente dos cientistas e filósofos da natureza foi
então o físico inglês Isaac Newton. Em geral, pode-se afirmar que
a primeira fase do Iluminismo foi marcada por tentativas de
importação do modelo de estudo dos fenômenos físicos para a
compreensão dos fenômenos humanos e culturais.
No entanto, a partir da segunda metade do século XVIII, muitos
pensadores iluministas passaram a afastar-se das premissas
mecanicistas legadas pelas teorias físicas do século XVII,
Iluminismo

3

aproximando-se então das teorias vitalistas que eram desenvolvidas pelas nascentes ciências da vida.[8] Boa parte das
teorias sociais e das filosofias da história desenvolvidas na segunda metade do século XVIII, por autores como Denis
Diderot e Johann Gottfried von Herder, entre muitos outros, foram fortemente inspiradas pela obra de naturalistas
tais como Buffon e Johann Friedrich Blumenbach.

Os Iluminismos Regionais
Alemanha
No espaço cultural alemão, um dos traços distintivos do Iluminismo (Aufklärung) é a inexistência do sentimento
anticlerical que, por exemplo, deu a tônica ao Iluminismo francês. Os iluministas alemães possuíam, quase todos,
profundo interesse e sensibilidade religiosas, e almejavam uma reformulação das formas de religiosidade. O nome
mais conhecido da Aufklärung foi Immanuel Kant. Outros importantes expoentes do iluminismo alemão foram:
Johann Gottfried von Herder, Gotthold Ephraim Lessing, Moses Mendelssohn, entre outros.

Escócia
A Escócia, curiosamente um dos países mais pobres e remotos da Europa
ocidental no século XVIII, foi um dos mais importantes espaços de produção
de idéias associadas ao Iluminismo. Empirismo e pragmatismo foram as
tendências mais marcantes do Iluminismo Escocês. Dentre os seus mais
importantes expoentes destacam-se, entre outros: Adam Ferguson, David
Hume, Francis Hutcheson, Thomas Reid, Adam Smith.

Estados Unidos
Nas colônias britânicas que formariam os futuros Estados Unidos da América,
os ideais iluministas chegaram por importação da metrópole, mas tenderam a
ser redesenhados com contornos religiosa e politicamente mais radicais.
Idéias iluministas exerceram uma enorme influência sobre o pensamento e
prática política dos chamados founding fathers (pais fundadores) dos Estados
Unidos, entre eles:John Adams, Samuel Adams, Benjamin Franklin, Thomas
Jefferson, Alexander Hamilton e James Madison.

França

David Hume, retratado por Allan
Ramsey, 1766.
Iluminismo

4

Na França, país de tradição católica, mas onde as correntes protestantes,
nomeadamente os huguenotes, também desempenharam um papel
dinamizador, havia uma tensão crescente entre as estruturas políticas
conservadoras e os pensadores iluministas. Rousseau, por exemplo, originário
de uma família huguenote e colaborador da Encyclopédie, foi perseguido e
obrigado a exilar-se na Inglaterra. O conflito entre uma sociedade feudal e
católica e as novas forças de pendor protestante e mercantil, irá culminar na
Revolução Francesa. Madame de Staël, com o seu salão literário, onde
avultam grandes nomes da vida cultural e política francesa, será uma grande
referência.Voltaire é retratado como um dos maiores filósofos iluministas da
história.
Voltaire, retratado por Nicolas de
Largillière, 1718.

Inglaterra
Na Inglaterra, a influência católica havia sido definitivamente afastada do poder político em 1688, com a Revolução
Gloriosa. A partir de então, nenhum católico voltaria a subir ao trono - embora a Igreja da Inglaterra tenha
permanecido bastante próxima do Catolicismo em termos doutrinários e de organização interna. Sem o controle que
a Igreja Católica exercia em outras sociedades, a exemplo da espanhola ou a portuguesa, é no Reino Unido que
figuras como John Locke e Edward Gibbon dispõem da liberdade de expressão necessária ao desenvolvimento de
suas idéias.

