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AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
SIGNIFICAÇÕES PARA DEFINIÇÃO DE PERCURSOS
Maria Lúcia Cavalli Neder

A avaliação, como uma prática educativa, deve ser compreendida sempre como uma
atividade política, cuja principal função é a de propiciar subsídios para tomadas de decisões
quanto ao direcionamento das ações em determinado contexto educacional.
Nesse sentido, pensar avaliação implica fazê-lo sempre vinculada a determinadas ações,
consubstanciadas em propostas que expressem determinadas vontades políticas. Supõe, portanto,
pensá-la como uma dimensão do processo educativo, dinâmico, processual, que deve qualificar e
oferecer subsídios para um direcionamento ou redimensionamento de ações dos educadores e
educandos.
Através do processo de avaliação, os educadores e educandos devem ter condições para
uma compreensão crítica da realidade escolar em que estão inseridos, com vistas a tomada de
decisões educacionais.
A avaliação educacional assim compreendida não se limita, portanto, apenas ao aspecto do
rendimento escolar, devendo estar vinculada a políticas e programas educacionais, visando sempre
o aprimoramento das ações propostas em determinado contexto.
A avaliação não pode ser vista, pois, isolada de uma proposta educacional, de um projeto
de educação que traga em seu bojo um processo de transformação, uma proposta de ação que
busque modificações de uma determinada situação.
Assim, ao me propor uma reflexão sobre avaliação em Educação a Distância - EAD faço-a circunscrita a um determinado projeto político-pedagógico: Curso de Licenciatura em
Educação Básica - 1ª a 4ª série - oferecido através da modalidade de Educação a Distância, a
professores da rede pública de ensino da região norte do Estado de Mato Grosso.
Dos Fundamentos e Objetivos do curso
A criação de uma Licenciatura em Educação Básica - 1ª a 4ª série do 1º grau, através da
modalidade de Educação a Distância - circunscreve-se à atual política do Instituto de Educação,
da Universidade Federal de Mato Grosso, que, a partir do ano de 1992, direcionou seus cursos de
graduação para o magistério das séries iniciais.
A prioridade dada à formação de professores, em nível superior, para atuarem nas
primeiras séries do 1º grau se deve a diversos fatores, dentre eles o fato de a maioria dos
professores que lecionam nessas séries no Estado de Mato Grosso só possuir formação em nível
de 2º grau, magistério.

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-
Para se ter uma idéia, de um quadro de 28.458 docentes que atuavam nas escolas púbicas
de 1º e 2º graus em 1991, 53% não possuíam formação em nível superior. Nas áreas rurais essa
realidade ainda é mais grave.
Esses dados não seriam tão polêmicos se resultados de pesquisa, em nível nacional e
regional, não apontassem, nos últimos anos, para a grave situação do ensino, principalmente nas
séries iniciais, onde atua a maioria de professores com formação apenas em nível de 2º Grau, os
chamados cursos de magistério, o que nos leva à consideração da qualidade da formação desses
professores.
A gravidade da situação do ensino nas primeiras séries do país e, em especial, em Mato
Grosso, solicita a urgência de ações mais contundentes e mais comprometidas com mudanças
substanciais no ensino dessas séries.
É óbvio que a problemática não se resume apenas à questão da formação de professores,
mas esta é uma variável importantíssima e, por isso, o Instituto de Educação da UFMT coloca-a
como uma de suas linhas de ação prioritária.
Seu projeto político-pedagógico volta-se, com exclusividade, em nível de graduação, para
a formação de professores para as séries I a IV, do 1º grau, através de diferentes modalidades:
ensino presencial (tradicional); modalidade parcelada (trabalhada mais exclusivamente em período
de férias escolares) e a modalidade à distância - EAD - que é, nesse momento, objeto de nossa
reflexão.
É importante ressaltar, aqui, que a modalidade de Educação à Distância não se coloca
como algo isolado e com valor em si mesma. Ela se apresenta como recurso viável para se atingir
objetivos definidos como prioritários em um determinado projeto político (o de formação de
professores em nível superior para atuarem nas séries do 1º grau), principalmente em razão dos
escassos recursos financeiros existentes e, ainda, da situação sócio-política e geográfica do
Estado.
Para ilustrar, temos apenas duas universidades públicas em Mato Grosso, com campus em
apenas 05 (cinco) cidades, num universo de 117 municípios do Estado, que possui uma área de
2
901.420,7 km .
Da estrutura organizacional e metodológica do curso
Se a política de ensino de graduação do Instituto de Educação volta-se para a formação de
professores das séries iniciais, em razão, dentre outras, como já dissemos, da questão da má
qualidade dessa formação em nível de magistério, a estrutura e organização metodológica do
curso coloca-se como um dos pontos nevrálgicos do projeto de formação.
Uma das principais críticas à formação do professor em nível de magistério é a falta de
consistência teórico-metodológica nas áreas de conhecimento básicas no ensino das primeiras
séries: Linguagem, Matemática, Ciências Naturais (Física, Química e Biologia), Ciências Sociais
(História e Geografia).
Assim, a base de sustentação do Curso de Licenciatura proposto vai se colocar sobre dois
pilares básicos na construção do fazer pedagógico do professor: (a) a compreensão do processo
educacional, onde se dá sua ação e (b) o conhecimento teórico/ metodológico das áreas de saber
que compõem o currículo das primeiras séries.
O curso é organizado, então, em torno de dois núcleos, o primeiro composto por
disciplinas da área de Fundamentos da Educação (Antropologia, Filosofia, Sociologia e
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-
Psicologia) e o segundo por disciplinas das áreas de Linguagem, História, Geográfica, Física,
Química e Biologia. Esses dois núcleos se intercruzam e se interpõem, sempre numa perspectiva
de relação teoria-prática.
Todos os alunos matriculados no curso, 352 (trezentos e cinqüenta e dois), são
professores efetivos da rede pública o que ajuda na busca dessa relação teoria-prática em termos
dos conteúdos das áreas de conhecimento trabalhadas no curso.
A construção da proposta curricular do curso contou com a participação de professores de
todos os cursos de Licenciatura da UFMT, o que exigiu um referencial que garantisse uma
unidade metodológica na compreensão da natureza do objeto de cada uma das ciências. Assim,
três conceitos perpassam e formam o núcleo integrador do currículo, a saber: HISTORICIDADE
- CONSTRUÇÃO - DIVERSIDADE.
Embora a maior parte do curso seja desenvolvido através da modalidade de educação à
distância, o aluno participa de seminários temáticos interdisciplinares, pelo menos uma vez no
semestre, o que lhe possibilita momentos presenciais, com a participação da equipe do Núcleo de
Educação Aberta e a Distância - NEAD - de Cuiabá e de professores responsáveis pela elaboração
do material ou especialista nas áreas estudadas.
Esses momentos presenciais são fundamentais, porque o aluno, além da possibilidade do
relacionamento com professores da Universidade, tem contato com os demais alunos do curso, o
que favorece o diálogo e a troca de experiências entre eles.
O material didático básico, trabalhado no curso, é o texto escrito, consubstanciado em
fascículos, em razão, principalmente, da falta de recursos estruturais da região onde se desenvolve
o curso como, por exemplo, falta de energia elétrica em algumas comunidades. Além disso, há
também a falta de disponibilidade financeira dos alunos para obtenção de recursos tecnológicos
próprios como computadores, telefone, fax, vídeo, rádio-gravador, etc.
Por este motivo, o projeto previu a instalação de uma estrutura física e de material que
possibilitasse ao aluno as condições necessárias para seus estudos.
Em Colíder, cidade do norte do Estado, que congrega a maior parte das atividades
presenciais e de orientação, em virtude de sua localização geográfica na região, temos instalado
um Centro de Apoio. Este Centro conta com Secretaria, sala de estudos, sala de reuniões, uma
biblioteca com 5.000 (cinco mil) volumes (o básico indicado nos fascículos), telefone, fax e
computadores ligados diretamente ao Núcleo de Educação à Distância - NEAD - da Universidade,
em Cuiabá, órgão coordenador do curso.
