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Os transportes coletivos precisam expandir suas redes para atender as necessidades da população e superar o crescimento do uso de
automóveis. As bicicletas também podem ser uma alternativa de transporte, mas precisam de ciclovias para circularem com segurança nas
grandes cidades. Fonte: Milton Jung - CBN (SP). Cedida por Cacilda Bastos Pereira da Silva.
Uso do metrô e a sustentabilidade: investindo na
qualidade de vida das cidades
O que é a pesquisa?
A qualidade de vida nas grandes cidades pode estar comprometida pela perspectiva de
aumento da população nas próximas décadas. Quanto mais pessoas morando nas
cidades, maior é a necessidade de se usar os recursos naturais (energia, água, matérias-
primas), e mais alto é o uso de bens de consumo que geram poluição, como os
automóveis. Uma alternativa para reduzir os impactos da poluição atmosférica, bem
como facilitar a organização dos deslocamentos nas grandes cidades, é o uso dos
transportes coletivos pela população.
Metrô, trens e ônibus urbanos são uma alternativa para os deslocamentos nas cidades. O
uso do transporte coletivo contribui para a diminuição de veículos trafegando nas ruas e
avenidas, sujeitas a constantes congestionamentos e consequentemente ao aumento das
emissões de gases poluentes na atmosfera. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o
transporte coletivo atende ao deslocamento de 10 milhões de passageiros por dia.
Entretanto, sabe-se que nas grandes cidades a expansão dos sistemas de transporte
urbano, como o de metrô, não tem acompanhado a necessidade da população.
Nas últimas décadas, percebe-se que o número de veículos próprios adquiridos é maior
do que a oferta de transporte coletivo, o que ocasiona congestionamentos e o aumento
da poluição do ar, que nas grandes cidades chega a ser mais alta que a gerada pelas
indústrias.
Foi pensando nesse cenário de aumento do uso de veículos motorizados movidos a
fontes energéticas potencialmente poluentes, como a gasolina e o diesel, que as
pesquisadoras Simone El Khouri Miraglia, professora doutora da Universidade Federal
de São Paulo e Cacilda Bastos Pereira da Silva, coordenadora de sustentabilidade do
Metrô de São Paulo, realizaram estudo para analisar os impactos ambientais desse
fenômeno e estimar os benefícios do metrô para a saúde pública e para o bem estar da
população da cidade de São Paulo. Valorizando o uso desse tipo de transporte coletivo
como uma alternativa mais sustentável para os deslocamentos urbanos, as pesquisadoras
mostram como os investimentos neste tipo de sistema de transporte podem trazer
ganhos para o meio ambiente, para a população e para o poder público com a redução
de gastos com cuidados e prevenção da saúde pública.
Como é feita a pesquisa?
Para realizar o estudo, as pesquisadoras analisaram como ficou a qualidade do ar com o
aumento de automóveis e ônibus na cidade para transportar as pessoas nos dias de
paralisações da operação do Metrô em decorrência de greve dos metroviários. A partir
dos dados da qualidade do ar, avaliaram os efeitos da poluição atmosférica na saúde da
população. As pesquisadoras fizeram estas avaliações durante todas as paralisações
ocorridas entre 1986 e 2006.
A qualidade do ar foi avaliada com base nos dados de concentração de material
particulado (MP) na atmosfera associando dados de temperatura, umidade relativa do ar
e velocidade dos ventos registrados nos dias de paralisação e nos dias anteriores e
posteriores à greve. E para relacionar a poluição atmosférica com a saúde pública, foi
feito levantamento da mortalidade de pessoas com mais de 60 anos de idade residentes
na cidade de São Paulo que morreram em decorrência de problemas respiratórios e
cardiovasculares nos dias pesquisados. Com base nos dados das mortes excedentes à
média diária do dia da paralisação do serviço do Metrô, ocorridas no período de 72
horas após a greve, calculou-se os custos da saúde decorrentes das paralisações através
do método de Valor de Vida Estatística (VVE) que corresponde ao valor atribuível ao
risco de vida associado à poluição do ar e à renda da população utilizado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e Banco Mundial.
