2. Fotografia – Desenhar com a luz.
Fotografia: Dispositivo técnico ou forma de arte?
Estudos Fotográficos.
Fotografia Histórica
Estudos Sociais da Fotografia
Semiótica
AntropologiaVisual
Estética Fotográfica
Filosofia da imagem...
3. Surgimento.
Técnicas de observação da luz, desde a antiguidade. Época de Aristóteles
Alhazen: Físico e matemático – Séc. X – Primeiras descrições do que era
uma câmera escura:
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5. Joseph Nicéphore Niépce
1723 – Primeiros experimentos fotográficos
que não fixavam por muito tempo em papel.
Baseando-se na litografia, conseguiu fixar a
primeira imagem fotográfica em metal, a qual
Chamou de “Heliografia”.
1826 – Primeira imagem feita com
A luz. Fixa e de longa duração.
Exposição de oito horas à luz solar, cristais de prata,
betume-da-judeia, óleo de asfalto, uma liga de antimônio,estanho,
cobre e chumbo numa chapa metálica, dentro da câmera escura.
Após a exposição: Banho com o oléo e ácido.
Passível de reprodução.
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7. Paralelamente, já no século XVI, XVII, vários químicos e
físicos (Schulze, Scheele, e Wedgewood) estudavam a
fixação de imagens por reação de luz com Nitrato de Prata –
que posteriormente daria origem aos métodos de revelação
fotográfica.
Thomas Wedgwood – Século XIX, expôs à luz e nitrato de
prata, algumas folhas e insetos, conseguindo silhuetas num
papel, porém, nem sempre se conseguia manter a fixação da
imagem com o passar do tempo.
A essa técnica dá-se o nome de Mnemocine ou Emulsão
com nitrato de prata.
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9. Louis-Jacques Mandé Daguerre
1829, Diminuição do tempo de exposição para uma hora,
solução com Cloreto de Sódio (sal de cozinha) como fixador.
Câmera escura e chapa metálica. Anteriormente revestidas
de prata, posteriormente com Iodo.
Venda da patente ao governo Francês em 1839.
À Invenção, deu-se o nome de “Daguerreótipo”
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13. Traquitanas de suporte para segurar os movimentos e garantir a imagem não tremida
(diante do longo tempo de exposição da lente para a captura)
14. William Henry Fox-Talbot
1835 – Invenção do processo de revelação Negativo/Positivo
Captura de silhuetas, plumas e objetos em exposição direta
Uso do papel fotográfico.
Papel mergulhado em cloreto ou nitrato de prata,
posto em contato com os objetos, exposto à luz, fixado com
amoníaco, cloreto de sódio ou iodeto de potássio.
Câmera de madeira portátil, meia a uma hora de exposição
Imagem fixada no negativo com cloreto de sódio, depois
Submetida a outro papel revelada positivamente.
Apesar de contemporâneo a Daguerre, o lançamento do
Calótipo (Talbótico) foi discreto,Talbolt reclamou a
prioridade da invenção à Royal Society, mas obteve pouca
repercussão.
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16. Cart-de-visite. O “Instagram” do século XIX.
Com a popularização da fotografia, diminuição do tempo de exposição descoberta de novas
técnicas para revelação em papel fotográfico surgiram os “Cart-de-visites”, nome dado a
um antigo formato de apresentação de fotografias e patenteado pelo fotógrafo francês
André Adolphe Eugène Disdéri.Com fotos impressas num tamanho em torno de 9 cm,
o costume de troca de cartões fotográficos tornou-se modismo por volta da década de
1860, coferindo o status e distinção social entre fotógrafos e colecionadores de todo o mundo,
difundido a arte do Retrato.
17. A fotografia mortuária era costume comum no século XIX para
preservação da última memória dos entes queridos falecidos
(Principalmente crianças – Altas taxas de mortalidade infantil).
Segundo Nadar (Debbois apud Nadar) , o corpo era posto com as vestes
mais elegantes, presos às traquitanas ou fios de nylon, em poses como
se ainda estivessem vivos, em alguns casos, as mães seguravam os bebês
cobertas com mantas escuras. Tal prática que já descendia de uma breve
tentativa de se fotografar os espíritos saindo do corpo.
No livro “O Fotográfico” (Rosalind Krauss) o relato de Nadar também
explica que em algumas ocasiões os olhos eram pintados por cima da
imagem revelada, e que por último, ainda era possível cremar os corpos
e misturar as cinzas com os químicos do processo de revelação.
22. “A fotografia de espíritos era com toda a
evidência, uma ideia das mais despropositadas e
foi pouco praticada. Contudo, com a
industrialização do retrato fotográfico ocorrida
nos anos de 1860, surgiu a produção em massa
de fotografias de pessoas em seu leito de morte
(...) subsistiram pouquíssimos desses
desconcertantes objetos de curiosidade no dia
de hoje, em comparação com a vasta produção
da época. A fotografia mortuária era, no
entanto, uma das principais atividades do
fotógrafo comercial do século XIX. Nossa
incapacidade atual para considerar este
fenômeno com outra postura senão a de julgá-lo
macabro prova até que ponto estamos alheios a
uma parte crucial da história da fotografia.”
KRAUSS, Rosalind. O fotográfico (p. 29)
23. Cultura Kodak
Fundador: George Steman.
Em abril de 1880, George Eastman alugou o terceiro andar
de um edifício de Rochester e começou a fabricar placas
secas para venda. Nesta época o Sr. Eastman não previa
o futuro dos materiais fotográficos para uso do amador,
que dois anos mais tarde chegou a ser um fator tão
importante em seu negócio. Sua ideia, no início, era trocar
as placas de vidro usadas pelos fotógrafos profissionais.
Após esse tempo, adaptou a utilização da película de colódio com uma superfície de gelatina.
Em seguida, Inventou uma câmera tipo "caixão", leve e pequena, carregada com um rolo de
papel para 100 exposições.
O preço da câmara carregada, estojo e correia era de 25 dólares. Uma vez feita a
exposição, se enviava a câmara à Rochester, onde o rolo exposto era retirado,
processado, feitas as cópias e colocado um novo rolo, tudo por 10 dólares.
24. A câmara Kodak havia criado um mercado completamente
novo e transformado em fotógrafos aqueles que só queriam
tirar fotos e não tinham nenhum conhecimento em química.
Qualquer um podia "apertar o botão" e a companhia do Sr.
Eastman "fazia o resto".
25. Referências Bibliográficas:
DUBBOIS, Philippe. O Ato Fotográfico. Trad. Marinha Appenzzilier, 14ª ed.
Campinas, SP: Paipirus, 2012.
KRAUSS, Rosalind. O Fotográfico. Trad. Anne Marié Davee, 3ª ed. São Paulo, SP:
Gustavo Gili Editora, 2012.
SOUGEZ, Marie-Loup. História da Fotografia. Tradução de Lourenço Pereira. Lisboa:
Dinalivro, 2001.Título original: Historia de la Fotografia.
A história de George Eastman e da Kodak
<http://wwwbr.kodak.com/BR/pt/consumer/fotografia_digital_classica/para_uma_
boa_foto/historia_fotografia/historia_da_fotografia09.shtml?primeiro=1 > acesso
em: 03.fev.2015