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Sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de dezembro de 2014 | Valor | A13 
É pelos 20 centavos sim! 
Cúpula reúne grupos de países que caminham a velocidades diferentes. Por José Llorente 
“Os EUA são a 
melhor casa de 
um quarteirão 
ruim. O ciclo 
global está 
dessincronizado”. 
De Vincent Reinhart, 
economista-chefe para os Estados 
Unidos do Morgan Stanley, para 
quem a mudança da política 
monetária pelo Fed deslanchará um 
‘teste de estresse em tempo real’ 
David Kupfer 
As decisões de 
investimento 
concentram-se em 
reestruturação 
patrimonial 
Acoluna passada, “O 
Câmbio e o Saldo”, de 
10 de novembro últi-mo, 
enfocou os im-pactos 
da trajetória da taxa de 
câmbio sobre as decisões de pro-dução 
dos agentes econômicos. 
Sugeriu-se que quanto mais vo-látil 
for essa trajetória, menores 
em grau ou mais lentos em rit-mo 
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que tratar do investimento requer 
um quadro analítico mais amplo. 
Em primeiro lugar, o cálculo eco-nômico 
deixa de se referir apenas 
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custos e receitas e passa a refletir 
também valores presentes e futu-ros 
dos diferentes ativos envolvi-dos 
na formação de capital, alar-gando 
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aumentando as exigências dos 
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Em segundo lugar, enquanto 
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da economia. Isso porque todo 
e qualquer investimento engloba 
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que, sendo comercializáveis, po-dem 
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A imprevisibilidade quanto à ta-xa 
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à espera de que mais à frente fi-que 
mais claro para qual valor a 
taxa de câmbio está efetivamente 
rumando. É a chamada preferên-cia 
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A preferência pela flexibilida-de 
ajuda a explicar porque no 
Brasil as decisões de investimen-to 
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No entanto, a despeito dessa 
trajetória, os agentes se baseiam 
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hoje com valorização do real 
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brasileira está apoiado na 
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portanto, muito capital-in-tensivo 
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incorporada nos bens de 
Provavelmente ninguém 
fez tanto pela integra-ção 
ibero-americana co-mo 
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Roberto Gómez Bolaños, com 
seus inesquecíveis personagens 
Chaves e Chapolin Colorado. Em 
espanhol ou português, ele con-seguiu 
nos mostrar um pouco da 
realidade da nossa região em ca-da 
uma de suas histórias. E talvez 
esse seja o ambiente que muitos 
esperam encontrar no México, 
sua terra natal, durante a XXIV 
Cúpula Ibero-americana, hoje e 
amanhã na cidade de Veracruz. 
Mesmo com a Educação e a Ino-vação 
como eixos centrais do en-contro, 
o panorama econômico da 
região para o próximo ano sem 
dúvida marcará grande parte das 
discussões. E a participação confir-mada 
de pelo menos 20 presiden-tes 
parece endossar ainda mais a 
importância do debate. No ano 
passado, no Panamá, um número 
ainda menor esteve presente. 
Porém,estanãoseráumadiscus-são 
fácil em uma Ibero-América 
que caminha a duas velocidades: 
de um lado estão os países da 
Aliança do Pacífico. Chile, Colôm-bia, 
México e Peru chegam ao en-contro 
com perspectiva de cresci-mento 
que vai desde 2%, no Chile, 
até os quase 4,8% na Colômbia, de 
acordo com o FMI, e com a firme in-tenção 
de seguir investindo em 
processos de liberalização econô-mica. 
E apoiados por uma econo-mia 
mexicana revitalizada que pre-vê 
um crescimento acima do 3%. 
Do outro lado, o bloco do Mer-cosul, 
mais propenso ao prote-cionismo, 
chega a Veracruz com 
um cenário mais pessimista: com 
exceção do Paraguai e Uruguai 
(com crescimentos em torno ao 
4% e 2,8%, respectivamente), Bra-sil, 
Argentina e Venezuela aguar-dam 
por um ano difícil. Argenti-na 
e Venezuela com números ne-gativos 
de crescimento, enquan-to 
o Brasil terá que se esforçar 
muito para superar o 1%. 
Entre esses dois blocos, países 
como a Bolívia, Panamá ou Repú-blica 
Dominicana esperam, de 
acordo com o FMI, crescimentos 
espetaculares acima de 5%. 
