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Assistência deAssistência de
Enfermagem emEnfermagem em
Traumatismo AbdominalTraumatismo Abdominal
Maria Regiane Trincaus
Silvana Maria Sasso
2011
IntroduçãoIntrodução
O abdome é freqüentemente lesado tanto após
traumatismos fechados como abertos, 25% das
vítimas vão necessitar de exploração abdominal.
Principal causa de morte nas primeiras horas pós-
trauma: choque hipovolêmico.
Segunda causa: sepse.
Paciente com traumatismo abdominal: deve ser
considerado politraumatizado grave ou
potencialmente grave.
Lesões não diagnosticadas: causa de mortes
previsíveis.
Exame comprometido por:
◦ Álcool, drogas ilícitas;
◦ Lesões cerebrais, medula espinhal;
◦ Lesões de costelas, coluna e pelve.
É dividido em aberto e fechado:
Trauma aberto: Tem solução de
continuidade da pele , secundários a arma
de fogo ou arma branca.
◦ Penetrante:
- Com lesão interna;
- Sem lesão interna.
◦ Não penetrante:
- Não atinge o peritônio.
Correspondem a 10-20% dos Casos.
 Principais Causas:
◦ Arma Branca (60%);
◦ Arma de Fogo (20%);
◦ Acidentes de Trabalho.
Órgãos Acometidos:
◦ Int. Delgado (20-50%);
◦ Fígado (24%);
◦ Baço (14%).
Trauma fechado : Mecanismo indireto
de lesão, são secundários a acidentes com
veículos automotores, motocicletas,
quedas, agressões, e atropelamento.
Lesão pode ser de víscera oca, maciça,
isolada, múltiplas, e de outras estruturas
como vasos sangüíneos, nervos,
músculos, e ossos.
Principais Mecanismos:
◦ Cisalhamento;
◦ Compressão;
◦ Desaceleração;
◦ Esmagamento.
Manifestações Clínicas:
◦ Dor Abdominal no local do trauma ou difusa
(peritonismo);
◦ Choque Hipovolêmico;
◦ Rigidez de parede – abdome em tábua;
◦ Irritação Peritoneal;
◦ Sangramento Digestivo;
◦ Fraturas de costelas inferiores;
◦ Equimose de parede abdominal;
◦ Ferimentos na parede abdominal,dorso e tórax;
◦ Sangramento pela uretra,vagina ou reto.
Exame FísicoExame Físico
Inspeção
- distúrbios
respiratórios;
- marcas do trauma;
- feridas por projétil ou
por arma branca;
- hematomas,
escoriações;
- distensão abdominal;
- evisceração;
- deformidade da
bacia;
- alterações no períneo
e genitália.
Ausculta
detectar diminuição
ou ausência de ruídos
hidroaéreos
(analisar com outros
dados clínicos do
paciente).
Exame FísicoExame Físico
Palpação
dor difusa ( Ex:
líquido extravasado
e irritante na
cavidade);
dor localizada é
menos comum (Ex:
hematoma
hepático).
Percussão
macicez (presença
de líquido
intraperitoneal);
desaparecer a
macicez hepática
(possibilidade de
presença de ar
cavidade em caso
de lesões do tubo
digestivo).
SITUAÇÕES ESPECIAIS:
◦ Objetos Encravados
◦ Evisceração
◦ Trauma na Gravidez
Traumas abdominais maisTraumas abdominais mais
importantesimportantes
 Fraturas de pelveFraturas de pelve: devem ser identificados por
possibilidade de lesões associadas principalmente
a reto, bexiga e uretra. Hematomas
retroperitoneais secundários à lesões ósseas
podem seqüestrar até 4 litros de sangue.
 Traumatismo hepático:Traumatismo hepático: podem levar a quadros
de hipovolemia e choque hipovolêmico grave se
não tratado adequadamente. O tratamento é
conservador.
 Traumatismo esplênicoTraumatismo esplênico: Também podendo levar
a quadro de hipovolemia importante. Seu
tratamento é conservador através de reposição de
volume e jejum por 48 a 72h. A indicação de
esplenectomia ou LAP só ocorre se houver
necessidade de transfusão de 40ml/Kg de sangue
nas primeiras 24h ou em caso de sangramento que
ameace a vida. São de difícil diagnóstico.
 Traumatismo pancreáticoTraumatismo pancreático: de difícil diagnóstico,
com altos índices de morbidade e mortalidade.
Pode levar a fístulas pancreáticas, pancreatites
persistentes, pseudocistos, diabetes e hemorragia e
sepse em função de diagnósticos retardados.
Assistência de EnfermagemAssistência de Enfermagem
Desobstrução de vias aéreas;
Administração de oxigênio em alto fluxo;
Elevação de MMII (posição de choque, posição
supina);
Aquecer vítima, evitando hipotermia;
Controle de hemorragias externas;
Puncionar dois acessos venosos de grosso calibre
(Abocath 14 ou 16);
Infundir líquido aquecido (Ringer ou SF);
Realizar SVD se não for contra-indicado;
Realizar SNG aberta;
Realizar anti-sepsia abdominal para punção
abdominal (procedimento médico);
Cobrir as vísceras com compressas estéreis e
úmidas, e mantê-las umedecidas.
A punção abdominal ajuda a
detectar hemorragias intra-
abdominais.
O líquido peritonial normal é de aspecto
amarelo claro.
 Sangue grosso, bile, urina ou material
fecal indicam lesão com necessidade de
cirurgia.