Há, ainda, em razão de acordo firmado entre a Universidade, Governo do Estado e
municípios onde se desenvolve o projeto, a disponibilidade ao aluno de serviços de telefone, fax e
correio.
Essa estrutura mínima é indispensável ao Serviço de Orientação Pedagógica oferecido ao
acadêmico e do qual falaremos a seguir.
Da organização e funcionamento do serviço de Orientação Acadêmica
Na Educação a Distância, por mais paradoxal que possa parecer, a relação intersubjetiva
entre os sujeitos da ação pedagógica é um dos pontos nevrálgicos do sistema.
Por esta razão, o serviço que denominamos de orientação pedagógica e que é conhecido
também como serviço de tutoria é fundamental.
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-
A orientação pedagógica tem como papel fundamental apoiar o aluno em seu percurso de
estudos tanto no que diz respeito às dificuldades que, por ventura, surjam no decorrer dos
estudos, quanto no que tange ao apoio e incentivo a quem não está numa relação direta com o
professor, como no ensino presencial.
O orientador pedagógico é que mantêm o contato direto e constante com o aluno que
matricula-se em cursos de EAD. São professores com cursos de nível superior em diferentes áreas
de conhecimentos, que, depois de selecionados, participam de estudos e treinamento a respeito da
modalidade de educação à distância e, ainda, a respeito dos conteúdos trabalhados nos fascículos a
serem estudos pelos alunos.
Os orientadores acadêmicos do nosso projeto, em número de 20 (vinte), moram na região
norte do Estado, concentrando-se a maioria no município de Colíder, escolhido como sede para o
projeto, e o restante nos demais municípios.
Esses professores orientadores já são contratados pelo Estado e, para participarem do
projeto, ganham um incentivo de mais 20 horas semanais, além de seu salário normal.
O trabalho de orientação em EAD é fundamental, como já salientamos, porque, todas as
vezes em que o aluno sentir dificuldades em seus estudos, ele pode recorrer ao orientador, seja
pessoalmente seja através do uso de telefone, fax ou correio.
Além do contato com os orientadores centrados na sua região, o aluno pode dirigir-se a
professores que atuam no Núcleo de Educação à Distância, em Cuiabá, sede da UFMT.
Do processo de Avaliação do curso de Licenciatura em Educação Básica - 1ª a 4ª série através da modalidade de Educação a Distância
Como dissemos no início, a avaliação, como uma atividade política, tem como função
básica subsidiar tomadas de decisões e não pode ser pensada, na educação, desvinculada de um
projeto político pedagógico.
Daí a necessidade de apresentarmos, mesmo que suscintamente, elementos básicos do
nosso projeto, para abordarmos a questão da avaliação.
O primeiro ponto a ressaltar, então, é que a avaliação deve ser compreendida como um
processo sempre circunscrito a um determinado projeto ou ações.
É a avaliação que fornecerá definição ou redefinição de percurso frente às decisões
tomadas e/ou planejadas.
No nosso caso, é ela que permite as adequações e correções necessárias ao
desenvolvimento do Curso de Licenciatura em Educação Básica, através da modalidade de EAD
e, por isso mesmo, implica níveis, dimensões e fases diferenciadas no desenvolvimento do curso.
Embora essas dimensões, níveis e fases sejam analisadas neste trabalho em separado, para efeito
didático, na realidade vivida, elas se interpõem, se intercruzam e se determinam. Somente com
análises interfacetadas é possível construir os significados necessários às redefinições de percurso
do projeto.
O processo avaliativo pressupõe, portanto, não só o trabalho relativo a elementos
estruturais e organizacionais do projeto de formação de professores, numa abordagem mais
didático-pedagógico, mas também um trabalho relativo à dimensão mais dos aspectos políticos
desse processo de formação, permitindo analisar, por exemplo, o impacto das ações desenvolvidas
na realidade social concreta.
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Dimensões e níveis de avaliação no interior do projeto de Licenciatura, através da EAD
Embora a dimensão didático-pedagógica e política da avaliação circunscritas a
determinado projeto se determinem, como já enfatizamos, seus métodos, recursos e níveis de
análise se diferenciam.
Por esta razão, trabalharemos mais detalhadamente com a dimensão didático pedagógica,
uma vez que está afeta mais diretamente às atividades e atribuições do Núcleo de Educação
Básica - NEAD, podendo ser analisada sistematicamente pela equipe envolvida no projeto.
Dentre os aspectos escolhidos como de maior significação para o projeto, na dimensão
didático-pedagógica destacamos:
)
)
)
)

A avaliação da aprendizagem;
A avaliação do material didático;
A avaliação da orientação acadêmica;
A avaliação da modalidade de EAD.

1) Avaliação da Aprendizagem
O processo de avaliação da aprendizagem em EAD, embora possa se sustentar em
princípios análogos aos da educação presencial, exige tratamento e considerações especiais.
Primeiro, porque um dos objetivos fundamentais da educação à distância deve ser a de
obter dos alunos não a capacidade de reproduzir idéias, informações ou pontos de vista críticos
que lhes proporcione determinado material professor ou, ainda, apenas uma perspectiva crítica
frente a determinados conteúdos. O que deve importar realmente para um sistema de EAD é
desenvolver a autonomia crítica do aluno, frente a situações concretas que se lhes apresentem.
Segundo, porque num sistema de EAD, o aluno não conta com a presença física do
professor. Por esta razão, é necessário desenvolver método de trabalho que oportunize sua
confiança, possibilitando-lhe, não só o processo de elaboração de seus próprios juízos, mas
também de desenvolvimento de sua capacidade de analisá-los.
O trabalho do professor, ao organizar o material didático básico para orientação do aluno,
deve ser o de contribuir para que todos questionem aquilo que julgam saber e, principalmente,
para que questionem os princípios subjacentes a esse saber.
Nesse sentido, a relação teoria-prática coloca-se como imperativo no tratamento do
conteúdo e a relação intersubjetiva, dialógica, professor/ aluno, mediada por textos, é
fundamental.
O que interessa, portanto, numa avaliação de aprendizagem é analisar a capacidade de
reflexão crítica dos alunos frente a suas próprias experiências, a fim de que possam atuar, dentro
de seus limites, sobre o que os impede de agir para transformar aquilo que julgam limitado em
termos dos interesses da comunidade.
Assim, uma avaliação que apenas busque verificar em que medida houve ou não retenção
de informações e em que quantidade deixa de ter sentido. O conteúdo trabalhado não tem valor
em si mesmo, deve servir apenas de suporte para problematizar o conhecimento objetivo, a fim de
um posicionamento crítico, reflexivo sobre a realidade vivida.
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-
A avaliação de aprendizagem deve ser entendida, pois, como um processo contínuo,
descritivo, compreensivo que possibilite analisar em que medida o objetivo de oportunizar uma
atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta se expressa.
Na experiência desenvolvida na nossa Licenciatura, pelas razões acima expostas, está se
tentando uma participação, através do processo de avaliação, que possibilite analisar como se
realiza não só o envolvimento do aluno com seu cotidiano profissional, mas também como se
realiza o surgimento de outras formas de conhecimento, obtidas de sua prática, de sua experiência,
a partir dos referenciais teóricos trabalhados no curso.
Para tanto, estabelecem-se uma rotina de observação e descrição contínua da produção do
aluno que, embora se expresse em diferentes níveis e momentos, para efeito didático, não deve
alterar a condição processual da avaliação.
