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1. APRESENTAÇÃO DO TEMA
1.1 Diabetes Mellitus
Segundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 240
milhões de pessoas sejam diabéticos em todo o mundo, o que significa que 6% da
população têm diabetes.
O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por
níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) resultantes de defeitos na
secreção de insulina e/ ou na ação desta (BRUNNER, 2002).
Embora ainda não haja cura definitiva para o Diabetes Mellitus, há vários
tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam
saúde e qualidade de vida para o paciente portador de Diabetes Mellitus.
1.2 Hipertensão Arterial
Hipertensão arterial ou “pressão alta” é a elevação da pressão arterial para
números acima dos valores considerados normais.
Na circulação normal, a pressão é exercida pelo fluxo de sangue através do
coração e dos vasos sanguíneos. A pressão arterial elevada, conhecida como
hipertensão, pode resultar de uma alteração no débito cardíaco e/ou de uma
modificação na resistência periférica (BRUNNER, 2002).
2
2. JUSTIFICATIVA
Visto que os índices de pessoas com HA e DM são consideráveis,
notamos a necessidade de realizar um estudo sobre o assunto, o qual aponta para
necessidade de que sejam revistas as questões de educação/ orientação para o
paciente com HA e DM, de encorajamento e compreensão acerca das percepções e
vivências frente a uma nova realidade.
A escolha do assunto adotado é justificada pelo fator de
responsabilidade que o tema exige, bem como da qualificação necessária do
profissional para que o resultado final seja um trabalho de credibilidade e,
principalmente, gerando conhecimentos positivos aos pacientes e a sociedade.
Sabemos que a HA e a DM fazem parte do cotidiano de muitas pessoas
tendo nós intenção de contribuir com essas pessoas através de informações e
mostrar a elas que se pode ter uma qualidade de vida mesmo convivendo com a
doença desde que se tenham os cuidados necessários para o controle das mesmas.
3
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivos Gerais
Orientar e conscientizar as medidas de prevenção e controle de hipertensos
e diabéticos mellitus.
3.2 Objetivos Específicos
Compreender causas e fatores que levam a HA e ao DM.
Orientar as formas de prevenção da HA e DM.
Reconhecer complicações da HA e do DM.
Expor métodos de tratamento para HA e DM.
Detectar precocemente pacientes com HA e DM.
Manter o controle da hiperglicemia durante a aplicação do projeto, e orientar as
pessoas a procurar o serviço de saúde sempre que necessário.
4
4. REVISÃO DE LITERATURA
4.1 Históricos do Diabete Mellitus
A primeira descrição do Diabetes Mellitus data do ano de 1550 aC. na qual
se detectava e descrevia-se a presença de urina excessiva e doce, sinal clinico que
deu origem ao nome da doença, Diabetes: o verbo diabetenein significa “ passar
direto”, designando um estado fisiológico de intensa sede e no qual o volume
aumentado de água ingerida era eliminado em pouco tempo, na forma de urina, de
maneira que parecia atravessar direto o organismo (DÂMASO, 2001).
No passado o diagnóstico do Diabetes Mellitus era totalmente associado aos
sintomas clínicos. Somente no final do século XIX pesquisadores identificaram a
origem da doença no pâncreas, pela verificação da atrofia do órgão de indivíduos
que apresentavam os sintomas da doença (FUCHS, 1998)
No ano de 1921, Banting e Best descobriram a secreção de insulina pelo
pâncreas. A partir de 1930, os Diabetes Mellitus passaram a ser considerado como
uma síndrome de várias causas que interagem entre si no balanço endócrino, tendo
a insulina como o principio antidiabetico. Outro passo foi demonstrar a ausência de
sensibilidade á insulina em pacientes mais velhos e idosos (CARVALHO, 1993).
5
4.1.1 Conceitos de Diabete Mellitus
O Diabete Melllitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta
de insulina e/ ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos.
Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos
carboidratos, lipídios e proteínas. As conseqüências do DM, em longo prazo,
incluem disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos,
coração e vasos sanguíneos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
4.1.2 Classificações do Diabetes Mellitus
Existem diversos tipos distintos de Diabetes Mellitus; eles podem diferenciar
na etiologia, evolução clinica e tratamento. As principais classificações do Diabete
Mellitus são:
Tipo I (previamente referido como diabetes mellitus insulino-dependente).
Tipo II (previamente referido como diabetes mellitus não-insulino-dependente).
Diabetes Mellitus associado a outras condições ou síndromes.
Diabetes Mellitus Gestacional (BRUNNER, 2002).
O diabetes tipo I ou insulino-dependente é uma doença auto- imune que
causa a destruição das células beta do pâncreas e leva a inabilidade do corpo em
produzir insulina. Corresponde a 5-10% dos casos de DM, acometendo crianças e
adolescentes (DÂMASO, 2001).
6
O diabetes mellitus tipo I ou insulinodependente é caracterizado pelo rápido
e acentuado surgimento de sintomas e instalação da doença, e requer administração
crônica de insulina. Fatores genéticos determinam a predisposição do individuo em
desenvolver uma atividade uma atividade imunológica contra as células
pancreáticas. Além disso, fatores ambientais, como agentes virais e tóxicos
(químicos), têm papel importante no desencadeamento da resposta auto-imune e,
conseqüentemente, no surgimento da doença em indivíduos que apresentam tal
predisposição genética. (SILVA, 2001).
O diabetes mellitus tipo II ou não insulinodependente é uma desordem
metabólica que resulta na inabilidade do corpo em responder apropriadamente à
insulina, referida como resistência insulínica. Corresponde a 90-95% dos casos, com
maior prevalência em indivíduos idosos. Apresenta progressão lenta e está
associado ao aumento do peso corpóreo (SILVA, 2001).
O DM tipo II começa na meia idade ou depois. Quase sempre, está
associado com a obesidade e anormalidades menos graves de glicemia. Seu
tratamento pode ser através de restrição dietética apenas, dieta e medicação oral ou
com pequenas doses de insulina. Os indivíduos com diabetes tipo II apresentam
uma produção normal ou significativamente elevada de insulina de acordo com a
determinação das concentrações sanguíneas do hormônio, mas exibem uma
redução na utilização da insulina pelo fígado e tecidos periféricos (resistência à
insulina). Outros apresentam graus variáveis de reprodução diminuída de insulina,
embora geralmente não tão grave quanto à deficiência de insulina no DM tipo I
(RAVEL, 1997).
7
4.1.3 Fisiopatologia
O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio denominado
insulina. Este hormônio é responsável pela regulação da glicemia (glicemia: nível de
glicose no sangue). Para que as células das diversas partes do corpo humano
possam realizar o processo de respiração aeróbica (utilizar glicose como fonte de
energia), é necessário que a glicose esteja presente na célula. Portanto, as células
possuem receptores de insulina (tirosina quinase) que, quando acionados "abrem" a
membrana celular para a entrada da glicose presente na circulação sanguínea. Uma
falha na produção de insulina resulta em altos níveis de glicose no sangue, já que
esta última não é devidamente dirigida ao interior das células. Visando manter a
glicemia constante, o pâncreas também produz outro hormônio antagônico à
insulina, denominado glucagon. Ou seja, quando a glicemia cai demais, o glucagon
é secretado visando restabelecer o nível de glicose na circulação. O glucagon é o
hormônio predominante em situações de jejum ou de estresse, enquanto a insulina
tem seus níveis aumentados em situações de alimentação recente (WIKIPÉDIA).
Como a insulina é o principal hormônio que regula a quantidade de glicose
absorvida pela maioria das células a partir do sangue (principalmente células
musculares e de gordura, mas não células do sistema nervoso central), a sua
deficiência ou a insensibilidade de seus receptores desempenham um papel
importante em todas as formas da diabetes mellitus (WIKIPÉDIA).
Grande parte do carboidrato dos alimentos é convertido em poucas horas no
monossacarídeo glicose, o principal carboidrato encontrado no sangue. Alguns
carboidratos não são convertidos. Alguns exemplos incluem a frutose que é utilizada
como um combustível celular, mas não é convertida em glicose e não participa no
mecanismo regulatório metabólico da insulina / glicose; adicionalmente, o
carboidrato celulose não é convertido em glicose, já que os humanos e muitos
animais não têm vias digestivas capazes de digerir a celulose. A insulina é liberada
no sangue pelas células beta (células-β) do pâncreas em resposta aos níveis
crescentes de glicose no sangue (por exemplo, após uma refeição). A insulina
8
habilita a maioria das células do corpo a absorverem a glicose do sangue e a
utilizarem como combustível, para a conversão em outras moléculas necessárias, ou
para armazenamento. A insulina é também o sinal de controle principal para a
conversão da glicose (o açúcar básico usado como combustível) em glicogênio para
armazenamento interno nas células do fígado e musculares. Níveis reduzidos de
glicose resultam em níveis reduzidos de secreção de insulina a partir das células
betas e na conversão reversa de glicogênio a glicose quando os níveis de glicose
caem. Níveis aumentados de insulina aumentam muitos processos anabólicos (de
crescimento) como o crescimento e duplicação celular, síntese protéica e
armazenamento de gordura (WIKIPÉDIA).
Se a quantidade de insulina disponível é insuficiente, se as células
respondem mal aos efeitos da insulina (insensibilidade ou resistência à insulina), ou
se a própria insulina está defeituosa, a glicose não será administrada corretamente
pelas células do corpo ou armazenada corretamente no fígado e músculos. O efeito
dominó são níveis altos persistentes de glicose no sangue, síntese protéica pobre e
outros distúrbios metabólicos, como a acidose. (WIKIPÉDIA).
4.1.4 Sinais e Sintomas do Diabetes Mellitus
O inicio dos sintomas da diabete tipo I geralmente é repentino. Os da
diabete tipo II costuma se desenvolver gradualmente ao longo dos anos.
Aumento de idas ao banheiro para urinar.
Sede e ingestão excessiva de líquidos.
Aumento da fome.
Perda de peso sem intenção
Fraqueza e fadiga.
Visão turva.
9
Dormência e/ou formigamento nas mãos e nós pés.
Infecções periódicas, tais como infecções no trato urinário e devido a fungos na
vagina.
Cicatrização lenta de cortes e ferimentos (SWARTZBERG, 2002).
Estes sintomas tendem a se agravar progressivamente e podem levar a
complicações severas. Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais,
cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e
ortopédicas, entre outras. (WIKIPÉDIA).
4.1.5 Sintomas de complicações que necessitam de cuidados imediatos:
Hipoglicemia. Glicemia baixa (menor que 50mg /dl; inferior a 27mmol/l) em
uma pessoa com diabetes em conseqüência da insulina excessiva, medicamento,
alimento reduzido e/ou exercício em excesso que não foi compensado com o
alimento; tratada com carboidrato de ação rápida seguido por um lanche ou refeição
substancial (BRUNNER, 2002).
Esta é uma complicação séria, de ameaça à vida, causada pela insuficiência
de insulina. É comum, mas pessoas com diabetes mellitus tipo I, mas pode correr
naquelas com diabetes tipo II. Sintomas: boca seca, rubores, respiração com cheiro
de fruta, dificuldade respiratória, vômito e dor abdominal (SWARTZBERG, 2002).
Hiperglicemia. Nível elevado de glicose sanguínea – nível superior a 126
mg/dl (6,9 mmol/l); nível pós-prandial com 3 horas superior a 200 mg/dl (11 mmol/l).
Esta é outra complicação potencialmente fatal, normalmente associada a
níveis altos de glicose no sangue em pacientes com diabete mellitus tipo II.
Sintomas: Sede exagerada, letargia, fraqueza e confusão mental. Em cerca de um
terço das pessoas com diabete melllitus tipo II, estes sintomas são o primeiro sinal
da doença (SWARTZBERG, 2002).
10
Sintomas visuais: O paciente apresenta visão borrada e dificuldade de refração. As
complicações a longo prazo envolvem diminuição visual e visão turva que podem
estar associadas a catarata ou a alterações retinianas denominadas retinopatia
diabética. A retinopatia diabética pode levar ao envolvimento importante da retina
causando inclusive descolamento de retina, hemorragia vítrea e cegueira
(WIKIPÉDIA).
Sintomas cardíacos: Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de
hipertensão arterial. A doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo
cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos do coração. Como o
paciente apresenta em geral também algum grau de alteração dos nervos do
coração, as alterações cardíacas podem não provocar nenhum sintoma, sendo
descobertas apenas na presença de sintomas mais graves como o infarto do
miocárdio, a insuficiência cardíaca e as arritmias (WIKIPÉDIA).
Sintomas circulatórios: Se manifestam por arteriosclerose de diversos vasos
sangüíneos. São freqüentes as complicações que obstruem vasos importantes como
as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas, e diversas outras de extremidades. Essas
alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés),
levando a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". O "pé
diabético" envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos
(neuropatia periférica), infecções fúngicas e bacterianas e ulceras de pressão. Estas
alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave
comprometimento da qualidade de vida (WIKIPÉDIA).
