2. A formação do planeta Terra
Com o passar de vários milhões de anos, essa bola incandescente foi aos
poucos se resfriando e solidificando na sua parte externa.
Segundo a teoria mais aceita pelos cientistas:
Teoria do Big Bang Por volta de 13,7 bilhões de
anos atrás.
A Terra era uma grande bola incandescente, com
temperaturas próximas a 1.500 graus Celsius
(°C).
FORMANDO
O que chamamos de litosfera, cuja superfície habitamos.
4. Por volta de 4,6 bilhões
de anos atrás, a
temperatura da Terra
começou a baixar,
dando origem a um
grande período de
chuvas, por causa da
condensação do vapor
d’água contido na
atmosfera.
Durante o processo de resfriamento da Terra, houve
liberação de gases e vapores.
Eles deram origem a uma camada de ar chamada
atmosfera.
5. A vida vegetal e animal, que começou a se desenvolver
inicialmente nos oceanos, graças ao conjunto de influências
dessas três esferas – litosfera, atmosfera e hidrosfera –, deu
origem à quarta esfera: a biosfera ou esfera da vida.
A biosfera é o conjunto de todos os ecossistemas da
Terra.
A chuva caía continuamente.
Acumula-se nas partes mais
baixas da superfície.
Formando os oceanos
As águas marinhas e as continentais formam a
hidrosfera, que significa esfera de água.
• Há aproximadamente 3,5 bilhões de anos, surgiu a vida na Terra.
6. Isso determinou um equilíbrio no planeta.
Se ocorrer alguma alteração em uma das
“esferas”, as outras também podem ser afetadas.
Os seres humanos, ao
promoverem
transformações no
espaço natural,
romperam esse
equilíbrio.
Em todo o processo de formação da Terra, houve
um inter-relacionamento entre as “esferas”.
7. A estrutura interna da Terra e a
crosta terrestre
As melhores informações são fornecidas pelo estudo da
propagação das ondas sísmicas provocadas por vibrações da
crosta terrestre, que têm sua origem no interior da Terra. Essas
vibrações são chamadas de abalos sísmicos.
Até hoje não se sabe ao certo do que é formado o
interior da Terra.
Isso porque o material que sai do
seu interior através dos vulcões
vem de profundidades de, no
máximo, 200 quilômetros.
As perfurações mais
profundas já feitas
atingiram 13 quilômetros.
8. Crosta terrestre, manto e núcleo
Abaixo do manto, encontra-se o núcleo, conhecido
também pelo nome de nife. Nele predominam dois
minerais, o níquel e o ferro.
A crosta terrestre é a parte
superficial ou externa já
consolidada no planeta, sobre a
qual vivemos.
É constituída de uma camada
relativamente fina, com
espessura que varia de 5 a 70
quilômetros, aproximadamente.
O manto, ou camada
intermediária, é composto
predominantemente pelo magma.
9. A mobilidade da crosta terrestre
As placas tectônicas
Em 1912, o cientista alemão Alfred Wegener divulgou uma teoria, chamada
deriva dos continentes, segundo a qual, há muitos milhões de anos, existia um
único bloco continental, que ele denominou Pangeia.
Aproximadamente entre 200 e 250 milhões de anos atrás, a Pangeia teria se
rompido, formando dois grandes blocos, o continente Laurasiático (Norte) e o
continente Gondwana (Sul).
Após essa primeira separação, outras subdivisões teriam ocorrido, até que os
continentes tomassem a forma e a dimensão atuais.
Etapas do processo de afastamento das placas tectônicas, dando origem à formação atual dos
continentes, que, no entanto, continua sofrendo alterações:
10. Essas placas, assentadas sobre a
camada pastosa do manto,
movimentam-se continuamente. A
velocidade desses movimentos,
porém, é muito baixa. A
placa sul-americana, que inclui a
América do Sul, por exemplo,
afasta-se da placa africana a uma
velocidade de aproximadamente 3
centímetros por ano.
No princípio, a teoria de Wegener não foi muito aceita.
Isso só mudou com a descoberta de que a crosta terrestre
é formada pelas placas tectônicas e que realmente não
constitui, como se imaginava, uma camada inteira ou
contínua.
A comprovação de que
a camada mais externa
da Terra se subdivide
em várias partes,
formando um quebra-
cabeças, deu-se em
1984.
12. O movimento das placas
• Esses movimentos laterais dão origem aos deslizamentos e
choques entre elas.
• O choque entre duas placas causa o “enrugamento” de uma
delas; enquanto a outra afunda no manto.
O que faz essas placas se
movimentarem.
Segundo uma descoberta
recente (década de 1960)
É a ascensão do magma pelas fendas existentes nas
grandes cadeias de montanhas submarinas, chamadas de
dorsais oceânicas ou cordilheiras meso-oceânicas.
A ascensão do magma provoca o alargamento dessas dorsais, que
empurram lateralmente as placas e, consequentemente, os
continentes que delas fazem parte.
16. No caso de estruturas rochosas mais duras,
deram origem às fraturas ou falhas.
Tectonismo
É o fenômeno provocado pelas pressões que as
camadas interiores do globo exercem lentamente, na
crosta terrestre.
Camadas rochosas mais maleáveis,
essas pressões levaram à formação dos
dobramentos.
Ao atingirem
19. Abalos sísmicos
São vibrações de camadas da crosta terrestre que
têm sua origem no interior da Terra.
Sua ocorrência é repentina e
de curta duração.
Quando se manifestam
na superfície dos
continentes, chamam-se
terremotos.
Se ocorrem no fundo
dos oceanos, recebem
o nome de
maremotos.