Diante de um cenário tão desi-gual, 
somado à ausência confir-mada 
de Cristina Kirchner, o Bra-sil 
tem o desafio de dar um passo 
a frente e assumir o papel de pro-tagonista 
no México. Quer pela 
simples necessidade de fortalecer 
os laços comerciais com os seus 
“vizinhos prósperos”, ou porque 
capital. Estrategicamente, isso 
implica perceber que para reto-mar 
uma taxa mais robusta de in-vestimento 
não basta lubrificar 
os circuitos regulatórios e de fi-nanciamento 
que vem travando 
a aceleração dessas obras. Se as 
indústrias fornecedoras não lo-grarem 
reverter mesmo que par-cialmente 
o hiato de competiti-vidade 
que se acumulou nos úl-timos 
anos, e principalmente, 
não intensificarem o ritmo de 
inovação, as pesadas importa-ções 
de bens de capital poderão 
contaminar o processo de inves-timento 
com o virus da prefe-rência 
pela flexibilidade. 
Nesse ponto, cabe lembrar as 
manifestações de junho de 2013 
cuja irrupção foi motivada — o 
que não quer dizer explicada — 
pelo aumento de vinte centavos 
de real nos preços das passa-gens 
de ônibus. Com relação à 
taxa de câmbio, cabem mani-festações 
similares em favor de 
uma condução mais decidida 
da política cambial. É pelos vin-te 
centavos sim! Ironias à parte, 
feliz ano velho para todos nós. 
David Kupfer é professor licenciado e 
membro do Grupo de Indústria e 
Competitividade do Instituto de 
Economia da UFRJ (GIC-IE/UFRJ) e 
assessor da presidência do BNDES. 
Escreve mensalmente às 
segundas-feiras. E-mail: gic@ie.ufrj.br) 
www.ie.ufrj.br/gic. As opiniões expressas 
são do autor e não necessariamente 
refletem posições do BNDES. 
o crescimento de toda a região 
necessita de um “Brasil saudável”, 
especialmente diante de um ce-nário 
internacional de redução 
na demanda de matérias-primas. 
Mas não é só isso. As melhores 
perspectivas do México — impul-sionado 
pela recuperação dos Es-tados 
Unidos — ameaçam roubar 
os investimentos que poderiam 
vir para o Brasil. E o Brasil não se 
pode dar ao luxo de perder um 
trem que já avança a uma veloci-dade 
maior que a sua. 
A presença da Espanha pode 
ser útil tanto por ser o segundo 
maior investidor estrangeiro no 
Brasil, como pela necessidade de 
viabilizar o acordo entre o Merco-sul 
e a União Europeia. E Veracruz 
pode abrir novos caminhos. 
Como dizem os especialistas, a 
Espanha saiu do poço mas ainda 
está no purgatório. Ainda que os 
sinais de recuperação convidem ao 
otimismo, o fantasma de 23% de 
desemprego reflete o fato que, al-gumas 
vezes, a economia melhora 
sem melhorar a vida das pessoas. 
Assim, também a Espanha es-pera 
que o Brasil seja esse sócio 
que tanto precisa, para continuar 
sendo um dos principais desti-nos 
da suas empresas, mas tam-bém 
para ter mais e maiores in-vestimentos 
brasileiros. 
Depois de um período de des-confiança, 
os primeiros sinais do 
segundo mandato de Dilma 
Rousseff têm sido bem recebidos 
pelos empresários no Brasil. Ago-ra 
essa mensagem deve chegar 
aos vizinhos da Ibero-América e 
do mundo. E a cúpula ibero-ame-ricana 
será essa oportunidade. 
Mas, junto a estas complexida-des 
econômicas, existe também o 
desafio político de liderança regio-nal. 
Com o México atravessando 
dificuldades institucionais e a pró-pria 
Espanha em um processo de 
transição política e econômica, a 
região requer que a diplomacia 
brasileira assuma, como já fez no 
passado, a liderança que lhe cor-responde. 
O Brasil deve ser o gran-de 
articulador da região diante 
dos diferentes blocos e foros inter-nacionais. 