Sintomas digestivos: Diabéticos podem apresentar comprometimento da inversão
do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente em nível de
estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de
distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia. A diarréia é
caracteristicamente noturna, e ocorre sem dor abdominal significativa,
freqüentemente associado com incapacidade para reter as fezes (incontinência
fecal) (WIKIPÉDIA).
Sintomas renais: O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e
sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma
11
perda de função renal significativa. Esses sintomas são: inchaço nos pés (edema de
membros inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela
urina (proteinúra) (WIKIPÉDIA).
Sintomas urinários: Indivíduos diabéticos podem apresentar dificuldade para o
esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inversão (bexiga
neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como
fator de manutenção de infecção urinária. No homem, essa alteração pode se
associar com dificuldades de ereção e impotência sexual, além de piorar sintomas
relacionados com aumento de volume da próstata (WIKIPÉDIA).
Sintomas neurológicos: O envolvimento dos nervos no paciente diabético pode
provocar neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das
extremidades, Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos
membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade
vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal fator para
o surgimento de modificações na posição articular e de pele que surgem na planta
dos pés, podendo levar a formação de úlceras (“mal perfurante plantar”). Os sinais
mais característicos da presença de neuropatia são a perda de sensibilidade em
bota e luva, o surgimento de deformidades como a perda do arco plantar e as “mãos
em prece” e as queixas de formigamentos e alternância de resfriamento e calorões
nos pés e pernas, principalmente à noite (WIKIPÉDIA).
Sintomas dermatológicos: Diabéticos apresentam maior sensibilidade para
infecções fúngicas de pele e de unhas (onicomicose). Nas regiões afetadas por
neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada denominadas
hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante plantar
(WIKIPÉDIA).
Sintomas ortopédicos: A perda da sensibilidade nas extremidades leva a
uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a
degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos (“Junta de Charcot”)
(WIKIPÉDIA).
12
4.1.6 Complicações Agudas do Diabete Mellitus
Hipoglicemia
Cetoacidose diabética
Coma hiperosmolar
Hipoglecemia- Condições de Risco
Pacientes em uso de insulina, pacientes idosos em uso de sulfaniuréias,
insuficiência renal, omissão alimentar, atraso no horário das refeições, realização de
exercício não-usual, educação em diabetes deficiente, vômitos, diarréia, baixa idade,
insulinoterapia recentemente iniciada, glicemia normal-baixa à noite, troca de
insulina e neuropatia autonômica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Sinais e Sintomas
Tremores, sudorese intensa, palidez, palpitações, fome intensa, visão borrada,
diplopia (visão dupla), tonturas, cefaléia, ataxia, distúrbios de comportamento,
convulsão, perda de consciência e coma.
Achados Laboratoriais
Glicemia < 60 mg/dl.
Cetoacidose Diabética- Condições de Risco
Doença febril aguda, suspensão da insulinaterapia, uso concomitante de
agentes hiperglicemiantes, diabetes previamente mal controlado, diabetes de
controle instável, diabetes + distúrbios psicológicos graves e educação em diabetes
deficiente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
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Sinais e Sintomas
Poliúria, polidipsia (sede intensa), desidratação, dor abdominal, rubor facial, hálito
cetônico, náuseas, vômitos, sonolência.
Achados Laboratoriais
Hiperglicemia (> 300 mg/dl ), glicosúria acentuada, cetonúria, acidose – PH < 7,3,
leucocitose, alterações eletrolíticas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Coma Hiperosmolar – Condições de Risco
Diabete Mellitus tipo II doença intercorrente (infecção grave, infarto cerebral
ou do miocárdio, estresse intenso) ou uso de medicamentos hiperglicemiantes e má
aderência ao tratamento no diabete mellitus tipo II (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
Sinais e Sintomas
Poliúria intensa, evoluindo para oligúria, polidipsia, desidratação intensa, hipertemia,
sonolência, obnubilação mental, coma.
Achados Laboratoriais
Glicosúria intensa, hiperglicemia extrema (geralmente > 700 mg/dl), azotemia
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
14
4.1.7 Complicações Crônicas do Diabetes Mellitus
As complicações crônicas podem ser decorrentes de alterações: na
microcirculação – retinopatia e nefropatia, na macrocirculação – cardiopatia
isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica e complicações
neuropáticas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
As complicações crônicas da Diabetes Mellitus são a principais causas
responsáveis pela morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos. As doenças
cardiovasculares representam a principal causa de morte (52%) em pacientes
diabéticos do tipo II e estes constituem cerca de 30% das admissões em Centros de
Tratamento Intensivo. Diversos fatores de risco possíveis de intervenção estão
associados ao maior comprometimento cardiovascular observado nos pacientes
diabéticos. Entre estão a presença da Nefropatia Diabética (ND) e Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) (POLACOW), 2003).
A Nefropatia Diabética acomete cerca de 40% dos pacientes diabéticos e é a
principal causa de insuficiência renal em pacientes que ingressam em programas de
diálise.
15
4.1.8 Complicação Devastadora – Pé Diabético
“É uma das complicações mais devastadoras do DM, sendo
responsável por 50 a 70% das amputações não-traumáticas, 15 vezes
mais freqüentes entre indivíduos diabéticos, além de concorrer por 50%
das internações hospitalares. Geralmente, a neuropatia diabética (ND)
atua como fator permissivo para o desenvolvimento das úlceras nos
pés, através da insensibilidade e, principalmente, quando associada a
deformidades. As úlceras complicam-se quando associadas à doença
vascular periférica (DVP) e infecção, geralmente presentes em trono de
20% das lesões, as quais colocam o paciente em risco de amputação e
até de vida (MINISTÉRIO DA SAÚDE)”.
Fatores de risco
Antecedente de úlcera nos pés/ amputação não-traumática.
Educação terapêutica deficiente/inacessibilidade ao sistema de saúde.
Neuropatia-insensibilidade/ deformidade.
Calos.
Uso de calçados inadequados.
Fatores que contribuem para a DVP: tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia.
Nefropatia diabética.
Lesões não-ulcerativas (micoses, bolhas, rachaduras, fissuras, unhas encravadas).
Baixa acuidade visual (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
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Alterações clínicas neuropáticas e vasculares do “pé diabético”, detectadas
em exame físico:
(MINISTÉRIO DA SAÚDE,2000)
4.1.9 Diagnósticos do Diabetes Mellitus
O diagnóstico do Diabetes Mellitus pode ser mais facilmente identificado
quando os sintomas específicos estão associados à alta dosagem de glicose no
sangue, confirmado normalmente por testes laboratoriais. Atualmente, para uma
pessoa ser considerada diabética, a glicemia de jejum precisa estar acima de 125
mg/dl de sangue. Na prática, a suspeita de que uma pessoa é diabética é
confirmada ou não pela análise dos sintomas apresentados, da história familiar e
dos resultados físicos e clínicos (GOODMAN, 1996).
Sintomas do diabetes mais concentração casual de glicose sanguínea
superior ou igual a 200 mg/dl. O casual é definido como qualquer horário do dia
considerar sem considerar o intervalo desde a última refeição.
Glicose plasmática em jejum igual ou superior a 126 mg/dl. O jejum é
definido como nenhuma ingesta calórica por um mínimo de 8 horas.
PÉ NEUROPÁTICO PÉ ISQUÊMICO
Hipertrofia de pequenos músculos dorsais Pele fina/ brilhante
Acentuação do arco Cianose
Proeminência dos metatarsos Unhas atrofiadas
Dedos em garra/ dedos em martelo Ausência de pêlos
Calos Palidez à elevação
Vasodilatação dorsal Pé “frio”
Pele seca/ rachaduras Ausência de pulsos (tibiais posteriores)
Pé “quente” Enchimento capilar > 10 segundos
Alterações articulares Claudicação intermitente
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Glicose em 2 horas pós-ataque igual ou superior a 200 mg/dl durante um
teste de tolerância oral à glicose. O teste deve ser realizado de acordo com o
descrito pela Organização Mundial da Saúde, usando uma carga de glicose
contendo equivalente a 75g de glicose anidra dissolvida em água. Na ausência de
hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda, esses critérios
devem ser confirmados através da repetição do exame em outro dia (BRUNNER,
2002).
4.1.10 Fatores de Risco para Diabetes Mellitus
Histórico familiar de diabetes (pais ou irmãos com diabetes).
Obesidade (> 20% acima do peso corporal desejado ou IMC> 27 kg/m²).
Raça/ etnicidade (afro-americanos, hispano-americanos, indígenas norte-
americanos, asíatico-americanos, oriundos das ilhas do Pacífico).
Idade > 45 anos.
Glicose em jejum ou tolerância comprometida à glicose previamente identificada.
Hipertensão (>140/90 mm Hg).
Nível de HDL- colesterol < 35mg/ dl e/ ou nível de triglicerídeos > 250 mg/ dl.
História de diabetes gestacional ou dar à luz a neonatos com mais de 4,5 kg
(BRUNNER, 2002).
18
4.1.11 Prevenções de Diabetes Mellitus
As possibilidades de prevenção da doença estão concentradas na
identificação do Diabetes Mellitus em uma fase considerada como pré-
hiperglicêmica. Outra maneira de se prevenir a doença e interferindo nas causas
comportamentais ou ambientais de origem, como estresse, obesidade,
sedentarismo, efeitos da dieta e fármacos (LIMA, 2003).
4.1.11.1 Prevenção Primária
Remover fatores de risco
Esta tarefa é de competência da equipe de saúde na prevenção do Diabetes
Mellitus e de suas complicações. Deve-se sempre enfatizar o controle do tabagismo,
da obesidade, do sedentarismo e de bebidas alcoólicas e o estimulo a uma
alimentação saudável.
No Diabetes Mellitus tipo II, 50% dos casos novos poderiam ser prevenidos,
evitando-se o excesso de peso, e outros 30% com o controle do sedentarismo.
A equipe de saúde deve:
Realizar campanhas educativas periódicas, abordando os fatores de risco para DM.
Programar, periodicamente, atividades de lazer individual e comunitário.
Reafirmar a importância dessas medidas para populações especiais: os indivíduos
considerados como intolerantes à glicose.
É importante lembrar que, no âmbito das secretarias municipais e estaduais de
saúde, já existem, programas de prevenção e intervenção na área cardiovascular.
Nesses casos, as equipes de Saúde de Família devem procurar realizar uma ação
19
articulada, visando aperfeiçoar recursos e buscar parcerias com as sociedades
cientificas relacionadas a essa patologia. (MINISTÉRIO DA SÁUDE, 2002).
4.1.11.2 Prevenção Secundária
Detecção e Tratamento precoce do DM
Destina-se aos indivíduos com DM já instalados.
Diabético tipo II, por exemplo, podem passar até sete anos, com
hiperglicemia, sem ser diagnosticados. A prevenção secundária tem como objetivos:
evitar o aparecimento de complicações e retardar a progressão do quadro clínico.
Toda ação deve ser programada a partir da identificação de fatores de risco
associados, lesões em órgão-alvo e avaliação de comorbidades. (MINISTERIO DA
SAUDE, 2002).
4.1.11.3 Prevenção Terciária
Reduzir complicações
Tem por finalidade prevenir ou retardar o desenvolvimento de complicações
agudas e crônicas do DM e também evitar mortes precoces. Nesta fase, faz-se
também necessária uma atuação visando reabilitar os indivíduos já acometidos
pelas complicações (insuficiência cardíaca, insuficiência renal, retinopatia diabética e
membros inferiores em risco). Nestas duas etapas, deve-se estimular a criação de
grupos DM, no sentido de facilitar a adesão ao tratamento proposto e, quando
possível, agregar as equipes profissionais como nutricionista, assistente social
psicólogo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
20
4.1.12 Tratamentos do Diabetes Mellitus
De acordo com estudos prévios, cinco são os pontos básicos para o
tratamento do Diabetes Mellitus, que tem como objetivo o melhor controle
metabólico, considerando os critérios clínicos e laboratoriais: dieta, exercícios
físicos, administração de insulina, uso de hipoglimeciantes orais e educação (SILVA,
2002).
O tratamento do diabetes mellitus consta, essencialmente, da dieta, do uso
da insulina e dos exercícios e dos exercícios físicos no tipo I. Por outro lado, no tipo
II, consta da dieta, redução de peso, uso de hipoglicemiantes orais (e, ás vezes,
insulina). A finalidade de ambos é o controle da glicemia. O controle glicêmico
consta de freqüentes dosagens da glicose sanguínea. Esse controle permite ao
médico o monitoramento do ritmo das aplicações e das doses de insulina (ou
agentes orais), alterações na dieta ou nos exercícios físicos (GOODMAN,1996).