Espaço luso-brasileiro
Em Portugal, uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal.
Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o
primeiro-ministro de Portugal ali teria recolhido as referências que marcaram
a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês
de Pombal foi um marco na história portuguesa, contrariando o legado
histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo
da sociedade inglesa. Entretanto, Portugal mostrara-se por vezes hostil à
influência daqueles que em Portugal eram chamados pejorativamente de
estrangeirados - fato pretensamente relacionado à influência Católica.
Nas colônias americanas do Império Português, foi notável a influência de
ideais iluministas sobre os escritos econômicos tanto de José de Azeredo
Coutinho quanto de José da Silva Lisboa. Também se podem considerar como
"iluministas" diversos dos intelectuais que participaram de revoltas
Marquês de Pombal.
anticoloniais no final do século XVIII, tais como Cláudio Manoel da Costa e
Tomás Antônio Gonzaga. No Brasil, tomou decisões muito importantes como
a extinção das capitanias hereditárias, proibição de outras línguas e dialetos, sendo apenas permitido o português e a
mudança da capital da colônia de Salvador para Rio de Janeiro.
Iluminismo

5

A Crítica ao Mercantilismo
Toda a estrutura política e social do absolutismo foi violentamente atacada pela revolução intelectual do Iluminismo.
O mercantilismo, doutrina econômica típica da época, também foi condenado e novas propostas, mais condizentes
com a nova realidade do capitalismo, foram teorizadas. Os primeiros contestadores do mercantilismo foram os
fisiocratas. Para os fisiocratas, a riqueza viria da natureza, ou seja, da agricultura, da mineração e da pecuária. O
comércio era considerado uma atividade estéril, já que não passava de uma troca de riquezas. Outro aspecto da
fisiocracia contrariava o mercantilismo: os fisiocratas eram contrários à intervenção do Estado na economia. Esta
seria regida por leis naturais, que deveriam agir livremente. A frase que melhor define o pensamento fisiocrata é:
Laissez faire, laissez passer (Deixai fazer, deixai passar). A fisiocracia influenciou pensadores como Adam Smith,
pai da economia clássica. A economia política como ciência autônoma não existia naquela época. O pensamento
econômico era fruto do trabalho assistemático de intelectuais, que ocasionalmente se interessavam pelo problema:
um dos principais teóricos da escola fisiocrata era um médico, François Quesnay.

Impacto
O Iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política
e intelectual da maior parte dos países ocidentais. A época
do Iluminismo foi marcada por transformações políticas tais
como a criação e consolidação de estados-nação, a expansão
de direitos civis, e a redução da influência de instituições
hierárquicas como a nobreza e a igreja.
O Iluminismo forneceu boa parte do fermento intelectual de
eventos políticos que se revelariam de extrema importância
para a constituição do mundo moderno, tais como a
Revolução Francesa, a Constituição polaca de 1791, a
Revolução Dezembrista na Rússia em 1825, o movimento
de independência na Grécia e nos Balcãs, bem como,
naturalmente, os diversos movimentos de emancipação
nacional ocorridos no continente americano a partir de
1776.

Declaracão dos Direitos do Homem e do Cidadão, França,
1789, um dos muitos documentos políticos produzidos no
século XVIII sob a inspiração do ideário iluminista

Muitos autores associam ao ideário iluminista o surgimento
das principais correntes de pensamento que caracterizariam
o século XIX, a saber, liberalismo, socialismo, e
social-democracia.

