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ESTRUTURA DE UMA COMUNIDADE DE ABELHAS EM AREA DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA
MONTANA EM SÃO BENTO DO SUL, SC
Denise Monique Dubet da Silva Mouga1
Cristiane Krug2
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Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE – dmouga@terra.com.br
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Pós-Graduação em Entomologia – FFCLRP/USP – criskrug@usp.br
Introdução
Numa Área de Preservação Ambiental em Floresta Ombrófila Densa Montana (altitude 800 m),
foi empreendido um levantamento sobre as comunidades de abelhas e suas plantas melíferas,
visando conhecer a diversidade local de Apoidea e suas interações florais, para contribuir com
o plano de manejo da área.
Materiais e Método
Foram realizadas 12 amostragens mensais diurnas de 6 horas de duração cada, entre
abril/2006 a março/2007. A área de pesquisa foi percorrida através de transectos, onde foram
coletadas abelhas sobre plantas floridas. Abelhas e plantas foram preparadas identificação,
uma identificação prévia foi realizada e quando necessário o material foi enviado para
especialistas de cada grupo. Posteriormente todo material vegetal e animal foi depositado na
UNIVILLE. Temperatura e umidade relativa foram anotadas. Para avaliar a estrutura da
comunidade e a diversidade, foram calculados os índices de Shannon-Wiener e de Simpson.
Resultados e Discussão
Foram amostrados 934 indivíduos de Apoidea de 72 espécies, visitando 44 espécies de plantas
de 19 famílias vegetais. A família botânica mais representativa foi Asteraceae, com metade dos
táxons visitados, sendo o mais atrativo Bidens pilosa (23 espécies de abelhas), seguido por
Bidens sulphurea e Vernoanthura twediana (14 espécies de abelhas cada), predominância esta
de escolha floral recorrente no sul do país. Da comunidade de abelhas, 47% das espécies foi
representada por apenas um indivíduo, (singletons), correspondendo a menos de 4% dos
indivíduos. As espécies dominantes perfizeram 15 % do total. Com relação às plantas, apenas
26% foram visitadas por apenas uma espécie de abelha. A construção da curva de freqüências
acumuladas denotou um padrão de riqueza estimada maior. Táxons reportados de ocorrência
rara foram encontrados: Lonchopria cingulata (Colletidae), Thygater (Nectarodiaeta)
tuberculata (Apidae). Diversas espécies não assinaladas para Santa Catarina também foram
encontradas (18%). Na análise da variação dos índices, o de Simpson, que atribui maior peso a
espécies raras, evidenciou uma baixa dominância entre os táxons e de Shannon, que pondera
espécies raras e comuns, mostrou oscilação na diversidade, sugerindo influência sazonal.

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Estrutura de uma comunidade de abelhas em área de Floresta Ombrófila Densa Montana em São Bento

  • 1. ESTRUTURA DE UMA COMUNIDADE DE ABELHAS EM AREA DE FLORESTA OMBRÓFILA DENSA MONTANA EM SÃO BENTO DO SUL, SC Denise Monique Dubet da Silva Mouga1 Cristiane Krug2 1 Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE – dmouga@terra.com.br 2 Pós-Graduação em Entomologia – FFCLRP/USP – criskrug@usp.br Introdução Numa Área de Preservação Ambiental em Floresta Ombrófila Densa Montana (altitude 800 m), foi empreendido um levantamento sobre as comunidades de abelhas e suas plantas melíferas, visando conhecer a diversidade local de Apoidea e suas interações florais, para contribuir com o plano de manejo da área. Materiais e Método Foram realizadas 12 amostragens mensais diurnas de 6 horas de duração cada, entre abril/2006 a março/2007. A área de pesquisa foi percorrida através de transectos, onde foram coletadas abelhas sobre plantas floridas. Abelhas e plantas foram preparadas identificação, uma identificação prévia foi realizada e quando necessário o material foi enviado para especialistas de cada grupo. Posteriormente todo material vegetal e animal foi depositado na UNIVILLE. Temperatura e umidade relativa foram anotadas. Para avaliar a estrutura da comunidade e a diversidade, foram calculados os índices de Shannon-Wiener e de Simpson. Resultados e Discussão Foram amostrados 934 indivíduos de Apoidea de 72 espécies, visitando 44 espécies de plantas de 19 famílias vegetais. A família botânica mais representativa foi Asteraceae, com metade dos táxons visitados, sendo o mais atrativo Bidens pilosa (23 espécies de abelhas), seguido por Bidens sulphurea e Vernoanthura twediana (14 espécies de abelhas cada), predominância esta de escolha floral recorrente no sul do país. Da comunidade de abelhas, 47% das espécies foi representada por apenas um indivíduo, (singletons), correspondendo a menos de 4% dos indivíduos. As espécies dominantes perfizeram 15 % do total. Com relação às plantas, apenas 26% foram visitadas por apenas uma espécie de abelha. A construção da curva de freqüências acumuladas denotou um padrão de riqueza estimada maior. Táxons reportados de ocorrência rara foram encontrados: Lonchopria cingulata (Colletidae), Thygater (Nectarodiaeta) tuberculata (Apidae). Diversas espécies não assinaladas para Santa Catarina também foram encontradas (18%). Na análise da variação dos índices, o de Simpson, que atribui maior peso a espécies raras, evidenciou uma baixa dominância entre os táxons e de Shannon, que pondera espécies raras e comuns, mostrou oscilação na diversidade, sugerindo influência sazonal.