Alex tem um sonho estranho e vai até a casa de Sebastian em busca de respostas. Sebastian explica que Alex é uma dominadora do elemento fogo e descreve a origem dos dominadores. Ele também revela ter sido um dominador no passado, mas abriu mão do poder após se apaixonar e ver sua amada e pais morrerem. Alex descobre que seu pai também era um dominador.
1. Capitulo dois
As chamas crepitavam em sua volta, sem direção, Alex começou a correr, mas não
conseguia se livrar do fogo que provocava um formigamento na pele, mas não queimava. Um
pavor percorreu todo o corpo dela, ela gritava nomes, primeiro chamou por Michelle, sua mãe,
depois por Samuel e de repente, se ouviu chamando por Sebastian.
Alex olhou em volta, ela dizia a si mesma para parar, aquilo não era real, era uma ilusão.
Parou subitamente de correr quando olhou para sua mão esquerda, calmamente ela a
levantou até a altura dos ombros, e olhou-a – que formigava com o calor do fogo –
calmamente, desceu o olhar até o antebraço, a cicatriz brilhava.
“Isso acontece porque, quando vocês estão juntos são mais fortes”, ela se lembrou do
que Sebastian dissera e então se virou e viu, atrás de si, Damon, Sebastian e uma garota que
não conhecia.
O fogo cessou, mas a cicatriz emanava a luz vermelha forte e brilhante mais do que
nunca.
A menina tinha dreads até a cintura, olhos cor de âmbar, a pele morena levemente
morena, como se estivesse bronzeada, ela olhava para Alex com a cabeça erguida, quase
mostrando superioridade. Ela se virou mais uma vez, e viu Sebastian, ele e um homem que não
conhecia, tinha cabelos loiros que encostavam nos ombros, a face dele era tão incrível que
Alex mal sabia descrever, mal conseguia olhar. Uma mão tocou seus ombros, fazendo-a se
virar.
– Acorda. – Disse Sam, sorrindo.
Alex olhou em volta, e então lá estava ela em seu quarto, sentada na cama.
Foi só um sonho.
As janelas faziam a luz do sol entrar pelo quarto, iluminando-o completamente. Alex
sentiu as costas molhadas, não estava coberta, os lençóis e o edredom estavam no chão,
enrolados. Os cabelos grudavam na testa e as mãos estavam molhadas e escorregadias por
causa do suor, ela se levantou da cama e fez a mesma rotina do dia anterior, só que dessa vez,
não iria para a escola.
Alex prendeu o cabelo em um coque alto, puxou alguns fios acima da orelha para
modelar o rosto. Ela sabia o que estava fazendo, e mal conseguia evitar, queria impressionar
Sebastian.
Ela vestiu uma blusa branca que destacava os fios vermelhos, jaqueta de couro, uma
calça jeans e botas pretas. Ela se olhava no espelho, ela não era assim, se vestir daquele jeito
era totalmente diferente dela, olhou para si mesma mais vezes, mas estava decidida, iria
assim mesmo.
Alex saiu pela rua, e tirou o papel com endereço do bolso. Leu, e não tinha a menor
ideia de onde ficava, ela teve sorte que tinha dinheiro e pegou um taxi.
O taxi começou a se mover, e logo o que se via através da janela não passava de um
borrão, não levou muito tempo até que o carro estacionasse. O endereço levou a uma rua
sem saída, com mansões grandes e velhas, com pátios enormes de grama alta.
2. – Essa é a casa do endereço. – disse o taxista, apontando para uma casa de dois
andares, não muito diferente das casas vizinhas, mas com certeza menor e com a aparência
um pouco mais de “casa abandonada”.
Alex saltou do taxi e viu Sebastian, que estava parado na frente de casa. Ela atravessou a
rua, sem jeito diante dele, chegando a calçada do outro lado ele parou no primeiro degrau de
uma escada que levava a varanda.
– Eu senti você desde que saiu de casa, sabia que viria. – ele sorriu – Ah, Alex... Não
precisava se arrumar para mim, sabe que eu vejo tudo, não sabe?
