4. ...Síndrome Metabólica
Aterosclerose??? Definição
Acúmulo de gordura na região
mesentérica.
Obesidade denominada do tipo
central, visceral ou androgênica.
Associação com maior risco
de doença aterosclerótica.
Pacientes apresentam
triglicérides elevados, HDL-C
baixo, partículas de LDL
pequenas e densas,
hiperlipidemia pós prandial.
5. .... Diagnóstico
O diagnóstico de síndrome
metabólica requer a
presença de obesidade
abdominal, como condição
essencial e dois ou mais dos
critérios expostos na Tabela
ao lado >>>>>>>>>>
Nosso trabalho se enquadra
nos quesitos do diagnóstico
mesmo não tendo exames
laboratoriais disponíveis???
6.
7. Resistência a Insulina
A resistência a insulina segundo Ascaso et al., 2003, em
“condições patológicas é caracterizada por falta de
resposta fisiológica dos tecidos periféricos à ação da
insulina, levando a alterações metabólicas e
hemodinâmicas”.
ObsA Síndrome Metabólica, a obesidade, a
resistência à insulina estão correlacionados ao estilo de
vida da sociedade atual. Alguns fatores como tipo de
dieta, prática de exercício, hábito do tabagismo e
situações de estresse agudo estão sob
investigação.
8. Resistência a Insulina
A obesidade é um dos principais fatores de risco para
o desenvolvimento do diabetes mellitus tipo 2.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1
bilhão de pessoas no planeta esteja acima do peso, sendo
300 milhões obesos.
Por outro lado, 800 milhões enfrentariam carências
alimentares.
No Brasil, a obesidade afeta aproximadamente 40% da
população adulta, sendo estimada em 38,6 milhões de
indivíduos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE, 2005), em conjunto com o Ministério da
Saúde.
9. Resistência a insulina
Nos últimos tempos, a obesidade tornou-se um
problema de economia e de saúde pública. A
prevalência desta condição expandiu-se
rapidamente durante os últimos 20 anos (Beck,
2000).
Hipócrates reconheceu que “a morte súbita é mais
comum naqueles que são naturalmente mais
gordos do que os naturalmente mais
magros”.(Bray, 2004).
10. Resistência a Insulina
Obesidade:É considerada a principal causa de morte
evitável, ao lado do tabaco (Viuniski, 2003).
Há dois tipos básicos de obesidade: hipercelular,
que ocorre com aumento no número de adipócitos, e a
hipertrófica, causada pelo aumento no tamanho dos
adipócitos.
11. Resistência a Insulina
O hábito crônico do tabagismo é encontrado na
literatura como fator que leva à resistência à insulina,
obesidade, hiperinsulinemia e dislipidemia.
O estresse agudo provoca resistência à insulina pelo
fato do cortisol elevar a glicemia sérica, além de
impedir a utilização da glicose não-hepática (Kelly,
2000).
12. Resistência a Insulina
À medida que o IMC aumentou, o risco relativo aumentou,
tanto que no IMC de 35 kg/m2 o risco relativo
aumentou 40 vezes, ou seja, 4000% (Bray, 2004), se
tratando de DM.
ObsOs fatores etiológicos da obesidade são divididos em
dois grupos: exógenos, que compreendem os fatores
externos, como comportamentais, dietéticos e
ambientais; e endógenos, relacionados a componentes
genéticos, endócrinos, neuropsicológicos e
metabólicos. Os fatores exógenos são mais comuns e
compreendem 95% dos casos, enquanto que os endógenos
representam apenas 5% dos casos (Dâ-maso et al., 2003).
13.
14. Fisiopatologia da Resistência a
Insulina
Na obesidade, os adipócitos secretam maiores
concentrações de TNF-A e interleucina 6, que são
antagonistas à ação da insulina.
O desenvolvimento da resistência à insulina nos
adipócitos resulta no acúmulo de ácidos graxos livres
na circulação.
O acúmulo de ácidos graxos leva ao aumento da
concentração de vários metabólitos celulares, que
alteram o processo de translocação do GLUT-4.
