O documento discute a importância dos jogos no ensino da matemática. Aprender matemática através de jogos permite que as crianças desenvolvam habilidades como raciocínio, resolução de problemas e cooperação. Vários materiais concretos são apresentados que podem ser usados em jogos, como blocos lógicos e material dourado de Montessori, para tornar conceitos abstratos mais tangíveis para os estudantes.
2. Introdução
As crianças possuem uma grande capacidade de
raciocinar e colocar em prática sua capacidade de resolver
situações-problemas, caracterizando objetos e buscando
soluções próprias. Neste processo, a discussão sobre a
importância dos jogos no ensino da Matemática vem se
acentuando cada vez mais.
Os jogos em sala de aula surge como uma oportunidade
de socializar os alunos, trabalhar a cooperação mútua,
participação da equipe, num esforço concentrado para
elucidar os problemas propostos. Para que esse recurso
apresente resultado eficaz, o educador precisa de um
planejamento organizado e de selecionar jogos que
incitem, estimulem o aluno na busca pelo resultado.
3. Para Schwartz (1966), a noção de
jogo aplicado à educação
desenvolveu-se de forma vagarosa e
chegou tardiamente, no âmbito
escolar. Mas, de acordo com o autor,
apesar de ser sistematizada com
atraso, trouxe significativas
transformações, fazendo com que a
aprendizagem se tornasse eficaz,
além divertida.
4. A importância dos jogos no ensino da Matemática vem
sendo debatida há algum tempo, sendo bastante
questionado o fato de a criança realmente aprender
Matemática brincando e a intervenção do professor. Por
isso, ao optar por trabalhar a Matemática por meio dos
jogos, o professor deve levar em conta a importância da
definição dos conteúdos e das habilidades presentes nas
brincadeiras e o planejamento de sua ação com o objetivo
de o jogo não se tornar mero lazer.
Para muitos alunos, a Matemática se torna um problema, pois
muitos se “fecham”, ou tem vergonha de perguntar e esclarecer
suas dúvidas sobre determinados conteúdos.
Cabe ao professor lançar mão desse valioso recurso na busca
por um ensino e aprendizagem eficaz, transformando aquilo que
poderia ser sofrido e traumático em muitos casos, em situações
de ludicidade e aprendizagem.
5. Material Dourado Montessori
Idealizados pela médica e educadora italiana Maria
Montessori.
Destina-se à atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem
do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para
efetuar as operações fundamentais (algoritmos).
No ensino tradicional, as crianças "dominam" os algoritmos a
partir de treinos cansativos, mas sem compreender o que fazem.
Com o Material Dourado, as relações numéricas abstratas
passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão,
desenvolvendo raciocínio e proporcionando aprendizado mais
agradável.
6. Blocos Lógicos
Pequenas peças geométricas, criadas na década de 50 pelo
matemático húngaro Zoltan Paul Dienes.
Foram utilizados de modo sistemático com crianças pelo
psicólogo russo Vygotsky (1890-1934), quando ele estudava a
formação dos conceitos infantis.
Os blocos lógicos constituem-se de caixas contendo 48 peças
divididas. Os atributos são: três cores (vermelho, amarelo e
azul), dois tamanhos (pequeno e grande), duas espessuras (fino
e grosso), quatro formas (retangular, quadrada, triangular e
circular).
Função: Dar aos alunos ideias das primeiras operações lógicas,
como correspondência e classificação. Essa importância atribuída
aos materiais concretos tem raiz nas pesquisas do psicólogo
suíço Jean Piaget (1896-1980).
7. Segundo Piaget, a aprendizagem da Matemática envolve o
conhecimento físico e o lógico-matemático. No caso dos blocos, o
conhecimento físico ocorre quando o aluno manuseia, observa e
identifica os atributos de cada peça.
O lógico-matemático se dá quando ela usa esses atributos sem
ter o material em mãos (raciocínio abstrato).
ATIVIDADE: Desenhe no quadro-negro uma tabela para fazer
juntamente com os estudantes a classificação dos Blocos
Lógicos.