Alex enrubesceu imediatamente, ela sabia, mas não tinha pensado nisso antes de sair de
casa.
– Eu preciso de algumas respostas, e sei que as têm.
– Eu sei, – ele sorriu mais uma vez, mas agora mostrando os dentes – estou aqui
anjinho.
– Obrigada. – e pela primeira vez, Alex sorriu para Sebastian.
Eles atravessaram a varanda e entraram em casa, os móveis eram rústicos, as paredes
enfeitadas com quadros de molduras velhas. Uma escada ficava perto da porta, parecia
precária e ela nunca se arriscaria a subi-la.
– Eu sei que não é um ambiente muito agradável, mas não precisa ter medo da escada,
a subo todos os dias e até hoje eu não caí – ele fez um gesto apontando para cima. – te
mostraria meu quarto, mas correria o risco de você me agarrar.
– Engraçado, muito engraçado, – ela realmente riu. – mas ainda procuro respostas, se
estiver disposto.
– Para você, estou sempre disposto.
Alex corou, e Sebastian percebeu.
– Eu tive um sonho hoje, – ela fez uma pausa, Sebastian tinha sentado no sofá, e fazia
um gesto para que Alex se sentasse na poltrona a frente, ela o fez. – e estava lá Sam, Damon,
você e outras duas pessoas que eu não conhecia...
– Como eram essas pessoas? – ele apoiou os cotovelos nos joelhos, se inclinando para
frente, parecendo interessado.
Alex descreveu o seu sonho, falando sobre o homem de olhar penetrante e a menina de
beleza exótica, Sebastian ouviu atentamente, mudou de posição na poltrona algumas vezes,
passou a maior parte do tempo massageando as têmporas ou esfregando as mãos, ele não
parava.
– Eu já os vi, em sonhos também, – respondeu Sebastian. – e isso é estranho, você pode
estar tendo visões em seus sonhos..
Ele suspirou e jogou as costas contra o encosto do sofá, olhou para cima, pensando
sobre como aquilo era possível, talvez soubesse o que significava, talvez soubesse se era
possível ou não, Alex não tinha como saber, tinha que acreditar nele, em cada palavra que ele
dizia, e ela acreditava.
3. – Eu já sabia que você tinha algo em especial, mas isso é incrível. – ele baixou a cabeça,
voltando a olhar para ela. – Quanto a isso, não precisa se preocupar, eu vou descobrir porque
isso está acontecendo com você. Mais alguma coisa?
– Sim, – ela fez uma pausa – eu... Eu não entendo, o que sou? Na verdade não entendo
nada. – Alex se inclinou para frente e apoiou a cabeça nas mãos. – Tudo é muito confuso pra
mim.
– Tudo bem, não é tão complicado quanto parece, Alex, mas não é algo que se
acostumará tão cedo, isso começou há muito tempo ouça.
“Quando Deus criou o mundo, colocou nele a presença dos quatro elementos, ar, água,
terra e fogo. Os anjos eram responsáveis por cada um dos elementos, eram como vocês,
dominadores que não usavam seus poderes, mas quando Lúcifer caiu, ele roubou os quatro
elementos, fazendo os anjos abrirem mão do poder, assim como eu abri a mão do domínio.
Lúcifer colocou os elementos dentro de esferas e as espalhou pelo mundo...
– Mas porque ele as espalhou pelo mundo? – Alex o interrompeu.
– Porque queria provocar uma guerra pelo poder, há varias criaturas nesse mundo que
queriam o domínio, matariam por ele, morreriam por ele.
“Continuando, o homem não tinha conhecimento do que a esfera significava, muito
menos do poder que ela tinha, então, bateu a esfera tantas vezes nas paredes rochosas de
uma caverna que ela explodiu, o poder possuiu o homem, mas com força da explosão ele
faleceu. O poder foi para a pessoa mais próxima, que recebeu o domínio do fogo, o primeiro
dos elementos. Eu acredito que seja o mais poderoso quando bem dominado, sorte sua.
