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LATOUR – “SE FALÁSSEMOS UM POUCO DE POLÍTICA?”  ,[object Object],- Mas o que é REPRESENTAÇÃO? (uma vez que o próprio homem como “animal político” pode ser posto em dúvida...) É preciso uma ‘genealogia’ da política.
[object Object],- A SOCIEDADE existe? - Não exatamente. Na verdade, são sempre as mediações práticas que criam o “social”. Diferença:  Sociologia tradicionalversus 		Sociologia ‘pós-social’ Durkheim				Tarde “explicações sociais”			“mediações práticas” “sociologias do social”			“sociologia da associação” “fato social”				“tradução” PRÉ-ESTRUTURA DADA			SEM PRÉ-ESTRUTURA (cristaliza o social)			(‘sociedade’ sempre agregado frágil)
‘Mudança de olhar’ ao pensar o campo da política - Igual ao campo da ciência, direito, técnica, religião...  - Ao invés de:  “estudar política pela sociedade”;  “estudar sociedade pelos agregados da fala política”; A influência da teoria pragmática da linguagem no realismo-construtivismo de Latour - Um mundo pré-existente em si mesmo: uma coisa é real se tem consequência/efeitos no contexto do mundo (ex: a morte de Ramsés II) -  Estudar as traduções políticas pelos “REGIMES DE ENUNCIAÇÃO”.
O problema maior e recorrente nos regimes de enunciação políticos: ,[object Object],	LINHA RETA - sob tribunal da “razão que quer dar 	‘eficiência científica’ para o processo político – o 	“doubleclick”, a exatidão, retidão...  ,[object Object],	LINHA CURVA – a política é uma ‘boa elipse’, curva, 	distorcida. Consequência: - a distorção não é o errado, 	a mentira! (p.17).
O que é, afinal, o regime de enunciação político?  ,[object Object],I - resolução perfomática – será “verídico tudo aquilo que prolonga; mentira tudo aquilo que interrompe” II- resolução de perspectivista – verdade/falsidade decidida por consideração a um “estado de coisas”; Política como contínuo agrupar/reagrupar = “para todo agregado, qualquer que seja ele, precisa-se de um trabalho de (re)apreensão... (p.20).
AS DUAS VISÕES TRANSUBSTANCIALIZADORAS NA ENUNCIAÇÃO POLÍTICA: 1° MODELO DE TRANSUBSTANCIALIZAÇÃO: Críticas de Latour ao ideário do modelo clássico: - ideal clássico da filosofia política: “muitos em um” / “um em muitos” 	(Gregos... Hegel...);  	- política vira tautologia, impraticável: 	- esquerda/direita: uma ora age por ‘vontade’; outrora, por ‘docilidade’; 	- há realmente autonomia? há realmente heteronomia? em que lugar fica a 	dissidência? – Há um círculo vicioso!; 	- resultado (p.23-4).
2° MODELO DE TRANSUBSTANCIALIZAÇÃO: Críticas de Latour (invalida este modelo; fica com o primeiro): - Política mais uma vez impraticável:  	- absurdo 1: como poderia ser obedecida toda a multiplicidade?; 	- absurdo 2: como fazer política sem viés, deformação, traição, tradução? 	- resultado (p.23-4).
NOVO SIGNIFICADO AO TERMO RE-PRESENTAÇÃO Latour: “A política é uma impostura” (p.26).  Como age o porta-voz verídico [representante]?  “(...) o mais visionário dos mandatários dos delegados começa a mentir sempre que interrompe o percurso e se põe a explorar um tipo de capital político (...)” (p.27).  Há sempre uma ‘dupla traição’ ou ‘impostura’ na política...
[object Object],- Sócrates: “Autonomia” = “Autophuos”... achou apenas tautologia... quis a ‘palavra reta’ (epistemologia)... - diferença sutil: 	- autophuos permite a “repetição obstinada do círculo”; 	- permite qualificar a distância entre o dito e redito (jamais 	uma tautologia)
“SEM A SEGURANÇA DA RAZÃO PENSANTE A POLÍTICA FICA DIFÍCIL, MAS PRATICÁVEL” (p.30). ,[object Object],Política NÃO é elemento fixo, descontextualizado, transparente, reto...
É PRECISO UMA VISÃO DE [MINI]TRANSUBSTANCIALIZAÇÃO NA ENUNCIAÇÃO POLÍTICA ... uma transcendência, minúscula, essencial, decisiva, nativa... que permite sempre transformar o coletivo...  ... como a transcendência da ‘razão pensante’ é ilusão... “a luz que projeta a ‘razão curva’ satisfaz amplamente a iluminação do caminho”... [...permite processar o ‘barulho atordoante da multidão’ e afastar a conversa policiada habermasiana...]