4.1.13 Tratamento não farmacológico do Diabetes Mellitus
Recomendações Nutricionais
Plano de alimentação é o ponto fundamental do tratamento da diabetes. Não
é possível um bom controle metabólico sem uma alimentação adequada. Os
adoçantes podem ser utilizados considerando-se seu valor calórico. O aspartame,
ciclamato, sacarina, acessulfame K e sucralose são praticamente isentos de
calorias. Já a frutose tem o mesmo valor calórico do açúcar. As refeições
intermediárias podem ser feitas com fruta, leite e substitutos, pães e bolachas,
mantendo-se a equivalência calórica. Alimentos fontes de proteína ao deitar auxiliam
na prevenção da hipoglicemia noturna (POLACOW, 2003).
O Ministério da Saúde (2006a) recomenda alguns cuidados especiais para
reduzir o colesterol sérico:
21
Controlar o peso;
Habituar-se a ter uma alimentação rica em fibras solúveis (aveia, farelo de aveia,
flocos de milho, ameixa, diversos feijões, diversas frutas e verduras);
Preferir carnes magras, principalmente peixes e aves sem pele;
Cozinhar os alimentos com óleo vegetal (soja, milho, girassol ou oliva);
Optar por leite desnatado, queijos magros e margarina vegetal;
Evitar comer mais de três gemas de ovo por semana;
Reduzir o consumo de frituras; não reutilizar óleo;
Consumir o mínimo de fígado, miúdos e frutos do mar;
Praticar uma atividade física regular.
Exercícios Físicos
Dâmaso (2001) ressalta, o exercício deve ser freqüente e constante (no
mínimo três vezes por semana), de intensidade moderada (caminhar, nadar, andar
de bicicleta etc.), com duração mínina de 30 minutos.
Caso a dieta e a prática de exercícios não apresentem resultados, após seis
meses deve ser instituído o tratamento farmacológico.
4.1.14 Tratamentos Farmacológicos do Diabetes Mellitus
Tratamento com Insulina
A insulina é considerada a base do tratamento de quase todas as pessoas
com Diabetes Mellitus do tipo I, em outras palavras dependentes de insulina, esta
pode ser administrada por via intravenosa ou por via intramuscular, o tratamento em
longo prazo baseia-se na injeção subcutânea do hormônio. Esta consiste no
tratamento primário para a grande maioria dos pacientes com Diabetes Mellitus tipo
22
I, além disso, a insulina é critica para o controle da cetoacidose diabética e tem
relevante função no tratamento do coma hiperglicêmico não- cetótico e no controle
periódico de pacientes com Diabetes Mellitus do tipo I (GOOODMAN et al,1996).
É consenso que pacientes com Diabetes Mellitus do tipo I e II devem ser
acompanhados por médicos com treinamentos em diabetes ou por
endocrinologistas.
A administração de insulina para cada paciente deve ser definida pelo
médico em função da gravidade da doença, do tipo de vida (sedentária ou com
atividades físicas) e do tipo de dieta alimentar, incluindo o número de injeções
diárias e respectivas doses, bem como os horários de administração das mesmas.
Orientações Gerais ao Paciente sobre Insulina
De acordo com James (2002), as orientações ao paciente sobre a insulina
são:
1 ml da solução têm 100 UI de insulina.
A insulina deve ser estocada refrigerada (parte inferior da geladeira onde estão as
verduras).
Não deve ser congelada ou submetida à temperatura superior a 30°C.
A insulina de uso diário pode ser mantida em temperatura ambiente, evitando-se a
exposição direta à luz solar.
Seringas de insulina 0,3, 0,5 e 1ml da capacidade. As descartáveis podem ser
reutilizadas, pela mesma pessoa e sempre com orientação do médico assistente.
A insulina deve ser aplicada pela via subcutânea (aproximadamente 90 graus da
superfície da aplicação).
23
Complicações da Insulinoterapia
Hipoglicemia;
Lipodistrofia;
Alergia local ou sistêmica;
Infecção nos locais de aplicação.
Tratamento com Medicamentos Hipoglicemiantes Orais
São medicamentos úteis para ao controle de pacientes com Diabetes
Mellitus do tipo II, estando contra indicados no Diabetes Mellitus tipo I. Em pacientes
obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as
sultoniluréias (Glibenclamida) ou Glimepirida. A insulina é a medicação primordial
para pacientes com DM tipo I sendo também muito importante para pacientes com
DM tipo II que não respondem ao tratamento com hipoglicemiantes orais.
Os antidiabéticos orais se constituem na primeira escolha para o tratamento
do DM tipo II não-responsivo a medidas não-farmacológicas isoladas, uma vez que
promovem, com controle glicêmico estrito, redução na incidência de complicações,
tem boa aceitação pelos pacientes e simplicidade de prescrição e administração
(MATOS& BRANCHTEIN, 2006).
4.1.15 Controle Clínico e Laboratorial do Diabete Mellitus
É necessário estabelecer um plano de tratamento. O plano e os objetivos do
tratamento devem ser individualizados e estabelecidos de acordo com as condições
clinicas das pessoas. Devem ser analisados e compreendidos pelo paciente e por
seus familiares; quando possível, o plano deve ser ilustrado e reforçado com
material educativo (POLACOW, 2002).
O plano deve constituir de:
Orientação Nutricional.
Recomendações com relação ao estilo de vida (exercício, suspensão do fumo, etc).
24
Educação especifica para pacientes e os familiares.
Orientação para automonitorização; glicemia, glicosúria, cetonúria e sistema de
registro.
Referência aos serviços especializados, quando necessário.
Para pacientes em idade fértil, discutir sobre anticoncepção e cuidados nas diabetes
antes e durante a gestação.
Ponto de contato para situações de dúvidas.
O ideal é que as consultas de rotina e acompanhamento sejam realizadas pela
mesma equipe multidisciplinar (POLACOW, 2002).
Exames Laboratoriais
Gross (2002) ressalta, os exames laboratoriais devem ser:
Glicemia de jejum: comparar com glicemia capilar obtida pelo paciente no seu
aparelho ao mesmo tempo é recomendável.
Hemoglobina Glicosilada (HbA1c); em todos os pacientes diabéticos pelo menos 2
vezes ao ano e nos pacientes em tratamento insulínico, trimestral ou
quadrimestralmente, ou a frutosamina a cada consulta.
Triglicérides, colesterol total e frações e ácido úrico, anualmente nos adultos
e a cada 2 anos nas crianças.
Exame de urina anual, com exceção de situações especiais.
Microalbuminiúria anual para todos os diabéticos com diagnóstico após a puberdade
e para os outros que tiverem mais de 5 anos de duração da doença.
Uréia, creatinina e avaliação do ritmo de filtração glomerular para os pacientes com
macroproteiniúria.
25
4.2 Hipertensão
Hiper: Elemento que significa muito, em alto grau, além.
Tensão: Estado de rigidez que se manifesta em certas partes do corpo.
Hipertensão: Medicina Aumento anormal da tensão arterial ou nervosa; tensão
excessiva. – (AURÉLIO, dicionário)
A hipertensão arterial é comum e implica em conseqüências sobre a
saúde. Estima-se, que em um em cada quatro adultos e quase metade dos idosos
sofre de pressão alta.
No Brasil tem cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial,
35% da população são pessoas mais de 40 anos. O aparecimento está cada vez
mais precoce estimando que cerca de 4% das crianças e adolescentes também
sejam portadoras. A carga de doenças representada pela morbimortalidade devida à
doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um problema grave de
saúde pública no Brasil e no mundo. (MS, 2006)
Segundo WAJNGARTEN (2000, p.11) “As causas das deficiências no
controle da hipertensão são múltiplos e envolvem os profissionais da
saúde e os pacientes, mostrar ao leigo claramente a importância e a
viabilidade em controlar a pressão alta é um recurso fundamental para
melhorar os nossos resultados.”
4.2.1 Fisiopatologia
Varias hipóteses sobre a hipertensão afirmam que dependem de fatores
multifatoriais, acompanhados por aumento de alterações do sistema nervoso
simpático, renais, e de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial.
Resultando em alterações estruturais do sistema cardiovascular. (BRUNNER &
SUDDARTH pg693)
26
4.2.2 Pressão arterial
A pressão do sangue é criada pelo bombeamento do coração, exercendo
uma força que movimenta o sangue através do sistema circulatório. (SWARTZBERG
MARGEN, editores pg345)
Quando o coração contrai o sangue flui nas artérias e no final da
contração, a pressão está no ponto mais alto (pressão sistólica). Quando o coração
relaxa, o sangue flui das veias para o coração e a pressão atinge o ponto baixo
(pressão diastólica) (SWARTZBERG MARGEN, editores pg345)
A pressão nas artérias é necessária para liberar oxigênio e alimento para
o organismo e mandar dejetos para os rins e o fígado.
O sistema complexo do organismo regula a pressão sanguínea, que flutua
conforme o nível da atividade de cada pessoa, além de outros fatores. Os
reguladores são pequenos vasos sanguíneos chamados arteríolas, que dilatam e
contraem e fazendo com que a pressão arterial fique baixa e alta, e quando
acontece algo errado no sistema regulador as arteríolas se mantém contraídas e a
pressão fica cronicamente alta. (SWARTZBERG MARGEN ,editores 2000 pg346)
Definida como hipertensão como uma pressão arterial sistólica superior a
140mmhg e uma pressão diastólica maior que 90mmhg durante um período
sustentado. (BRUNNER & SUDDARTH2002 pg691)
4.2.3 Causas
4.2.3.1 HAS primária ou essencial;
Quando a pressão arterial é elevada por uma causa não identificada sendo
relacionado a causas especificas com estreitamento das artérias renais, doença
parenquimatosa renal, determinados medicamentos, gestação e coarctação da
aorta. (BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg691)
27
Em 90% dos casos da população hipertensa é encontrada a hipertensão
primária. (MS, 2002).
4.2.3.2 HAS secundária;
Quando um fator identificado eleva a pressão arterial, como uso de
Medicamentos, anticoncepcionais, Corticosteróides, Antiinflamatórios e também por,
Doença Parenquimatosa Renal (glomerulopatia, pielonefrite crônica, rins policísticos,
nefropatia de refluxo);
Renovascular (aterosclerose, hiperplasia fibromuscular, poliarterite nodosa);
Endócrina (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo,
hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal,
feocromocitoma, uso de hormônios exógenos);
Coartação de aorta;
Hipertensão gestacional;
Neurológicas (aumento de pressão intra-craniana, apneia do sono, quadriplegia,
porfiria aguda, disautonomia familiar);
Estresse agudo (cirurgia, hipoglicemia, queimadura, abstinência alcoólica, pos-
parada cardíaca,perioperatório);
Exógenas (abuso de álcool, nicotina, drogas imunossupressoras,
intoxicação por metais pesados);Insuficiência aórtica, fístula arterio-venosa,
tireotoxicose, doença Paget e beribéri [hipertensão sistólica].(MS, 2006)
4;2;4 Diagnostico
O diagnóstico da hipertensão arterial é estabelecido pelo encontro dos
níveis tensionais elevados por um longo tempo, acima dos limites de normalidade,
28
quando a pressão arterial é determinada por métodos e condições apropriadas. A
medida da pressão arterial é o elemento chave para o do diagnóstico da hipertensão
arterial, devendo ser feito com base ao histórico do paciente, os resultados do
exame físico e o valor pressórico tomado com técnica precisa. (EMEDIX, Dr. Celso
Ferreira)
Uma leitura de 140/90 mm Hg ou mais pode ser alta, mas o diagnóstico
não é baseado somente em um registro. A medição deve ser feita novamente ao
menos em outros dois dias diferentes, obtidas por profissionais da saúde e de uma
avaliação inicial, para ter certeza que a pressão alta persiste. (EMEDIX)
4.2.5 Classificação de hipertensão
Normal: < 120 < 80
Estágio 1: 140-159 90-99
Estágio 2 : >160 >100 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006)
4.2.6 Sintomas
A hipertensão pode ser assintomática e permanecer por muitos anos, mas
quando se manifestam, revelam lesão vascular, doença da artéria coronária com
angina ou infarto do miocárdio e alterações nos rins (níveis aumentados de
creatinina e uréia).
O envolvimento vascular cerebral com a hipertensão pode levar a um
AVC ou um ataque isquêmico transitório, evidenciado por alterações na visão, fala
tonteira, fraqueza, queda súbita ou paralisia temporária em um lado. (BRUNNER &
SUDDARTH 2002 pg693)
29
4.2.7 Fatores de risco
Fatores que desencadeiam o problema de pressão alta podem ser:
Sal Pode causar a retenção de líquidos pelo organismo sendo então um problema
que pode afetar a pressão arterial.