“O mesmo aconteceu com as outras três esferas que guardavam os elementos, todos os
primeiros dominadores morreram. Quando os dominadores que receberam o poder através
da morte do outro começaram a mostrar o seu poder e foram idolatrados até a morte. Tudo
estava indo bem, até que eles morreram, e aí começou a verdadeira diversão, as pessoas
acharam que o poder é passado para quem mata, começaram todos a buscarem
incansavelmente dominadores, mas eles eram muito mais fortes e se reuniram, matando
todos que sabiam da existência dele. Quando eu digo todos, é quase o mundo todo.
“A partir dali nasceu um novo mundo, eu já ouvi várias histórias do passado, até que
Noé era dominador, assim como seus parentes, e a inundação era só para ocultar a chacina.
“Outras criaturas poderosas existem, elas se escondem, eu mesmo conheço algumas,
mas a experiência leva a isso... Você vive em outro mundo agora Alex, vai se surpreender
muito com tudo o que vai descobrir.
Alex demorou a pensar, demorou a raciocinar, obvio, era informação demais, não sabia
o que perguntar. Realmente Sebastian acabara com as dúvidas sobre a própria origem, mas
não estava perto de acabar com as dúvidas sobre o que ela era capaz, o que ele era, como ela
seguiria em frente, se deixaria isso de lado... Ela suspirou, sabia que não podia se apavorar, e
não o fez, quando olhou para Sebastian, metade das suas dúvidas pareceram não fazer
sentido naquele momento, e ela quis perguntar só uma coisa.
– Por que você desistiu do domínio?
4. – Eu me apaixonei... – Sebastian respondeu rapidamente. – E como dominador, eu
corria riscos, e colocava quem eu amava em risco também. – ele desviou o olhar. – Aliás,
como tutor, eu devo avisar que é perigoso para sua família descobrirem que você é uma
dominadora, certamente virão atrás de você.
Alex tentava absorver todas as informações, mas ainda estava confusa.
– Se apaixonou?
– Sim, mas eu tinha dezesseis anos, quando entreguei o domínio, era tarde demais.
– Ela... morreu?
– Sim. – Sebastian não olhava mais nos olhos de Alex, ela percebeu a tristeza que o
obscurecia agora, se levantou e sentou ao lado dele no sofá. Ele parecia completamente
desolado, Alex apoiou a mão no ombro dele, como se ele fosse seu melhor amigo precisando
de consolo.
– Sebastian... – ela começou, mas ele fez um gesto para que parasse.
– Está tudo bem. – ele respirou fundo. – E o que a atingiu, atingiu também aos meus
pais. Se eu não tivesse abandonado o domínio, poderia ter salvado eles, e isso é o que mais
dói em mim, e já faz três anos.
Alex fez as contas, Sebastian deveria ter dezenove, por mais que não parecesse; talvez o
que ele passou, o fez amadurecer mais, tanto fisicamente como mentalmente.
– Você não precisa se culpar... – Alex perdeu o pai quando tinha quinze anos, sabia a dor
de uma perda. – Você tentou, fez o seu melhor.
– Eu não sei Alex, eu era um ótimo dominador, meu tutor me descobriu aos onze anos,
desde então eu treinei... – ele dirigiu os olhos para Alex. – Foi tudo minha culpa, eu estava
num bar com Katherine, e um cara mexeu com ela... Eu perdi a cabeça.
– O que você fez? – Alex não era boa com conselhos, mas tentou confortá-lo.
– Fiz a cerveja do copo do homem virar em cima da cabeça dele, e ele veio atrás de
mim. Eu tinha que me defender, e então eu fiz uma barreira de água, com uns três metros de
altura, ainda bem que não tive que pagar os danos aos canos. – ele conseguiu sorrir, e Alex
abriu um sorriso de volta. – Então eu corri, mas era tarde, dois homens já estavam atrás de
mim, eu tentava me defender como eu podia, mas nada parecia ser eficaz e já estava cansado.
Eu me livrei deles, mas eles me procurariam e me matariam, eu sabia.
Ela sentia que era verdade, via a sensibilidade na voz dele, os olhos que pareciam
cansados de uma hora para outra, a expressão triste a fez lembrar-se de quando perdeu o pai,
Sam chorou com ela.