A pesquisa foi realizada em três períodos. No primeiro, entre 1986 e 1991, não foi
registrado aumento na concentração de MP na atmosfera. A poluição do ar foi mais
baixa nos seis dias que durou a paralisação. Esse resultado está relacionado ao período
úmido da cidade de São Paulo, observado nos meses de outubro a dezembro, quando a
paralisação da operação do metrô ocorreu. Neste período, é maior a dispersão dos
poluentes. Foi também nesse primeiro período que o governo do estado de São Paulo
começou a controlar a eliminação de poluentes gerados pela queima de combustíveis
fósseis por meio do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos (Proconve),
criado pelo governo federal. Outro fator que contribuiu para o baixo índice de poluição
atmosférica foi o aprimoramento tecnológico de motores pela indústria automobilística,
os quais passaram a emitir menos gases poluentes.
No segundo período, de 1994 a 2001, foi registrado um aumento na concentração de
MP na atmosfera dias antes da paralisação, com o anúncio antecipado de possível
paralisação do serviço do Metrô, sinalizando uma alteração dos hábitos de deslocamento
da população. Entretanto, no geral, os níveis de concentração de poluentes foram mais
baixos nesse período em comparação ao anterior. Tal fato pode ser uma consequência
das medidas de redução de emissões estabelecidas pelo Proconve. Outra medida que a
cidade de São Paulo implantou nesse período foi o Rodízio de Veículos, que restringe o
uso de automóveis em determinados dias da semana, ajudando a diminuir o nível médio
de concentração de poluentes atmosférico.
Já no período de 2003 a 2006, o terceiro momento da pesquisa, a emissão de poluentes
foi mais alta nos dias em que o metrô não operou, aumentando em 50% a concentração
de material particulado na atmosfera.
Tabela 1. Comparação dos níveis de MP liberados durante um dia de paralisação dos metroviários com um dia em que o metrô
funcionou normalmente, para os anos de 2003 e 2006. Observa-se que o MP liberado nos dias de paralisação foi bem maior do que o valor
medido para os dias de funcionamento do metrô.
Qual a importância da pesquisa?
A pesquisa mostrou que a ausência do serviço de transporte de metrô provoca aumento
das emissões de poluentes com o aumento de viagens realizadas por outros modos, em
decorrência da transferência da demanda de usuários de metrô e nas condições de
circulação dos veículos nas vias. As viagens transferidas e as afetadas pelas
paralisações, sobretudo ônibus e automóvel, geram maior lentidão na velocidade no
trânsito, acréscimo de quilometragem rodada e de consumo de combustível e, portanto,
aumento das emissões de poluentes.
Além disso, nos dias mais poluídos em que se analisou os efeitos da paralisação da
operação de metrô, a pesquisa mostrou um aumento de cerca de 10% na mortalidade de
idosos devido a doenças cardiovasculares e respiratórias, como pode ser observado na
Tabela 2. A poluição do ar tem efeitos danosos nos aparelhos respiratório e circulatório,
podendo ocasionar o aparecimento de tumores nos pulmões. A exposição ao ar muito
poluído pode, ainda, levar ao nascimento de bebês com baixo peso e com outras
anomalias. A expectativa de vida dos moradores da cidade de São Paulo também é
prejudicada com a exposição à poluição do ar.
Os resultados da pesquisa reforçam que a poluição do ar na cidade de São Paulo seria
muito pior se não existisse o metrô. Sem esse meio de transporte coletivo, a quantidade
de veículos em circulação aumentaria, com efeito direto sobre a saúde da população. Os
benefícios do metrô para a saúde pública, valorados com base na mortalidade evitada de
idosos, representam uma economia anual de cerca de R$ 11 bilhões ao ano que deixam
de ser pagos pela sociedade e pelos governos, ao investir em sistemas de transporte para
os deslocamentos urbanos, como o metrô, para a sustentabilidade nas cidades e para a
melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Publicado em 02 de março de 2015.