Isto também é parte do 
fortalecimento institucional que 
se espera deste governo nos espa-ços 
internacionais. Hoje, mais do 
que nunca, a diplomacia tem a 
oportunidade de se consolidar co-mo 
questão de Estado, acima de 
qualquer outra questão, social, 
econômica ou política. 
Apesar das complexidades polí-ticas 
que o país enfrenta hoje, a Cú-pula 
Ibero-americana é a oportu-nidade 
que o Brasil tem para colo-car 
em prática o seu compromisso 
assumido com a inovação e educa-ção. 
O país é, junto com a Espanha 
e Portugal, o único da região a in-vestir 
mais de 1% de seu PIB em 
pesquisa e desenvolvimento tec-nológico. 
É verdade que deveria (e 
deve) ser mais, porém é inegável 
que este é um país de grandes em-presários 
e com uma inesgotável 
capacidade para inovar. E, em mo-mentos 
em que as grandes empre-sas 
do país se encontram no centro 
de uma crise provocada por obscu-ras 
gestões é importante não es-quecer 
o seu papel como referên-cia 
para toda Ibero-América. 
Manter a constância em ciclos 
de crescimento depende da capa-cidade 
para inovar. Para transfor-mar 
riqueza em mais riqueza. E se 
existe uma parte do continente 
que deseja manter o seu ciclo de 
prosperidade, existe outra que de-seja 
muito retomá-lo. E no meio 
está o Brasil, o gigante do qual to-dos 
esperam alguma coisa. 
Sem dúvida, a Cúpula de Vera-cruz 
pode ser o momento espera-do 
para que o país retome o cami-nho 
do crescimento e a liderança 
a partir da educação, da inovação 
e da integração ibero-americana. 
Como bem dizia o personagem 
Chaves “acho que é bem difícil 
amar inimigos, mas amar os idio-tas 
é quase impossível”. 
José Antonio Llorente é sócio fundador 
e presidente da Llorente & Cuenca. 
Cartas de 
Leitores 
Desafios do Brasil em Veracruz 
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Após excelente trabalho, a Polí-cia 
Federal encerrou as investiga-ções 
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suspeitas de corrupção ativa e 
passiva, lavagem de dinheiro, 
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crimes no cartel de trens em São 
Paulo, durante o governo do 
PSDB (1998 - 08). Entre os acusa-dos, 
então ex diretores de em-presas 
como Siemens e Bombar-dier, 
o deputado federal José 
Aníbal (PSDB) e o ex presidente 
da CPTM. Por aí se vê o tamanho 
da corrupção, licitações frauda-das, 
obras superfaturadas e des-vio 
de verbas públicas que impe-ram 
no país, sangrando os cofres 
públicos em bilhões de dólares. 
Seja o partido político que for, a 
corrupção é um crime nefasto, 
com gravíssimas consequências 
para toda a sociedade e que não 
pode ficar impune'. 
Renato Khair 
renatokhair@uol.com.br 
Nova equipe 
O governo por enquanto caiu na 
real e não chama mais os analis-tas 
econômicos de pessimistas. E 
dando mostras de que quem vai 
mandar mesmo na economia 
não será mais a Dilma, mas sim o 
novo indicado para o ministério 
da Fazenda, Joaquim Levy, final-mente 
a comunicação do Planal-to 
se alinha com a do mercado e 
de forma realista reduz de 2% pa-ra 
0,8% a projeção de crescimen-to 
do PIB para 2015. Até quando 
a presidente vai obedecer esta 
nova ordem, eu não sei. Mas, que 
é um bom começo, e melhor ain-da 
para o país, que se respeite as 
regras do mercado, isso eu não 
tenho dúvidas. 
Paulo Panossian 
paulopanossian@hotmail.com 
● 
Ao projetar um crescimento de 
0,8% para o PIB em 2015, pratica-mente 
coincidindo com o bole-tim 
Focus (0,77%) e incorporan-do 
à proposta de Lei de Diretri-zes 
Orçamentárias (LDO) de 
2015, ora encaminhada ao rela-tor 
da matéria no Congresso, a 
equipe econômica do segundo 
mandato da presidente Dilma 
mostra sua disposição em traba-lhar 
com as perspectivas de mer-cado, 
bem distante, portanto, 
das projeções delirantes que vi-goraram 
nos últimos anos e que 
sempre se chocaram com a reali-dade. 