Iluministas notáveis
(ordenados por ano de nascimento)
• Bento de Espinosa (1632–1677), filósofo holandês, com ascendência judaica portuguesa. É considerado o
precursor das correntes mais radicais do pensamento iluminista. Escrito mais importante: Ética (1677).
• John Locke (1632 - 1704), filósofo inglês. Escritos mais importantes: Ensaio sobre o entendimento humano
(1689); Dois tratados sobre governo (1689).
• Montesquieu (Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu) (1689-1755), filósofo francês.
Notabilizou-se pela sua teoria da separação dos poderes do estado(Legislativo, Executivo e Judiciario), a qual
exerceu importante influência sobre diversos textos constitucionais modernos e contemporâneos. Escrito mais
importante: Do Espírito das Leis (1748).
Iluminismo

6

• Voltaire (pseudónimo de François-Marie Arouet)(1694-1778), Defendia uma monarquia esclarecida.Filósofo
francês, era deista(acreditava que para chegar a Deus não era preciso a igreja, e sim a razão). Notabilizou-se pela
sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade intelectual. Escritos mais importantes: Ensaio
sobre os costumes (1756); Dicionário Filosófico (1764)Cartas Inglesas.
• Benjamin Franklin (1706-1790), político, cientista e filósofo estadunidense. Participou ativamente dos eventos
que levaram à independência dos Estados Unidos e da elaboração da constituição de 1787.
• Buffon (Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon) (1707-1788), naturalista francês. A sua principal obra, A
história natural, geral e particular (1749–1778; 36 volumes), exerceu capital influência sobre as concepções de
natureza e história dos autores do Iluminismo tardio.
• David Hume (1711-1776), filósofo e historiador escocês.
• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo francês. Escrito mais importante: Do Contrato Social.
• Denis Diderot (1713-1784), filósofo francês. Elaborou juntamente com
D'Alembert a "Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes
e dos ofícios", composta de 33 volumes publicados, pretendia reunir todo o
conhecimento humano disponível, que tornou-se o principal vínculo de
divulgação de suas idéias naquela época. Também se dedicou à teoria da
literatura e à ética trabalhista.
• Adam Smith (1723-1790), economista e filósofo escocês. O seu escrito
mais famoso é A Riqueza das Nações.
• Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão. Fundamentou
sistematicamente a filosofia crítica, tendo realizado investigações também
no campo da física teórica e da filosofia moral.
• Gotthold Ephraim Lessing (1729–1781), dramaturgo e filósofo alemão. É
um dos principais nomes do teatro alemão na época moderna. Nos seus
escritos sobre filosofia e religião, defendeu que os fiéis cristãos deveriam
ter o direito à liberdade de pensamento.

Denis Diderot, retratado por
Louis-Michel van Loo, 1767.

• Edward Gibbon (1737–1794), historiador inglês.
• Benjamin Constant (1767–1830), político, filósofo e escritor de nacionalidade franco-suiça. Um dos pioneiros do
Liberalismo, amigo pessoal de Madame de Staël e aluno de Adam Smith e David Hume na Escócia. Constant foi
imensamente influenciado pelo Iluminismo Escocês, tanto em seu trabalho sobre Religião, quanto em seus ideais
de liberdade individual.
[1] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ Template:Histphil
[2] Israel, Jonathan (2003). Radical Enlightenment: Philosophy and the Making of Modernity, 1650-1750. (ISBN 0-19-820608-9 hardback, ISBN
0-19-925456-7)
[3] The European Enlightenment (http:/ / www. wsu. edu/ ~dee/ ENLIGHT/ PREPHIL. HTM) (1996).
[4] The Age of Enlightenment (http:/ / www. martinfrost. ws/ htmlfiles/ enlightenment_age. html) (2008).
[5] Reill, Peter Hanns (2004) "Introduction". In: Encyclopedia of the Enlightenment. Editada por Peter Reill and Ellen Wilson. New York: Facts
on File, pp. x-xi ISBN 0-8160-5335-9
[6] Kant, Immanuel (1784)carlos sds9saidgifdah. Beantwortung der Frage : Was ist Aufklärung (http:/ / de. wikisource. org/ wiki/
Beantwortung_der_Frage:_Was_ist_Aufklärung)
[7] The Age of Enlightenment (http:/ / history-world. org/ age_of_enlightenment. htm) (1992).
[8] Reill, Peter (1986). “Science and the Science of History in the Spätaufklärung”. In: Aufklärung und Geschichte. Studien zur deutschen
Geschichtswissenschaft im 18. Jahrhundert. Organizado por Hans Erich Bödecker et alli. Göttingen: Vanderhoeck & Ruprecht, pp. 430-449.
Fontes e Editores da Página