Num primeiro nível de acompanhamento da aprendizagem do aluno, há a observação
através de entrevistas realizadas pelo orientador acadêmico, cujo objetivo principal é verificar: (a)
se o aluno está conseguindo compreender o conteúdo proposto no fascículo, quais os graus de
dificuldades existentes; (b) se o aluno consegue desenvolver ou não e com que grau de dificuldade
as tarefas propostas pelo material; (c) se o aluno é capaz de relacionar o conhecimento trabalhado
com sua prática pedagógica.
Este nível é descrito em fichas individuais e fará parte da valoração final da aprendizagem
do aluno em determinada disciplina trabalhada.
Num segundo nível, a observação da aprendizagem far-se-á através da realização de
trabalhos escritos que oportunizem ao aluno um posicionamento crítico-reflexivo de sua prática
frente aos referenciais teóricos trabalhados em cada fascículo de determinada área de
conhecimento.
Num terceiro nível, o aluno participa de Seminários, denominados integradores, que se
realizam semestralmente, cuja preocupação é a oportunizar ao aluno a produção de um trabalho
de análise crítico-reflexiva de uma determinada realidade tematizada previamente e desenvolvida
sempre em grupo. A realização desse seminário oportuniza, ainda, ao aluno a busca da inter e
multidisciplinaridade para produzir suas análises e o trabalho de síntese dos conteúdos
desenvolvidos por cada área de conhecimento que, por razões didáticas, são apresentados em
separado por fascículos.
Resumindo, o aluno na Licenciatura em EAD é avaliado em diferentes níveis do processo e
em grau de complexidade variados, como segue:
) Entrevista com o orientador acadêmico durante seu processo de estudo dos fascículos;
) Produção de um trabalho escrito, que possibilite uma síntese do conhecimento trabalhado em
cada área;
) Análise, em grupo, de situações problemas a serem apresentadas em um Seminário Integrador,
com caráter inter e multidisciplinar, no final de cada semestre.
Somente após a realização e participação nesses três níveis de avaliação é que o aluno terá
sua valoração final, traduzida no conceito ou nota por disciplina.
2) Avaliação do Material Didático

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-
Conforme já enfatizamos, o processo de avaliação pressupõe dimensões e níveis
diferenciados, que se entrelaçam, se determinam, formando uma rede de significações necessárias
para redefinição das ações propostas em nível do projeto político a que se vincula.
Nesse sentido, a avaliação do material didático do curso de Licenciatura só pode ser
trabalhado em interface com outras dimensões e níveis do processo avaliativo. Há uma vinculação
direta, em certos aspectos, com a questão da aprendizagem, que pode ser analisado em diferentes
perspectivas:
) pelo aluno, no sentido de verificar em que medida os conteúdos selecionados e trabalhados são
por ele compreendidos, possibilitando-lhes atitude crítica frente ao seu fazer pedagógico. Se o
autor lhe possibilita uma atitude dialógica, intersubjetiva, permitindo-lhe posicionar-se como
ator na construção do conhecimento. Há, ainda, a possibilidade de análise da qualidade em
termos não só de diagramação e apresentação gráfica como também de organização e
disposição de conteúdo, facilitando-lhes o estudo sem a presença direta do professor.
) pelo orientador acadêmico, no sentido de analisar, pelo contato direto com os alunos, as
dificuldades de compreensão do conteúdo e sua relação com sua prática profissional.
Cabe ao orientador um papel importante na avaliação do material com relação à clareza com
que o conteúdo é trabalhado, as possibilidades de relação teoria/prática que estabelece, além
dos aspectos de apresentação gráfica e, sobretudo, do nível dialógico proposto pelo autor.
) pelo autor, responsável pela elaboração do material didático, no sentido de verificar o
significado dos conhecimentos selecionados e organizados por ele para a vida do acadêmico.
Essa avaliação, geralmente, é mediada pelos resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo aluno
e, ainda, pelo relatório produzido pelos orientadores acadêmicos.
) Finalmente, a avaliação é feita pela equipe do NEAD, responsável pela coordenação do curso,
que, a partir das análises e das avaliações dos outros atores anteriormente citados, propõe ou
não a revisão e/ou redefinição do material.
É importante salientar que outros referenciais, além do da aprendizagem do aluno podem
ser utilizados na avaliação do material didático.
No caso da Licenciatura, cujo material básico é escrito, desde o início, houve orientação
para sua elaboração e essa orientação serve de balisador para sua avaliação. Os critérios
estabelecidos para produção dos fascículos são:
) Que os conteúdos selecionados sejam trabalhados tendo em vista os conhecimentos
indispensáveis à prática dos professores das séries iniciais, tendo como base de abordagem os
conceitos de Historicidade, Construção e Diversidade. Esses conceitos, como já dissemos
anteriormente, foram previstos como suportes para certa garantia de unidade na abordagem
metodológica do material. Com relação a essa questão, o material é avaliado antes de ser
impresso, sendo sugerido ao autor sua reestruturação, caso ele não tenha atendido a esses
requisitos;
) Que o número de páginas não excedesse a 60 folhas para não cansar demasiadamente o aluno
que na EAD, geralmente, estuda sozinho;
) Que a linguagem utilizada permitisse uma ação dialógica entre autor/ leitor;
) Que todo fascículo apresentasse possibilidades de auto-avaliação e, sobretudo, de realização de
atividades que favorecesse a relação teoria/ prática;
) Que a diagramação dos fascículos previsse espaços em branco para que os alunos pudessem
fazer anotações, resumos, sínteses, etc., no próprio corpo do fascículo;
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) Que houvesse uma distribuição do conteúdo em etapas, devendo haver entre título, subtítulo,
capítulo, etc. ..., páginas de destaque;
) Que o papel utilizado não fosse do tipo que permitisse reflexo de luz e que o tipo de letra
tivesse um tamanho que não cansasse o aluno;
) Por último, que houvesse uma marca característica do material e que as áreas tivessem suas
diferenças marcadas por cores.
É importante ressaltar que a escolha dos autores foi um ponto de destaque considerado
pela equipe do NEAD que buscou selecionar um corpo docente que tivesse credibilidade no meio
acadêmico.
O material produzido, antes de chegar até o aluno, é pré-avaliado pela equipe do NEAD,
que tem, como já dissemos, participação de professores de todas licenciaturas, o que permite uma
abrangência em termos das áreas de conhecimentos trabalhados. Além disso, todo material é lido
pelos orientadores acadêmicos e também por alguns alunos de graduação da UFMT, como uma
forma de pré-testagem do material.
À medida que o material vai sendo trabalhado e as avaliações vão se realizando, propõe-se
a reestruturação do material.
3) Avaliação do serviço de Orientação Acadêmica
O trabalho de orientação acadêmica é um dos pontos nevrálgicos de sistemas de EAD.
No projeto do curso em foco, foram detalhadas como tarefas de orientação algumas
atividades, conforme ALONSO et alii (1993: 74/ 75), a saber:
) Referentes à análise e avaliação do curso e da metodologia do EAD:
• Apontar as falhas do sistema de orientação acadêmica;
• Avaliar, com base nas dificuldades dos alunos, o material didático utilizado no curso;
• Informar sobre a necessidade de apoios complementares não previstos pelo projeto;
• Apontar problemas relativos à metodologia da educação à distância, a partir das
observações e das críticas recebidas dos alunos;
• Participar do processo de avaliação do curso.
) Referente à dimensão do acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem:
• Participar dos cursos de aprofundamento teórico relativos aos cursos de diferentes áreas a
serem trabalhadas no curso;
• Familiarizar-se com a metodologia de EAD;
• Conhecer e participar das discussões relativas à confecção e uso do material didático;
• Suprir as possíveis deficiências do material didático;
• Auxiliar o aluno na aquisição de conceitos e habilidades;
• Motivar o aluno, auxiliando-o a compreender as relações do estudado com seus interesses
particulares e profissionais;
• Auxiliar o aluno a superar dificuldades, orientando-o individualmente ou em grupo;
• Ajudar o aluno em suas dificuldades, motivando-o a buscar no material didático
complementar respostas às suas dúvidas;
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• Detectar os principais problemas dos alunos, tentando, diagnosticar as causas para auxiliá-lo
a solucioná-los;
• Auxiliar o aluno em sua auto-avaliação;
• Avaliar todos os fatores do processo ensino-aprendizagem;
• Relacionar-se com os demais orientadores para avaliações durante e após o
desenvolvimento do curso.
