Este estudo realizou um levantamento de espécies de abelhas e suas plantas forrageiras na Estação Ecológica do Bracinho, localizada na represa hidrelétrica do rio do Bracinho em Joinville, Santa Catarina. Foram amostradas 1467 abelhas de 59 espécies, das quais 432 eram Apis mellifera. As plantas mais visitadas pelas abelhas foram de famílias como Rosaceae, Asteraceae, Lythraceae e Arecaceae. O estudo também encontrou novas espécies de abelhas para Santa
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
Diversidade de apifauna no entorno da represa hidroelétrica do rio do Bracinho, SC
1. XXX CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOLOGIA, 2014 – CADERNO DE RESUMOS
Diversidade de apifauna no entorno da represa hidroelétrica do rio do
Bracinho, SC
Denise Monique Dubet da Silva Mouga*, Manuel Warkentin*, Enderlei Dec*, Andressa
Karine Golinski dos Santos* & Rogério Nunes Barbosa*
*Universidade da Região de Joinville
Inventários de comunidades em Unidades de Conservação ensejam a
compreensão sobre a diversidade da fauna em locais protegidos. Em SC, não
há dados sobre a apifauna em ambientes no entorno de reservatórios hídricos.
Este estudo visou realizar o levantamento de espécies de abelhas e suas
plantas forrageiras, na Estação Ecológica do Bracinho, sede da represa
hidrelétrica do rio do Bracinho, em Joinville. AS abelhas foram capturadas com
redes entomológicas, em transectos, sobre plantas floridas, uma vez por mês,
das 9:00 às 16:00 h e com pratos-armadilha. Espécimes de Apis mellifera
e Trigona spinipes foram apenas contabilizados. As plantas foram fotografadas
e coletadas. Abelhas e plantas foram preparadas para identificação e
conservação. Foram realizadas 18 coletas, de março/ 2012 a agosto/ 2013
(total de 252 horas de esforço de coleta). As plantas totalizaram 100 espécies
de 54 famílias das quais as mais visitadas foram Rosaceae, Asteraceae,
Lythraceae e Arecaceae, sendo as espécies mais procuradas Rubus rosifolius
(Rosaceae), Sphagneticola trilobata (Asteraceae), Cuphea gracilis (Lythraceae)
e Rhododendron simsii (Ericaceae). Foram amostradas 1467 abelhas (428
coletadas) de 59 espécies. As subfamílias mais amostradas foram Apinae
(1219 indivíduos) e Halictinae (207). Houve amostragem de 432 indivíduos
de Apis mellifera (espécie exótica). Das espécies nativas, as mais amostradas
foram Trigona spinipes (563 indivíduos) e Paratrigona subnuda (47), ambas de
Apinae que incluiu mais 24 espécies dos gêneros Bombus, Melipona,
Partamona, Plebeia, Schwarziana, Ceratina, Xylocopa, Centris, Melissoptila,
Exomalopsis e Paratetrapedia. Em Halictinae, 44,7% dos indivíduos se incluem
no gênero Augochlora, os demais em Augochlorella, Augochloropsis,
Paroxystoglossa, Pereirapis, Pseudaugochlora, Neocorynura, Agapostemon,
Dialictus, Oragapostemon, Pseudagapostemon, Ptilocleptis e Sphecodes.
Megachilinae evidenciou 7 espécies de 2 gêneros (Megachile e Coelioxys),
Andreninae, 6 de 4 gêneros (Anthrenoides, Psaenythia, Rhophitulus e
Callonychium) e Colletinae apenas Tetraglossula anthracina, espécie ainda não
citada para SC. Foram encontradas outras nove espécies não citadas para
SC: Augochlora foxiana, Centris bicolor, Centris tarsata, Megachile susurrans,
Melipona bicolor, Melipona marginata, Melissoptila cnecomala, Psaenythia
bergii, Rhophitulus flavitarsis, Xylocopa frontalis e os gêneros Agapostemon,
Halictillus e Pereirapis. A observação de espécies ainda não citadas confirma a
importância das UCs como estratégia de resguardo da biota.
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