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ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ
Título: A visão do Movimento Literário Realismo português
Disciplina: Língua Portuguesa
Professor: Maria Piedade Teodoro da Silva
Alunos: Luiz Fernando Aparecido Bicudo n°: 19
Micaela Nauâne Santos Nacarato n°: 24
Série: 2°ano do ensino médio C
Jacareí
2014
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................3
2. COMPROMISSO COM A REALIDADE PORTUGUESA......................................4
2.1 As origens...........................................................................................................4
2.2. Movimento Literário Realismo em Portugal.......................................................4
2.2.1. Contexto literário realista em Portugal ...........................................................5
2.2.2. Autores Realistas Portugueses.......................................................................5
2.2.2.1 Teófilo Braga ainda buscando espaço na literatura .....................................5
2.2.2.1. Obras estilo Braga.......................................................................................6
2.2.2.2. Eça de Queiros o representante maior do Realismo português..................8
2.2.2.2.1 Eça biografado...........................................................................................8
2.2.2.2.2. Obras de Eça ...........................................................................................8
3. Considerações finais...........................................................................................10
4. Referencias.........................................................................................................10
1. INTRODUÇÂO
Esta pesquisa busca expor a visão da realidade pelos escritores
portugueses no século XIX por meio do Movimento Literário Realismo, pois os
escritores tinham ideias contraditórias em relação ao Movimento Literário
Romantismo.
Diante desse estudo, o grupo espera entender as transformações de
pensamentos da época que influenciaram a produção dos textos realistas
portugueses: Teófilo Braga e Eça de Queiroz; por isso essa pesquisa visa
responder aos questionamentos relacionados a influências socioculturais nas
obras dos escritores portugueses, temáticas e posicionamentos defendidos. Foi
necessário estabelecer, para isso, como metas, os seguintes objetivos de poder
conhecer os autores e entender suas propostas
2. COMPROMISSO COM A REALIDADE PORTUGUESA.
2.1 As origens
O que se conhece do Realismo eventualmente? Realismo foi um
movimento literário do século XIX, é uma forma de artistas e autores buscarem
uma linguagem capaz de abordar o mais “real” a vida cotidiana dos ricos e dos
pobres.
Todos os artistas da época tinham o seu próprio estilo e defendiam suas
ideias contraditórias ao Romantismo. Eles queriam portanto, mudar o foco em
relação a percepção da realidade, antes centrada na subjetividade exigência
causada pelas mudanças sócias, como os efeitos da Revolução Francesa, as
pessoas estavam acordando lutando pelo seu direito de cidadão e os textos
literários como as artes retratavam tudo isso. Uma realidade oposta, ao que a
sociedade tinha vivido até aquele momento, surgia com o progresso tecnológico:
o avanço da energia elétrica, as novas máquinas que facilitavam a vida, como o
carro, por exemplo. Entre as correntes filosóficas, destacam-se: o Positivismo, o
Determinismo, o Evolucionismo e o Marxismo. Contudo o pensamento filosófico
que exerce mais influência no surgimento do Realismo é o Positivismo, o qual
analisa a realidade por meio das observações e das constatações racionais.
2.2 Movimento Literário Realismo em Portugal
O Realismo em Portugal teve seu início em 1865, uma época em que liberais
e representantes da velha monarquia deposta em 1820 travavam várias lutas. Foi
um movimento de renovação, uma tentativa de levar Portugal à modernidade,
trazendo ao país as ideias filosóficas e científicas que estava em alta na Europa na
época.
2.2.1 Contexto literário Realista em Portugal
Em Portugal, o Realismo começa com a polêmica entre seus partidários e
seguidores do Romantismo a chamada Questão Coimbrã. A discussão envolve
António Feliciano de Castilho que escreve posfácio para o livro Poema da Mocidade,
de Pinheiro Chagas - e Antero de Quental que critica Castilho e defende o ideário
realista no opúsculo Bom senso e bom gosto.
2.2.2 Autores Realistas Portugueses
2.2.2.1 Teófilo Braga: ainda buscando espaço dentro da literatura portuguesa
Joaquim Teófilo Braga conta com muito mais páginas em todas as
enciclopédias de Literatura do que nos livros sobre História de Portugal. Foi
escolhido para presidir ao primeiro Governo Provisório saído do 5 de Outubro de
1910 até à eleição do Dr. Manuel de Arraiga, tendo depois, por deliberação do
Congresso, completado o mandato desde 29 de Maio de 1911 a 5 de Outubro de
1911. Teófilo Braga completou o mandato de Manuel de Arraiga como Presidente da
República entre 29 de Maio e 4 de agosto de 1915.
