O documento discute os conceitos de id, ego e superego de acordo com a teoria psicanalítica de Freud. Também aborda os estágios psicossexuais e como a libido se desenvolve ao longo da infância, culminando na resolução do complexo de Édipo. Por fim, apresenta exemplos de parafilias e transtornos de preferência sexual.
1. Freud e o desenvolvimento
Psicossexual
Estudando com Profª Ms Simony Rego Barros
2. • Id - Contém tudo o que é herdado, que se acha presente no
nascimento, que está presente na constituição. É a estrutura da
personalidade original, básica e mais central, exposta tanto às
exigências somáticas do corpo como aos efeitos do ego e do
superego. Embora as outras partes da estrutura se desenvolvam a
partir do id, ele próprio é amorfo, caótico e desorganizado. Impulsos
contraditórios existem lado a lado, sem que um anule o outro, ou
sem que um diminua o outro. O id é o reservatório das pulsões, da
energia de toda a personalidade. Os conteúdos do id são quase
todos inconscientes, eles incluem configurações mentais que nunca
se tornaram conscientes, assim como o material que foi considerado
inaceitável pela consciência. Um pensamento ou uma
lembrança, excluído da consciência e localizado nas sombras do id, é
mesmo assim capaz de influenciar a vida mental de uma pessoa.
Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses
impulsos, sem levar em conta a possibilidade de conseqüências
indesejáveis.
3. • Ego - É a parte do psiquismo que está em contato com a realidade
externa. O ego funciona principalmente a nível consciente e pré-
consciente, embora também contenha elementos
inconscientes, pois evoluiu do id. Regido pelo princípio da
realidade, o ego cuida dos impulsos do id, tão logo encontre a
circunstância adequada. Desejos inadequados não são
satisfeitos, mas reprimidos. Como a casca de uma árvore, ele
protege o id mas extrai dele a energia, a fim de realizar isto. Tem a
tarefa de garantir a saúde, segurança e sanidade da personalidade.
O ego se esforça pelo prazer e busca evitar o desprazer. O ego é
originalmente criado pelo id na tentativa de enfrentar a necessidade
de reduzir a tensão e aumentar o prazer. Para fazer isto, o ego, por
sua vez, tem de controlar ou regular os impulsos do id de modo que
o indivíduo possa buscar soluções menos imediatas e mais realistas.
4. • Superego - Ele se desenvolve não a partir do id, mas a partir
do ego. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e
pensamentos do ego. É o depósito dos códigos morais,
modelos de conduta e dos constructos que constituem as
inibições da personalidade. Freud descreve três funções do
superego: consciência, auto-observação e formação de ideais.
Enquanto consciência, o superego age tanto para restringir,
proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age
inconscientemente. As restrições inconscientes são indiretas,
aparecendo como compulsões ou proibições. Apenas
parcialmente consciente, o superego serve como um censor
das funções do ego (contendo os ideais do indivíduo derivados
dos valores familiares e sociais), sendo a fonte dos
sentimentos de culpa e medo de punição
5. Segundo Freud
• Todos os eventos psicológicos possuem
uma causa e a maioria deles são causados
por impulsos insatisfeitos e medos e
desejos inconscientes.
6. Todo comportamento é energizado por impulsos
instintivos fundamentais, determinadas por três
forças motivacionais básicas:
os impulsos sexuais - a libido
os impulsos de preservação à vida ou instintos como a fome e a dor
os impulsos agressivos
7. Os Estágios Psicossexuais
• Em cada estágio, energia sexual se focaliza (é investida) em uma
determinada parte do corpo, que ele chamou de zona erógena, como a
boca, o anus e os genitais.
• • O bebê inicialmente concentra-se na estimulação bucal porque esta é a
parte mais sensível de seu corpo. Depois quando seu desenvolvimento
neurológico é maior, outras partes tornam-se sensíveis e o foco da energia
sexual muda. Há um forte elemento maturacional nesta parte da teoria de
Freud. Ele considerava que a transição de um estágio psicossexual para o
seguinte era basicamente determinada pelas mudanças na sensibilidade
do corpo.
Estágio Oral: do nascimento ao 1º ano
• O primeiro contato do bebê com o mundo é através da boca e aí ele tem
grande sensibilidade. Freud enfatizou que a região oral, a boca, língua e
lábios, tornam-se centro de prazer para o bebê. Sua primeira ligação afetiva
é com o que lhe proporciona prazer na boca, geralmente sua mãe.
8. • Estágio Anal: de 1 a 3 anos
• • Na medida em que prossegue o processo de maturação a parte inferior do
tronco torna-se mais desenvolvida, e mais sob controle voluntário, o bebê torna-
se cada vez mais sensível na região anal e começa a conseguir prazer nos
movimentos dos intestinos. Essas duas forças em conjunto, ajudam a levar o
centro da energia sexual na zona erógena oral para o anal. De acordo com
Freud, a criança passaria pela fase anal sem cicatrizes, caso seus pais lhe
permitissem suficiente prazer e exploração anal.