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Assistência de enfermagem em traumatismo abdominal

  • 1. Assistência deAssistência de Enfermagem emEnfermagem em Traumatismo AbdominalTraumatismo Abdominal Maria Regiane Trincaus Silvana Maria Sasso 2011
  • 2. IntroduçãoIntrodução O abdome é freqüentemente lesado tanto após traumatismos fechados como abertos, 25% das vítimas vão necessitar de exploração abdominal. Principal causa de morte nas primeiras horas pós- trauma: choque hipovolêmico. Segunda causa: sepse. Paciente com traumatismo abdominal: deve ser considerado politraumatizado grave ou potencialmente grave. Lesões não diagnosticadas: causa de mortes previsíveis. Exame comprometido por: ◦ Álcool, drogas ilícitas; ◦ Lesões cerebrais, medula espinhal; ◦ Lesões de costelas, coluna e pelve.
  • 3. É dividido em aberto e fechado: Trauma aberto: Tem solução de continuidade da pele , secundários a arma de fogo ou arma branca. ◦ Penetrante: - Com lesão interna; - Sem lesão interna. ◦ Não penetrante: - Não atinge o peritônio.
  • 4. Correspondem a 10-20% dos Casos.  Principais Causas: ◦ Arma Branca (60%); ◦ Arma de Fogo (20%); ◦ Acidentes de Trabalho. Órgãos Acometidos: ◦ Int. Delgado (20-50%); ◦ Fígado (24%); ◦ Baço (14%).
  • 5. Trauma fechado : Mecanismo indireto de lesão, são secundários a acidentes com veículos automotores, motocicletas, quedas, agressões, e atropelamento. Lesão pode ser de víscera oca, maciça, isolada, múltiplas, e de outras estruturas como vasos sangüíneos, nervos, músculos, e ossos.
  • 6. Principais Mecanismos: ◦ Cisalhamento; ◦ Compressão; ◦ Desaceleração; ◦ Esmagamento.
  • 7. Manifestações Clínicas: ◦ Dor Abdominal no local do trauma ou difusa (peritonismo); ◦ Choque Hipovolêmico; ◦ Rigidez de parede – abdome em tábua; ◦ Irritação Peritoneal; ◦ Sangramento Digestivo; ◦ Fraturas de costelas inferiores; ◦ Equimose de parede abdominal; ◦ Ferimentos na parede abdominal,dorso e tórax; ◦ Sangramento pela uretra,vagina ou reto.
  • 8. Exame FísicoExame Físico Inspeção - distúrbios respiratórios; - marcas do trauma; - feridas por projétil ou por arma branca; - hematomas, escoriações; - distensão abdominal; - evisceração; - deformidade da bacia; - alterações no períneo e genitália. Ausculta detectar diminuição ou ausência de ruídos hidroaéreos (analisar com outros dados clínicos do paciente).
  • 9. Exame FísicoExame Físico Palpação dor difusa ( Ex: líquido extravasado e irritante na cavidade); dor localizada é menos comum (Ex: hematoma hepático). Percussão macicez (presença de líquido intraperitoneal); desaparecer a macicez hepática (possibilidade de presença de ar cavidade em caso de lesões do tubo digestivo).
  • 10. SITUAÇÕES ESPECIAIS: ◦ Objetos Encravados ◦ Evisceração ◦ Trauma na Gravidez
  • 11. Traumas abdominais maisTraumas abdominais mais importantesimportantes  Fraturas de pelveFraturas de pelve: devem ser identificados por possibilidade de lesões associadas principalmente a reto, bexiga e uretra. Hematomas retroperitoneais secundários à lesões ósseas podem seqüestrar até 4 litros de sangue.  Traumatismo hepático:Traumatismo hepático: podem levar a quadros de hipovolemia e choque hipovolêmico grave se não tratado adequadamente. O tratamento é conservador.
  • 12.  Traumatismo esplênicoTraumatismo esplênico: Também podendo levar a quadro de hipovolemia importante. Seu tratamento é conservador através de reposição de volume e jejum por 48 a 72h. A indicação de esplenectomia ou LAP só ocorre se houver necessidade de transfusão de 40ml/Kg de sangue nas primeiras 24h ou em caso de sangramento que ameace a vida. São de difícil diagnóstico.  Traumatismo pancreáticoTraumatismo pancreático: de difícil diagnóstico, com altos índices de morbidade e mortalidade. Pode levar a fístulas pancreáticas, pancreatites persistentes, pseudocistos, diabetes e hemorragia e sepse em função de diagnósticos retardados.
  • 13. Assistência de EnfermagemAssistência de Enfermagem Desobstrução de vias aéreas; Administração de oxigênio em alto fluxo; Elevação de MMII (posição de choque, posição supina); Aquecer vítima, evitando hipotermia; Controle de hemorragias externas; Puncionar dois acessos venosos de grosso calibre (Abocath 14 ou 16); Infundir líquido aquecido (Ringer ou SF); Realizar SVD se não for contra-indicado; Realizar SNG aberta; Realizar anti-sepsia abdominal para punção abdominal (procedimento médico); Cobrir as vísceras com compressas estéreis e úmidas, e mantê-las umedecidas.
  • 14. A punção abdominal ajuda a detectar hemorragias intra- abdominais. O líquido peritonial normal é de aspecto amarelo claro.  Sangue grosso, bile, urina ou material fecal indicam lesão com necessidade de cirurgia.