Em razão dessas exigências impostas ao trabalho de orientação, é preciso que as pessoas
selecionadas para exercerem esta função tenham um período preparatório que lhes possibilite: (a)
trabalhar referenciais teóricos sobre sistemas de EAD; (b) conhecer e discutir o projeto no qual se
envolverá; (c) estudar a respeito de sistemas de orientação, muitas vezes denominados de tutoria.
Além disso, é preciso que os orientadores acadêmicos tenham formação em áreas afins
àquelas que serão trabalhadas no curso.
No caso da Licenciatura, foi feita, após seleção, uma entrevista com os candidatos para
verificar, além do interesse em participar da experiência, a disponibilidade para viagens aos
municípios que participam do projeto.
Foram feitas, ainda, gestões junto ao governo do Estado para que os orientadores
acadêmicos, afastados de suas escolas de origem, mantivessem todas as vantagens que o cargo
anterior lhes possibilitasse. Além disso, como já mencionamos, um adicional salarial equivalente a
mais 20 horas/ semanais de trabalho.
Essas condições são indispensáveis para a garantia da dedicação exclusiva exigida pelo
projeto.
Dessa forma, alguns indicadores já se colocaram desde o início como referenciais para a
avaliação do serviço de orientação acadêmica que, a exemplo de outros itens, só pode se realizar
considerando-se suas relações no interior do processo e também em várias perspectivas, a saber:
) Avaliação da Orientação feita pelo acadêmico, que deve evidenciar se os orientadores que os
atendem estão desempenhando adequadamente as funções previstas. O aluno faz uso de uma
ficha que será preenchida conforme for se desenvolvendo o trabalho de orientação e essa ficha
é entregue à equipe coordenadora do curso. Além disso, nos momentos presenciais em que se
discute problemas de percurso, a questão da orientação é colocada como um item a ser
avaliado.
) A avaliação da orientação feita pelo coordenador do Centro de Apoio, onde se concentram os
orientadores. Em Colíder, escolhido como município sede da região onde se desenvolve o
projeto, está o Centro de Apoio equipado com fax, telefone, computador e toda infra-estrutura
necessária ao Serviço de Orientação como: secretaria, salas de estudo, salas para atendimento
ao aluno. Além disso, o Centro conta com uma biblioteca de apoio aos conteúdos trabalhados
nos fascículos. Há na biblioteca 500 títulos e 5.000 volumes, todos mencionados ou
relacionados pelos autores dos fascículos.
A coordenadoria desse centro, indicada por seus próprios pares, tem como uma de suas
funções avaliar o serviço de orientação acadêmica, no tocante: aos estudos desenvolvidos pela
equipe nos deslocamentos para municípios participantes do projeto, à presteza e qualidade do
atendimento aos alunos e, ainda, à participação no planejamento, execução e avaliação das
atividades presenciais.
Essa coordenação se responsabiliza pela avaliação também dos orientadores que se fixam nos
municípios do projeto, que deverão estar em Colíder em todas as ocasiões que requerem sua
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presença como para estudo de fascículos, avaliação de aprendizagem, seminários temáticos,
etc.
) Além dos alunos e da coordenação do curso de Colíder, o serviço de orientação é avaliado pela
equipe do NEAD que se desloca mensalmente para o Centro de Apoio, passando lá uma
semana, para acompanhar de perto o trabalho realizado. A equipe do NEAD também se faz
presente em reuniões de colegiado de curso, nos encontros presenciais e na realização de
seminários, o que lhe permite um contato direto e permanente com alunos, orientador e
comunidades, extraindo desses encontros elementos para avaliação não só da orientação
acadêmica como de outros elementos do curso.
É interessante ressaltar que a equipe de orientadores tem a responsabilidade de autoavaliar-se, e esses momentos, que contam com a equipe do NEAD, tem sido ricos para análises,
avaliações das situações conflituosas, o que permite reencaminhamento das questões no
desenrolar do processo.
4) Avaliação da Modalidade de EAD
Os três níveis de avaliação anteriormente descritos permitem, juntamente com outros
indicadores, a avaliação da EAD em sua natureza pedagógica.
Através da análise do material didático, do acompanhamento e avaliações do serviço de
orientação acadêmica e, sobretudo, da análise e avaliação do processo de aprendizagem é possível
avaliar, em parte, a eficácia e eficiência da modalidade de ensino à distância.
Esses níveis de avaliação permitem verificar, ainda, aspectos relativos à organização dos
recursos tecnológicos selecionados e colocados à disposição para auxiliarem o processo ensinoaprendizagem. É preciso estar sempre analisando se o telefone, fax, computador, serviço de
correio, serviço de rádio, uso de vídeo, de fita K7 e a bibliografia básica estão sendo utilizadas de
forma constante e adequada. É preciso também averiguar se o material didático está sendo
entregue nas datas previstas e se o calendário com a descrição e prazo das atividades está sendo
cumprido rigorosamente.
Com relação às decisões e reorientação de percurso, é preciso averiguar se estas decisões
são tomadas de forma colegiada, participativa, se todos os alunos têm acesso imediato a todas as
informações relativas ao curso.
Considerações a respeito dessas questões também servem de parâmetros para a avaliação
da modalidade de EAD.
Há, ainda, aspectos de natureza administrativa que devem ser acompanhados e avaliados
com o mesmo cuidado que esses de natureza pedagógica.
É preciso, por exemplo, ter presente o serviço de registro e acompanhamento do percurso
dos alunos no curso. O armazenamento de dados relativos ao aluno e ao curso é imprescindível
para avaliação da EAD. A organização administrativa e pedagógica do Núcleo de Educação à
Distância que dá suporte ao desenvolvimento do curso de Licenciatura tem que ser, também,
avaliada no desenvolvimento das funções de coordenação geral, coordenação administrativa e
coordenação pedagógica.
É preciso, também, ter presente os dados sobre a participação inter e multidisciplinar da
equipe central do NEAD.
Os acordos interinstitucionais devem ser permanentemente observados para verificar o
cumprimento ou não do que foi firmado. No caso da Licenciatura, como já enfocamos, foi
estabelecido acordo entre Governo do Estado, Municípios envolvidos no projeto e UFMT.
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Em suma, somente levando-se em conta o máximo de relações e interrelações
estabelecidas no processo, que não se esgotam nos aspectos, níveis e dimensões aqui trabalhados,
é possível construir rede de significações que possibilite analisar o efeito das ações propostas no
processo de transformação a que se propôs o projeto político pedagógico em que a EAD se
instaura.

79
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Bibliografia
ABRAMOWICZ, Mere. Avaliação, Tomada de Decisões e Políticas: subsídios para um repensar. In Estudos em
Avaliação Educacional. Fundação Carlos Chagas, Jul./ Dez. 1994, nº 10.
ALONSO, Kátia Morosou et alii. Licenciatura em Educação Básica: 1ª a 4ª série do 1º grau - através da
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APARICI, Roberto (org). La Revolución de Los Medios Audiovisuales. Madrid: Ediciones de La Torre, 1993.
DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa. Polêmicas de Nosso Tempo, Campinas/ SP: Editores Associados, 1996.
FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo: Cortez, 1993.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1996.
LUDKE, Menga & MARLI, E. D. A. André. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU,
1986.
MASTERMAN, Len. La Enseñanza de Los Medios de Comunicação. Madrid: Ediciones de La Torre, 1993.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação. Concepção Dialética - Libertadora do Processo de Avaliação
Escolar. In Cadernos Pedagógicos do Libertad - 3, São Paulo, 1993.