Tal novidade deve ser sau-dada 
como um grande avanço 
na direção certa. 
Dirceu Luiz Natal 
dirluna@gmail.com 
Previdência 
O crescimento da expectativa de 
vida do brasileiro é um dado 
muito importante, refletindo o 
momento que estamos passan-do. 
Mas isto cria um problema 
para que o sistema previdenciá-rio 
continue funcionando. Este é 
um assunto que exige avaliação 
na busca de alternativas que pos-sam 
evitar crises futuras, por fal-ta 
de verba para cobrir as apo-sentadorias. 
Uriel Villas Boas 
urielvillasboas@yahoo.com.br 
Diante de um cenário 
tão desigual, o Brasil 
tem o desafio de dar um 
passo a frente e assumir 
o papel de protagonista. 
O crescimento da região 
necessita de um “Brasil 
saudável”, em especial 
diante de um cenário 
internacional de 
redução na demanda de 
matérias-primas 
Opinião 
Correspondências para 
Av. Francisco Matarazzo, 1.500 - 
Torre New York - CEP 05001-100 - 
Água Branca - SP ou para 
cartas@valor.com.br, com nome, 
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Artículo de José Antonio Llorente en Valor Económico

  • 1. Sábado, domingo e segunda-feira, 6, 7 e 8 de dezembro de 2014 | Valor | A13 É pelos 20 centavos sim! Cúpula reúne grupos de países que caminham a velocidades diferentes. Por José Llorente “Os EUA são a melhor casa de um quarteirão ruim. O ciclo global está dessincronizado”. De Vincent Reinhart, economista-chefe para os Estados Unidos do Morgan Stanley, para quem a mudança da política monetária pelo Fed deslanchará um ‘teste de estresse em tempo real’ David Kupfer As decisões de investimento concentram-se em reestruturação patrimonial Acoluna passada, “O Câmbio e o Saldo”, de 10 de novembro últi-mo, enfocou os im-pactos da trajetória da taxa de câmbio sobre as decisões de pro-dução dos agentes econômicos. Sugeriu-se que quanto mais vo-látil for essa trajetória, menores em grau ou mais lentos em rit-mo serão os seus efeitos sobre essas decisões devido ao fato primordial de que para bens co-mercializáveis as expectativas quanto ao nível futuro da taxa de câmbio são mais relevantes do que o seu nível corrente. Nesta coluna, a reflexão é dire-cionada para a relação entre a tra-jetória da taxa de câmbio e as de-cisões de investir. Embora o fator expectacional mantenha a sua primazia, é importante ter claro que tratar do investimento requer um quadro analítico mais amplo. Em primeiro lugar, o cálculo eco-nômico deixa de se referir apenas a valores correntes e esperados de custos e receitas e passa a refletir também valores presentes e futu-ros dos diferentes ativos envolvi-dos na formação de capital, alar-gando os horizontes temporais e aumentando as exigências dos agentes em termos do grau de confiança na economia. Em segundo lugar, enquanto nas decisões de produção a volati-lidade do câmbio afeta mais in-tensamente os bens comercializá-veis, nas decisões de investimento seu alcance recai sobre a totalida-de da economia. Isso porque todo e qualquer investimento engloba um conjunto de bens de capital que, sendo comercializáveis, po-dem e, pelo menos em parte, são importados pelo país. Em terceiro lugar, a decisão de investimento é tomada em mó-dulos e, portanto, é mais indivisí-vel, mais irreversível e mais cru-cial para o sucesso dos negócios do que as decisões de produção. A imprevisibilidade quanto à ta-xa de câmbio futura afeta a esti-mativa do custo do investimento e tende a provocar uma preferên-cia por adiar a aquisição do ativo à espera de que mais à frente fi-que mais claro para qual valor a taxa de câmbio está efetivamente rumando. É a chamada preferên-cia pela flexibilidade. A preferência pela flexibilida-de ajuda a explicar porque no Brasil as decisões de investimen-to concentram-se em operações de reestruturação patrimonial que aumentam a eficiência do capital já imobilizado em detri-mento de investimentos em ati-vos realmente novos (green-field), que teriam impacto muito maior sobre a produtividade e o dinamismo da economia. Essa é a essência da hipótese da rigidez estrutural que há