Álcool A bebida alcoólica pode levar à insuficiência cardíaca: uma doença que faz
o coração perder a força de bombear o sangue para o corpo.
Stress O estresse é uma resposta do organismo às sobrecargas físicas e
emocionais que afetam as pessoas. A ansiedade, a competição e a agressividade
da vida moderna levam ao cansaço e ao esgotamento profundo que, em conjunto
com outros fatores, podem contribuir para a hipertensão e as doenças do coração.
Diabetes O diabetes, que se caracteriza pelo aumento da taxa de açúcar no
sangue, se associa a distúrbios como obesidade, níveis elevados de gordura no
sangue e hipertensão, aumentando o risco das doenças do coração.
Idade (acima de 60 anos): Com a idade as paredes das artérias do coração ficam
mais rígidas aumentando a pressão que o sangue faz para circular por elas,tendo
então, mais chances de ter hipertensão e problemas cardíacos. A partir da
menopausa, a mulher tem mais tendência para desenvolver doenças cardíacas.
Colesterol O excesso de gordura ou colesterol no sangue forma placas que
dificultam a circulação sangüínea, ocasionando a obstrução das artérias e,
conseqüentemente, os males do coração e de outros órgãos.
Obesidade Peso causa mais esforço para o coração.
Pílula As pílulas anticoncepcionais podem contribuir para as doenças
cardiovasculares. Em mulheres que fumam, o perigo é ainda maior.
Sedentarismo As pessoas que levam uma vida sedentária, sem fazer qualquer tipo
de atividade física, correm mais riscos de sofrer problemas cardíacos do que
30
aquelas que praticam exercícios regulares que tonificam o corpo, reduzem o peso e
ajudam a "queimar" as gorduras.
Fumo: As substâncias tóxicas do cigarro provocam o enrijecimento das artérias,
comprometendo a passagem de fluxo sanguíneo, fazendo a pressão subir.
Raça (negros): Mais comum em negros
4.2.8 Tratamento farmacológico
Os pacientes hipertensos e que são descomplicados, recebem doses
baixas dos medicamentos e se a pressão não cair para menos de 140/90 mm hg, a
dose é aumentada e medicamentos adicionais incluídos até alcançar o controle. Se
a pressão arterial permanece baixa por 1 ano recomenda-se a redução lentamente
dos tipos e doses de medicação .(BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg693)
O tratamento farmacológico é indicado para hipertensos moderados e
graves, e para aqueles com fatores de risco para doenças cardiovasculares ou lesão
importante de órgãos-alvo.Poucos hipertensos conseguem o controle ideal da
pressão com um único agente terapêutico.
Estão disponíveis seis classes de anti-hipertensivos:
4.2.8.1 Diuréticos
Mais usadas no tratamento da HAS tem demonstrado redução de morte
e complicações cardiovasculares.
Os locais de ação dessa drogas é no nefron (unidade morfofuncional do
rim), o mecanismo pelo qual os diuréticos baixam a pressão ainda não foi
esclarecido, mas inicialmente produzem leve depleção de sódio e também a
diminuição da resistência vascular periférica. (MS,2002)
31
4.2.8.2 Inibidores simpáticos
O cérebro exerce controle sobre a circulação, medicações são
imprescindíveis para diminuir a pressão arterial nos hipertensos nessa area.
Clonidina e alfa metildopa são as drogas preferenciais essas drogas deprimem o
tônus simpático do sistema nervoso central.
4.2.8.3 Betabloqueadores
São drogas que antagonizam as respostas às atecolaminas, mediadas
pelos receptores betas. São úteis em uma série de condições, tais como: arritmias
cardíacas, pro lapso da valva mitral, infarto do miocárdio, angina do peito e hiper-
tensão portal esquistossomótica. Diminuição da freqüência e do débito cardíaco são
os resultados encontrados após a administração das mesmas. No seu uso
constante, a diminuição da pressão arterial correlaciona-se melhor com alterações
na resistência vascular periférica que com variações na freqüência cardíaca ou
alterações no débito cardíaco induzi das por essas drogas.(MS,2002)
4.2.8.4 Vasodilatadores diretos
São relaxadores de efeito direto no músculo liso vascular, sem
intermediação de receptores celulares. Leva à vasodilatação da arteríola pré-capilar
e conseqüente queda da resistência vascular periférica. Pode, levar ao aumento da
retenção de sódio e água. Esta é uma das razões porque essas drogas só devem
ser usadas em associação prévia com betabloqueadores e diuréticos em
hipertensão grave e resistente. (MS,2002)
4.2.8.5 Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA)
Essas drogas representam grande avanço no tratamento da HA. Esses
compostos inibem a formação de angiotensina Il, bloqueando a enzima conversora
de angiotensina.
32
Cuidados devem ser tomados em relação aos pacientes com estenose de
artéria renal, pela possibilidade de hipoperfusão e, queda da função de filtração
renal dosagem de potássio e de creatinina auxiliam na avaliação da função
renal.(MS,2002)
4.2.9 Objetivos de tratamento
A razão para tratar a hipertensão é para prevenção de prováveis
conseqüências. Como acidente vascular cerebral, infartos e insuficiência cardíaca,
lesão na retina, e nos rins e até a morte
E embora não exista cura para a Hipertensão Arterial, é possível um
controle eficaz, baseado na reformulação de hábitos de vida, em medicações,
permitindo ao paciente uma melhor qualidade de vida.
4.2.10 Hipertensão no idoso
Os idosos (acima de 65 anos) tem mais tendência a ter hipertensão
arterial, a idade representa um fator de risco,e o idoso tem particularidades
próprias,comorbidades associadas, que devem sempre ser levadas em
consideração na escolha do medicamento anti-hipertensivo a ser usado.O
tratamento no idoso na maioria das vezes é mais evidentes que na população mais
jovem.(LIPP,ROCHA 2007 pg. 34)
Alterações estruturais e funcionais que acontecem no coração e nos
vasos sanguíneos aumentam a pressão arterial com a idade, sendo pelo acumulo da
placa aterosclerótica, fragmentação das elastinas arteriais, os depósitos aumentados
de colágeno e a vaso dilatação comprometida, resultando na diminuição na
elasticidade dos principais vasos sanguíneos, a aorta e as grandes artérias são
menos capazes de acomodar o volume de sangue bombeado pelo coração, a
energia que teria de estirar os vasos eleva a pressão arterial. A hipertensão sistólica
isolada é mais comum nos idosos. (BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg693)
Quando o metabolismo do idoso fica em declínio deve-se começar o
tratamento com dosagens baixas e as adequações terapêuticas devem ser bastante
33
cautelosas, medicações não tomadas apropriadamente podem produzir quedas da
pressão arterial principalmente quando se muda de deitado para sentado (
hipotensão postural), e os doentes podem cair e sofrer nessas situações. (LIPP,
ROCHA 2007 pg. 35)
Nessa fase da vida devem começar o tratamento com modificações no
estilo de vida,quando os medicamentos são necessários para alcançar o objetivo da
pressão arterial inferior a 140/90 mm hg, a dose inicial deve ser metade que seria
utilizada em pacientes mais jovens. (BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg693
34
5. METODOLOGIA
5.1 Métodos e técnicas
Realizamos uma revisão na literatura com leitura, análise e interpretação de
livros, periódicos e artigos científicos. Todo material encontrado foi submetido a uma
triagem das quais foram selecionadas informações necessárias sobre a assistência
do Técnico em Enfermagem a pacientes portadores de Diabetes Mellitus e
Hipertensão Arterial isoladamente ou em associação com outras patologias.
Foram abordados neste estudo o tratamento não-farmacológico e
farmacológico do Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial.
Ao final do trabalho foram definidas as forma de divulgação das informações
deste trabalho ao publico em geral e pacientes da rede publica portadores ou não de
Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial através de palestras, data show,dinâmicas
e fotos.
5.2 População alvo
Grupos de Hiperdia dos Postos de Saúde, clube de mães e idosos, igrejas,
agricultores do interior do nosso município e detentos da Penitenciaria de Caçador.
35
6. RECURSOS
6.1 Recursos Humanos
Professores orientadores do SENAC.
Grupo de Idosos e Mães.
Grupos de Hiperdia de postos de saúde.
Profissionais da área da saúde como enfermeiros, técnicos em enfermagem e
agentes de saúde.
Detentos da Penitenciaria do nosso município.
6.2 Recursos materiais
6.2.1 Recursos Materiais Permanentes
Data show, computador, CD, DVD, pendrive e extensão.
6.2.2 Recursos Materiais Consumíveis
Papel A4, tinta para impressora, canetas, combustível, balões, barbante.
36
6.3 RECURSOS FINANCEIROS
MATERIAIS QUANTIDADE VALORES
Folhas papel A4 500 R$12,00
1212,00Tinta impressora 2 R$ 30,00
Caneta 2 R$ 1.00
Gasolina 34 L R$ 80.00
Balões 300 R$ 12.00
Carteirinha para biblioteca 2 R$ 10.00
Cartório 1 R$ 3.00
Envelope 1 R$ 0.50
CD 6 R$ 6.00
TOTAL R$ 154.50
37
7. CRONOGRAMA
Locais Hora Data
Assembléia de Deus- Martelo 14:00 hs 01/12/2009
Presídio municipal 09:00 hs 02/12/2009
Presídio municipal 10:30 hs 02/12/2009
Centro comunitario-CAIC 13:00 hs 03/12/2009
Bairro dos Municípios 15:30 hs 03/12/2009
Mutirão 13:30 hs 04/12/2009
Linha Santana 15:30 hs 05/12/2009
Clube das mães - Rancho Fundo 14:00 hs 08/12/2009
Grupo de idoso-Rancho Fundo 15:30 hs 08/12/2009
Centro comunitário – Rancho fundo 14:00 hs 09/12/2009
São Cristovão 14:00 hs 10/12/2009
Centro comunitário – Rancho fundo 14:00 hs 11/12/2009
Clube das mães - Gioppo 14:30 hs 15/12/2009
38
8. REFERÊNCIAS
ANVISA, Bulário E. Disponível em: < http: / bulario. bvs. br/ índex. php? Action =
search& search > Acesso em 28 de novembro de 2009.
BRUNNER & SUDDARTH. et all Tratado de enfermagem médico Cirúrgica. Rio de
Janeiro- RJ: Guanabara Koogan AS, 2002.Vol. 02. p. 691-700.CARVALHO, S.
BULA .MEDI.BR ,bula de medicamentos: Disponivel em”http;/ www.bulas.med.br
Acesso em 9 de dezembro de 2009
DÂMASO, Ana. Nutrição e Exercício na Prevenção de Doenças. 1ed., Rio de
Janeiro: Medsi, 2001.
Diabetes Mellitus Dependente de Insulina: Terapia Insulínica Intensificada-
Metodologia. Florianópolis: Edeme, 1993.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Olanda. Novo dicionário da Língua Portuguesa,
Rio de Janeiro: Nova Fronteira S.A., 1975.
FUCHS, F, D. et al.Farmacologia Clinica. Fundamentos de Terapia Racional. 2
ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A, 1998.
GLICOSE PÓS-PRANDIAL – PP, Bonelli. Disponível em < http: // www.
bonelli.com. br / Paginas/ ASP/ relativo/ pgn. Exames tipos g. asp > Acesso em
30 de novembro de 2009.
GOODMAN, L et al. Goodman e Gilman: As bases farmacológicas da
terapêutica. 9 ed. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, 1996.
HART, J; SAVAGE, W Tudo sobre hipertensão, São Paulo: Andrei 2000 pg. 11
JACKSON,Graham,Tudo sobre doenças cardiacas.São Paulo: Andrei 2002
pg30,25
39
KOLOIKOVAS, Andrejus. Dicionário Terapêutico Guanabara. Ed 2006/2007. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan AS, 2006.
LIMA, D, R. Manual de Farmacologia Clinica, Terapêutica e Toxicologia. v.1 São
Paulo: Medica e Cientifica Ltda, 2002.
LIPP,M; ROCHA,JC, Pressão alta e Stress O que fazer agora?Campinas SP
Papirus,2007 pg. 30
MATOS, Maria C. G; BRANCHTEIN, Leandro. O uso de antidiabéticos orais no
paciente com DM e doença cardíaca. Revista da Sociedade de Cardiologia. Rio
Grande do Sul nº 08, Ano XV Mai/ Jun/ Jul/ Ago, 2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Doenças: Disponível em: < http: / www. pgr.
mpf. gov. br/ pgr/ saúde/ doenças dislipidemias. htm > Acesso em 28 de
novembro de 2009.
POLACOW, M, B. Farmácia Clinica e Atenção Farmacêutica. São Paulo,
Medfarma, 2003.
SILVA, C.A. & LIMA, W.C. Efeito Benefício do Exercício Físico no Controle
Metabólico do Diabetes Mellitus tipo II a Curto Prazo. Campinas 2001. Pág 551.