Pesquisador(es) Responsável(eis)
Cacilda Bastos Pereira da Silva - Simone El Khouri Miraglia
Título Original da Pesquisa
Valoração dos benefícios do Metrô para a Saúde Pública com a redução da poluição do
ar em São Paulo

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LATEC - UFF. USO DO METRÔ E A SUSTENTABILIDADE INVESTINDO NA QUALIDADE DE VIDA NAS CIDADES

  • 1. Os transportes coletivos precisam expandir suas redes para atender as necessidades da população e superar o crescimento do uso de automóveis. As bicicletas também podem ser uma alternativa de transporte, mas precisam de ciclovias para circularem com segurança nas grandes cidades. Fonte: Milton Jung - CBN (SP). Cedida por Cacilda Bastos Pereira da Silva. Uso do metrô e a sustentabilidade: investindo na qualidade de vida das cidades O que é a pesquisa? A qualidade de vida nas grandes cidades pode estar comprometida pela perspectiva de aumento da população nas próximas décadas. Quanto mais pessoas morando nas cidades, maior é a necessidade de se usar os recursos naturais (energia, água, matérias- primas), e mais alto é o uso de bens de consumo que geram poluição, como os automóveis. Uma alternativa para reduzir os impactos da poluição atmosférica, bem como facilitar a organização dos deslocamentos nas grandes cidades, é o uso dos transportes coletivos pela população. Metrô, trens e ônibus urbanos são uma alternativa para os deslocamentos nas cidades. O uso do transporte coletivo contribui para a diminuição de veículos trafegando nas ruas e avenidas, sujeitas a constantes congestionamentos e consequentemente ao aumento das emissões de gases poluentes na atmosfera. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o transporte coletivo atende ao deslocamento de 10 milhões de passageiros por dia. Entretanto, sabe-se que nas grandes cidades a expansão dos sistemas de transporte urbano, como o de metrô, não tem acompanhado a necessidade da população.
  • 2. Nas últimas décadas, percebe-se que o número de veículos próprios adquiridos é maior do que a oferta de transporte coletivo, o que ocasiona congestionamentos e o aumento da poluição do ar, que nas grandes cidades chega a ser mais alta que a gerada pelas indústrias. Foi pensando nesse cenário de aumento do uso de veículos motorizados movidos a fontes energéticas potencialmente poluentes, como a gasolina e o diesel, que as pesquisadoras Simone El Khouri Miraglia, professora doutora da Universidade Federal de São Paulo e Cacilda Bastos Pereira da Silva, coordenadora de sustentabilidade do Metrô de São Paulo, realizaram estudo para analisar os impactos ambientais desse fenômeno e estimar os benefícios do metrô para a saúde pública e para o bem estar da população da cidade de São Paulo. Valorizando o uso desse tipo de transporte coletivo como uma alternativa mais sustentável para os deslocamentos urbanos, as pesquisadoras mostram como os investimentos neste tipo de sistema de transporte podem trazer ganhos para o meio ambiente, para a população e para o poder público com a redução de gastos com cuidados e prevenção da saúde pública. Como é feita a pesquisa? Para realizar o estudo, as pesquisadoras analisaram como ficou a qualidade do ar com o aumento de automóveis e ônibus na cidade para transportar as pessoas nos dias de paralisações da operação do Metrô em decorrência de greve dos metroviários. A partir dos dados da qualidade do ar, avaliaram os efeitos da poluição atmosférica na saúde da população. As pesquisadoras fizeram estas avaliações durante todas as paralisações ocorridas entre 1986 e 2006. A qualidade do ar foi avaliada com base nos dados de concentração de material particulado (MP) na atmosfera associando dados de temperatura, umidade relativa do ar e velocidade dos ventos registrados nos dias de paralisação e nos dias anteriores e posteriores à greve. E para relacionar a poluição atmosférica com a saúde pública, foi feito levantamento da mortalidade de pessoas com mais de 60 anos de idade residentes na cidade de São Paulo que morreram em decorrência de problemas respiratórios e cardiovasculares nos dias pesquisados. Com base nos dados das mortes excedentes à média diária do dia da paralisação do serviço do Metrô, ocorridas no período de 72 horas após a greve, calculou-se os custos da saúde decorrentes das paralisações através do método de Valor de Vida Estatística (VVE) que corresponde ao valor atribuível ao risco de vida associado à poluição do ar e à renda da população utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Banco Mundial. A pesquisa foi realizada em três períodos. No primeiro, entre 1986 e 1991, não foi registrado aumento na concentração de MP na atmosfera. A poluição do ar foi mais baixa nos seis dias que durou a paralisação. Esse resultado está relacionado ao período úmido da cidade de São Paulo, observado nos meses de outubro a dezembro, quando a paralisação da operação do metrô ocorreu. Neste período, é maior a dispersão dos poluentes. Foi também nesse primeiro período que o governo do estado de São Paulo começou a controlar a eliminação de poluentes gerados pela queima de combustíveis fósseis por meio do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos (Proconve), criado pelo governo federal. Outro fator que contribuiu para o baixo índice de poluição atmosférica foi o aprimoramento tecnológico de motores pela indústria automobilística, os quais passaram a emitir menos gases poluentes.
