Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS.
1. CENTRO UNIVERSITÁRIO EURO-AMERICANO –
UNIEURO
Gislene Baptista
Nathália Haar
Regienia Rodrigues
Safia Naser
GARCIA, Wilton. Corpo e cultura
Contemporânea. IN: GARCIA, Wilton. CORPO,
MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS
CONTEMPORÂNEOS. 1ª edição, São Paulo,
Pioneira T. L., 2005
BRASÍLIA – DF
NOVEMBRO -2012
2. GARCIA, Wilton. Corpo e cultura Contemporânea. IN: GARCIA, Wilton.
CORPO, MÍDIA E REPRESENTAÇÃO: ESTUDOS CONTEMPORÂNEOS. 1ª
edição, São Paulo, Pioneira T. L., 2005, 50 p
1
GISLENE BAPTISTA
2
NATHÁLIA HAAR
3
REGIENIA RODRIGUES
4
SAFIA NASER
A indução e o conflito de estar dentro dos padrões de beleza
estabelecidos pelos meios midiáticos para se sentir socializado leva a
sociedade a perda de valores e à banalização da vida, onde as pessoas
deixam de ter as suas características humanas e passam a ser produtos da
estética.
A leitura da obra retrata o “ideal de beleza” contemporâneo que é
influenciado pelos meios de comunicações, ditando padrões impostos na
cultura moderna. Foca-se em diversos pontos que dão ao leitor uma forma
reflexiva sobre o materialismo do corpo e suas consequencias nas relações
sociais. O assunto é abrangente e destina-se a todos os públicos, uma vez que
o livro aponta uma temática polêmica nas atuais conjunturas socias.
Wilton Garcia Sobrinho tem experiência na área de arte, comunicação e
design sobre estudos contemporâneos. Possui graduação em Letras
pela pela PUC/SP; Mestrado e Doutorado em Comunicação pela ECA/USP; e
1
Formação em Ciências Farmacêuticas, pós graduada em Farmacologia Clínica,pós graduanda em
Análises Clínicas
2
Formação em Ciências Farmacêuticas, pós graduanda em Análises Clínicas
3
Formação em Ciências Farmacêuticas, pós graduanda em Análises Clínicas
4
Formação em Ciências Farmacêuticas, pós graduanda em Análises Clínicas
3. Pós-Doutorado em Multimeios pelo IA/UNICAMP. Trabalha com fotografia,
internet, performance e vídeo. Atualmente, é professor de
Comunicação/Publicidade e Propaganda na Fatec Itaquaquecetuba-SP e do
Mestrado em Comunicação e Cultura da UNISO.
O autor da obra Corpo, Mídia e Representações expõe a problemática
do culto ao corpo na mídia e suas consequências na sociedade. Debate-se a
inquietude do ser humano na busca do padrão de beleza estabelecido pela
cultura contemporânea, e os meios para se chegar a esse parâmetro de corpo
ideal que é diretamente influenciado pela mídia, e consequentemente nas
relações pessoais para a socialização.
Corpo, Mídia e Representações é uma obra de cunho antropológico cuja
divisão se faz em 8 capítulos, composta de 160 páginas. São refleções e
pesquisas inaugurais, mas embasadas em autores fundantes como Bhabba,
McLuhan, Canclini, Hall, Maturana, Hutcheon etc.
O capítulo segundo do livro de Garcia intitulado Corpo e Cultura
Contemporânea destaca os conflito e conceitos que são passados e as regras
que a midia quer estabeler, induzindo ao consumo sem limites (de produtos
estéticos, alimentícios, medicamentosos, vestimentas, etc.).
O conflito central passa a ser o corpo não como objeto orgânico e sim
como linguagem, modificando conceitos que enunciam e agregam valores
socioculturais. A imagem corporal perfeita é justificada pelo autor como um
meio de adiar o envelhecimento e por consequencia a morte.
Em tempos em que o corpo é introduzido nas relações de poder e que a
beleza se torna cada vez mais um atribuído na inserção de pessoas nos
círculos sociais e profissionais, nada mais razoável para o autor do que
analisar como a mídia forja o imaginário das pessoas no que concerne ao
corpo.
Segundo Castro (2007), todas as classes sociais e faixas etárias são
afetadas diretamente com a questão da busca da perfeição da estética
4. corporal. De acordo com ele gera-se um esquema de frustações pessoais
quando não se alcança tais metas inatingíveis, apresentando um sentimento de
prepotência no individuo.
Dantas (2011) expõe a cultuação do corpo como um instrumento para se
alcançar a felicidade, e esse corpo torna-se um molde que será moldado de
acordo com o que é ditado na era globalizada. Segundo ele, a mídia têm voz
ativa no que tange á procura do corpo esteticamente perfeito. Assim o corpo
não é uma simples prisão da alma e do espírito como diziam os medievais, ele
será sempre “eterno” e “perfeito” passível de perfeição a despeito do avanço da
idade.
O embelezamento consegue fluir e se adaptar aos diversos meios os
quais ele penetra, baseando-se nos modelos de legitimação vigentes de um
determinado local e tempo. Assim sendo os sucessos criados pelo discurso da
mídia difundiram-se na oferta e procura por bens e serviços de alimentos
dietéticos, cirurgias plásticas e de academias, todo o arsenal prontamente
preparado para que ajudem o individuo a alcançar suas metas.
A imagem que a mídia passa para a sociedade causa efeitos negativos,
uma vez que a comparação que homens e mulheres fazem através dos
modelos dos anúncios, gera na maioria das vezes, baixa auto-estima e auto-
percepção negativa (MARTIN e GENTRY, 1997)
É visível que se inverteram as prioridades, pois não há nenhum
problema em procurarmos estar de bem com a vida e com nosso corpo embora
seja vital que se faça de forma correta e sem exageros. Não devemos perder
nossa identidade por conta de demasiado narcisismo,devemos contrapor esses
dois pontos de forma a sermos medianos nas nossas decisões sem sermos
influenciados com o fenômeno do culto ao corpo e os seus lados negativos.
O livro aborda um tema que embora polêmico, é contemporâneo e real
de nossa sociedade. A linguagem atinge os mais diferentes tipos de público,
tanto os leigos como acadêmicos no assunto. Embora muitas vezes generalista
5. em suas opiniões, nos faz refletir a respeito dos verdadeiros conceitos que
devemos manter, porque somos muito mais que um corpo, somos corpo, alma
e espírito, seres individuais, com características próprias, não podendo nos
submeter a regras ou padrões estabelecidos por qualquer que sejam os meios
e por esse motivo o grupo indicaria este livro a todos os tipos de público.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6. CASTRO, A. L. Culto ao corpo e sociedade: mídia, estilos de vida e cultura
de consumo 2ª edição, São Paulo, Annablume, Fapesp, 150 p, 2007.
DANTAS J. B. Um ensaio sobre o culto ao corpo na contemporaneidade.
Est. Pesqui. Psicol, Rio de Janeiro, v.11, n.3, p.898-912, 2011.
MARTIN, M. C. GENTRY, J. W. Stuck in the model trap: The effects of
beautiful models in ads on female pre-adolescents and adolescents.
Journal of Advertising, v.26, p 19-33, 1997.
PLATAFORMA LATTES. Disponível em
<http://lattes.cnpq.br/3458459542807532> Acesso em 10/11/2012.