VEIGA, Ilma Passos A. (org). Projeto Político-Pedagógico da Escola. Uma construção possível. São Paulo:
Papirus, 1995.

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Maria lúcia neder

  • 1. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SIGNIFICAÇÕES PARA DEFINIÇÃO DE PERCURSOS Maria Lúcia Cavalli Neder A avaliação, como uma prática educativa, deve ser compreendida sempre como uma atividade política, cuja principal função é a de propiciar subsídios para tomadas de decisões quanto ao direcionamento das ações em determinado contexto educacional. Nesse sentido, pensar avaliação implica fazê-lo sempre vinculada a determinadas ações, consubstanciadas em propostas que expressem determinadas vontades políticas. Supõe, portanto, pensá-la como uma dimensão do processo educativo, dinâmico, processual, que deve qualificar e oferecer subsídios para um direcionamento ou redimensionamento de ações dos educadores e educandos. Através do processo de avaliação, os educadores e educandos devem ter condições para uma compreensão crítica da realidade escolar em que estão inseridos, com vistas a tomada de decisões educacionais. A avaliação educacional assim compreendida não se limita, portanto, apenas ao aspecto do rendimento escolar, devendo estar vinculada a políticas e programas educacionais, visando sempre o aprimoramento das ações propostas em determinado contexto. A avaliação não pode ser vista, pois, isolada de uma proposta educacional, de um projeto de educação que traga em seu bojo um processo de transformação, uma proposta de ação que busque modificações de uma determinada situação. Assim, ao me propor uma reflexão sobre avaliação em Educação a Distância - EAD faço-a circunscrita a um determinado projeto político-pedagógico: Curso de Licenciatura em Educação Básica - 1ª a 4ª série - oferecido através da modalidade de Educação a Distância, a professores da rede pública de ensino da região norte do Estado de Mato Grosso. Dos Fundamentos e Objetivos do curso A criação de uma Licenciatura em Educação Básica - 1ª a 4ª série do 1º grau, através da modalidade de Educação a Distância - circunscreve-se à atual política do Instituto de Educação, da Universidade Federal de Mato Grosso, que, a partir do ano de 1992, direcionou seus cursos de graduação para o magistério das séries iniciais. A prioridade dada à formação de professores, em nível superior, para atuarem nas primeiras séries do 1º grau se deve a diversos fatores, dentre eles o fato de a maioria dos professores que lecionam nessas séries no Estado de Mato Grosso só possuir formação em nível de 2º grau, magistério. 69 -
  • 2. Para se ter uma idéia, de um quadro de 28.458 docentes que atuavam nas escolas púbicas de 1º e 2º graus em 1991, 53% não possuíam formação em nível superior. Nas áreas rurais essa realidade ainda é mais grave. Esses dados não seriam tão polêmicos se resultados de pesquisa, em nível nacional e regional, não apontassem, nos últimos anos, para a grave situação do ensino, principalmente nas séries iniciais, onde atua a maioria de professores com formação apenas em nível de 2º Grau, os chamados cursos de magistério, o que nos leva à consideração da qualidade da formação desses professores. A gravidade da situação do ensino nas primeiras séries do país e, em especial, em Mato Grosso, solicita a urgência de ações mais contundentes e mais comprometidas com mudanças substanciais no ensino dessas séries. É óbvio que a problemática não se resume apenas à questão da formação de professores, mas esta é uma variável importantíssima e, por isso, o Instituto de Educação da UFMT coloca-a como uma de suas linhas de ação prioritária. Seu projeto político-pedagógico volta-se, com exclusividade, em nível de graduação, para a formação de professores para as séries I a IV, do 1º grau, através de diferentes modalidades: ensino presencial (tradicional); modalidade parcelada (trabalhada mais exclusivamente em período de férias escolares) e a modalidade à distância - EAD - que é, nesse momento, objeto de nossa reflexão. É importante ressaltar, aqui, que a modalidade de Educação à Distância não se coloca como algo isolado e com valor em si mesma. Ela se apresenta como recurso viável para se atingir objetivos definidos como prioritários em um determinado projeto político (o de formação de professores em nível superior para atuarem nas séries do 1º grau), principalmente em razão dos escassos recursos financeiros existentes e, ainda, da situação sócio-política e geográfica do Estado. Para ilustrar, temos apenas duas universidades públicas em Mato Grosso, com campus em apenas 05 (cinco) cidades, num universo de 117 municípios do Estado, que possui uma área de 2 901.420,7 km . Da estrutura organizacional e metodológica do curso Se a política de ensino de graduação do Instituto de Educação volta-se para a formação de professores das séries iniciais, em razão, dentre outras, como já dissemos, da questão da má qualidade dessa formação em nível de magistério, a estrutura e organização metodológica do curso coloca-se como um dos pontos nevrálgicos do projeto de formação. Uma das principais críticas à formação do professor em nível de magistério é a falta de consistência teórico-metodológica nas áreas de conhecimento básicas no ensino das primeiras séries: Linguagem, Matemática, Ciências Naturais (Física, Química e Biologia), Ciências Sociais (História e Geografia). Assim, a base de sustentação do Curso de Licenciatura proposto vai se colocar sobre dois pilares básicos na construção do fazer pedagógico do professor: (a) a compreensão do processo educacional, onde se dá sua ação e (b) o conhecimento teórico/ metodológico das áreas de saber que compõem o currículo das primeiras séries. O curso é organizado, então, em torno de dois núcleos, o primeiro composto por disciplinas da área de Fundamentos da Educação (Antropologia, Filosofia, Sociologia e 70 -
  • 3. Psicologia) e o segundo por disciplinas das áreas de Linguagem, História, Geográfica, Física, Química e Biologia. Esses dois núcleos se intercruzam e se interpõem, sempre numa perspectiva de relação teoria-prática. Todos os alunos matriculados no curso, 352 (trezentos e cinqüenta e dois), são professores efetivos da rede pública o que ajuda na busca dessa relação teoria-prática em termos dos conteúdos das áreas de conhecimento trabalhadas no curso. A construção da proposta curricular do curso contou com a participação de professores de todos os cursos de Licenciatura da UFMT, o que exigiu um referencial que garantisse uma unidade metodológica na compreensão da natureza do objeto de cada uma das ciências. Assim, três conceitos perpassam e formam o núcleo integrador do currículo, a saber: HISTORICIDADE - CONSTRUÇÃO - DIVERSIDADE. Embora a maior parte do curso seja desenvolvido através da modalidade de educação à distância, o aluno participa de seminários temáticos interdisciplinares, pelo menos uma vez no semestre, o que lhe possibilita momentos presenciais, com a participação da equipe do Núcleo de Educação Aberta e a Distância - NEAD - de Cuiabá e de professores responsáveis pela elaboração do material ou especialista nas áreas estudadas. Esses momentos presenciais são fundamentais, porque o aluno, além da possibilidade do relacionamento com professores da Universidade, tem contato com os demais alunos do curso, o que favorece o diálogo e a troca de experiências entre eles. O material didático básico, trabalhado no curso, é o texto escrito, consubstanciado em fascículos, em razão, principalmente, da falta de recursos estruturais da região onde se desenvolve o curso como, por exemplo, falta de energia elétrica em algumas comunidades. Além disso, há também a falta de disponibilidade financeira dos alunos para obtenção de recursos tecnológicos próprios como computadores, telefone, fax, vídeo, rádio-gravador, etc. Por este motivo, o projeto previu a instalação de uma estrutura física e de material que possibilitasse ao aluno as condições necessárias para seus estudos. Em Colíder, cidade do norte do Estado, que congrega a maior parte das atividades presenciais e de orientação, em virtude de sua localização geográfica na região, temos instalado um Centro de Apoio. Este Centro conta com Secretaria, sala de estudos, sala de reuniões, uma biblioteca com 5.000 (cinco mil) volumes (o básico indicado nos fascículos), telefone, fax e computadores ligados diretamente ao Núcleo de Educação à Distância - NEAD - da Universidade, em Cuiabá, órgão coordenador do curso. Há, ainda, em razão de acordo firmado entre a Universidade, Governo do Estado e municípios onde se desenvolve o projeto, a disponibilidade ao aluno de serviços de telefone, fax e correio. Essa estrutura mínima é indispensável ao Serviço de Orientação Pedagógica oferecido ao acadêmico e do qual falaremos a seguir. Da organização e funcionamento do serviço de Orientação Acadêmica Na Educação a Distância, por mais paradoxal que possa parecer, a relação intersubjetiva entre os sujeitos da ação pedagógica é um dos pontos nevrálgicos do sistema. Por esta razão, o serviço que denominamos de orientação pedagógica e que é conhecido também como serviço de tutoria é fundamental. 71 -