  • 3. No segundo período, de 1994 a 2001, foi registrado um aumento na concentração de MP na atmosfera dias antes da paralisação, com o anúncio antecipado de possível paralisação do serviço do Metrô, sinalizando uma alteração dos hábitos de deslocamento da população. Entretanto, no geral, os níveis de concentração de poluentes foram mais baixos nesse período em comparação ao anterior. Tal fato pode ser uma consequência das medidas de redução de emissões estabelecidas pelo Proconve. Outra medida que a cidade de São Paulo implantou nesse período foi o Rodízio de Veículos, que restringe o uso de automóveis em determinados dias da semana, ajudando a diminuir o nível médio de concentração de poluentes atmosférico. Já no período de 2003 a 2006, o terceiro momento da pesquisa, a emissão de poluentes foi mais alta nos dias em que o metrô não operou, aumentando em 50% a concentração de material particulado na atmosfera. Tabela 1. Comparação dos níveis de MP liberados durante um dia de paralisação dos metroviários com um dia em que o metrô funcionou normalmente, para os anos de 2003 e 2006. Observa-se que o MP liberado nos dias de paralisação foi bem maior do que o valor medido para os dias de funcionamento do metrô. Qual a importância da pesquisa? A pesquisa mostrou que a ausência do serviço de transporte de metrô provoca aumento das emissões de poluentes com o aumento de viagens realizadas por outros modos, em decorrência da transferência da demanda de usuários de metrô e nas condições de circulação dos veículos nas vias. As viagens transferidas e as afetadas pelas paralisações, sobretudo ônibus e automóvel, geram maior lentidão na velocidade no trânsito, acréscimo de quilometragem rodada e de consumo de combustível e, portanto, aumento das emissões de poluentes. Além disso, nos dias mais poluídos em que se analisou os efeitos da paralisação da operação de metrô, a pesquisa mostrou um aumento de cerca de 10% na mortalidade de idosos devido a doenças cardiovasculares e respiratórias, como pode ser observado na Tabela 2. A poluição do ar tem efeitos danosos nos aparelhos respiratório e circulatório,
  • 4. podendo ocasionar o aparecimento de tumores nos pulmões. A exposição ao ar muito poluído pode, ainda, levar ao nascimento de bebês com baixo peso e com outras anomalias. A expectativa de vida dos moradores da cidade de São Paulo também é prejudicada com a exposição à poluição do ar. Os resultados da pesquisa reforçam que a poluição do ar na cidade de São Paulo seria muito pior se não existisse o metrô. Sem esse meio de transporte coletivo, a quantidade de veículos em circulação aumentaria, com efeito direto sobre a saúde da população. Os benefícios do metrô para a saúde pública, valorados com base na mortalidade evitada de idosos, representam uma economia anual de cerca de R$ 11 bilhões ao ano que deixam de ser pagos pela sociedade e pelos governos, ao investir em sistemas de transporte para os deslocamentos urbanos, como o metrô, para a sustentabilidade nas cidades e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Publicado em 02 de março de 2015. Pesquisador(es) Responsável(eis) Cacilda Bastos Pereira da Silva - Simone El Khouri Miraglia Título Original da Pesquisa Valoração dos benefícios do Metrô para a Saúde Pública com a redução da poluição do ar em São Paulo