SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 16
Descargar para leer sin conexión
INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA
Departamentode EngenhariaMecânica
Central de Produção de Energia Eléctrica
a Partir de Energia Solar Térmica
TrabalhoFinalde Mestrado para obtençãodo grau de
Mestre em Engenharia Mecânica
MANUEL ANTÓNIO PIMENTA DA SILVA
Orientadores:
Prof. Nuno Paulo Ferreira Henriques
Prof.ª DoutoraCláudiaSéneca Casaca
Agenda
• Introdução
• Radiação Solar em Portugal
• Soluções Tecnológicas
• Energia Eléctrica em Portugal
• Evolução do Consumo
• Viabilidade da Tecnologia CSP
• Custos
• Potencial na Redução de Custos
• Proposta Estratégica
• Conclusões
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 2/16ISEL
• Recolhada radiaçãosolar usando um sistema colector;
• Concentração da radiação num receptor sob forma de
energia térmica;
• Transporte da energia térmica para o sistema de conversão
de energia;
• Conversãoda energia térmica em energia eléctrica.
Introdução
CSP – Concentrated Solar Power
Factoresde
Concentração
De 50 a >1000
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 3/16ISEL
A radiação direta atinge
elevadas concentrações
solares, através dos
espelhos, que dirigem a luz
solar para o receptor. A
energia absorvida é
geralmente transferida para
um fluido térmico.
O produto final do sistema
solar é o vapor, que passa
numa turbina acoplada a um
gerador para produção de
eletricidade.
O gerador é ligado à
subestação e, por sua vez, à
rede em média tensão.
Radiação Solar em Portugal
Portugal é um dos países com maior disponibilidade de radiação
solar. O número médio anual de horas de Sol varia entre 2200 e
3000 horas
Na realização do estudo o valor usado como referencia para
Portugal será de 2200 kWh/m2/ano
DNI
Quantidade de energia
solar recebida por
unidade de área que se
encontra perpendicular
aos raios solares
(kWh/m2/ano)
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 4/16ISEL
Soluções Tecnológicas
Concentrador ParabólicoLinear Torre Solar
Concentrador Linear com reflector Fresnel Prato Parabólico
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 5/16ISEL
Soluções Tecnológicas (cont.)
Armazenamentode Energia Térmica em Centrais CSP
A acumulação de energia térmica em
centrais CSP consiste num método de
recolha, um reservatório e um fluido
térmico.
O fluido térmico de acumulação pode
ser óleo ou sal fundido, sendo este
último mais habitualmenteusado.
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 6/16ISEL
Concentradores Parabólicos
Lineares
Torre Solar
Concentrador Linear com
reflector Fresnel
Prato Parabólico de Stirling
Potência típica [MW] 10 a 300 10 a 200 10 a 200 0,01 a 0,025
Maturidade da tecnologia Provado comercialmente
Tecnologia provada, em piloto
comercial
Apenas pilotos Projectos de demonstração
Temperatura de operação
[
o
C]
350 a 550 250 a 565 390 550 a 750
Rendimento da central [%] 14 a 20 23 a 35 18 30
Rendimento solar anual
(solar para eléctrico) [%]
11 a 16 7 a 20 13 12 a 25
Factor de carga anual [%]
25 a 38 (com acum. 7h)
29 a 43 (sem acum.)
25 a 38 (com acum. 10h) 22 a 24 25 a 28
Concentração solar 70 a 80 X > 1000 X > 60 X > 1300 X
Receptor / Absorsor Móvel, acompanha colector Fixo Fixo Móvel, acompanha colector
Sistema de acumulação Sim Sim Não Não
Possibilidade de
complementar central
térmica (hibridização)
Sim Sim Sim Não
Despachabilidade Alta com acumulação Alta Média Baixa
Ciclo
Vapor sobreaquecido,
Rankine
Vapor sobreaquecido,
Rankine
Vapor saturado, Rankine Stirling
Condições do vapor
380 a 540 o
C
100 bar
540 o
C
100 a 160 bar
260 o
C
50 bar
N.A.