anos sustento como a maior mazela enfrentada pelo sistema produtivo brasilei-ro. Vem daí, por exemplo, uma possível razão para o aparente paradoxo representado pela convivência de um nível de utili-zação da capacidade instalada relativamente alto (81,5% cf. CNI, média do primeiro semestre de 2014) com o quadro de virtual estagnação exibido pela econo-mia brasileira no período. Sem pretender sequer arranhar os termos do debate que a teoria econômica reserva para o processo de formação de expectativas, é possível delinear uma explicação. Olhando para trás, percebe-se que nos quatro últimos anos está em curso uma trajetória de desvalori-zação do real em relação ao dólar em degraus de aproximadamente vinte centavos ao ano. Esse proces-so não é linear, havendo um overshooting de outros quinze centavos que, por sua vez, é reverti-do dentro de cada período. Esse movimento pode ser depreendido simplesmente da análise da evolu-ção dos valores das médias móveis de 6 meses e dos máximos das ta-xas de câmbio nominais nesses in-tervalos tomando-se como refe-rência o final do mês de junho de cada ano, a saber: em 2011, R$ 1,61 e R$ 1,67; em 2012, R$ 1,87 e R$ 2,02; em 2013; R$ 2,05 e R$ 2,22 e em 2014, R$ 2,28 e R$ 2,43. No entanto, a despeito dessa trajetória, os agentes se baseiam em um modelo expectacional que associa aumento da inflação hoje com valorização do real amanhã, pois entendem que a âncora cambial ainda é parte ativa da estratégia de estabiliza-ção monetária. Por isso, quando vêem a inflação em ascensão an-tecipam que o real irá se valori-zar (via aumento da taxa de ju-ros) e passam a exercer a prefe-rência pela flexibilidade. Resul-tado: as decisões de investimen-to são adiadas em toda a econo-mia, incluindo as atividades de serviços nas quais as decisões de produção podem ser mais imu-nes à volatilidade do câmbio, mas não as de investimento. Essa (falta de) dinâmica é par-ticularmente preocupante dian-te do fato de que o ciclo de inves-timento em andamento na eco-nomia brasileira está apoiado na expansão da infraestrutura sen-do, portanto, muito capital-in-tensivo e envolvendo muita tec-nologia incorporada nos bens de Provavelmente ninguém fez tanto pela integra-ção ibero-americana co-mo o recém-falecido Roberto Gómez Bolaños, com seus inesquecíveis personagens Chaves e Chapolin Colorado. Em espanhol ou português, ele con-seguiu nos mostrar um pouco da realidade da nossa região em ca-da uma de suas histórias. E talvez esse seja o ambiente que muitos esperam encontrar no México, sua terra natal, durante a XXIV Cúpula Ibero-americana, hoje e amanhã na cidade de Veracruz. Mesmo com a Educação e a Ino-vação como eixos centrais do en-contro, o panorama econômico da região para o próximo ano sem dúvida marcará grande parte das discussões. E a participação confir-mada de pelo menos 20 presiden-tes parece endossar ainda mais a importância do debate. No ano passado, no Panamá, um número ainda menor esteve presente. Porém,estanãoseráumadiscus-são fácil em uma Ibero-América que caminha a duas velocidades: de um lado estão os países da Aliança do Pacífico. Chile, Colôm-bia, México e Peru chegam ao en-contro com perspectiva de cresci-mento que vai desde 2%, no Chile, até os quase 4,8% na Colômbia, de acordo com o FMI, e com a firme in-tenção de seguir investindo em processos de liberalização econô-mica. E apoiados por uma econo-mia mexicana revitalizada que pre-vê um crescimento acima do 3%. Do outro lado, o bloco do Mer-cosul, mais propenso ao prote-cionismo, chega a Veracruz com um cenário mais pessimista: com exceção do Paraguai e Uruguai (com crescimentos em torno ao 4% e 2,8%, respectivamente), Bra-sil, Argentina e Venezuela aguar-dam por um ano difícil. Argenti-na e Venezuela com números ne-gativos de crescimento, enquan-to o Brasil terá que se esforçar muito para superar o 1%. Entre esses dois blocos, países como a Bolívia, Panamá ou Repú-blica Dominicana esperam, de acordo com o FMI, crescimentos espetaculares acima de 5%. Diante de um cenário tão desi-gual, somado