• • Estágio Fálico: 3 a 5 anos (1º parte)
• • Com aproximadamente 3 ou 4 anos de idade há outra mudança da região anal
para a zona erógena genital. Novamente há uma base maturacional para a
mudança; só nesta época a criança começa a ter sensações de prazer com a
estimulação da área genital. Um sinal deste aumento de prazer genital é que as
crianças de ambos os sexos, muito naturalmente, começam a se masturbar nesta
idade. De acordo com Freud, o evento mais importante durante o estágio falico é
o denominado conflito edipiano. Ele descreve a seqüência de eventos mais
completamente para os meninos do que para as meninas.
9. A teoria sugere que primeiro o menino torna-se intuitivamente
consciente de sua mãe como um objeto sexual. O menino de
aproximadamente 4 anos começa a ter um tipo de ligação sexual
com sua mãe e considera seu pai como um rival. O pai dorme
com sua mãe, abraça-a e beija-a e geralmente tem acesso ao
corpo dela de um modo que ele não tem. O menino também vê
seu pai como uma figura poderosa e ameaçadora, com poder de
castrá-lo. O menino fica entre o desejo de possuir a mãe e o
medo do poder de seu pai. O resultado desse conflito é a
ansiedade. Como o menino consegue lidar com essa ansiedade.
Na visão de Freud, o menino responde com um processo
denominado de identificação. Tentando tornar-se tão parecido
quanto possível com seu pai, o menino pode sentir que ele
também tem algum poder de seu pai.
10. • • Estágio Fálico: 3 a 5 anos (3º parte)
• • Freud fala do processo de identificação como sendo a
incorporação das qualidades do pai. É este pai interno, com seus
valores e julgamento moral, que forma parte do superego ou
consciência da criança.Supõe-se que ocorra um processo paralelo
nas meninas, embora nem Freud, nem seus seguidores tenham sido
capazes de explicar como ocorre. Supostamente, amenina vê sua
mãe como uma rival sexual nas atenções de seu pai, mas o medo
que ela sente de sua mãe é menor. Como resultado, considerando
que a ansiedade da menina é mais fraca, sua identificação também
é supostamente mais fraca. A resolução bem sucedida da crise
edipiana, com a identificação com o pai adequado, é crítica para o
desenvolvimento saudável. Qualquer condição familiar que tenda a
alterar o processo de identificação pode criar problemas reais..
11. • Estágio da Latência: 6 a 12 anos
• • Freud considerava que depois do estágio fálico havia um tipo do
período de descanso antes da ocorrência de uma nova etapa de
desenvolvimento sexual. A criança tinha, presumivelmente, atingido
uma resolução preliminar da crise edipiana e depois havia um tipo
de calmaria após a tempestade. A criança também começa a
escolarização durante este período e as novas atividades absorvem
suas energias quase que totalmente. Durante esses anos, a
interação com outras crianças é quase exclusivamente com
membros do mesmo sexo. A identificação co o pai do mesmo sexo,
que se dá ao fim do estágio fálico, é seguida por um longo período
durante o qual a identificação e interação estende-se aos outros
indivíduos do mesmo sexual. Na perspectiva de Freud, o único
desenvolvimento significativo deste período é o surgimento de
novos mecanismos de defesa.
12. • Estágio Genital: 12 a 18 anos
• • As mudanças hormonais e nos órgãos genitais que ocorrem
durante a puberdade redespertam a energia sexual, e durante
esse período surge uma forma mais madura de ligação sexual.
Desde o início deste período, os objetos sexuais do individuo
são pessoas do sexo oposto. Freud coloca certa ênfase no fato
de que nem todos atravessam esse período até atingir um
ponto de amor heterossexual maduro. Algumas pessoas que
não foram bem sucedidas na resolução da crise edipiana
podem ter identificações confusas que afetam sua habilidade
de enfrentar o reaparecimento das energias sexuais durante a
adolescência. Outras não tiveram um estágio oral satisfatório
e assim não tem os alicerces de um relacionamento amoroso.
Tudo isso interferirá na completa resolução dos conflitos da
puberdade.
14. Parafilia: Para = desvio; filia = atração
• É um transtorno sexual caracterizado por fantasias, desejos e/ou
práticas sexuais intensas e recorrentes, envolvendo situações
sexuais diferentes da realizada com um ser humano, adulto e vivo,
com finalidade de prazer e/ou procriação.
• É o mesmo que transtorno de preferência. Antes chamada
perversão sexual.
• São exemplos: a necrofilia, a pedofilia, o voyeurismo, o
exibicionismo e o sadomasoquismo.