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Iluminismo
 

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  • 1. Iluminismo 1 Iluminismo [1] História da filosofia ocidental Pré-socráticos Filosofia antiga Filosofia medieval Filosofia renascentista Filosofia do século XVII Iluminismo Filosofia do século XIX Filosofia do século XX Filosofia Pós-Moderna Filosofia Contemporânea Veja também: Filosofia oriental Filosofia babilônica Filosofia indiana Filosofia iraniana Filosofia chinesa Filosofia coreana Filosofia islâmica Filosofia judaica Iluminismo, Esclarecimento ou Ilustração (deriva do latim iluminare, em alemão Aufklärung, em inglês Enlightenment, em italiano Illuminismo, em francês Siècle des Lumières ou illuminisme e em espanhol Ilustración) são termos que designam um dos mais importantes e prolíficos períodos da história intelectual e cultural ocidental. Definição Ainda que importantes contemporâneos venham ressaltando as origens do Iluminismo no século XVII tardio,[2] não há consenso abrangente quanto à datação do início da era do Iluminismo. Boa parte dos acadêmicos simplesmente utilizam o início do século XVIII como marco de referência, aproveitando a já consolidada denominação Século das Luzes . [3] O término do período é, por sua vez, habitualmente assinalado em coincidência com o início das Guerras Napoleônicas (1804-1815).[4] Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas,correntes intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos micro-iluminismos, diferenciando especificidades temporais,
  • 2. Iluminismo 2 regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio, Iluminismo escocês e Iluminismo católico. O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.[5] Immanuel Kant, um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude: "O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do Immanuel Kant. entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".[6] As fases do Iluminismo Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano.[7] Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação dos resíduos de tirania e superstição que creditavam ao legado da Idade Média. A maior parte dos iluministas associava ainda o ideal de conhecimento crítico à tarefa do melhoramento do estado e da sociedade. O uso do termo Iluminismo na forma singular justifica-se, contudo, dadas certas tendências gerais comuns a todos os iluminismos, nomeadamente, a ênfase nas ideias de progresso e perfectibilidade humana, assim como a defesa do conhecimento racional como meio para a superação de preconceitos e ideologias tradicionais. Frontispício da Encyclopédie (1772), desenhado por Charles-Nicolas Cochin e gravado por Bonaventure-Louis Prévost. Esta obra está carregada de simbolismo: a figura do centro representa a verdade – rodeada por luz intensa (o símbolo central do iluminismo). Duas outras figuras à direita, a razão e a filosofia, estão a retirar o manto sobre a verdade. Entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII, a principal influência sobre a filosofia do iluminismo proveio das concepções mecanicistas da natureza que haviam surgido na sequência da chamada revolução científica do século XVII. Neste contexto, o mais influente dos cientistas e filósofos da natureza foi então o físico inglês Isaac Newton. Em geral, pode-se afirmar que a primeira fase do Iluminismo foi marcada por tentativas de importação do modelo de estudo dos fenômenos físicos para a compreensão dos fenômenos humanos e culturais. No entanto, a partir da segunda metade do século XVIII, muitos pensadores iluministas passaram a afastar-se das premissas mecanicistas legadas pelas teorias físicas do século XVII,