Teófilo Braga ainda jovem foi seduzido pelas ideias filosóficas de Comte e
defendia as ideias positivistas. "O positivismo consolidou sobretudo a ideia de que a
República não podia ser um simples golpe de Estado, e que talvez até devesse
dispensar os intentos revolucionários." (José Mattoso, História de Portugal, vol. 6, p.
403) Os republicanos acreditavam que "para criar a República era preciso libertar os
indivíduos das antigas sujeições. Atividade doutrinária de Teófilo Braga foi
determinante para a consolidação do ideário republicano. A mais grave era, sem
dúvida, a sujeição espiritual. Em Portugal, em 1900, apenas 50 000 indivíduos, em
cerca de 6 milhões, tinham declarado nos boletins de recenseamento não ser
católicos. Para os republicanos, os espíritos dos Portugueses estavam, assim,
cativos de uma organização, a igreja Católica Romana, que em 1864, condenara
solenemente o liberalismo e todas as ideias modernas" (Mattoso, idem, p. 4O9).
Para o historiador António Reis a a.C.
A última casa em que viveu situava-se num segundo andar do número 70 da
Rua de Santa Gertrudes à Estrela, em Lisboa. Era uma vizinha que lhe levava, de
manhã, o pequeno almoço e lhe fazia um pouco de companhia. Já tinha bastante
idade. Vestia roupa muito usada e chegava ele mesmo a remendar peças de roupa
branca, porque tinham sido da mulher e isso fazia-o recordar-se de bons
momentos juntos. Teófilo era um homem solitário e não terá sido muito feliz. Não
teve o amor de uma mãe, de um pai, perdeu os filhos e por fim até a sua
companheira partiu antes dele.
Embora anticlerical, Teófilo Braga dizia, com orgulho, que impedira António
José de Almeida de apagar o nome da Rainha D. Leonor do Hospital das Caldas,
pois como dizia, "é um perigo as intervenções reformadoras sem conhecimento das
origens venerandas, cuja tradição nunca deve ser apagada". No seu testamento
deixou expresso que queria um enterro civil, sem cerimónia. Morreu com 81 anos.
2.2.2.1.1 Obras estilo de Braga
As obras Literárias de Teófilo Braga é imensa e portanto é impossível de
enumerar resumidamente como pretende nesse trabalho. Não queremos deixar de
mencionar alguns exemplos de suas principais obras.
Bacon, esboçando genialmente as bases da
história literária (De augmcntis Scicntiarum, l i v,
c a p. 4,) indica os fatores estáticos e dynamics:
«Antes de tudo o historiador das Artes c das
Letras, deve preocupar-se... da natureza do país
e da raça, sua aptidão ingênita ou ao contrario
sua incapacidade para as diversas ciências, as
circunstâncias históricas favoráveis ou
desafáveis, (fatores dynamics) as influencias
Religiosas, aquelas que provêm das leis
políticas, enfim, o mérito eminente e a ação
fecunda dos indivíduos para o progresso das
letras[...] (BRAGA,TEÓFILO).
Tratando de Portugal, o problema da raça, é do mais alto
interesse. Existe de facto uma raça portuguesa? A esta
pergunta, respondeu Alexandra Herculano negativamente, (..)
Pior do que Herculano, viu o farsista Oliveira Martins,
considerando Portugal essa horda de adventícios asturo-
leonezes submetendo-se a agregação de uma nacionalidade
pelas ambições e esforços continuados dos políticos
dirigentes. Assim, os dois historiógrafos, desnacionalizando
Portugal, como favorecidos pela dinastia dos Bragança
consideravam ainda um benefício providencial que ela
explorasse isto na irresponsabilidade. (p. 11 e 12)
2.2.2.2 Eça de Queiros: o representante maior do Realismo português
2.2.2.2.1 Eça biografado
José Maria Eça de Queiroz (1845-1900) nasceu no dia 25 de novembro, na
cidade de Póvoa de Varzim, Portugal. Filho do brasileiro José Maria Teixeira de
Queiroz e da portuguesa Carolina Augusta Pereira de Eça. Passou toda sua infância
afastado do lar paterno, era interno no Colégio da cidade do Porto. Ingressou em
1861 na Universidade de Coimbra, onde em 1866 se formou em Direito. Manteve
ligação com Antero de Quental e Teófilo de Braga, a chamada "Escola Coimbrã".