15. Fisiopatologia da Resistência a
Insulina
No fígado, os ácidos graxos promovem aumento do
processo de gliconeogênese e diminuição do clearance
de insulina (Fontes, 2003; Greenfield & Campbell, 2004;
Manco et al., 2004; Machann et al., 2004).
No pâncreas, a exposição prolongada de ácidos graxos
pode levar à diminuição da liberação de insulina
através dos mecanismos da lipotoxicidade, com
disfunção até apoptose das células-B.
22. Aterogênese
Aterosclerose prematura deriva nestes assuntos da
interação sinérgica de alterações metabólicas e
hemodinâmicas somando-se à inflamação, disfunção
endotelial, síntese de oxido nítrico alterada.
Estudos indicam que a DHGNA também pode ser um fator
de risco cardiovascular, como a SM.
Aterosclerose prematura foi recentemente observada em
humanos com DHGNA.
Uma proporção significativa de pacientes com DHGNA
desenvolve hipertensão, diabetes e dislipidemia, em 3-4
anos após o diagnóstico.
23. Aterogênese
Inicia-se com a agressão ao endotélio vascular devido a
fatores de risco como elevação de lipoproteínas
aterogênicas (LDL, IDL, VLDL,remanescentes de
quilomícrons), hipertensão arterial ou tabagismo.
OS: -> Lipoproteínas de alta densidade (HDL) podem
proteger o do acumulo excessivo de lipídios no vaso.
Além da lesão endotelial prévia os macrófagos
saturados com lipídios, antes ou depois da sua
morte, podem liberar muitos produtos danosos ao
endotélio, tais como, LDL oxidante e os radicais
livres.
24. Aterogênese-Fisiopatologia
Disfunção endotelial aumenta a permeabilidade da
íntima às lipoproteínas plasmáticas favorecendo a
retenção das mesmas no espaço subendotelial.
Retidas, as partículas de LDL sofrem oxidação, causando
a exposição de diversos neo-epítopos, tornando-as
imunogênicas.
Surgimento de moléculas de adesão leucocitária na
superfície endotelial, processo estimulado pela presença
de LDL oxidada.
Induzidos por proteínas quimiotáticas, os monócitos
migram para o espaço subendotelial, que por sua vez
captam as LDL oxidadas.
25. Aterogênese-Fisiopatologia
Estes elementos formam na
placa aterosclerótica, o núcleo
lipídico, rico em colesterol e a
capa fibrosa, rica em colágeno.
*As placas estáveis caracterizam-
se por predomínio de colágeno,
organizado em capa fibrosa
espessa, escassas células
inflamatórias e núcleo lipídico
de proporções menores.
26. Aterogênese-Fisiopatologia
*As instáveis apresentam
atividade inflamatória
intensa, especialmente nas
suas bordas laterais, com
grande atividade
proteolítica, núcleo lipídico
proeminente e capa fibrótica
tênue.
27. Aterogênese
**A ruptura desta capa expõe
material lipídico altamente
trombogênico, levando à
formação de um trombo
sobrejacente.
28. Placa Vulnerável Rica em Lipídio e
Sua Ruptura
As placas que sofrem ruptura tendem a ser
relativamente pequenas e macias.
Possuem uma elevada quantidade de ésteres de
colesterol.
Ocorre mais freqüentemente entre o núcleo lipídico e
o lúmen, onde a capa fibrosa é mais fina, mais
intensamente infiltrada por células espumosas e mais
frágil.
29. Placa Vulnerável Rica em Lipídio e
Sua Ruptura
Vulnerabilidade se deve a três fatores:
1) Estresse parietal circunferencial ou “fadiga da capa” -
> a pressão arterial e o raio do lúmen, estresses cíclicos
repetitivos a longo prazo podem enfraquecer a placa e
aumentar sua vulnerabilidade a fratura.
2) Localização, tamanho e consistência do núcleo
ateromatoso.