  • 3. Iluminismo 3 aproximando-se então das teorias vitalistas que eram desenvolvidas pelas nascentes ciências da vida.[8] Boa parte das teorias sociais e das filosofias da história desenvolvidas na segunda metade do século XVIII, por autores como Denis Diderot e Johann Gottfried von Herder, entre muitos outros, foram fortemente inspiradas pela obra de naturalistas tais como Buffon e Johann Friedrich Blumenbach. Os Iluminismos Regionais Alemanha No espaço cultural alemão, um dos traços distintivos do Iluminismo (Aufklärung) é a inexistência do sentimento anticlerical que, por exemplo, deu a tônica ao Iluminismo francês. Os iluministas alemães possuíam, quase todos, profundo interesse e sensibilidade religiosas, e almejavam uma reformulação das formas de religiosidade. O nome mais conhecido da Aufklärung foi Immanuel Kant. Outros importantes expoentes do iluminismo alemão foram: Johann Gottfried von Herder, Gotthold Ephraim Lessing, Moses Mendelssohn, entre outros. Escócia A Escócia, curiosamente um dos países mais pobres e remotos da Europa ocidental no século XVIII, foi um dos mais importantes espaços de produção de idéias associadas ao Iluminismo. Empirismo e pragmatismo foram as tendências mais marcantes do Iluminismo Escocês. Dentre os seus mais importantes expoentes destacam-se, entre outros: Adam Ferguson, David Hume, Francis Hutcheson, Thomas Reid, Adam Smith. Estados Unidos Nas colônias britânicas que formariam os futuros Estados Unidos da América, os ideais iluministas chegaram por importação da metrópole, mas tenderam a ser redesenhados com contornos religiosa e politicamente mais radicais. Idéias iluministas exerceram uma enorme influência sobre o pensamento e prática política dos chamados founding fathers (pais fundadores) dos Estados Unidos, entre eles:John Adams, Samuel Adams, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, Alexander Hamilton e James Madison. França David Hume, retratado por Allan Ramsey, 1766.
  • 4. Iluminismo 4 Na França, país de tradição católica, mas onde as correntes protestantes, nomeadamente os huguenotes, também desempenharam um papel dinamizador, havia uma tensão crescente entre as estruturas políticas conservadoras e os pensadores iluministas. Rousseau, por exemplo, originário de uma família huguenote e colaborador da Encyclopédie, foi perseguido e obrigado a exilar-se na Inglaterra. O conflito entre uma sociedade feudal e católica e as novas forças de pendor protestante e mercantil, irá culminar na Revolução Francesa. Madame de Staël, com o seu salão literário, onde avultam grandes nomes da vida cultural e política francesa, será uma grande referência.Voltaire é retratado como um dos maiores filósofos iluministas da história. Voltaire, retratado por Nicolas de Largillière, 1718. Inglaterra Na Inglaterra, a influência católica havia sido definitivamente afastada do poder político em 1688, com a Revolução Gloriosa. A partir de então, nenhum católico voltaria a subir ao trono - embora a Igreja da Inglaterra tenha permanecido bastante próxima do Catolicismo em termos doutrinários e de organização interna. Sem o controle que a Igreja Católica exercia em outras sociedades, a exemplo da espanhola ou a portuguesa, é no Reino Unido que figuras como John Locke e Edward Gibbon dispõem da liberdade de expressão necessária ao desenvolvimento de suas idéias. Espaço luso-brasileiro Em Portugal, uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o primeiro-ministro de Portugal ali teria recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal foi um marco na história portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa. Entretanto, Portugal mostrara-se por vezes hostil à influência daqueles que em Portugal eram chamados pejorativamente de estrangeirados - fato pretensamente relacionado à influência Católica. Nas