Exerceu a advocacia e o jornalismo em Lisboa. Em 1867 dirigiu na cidade de Évora,
o jornal de oposição O Distrito de Évora. Voltou para Lisboa e revelou-se como
escritor no folhetim da Gazeta de Portugal. Em 1869, assistiu a inauguração do
canal de Suez, no Egito. José Maria Eça de Queiroz morreu em Paris, no dia 16 de
agosto de 1900
2.2.2.2.2 Obras e estilo de Eça
Em 1870, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão, escreveu o
romance policial O Mistério da Estrada de Sintra, e em 1871 As Farpas, sátiras à
vida social, publicadas em fascículos.
Eça de Queiroz profere em conferência o tema "O Realismo Como Nova
Expressão de Arte", no Cassino de Lisboa, em 1871. Em 1873 ingressa na carreira
política e em 1872 é nomeado cônsul em Havana, e em 1874 é nomeado cônsul na
Inglaterra.
O romance "O Crime do Padre Amaro", publicado em 1875, foi o marco inicial
do Realismo em Portugal. Nele, Eça faz uma crítica violenta da vida social
portuguesa, denuncia a corrução do clero e da hipocrisia dos valores burgueses. A
crítica social unida à análise psicológica aparece também no romance "O Primo
Basílio", publicado em 1878, em "Mandarim", 1880, e em "Relíquia", 1887.
Em 1885 visita em Paris, o escritor francês Emile Zola. Casa-se com Emília
de Castro Pamplona Resende, em 1886. O casal teve dois filhos, Maria e José
Maria. Em 1888 foi nomeado cônsul em Paris, ano que publica "Os Maias". Nesse
romance observa-se uma mudança na atitude irreverente de Eça de Queiroz
Segundo o crítico João Gaspar Simões, o autor "deixa transparecer os mistérios do
destino e as inquietações do sentimento, as apreensões da consciência e os
desequilíbrios da sensualidade"
Surge então uma nova fase literária, em que Eça deixa transparecer uma
descrença no progresso. Manifesta a valorização das virtudes nacionais e a saudade
da vida no campo. É o momento dos romances A Ilustre Casa de Ramires e A
Cidade e as Serras, e o conto Suave Milagre e as biografias religiosas.
Eça de Queiroz e um dos maiores nomes da Literatura Portuguesa, nos
deixou grandes e inúmeras obras incluindo: O Primo Basílio e O Crime do Padre
Amaro
Nessa obra o primo Basílio representa um dos
primeiros momentos de reflexão sobre o atraso
da sociedade portuguesa em um mundo
profundamente transformado pela Revolução
industrial e pelo desenvolvimento tecnológico.
O Crime Do Padre Amaro
O crime do padre amaro é uma das obras do
escritor português Eça de Queiroz mis
difundidas por todo mundo. Trata-se de uma
obra polêmica, que causou protestos da igreja
católica, ao ser publicada em
1875.(QUEIRÓS,Braga)
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
O desenvolvimento desse trabalho realizado trouxe conhecimento básico
sobre os escritores portugueses do Realismo do século XIX, como José Maria
Eça de Queiroz e Joaquim Teófilo Fernandes Braga
Ao conhecer os outros movimentos literários anteriores, percebe-se que o
Movimento Literário Realismo trouxe para nossa cultura modelos de estilo
estabelecido por grandes escritores, que hoje são referências e posturas
intelectuais muito à frente da realidade social, como políticos, arquitetura e até as
artes modernas as, propostas foram todas concluídas com a pesquisa .
4.Referências
Barreto,R. G. (2010). Ser Protagonista. SãoPaulo:EdiçõesSM.
