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MECANISMOS DE DEFESA DO
EGO
Estudando com Profª Ms Simony
Conflito
Id X Superego
Frustração
(Id)
Tensão
(Ego)
“Escape”:
Comportamento agressivo
Álcool/Drogas
Mecanismos de defesa do Ego
(contenção das pulsões)
 Habitualmente:
Pressão
(Superego)
• Mecanismos de defesa são processos psíquicos
inconscientes que aliviam o ego do estado de tensão
psíquica entre o id, o superego e as fortes pressões que
emanam da realidade externa.
• Devido a esse jogo de forças presente na mente, em
que as mesmas se opõem e lutam entre si, surge a
ansiedade cuja função é a de assinalar um perigo
interno. Esses mecanismos entram em ação para
possibilitar que o ego estabeleça soluções de
compromisso (para problemas que é incapaz de
resolver), ao permitir que alguns componentes dos
conteúdos mentais indesejáveis cheguem à consciência
de forma disfarçada.
Mecanismos de defesa do Ego
Estratégias inconscientes que os indivíduos “encontram” para diminuir
a angustia nascida dos conflitos anteriores
Situação que ocorre a partir do momento em que o superego se
constitui e passa a impor ao id as regras e normas sociais, criando
assim, um obstáculo intrínseco à satisfação das pulsões do Id.
São divididas em:
A) Defesas bem sucedidas – que geram o cessação daquilo que se
rejeita.
B) Defesas ineficazes que exigem repetição ou perpetuação do
processo de rejeição.
Negação
Mais Simples e mais ineficiente
Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que
perturba o Ego.
Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não
são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram.
Recusa-se a reconhecer fatos reais e os substitui por imaginários.
Repressão
A essência da Repressão consiste em afastar uma determinada coisa do
consciente, mantendo-a à distância -no inconsciente.
Entretanto, o material reprimido continua fazendo parte da psique, apesar de
inconsciente, e que continua causando problemas.
Segundo Freud, a repressão nunca é realizada de uma vez por todas e
definitivamente, mas exige um continuado consumo de energia para se
manter o material reprimido.
Para ele os sintomas histéricos com freqüência têm sua origem em alguma
antiga repressão. Algumas doenças psicossomáticas, tais como asma, artrite e
úlcera, também poderiam estar relacionadas com a repressão.
Também é possível que o cansaço excessivo, as fobias e a impotência ou a
frigidez derivem de sentimentos reprimidos.
Repressão
Bloquear involuntariamente da própria consciência sentimentos e
experiências desagradáveis
Ex :Uma vítima de acidente não consegue se lembrar de nada a respeito do
acidente.
• Regressão é um retorno a um nível de
desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão
mais simples ou mais infantil.
• É um modo de aliviar a ansiedade escapando do
pensamento realístico para comportamentos que, em
anos anteriores, reduziram a ansiedade.
• A regressão é um modo de defesa bastante primitivo e,
embora reduza a tensão, freqüentemente deixa sem
solução a fonte de ansiedade original.
Ex: Ao ser hospitalizado devido a amigdalite, Pedro de 2
anos, só mama na mamadeira, embora sua mãe diga que
ele está tomando leite no copo há seis meses.
Deslocamento
Substituição do objeto de pulsão por outro
socialmente aceito
Ex: criança que destrói os seus brinquedos,
quando proibida pela mãe de ir brincar com os
amigos
Deslocamento
A transferência de sentimentos de um alvo para
outro, que é considerado menos ameaçador ou
é neutro.
Ex: O profundo sentimento de repulsa que o
contato com o estuprador lhe provocou permanece
pronto para aflorar: purifica-se por meio do ritual
higienizante. O mecanismo de defesa do psiquismo
desloca para o corpo o que não pode realiza na
mente- a purificação. (TOC)
Durante uma discussão, por exemplo, a pessoa tem
um forte impulso em socar o outro, entretanto,
acaba deslocando tal impulso para um copo, o qual
atira ao chão.