3) Característica do fluxo sanguíneo, particularmente o
impacto proximal da placa.
30. Tipos de Trombos
Trombos vermelhos-> A constituição desse tipo de
trombo é de hemácias, leucócitos e plaquetas dispersos
numa rede de fibrina.
Trombos Brancos -> constituídos
predominantemente por fibrina e plaquetas.
Trombos Mistos-> mais freqüentes, contendo
componentes do trombo branco e hemácias. As
plaquetas e leucócitos ficam mais na periferia, e as
hemácias permanecem mais centrais
Trombos Hialinos-> ocorrem na microcirculação e
são constituídos essencialmente por fibrina.
31. Fatores de risco a Aterosclerose
Dieta-> A ingestão de gorduras saturadas está associada a
uma maior trobogenicidade.
Hipertensão->Na HAS, a disfunção endotelial promove
aterogênese pela atenuação das respostas aos
vasodilatadores endoteliais, maior permeabilidade a
macromoléculas (maior aderência leucocitária).
Tabagismo-> Indução da liberação de catecolaminas e ou
nicotina, o que pode elevar os níveis sanguíneos de
fibrinogênio (morte subita). Há aumento do tonus vascular.
O tabagismo ainda diminui o HDL e aumenta a oxidação do
LDL, sendo o ultimo devido a exposição aos radicais livres
presentes na fumaça.
32. Fatores de risco a Aterosclerose
Diabetes-> Hipertrigliceridemia com depleção do
HDL circundante representa o perfil lipídico do
característico da resistência a insulina e da deabetes mal
controlada 80 % dos pacientes com DM tem fatores
diagnóstico para a obesidade(IMC maior que 30 kg/m²).
O diabético tem risco de duas a três vezes maior de IAM;
aumento de oito vezes o risco de HAS. É um fator de risco
independente para a aterosclerose acelerada.
A resistência a insulina por si só aumenta a aderência
plaquetaria, disfunção das células endoteliais, estado pró
coagulante induzido, aumento da produção de endotelina
(aterogênico) e inibidor do ativador do plasminogênio.
33. Epidemiologia da Aterosclerose
Cerca de 32% da população brasileira apresenta
sobrepeso [Índice de Massa Corporal (IMC) > 25)] ???
Estudo conduzido em nove capitais, envolvendo
8.045 indivíduos com idade mediana de 35 + 10
anos, no ano de 1998, mostrou que 38% dos homens
e 42% das mulheres possuem CT > 200 mg/dL.
A estimativa de hipertensão arterial na população
brasileira adulta de acordo com o Ministério da Saúde
(1991) e IBGE (Censo Populacional de 1991) foi de 15%.
34. Doença Aterotrombótica Carotídea
Cerca 20% dos AVCIs e ataques isquêmicos
transitórios ocorre quando uma placa aterosclerótica
significativamente estenótica carotídea extracranianas
é agudamente complicada pela ruptura.
As placas carotídeas de alto risco são
significativamente estenóticas e não são ricas em
lipídeos , mas sim heterogêneas e ricas em material
fibroso.
“Obs-> Dça silenciosa...”
35. Doença Aterotrombótica Carotídea
A aterosclerose carotídea, uma das principais causas de
AVC e de DCV, também tem na HA o principal fator
desencadeante.
Mais de 30% dos indivíduos assintomáticos com placas
ateroscleróticas nas artérias carótidas são hipertensos.
36. Obesidade Relacionada ao Excesso
de Mortalidade
A obesidade contribui para 14 e 20% das mortes por
câncer em homens e em mulheres.
Risco de câncer de cólon e reto, câncer de
estômago, pâncreas e fígado em homens e de
ovário, linfoma não-Hodgkin, câncer de
útero, mama e fígado em mulheres.
Um aumento linear no risco de câncer de
endométrio, com aumento de peso ou IMC foi
observado na maioria.
37. HAS e AVE Artigo Isolado
Ao redor de 30% dos doentes que sofrem um AVC
falecem no primeiro ano e 30% ficam com seqüelas
graves e/ou incapacitantes.