Boléo,M. L. (02 de 01 de 2006). TEÓFILOBRAGA.Fonte:O Leme :
http://www.leme.pt/biografias/portugal/presidentes/teofilo.html
Brasil Escola.(s.d.). Eça de Queirós.Fonte:Brasil Escola: http://www.brasilescola.com/literatura/eca-
queiros.htm
E-biografias.(19de 9 de 2012). Eça deQueiroz.Fonte:E-biografias:http://www.e-
biografias.net/eca_queiroz/

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O Realismo português e seus principais autores

  • 1. ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR JOÃO CRUZ Título: A visão do Movimento Literário Realismo português Disciplina: Língua Portuguesa Professor: Maria Piedade Teodoro da Silva Alunos: Luiz Fernando Aparecido Bicudo n°: 19 Micaela Nauâne Santos Nacarato n°: 24 Série: 2°ano do ensino médio C Jacareí 2014
  • 2. SUMARIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................3 2. COMPROMISSO COM A REALIDADE PORTUGUESA......................................4 2.1 As origens...........................................................................................................4 2.2. Movimento Literário Realismo em Portugal.......................................................4 2.2.1. Contexto literário realista em Portugal ...........................................................5 2.2.2. Autores Realistas Portugueses.......................................................................5 2.2.2.1 Teófilo Braga ainda buscando espaço na literatura .....................................5 2.2.2.1. Obras estilo Braga.......................................................................................6 2.2.2.2. Eça de Queiros o representante maior do Realismo português..................8 2.2.2.2.1 Eça biografado...........................................................................................8 2.2.2.2.2. Obras de Eça ...........................................................................................8 3. Considerações finais...........................................................................................10 4. Referencias.........................................................................................................10
  • 3. 1. INTRODUÇÂO Esta pesquisa busca expor a visão da realidade pelos escritores portugueses no século XIX por meio do Movimento Literário Realismo, pois os escritores tinham ideias contraditórias em relação ao Movimento Literário Romantismo. Diante desse estudo, o grupo espera entender as transformações de pensamentos da época que influenciaram a produção dos textos realistas portugueses: Teófilo Braga e Eça de Queiroz; por isso essa pesquisa visa responder aos questionamentos relacionados a influências socioculturais nas obras dos escritores portugueses, temáticas e posicionamentos defendidos. Foi necessário estabelecer, para isso, como metas, os seguintes objetivos de poder conhecer os autores e entender suas propostas
  • 4. 2. COMPROMISSO COM A REALIDADE PORTUGUESA. 2.1 As origens O que se conhece do Realismo eventualmente? Realismo foi um movimento literário do século XIX, é uma forma de artistas e autores buscarem uma linguagem capaz de abordar o mais “real” a vida cotidiana dos ricos e dos pobres. Todos os artistas da época tinham o seu próprio estilo e defendiam suas ideias contraditórias ao Romantismo. Eles queriam portanto, mudar o foco em relação a percepção da realidade, antes centrada na subjetividade exigência causada pelas mudanças sócias, como os efeitos da Revolução Francesa, as pessoas estavam acordando lutando pelo seu direito de cidadão e os textos literários como as artes retratavam tudo isso. Uma realidade oposta, ao que a sociedade tinha vivido até aquele momento, surgia com o progresso tecnológico: o avanço da energia elétrica, as novas máquinas que facilitavam a vida, como o carro, por exemplo. Entre as correntes filosóficas, destacam-se: o Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo e o Marxismo. Contudo o pensamento filosófico que exerce mais influência no surgimento do Realismo é o Positivismo, o qual analisa a realidade por meio das observações e das constatações racionais. 2.2 Movimento Literário Realismo em Portugal