  • 4. A orientação pedagógica tem como papel fundamental apoiar o aluno em seu percurso de estudos tanto no que diz respeito às dificuldades que, por ventura, surjam no decorrer dos estudos, quanto no que tange ao apoio e incentivo a quem não está numa relação direta com o professor, como no ensino presencial. O orientador pedagógico é que mantêm o contato direto e constante com o aluno que matricula-se em cursos de EAD. São professores com cursos de nível superior em diferentes áreas de conhecimentos, que, depois de selecionados, participam de estudos e treinamento a respeito da modalidade de educação à distância e, ainda, a respeito dos conteúdos trabalhados nos fascículos a serem estudos pelos alunos. Os orientadores acadêmicos do nosso projeto, em número de 20 (vinte), moram na região norte do Estado, concentrando-se a maioria no município de Colíder, escolhido como sede para o projeto, e o restante nos demais municípios. Esses professores orientadores já são contratados pelo Estado e, para participarem do projeto, ganham um incentivo de mais 20 horas semanais, além de seu salário normal. O trabalho de orientação em EAD é fundamental, como já salientamos, porque, todas as vezes em que o aluno sentir dificuldades em seus estudos, ele pode recorrer ao orientador, seja pessoalmente seja através do uso de telefone, fax ou correio. Além do contato com os orientadores centrados na sua região, o aluno pode dirigir-se a professores que atuam no Núcleo de Educação à Distância, em Cuiabá, sede da UFMT. Do processo de Avaliação do curso de Licenciatura em Educação Básica - 1ª a 4ª série através da modalidade de Educação a Distância Como dissemos no início, a avaliação, como uma atividade política, tem como função básica subsidiar tomadas de decisões e não pode ser pensada, na educação, desvinculada de um projeto político pedagógico. Daí a necessidade de apresentarmos, mesmo que suscintamente, elementos básicos do nosso projeto, para abordarmos a questão da avaliação. O primeiro ponto a ressaltar, então, é que a avaliação deve ser compreendida como um processo sempre circunscrito a um determinado projeto ou ações. É a avaliação que fornecerá definição ou redefinição de percurso frente às decisões tomadas e/ou planejadas. No nosso caso, é ela que permite as adequações e correções necessárias ao desenvolvimento do Curso de Licenciatura em Educação Básica, através da modalidade de EAD e, por isso mesmo, implica níveis, dimensões e fases diferenciadas no desenvolvimento do curso. Embora essas dimensões, níveis e fases sejam analisadas neste trabalho em separado, para efeito didático, na realidade vivida, elas se interpõem, se intercruzam e se determinam. Somente com análises interfacetadas é possível construir os significados necessários às redefinições de percurso do projeto. O processo avaliativo pressupõe, portanto, não só o trabalho relativo a elementos estruturais e organizacionais do projeto de formação de professores, numa abordagem mais didático-pedagógico, mas também um trabalho relativo à dimensão mais dos aspectos políticos desse processo de formação, permitindo analisar, por exemplo, o impacto das ações desenvolvidas na realidade social concreta. 72 -
  • 5. Dimensões e níveis de avaliação no interior do projeto de Licenciatura, através da EAD Embora a dimensão didático-pedagógica e política da avaliação circunscritas a determinado projeto se determinem, como já enfatizamos, seus métodos, recursos e níveis de análise se diferenciam. Por esta razão, trabalharemos mais detalhadamente com a dimensão didático pedagógica, uma vez que está afeta mais diretamente às atividades e atribuições do Núcleo de Educação Básica - NEAD, podendo ser analisada sistematicamente pela equipe envolvida no projeto. Dentre os aspectos escolhidos como de maior significação para o projeto, na dimensão didático-pedagógica destacamos: ) ) ) ) A avaliação da aprendizagem; A avaliação do material didático; A avaliação da orientação acadêmica; A avaliação da modalidade de EAD. 1) Avaliação da Aprendizagem O processo de avaliação da aprendizagem em EAD, embora possa se sustentar em princípios análogos aos da educação presencial, exige tratamento e considerações especiais. Primeiro, porque um dos objetivos fundamentais da educação à distância deve ser a de obter dos alunos não a capacidade de reproduzir idéias, informações ou pontos de vista críticos que lhes proporcione determinado material professor ou, ainda, apenas uma perspectiva crítica frente a determinados conteúdos. O que deve importar realmente para um sistema de EAD é desenvolver a autonomia crítica do aluno, frente a situações concretas que se lhes apresentem. Segundo, porque num sistema de EAD, o aluno não conta com a presença física do professor. Por esta razão, é necessário desenvolver método de trabalho que oportunize sua confiança, possibilitando-lhe, não só o processo de elaboração de seus próprios juízos, mas também de desenvolvimento de sua capacidade de analisá-los. O trabalho do professor, ao organizar o material didático básico para orientação do aluno, deve ser o de contribuir para que todos questionem aquilo que julgam saber e, principalmente, para que questionem os princípios subjacentes a esse saber. Nesse sentido, a relação teoria-prática coloca-se como imperativo no tratamento do conteúdo e a relação intersubjetiva, dialógica, professor/ aluno, mediada por textos, é fundamental. O que interessa, portanto, numa avaliação de aprendizagem é analisar a capacidade de reflexão crítica dos alunos frente a suas próprias experiências, a fim de que possam atuar, dentro de seus limites, sobre o que os impede de agir para transformar aquilo que julgam limitado em termos dos interesses da comunidade. Assim, uma avaliação que apenas busque verificar em que medida houve ou não retenção de informações e em que quantidade deixa de ter sentido. O conteúdo trabalhado não tem valor em si mesmo, deve servir apenas de suporte para problematizar o conhecimento objetivo, a fim de um posicionamento crítico, reflexivo sobre a realidade vivida. 73 -