SILVA, P. Farmacologia, 6 ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
SWARTZBERG,J & MARGEN,S ; O Guia Completo da Saúde
VAZ,Rodrigo.Dicas e receitas para controlar a hipertensão.Rio de Janeiro;
Ediouro publicaçoes SA 2007 pg.5 e 6
WIKIPEDIA, a enciclopédia livre: Disponível em “http:/ pt. WIKIPEDIA org/ WIKI /
Diabetes Mellitus” Acesso em 28 de novembro de 2009.
40

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Diabetes e Hipertensão: orientando medidas de prevenção e controle

  • 1. 1 1. APRESENTAÇÃO DO TEMA 1.1 Diabetes Mellitus Segundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 240 milhões de pessoas sejam diabéticos em todo o mundo, o que significa que 6% da população têm diabetes. O Diabetes Mellitus é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia) resultantes de defeitos na secreção de insulina e/ ou na ação desta (BRUNNER, 2002). Embora ainda não haja cura definitiva para o Diabetes Mellitus, há vários tratamentos disponíveis que, quando seguidos de forma regular, proporcionam saúde e qualidade de vida para o paciente portador de Diabetes Mellitus. 1.2 Hipertensão Arterial Hipertensão arterial ou “pressão alta” é a elevação da pressão arterial para números acima dos valores considerados normais. Na circulação normal, a pressão é exercida pelo fluxo de sangue através do coração e dos vasos sanguíneos. A pressão arterial elevada, conhecida como hipertensão, pode resultar de uma alteração no débito cardíaco e/ou de uma modificação na resistência periférica (BRUNNER, 2002).
  • 2. 2 2. JUSTIFICATIVA Visto que os índices de pessoas com HA e DM são consideráveis, notamos a necessidade de realizar um estudo sobre o assunto, o qual aponta para necessidade de que sejam revistas as questões de educação/ orientação para o paciente com HA e DM, de encorajamento e compreensão acerca das percepções e vivências frente a uma nova realidade. A escolha do assunto adotado é justificada pelo fator de responsabilidade que o tema exige, bem como da qualificação necessária do profissional para que o resultado final seja um trabalho de credibilidade e, principalmente, gerando conhecimentos positivos aos pacientes e a sociedade. Sabemos que a HA e a DM fazem parte do cotidiano de muitas pessoas tendo nós intenção de contribuir com essas pessoas através de informações e mostrar a elas que se pode ter uma qualidade de vida mesmo convivendo com a doença desde que se tenham os cuidados necessários para o controle das mesmas.
  • 3. 3 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivos Gerais Orientar e conscientizar as medidas de prevenção e controle de hipertensos e diabéticos mellitus. 3.2 Objetivos Específicos Compreender causas e fatores que levam a HA e ao DM. Orientar as formas de prevenção da HA e DM. Reconhecer complicações da HA e do DM. Expor métodos de tratamento para HA e DM. Detectar precocemente pacientes com HA e DM. Manter o controle da hiperglicemia durante a aplicação do projeto, e orientar as pessoas a procurar o serviço de saúde sempre que necessário.
  • 4. 4 4. REVISÃO DE LITERATURA 4.1 Históricos do Diabete Mellitus A primeira descrição do Diabetes Mellitus data do ano de 1550 aC. na qual se detectava e descrevia-se a presença de urina excessiva e doce, sinal clinico que deu origem ao nome da doença, Diabetes: o verbo diabetenein significa “ passar direto”, designando um estado fisiológico de intensa sede e no qual o volume aumentado de água ingerida era eliminado em pouco tempo, na forma de urina, de maneira que parecia atravessar direto o organismo (DÂMASO, 2001). No passado o diagnóstico do Diabetes Mellitus era totalmente associado aos sintomas clínicos. Somente no final do século XIX pesquisadores identificaram a origem da doença no pâncreas, pela verificação da atrofia do órgão de indivíduos que apresentavam os sintomas da doença (FUCHS, 1998) No ano de 1921, Banting e Best descobriram a secreção de insulina pelo pâncreas. A partir de 1930, os Diabetes Mellitus passaram a ser considerado como uma síndrome de várias causas que interagem entre si no balanço endócrino, tendo a insulina como o principio antidiabetico. Outro passo foi demonstrar a ausência de sensibilidade á insulina em pacientes mais velhos e idosos (CARVALHO, 1993).
  • 5. 5 4.1.1 Conceitos de Diabete Mellitus O Diabete Melllitus é uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas. As conseqüências do DM, em longo prazo, incluem disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). 4.1.2 Classificações do Diabetes Mellitus Existem diversos tipos distintos de Diabetes Mellitus; eles podem diferenciar na etiologia, evolução clinica e tratamento. As principais classificações do Diabete Mellitus são: Tipo I (previamente referido como diabetes mellitus insulino-dependente). Tipo II (previamente referido como diabetes mellitus não-insulino-dependente). Diabetes Mellitus associado a outras condições ou síndromes. Diabetes Mellitus Gestacional (BRUNNER, 2002). O diabetes tipo I ou insulino-dependente é uma doença auto- imune que causa a destruição das células beta do pâncreas e leva a inabilidade do corpo em produzir insulina. Corresponde a 5-10% dos casos de DM, acometendo crianças e adolescentes (DÂMASO, 2001).
  • 6. 6 O diabetes mellitus tipo I ou insulinodependente é caracterizado pelo rápido e acentuado surgimento de sintomas e instalação da doença, e requer administração crônica de insulina. Fatores genéticos determinam a predisposição do individuo em desenvolver uma atividade uma atividade imunológica contra as células pancreáticas. Além disso, fatores ambientais, como agentes virais e tóxicos (químicos), têm papel importante no desencadeamento da resposta auto-imune e, conseqüentemente, no surgimento da doença em indivíduos que apresentam tal predisposição genética. (SILVA, 2001). O diabetes mellitus tipo II ou não insulinodependente é uma desordem metabólica que resulta na inabilidade do corpo em responder apropriadamente à insulina, referida como resistência insulínica. Corresponde a 90-95% dos casos, com maior prevalência em indivíduos idosos. Apresenta progressão lenta e está associado ao aumento do peso corpóreo (SILVA, 2001). O DM tipo II começa na meia idade ou depois. Quase sempre, está associado com a obesidade e anormalidades menos graves de glicemia. Seu tratamento pode ser através de restrição dietética apenas, dieta e medicação oral ou com pequenas doses de insulina. Os indivíduos com diabetes tipo II apresentam uma produção normal ou significativamente elevada de insulina de acordo com a determinação das concentrações sanguíneas do hormônio, mas exibem uma redução na utilização da insulina pelo fígado e tecidos periféricos (resistência à insulina). Outros apresentam graus variáveis de reprodução diminuída de insulina, embora geralmente não tão grave quanto à deficiência de insulina no DM tipo I (RAVEL, 1997).
  • 7. 7 4.1.3 Fisiopatologia O pâncreas é o órgão responsável pela produção do hormônio denominado insulina. Este hormônio é responsável pela regulação da glicemia (glicemia: nível de glicose no sangue). Para que as células das diversas partes do corpo humano possam realizar o processo de respiração aeróbica (utilizar glicose como fonte de energia), é necessário que a glicose esteja presente na célula. Portanto, as células possuem receptores de insulina (tirosina quinase) que, quando acionados "abrem" a membrana celular para a entrada da glicose presente na circulação sanguínea. Uma falha na produção de insulina resulta em altos níveis de glicose no sangue, já que esta última não é devidamente dirigida ao interior das células. Visando manter a glicemia constante, o pâncreas também produz outro hormônio antagônico à insulina, denominado glucagon. Ou seja, quando a glicemia cai demais, o glucagon é secretado visando restabelecer o nível de glicose na circulação. O glucagon é o hormônio predominante em situações de jejum ou de estresse, enquanto a insulina tem seus níveis aumentados em situações de alimentação recente (WIKIPÉDIA). Como a insulina é o principal hormônio que regula a quantidade de glicose absorvida pela maioria das células a partir do sangue (principalmente células musculares e de gordura, mas não células do sistema nervoso central), a sua deficiência ou a insensibilidade de seus receptores desempenham um papel importante em todas as formas da diabetes mellitus (WIKIPÉDIA). Grande parte do carboidrato dos alimentos é convertido em poucas horas no monossacarídeo glicose, o principal carboidrato encontrado no sangue. Alguns carboidratos não são convertidos. Alguns exemplos incluem a frutose que é utilizada como um combustível celular, mas não é convertida em glicose e não participa no mecanismo regulatório metabólico da insulina / glicose; adicionalmente, o carboidrato celulose não é convertido em glicose, já que os humanos e muitos animais não têm vias digestivas capazes de digerir a celulose. A insulina é liberada no sangue pelas células beta (células-β) do pâncreas em resposta aos níveis crescentes de glicose no sangue (por exemplo, após uma refeição). A insulina
  • 8. 8 habilita a maioria das células do corpo a absorverem a glicose do sangue e a utilizarem como combustível, para a conversão em outras moléculas necessárias, ou para armazenamento. A insulina é também o sinal de controle principal para a conversão da glicose (o açúcar básico usado como combustível) em glicogênio para armazenamento interno nas células do fígado e musculares. Níveis reduzidos de glicose resultam em níveis reduzidos de secreção de insulina a partir das células betas e na conversão reversa de glicogênio a glicose quando os níveis de glicose caem. Níveis aumentados de insulina aumentam muitos processos anabólicos (de crescimento) como o crescimento e duplicação celular, síntese protéica e armazenamento de gordura (WIKIPÉDIA). Se a quantidade de insulina disponível é insuficiente, se as células respondem mal aos efeitos da insulina (insensibilidade ou resistência à insulina), ou se a própria insulina está defeituosa, a glicose não será administrada corretamente pelas células do corpo ou armazenada corretamente no fígado e músculos. O efeito dominó são níveis altos persistentes de glicose no sangue, síntese protéica pobre e outros distúrbios metabólicos, como a acidose. (WIKIPÉDIA). 4.1.4 Sinais e Sintomas do Diabetes Mellitus O inicio dos sintomas da diabete tipo I geralmente é repentino. Os da diabete tipo II costuma se desenvolver gradualmente ao longo dos anos. Aumento de idas ao banheiro para urinar. Sede e ingestão excessiva de líquidos. Aumento da fome. Perda de peso sem intenção Fraqueza e fadiga. Visão turva.
  • 9. 9 Dormência e/ou formigamento nas mãos e nós pés. Infecções periódicas, tais como infecções no trato urinário e devido a fungos na vagina. Cicatrização lenta de cortes e ferimentos (SWARTZBERG, 2002). Estes sintomas tendem a se agravar progressivamente e podem levar a complicações severas. Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras. (WIKIPÉDIA). 4.1.5 Sintomas de complicações que necessitam de cuidados imediatos: Hipoglicemia. Glicemia baixa (menor que 50mg /dl; inferior a 27mmol/l) em uma pessoa com diabetes em conseqüência da insulina excessiva, medicamento, alimento reduzido e/ou exercício em excesso que não foi compensado com o alimento; tratada com carboidrato de ação rápida seguido por um lanche ou refeição substancial (BRUNNER, 2002). Esta é uma complicação séria, de ameaça à vida, causada pela insuficiência de insulina. É comum, mas pessoas com diabetes mellitus tipo I, mas pode correr naquelas com diabetes tipo II. Sintomas: boca seca, rubores, respiração com cheiro de fruta, dificuldade respiratória, vômito e dor abdominal (SWARTZBERG, 2002). Hiperglicemia. Nível elevado de glicose sanguínea – nível superior a 126 mg/dl (6,9 mmol/l); nível pós-prandial com 3 horas superior a 200 mg/dl (11 mmol/l). Esta é outra complicação potencialmente fatal, normalmente associada a níveis altos de glicose no sangue em pacientes com diabete mellitus tipo II. Sintomas: Sede exagerada, letargia, fraqueza e confusão mental. Em cerca de um terço das pessoas com diabete melllitus tipo II, estes sintomas são o primeiro sinal da doença (SWARTZBERG, 2002).