  • 5. O Realismo em Portugal teve seu início em 1865, uma época em que liberais e representantes da velha monarquia deposta em 1820 travavam várias lutas. Foi um movimento de renovação, uma tentativa de levar Portugal à modernidade, trazendo ao país as ideias filosóficas e científicas que estava em alta na Europa na época. 2.2.1 Contexto literário Realista em Portugal Em Portugal, o Realismo começa com a polêmica entre seus partidários e seguidores do Romantismo a chamada Questão Coimbrã. A discussão envolve António Feliciano de Castilho que escreve posfácio para o livro Poema da Mocidade, de Pinheiro Chagas - e Antero de Quental que critica Castilho e defende o ideário realista no opúsculo Bom senso e bom gosto. 2.2.2 Autores Realistas Portugueses 2.2.2.1 Teófilo Braga: ainda buscando espaço dentro da literatura portuguesa Joaquim Teófilo Braga conta com muito mais páginas em todas as enciclopédias de Literatura do que nos livros sobre História de Portugal. Foi escolhido para presidir ao primeiro Governo Provisório saído do 5 de Outubro de 1910 até à eleição do Dr. Manuel de Arraiga, tendo depois, por deliberação do Congresso, completado o mandato desde 29 de Maio de 1911 a 5 de Outubro de 1911. Teófilo Braga completou o mandato de Manuel de Arraiga como Presidente da República entre 29 de Maio e 4 de agosto de 1915. Teófilo Braga ainda jovem foi seduzido pelas ideias filosóficas de Comte e defendia as ideias positivistas. "O positivismo consolidou sobretudo a ideia de que a
  • 6. República não podia ser um simples golpe de Estado, e que talvez até devesse dispensar os intentos revolucionários." (José Mattoso, História de Portugal, vol. 6, p. 403) Os republicanos acreditavam que "para criar a República era preciso libertar os indivíduos das antigas sujeições. Atividade doutrinária de Teófilo Braga foi determinante para a consolidação do ideário republicano. A mais grave era, sem dúvida, a sujeição espiritual. Em Portugal, em 1900, apenas 50 000 indivíduos, em cerca de 6 milhões, tinham declarado nos boletins de recenseamento não ser católicos. Para os republicanos, os espíritos dos Portugueses estavam, assim, cativos de uma organização, a igreja Católica Romana, que em 1864, condenara solenemente o liberalismo e todas as ideias modernas" (Mattoso, idem, p. 4O9). Para o historiador António Reis a a.C. A última casa em que viveu situava-se num segundo andar do número 70 da Rua de Santa Gertrudes à Estrela, em Lisboa. Era uma vizinha que lhe levava, de manhã, o pequeno almoço e lhe fazia um pouco de companhia. Já tinha bastante idade. Vestia roupa muito usada e chegava ele mesmo a remendar peças de roupa branca, porque tinham sido da mulher e isso fazia-o recordar-se de bons momentos juntos. Teófilo era um homem solitário e não terá sido muito feliz. Não teve o amor de uma mãe, de um pai, perdeu os filhos e por fim até a sua companheira partiu antes dele. Embora anticlerical, Teófilo Braga dizia, com orgulho, que impedira António José de Almeida de apagar o nome da Rainha D. Leonor do Hospital das Caldas, pois como dizia, "é um perigo as intervenções reformadoras sem conhecimento das origens venerandas, cuja tradição nunca deve ser apagada". No seu testamento deixou expresso que queria um enterro civil, sem cerimónia. Morreu com 81 anos. 2.2.2.1.1 Obras estilo de Braga
  • 7. As obras Literárias de Teófilo Braga é imensa e portanto é impossível de enumerar resumidamente como pretende nesse trabalho. Não queremos deixar de mencionar alguns exemplos de suas principais obras. Bacon, esboçando genialmente as bases da história literária (De augmcntis Scicntiarum, l i v, c a p. 4,) indica os fatores estáticos e dynamics: «Antes de tudo o historiador das Artes c das Letras, deve preocupar-se... da natureza do país e da raça, sua aptidão ingênita ou ao contrario sua incapacidade para as diversas ciências, as circunstâncias históricas favoráveis ou desafáveis, (fatores dynamics) as influencias Religiosas, aquelas que provêm das leis políticas, enfim, o mérito eminente e a ação fecunda dos indivíduos para o progresso das letras[...] (BRAGA,TEÓFILO). Tratando de Portugal, o problema da raça, é do mais alto interesse. Existe de facto uma raça portuguesa? A esta pergunta, respondeu Alexandra Herculano negativamente, (..) Pior do que Herculano, viu o farsista Oliveira Martins, considerando Portugal essa horda de adventícios asturo- leonezes submetendo-se a agregação de uma nacionalidade pelas ambições e esforços continuados dos políticos dirigentes. Assim, os dois historiógrafos, desnacionalizando Portugal, como favorecidos pela dinastia dos Bragança consideravam ainda um benefício providencial que ela explorasse isto na irresponsabilidade. (p. 11 e 12)