  • 6. A avaliação de aprendizagem deve ser entendida, pois, como um processo contínuo, descritivo, compreensivo que possibilite analisar em que medida o objetivo de oportunizar uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta se expressa. Na experiência desenvolvida na nossa Licenciatura, pelas razões acima expostas, está se tentando uma participação, através do processo de avaliação, que possibilite analisar como se realiza não só o envolvimento do aluno com seu cotidiano profissional, mas também como se realiza o surgimento de outras formas de conhecimento, obtidas de sua prática, de sua experiência, a partir dos referenciais teóricos trabalhados no curso. Para tanto, estabelecem-se uma rotina de observação e descrição contínua da produção do aluno que, embora se expresse em diferentes níveis e momentos, para efeito didático, não deve alterar a condição processual da avaliação. Num primeiro nível de acompanhamento da aprendizagem do aluno, há a observação através de entrevistas realizadas pelo orientador acadêmico, cujo objetivo principal é verificar: (a) se o aluno está conseguindo compreender o conteúdo proposto no fascículo, quais os graus de dificuldades existentes; (b) se o aluno consegue desenvolver ou não e com que grau de dificuldade as tarefas propostas pelo material; (c) se o aluno é capaz de relacionar o conhecimento trabalhado com sua prática pedagógica. Este nível é descrito em fichas individuais e fará parte da valoração final da aprendizagem do aluno em determinada disciplina trabalhada. Num segundo nível, a observação da aprendizagem far-se-á através da realização de trabalhos escritos que oportunizem ao aluno um posicionamento crítico-reflexivo de sua prática frente aos referenciais teóricos trabalhados em cada fascículo de determinada área de conhecimento. Num terceiro nível, o aluno participa de Seminários, denominados integradores, que se realizam semestralmente, cuja preocupação é a oportunizar ao aluno a produção de um trabalho de análise crítico-reflexiva de uma determinada realidade tematizada previamente e desenvolvida sempre em grupo. A realização desse seminário oportuniza, ainda, ao aluno a busca da inter e multidisciplinaridade para produzir suas análises e o trabalho de síntese dos conteúdos desenvolvidos por cada área de conhecimento que, por razões didáticas, são apresentados em separado por fascículos. Resumindo, o aluno na Licenciatura em EAD é avaliado em diferentes níveis do processo e em grau de complexidade variados, como segue: ) Entrevista com o orientador acadêmico durante seu processo de estudo dos fascículos; ) Produção de um trabalho escrito, que possibilite uma síntese do conhecimento trabalhado em cada área; ) Análise, em grupo, de situações problemas a serem apresentadas em um Seminário Integrador, com caráter inter e multidisciplinar, no final de cada semestre. Somente após a realização e participação nesses três níveis de avaliação é que o aluno terá sua valoração final, traduzida no conceito ou nota por disciplina. 2) Avaliação do Material Didático 74 -
  • 7. Conforme já enfatizamos, o processo de avaliação pressupõe dimensões e níveis diferenciados, que se entrelaçam, se determinam, formando uma rede de significações necessárias para redefinição das ações propostas em nível do projeto político a que se vincula. Nesse sentido, a avaliação do material didático do curso de Licenciatura só pode ser trabalhado em interface com outras dimensões e níveis do processo avaliativo. Há uma vinculação direta, em certos aspectos, com a questão da aprendizagem, que pode ser analisado em diferentes perspectivas: ) pelo aluno, no sentido de verificar em que medida os conteúdos selecionados e trabalhados são por ele compreendidos, possibilitando-lhes atitude crítica frente ao seu fazer pedagógico. Se o autor lhe possibilita uma atitude dialógica, intersubjetiva, permitindo-lhe posicionar-se como ator na construção do conhecimento. Há, ainda, a possibilidade de análise da qualidade em termos não só de diagramação e apresentação gráfica como também de organização e disposição de conteúdo, facilitando-lhes o estudo sem a presença direta do professor. ) pelo orientador acadêmico, no sentido de analisar, pelo contato direto com os alunos, as dificuldades de compreensão do conteúdo e sua relação com sua prática profissional. Cabe ao orientador um papel importante na avaliação do material com relação à clareza com que o conteúdo é trabalhado, as possibilidades de relação teoria/prática que estabelece, além dos aspectos de apresentação gráfica e, sobretudo, do nível dialógico proposto pelo autor. ) pelo autor, responsável pela elaboração do material didático, no sentido de verificar o significado dos conhecimentos selecionados e organizados por ele para a vida do acadêmico. Essa avaliação, geralmente, é mediada pelos resultados dos trabalhos desenvolvidos pelo aluno e, ainda, pelo relatório produzido pelos orientadores acadêmicos. ) Finalmente, a avaliação é feita pela equipe do NEAD, responsável pela coordenação do curso, que, a partir das análises e das avaliações dos outros atores anteriormente citados, propõe ou não a revisão e/ou redefinição do material. É importante salientar que outros referenciais, além do da aprendizagem do aluno podem ser utilizados na avaliação do material didático. No caso da Licenciatura, cujo material básico é escrito, desde o início, houve orientação para sua elaboração e essa orientação serve de balisador para sua avaliação. Os critérios estabelecidos para produção dos fascículos são: ) Que os conteúdos selecionados sejam trabalhados tendo em vista os conhecimentos indispensáveis à prática dos professores das séries iniciais, tendo como base de abordagem os conceitos de Historicidade, Construção e Diversidade. Esses conceitos, como já dissemos anteriormente, foram previstos como suportes para certa garantia de unidade na abordagem metodológica do material. Com relação a essa questão, o material é avaliado antes de ser impresso, sendo sugerido ao autor sua reestruturação, caso ele não tenha atendido a esses requisitos; ) Que o número de páginas não excedesse a 60 folhas para não cansar demasiadamente o aluno que na EAD, geralmente, estuda sozinho; ) Que a linguagem utilizada permitisse uma ação dialógica entre autor/ leitor; ) Que todo fascículo apresentasse possibilidades de auto-avaliação e, sobretudo, de realização de atividades que favorecesse a relação teoria/ prática; ) Que a diagramação dos fascículos previsse espaços em branco para que os alunos pudessem fazer anotações, resumos, sínteses, etc., no próprio corpo do fascículo; 75 -
  • 8. ) Que houvesse uma distribuição do conteúdo em etapas, devendo haver entre título, subtítulo, capítulo, etc. ..., páginas de destaque; ) Que o papel utilizado não fosse do tipo que permitisse reflexo de luz e que o tipo de letra tivesse um tamanho que não cansasse o aluno; ) Por último, que houvesse uma marca característica do material e que as áreas tivessem suas diferenças marcadas por cores. É importante ressaltar que a escolha dos autores foi um ponto de destaque considerado pela equipe do NEAD que buscou selecionar um corpo docente que tivesse credibilidade no meio acadêmico. O material produzido, antes de chegar até o aluno, é pré-avaliado pela equipe do NEAD, que tem, como já dissemos, participação de professores de todas licenciaturas, o que permite uma abrangência em termos das áreas de conhecimentos trabalhados. Além disso, todo material é lido pelos orientadores acadêmicos e também por alguns alunos de graduação da UFMT, como uma forma de pré-testagem do material. À medida que o material vai sendo trabalhado e as avaliações vão se realizando, propõe-se a reestruturação do material. 3) Avaliação do serviço de Orientação Acadêmica O trabalho de orientação acadêmica é um dos pontos nevrálgicos de sistemas de EAD. No projeto do curso em foco, foram detalhadas como tarefas de orientação algumas atividades, conforme ALONSO et alii (1993: 74/ 75), a saber: ) Referentes à análise e avaliação do curso e da metodologia do EAD: • Apontar as falhas do sistema de orientação acadêmica; • Avaliar, com base nas dificuldades dos alunos, o material didático utilizado no curso; • Informar sobre a necessidade de apoios complementares não previstos pelo projeto; • Apontar problemas relativos à metodologia da educação à distância, a partir das observações e das críticas recebidas dos alunos; • Participar do processo de avaliação do curso. ) Referente à dimensão do acompanhamento e avaliação do processo ensino-aprendizagem: • Participar dos cursos de aprofundamento teórico relativos aos cursos de diferentes áreas a serem trabalhadas no curso; • Familiarizar-se com a metodologia de EAD; • Conhecer e participar das discussões relativas à confecção e uso do material didático; • Suprir as possíveis deficiências do material didático; • Auxiliar o aluno na aquisição de conceitos e habilidades; • Motivar o aluno, auxiliando-o a compreender as relações do estudado com seus interesses particulares e profissionais; • Auxiliar o aluno a superar dificuldades, orientando-o individualmente ou em grupo; • Ajudar o aluno em suas dificuldades, motivando-o a buscar no material didático complementar respostas às suas dúvidas; 76 -