8. AIVIDADE: JOGO DO NUNCA 10
Em grupos de 3 ou 4 alunos.Material necessário:
1 dado, os cubinhos, as barras e as placas do Material Dourado
Regras
1. Decidam quem começa a jogar e qual a ordem dos jogadores.
2. Cada um, na sua vez, joga o dado e pega a quantidade de cubinhos
que corresponde ao número de pontos que saiu no dado.
3. Nas próximas jogadas, os pontos vão se somando ao resultado
anterior.
4. A regra é NUNCA DEZ! Cada vez que um jogador conseguir 10
cubinhos, deve trocar por uma barra,e , quando tiver 10 barras, deve
trocar por uma placa (centena).
5. Ganha quem primeiro conseguir a placa.
9. possível formar várias figuras, utilizando todas elas, colocando-
as lado a lado sem sobrepô-las. É possível montar mais de
1700 figuras entre animais, plantas, pessoas, objetos, letras,
números, figuras geométricas e outros.
Conhecido como jogo das sete peças, é utilizado como
instrumento facilitador da compreensão das formas geométricas.
Desenvolve a criatividade e o raciocínio lógico.
Atividade Trabalhar a identificação, comparação,
descrição, classificação e desenho de formas geométricas
planas, visão e aspectos de figuras planas, exploração de
transformações geométricas através de decomposição e
composição de figuras, abrangência das propriedades das figuras
geométricas planas, reprodução e resolução de problemas
usando padrões geométricos. Ao final de cada etapa, debater as
soluções encontradas, para estabelecer analogias e na
construção de outras figuras.
ÉÉ um quebra-cabeça chinês, de
origem milenar formado por apenas
10.
11. CUBO DE FRAÇÕES
Os cubos de frações são constituídos por
93 peças, todas são partes de um inteiro (o
cubo referência cor de madeira).
Ele foi elaborado para se trabalhar frações
contínuas, isto é, frações em que a unidade é
divisível em partes menores que a unidade.
Conseguimos com este material visualizar a
relação de equivalência de frações e com isso
explorar as operações aritméticas.
Os cubos de frações são constituídos por
93 peças, todas são partes de um inteiro (o
cubo referência cor de madeira).
Foi elaborado para se trabalhar frações contínuas, isto é,
frações em que a unidade é divisível em partes menores que a
unidade. Conseguimos com este material visualizar a relação de
equivalência de frações e com isso explorar as operações
aritméticas.
12. ATIVIDADE
Para fazermos a adição de frações
com denominadores diferentes é
necessário compararmos duas frações
com mesmo denominador, como
iremos observar no exemplo a seguir
Na figura 1, temos a representação da classe de
equivalência de
Figura 1
Na figura 2, temos a representação da classe de equivalência de
Figura 2
Na figura 3 temos a identificação das frações equivalentes à
Um denominador comum.
Figura 3
13. Assim, a figura 4, tem-se a transformação das parcelas
em frações equivalentes com denominador comum.
Figura 4
Por último, na figura 5, tem-se o resultado da adição
das frações a partir do agrupamento das parcelas.
Figura 5
O que observamos que o resultado obtido será de
Na subtração, a forma de raciocínio é semelhante
ao da operação de adição, exceto, que em vez de
somar iremos subtrair. Assim, observemos o
exemplo a seguir
Na figura 6, temos a representação da classe de
equivalência de
Figura 6
14. Na figura 7, temos a representação da classe de equivalência de
Figura 7
Figura 8
Assim, a figura 9, temos a identificação das frações
equivalentes a com um denominador comum.
Por último, na figura 10, tem-se o resultado da subtração das
frações.
Figura 10O que observamos que o resultado
obtido será de
15. desenvolvimento cognitivo da criança. Não
é apenas um momento de brincadeira e
não pode ser confundido com momento de
desordem e indisciplina. A criança precisa
saber que é um momento em que usará
seus conhecimentos e suas experiências
para participar, argumentar, propor
soluções na busca de chegar aos
resultados.