colônias americanas do Império Português, foi notável a influência de ideais iluministas sobre os escritos econômicos tanto de José de Azeredo Coutinho quanto de José da Silva Lisboa. Também se podem considerar como "iluministas" diversos dos intelectuais que participaram de revoltas Marquês de Pombal. anticoloniais no final do século XVIII, tais como Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga. No Brasil, tomou decisões muito importantes como a extinção das capitanias hereditárias, proibição de outras línguas e dialetos, sendo apenas permitido o português e a mudança da capital da colônia de Salvador para Rio de Janeiro.
  • 5. Iluminismo 5 A Crítica ao Mercantilismo Toda a estrutura política e social do absolutismo foi violentamente atacada pela revolução intelectual do Iluminismo. O mercantilismo, doutrina econômica típica da época, também foi condenado e novas propostas, mais condizentes com a nova realidade do capitalismo, foram teorizadas. Os primeiros contestadores do mercantilismo foram os fisiocratas. Para os fisiocratas, a riqueza viria da natureza, ou seja, da agricultura, da mineração e da pecuária. O comércio era considerado uma atividade estéril, já que não passava de uma troca de riquezas. Outro aspecto da fisiocracia contrariava o mercantilismo: os fisiocratas eram contrários à intervenção do Estado na economia. Esta seria regida por leis naturais, que deveriam agir livremente. A frase que melhor define o pensamento fisiocrata é: Laissez faire, laissez passer (Deixai fazer, deixai passar). A fisiocracia influenciou pensadores como Adam Smith, pai da economia clássica. A economia política como ciência autônoma não existia naquela época. O pensamento econômico era fruto do trabalho assistemático de intelectuais, que ocasionalmente se interessavam pelo problema: um dos principais teóricos da escola fisiocrata era um médico, François Quesnay. Impacto O Iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectual da maior parte dos países ocidentais. A época do Iluminismo foi marcada por transformações políticas tais como a criação e consolidação de estados-nação, a expansão de direitos civis, e a redução da influência de instituições hierárquicas como a nobreza e a igreja. O Iluminismo forneceu boa parte do fermento intelectual de eventos políticos que se revelariam de extrema importância para a constituição do mundo moderno, tais como a Revolução Francesa, a Constituição polaca de 1791, a Revolução Dezembrista na Rússia em 1825, o movimento de independência na Grécia e nos Balcãs, bem como, naturalmente, os diversos movimentos de emancipação nacional ocorridos no continente americano a partir de 1776. Declaracão dos Direitos do Homem e do Cidadão, França, 1789, um dos muitos documentos políticos produzidos no século XVIII sob a inspiração do ideário iluminista Muitos autores associam ao ideário iluminista o surgimento das principais correntes de pensamento que caracterizariam o século XIX, a saber, liberalismo, socialismo, e social-democracia. Iluministas notáveis (ordenados por ano de nascimento) • Bento de Espinosa (1632–1677), filósofo holandês, com ascendência judaica portuguesa. É considerado o precursor das correntes mais radicais do pensamento iluminista. Escrito mais importante: Ética (1677). • John Locke (1632 - 1704), filósofo inglês. Escritos mais importantes: Ensaio sobre o entendimento humano (1689); Dois tratados sobre governo (1689). • Montesquieu (Charles-Louis de Secondat, barão de La Brède e de Montesquieu) (1689-1755), filósofo francês. Notabilizou-se pela sua teoria da separação dos poderes do estado(Legislativo, Executivo e Judiciario), a qual exerceu importante influência sobre diversos textos constitucionais modernos e contemporâneos. Escrito mais importante: Do Espírito das Leis (1748).