  • 9. • Detectar os principais problemas dos alunos, tentando, diagnosticar as causas para auxiliá-lo a solucioná-los; • Auxiliar o aluno em sua auto-avaliação; • Avaliar todos os fatores do processo ensino-aprendizagem; • Relacionar-se com os demais orientadores para avaliações durante e após o desenvolvimento do curso. Em razão dessas exigências impostas ao trabalho de orientação, é preciso que as pessoas selecionadas para exercerem esta função tenham um período preparatório que lhes possibilite: (a) trabalhar referenciais teóricos sobre sistemas de EAD; (b) conhecer e discutir o projeto no qual se envolverá; (c) estudar a respeito de sistemas de orientação, muitas vezes denominados de tutoria. Além disso, é preciso que os orientadores acadêmicos tenham formação em áreas afins àquelas que serão trabalhadas no curso. No caso da Licenciatura, foi feita, após seleção, uma entrevista com os candidatos para verificar, além do interesse em participar da experiência, a disponibilidade para viagens aos municípios que participam do projeto. Foram feitas, ainda, gestões junto ao governo do Estado para que os orientadores acadêmicos, afastados de suas escolas de origem, mantivessem todas as vantagens que o cargo anterior lhes possibilitasse. Além disso, como já mencionamos, um adicional salarial equivalente a mais 20 horas/ semanais de trabalho. Essas condições são indispensáveis para a garantia da dedicação exclusiva exigida pelo projeto. Dessa forma, alguns indicadores já se colocaram desde o início como referenciais para a avaliação do serviço de orientação acadêmica que, a exemplo de outros itens, só pode se realizar considerando-se suas relações no interior do processo e também em várias perspectivas, a saber: ) Avaliação da Orientação feita pelo acadêmico, que deve evidenciar se os orientadores que os atendem estão desempenhando adequadamente as funções previstas. O aluno faz uso de uma ficha que será preenchida conforme for se desenvolvendo o trabalho de orientação e essa ficha é entregue à equipe coordenadora do curso. Além disso, nos momentos presenciais em que se discute problemas de percurso, a questão da orientação é colocada como um item a ser avaliado. ) A avaliação da orientação feita pelo coordenador do Centro de Apoio, onde se concentram os orientadores. Em Colíder, escolhido como município sede da região onde se desenvolve o projeto, está o Centro de Apoio equipado com fax, telefone, computador e toda infra-estrutura necessária ao Serviço de Orientação como: secretaria, salas de estudo, salas para atendimento ao aluno. Além disso, o Centro conta com uma biblioteca de apoio aos conteúdos trabalhados nos fascículos. Há na biblioteca 500 títulos e 5.000 volumes, todos mencionados ou relacionados pelos autores dos fascículos. A coordenadoria desse centro, indicada por seus próprios pares, tem como uma de suas funções avaliar o serviço de orientação acadêmica, no tocante: aos estudos desenvolvidos pela equipe nos deslocamentos para municípios participantes do projeto, à presteza e qualidade do atendimento aos alunos e, ainda, à participação no planejamento, execução e avaliação das atividades presenciais. Essa coordenação se responsabiliza pela avaliação também dos orientadores que se fixam nos municípios do projeto, que deverão estar em Colíder em todas as ocasiões que requerem sua 77 -
  • 10. presença como para estudo de fascículos, avaliação de aprendizagem, seminários temáticos, etc. ) Além dos alunos e da coordenação do curso de Colíder, o serviço de orientação é avaliado pela equipe do NEAD que se desloca mensalmente para o Centro de Apoio, passando lá uma semana, para acompanhar de perto o trabalho realizado. A equipe do NEAD também se faz presente em reuniões de colegiado de curso, nos encontros presenciais e na realização de seminários, o que lhe permite um contato direto e permanente com alunos, orientador e comunidades, extraindo desses encontros elementos para avaliação não só da orientação acadêmica como de outros elementos do curso. É interessante ressaltar que a equipe de orientadores tem a responsabilidade de autoavaliar-se, e esses momentos, que contam com a equipe do NEAD, tem sido ricos para análises, avaliações das situações conflituosas, o que permite reencaminhamento das questões no desenrolar do processo. 4) Avaliação da Modalidade de EAD Os três níveis de avaliação anteriormente descritos permitem, juntamente com outros indicadores, a avaliação da EAD em sua natureza pedagógica. Através da análise do material didático, do acompanhamento e avaliações do serviço de orientação acadêmica e, sobretudo, da análise e avaliação do processo de aprendizagem é possível avaliar, em parte, a eficácia e eficiência da modalidade de ensino à distância. Esses níveis de avaliação permitem verificar, ainda, aspectos relativos à organização dos recursos tecnológicos selecionados e colocados à disposição para auxiliarem o processo ensinoaprendizagem. É preciso estar sempre analisando se o telefone, fax, computador, serviço de correio, serviço de rádio, uso de vídeo, de fita K7 e a bibliografia básica estão sendo utilizadas de forma constante e adequada. É preciso também averiguar se o material didático está sendo entregue nas datas previstas e se o calendário com a descrição e prazo das atividades está sendo cumprido rigorosamente. Com relação às decisões e reorientação de percurso, é preciso averiguar se estas decisões são tomadas de forma colegiada, participativa, se todos os alunos têm acesso imediato a todas as informações relativas ao curso. Considerações a respeito dessas questões também servem de parâmetros para a avaliação da modalidade de EAD. Há, ainda, aspectos de natureza administrativa que devem ser acompanhados e avaliados com o mesmo cuidado que esses de natureza pedagógica. É preciso, por exemplo, ter presente o serviço de registro e acompanhamento do percurso dos alunos no curso. O armazenamento de dados relativos ao aluno e ao curso é imprescindível para avaliação da EAD. A organização administrativa e pedagógica do Núcleo de Educação à Distância que dá suporte ao desenvolvimento do curso de Licenciatura tem que ser, também, avaliada no desenvolvimento das funções de coordenação geral, coordenação administrativa e coordenação pedagógica. É preciso, também, ter presente os dados sobre a participação inter e multidisciplinar da equipe central do NEAD. Os acordos interinstitucionais devem ser permanentemente observados para verificar o cumprimento ou não do que foi firmado. No caso da Licenciatura, como já enfocamos, foi estabelecido acordo entre Governo do Estado, Municípios envolvidos no projeto e UFMT. 78 -
  • 11. Em suma, somente levando-se em conta o máximo de relações e interrelações estabelecidas no processo, que não se esgotam nos aspectos, níveis e dimensões aqui trabalhados, é possível construir rede de significações que possibilite analisar o efeito das ações propostas no processo de transformação a que se propôs o projeto político pedagógico em que a EAD se instaura. 79 -
  • 12. Bibliografia ABRAMOWICZ, Mere. Avaliação, Tomada de Decisões e Políticas: subsídios para um repensar. In Estudos em Avaliação Educacional. Fundação Carlos Chagas, Jul./ Dez. 1994, nº 10. ALONSO, Kátia Morosou et alii. Licenciatura em Educação Básica: 1ª a 4ª série do 1º grau - através da modalidade da Educação à Distância. 2ª ed. NEAD, Cuiabá: Editora Universitária, UFMT, 1996. APARICI, Roberto (org). La Revolución de Los Medios Audiovisuales. Madrid: Ediciones de La Torre, 1993. DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa. Polêmicas de Nosso Tempo, Campinas/ SP: Editores Associados, 1996. FREIRE, Paulo. Política e Educação. São Paulo: Cortez, 1993. LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1996. LUDKE, Menga & MARLI, E. D. A. André. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. MASTERMAN, Len. La Enseñanza de Los Medios de Comunicação. Madrid: Ediciones de La Torre, 1993. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação. Concepção Dialética - Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. In Cadernos Pedagógicos do Libertad - 3, São Paulo, 1993. VEIGA, Ilma Passos A. (org). Projeto Político-Pedagógico da Escola. Uma construção possível. São Paulo: Papirus, 1995. 80 -