Racionalização
Trata-se de “criação de desculpas falsas, mas
plausíveis para poder justificar um comportamento
inaceitável.
É um modo de aceitar a pressão do Superego, de
disfarçar verdadeiros motivos, de tornar o
inaceitável mais aceitável.
Enquanto obstáculo ao crescimento, a
Racionalização impede a pessoa de aceitar e de
trabalhar com as forças motivadoras genuínas,
apesar de menos recomendáveis.
Ex:"Eu bebo porque esta é a única maneira que tenho para
lidar com meu casamento fracassado e meu emprego ainda
pior”
PROJEÇÃO
O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos
ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. Projeção =>
o indivíduo atribui a um objeto externo suas próprias tendências inconscientes
inaceitáveis para seu superego, percebendo-as então como características próprias
do objeto. A projeção consiste, portanto, em atribuir tendências próprias a outras
pessoas ou coisas. É o mecanismo defensivo mais destacado na paranóia.
É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um
indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo.
A ameaça é tratada como se fosse uma força externa. A pessoa com Projeção pode,
então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de
que a idéia ou comportamento temido é dela mesma.
Alguém que afirma textualmente que "todos nós somos algo desonestos" está, na
realidade, tentando projetar nos demais suas próprias características.
Ou então, dizer que "todos os homens e mulheres querem apenas uma coisa,
sexo", pode refletir uma Projeção nos demais de estar pessoalmente pensando
muito a respeito de sexo.
Outras vezes dizemos que "inexplicavelmente Fulano não gosta de mim", quando
na realidade sou eu quem não gosta do Fulano gratuitamente.
SUBLIMAÇÃO
Adaptação lógica e ativa às normas do meio ambiente, com proveito para nós mesmos
e para a sociedade, dos impulsos do id, rechaçados como tais pelo ego numa função
harmônica com o superego. Forma de satisfação indireta. Processo pelo qual um
instinto abandona seu objetivo original, uma vez que, pelo princípio de realidade, a
satisfação poderia originar um desprazer (castigo). Desse modo, o instinto elege um
novo fim, em relação com outro objeto, seja pessoa ou coisa, que concilie as
exigências do princípio de realidade e do superego, e que, além disso, tenha um
sentido plenamente aceito pela sociedade. A sublimação produz prazer, a formação
reativa não.
Sublimação
• A energia associada a impulsos e instintos socialmente e pessoalmente
constrangedores é, na impossibilidade de realização destes, canalizada para
atividades socialmente meritosas e reconhecidas.
Ex: A frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é
sublimado na paixão pela leitura ou pela arte.
Uma mãe cujo filho foi morto por um motorista embriagado canaliza sua raiva e
energia para ser a presidente da seção local da Mães contra motoristas Bêbados.
Compensação
Encobrir uma fraqueza real ou percebida
enfatizando uma característica que se considera
mais desejável
Ex:Um menino deficiente físico não consegue
jogar futebol, por isso compensatornando-se
muito estudioso.
Identificação
Representa a forma mais precoce e primitiva de
vinculação afetiva. Consiste em sua forma mais
típica, em transferir o acento psíquico do objeto
para o ego, ou seja, o ego incorpora o objeto. A
identificação pode ser parcial ou total.
Ex :Num caso de identificação parcial, por exemplo,
o aluno fuma cachimbo, como faz o professor; mas
numa identificação total ele estuda e mantém uma
atitude geral idêntica à do mestre.
Formação reativa
Leva o ego a efetuar aquilo que é totalmente
oposto às tendências do id que se pretende
rechaçar. Num esforço para criar formações
reativas como defesa contra os instintos,
originam-se traços caracterológicos de natureza
distinta.
Ex: se ela luta contra tendências agressivas, cairá
numa bondade indiscriminada e rígida.