20. Ocorreu no oceano Índico, a noroeste da ilha de Sumatra
(Indonésia), um forte maremoto provocando a formação de
grandes ondas, chamadas tsunamis.
Elas atingiram 13 países da Ásia e da
África, matando cerca de 280 mil pessoas.
Essa foi uma das
maiores catástrofes de
origem geológica já
registradas.
Em dezembro de 2004
Efeito do tsunami ocorrido
na Tailândia em 2004.
23. Para medir e avaliar a gravidade dos abalos sísmicos, a
escala mais usada é a Richter, que mede a quantidade de
energia liberada pelo tremor ou abalo.
Efeitos do terremoto em
Nishinomiya, no Japão, em
1995, de magnitude 7,3 na
escala Richter. Esse
terremoto devastou a cidade
e mais de 5 500 pessoas
morreram.
Para medi-la são empregados aparelhos chamados
sismógrafos.
A intensidade dos abalos é variável.
29. Corte vertical da zona de contato entre a
placa de Nazca e a placa Sul-Americana
A placa de Nazca mergulha por baixo da placa Sul-Americana
aproximadamente 1 centímetro por ano.
30. As rochas componentes da crosta
terrestre
A crosta terrestre constitui-se
predominantemente de rochas. A
areia, o granito, o mármore e a argila
são algumas das rochas nela
encontradas.
De acordo com a sua origem ou
formação, essas rochas podem ser
agrupadas em magmáticas,
sedimentares e metamórficas.
31. Rochas magmáticas
Foram os primeiros tipos de rochas que se formaram, com a
consolidação da parte externa do planeta, há bilhões de anos.
A solidificação do magma pode se realizar tanto sobre a
superfície terrestre como no interior da crosta.
Esses tipos de rochas são
resultantes do resfriamento
e consolidação do magma,
que provém do interior da
Terra e é o principal
componente do manto.
O granito é um exemplo de rocha
magmática.
32. Formam-se pela acumulação
(deposição) de sedimentos,
provenientes da fragmentação de
outras rochas; pela ação da água,
do vento e do gelo; e de restos de
organismos animais e vegetais. O
processo de formação das rochas
sedimentares é extremamente
lento.
Rochas sedimentares
Uma rocha magmática exposta, por exemplo, na superfície da Terra
sofre a ação do tempo e vai sendo decomposta. Os sedimentos, por
sua vez, depositam-se aos poucos no fundo de um lago ou oceano.
Nesse local, eles vão sendo comprimidos em camadas que, depois de
muito tempo, formam rochas sedimentares, como o arenito.
O calcário é um exemplo de rocha
sedimentar.
33. Rochas metamórficas
Jazida de mármore em Carrara, na Itália.
As rochas metamórficas
geralmente são ricas em metais.
Quando possuem grãos de ouro,
prata, ferro ou outros metais são
chamadas minérios, todas de
valor comercial.
Esses tipos de rochas são resultados da transformação de rochas
sedimentares ou magmáticas, submetidas a grandes pressões (peso)
e elevadas temperaturas.
Embora possam manter características da rocha original, as rochas
metamórficas geralmente adquirem características novas. Elas
costumam se formar abaixo da superfície, em grande profundidade.
34. O solo
O solo é uma camada superficial de espessura variável. É o produto
da desintegração das rochas provocada pelo intemperismo (ação
da água, do calor e do frio, e dos seres vivos).
Solo de terra roxa em
Sertãozinho, SP.
35. Os solos brasileiros
No Brasil encontramos dois tipos de solo de grande fertilidade: a
terra roxa e o massapê.
A terra roxa é resultante da decomposição do basalto, uma rocha
magmática vulcânica. Esse tipo de solo é encontrado em maiores
extensões nos estados do Paraná e de São Paulo. Nele, cultiva-
se, desde o século XIX, o café, que vem sendo gradativamente
substituído pela cana-de-açúcar (no Paraná e em São Paulo), pela
soja e pelo trigo (no Paraná).
O massapê é proveniente da decomposição de rochas como o
granito e o calcário. Esse tipo de solo cobre uma extensa faixa do
Nordeste brasileiro.
Logo depois da chegada dos portugueses ao Brasil, o massapê
passou a ser bastante utilizado para o cultivo da cana-de-açúcar.
36. A erosão
Ao desgaste de rochas e solos, causado por agentes naturais
ou pela ação humana, e ao transporte e à sedimentação
desses materiais, damos o nome de erosão.
Conforme a intensidade e o papel dos agentes de erosão,
podemos classificar a erosão em:
• natural: provocada pelos processos naturais, como as
chuvas e o derretimento das neves, que alteram a superfície
da Terra;
• acelerada: decorrente do agravamento dos processos
naturais de erosão em razão do mau uso do solo, como o
cultivo com técnicas que o empobrecem e destroem ou a
retirada da vegetação que lhe serve de proteção natural.
37. A erosão no Brasil
Calcula-se que, por ano, o Brasil perde aproximadamente 500
milhões de toneladas de solo através da erosão.
No Brasil, a erosão atinge grandes proporções em alguns estados,
afetando não só a agricultura, mas até povoados e cidades inteiras.
Nas cidades, isso
ocorre quando não são
construídas galerias
pluviais e a vegetação
é destruída.
Dos solos do noroeste do Paraná, por
exemplo, que correspondem a 70%
das terras cultiváveis do estado, a
erosão transporta anualmente de 40 a
50 toneladas de terra por hectare.
38. Erosão do solo em estágio
avançado, formando
voçoroca, em Pardinho, SP
(2003).
Erosão em encosta no
litoral do Ceará (2003).