  • 10. 10 Sintomas visuais: O paciente apresenta visão borrada e dificuldade de refração. As complicações a longo prazo envolvem diminuição visual e visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações retinianas denominadas retinopatia diabética. A retinopatia diabética pode levar ao envolvimento importante da retina causando inclusive descolamento de retina, hemorragia vítrea e cegueira (WIKIPÉDIA). Sintomas cardíacos: Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de hipertensão arterial. A doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos do coração. Como o paciente apresenta em geral também algum grau de alteração dos nervos do coração, as alterações cardíacas podem não provocar nenhum sintoma, sendo descobertas apenas na presença de sintomas mais graves como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca e as arritmias (WIKIPÉDIA). Sintomas circulatórios: Se manifestam por arteriosclerose de diversos vasos sangüíneos. São freqüentes as complicações que obstruem vasos importantes como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas, e diversas outras de extremidades. Essas alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés), levando a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". O "pé diabético" envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia periférica), infecções fúngicas e bacterianas e ulceras de pressão. Estas alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave comprometimento da qualidade de vida (WIKIPÉDIA). Sintomas digestivos: Diabéticos podem apresentar comprometimento da inversão do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente em nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia. A diarréia é caracteristicamente noturna, e ocorre sem dor abdominal significativa, freqüentemente associado com incapacidade para reter as fezes (incontinência fecal) (WIKIPÉDIA). Sintomas renais: O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma
  • 11. 11 perda de função renal significativa. Esses sintomas são: inchaço nos pés (edema de membros inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela urina (proteinúra) (WIKIPÉDIA). Sintomas urinários: Indivíduos diabéticos podem apresentar dificuldade para o esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inversão (bexiga neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção de infecção urinária. No homem, essa alteração pode se associar com dificuldades de ereção e impotência sexual, além de piorar sintomas relacionados com aumento de volume da próstata (WIKIPÉDIA). Sintomas neurológicos: O envolvimento dos nervos no paciente diabético pode provocar neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades, Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal fator para o surgimento de modificações na posição articular e de pele que surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras (“mal perfurante plantar”). Os sinais mais característicos da presença de neuropatia são a perda de sensibilidade em bota e luva, o surgimento de deformidades como a perda do arco plantar e as “mãos em prece” e as queixas de formigamentos e alternância de resfriamento e calorões nos pés e pernas, principalmente à noite (WIKIPÉDIA). Sintomas dermatológicos: Diabéticos apresentam maior sensibilidade para infecções fúngicas de pele e de unhas (onicomicose). Nas regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante plantar (WIKIPÉDIA). Sintomas ortopédicos: A perda da sensibilidade nas extremidades leva a uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos (“Junta de Charcot”) (WIKIPÉDIA).
  • 12. 12 4.1.6 Complicações Agudas do Diabete Mellitus Hipoglicemia Cetoacidose diabética Coma hiperosmolar Hipoglecemia- Condições de Risco Pacientes em uso de insulina, pacientes idosos em uso de sulfaniuréias, insuficiência renal, omissão alimentar, atraso no horário das refeições, realização de exercício não-usual, educação em diabetes deficiente, vômitos, diarréia, baixa idade, insulinoterapia recentemente iniciada, glicemia normal-baixa à noite, troca de insulina e neuropatia autonômica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Sinais e Sintomas Tremores, sudorese intensa, palidez, palpitações, fome intensa, visão borrada, diplopia (visão dupla), tonturas, cefaléia, ataxia, distúrbios de comportamento, convulsão, perda de consciência e coma. Achados Laboratoriais Glicemia < 60 mg/dl. Cetoacidose Diabética- Condições de Risco Doença febril aguda, suspensão da insulinaterapia, uso concomitante de agentes hiperglicemiantes, diabetes previamente mal controlado, diabetes de controle instável, diabetes + distúrbios psicológicos graves e educação em diabetes deficiente (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
  • 13. 13 Sinais e Sintomas Poliúria, polidipsia (sede intensa), desidratação, dor abdominal, rubor facial, hálito cetônico, náuseas, vômitos, sonolência. Achados Laboratoriais Hiperglicemia (> 300 mg/dl ), glicosúria acentuada, cetonúria, acidose – PH < 7,3, leucocitose, alterações eletrolíticas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Coma Hiperosmolar – Condições de Risco Diabete Mellitus tipo II doença intercorrente (infecção grave, infarto cerebral ou do miocárdio, estresse intenso) ou uso de medicamentos hiperglicemiantes e má aderência ao tratamento no diabete mellitus tipo II (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Sinais e Sintomas Poliúria intensa, evoluindo para oligúria, polidipsia, desidratação intensa, hipertemia, sonolência, obnubilação mental, coma. Achados Laboratoriais Glicosúria intensa, hiperglicemia extrema (geralmente > 700 mg/dl), azotemia (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
  • 14. 14 4.1.7 Complicações Crônicas do Diabetes Mellitus As complicações crônicas podem ser decorrentes de alterações: na microcirculação – retinopatia e nefropatia, na macrocirculação – cardiopatia isquêmica, doença cerebrovascular e doença vascular periférica e complicações neuropáticas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). As complicações crônicas da Diabetes Mellitus são a principais causas responsáveis pela morbidade e mortalidade dos pacientes diabéticos. As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte (52%) em pacientes diabéticos do tipo II e estes constituem cerca de 30% das admissões em Centros de Tratamento Intensivo. Diversos fatores de risco possíveis de intervenção estão associados ao maior comprometimento cardiovascular observado nos pacientes diabéticos. Entre estão a presença da Nefropatia Diabética (ND) e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (POLACOW), 2003). A Nefropatia Diabética acomete cerca de 40% dos pacientes diabéticos e é a principal causa de insuficiência renal em pacientes que ingressam em programas de diálise.
  • 15. 15 4.1.8 Complicação Devastadora – Pé Diabético “É uma das complicações mais devastadoras do DM, sendo responsável por 50 a 70% das amputações não-traumáticas, 15 vezes mais freqüentes entre indivíduos diabéticos, além de concorrer por 50% das internações hospitalares. Geralmente, a neuropatia diabética (ND) atua como fator permissivo para o desenvolvimento das úlceras nos pés, através da insensibilidade e, principalmente, quando associada a deformidades. As úlceras complicam-se quando associadas à doença vascular periférica (DVP) e infecção, geralmente presentes em trono de 20% das lesões, as quais colocam o paciente em risco de amputação e até de vida (MINISTÉRIO DA SAÚDE)”. Fatores de risco Antecedente de úlcera nos pés/ amputação não-traumática. Educação terapêutica deficiente/inacessibilidade ao sistema de saúde. Neuropatia-insensibilidade/ deformidade. Calos. Uso de calçados inadequados. Fatores que contribuem para a DVP: tabagismo, hipertensão arterial, dislipidemia. Nefropatia diabética. Lesões não-ulcerativas (micoses, bolhas, rachaduras, fissuras, unhas encravadas). Baixa acuidade visual (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
  • 16. 16 Alterações clínicas neuropáticas e vasculares do “pé diabético”, detectadas em exame físico: (MINISTÉRIO DA SAÚDE,2000) 4.1.9 Diagnósticos do Diabetes Mellitus O diagnóstico do Diabetes Mellitus pode ser mais facilmente identificado quando os sintomas específicos estão associados à alta dosagem de glicose no sangue, confirmado normalmente por testes laboratoriais. Atualmente, para uma pessoa ser considerada diabética, a glicemia de jejum precisa estar acima de 125 mg/dl de sangue. Na prática, a suspeita de que uma pessoa é diabética é confirmada ou não pela análise dos sintomas apresentados, da história familiar e dos resultados físicos e clínicos (GOODMAN, 1996). Sintomas do diabetes mais concentração casual de glicose sanguínea superior ou igual a 200 mg/dl. O casual é definido como qualquer horário do dia considerar sem considerar o intervalo desde a última refeição. Glicose plasmática em jejum igual ou superior a 126 mg/dl. O jejum é definido como nenhuma ingesta calórica por um mínimo de 8 horas. PÉ NEUROPÁTICO PÉ ISQUÊMICO Hipertrofia de pequenos músculos dorsais Pele fina/ brilhante Acentuação do arco Cianose Proeminência dos metatarsos Unhas atrofiadas Dedos em garra/ dedos em martelo Ausência de pêlos Calos Palidez à elevação Vasodilatação dorsal Pé “frio” Pele seca/ rachaduras Ausência de pulsos (tibiais posteriores) Pé “quente” Enchimento capilar > 10 segundos Alterações articulares Claudicação intermitente
  • 17. 17 Glicose em 2 horas pós-ataque igual ou superior a 200 mg/dl durante um teste de tolerância oral à glicose. O teste deve ser realizado de acordo com o descrito pela Organização Mundial da Saúde, usando uma carga de glicose contendo equivalente a 75g de glicose anidra dissolvida em água. Na ausência de hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda, esses critérios devem ser confirmados através da repetição do exame em outro dia (BRUNNER, 2002). 4.1.10 Fatores de Risco para Diabetes Mellitus Histórico familiar de diabetes (pais ou irmãos com diabetes). Obesidade (> 20% acima do peso corporal desejado ou IMC> 27 kg/m²). Raça/ etnicidade (afro-americanos, hispano-americanos, indígenas norte- americanos, asíatico-americanos, oriundos das ilhas do Pacífico). Idade > 45 anos. Glicose em jejum ou tolerância comprometida à glicose previamente identificada. Hipertensão (>140/90 mm Hg). Nível de HDL- colesterol < 35mg/ dl e/ ou nível de triglicerídeos > 250 mg/ dl. História de diabetes gestacional ou dar à luz a neonatos com mais de 4,5 kg (BRUNNER, 2002).
  • 18. 18 4.1.11 Prevenções de Diabetes Mellitus As possibilidades de prevenção da doença estão concentradas na identificação do Diabetes Mellitus em uma fase considerada como pré- hiperglicêmica. Outra maneira de se prevenir a doença e interferindo nas causas comportamentais ou ambientais de origem, como estresse, obesidade, sedentarismo, efeitos da dieta e fármacos (LIMA, 2003). 4.1.11.1 Prevenção Primária Remover fatores de risco Esta tarefa é de competência da equipe de saúde na prevenção do Diabetes Mellitus e de suas complicações. Deve-se sempre enfatizar o controle do tabagismo, da obesidade, do sedentarismo e de bebidas alcoólicas e o estimulo a uma alimentação saudável. No Diabetes Mellitus tipo II, 50% dos casos novos poderiam ser prevenidos, evitando-se o excesso de peso, e outros 30% com o controle do sedentarismo. A equipe de saúde deve: Realizar campanhas educativas periódicas, abordando os fatores de risco para DM. Programar, periodicamente, atividades de lazer individual e comunitário. Reafirmar a importância dessas medidas para populações especiais: os indivíduos considerados como intolerantes à glicose. É importante lembrar que, no âmbito das secretarias municipais e estaduais de saúde, já existem, programas de prevenção e intervenção na área cardiovascular. Nesses casos, as equipes de Saúde de Família devem procurar realizar uma ação
  • 19. 19 articulada, visando aperfeiçoar recursos e buscar parcerias com as sociedades cientificas relacionadas a essa patologia. (MINISTÉRIO DA SÁUDE, 2002). 4.1.11.2 Prevenção Secundária Detecção e Tratamento precoce do DM Destina-se aos indivíduos com DM já instalados. Diabético tipo II, por exemplo, podem passar até sete anos, com hiperglicemia, sem ser diagnosticados. A prevenção secundária tem como objetivos: evitar o aparecimento de complicações e retardar a progressão do quadro clínico. Toda ação deve ser programada a partir da identificação de fatores de risco associados, lesões em órgão-alvo e avaliação de comorbidades. (MINISTERIO DA SAUDE, 2002). 4.1.11.3 Prevenção Terciária Reduzir complicações Tem por finalidade prevenir ou retardar o desenvolvimento de complicações agudas e crônicas do DM e também evitar mortes precoces. Nesta fase, faz-se também necessária uma atuação visando reabilitar os indivíduos já acometidos pelas complicações (insuficiência cardíaca, insuficiência renal, retinopatia diabética e membros inferiores em risco). Nestas duas etapas, deve-se estimular a criação de grupos DM, no sentido de facilitar a adesão ao tratamento proposto e, quando possível, agregar as equipes profissionais como nutricionista, assistente social psicólogo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002).