• A psicopatia sexual tem lugar quando a atividade sexual
convencional ou desviada se dá através de um comportamento
psicopático.
• Esta atitude psicopática deve ser suspeitada quando, por exemplo,
há transgressão, através de uma conduta anti-social, voluntária,
consciente e erotizada, realizada como busca exclusiva de prazer
sexual.
15. • Também deve ser suspeitada de psicopatia sexual quando há
Maldade na atitude perpetrada, isto é, quando o contraventor
é indiferente à idéia do mal que comete, não tem crítica de
seu desvio e nem do fato deste desvio produzir dano a outros.
O sexopata goza com o mal e experimenta prazer com o
sofrimento dos demais.
Essa compulsão da Parafilia severa pode vir a ocasionar atos
delinqüências, com severas repercussões jurídicas.
É o caso, por exemplo, da pessoa exibicionista, a qual
mostrará os genitais a pessoas publicamente, do necrófilo que
violará cadáveres, do pedófilo que espiará, tocará ou abusará de
crianças, do sádico que produzirá dores e ferimentos
deliberadamente, e assim por diante.
16. Quais estruturas do cérebro envolvidas com o
comportamento e conduta sexual?
Sistema Límbico mais precisamente no HIPOTALAMO
É o principal centro da expressão emocional e do
comportamento sexual
Pode-se identificar o portador dessa doença através:
• de seu comportamento que pode sofrer mudanças
repentinas
(ter atitudes agressivas e impulsivas),
• sangramentos nasais,
• fortes dores de cabeça,
• corpo mais quente do que o normal,
• suor descontrolado mesmo nas extremidades.
17. Podem existir como sintoma numa
perturbação psíquica, como
intervenção de fatores orgânicos
glandulares e simplesmente como
questão da preferência sexual.
18. • Erotismo. Manifesta-se pela tendência abusiva dos atos sexuais.
Satirismo nos homens e ninfomania nas mulheres.
• Frotteurismo. É um desvio da sexualidade em que os indivíduos se
aproveitam de aglomerações em transportes públicos ou em outros
locais de aglomeração com o objetivo de ―esfregar ou encostar seus
órgãos genitais, principalmente em mulheres, sem que a outra pessoa ou
identifique suas intenções.
• Exibicionismo. São indivíduos levados pela obsessão impulsiva de
mostrar seus órgãos genitais, sem convite para a cópula, apenas por um
estranho prazer incontrolável.
• Mixoxcopia. É um transtorno da preferência sexual que se caracteriza
pelo prazer erótico despertado em certos indivíduos em presenciar o
coito de terceiros. Na França são chamados de Voyeurs.
• Fetichismo. Trata-se de uma absorção completa de amor por uma
determinada parte do corpo ou por objetos pertencentes à pessoa
amada.
• Lubricidade senil. Manifestação sexual exagerada, em determinadas
idades, sendo sempre sinal de perturbações patológicas, como demência
senil ou paralisia geral progressiva. Costuma surgir em pessoas cuja
longa existência foi honesta e correta.
19. • Gerontofilia. Também chamada crono-inversão. Consiste na
atração de indivíduos jovens por pessoas de excessiva idade.
• Riparofilia. Manifesta-se pela atração de certos indivíduos por
pessoas desasseadas, sujas, de baixa condição social e higiênica.
Mais comum no homem.
• Dolismo. Termo vem de ―doll‖ (boneca). É a atração que o
indivíduo tem por bonecas e manequins, olhando ou exibindo-
as, chegando a ter relações com ela.
• Donjuanismo. Personalidade que se manifesta compulsivamente
às conquista amorosas, sempre de maneira ruidosa e exibicionista.
• Urolagnia. Consiste na excitação de ver alguém no ato da micção
ou apenas em ouvir o ruído da urina ou ainda urinando sobre a
parceira ou esta sobre o parceiro.
• Coprofilia. É a perversão em que o ato sexual se prende ao ato da
defecação ou ao contato das próprias fezes. Observar o ato de
defecar causa excitação à estas pessoas.
20. • Coprolalia. Consiste na necessidade de alguns indivíduos
em proferir ou ouvir de alguém palavras obscenas a fim
de excitá-los. Podem ser ditas antes ou depois do coito
no intuito de alcançarem o orgasmo.
• Necrofilia. Manifesta-se pela obsessão e impulso de
praticar atos sexuais com cadáveres.
• Sadismo. Desejo e dos com o sofrimento da pessoa
amada, exercido pela crueldade do pervertido, podendo
chegar à morte.
• Masoquismo. È a busca de prazer sexual pelo sofrimento
físico ou moral. Também chamado de algolagnia passiva.
• Pedofilia. Perversão sexual que se manifesta pela
predileção erótica por crianças, indo desde os atos
obscenos até a prática de atos libidinosos, denotando
comprometimento psíquico.