A hipertensão arterial (HA) é o principal fator de risco
modificável para as doenças cerebrovasculares (DCV)
principalmente para o AVC.
Cerca de 80% dos AVCs estão relacionados à HA, que
pode causar todos os diferentes tipos de AVC, como
infarto, hemorragia, grandes AVCs ou lacunares e as
demências vasculares.
38. HAS e AVE Artigo Isolado
Uma constatação bastante interessante e ainda sem
explicação adequada é que a HA normalmente é mais
lesiva ao cérebro do que a outros órgãos.
Os hipertensos têm uma incidência duas vezes maior
de infarto agudo do miocárdio e quatro vezes de
acidente vascular cerebral, comparativamente aos
normotensos 1.
40. HAS e AVE Artigo Isolado
Tanto a HA sistólica (HAs) como a diastólica (HAd)
são lesivas ao cérebro e ambas devem ser avaliadas e
controladas.
O estudo SHEP (“Prevention of Stroke by
Antihyertensive Drug Treatment in Older Persons with
Isolated Systolic Hypertension ”) mostrou que o
controle da HAs reduz em 36% a incidência de AVC,
24% a incidência de crise isquêmica transitória e em
40% a mortalidade.
41. HAS e AVE Artigo Isolado
Com relação à redução do risco relativo de AVC e redução
da pressão arterial, os estudos mostram que quando há
uma redução de 2 mmHg, o risco relativo cai 4%; de 3
mmHg, o risco relativo cai 8%; e de 10 mmHg, o risco
relativo chega a cair 33%.
No Brasil, estima-se uma prevalência de HAS está em torno
de 36% entre os diabéticos de 78% 24.
A HA pode comprometer todas as artérias cerebrais, como
as de grande calibre (carótidas, cerebrais), as de médio
calibre e as de fino calibre, como as artérias penetrantes.
Pode também comprometer todas as estruturas que
compõem as artérias, principalmente as camadas íntima
e média.
42. Artigo de AVE em Jovens-> Análise
de 164 casos
Fatores de riscos aterotrombóticos foi prevalentes em 48,22% dos
casos dos pacientes com AVCI.-> pcts cujos primeiro episódio
ocorreu dos 15 e 49 anos.
Nos casos da AVCH a HAS foi a etiologia mais freqüente.
“Não esquecer que os AVCIs podem estar relacionados a
distúrbios da coagulação”.
Realizado no ambulatório de doenças cerebrovasculares do
hospital das clinica da UFPR.
#*# Provável AVC aterotrombótico foi considerado aos pacientes
sem evidencia de embolismo e que apresentavam mais do que
dois dos seguintes fatores de risco:
HAS, DM, hipertrigliceridemia, etilismo e hipertrofia do
ventrículo esquerdo, com clínica compatível de
comprometimento cortical +TC. (48,22%).
43. Conclusão
O tratamento de SM não deve ser dirigida a alterações
de núcleo simples, mas que visa reduzir a resistência à
insulina e todas as doenças.
Do mesmo modo, uma dieta restrita e moderada a
elevado grau de atividade física melhora a Resistência a
insulina.
Os AVEs e os IAMs são em sua maioria doenças
secundárias aos critérios da síndrome metabólica.
44. Conclusão
O debate sobre a melhor forma para prevenir a
Síndrome Metabólica continua. Muitos especialistas
acreditam que o método inicial seja direcionar uma
terapia para a Síndrome, para isso deve-se considerar
especialmente o contexto do trabalho existente na
relação médico-paciente para estimular a
atividade física (exercícios), alteração alimentar e
a perda de peso, enfim, mudanças no estilo de
vida.
45. Conclusão
O controle da pressão arterial é um item fundamental
e prioritário na prevenção primária ou secundária dos
AVCs. Deve ser feito de modo exaustivo e
contínuo, e, assim, estaremos oferecendo uma boa
proteção aos nossos pacientes, frente a essa terrível
doença que é o AVC.