  • 20. 20 4.1.12 Tratamentos do Diabetes Mellitus De acordo com estudos prévios, cinco são os pontos básicos para o tratamento do Diabetes Mellitus, que tem como objetivo o melhor controle metabólico, considerando os critérios clínicos e laboratoriais: dieta, exercícios físicos, administração de insulina, uso de hipoglimeciantes orais e educação (SILVA, 2002). O tratamento do diabetes mellitus consta, essencialmente, da dieta, do uso da insulina e dos exercícios e dos exercícios físicos no tipo I. Por outro lado, no tipo II, consta da dieta, redução de peso, uso de hipoglicemiantes orais (e, ás vezes, insulina). A finalidade de ambos é o controle da glicemia. O controle glicêmico consta de freqüentes dosagens da glicose sanguínea. Esse controle permite ao médico o monitoramento do ritmo das aplicações e das doses de insulina (ou agentes orais), alterações na dieta ou nos exercícios físicos (GOODMAN,1996). 4.1.13 Tratamento não farmacológico do Diabetes Mellitus Recomendações Nutricionais Plano de alimentação é o ponto fundamental do tratamento da diabetes. Não é possível um bom controle metabólico sem uma alimentação adequada. Os adoçantes podem ser utilizados considerando-se seu valor calórico. O aspartame, ciclamato, sacarina, acessulfame K e sucralose são praticamente isentos de calorias. Já a frutose tem o mesmo valor calórico do açúcar. As refeições intermediárias podem ser feitas com fruta, leite e substitutos, pães e bolachas, mantendo-se a equivalência calórica. Alimentos fontes de proteína ao deitar auxiliam na prevenção da hipoglicemia noturna (POLACOW, 2003). O Ministério da Saúde (2006a) recomenda alguns cuidados especiais para reduzir o colesterol sérico:
  • 21. 21 Controlar o peso; Habituar-se a ter uma alimentação rica em fibras solúveis (aveia, farelo de aveia, flocos de milho, ameixa, diversos feijões, diversas frutas e verduras); Preferir carnes magras, principalmente peixes e aves sem pele; Cozinhar os alimentos com óleo vegetal (soja, milho, girassol ou oliva); Optar por leite desnatado, queijos magros e margarina vegetal; Evitar comer mais de três gemas de ovo por semana; Reduzir o consumo de frituras; não reutilizar óleo; Consumir o mínimo de fígado, miúdos e frutos do mar; Praticar uma atividade física regular. Exercícios Físicos Dâmaso (2001) ressalta, o exercício deve ser freqüente e constante (no mínimo três vezes por semana), de intensidade moderada (caminhar, nadar, andar de bicicleta etc.), com duração mínina de 30 minutos. Caso a dieta e a prática de exercícios não apresentem resultados, após seis meses deve ser instituído o tratamento farmacológico. 4.1.14 Tratamentos Farmacológicos do Diabetes Mellitus Tratamento com Insulina A insulina é considerada a base do tratamento de quase todas as pessoas com Diabetes Mellitus do tipo I, em outras palavras dependentes de insulina, esta pode ser administrada por via intravenosa ou por via intramuscular, o tratamento em longo prazo baseia-se na injeção subcutânea do hormônio. Esta consiste no tratamento primário para a grande maioria dos pacientes com Diabetes Mellitus tipo
  • 22. 22 I, além disso, a insulina é critica para o controle da cetoacidose diabética e tem relevante função no tratamento do coma hiperglicêmico não- cetótico e no controle periódico de pacientes com Diabetes Mellitus do tipo I (GOOODMAN et al,1996). É consenso que pacientes com Diabetes Mellitus do tipo I e II devem ser acompanhados por médicos com treinamentos em diabetes ou por endocrinologistas. A administração de insulina para cada paciente deve ser definida pelo médico em função da gravidade da doença, do tipo de vida (sedentária ou com atividades físicas) e do tipo de dieta alimentar, incluindo o número de injeções diárias e respectivas doses, bem como os horários de administração das mesmas. Orientações Gerais ao Paciente sobre Insulina De acordo com James (2002), as orientações ao paciente sobre a insulina são: 1 ml da solução têm 100 UI de insulina. A insulina deve ser estocada refrigerada (parte inferior da geladeira onde estão as verduras). Não deve ser congelada ou submetida à temperatura superior a 30°C. A insulina de uso diário pode ser mantida em temperatura ambiente, evitando-se a exposição direta à luz solar. Seringas de insulina 0,3, 0,5 e 1ml da capacidade. As descartáveis podem ser reutilizadas, pela mesma pessoa e sempre com orientação do médico assistente. A insulina deve ser aplicada pela via subcutânea (aproximadamente 90 graus da superfície da aplicação).
  • 23. 23 Complicações da Insulinoterapia Hipoglicemia; Lipodistrofia; Alergia local ou sistêmica; Infecção nos locais de aplicação. Tratamento com Medicamentos Hipoglicemiantes Orais São medicamentos úteis para ao controle de pacientes com Diabetes Mellitus do tipo II, estando contra indicados no Diabetes Mellitus tipo I. Em pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as sultoniluréias (Glibenclamida) ou Glimepirida. A insulina é a medicação primordial para pacientes com DM tipo I sendo também muito importante para pacientes com DM tipo II que não respondem ao tratamento com hipoglicemiantes orais. Os antidiabéticos orais se constituem na primeira escolha para o tratamento do DM tipo II não-responsivo a medidas não-farmacológicas isoladas, uma vez que promovem, com controle glicêmico estrito, redução na incidência de complicações, tem boa aceitação pelos pacientes e simplicidade de prescrição e administração (MATOS& BRANCHTEIN, 2006). 4.1.15 Controle Clínico e Laboratorial do Diabete Mellitus É necessário estabelecer um plano de tratamento. O plano e os objetivos do tratamento devem ser individualizados e estabelecidos de acordo com as condições clinicas das pessoas. Devem ser analisados e compreendidos pelo paciente e por seus familiares; quando possível, o plano deve ser ilustrado e reforçado com material educativo (POLACOW, 2002). O plano deve constituir de: Orientação Nutricional. Recomendações com relação ao estilo de vida (exercício, suspensão do fumo, etc).
  • 24. 24 Educação especifica para pacientes e os familiares. Orientação para automonitorização; glicemia, glicosúria, cetonúria e sistema de registro. Referência aos serviços especializados, quando necessário. Para pacientes em idade fértil, discutir sobre anticoncepção e cuidados nas diabetes antes e durante a gestação. Ponto de contato para situações de dúvidas. O ideal é que as consultas de rotina e acompanhamento sejam realizadas pela mesma equipe multidisciplinar (POLACOW, 2002). Exames Laboratoriais Gross (2002) ressalta, os exames laboratoriais devem ser: Glicemia de jejum: comparar com glicemia capilar obtida pelo paciente no seu aparelho ao mesmo tempo é recomendável. Hemoglobina Glicosilada (HbA1c); em todos os pacientes diabéticos pelo menos 2 vezes ao ano e nos pacientes em tratamento insulínico, trimestral ou quadrimestralmente, ou a frutosamina a cada consulta. Triglicérides, colesterol total e frações e ácido úrico, anualmente nos adultos e a cada 2 anos nas crianças. Exame de urina anual, com exceção de situações especiais. Microalbuminiúria anual para todos os diabéticos com diagnóstico após a puberdade e para os outros que tiverem mais de 5 anos de duração da doença. Uréia, creatinina e avaliação do ritmo de filtração glomerular para os pacientes com macroproteiniúria.
  • 25. 25 4.2 Hipertensão Hiper: Elemento que significa muito, em alto grau, além. Tensão: Estado de rigidez que se manifesta em certas partes do corpo. Hipertensão: Medicina Aumento anormal da tensão arterial ou nervosa; tensão excessiva. – (AURÉLIO, dicionário) A hipertensão arterial é comum e implica em conseqüências sobre a saúde. Estima-se, que em um em cada quatro adultos e quase metade dos idosos sofre de pressão alta. No Brasil tem cerca de 17 milhões de portadores de hipertensão arterial, 35% da população são pessoas mais de 40 anos. O aparecimento está cada vez mais precoce estimando que cerca de 4% das crianças e adolescentes também sejam portadoras. A carga de doenças representada pela morbimortalidade devida à doença é muito alta e por tudo isso a Hipertensão Arterial é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo. (MS, 2006) Segundo WAJNGARTEN (2000, p.11) “As causas das deficiências no controle da hipertensão são múltiplos e envolvem os profissionais da saúde e os pacientes, mostrar ao leigo claramente a importância e a viabilidade em controlar a pressão alta é um recurso fundamental para melhorar os nossos resultados.” 4.2.1 Fisiopatologia Varias hipóteses sobre a hipertensão afirmam que dependem de fatores multifatoriais, acompanhados por aumento de alterações do sistema nervoso simpático, renais, e de outros mecanismos humorais e disfunção endotelial. Resultando em alterações estruturais do sistema cardiovascular. (BRUNNER & SUDDARTH pg693)
  • 26. 26 4.2.2 Pressão arterial A pressão do sangue é criada pelo bombeamento do coração, exercendo uma força que movimenta o sangue através do sistema circulatório. (SWARTZBERG MARGEN, editores pg345) Quando o coração contrai o sangue flui nas artérias e no final da contração, a pressão está no ponto mais alto (pressão sistólica). Quando o coração relaxa, o sangue flui das veias para o coração e a pressão atinge o ponto baixo (pressão diastólica) (SWARTZBERG MARGEN, editores pg345) A pressão nas artérias é necessária para liberar oxigênio e alimento para o organismo e mandar dejetos para os rins e o fígado. O sistema complexo do organismo regula a pressão sanguínea, que flutua conforme o nível da atividade de cada pessoa, além de outros fatores. Os reguladores são pequenos vasos sanguíneos chamados arteríolas, que dilatam e contraem e fazendo com que a pressão arterial fique baixa e alta, e quando acontece algo errado no sistema regulador as arteríolas se mantém contraídas e a pressão fica cronicamente alta. (SWARTZBERG MARGEN ,editores 2000 pg346) Definida como hipertensão como uma pressão arterial sistólica superior a 140mmhg e uma pressão diastólica maior que 90mmhg durante um período sustentado. (BRUNNER & SUDDARTH2002 pg691) 4.2.3 Causas 4.2.3.1 HAS primária ou essencial; Quando a pressão arterial é elevada por uma causa não identificada sendo relacionado a causas especificas com estreitamento das artérias renais, doença parenquimatosa renal, determinados medicamentos, gestação e coarctação da aorta. (BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg691)
  • 27. 27 Em 90% dos casos da população hipertensa é encontrada a hipertensão primária. (MS, 2002). 4.2.3.2 HAS secundária; Quando um fator identificado eleva a pressão arterial, como uso de Medicamentos, anticoncepcionais, Corticosteróides, Antiinflamatórios e também por, Doença Parenquimatosa Renal (glomerulopatia, pielonefrite crônica, rins policísticos, nefropatia de refluxo); Renovascular (aterosclerose, hiperplasia fibromuscular, poliarterite nodosa); Endócrina (acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, hiperaldosteronismo primário, síndrome Cushing, hiperplasia adrenal, feocromocitoma, uso de hormônios exógenos); Coartação de aorta; Hipertensão gestacional; Neurológicas (aumento de pressão intra-craniana, apneia do sono, quadriplegia, porfiria aguda, disautonomia familiar); Estresse agudo (cirurgia, hipoglicemia, queimadura, abstinência alcoólica, pos- parada cardíaca,perioperatório); Exógenas (abuso de álcool, nicotina, drogas imunossupressoras, intoxicação por metais pesados);Insuficiência aórtica, fístula arterio-venosa, tireotoxicose, doença Paget e beribéri [hipertensão sistólica].(MS, 2006) 4;2;4 Diagnostico O diagnóstico da hipertensão arterial é estabelecido pelo encontro dos níveis tensionais elevados por um longo tempo, acima dos limites de normalidade,
  • 28. 28 quando a pressão arterial é determinada por métodos e condições apropriadas. A medida da pressão arterial é o elemento chave para o do diagnóstico da hipertensão arterial, devendo ser feito com base ao histórico do paciente, os resultados do exame físico e o valor pressórico tomado com técnica precisa. (EMEDIX, Dr. Celso Ferreira) Uma leitura de 140/90 mm Hg ou mais pode ser alta, mas o diagnóstico não é baseado somente em um registro. A medição deve ser feita novamente ao menos em outros dois dias diferentes, obtidas por profissionais da saúde e de uma avaliação inicial, para ter certeza que a pressão alta persiste. (EMEDIX) 4.2.5 Classificação de hipertensão Normal: < 120 < 80 Estágio 1: 140-159 90-99 Estágio 2 : >160 >100 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006) 4.2.6 Sintomas A hipertensão pode ser assintomática e permanecer por muitos anos, mas quando se manifestam, revelam lesão vascular, doença da artéria coronária com angina ou infarto do miocárdio e alterações nos rins (níveis aumentados de creatinina e uréia). O envolvimento vascular cerebral com a hipertensão pode levar a um AVC ou um ataque isquêmico transitório, evidenciado por alterações na visão, fala tonteira, fraqueza, queda súbita ou paralisia temporária em um lado. (BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg693)
