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História da rã que não sabia  que estava sendo cozida.
Da alegoria da Caverna de Platão a Matrix, passando pelas fábulas de La Fontaine, a linguagem simbólica é um meio privilegiado para induzir à reflexão e transmitir algumas idéias. Olivier Clerc, nesta sua breve história, através da  metáfora, põe em evidência as funestas conseqüências da não consciência da mudança que infeta nossa saúde, nossas relações, a evolução social e o ambiente. Um resumo de vida e sabedoria que cada um poderá plantar no próprio jardim, para desfrutar de seus frutos. Olivier Clerc, nascido em 1961 na cidade de Genebra, na Suíça, é escritor, editor, tradutor e conselheiro editorial especializado nas áreas de saúde, desenvolvimento pessoal, espiritualidade e relações humanas. É também autor de Médecine, religion et peur (1999) e Tigre et l’Araignée: les deux visages de la violence (2004).
Imagine uma panela cheia de água fria, na qual nada, tranquilamente,  uma pequena rã.
Um pequeno fogo é aceso embaixo da panela, e a água se esquenta muito lentamente. (Fiquem vendo: se a água se esquenta muito lentamente, a râ não se apercebe de nada!)
Pouco a pouco, a água fica morna,  e a rã, achando isso bastante agradável, continua a nadar,
A temperatura da água continua subindo...
Agora, a água está quente mais do que a rã pode apreciar;  ela se sente um pouco cansada, mas, não obstante isso,  não se amedronta.
Agora, a água está realmente quente,  e a rã começa a achar desagradável,  mas está muito debilitada;  então, suporta e não faz nada.
A temperatura continua a subir,  até quando a rã acaba simplesmente cozida e morta.
Se a mesma rã tivesse sido lançada diretamente na água a 50 graus,  com um golpe de pernas ela teria pulado imediatamente para fora da panela.
Isto mostra que,  quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento,  escapa à consciência e não desperta,  na maior parte dos casos,  reação alguma,  oposição alguma, ou, alguma revolta.
Se nós olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas, podemos ver que nós estamos sofrendo uma lenta mudança no modo de viver, para a qual nós estamos nos acostumando .
Uma quantidade de coisas que nos teriam feito horrorizar 20, 30 ou 40 anos atrás,  foram pouco a pouco banalizadas e, hoje,  apenas incomodam ou deixam completamente indiferente a maior parte das pessoas.
Em nome do progresso, da ciência e do lucro,  são efetuados ataques contínuos  às liberdades individuais,  à dignidade, à integridade da natureza,  à beleza e à alegria de viver;  efetuados lentamente, mas inexoravelmente,  com a constante cumplicidade das vítimas,  desavisadas e, agora, incapazes de se defenderem .
As previsões para nosso futuro,  em vez de despertar reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa a não ser a de preparar psicologicamente as pessoas a aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas.
O martelar contínuo de informações,  pela mídia, satura os cérebros,  que não podem mais distinguir as coisas...
Quando eu falei pela primeira vez  destas coisas,  era para um amanhã.
Agora, é para hoje!!!
Consciência, ou cozido,  precisa escolher!
Então,  se você não está, como a rã,  já meio cozido, dê um saudável golpe de pernas,  antes que seja tarde demais.
NÓS JÁ ESTAMOS MEIO  COZIDOS?  OU NÃO? OBRIGADO, SE DIVULGAR ESTA MENSAGEM ler, meditar e encaminhar:  é cruelmente verdade.

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  • 2. Da alegoria da Caverna de Platão a Matrix, passando pelas fábulas de La Fontaine, a linguagem simbólica é um meio privilegiado para induzir à reflexão e transmitir algumas idéias. Olivier Clerc, nesta sua breve história, através da metáfora, põe em evidência as funestas conseqüências da não consciência da mudança que infeta nossa saúde, nossas relações, a evolução social e o ambiente. Um resumo de vida e sabedoria que cada um poderá plantar no próprio jardim, para desfrutar de seus frutos. Olivier Clerc, nascido em 1961 na cidade de Genebra, na Suíça, é escritor, editor, tradutor e conselheiro editorial especializado nas áreas de saúde, desenvolvimento pessoal, espiritualidade e relações humanas. É também autor de Médecine, religion et peur (1999) e Tigre et l’Araignée: les deux visages de la violence (2004).
  • 3. Imagine uma panela cheia de água fria, na qual nada, tranquilamente, uma pequena rã.
  • 4. Um pequeno fogo é aceso embaixo da panela, e a água se esquenta muito lentamente. (Fiquem vendo: se a água se esquenta muito lentamente, a râ não se apercebe de nada!)
  • 5. Pouco a pouco, a água fica morna, e a rã, achando isso bastante agradável, continua a nadar,
  • 6. A temperatura da água continua subindo...
  • 7. Agora, a água está quente mais do que a rã pode apreciar; ela se sente um pouco cansada, mas, não obstante isso, não se amedronta.
  • 8. Agora, a água está realmente quente, e a rã começa a achar desagradável, mas está muito debilitada; então, suporta e não faz nada.
  • 9. A temperatura continua a subir, até quando a rã acaba simplesmente cozida e morta.
  • 10. Se a mesma rã tivesse sido lançada diretamente na água a 50 graus, com um golpe de pernas ela teria pulado imediatamente para fora da panela.
  • 11. Isto mostra que, quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento, escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, reação alguma, oposição alguma, ou, alguma revolta.
  • 12. Se nós olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas, podemos ver que nós estamos sofrendo uma lenta mudança no modo de viver, para a qual nós estamos nos acostumando .
  • 13. Uma quantidade de coisas que nos teriam feito horrorizar 20, 30 ou 40 anos atrás, foram pouco a pouco banalizadas e, hoje, apenas incomodam ou deixam completamente indiferente a maior parte das pessoas.
  • 14. Em nome do progresso, da ciência e do lucro, são efetuados ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver; efetuados lentamente, mas inexoravelmente, com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e, agora, incapazes de se defenderem .
  • 15. As previsões para nosso futuro, em vez de despertar reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa a não ser a de preparar psicologicamente as pessoas a aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas.
  • 16. O martelar contínuo de informações, pela mídia, satura os cérebros, que não podem mais distinguir as coisas...
  • 17. Quando eu falei pela primeira vez destas coisas, era para um amanhã.
  • 18. Agora, é para hoje!!!
  • 19. Consciência, ou cozido, precisa escolher!
  • 20. Então, se você não está, como a rã, já meio cozido, dê um saudável golpe de pernas, antes que seja tarde demais.
  • 21. NÓS JÁ ESTAMOS MEIO COZIDOS? OU NÃO? OBRIGADO, SE DIVULGAR ESTA MENSAGEM ler, meditar e encaminhar: é cruelmente verdade.