  • 8. 2.2.2.2 Eça de Queiros: o representante maior do Realismo português 2.2.2.2.1 Eça biografado José Maria Eça de Queiroz (1845-1900) nasceu no dia 25 de novembro, na cidade de Póvoa de Varzim, Portugal. Filho do brasileiro José Maria Teixeira de Queiroz e da portuguesa Carolina Augusta Pereira de Eça. Passou toda sua infância afastado do lar paterno, era interno no Colégio da cidade do Porto. Ingressou em 1861 na Universidade de Coimbra, onde em 1866 se formou em Direito. Manteve ligação com Antero de Quental e Teófilo de Braga, a chamada "Escola Coimbrã". Exerceu a advocacia e o jornalismo em Lisboa. Em 1867 dirigiu na cidade de Évora, o jornal de oposição O Distrito de Évora. Voltou para Lisboa e revelou-se como escritor no folhetim da Gazeta de Portugal. Em 1869, assistiu a inauguração do canal de Suez, no Egito. José Maria Eça de Queiroz morreu em Paris, no dia 16 de agosto de 1900 2.2.2.2.2 Obras e estilo de Eça Em 1870, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão, escreveu o romance policial O Mistério da Estrada de Sintra, e em 1871 As Farpas, sátiras à vida social, publicadas em fascículos. Eça de Queiroz profere em conferência o tema "O Realismo Como Nova Expressão de Arte", no Cassino de Lisboa, em 1871. Em 1873 ingressa na carreira política e em 1872 é nomeado cônsul em Havana, e em 1874 é nomeado cônsul na Inglaterra. O romance "O Crime do Padre Amaro", publicado em 1875, foi o marco inicial do Realismo em Portugal. Nele, Eça faz uma crítica violenta da vida social portuguesa, denuncia a corrução do clero e da hipocrisia dos valores burgueses. A
  • 9. crítica social unida à análise psicológica aparece também no romance "O Primo Basílio", publicado em 1878, em "Mandarim", 1880, e em "Relíquia", 1887. Em 1885 visita em Paris, o escritor francês Emile Zola. Casa-se com Emília de Castro Pamplona Resende, em 1886. O casal teve dois filhos, Maria e José Maria. Em 1888 foi nomeado cônsul em Paris, ano que publica "Os Maias". Nesse romance observa-se uma mudança na atitude irreverente de Eça de Queiroz Segundo o crítico João Gaspar Simões, o autor "deixa transparecer os mistérios do destino e as inquietações do sentimento, as apreensões da consciência e os desequilíbrios da sensualidade" Surge então uma nova fase literária, em que Eça deixa transparecer uma descrença no progresso. Manifesta a valorização das virtudes nacionais e a saudade da vida no campo. É o momento dos romances A Ilustre Casa de Ramires e A Cidade e as Serras, e o conto Suave Milagre e as biografias religiosas. Eça de Queiroz e um dos maiores nomes da Literatura Portuguesa, nos deixou grandes e inúmeras obras incluindo: O Primo Basílio e O Crime do Padre Amaro Nessa obra o primo Basílio representa um dos primeiros momentos de reflexão sobre o atraso da sociedade portuguesa em um mundo profundamente transformado pela Revolução industrial e pelo desenvolvimento tecnológico. O Crime Do Padre Amaro O crime do padre amaro é uma das obras do escritor português Eça de Queiroz mis difundidas por todo mundo. Trata-se de uma
  • 10. obra polêmica, que causou protestos da igreja católica, ao ser publicada em 1875.(QUEIRÓS,Braga) 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS. O desenvolvimento desse trabalho realizado trouxe conhecimento básico sobre os escritores portugueses do Realismo do século XIX, como José Maria Eça de Queiroz e Joaquim Teófilo Fernandes Braga Ao conhecer os outros movimentos literários anteriores, percebe-se que o Movimento Literário Realismo trouxe para nossa cultura modelos de estilo estabelecido por grandes escritores, que hoje são referências e posturas intelectuais muito à frente da realidade social, como políticos, arquitetura e até as artes modernas as, propostas foram todas concluídas com a pesquisa .
  • 11. 4.Referências Barreto,R. G. (2010). Ser Protagonista. SãoPaulo:EdiçõesSM. Boléo,M. L. (02 de 01 de 2006). TEÓFILOBRAGA.Fonte:O Leme : http://www.leme.pt/biografias/portugal/presidentes/teofilo.html Brasil Escola.(s.d.). Eça de Queirós.Fonte:Brasil Escola: http://www.brasilescola.com/literatura/eca- queiros.htm E-biografias.(19de 9 de 2012). Eça deQueiroz.Fonte:E-biografias:http://www.e- biografias.net/eca_queiroz/