  • 29. 29 4.2.7 Fatores de risco Fatores que desencadeiam o problema de pressão alta podem ser: Sal Pode causar a retenção de líquidos pelo organismo sendo então um problema que pode afetar a pressão arterial. Álcool A bebida alcoólica pode levar à insuficiência cardíaca: uma doença que faz o coração perder a força de bombear o sangue para o corpo. Stress O estresse é uma resposta do organismo às sobrecargas físicas e emocionais que afetam as pessoas. A ansiedade, a competição e a agressividade da vida moderna levam ao cansaço e ao esgotamento profundo que, em conjunto com outros fatores, podem contribuir para a hipertensão e as doenças do coração. Diabetes O diabetes, que se caracteriza pelo aumento da taxa de açúcar no sangue, se associa a distúrbios como obesidade, níveis elevados de gordura no sangue e hipertensão, aumentando o risco das doenças do coração. Idade (acima de 60 anos): Com a idade as paredes das artérias do coração ficam mais rígidas aumentando a pressão que o sangue faz para circular por elas,tendo então, mais chances de ter hipertensão e problemas cardíacos. A partir da menopausa, a mulher tem mais tendência para desenvolver doenças cardíacas. Colesterol O excesso de gordura ou colesterol no sangue forma placas que dificultam a circulação sangüínea, ocasionando a obstrução das artérias e, conseqüentemente, os males do coração e de outros órgãos. Obesidade Peso causa mais esforço para o coração. Pílula As pílulas anticoncepcionais podem contribuir para as doenças cardiovasculares. Em mulheres que fumam, o perigo é ainda maior. Sedentarismo As pessoas que levam uma vida sedentária, sem fazer qualquer tipo de atividade física, correm mais riscos de sofrer problemas cardíacos do que
  • 30. 30 aquelas que praticam exercícios regulares que tonificam o corpo, reduzem o peso e ajudam a "queimar" as gorduras. Fumo: As substâncias tóxicas do cigarro provocam o enrijecimento das artérias, comprometendo a passagem de fluxo sanguíneo, fazendo a pressão subir. Raça (negros): Mais comum em negros 4.2.8 Tratamento farmacológico Os pacientes hipertensos e que são descomplicados, recebem doses baixas dos medicamentos e se a pressão não cair para menos de 140/90 mm hg, a dose é aumentada e medicamentos adicionais incluídos até alcançar o controle. Se a pressão arterial permanece baixa por 1 ano recomenda-se a redução lentamente dos tipos e doses de medicação .(BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg693) O tratamento farmacológico é indicado para hipertensos moderados e graves, e para aqueles com fatores de risco para doenças cardiovasculares ou lesão importante de órgãos-alvo.Poucos hipertensos conseguem o controle ideal da pressão com um único agente terapêutico. Estão disponíveis seis classes de anti-hipertensivos: 4.2.8.1 Diuréticos Mais usadas no tratamento da HAS tem demonstrado redução de morte e complicações cardiovasculares. Os locais de ação dessa drogas é no nefron (unidade morfofuncional do rim), o mecanismo pelo qual os diuréticos baixam a pressão ainda não foi esclarecido, mas inicialmente produzem leve depleção de sódio e também a diminuição da resistência vascular periférica. (MS,2002)
  • 31. 31 4.2.8.2 Inibidores simpáticos O cérebro exerce controle sobre a circulação, medicações são imprescindíveis para diminuir a pressão arterial nos hipertensos nessa area. Clonidina e alfa metildopa são as drogas preferenciais essas drogas deprimem o tônus simpático do sistema nervoso central. 4.2.8.3 Betabloqueadores São drogas que antagonizam as respostas às atecolaminas, mediadas pelos receptores betas. São úteis em uma série de condições, tais como: arritmias cardíacas, pro lapso da valva mitral, infarto do miocárdio, angina do peito e hiper- tensão portal esquistossomótica. Diminuição da freqüência e do débito cardíaco são os resultados encontrados após a administração das mesmas. No seu uso constante, a diminuição da pressão arterial correlaciona-se melhor com alterações na resistência vascular periférica que com variações na freqüência cardíaca ou alterações no débito cardíaco induzi das por essas drogas.(MS,2002) 4.2.8.4 Vasodilatadores diretos São relaxadores de efeito direto no músculo liso vascular, sem intermediação de receptores celulares. Leva à vasodilatação da arteríola pré-capilar e conseqüente queda da resistência vascular periférica. Pode, levar ao aumento da retenção de sódio e água. Esta é uma das razões porque essas drogas só devem ser usadas em associação prévia com betabloqueadores e diuréticos em hipertensão grave e resistente. (MS,2002) 4.2.8.5 Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) Essas drogas representam grande avanço no tratamento da HA. Esses compostos inibem a formação de angiotensina Il, bloqueando a enzima conversora de angiotensina.
  • 32. 32 Cuidados devem ser tomados em relação aos pacientes com estenose de artéria renal, pela possibilidade de hipoperfusão e, queda da função de filtração renal dosagem de potássio e de creatinina auxiliam na avaliação da função renal.(MS,2002) 4.2.9 Objetivos de tratamento A razão para tratar a hipertensão é para prevenção de prováveis conseqüências. Como acidente vascular cerebral, infartos e insuficiência cardíaca, lesão na retina, e nos rins e até a morte E embora não exista cura para a Hipertensão Arterial, é possível um controle eficaz, baseado na reformulação de hábitos de vida, em medicações, permitindo ao paciente uma melhor qualidade de vida. 4.2.10 Hipertensão no idoso Os idosos (acima de 65 anos) tem mais tendência a ter hipertensão arterial, a idade representa um fator de risco,e o idoso tem particularidades próprias,comorbidades associadas, que devem sempre ser levadas em consideração na escolha do medicamento anti-hipertensivo a ser usado.O tratamento no idoso na maioria das vezes é mais evidentes que na população mais jovem.(LIPP,ROCHA 2007 pg. 34) Alterações estruturais e funcionais que acontecem no coração e nos vasos sanguíneos aumentam a pressão arterial com a idade, sendo pelo acumulo da placa aterosclerótica, fragmentação das elastinas arteriais, os depósitos aumentados de colágeno e a vaso dilatação comprometida, resultando na diminuição na elasticidade dos principais vasos sanguíneos, a aorta e as grandes artérias são menos capazes de acomodar o volume de sangue bombeado pelo coração, a energia que teria de estirar os vasos eleva a pressão arterial. A hipertensão sistólica isolada é mais comum nos idosos. (BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg693) Quando o metabolismo do idoso fica em declínio deve-se começar o tratamento com dosagens baixas e as adequações terapêuticas devem ser bastante
  • 33. 33 cautelosas, medicações não tomadas apropriadamente podem produzir quedas da pressão arterial principalmente quando se muda de deitado para sentado ( hipotensão postural), e os doentes podem cair e sofrer nessas situações. (LIPP, ROCHA 2007 pg. 35) Nessa fase da vida devem começar o tratamento com modificações no estilo de vida,quando os medicamentos são necessários para alcançar o objetivo da pressão arterial inferior a 140/90 mm hg, a dose inicial deve ser metade que seria utilizada em pacientes mais jovens. (BRUNNER & SUDDARTH 2002 pg693
  • 34. 34 5. METODOLOGIA 5.1 Métodos e técnicas Realizamos uma revisão na literatura com leitura, análise e interpretação de livros, periódicos e artigos científicos. Todo material encontrado foi submetido a uma triagem das quais foram selecionadas informações necessárias sobre a assistência do Técnico em Enfermagem a pacientes portadores de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial isoladamente ou em associação com outras patologias. Foram abordados neste estudo o tratamento não-farmacológico e farmacológico do Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial. Ao final do trabalho foram definidas as forma de divulgação das informações deste trabalho ao publico em geral e pacientes da rede publica portadores ou não de Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial através de palestras, data show,dinâmicas e fotos. 5.2 População alvo Grupos de Hiperdia dos Postos de Saúde, clube de mães e idosos, igrejas, agricultores do interior do nosso município e detentos da Penitenciaria de Caçador.
  • 35. 35 6. RECURSOS 6.1 Recursos Humanos Professores orientadores do SENAC. Grupo de Idosos e Mães. Grupos de Hiperdia de postos de saúde. Profissionais da área da saúde como enfermeiros, técnicos em enfermagem e agentes de saúde. Detentos da Penitenciaria do nosso município. 6.2 Recursos materiais 6.2.1 Recursos Materiais Permanentes Data show, computador, CD, DVD, pendrive e extensão. 6.2.2 Recursos Materiais Consumíveis Papel A4, tinta para impressora, canetas, combustível, balões, barbante.
  • 36. 36 6.3 RECURSOS FINANCEIROS MATERIAIS QUANTIDADE VALORES Folhas papel A4 500 R$12,00 1212,00Tinta impressora 2 R$ 30,00 Caneta 2 R$ 1.00 Gasolina 34 L R$ 80.00 Balões 300 R$ 12.00 Carteirinha para biblioteca 2 R$ 10.00 Cartório 1 R$ 3.00 Envelope 1 R$ 0.50 CD 6 R$ 6.00 TOTAL R$ 154.50
  • 37. 37 7. CRONOGRAMA Locais Hora Data Assembléia de Deus- Martelo 14:00 hs 01/12/2009 Presídio municipal 09:00 hs 02/12/2009 Presídio municipal 10:30 hs 02/12/2009 Centro comunitario-CAIC 13:00 hs 03/12/2009 Bairro dos Municípios 15:30 hs 03/12/2009 Mutirão 13:30 hs 04/12/2009 Linha Santana 15:30 hs 05/12/2009 Clube das mães - Rancho Fundo 14:00 hs 08/12/2009 Grupo de idoso-Rancho Fundo 15:30 hs 08/12/2009 Centro comunitário – Rancho fundo 14:00 hs 09/12/2009 São Cristovão 14:00 hs 10/12/2009 Centro comunitário – Rancho fundo 14:00 hs 11/12/2009 Clube das mães - Gioppo 14:30 hs 15/12/2009
  • 38. 38 8. REFERÊNCIAS ANVISA, Bulário E. Disponível em: < http: / bulario. bvs. br/ índex. php? Action = search& search > Acesso em 28 de novembro de 2009. BRUNNER & SUDDARTH. et all Tratado de enfermagem médico Cirúrgica. Rio de Janeiro- RJ: Guanabara Koogan AS, 2002.Vol. 02. p. 691-700.CARVALHO, S. BULA .MEDI.BR ,bula de medicamentos: Disponivel em”http;/ www.bulas.med.br Acesso em 9 de dezembro de 2009 DÂMASO, Ana. Nutrição e Exercício na Prevenção de Doenças. 1ed., Rio de Janeiro: Medsi, 2001. Diabetes Mellitus Dependente de Insulina: Terapia Insulínica Intensificada- Metodologia. Florianópolis: Edeme, 1993. FERREIRA, Aurélio Buarque de Olanda. Novo dicionário da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro: Nova Fronteira S.A., 1975. FUCHS, F, D. et al.Farmacologia Clinica. Fundamentos de Terapia Racional. 2 ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A, 1998. GLICOSE PÓS-PRANDIAL – PP, Bonelli. Disponível em < http: // www. bonelli.com. br / Paginas/ ASP/ relativo/ pgn. Exames tipos g. asp > Acesso em 30 de novembro de 2009. GOODMAN, L et al. Goodman e Gilman: As bases farmacológicas da terapêutica. 9 ed. Rio de Janeiro: Mc Graw Hill, 1996. HART, J; SAVAGE, W Tudo sobre hipertensão, São Paulo: Andrei 2000 pg. 11 JACKSON,Graham,Tudo sobre doenças cardiacas.São Paulo: Andrei 2002 pg30,25
  • 39. 39 KOLOIKOVAS, Andrejus. Dicionário Terapêutico Guanabara. Ed 2006/2007. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan AS, 2006. LIMA, D, R. Manual de Farmacologia Clinica, Terapêutica e Toxicologia. v.1 São Paulo: Medica e Cientifica Ltda, 2002. LIPP,M; ROCHA,JC, Pressão alta e Stress O que fazer agora?Campinas SP Papirus,2007 pg. 30 MATOS, Maria C. G; BRANCHTEIN, Leandro. O uso de antidiabéticos orais no paciente com DM e doença cardíaca. Revista da Sociedade de Cardiologia. Rio Grande do Sul nº 08, Ano XV Mai/ Jun/ Jul/ Ago, 2006. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Doenças: Disponível em: < http: / www. pgr. mpf. gov. br/ pgr/ saúde/ doenças dislipidemias. htm > Acesso em 28 de novembro de 2009. POLACOW, M, B. Farmácia Clinica e Atenção Farmacêutica. São Paulo, Medfarma, 2003. SILVA, C.A. & LIMA, W.C. Efeito Benefício do Exercício Físico no Controle Metabólico do Diabetes Mellitus tipo II a Curto Prazo. Campinas 2001. Pág 551. SILVA, P. Farmacologia, 6 ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. SWARTZBERG,J & MARGEN,S ; O Guia Completo da Saúde VAZ,Rodrigo.Dicas e receitas para controlar a hipertensão.Rio de Janeiro; Ediouro publicaçoes SA 2007 pg.5 e 6 WIKIPEDIA, a enciclopédia livre: Disponível em “http:/ pt. WIKIPEDIA org/ WIKI / Diabetes Mellitus” Acesso em 28 de novembro de 2009.
  • 40. 40