– Você tentou proteger ela, foi corajoso, fez o que pode e foi uma atitude linda.
– Obrigado Alex, me ajudou bastante. – ele estendeu os braços ao redor dela, para
abraça-la, ela recuou um pouco mas depois cruzou os braços ao redor do pescoço dele. O
toque dele na sua pele era quente, ela gostava daquilo, e queria prolongar ao máximo o
momento – Alex.
Ela se afastou, deixando os braços caírem sobre o colo.
– Quando que os sonhos começaram? – ele se recuperou, tentando parecer melhor,
Alex sabia que não estava melhor.
5. Alex só havia esquecido uma coisa: não conhecia Sebastian.
– Sonhos que envolviam fogo... foi a uns dois anos. Eram menos frequentes, agora
piorou.
– Alguém morreu próximo de você?
– Meu pai, ele... – Alex parou de falar subitamente, lembrou-se da cicatriz estranha no
braço do pai, no dia em que ele morreu, dominador. – Meu pai era um dominador! Eu estava
viajando com ele, quando uma carro veio no sentido contrário. Depois eu só me lembro de ter
visto meu pai ao meu lado, inconsciente, a manga do braço esquerdo rasgada, e a cicatriz...
– Pensei que gostaria de saber disso.
Ela sorriu para ele, e os dois permaneceram em silêncio. Sebastian chegou mais perto de
Alex, colocou as mãos no cabelo dela.
– Você é linda, sabia?
Ele puxou Alex para perto, ouvia a respiração dela, uma mão acariciava a nuca enquanto
a outra estava no maxilar, explorando cada parte do rosto dela.
O coração de Alex batia mais forte cada vez que ele se aproximava mais, e agora quase
não tinha distância entre os dois, os olhos se fecharam e os lábios estavam tão próximos que
ela quase podia sentir o calor da boca dele contra a dela.
Mas não aconteceu.
– É melhor eu ir. – disse Alex, segurou a mão de Sebastian que estava em sua nuca,
fazendo-a repousar de volta no colo.
Sebastian não a acompanhou até a porta, ele deixou que ela fosse, sem protestar.
Quando Alex chegou em casa, encontrou-a vazia, foi direto para o quarto da mãe. Havia
uma cômoda que pertencia a seu pai, e que sua mãe não tinha mexido desde que ele se fora.
A cômoda tinha cinco gavetas, Alex examinou uma a uma, na primeira achou luvas de couro
pequenas que couberam nas mãos dela como se fossem feitas sobre medida. Na segunda
gaveta, não achou nada que a interessasse, assim como na terceira e na quarta, porém na
última gaveta, achou duas coisas interessantes: uma adaga com símbolos no cabo – ar, fogo,
terra e agua – e um amuleto, com uma pedra cujo símbolo do fogo estava esculpido.
Alex colocou as luvas no bolso da jaqueta, enrolou o amuleto na mão e prendeu a adaga
que estava dentro de uma capa no cinto. Ainda mal podia acreditar no que estava fazendo,
não era nada errado, mas o pai ser dominador, isso era loucura.
Quando estava saindo do quarto, olhou para trás, na frente da cômoda havia uma
irregularidade no chão, como se ali encaixasse alguma coisa, ela girou o amuleto nas mãos,
ele cabia perfeitamente. Alex se abaixou e colocou o amuleto na cavidade do chão, logo uma
luz vermelha piscou dele e uma passagem para um porão que ela não sabia que existia.
Descendo as escadas, Alex viu-se num ambiente estranhamente parecido com a casa de
Sebastian, alguns quadros semelhantes aos dele decoravam a parede com o mesmo tipo de
moldura velha, sem falar da escada com o aspecto precário, como se fosse desabar a qualquer
momento. Ela deveria estar ali, era do pai dela, tinha o direito. Uma estante no canto
esquerdo da sala estava repleta de livros, no canto direito tinha um armário.