Isolamento
Separar um pensamento ou recordação do
sentimento, afeto ou emoção a eles associados.Esse
tipo de defesa observa-se particularmente nos
neuróticos obsessivos, que conhecem
conscientemente, na maioria dos casos, o fato que
foi a causa dos seus sintomas, mas não sabem
conscientemente que os mesmos sintomas provêm
daquela vivência.
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  • 1. MECANISMOS DE DEFESA DO EGO Estudando com Profª Ms Simony
  • 2.
  • 3. Conflito Id X Superego Frustração (Id) Tensão (Ego) “Escape”: Comportamento agressivo Álcool/Drogas Mecanismos de defesa do Ego (contenção das pulsões)  Habitualmente: Pressão (Superego)
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. • Mecanismos de defesa são processos psíquicos inconscientes que aliviam o ego do estado de tensão psíquica entre o id, o superego e as fortes pressões que emanam da realidade externa. • Devido a esse jogo de forças presente na mente, em que as mesmas se opõem e lutam entre si, surge a ansiedade cuja função é a de assinalar um perigo interno. Esses mecanismos entram em ação para possibilitar que o ego estabeleça soluções de compromisso (para problemas que é incapaz de resolver), ao permitir que alguns componentes dos conteúdos mentais indesejáveis cheguem à consciência de forma disfarçada.
  • 8. Mecanismos de defesa do Ego Estratégias inconscientes que os indivíduos “encontram” para diminuir a angustia nascida dos conflitos anteriores Situação que ocorre a partir do momento em que o superego se constitui e passa a impor ao id as regras e normas sociais, criando assim, um obstáculo intrínseco à satisfação das pulsões do Id. São divididas em: A) Defesas bem sucedidas – que geram o cessação daquilo que se rejeita. B) Defesas ineficazes que exigem repetição ou perpetuação do processo de rejeição.
  • 9. Negação Mais Simples e mais ineficiente Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram. Recusa-se a reconhecer fatos reais e os substitui por imaginários.
  • 10. Repressão A essência da Repressão consiste em afastar uma determinada coisa do consciente, mantendo-a à distância -no inconsciente. Entretanto, o material reprimido continua fazendo parte da psique, apesar de inconsciente, e que continua causando problemas. Segundo Freud, a repressão nunca é realizada de uma vez por todas e definitivamente, mas exige um continuado consumo de energia para se manter o material reprimido. Para ele os sintomas histéricos com freqüência têm sua origem em alguma antiga repressão. Algumas doenças psicossomáticas, tais como asma, artrite e úlcera, também poderiam estar relacionadas com a repressão. Também é possível que o cansaço excessivo, as fobias e a impotência ou a frigidez derivem de sentimentos reprimidos. Repressão Bloquear involuntariamente da própria consciência sentimentos e experiências desagradáveis Ex :Uma vítima de acidente não consegue se lembrar de nada a respeito do acidente.
  • 11. • Regressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. • É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a ansiedade. • A regressão é um modo de defesa bastante primitivo e, embora reduza a tensão, freqüentemente deixa sem solução a fonte de ansiedade original. Ex: Ao ser hospitalizado devido a amigdalite, Pedro de 2 anos, só mama na mamadeira, embora sua mãe diga que ele está tomando leite no copo há seis meses.
  • 12. Deslocamento Substituição do objeto de pulsão por outro socialmente aceito Ex: criança que destrói os seus brinquedos, quando proibida pela mãe de ir brincar com os amigos Deslocamento A transferência de sentimentos de um alvo para outro, que é considerado menos ameaçador ou é neutro.
  • 13. Ex: O profundo sentimento de repulsa que o contato com o estuprador lhe provocou permanece pronto para aflorar: purifica-se por meio do ritual higienizante. O mecanismo de defesa do psiquismo desloca para o corpo o que não pode realiza na mente- a purificação. (TOC) Durante uma discussão, por exemplo, a pessoa tem um forte impulso em socar o outro, entretanto, acaba deslocando tal impulso para um copo, o qual atira ao chão.