REPRESENTAÇÃO DO DESENGATE: Elementos importantes: - noção de “desengate” – permite observar que ‘aquele que fala delegue o exercício da palavra àquele que fala por ele’; - noção de autophuos – permite observar que ‘aquele que fala não fale dele mesmo, mas de um outro, o qual não é um, mas legião’; - noção de “quadros de referências” – permite mover o círculo sem partir de opinião, vontades, interesses estabelecidos, prontos.
Reformulações da visão tradicional de representação política: [MINI]TRANSUBSTANCIALIZAÇÃO LEVARIA A ENTENDER QUE: - as vontades não são as dos cidadãos; - os interesses não são fixos; - os pertencimentos são sempre os de ‘amanhã’; - ainstigação da agitação e multiplicidade de enunciação políticas é saudável; - e, enfim, é fundamental criticar a “razão pensante” que, no fundo, quer que a fala política desapareça (p.38).

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  • 2.
  • 3. ‘Mudança de olhar’ ao pensar o campo da política - Igual ao campo da ciência, direito, técnica, religião... - Ao invés de: “estudar política pela sociedade”; “estudar sociedade pelos agregados da fala política”; A influência da teoria pragmática da linguagem no realismo-construtivismo de Latour - Um mundo pré-existente em si mesmo: uma coisa é real se tem consequência/efeitos no contexto do mundo (ex: a morte de Ramsés II) - Estudar as traduções políticas pelos “REGIMES DE ENUNCIAÇÃO”.
  • 4.
  • 5.
  • 6. AS DUAS VISÕES TRANSUBSTANCIALIZADORAS NA ENUNCIAÇÃO POLÍTICA: 1° MODELO DE TRANSUBSTANCIALIZAÇÃO: Críticas de Latour ao ideário do modelo clássico: - ideal clássico da filosofia política: “muitos em um” / “um em muitos” (Gregos... Hegel...); - política vira tautologia, impraticável: - esquerda/direita: uma ora age por ‘vontade’; outrora, por ‘docilidade’; - há realmente autonomia? há realmente heteronomia? em que lugar fica a dissidência? – Há um círculo vicioso!; - resultado (p.23-4).
  • 7. 2° MODELO DE TRANSUBSTANCIALIZAÇÃO: Críticas de Latour (invalida este modelo; fica com o primeiro): - Política mais uma vez impraticável: - absurdo 1: como poderia ser obedecida toda a multiplicidade?; - absurdo 2: como fazer política sem viés, deformação, traição, tradução? - resultado (p.23-4).
  • 8. NOVO SIGNIFICADO AO TERMO RE-PRESENTAÇÃO Latour: “A política é uma impostura” (p.26). Como age o porta-voz verídico [representante]? “(...) o mais visionário dos mandatários dos delegados começa a mentir sempre que interrompe o percurso e se põe a explorar um tipo de capital político (...)” (p.27). Há sempre uma ‘dupla traição’ ou ‘impostura’ na política...
  • 9.
  • 10.
  • 11. É PRECISO UMA VISÃO DE [MINI]TRANSUBSTANCIALIZAÇÃO NA ENUNCIAÇÃO POLÍTICA ... uma transcendência, minúscula, essencial, decisiva, nativa... que permite sempre transformar o coletivo... ... como a transcendência da ‘razão pensante’ é ilusão... “a luz que projeta a ‘razão curva’ satisfaz amplamente a iluminação do caminho”... [...permite processar o ‘barulho atordoante da multidão’ e afastar a conversa policiada habermasiana...]
  • 12. REPRESENTAÇÃO DO DESENGATE: Elementos importantes: - noção de “desengate” – permite observar que ‘aquele que fala delegue o exercício da palavra àquele que fala por ele’; - noção de autophuos – permite observar que ‘aquele que fala não fale dele mesmo, mas de um outro, o qual não é um, mas legião’; - noção de “quadros de referências” – permite mover o círculo sem partir de opinião, vontades, interesses estabelecidos, prontos.
  • 13. Reformulações da visão tradicional de representação política: [MINI]TRANSUBSTANCIALIZAÇÃO LEVARIA A ENTENDER QUE: - as vontades não são as dos cidadãos; - os interesses não são fixos; - os pertencimentos são sempre os de ‘amanhã’; - ainstigação da agitação e multiplicidade de enunciação políticas é saudável; - e, enfim, é fundamental criticar a “razão pensante” que, no fundo, quer que a fala política desapareça (p.38).