à ausência confir-mada de Cristina Kirchner, o Bra-sil tem o desafio de dar um passo a frente e assumir o papel de pro-tagonista no México. Quer pela simples necessidade de fortalecer os laços comerciais com os seus “vizinhos prósperos”, ou porque capital. Estrategicamente, isso implica perceber que para reto-mar uma taxa mais robusta de in-vestimento não basta lubrificar os circuitos regulatórios e de fi-nanciamento que vem travando a aceleração dessas obras. Se as indústrias fornecedoras não lo-grarem reverter mesmo que par-cialmente o hiato de competiti-vidade que se acumulou nos úl-timos anos, e principalmente, não intensificarem o ritmo de inovação, as pesadas importa-ções de bens de capital poderão contaminar o processo de inves-timento com o virus da prefe-rência pela flexibilidade. Nesse ponto, cabe lembrar as manifestações de junho de 2013 cuja irrupção foi motivada — o que não quer dizer explicada — pelo aumento de vinte centavos de real nos preços das passa-gens de ônibus. Com relação à taxa de câmbio, cabem mani-festações similares em favor de uma condução mais decidida da política cambial. É pelos vin-te centavos sim! Ironias à parte, feliz ano velho para todos nós. David Kupfer é professor licenciado e membro do Grupo de Indústria e Competitividade do Instituto de Economia da UFRJ (GIC-IE/UFRJ) e assessor da presidência do BNDES. Escreve mensalmente às segundas-feiras. E-mail: gic@ie.ufrj.br) www.ie.ufrj.br/gic. As opiniões expressas são do autor e não necessariamente refletem posições do BNDES. o crescimento de toda a região necessita de um “Brasil saudável”, especialmente diante de um ce-nário internacional de redução na demanda de matérias-primas. Mas não é só isso. As melhores perspectivas do México — impul-sionado pela recuperação dos Es-tados Unidos — ameaçam roubar os investimentos que poderiam vir para o Brasil. E o Brasil não se pode dar ao luxo de perder um trem que já avança a uma veloci-dade maior que a sua. A presença da Espanha pode ser útil tanto por ser o segundo maior investidor estrangeiro no Brasil, como pela necessidade de viabilizar o acordo entre o Merco-sul e a União Europeia. E Veracruz pode abrir novos caminhos. Como dizem os especialistas, a Espanha saiu do poço mas ainda está no purgatório. Ainda que os sinais de recuperação convidem ao otimismo, o fantasma de 23% de desemprego reflete o fato que, al-gumas vezes, a economia melhora sem melhorar a vida das pessoas. Assim, também a Espanha es-pera que o Brasil seja esse sócio que tanto precisa, para continuar sendo um dos principais desti-nos da suas empresas, mas tam-bém para ter mais e maiores in-vestimentos brasileiros. Depois de um período de des-confiança, os primeiros sinais do segundo mandato de Dilma Rousseff têm sido bem recebidos pelos empresários no Brasil. Ago-ra essa mensagem deve chegar aos vizinhos da Ibero-América e do mundo. E a cúpula ibero-ame-ricana será essa oportunidade. Mas, junto a estas complexida-des econômicas, existe também o desafio político de liderança regio-nal. Com o México atravessando dificuldades institucionais e a pró-pria Espanha em um processo de transição política e econômica, a região requer que a diplomacia brasileira assuma, como já fez no passado, a liderança que lhe cor-responde. O Brasil deve ser o gran-de articulador da região diante dos diferentes blocos e foros inter-nacionais. Isto também é parte do fortalecimento institucional que se espera deste governo nos espa-ços internacionais. Hoje, mais do que nunca, a diplomacia tem a oportunidade de se consolidar co-mo questão de Estado, acima de qualquer outra questão, social, econômica ou política. Apesar das complexidades polí-ticas que o país enfrenta hoje, a Cú-pula Ibero-americana é a oportu-nidade que o Brasil tem para colo-car em prática o seu compromisso assumido com a inovação e educa-ção. O país é, junto com a Espanha e Portugal, o único da região a in-vestir mais de 1% de seu PIB em pesquisa e desenvolvimento tec-nológico. É verdade que deveria (e deve) ser mais, porém