  • 14. Racionalização Trata-se de “criação de desculpas falsas, mas plausíveis para poder justificar um comportamento inaceitável. É um modo de aceitar a pressão do Superego, de disfarçar verdadeiros motivos, de tornar o inaceitável mais aceitável. Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização impede a pessoa de aceitar e de trabalhar com as forças motivadoras genuínas, apesar de menos recomendáveis. Ex:"Eu bebo porque esta é a única maneira que tenho para lidar com meu casamento fracassado e meu emprego ainda pior”
  • 15. PROJEÇÃO O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. Projeção => o indivíduo atribui a um objeto externo suas próprias tendências inconscientes inaceitáveis para seu superego, percebendo-as então como características próprias do objeto. A projeção consiste, portanto, em atribuir tendências próprias a outras pessoas ou coisas. É o mecanismo defensivo mais destacado na paranóia. É um mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A ameaça é tratada como se fosse uma força externa. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma. Alguém que afirma textualmente que "todos nós somos algo desonestos" está, na realidade, tentando projetar nos demais suas próprias características. Ou então, dizer que "todos os homens e mulheres querem apenas uma coisa, sexo", pode refletir uma Projeção nos demais de estar pessoalmente pensando muito a respeito de sexo. Outras vezes dizemos que "inexplicavelmente Fulano não gosta de mim", quando na realidade sou eu quem não gosta do Fulano gratuitamente.
  • 16. SUBLIMAÇÃO Adaptação lógica e ativa às normas do meio ambiente, com proveito para nós mesmos e para a sociedade, dos impulsos do id, rechaçados como tais pelo ego numa função harmônica com o superego. Forma de satisfação indireta. Processo pelo qual um instinto abandona seu objetivo original, uma vez que, pelo princípio de realidade, a satisfação poderia originar um desprazer (castigo). Desse modo, o instinto elege um novo fim, em relação com outro objeto, seja pessoa ou coisa, que concilie as exigências do princípio de realidade e do superego, e que, além disso, tenha um sentido plenamente aceito pela sociedade. A sublimação produz prazer, a formação reativa não. Sublimação • A energia associada a impulsos e instintos socialmente e pessoalmente constrangedores é, na impossibilidade de realização destes, canalizada para atividades socialmente meritosas e reconhecidas. Ex: A frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é sublimado na paixão pela leitura ou pela arte. Uma mãe cujo filho foi morto por um motorista embriagado canaliza sua raiva e energia para ser a presidente da seção local da Mães contra motoristas Bêbados.
  • 17. Compensação Encobrir uma fraqueza real ou percebida enfatizando uma característica que se considera mais desejável Ex:Um menino deficiente físico não consegue jogar futebol, por isso compensatornando-se muito estudioso.
  • 18. Identificação Representa a forma mais precoce e primitiva de vinculação afetiva. Consiste em sua forma mais típica, em transferir o acento psíquico do objeto para o ego, ou seja, o ego incorpora o objeto. A identificação pode ser parcial ou total. Ex :Num caso de identificação parcial, por exemplo, o aluno fuma cachimbo, como faz o professor; mas numa identificação total ele estuda e mantém uma atitude geral idêntica à do mestre.
  • 19. Formação reativa Leva o ego a efetuar aquilo que é totalmente oposto às tendências do id que se pretende rechaçar. Num esforço para criar formações reativas como defesa contra os instintos, originam-se traços caracterológicos de natureza distinta. Ex: se ela luta contra tendências agressivas, cairá numa bondade indiscriminada e rígida.
  • 20. Isolamento Separar um pensamento ou recordação do sentimento, afeto ou emoção a eles associados.Esse tipo de defesa observa-se particularmente nos neuróticos obsessivos, que conhecem conscientemente, na maioria dos casos, o fato que foi a causa dos seus sintomas, mas não sabem conscientemente que os mesmos sintomas provêm daquela vivência. Ex: Uma mulher jovem descreve como foi atacada e estuprada, sem demonstrar nenhuma emoção.