6. Alex rodeou a sala, abrindo o armário, vasculhando a estante, procurando algum tipo de
vestígio, não encontrou nada, mas permaneceu ali, ela acreditava que o pai passou muito
tempo ali, e o lugar lembrava ele. Ela estava dando uma última olhada na sala quando viu uma
tocha pendurada próxima a estante, acesa, ela podia jurar que a tocha não estava lá antes. Ela
chegou perto e sentiu um leve formigamento no pulso esquerdo, que percorria a mão até a
ponta do dedo médio, dirigiu o olhar para a mão e viu, ela estava em chamas.
O pavor tomou conta de Alex, enquanto ela gritava sem parar, balançava a mão e
praguejava.
– APAGA! – gritou, mas como ela esperava, nada aconteceu – TEM QUE APAGAR!
Ela correu até a cozinha, cambaleando enquanto subia as escadas, imediatamente
correu para a pia e abriu a torneira, deixando a agua escorrer sobre a mão.
Mas a chamas continuavam lá, incessantes.
– MAS QUE DIAB... – Alex sacudiu a mão, aberta e tensa, quando fechou a palma,
fazendo as unhas enterrarem na própria carne, as chamas apagaram.
Alex respirava ofegante, mal acreditando no que tinha acabado de acontecer. Foi até o
quarto do pai e fechou o porão, colocando o amuleto no pescoço. Ainda estava com uma
sensação ruim após a mão milagrosamente incendiar, a primeira demonstração do seu corpo
querendo demonstrar o poder que tinha.
As próximas horas foram de reflexão. Alex pensava consigo mesma sobre como nunca
soubera do pai, ele não tinha cabelo vermelho, e ela sequer tinha visto a cicatriz no braço dele
antes do acidente. Pensava como Sam se transformou em dominador, ninguém morreu perto
dele, pensou também em Sebastian, que apesar de toda a história que ele contou para ela,
permanecia misterioso.
Era tarde quando alguém bateu na porta, Alex correu, com esperança que fosse
Sebastian, mas era Sam. O cabelo dele que outrora foi azul, voltou ao preto.
– O que aconteceu com seu cabelo?
– Pintei.
– Pintou? Só isso? – Alex saiu da frente da porta para dar passagem a Sam, ela tinha se
esquecido de que ele vinha todo dia para sua casa.
– Foi ver Sebastian? – o tom dele parecia triste, o que fez ela se lembrar do quase beijo
com Sebastian.
– Fui esclarecer dúvidas, – Alex sentou-se ao lado dele, e encolheu as pernas para cima
do sofá, fazendo os ombros deles encostarem. – foi na aula?
– Fui. – Sam quase não conseguiu esconder o fato de que ele não foi, era vergonhoso
dizer que perdeu a aula porque estava sentado na frente da casa dela, esperando-a sair.
Os dois permaneceram ali conversando, Alex contou a Sam algumas partes de sua
conversa com Sebastian, contou sobre o porão do pai, sobre a tocha e sua mão pegando fogo,
e então o assunto mudou totalmente de foco. Eles começaram a conversar sobre quando
eram crianças, de histórias engraçadas que passaram juntos, os dois riam e se divertiam ali,
como há tempos não faziam, ambos sentiam falta disso.
7. Já era de noite quando Alex deu a ideia de pedir pizza, pegando o celular na mão viu
uma mensagem da mãe que dizia “vou passar a noite fora, se comporte, beijos”.
Ela pediu a pizza e voltou para o sofá, sem que Sam esperasse ela deitou a cabeça no
colo dele e esticou as pernas pelo sofá. Ele a observava, ali tão perto dele, tão linda, tudo o
que ele queria era beijá-la, mas mesmo assim, tão perto, ele não tinha coragem.
Eles continuaram conversando, Sam enrolava os fios vermelhos nos dedos, ela ria toda
vez que ele mexia perto da orelha dela.
– Para... Eu... Tenho... Cócegas – dizia pausadamente, rindo nos intervalos.
Ele adorava o sorriso dela, o jeito como arrumava o cabelo, o tom da voz, a maneira
como ela se vestia, como ela andava e como agia... Ele era totalmente apaixonado por ela.