  • 6. Iluminismo 6 • Voltaire (pseudónimo de François-Marie Arouet)(1694-1778), Defendia uma monarquia esclarecida.Filósofo francês, era deista(acreditava que para chegar a Deus não era preciso a igreja, e sim a razão). Notabilizou-se pela sua oposição ao pensamento religioso e pela defesa da liberdade intelectual. Escritos mais importantes: Ensaio sobre os costumes (1756); Dicionário Filosófico (1764)Cartas Inglesas. • Benjamin Franklin (1706-1790), político, cientista e filósofo estadunidense. Participou ativamente dos eventos que levaram à independência dos Estados Unidos e da elaboração da constituição de 1787. • Buffon (Georges-Louis Leclerc, conde de Buffon) (1707-1788), naturalista francês. A sua principal obra, A história natural, geral e particular (1749–1778; 36 volumes), exerceu capital influência sobre as concepções de natureza e história dos autores do Iluminismo tardio. • David Hume (1711-1776), filósofo e historiador escocês. • Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), filósofo francês. Escrito mais importante: Do Contrato Social. • Denis Diderot (1713-1784), filósofo francês. Elaborou juntamente com D'Alembert a "Enciclopédia ou Dicionário racional das ciências, das artes e dos ofícios", composta de 33 volumes publicados, pretendia reunir todo o conhecimento humano disponível, que tornou-se o principal vínculo de divulgação de suas idéias naquela época. Também se dedicou à teoria da literatura e à ética trabalhista. • Adam Smith (1723-1790), economista e filósofo escocês. O seu escrito mais famoso é A Riqueza das Nações. • Immanuel Kant (1724-1804), filósofo alemão. Fundamentou sistematicamente a filosofia crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da filosofia moral. • Gotthold Ephraim Lessing (1729–1781), dramaturgo e filósofo alemão. É um dos principais nomes do teatro alemão na época moderna. Nos seus escritos sobre filosofia e religião, defendeu que os fiéis cristãos deveriam ter o direito à liberdade de pensamento. Denis Diderot, retratado por Louis-Michel van Loo, 1767. • Edward Gibbon (1737–1794), historiador inglês. • Benjamin Constant (1767–1830), político, filósofo e escritor de nacionalidade franco-suiça. Um dos pioneiros do Liberalismo, amigo pessoal de Madame de Staël e aluno de Adam Smith e David Hume na Escócia. Constant foi imensamente influenciado pelo Iluminismo Escocês, tanto em seu trabalho sobre Religião, quanto em seus ideais de liberdade individual. [1] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ Template:Histphil [2] Israel, Jonathan (2003). Radical Enlightenment: Philosophy and the Making of Modernity, 1650-1750. (ISBN 0-19-820608-9 hardback, ISBN 0-19-925456-7) [3] The European Enlightenment (http:/ / www. wsu. edu/ ~dee/ ENLIGHT/ PREPHIL. HTM) (1996). [4] The Age of Enlightenment (http:/ / www. martinfrost. ws/ htmlfiles/ enlightenment_age. html) (2008). [5] Reill, Peter Hanns (2004) "Introduction". In: Encyclopedia of the Enlightenment. Editada por Peter Reill and Ellen Wilson. New York: Facts on File, pp. x-xi ISBN 0-8160-5335-9 [6] Kant, Immanuel (1784)carlos sds9saidgifdah. Beantwortung der Frage : Was ist Aufklärung (http:/ / de. wikisource. org/ wiki/ Beantwortung_der_Frage:_Was_ist_Aufklärung) [7] The Age of Enlightenment (http:/ / history-world. org/ age_of_enlightenment. htm) (1992). [8] Reill, Peter (1986). “Science and the Science of History in the Spätaufklärung”. In: Aufklärung und Geschichte. Studien zur deutschen Geschichtswissenschaft im 18. Jahrhundert. Organizado por Hans Erich Bödecker et alli. Göttingen: Vanderhoeck & Ruprecht, pp. 430-449.