é inegável que este é um país de grandes em-presários e com uma inesgotável capacidade para inovar. E, em mo-mentos em que as grandes empre-sas do país se encontram no centro de uma crise provocada por obscu-ras gestões é importante não es-quecer o seu papel como referên-cia para toda Ibero-América. Manter a constância em ciclos de crescimento depende da capa-cidade para inovar. Para transfor-mar riqueza em mais riqueza. E se existe uma parte do continente que deseja manter o seu ciclo de prosperidade, existe outra que de-seja muito retomá-lo. E no meio está o Brasil, o gigante do qual to-dos esperam alguma coisa. Sem dúvida, a Cúpula de Vera-cruz pode ser o momento espera-do para que o país retome o cami-nho do crescimento e a liderança a partir da educação, da inovação e da integração ibero-americana. Como bem dizia o personagem Chaves “acho que é bem difícil amar inimigos, mas amar os idio-tas é quase impossível”. José Antonio Llorente é sócio fundador e presidente da Llorente & Cuenca. Cartas de Leitores Desafios do Brasil em Veracruz Frase do dia Corrupção e trens Após excelente trabalho, a Polí-cia Federal encerrou as investiga-ções e acusou 33 pessoas como suspeitas de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, evasão fiscal, fraude licitatória, formação de quadrilha e outros crimes no cartel de trens em São Paulo, durante o governo do PSDB (1998 - 08). Entre os acusa-dos, então ex diretores de em-presas como Siemens e Bombar-dier, o deputado federal José Aníbal (PSDB) e o ex presidente da CPTM. Por aí se vê o tamanho da corrupção, licitações frauda-das, obras superfaturadas e des-vio de verbas públicas que impe-ram no país, sangrando os cofres públicos em bilhões de dólares. Seja o partido político que for, a corrupção é um crime nefasto, com gravíssimas consequências para toda a sociedade e que não pode ficar impune'. Renato Khair renatokhair@uol.com.br Nova equipe O governo por enquanto caiu na real e não chama mais os analis-tas econômicos de pessimistas. E dando mostras de que quem vai mandar mesmo na economia não será mais a Dilma, mas sim o novo indicado para o ministério da Fazenda, Joaquim Levy, final-mente a comunicação do Planal-to se alinha com a do mercado e de forma realista reduz de 2% pa-ra 0,8% a projeção de crescimen-to do PIB para 2015. Até quando a presidente vai obedecer esta nova ordem, eu não sei. Mas, que é um bom começo, e melhor ain-da para o país, que se respeite as regras do mercado, isso eu não tenho dúvidas. Paulo Panossian paulopanossian@hotmail.com ● Ao projetar um crescimento de 0,8% para o PIB em 2015, pratica-mente coincidindo com o bole-tim Focus (0,77%) e incorporan-do à proposta de Lei de Diretri-zes Orçamentárias (LDO) de 2015, ora encaminhada ao rela-tor da matéria no Congresso, a equipe econômica do segundo mandato da presidente Dilma mostra sua disposição em traba-lhar com as perspectivas de mer-cado, bem distante, portanto, das projeções delirantes que vi-goraram nos últimos anos e que sempre se chocaram com a reali-dade. Tal novidade deve ser sau-dada como um grande avanço na direção certa. Dirceu Luiz Natal dirluna@gmail.com Previdência O crescimento da expectativa de vida do brasileiro é um dado muito importante, refletindo o momento que estamos passan-do. Mas isto cria um problema para que o sistema previdenciá-rio continue funcionando. Este é um assunto que exige avaliação na busca de alternativas que pos-sam evitar crises futuras, por fal-ta de verba para cobrir as apo-sentadorias. Uriel Villas Boas urielvillasboas@yahoo.com.br Diante de um cenário tão desigual, o Brasil tem o desafio de dar um passo a frente e assumir o papel de protagonista. O crescimento da região necessita de um “Brasil saudável”, em especial diante de um cenário internacional de redução na demanda de matérias-primas Opinião Correspondências para Av. Francisco Matarazzo, 1.500 - Torre New York - CEP 05001-100 - Água Branca - SP ou para cartas@valor.com.br, com nome, endereço e telefone. Os textos poderão ser editados.