  • 7. Fontes e Editores da Página Fontes e Editores da Página Iluminismo  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?oldid=24411397  Contribuidores: 333, 555, Acscosta, Adailton, Aflm, Agil, Aguiar, Alchimista, Alexandrepastre, Alexjr26, Andreas Herzog, André Koehne, Anrirk, Aoaassis, Arges, Arley, Arnonrdp, ArthurBorges19, Auréola, Belanidia, Beria, Bisbis, Biuick, Bomba Z, Bonás, Brasil conhecimento, Braswiki, Brunonar, Bulls, Burmeister, Capitão Pirata Bruxo, Carlos28, ChristianH, Clara C., CommonsDelinker, DanielBF, Darwinius, Davemustaine, Delemon, Der kenner, Domingos Avelar, Eamaral, Editabr, Eduardoferreira, EuTuga, Francisco Leandro, FranciscoDias, GLDC, GOE, GOE2, GRS73, Gean, Giro720, Graziellala, Guigo2602, Gunnex, Heitor C. Jorge, Inox, JMGM, JP Watrin, Jack Bauer00, Javali, Jmbgouveia, Jo Lorib, JoaoMiranda, Joaopchagas2, Joaotg, Jonne rodrigues, Jonny Screamer, Jorge, Joseolgon, João Vítor Vieira, Juan Romera, Jvano, KaZu, Kim richard, Leandromartinez, Leandrorr, Leinad-Z, Leonardo.stabile, Lijealso, Luckas Blade, Lucomma, Luis Dantas, Luiza Teles, Luís Felipe Braga, Lépton, Manuel Anastácio, Marcelo.silveira, Marcelo1293, MarceloB, Marcos Elias de Oliveira Júnior, Marcos Viana "Pinguim", Mareshenrique, Master, Matheus-sma, Maurício I, MelM, Mosca, Mrcl, Mschlindwein, Murilo93, Nickerss, Nivaldo Neto, OS2Warp, OffsBlink, Otavio82, Ozalid, Pcn, Pietro Roveri, Pietroroveri, Plaigueis, RafaAzevedo, Ramisses, Rei-artur, Reynaldo, Rodrigo Diniz, Rodrigo7887, Ruy Pugliesi, Teles, Theus PR, Thom, Tiago Vasconcelos, Truhiyanu, Tumnus, Uderz, Vanthorn, Vmss, Xandi, Yone Fernandes, Zepha, Zerojunior, Águia, 538 edições anónimas Fontes, Licenças e Editores da Imagem Image:Sanzio 01 cropped.png  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Sanzio_01_cropped.png  Licença: Public Domain  Contribuidores: Bibi Saint-Pol, Mattes, Sailko, Thuresson, Tomisti, Warburg, 1 edições anónimas Ficheiro:Immanuel Kant (painted portrait).jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Immanuel_Kant_(painted_portrait).jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: unspecified Ficheiro:Encyclopedie frontispice full 473px.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Encyclopedie_frontispice_full_473px.jpg  Licença: desconhecido  Contribuidores: Ficheiro:David Hume.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:David_Hume.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Beria, Bjankuloski06en, Diomede, Ecummenic, Gabor, Hannah, Huerlisi, Jonathan Oldenbuck, Mutter Erde, Mxn, PKM, Red devil 666, Sir Gawain, Slomox, Thorvaldsson, 2 edições anónimas Ficheiro:Voltaire.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Voltaire.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: AnRo0002, Beria, Bohème, Charvex, Cherry, Coyau, DIREKTOR, Ecummenic, Hannah, Kilom691, Maarten van Vliet, MattKingston, Mu, Olivier2, Phrood, Richie, Siebrand, Thorvaldsson, Thuresson, 2 edições anónimas Ficheiro:Pombal portrait.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Pombal_portrait.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Get It, JuTa, 2 edições anónimas Ficheiro:Declaration of Human Rights.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Declaration_of_Human_Rights.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Agrafian Hem Rarko, Anne97432, AnonMoos, Bohème, Cecil, Chaemera, Consta, David.Monniaux, Erasoft24, Eugrus, Frania Wisniewska, Herbythyme, Kallerna, Maksim, Shizhao, Thabet202, Unai Fdz. de Betoño, かぬま, 16 edições anónimas Ficheiro:Louis-Michel van Loo 001.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Louis-Michel_van_Loo_001.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: User:Gryffindor, User:TheLarch Licença Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported http:/ / creativecommons. org/ licenses/ by-sa/ 3. 0/ 7