Requisito de água
[m
3
/MWh]
3 (arrefecimento húmido)
0,3 (arrefecimento seco)
2 a 3 (arrefecimento húmido)
0,25 (arrefecimento seco)
3 (arrefecimento seco)
0,2 (arrefecimento húmido)
0,1 para lavagem dos
colectores
Soluções Tecnológicas (cont.)
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 7/16ISEL
Energia Eléctrica em Portugal
Existem em Portugal nove centrais que consomem combustíveis
fósseis, como o gás natural, fuelóleo e carvão. A contribuição das
centrais termoeléctricas aproximadamente 65% da energia
eléctrica PRO e aproximadamente 40% do total da energia
eléctrica produzida.
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 8/16ISEL
49%- Fontes Renováveis
2012
PRO – 66%
PRE – 33% (50% eólica)
CSP
Evolução do Consumo
Agência Internacionalde Energia (IEA):
• Consumo mundial de energia vai
crescer 50% até ao ano de 2030
• Na Europa estima-se um aumento no
consumo de aproximadamente30%
até 2030
Em Portugal vamos usar o mesmo nível de aumento.
Quando projectamos até 2050, este aumento representa 3,16% por ano.
Mantendoas actuais quotas por tipo de energia produzida, se o consumo de energia vai
aumentar até 2030, a importaçãode energia também vai aumentar.
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 9/16ISEL
Viabilidade da Tecnologia CSP
Requisitos para a implementação doCSP:
• Elevadaintensidadede radiaçãosolar;
• Disponibilidadede terreno não urbanizadoe não aproveitado;
• Disponibilidadede água para o processo, limpeza e arrefecimento;
• Capilaridadeda rede eléctrica de distribuiçãopara a entrega à rede;
• Disponibilidadede mão-de-obra qualificada;
• Capacidadeda indústria localpara o fabrico e construção;
• Posicionamentopolíticoparao desenvolvimentodas energias renováveise o CSP;
• Motivaçãodos investidores atravésde incentivos e/ou compra da energia eléctrica
produzida.
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 10/16ISEL
Custos
O custo de produção de energia eléctrica com CSP é superior ao custo de produção com gás
natural ou carvão. Apesar da tecnologia estar a evoluir com o objectivo de aumentar o
rendimento e reduzir os custos operacionais, em 2007 foi calculado o custo de produção do
CSP em 0,15 USD/kWh, enquantoque o custo com gás natural é 0,04 USD/kWh.
• Custo do equipamento;
• Custo financeiro;
• Custo da instalação;
• Custos fixos e variáveisde operação e manutenção.
Não há custos de
combustivel!
Qual é a poupança
ambiental?
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 11/16ISEL
Potencial na Redução de Custos
Quase todas as centrais CSP instaladas e em funcionamento comercial têm uma dimensão
média ou pequena.
O aumento de escala das centrais poderá originar uma importanteredução de custos.
O custo específico de uma central com concentradores parabólicos lineares com
armazenamento térmico de 7,5 horas pode ser reduzido em 12,1% se aumentarmos a
potência instalada de 50 para 100 MW e pode ainda ser reduzido de 20,3% se o aumento for
até 200 MW
A redução nos custos de
O&M podem ser de 35% até
2020 para centrais com
concentrador parabólico
linear e de 23% para torres
solares.
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 12/16ISEL
Olhando estrategicamente para uma implementação de 10 centrais CSP em Portugal até 2050,
podemos calcular um conjunto de parâmetros, tendo em conta informação recolhida neste
trabalhoe os seguintes dados:
• Aumento anualno consumo de energia eléctrica em Portugal de 3%;
• Factor de Carga: 40%;
• Potência da central: 100 MW;
• Número de centrais:10;
• Custo investimentoespecífico actual:6500 EUR/kW;
• Aumento gradual do rendimento da central de 18% até 2050;
• Potencialde redução de custos do investimentode 16% em 2025 e 25% em 2050.
Proposta Estratégica
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 13/16ISEL
Proposta Estratégica (cont.)
A primeira central, com uma potência de 100 MW e um factor de capacidade de 80% (com
armazenamento de 15 horas), a energia produzida seria de 700,8 GWh. Esta central
necessitaria, aos custos actuais, de um investimentode 754 milhões de EUR.
Este investimento poderia ser gradual e a construção das centrais não seria em simultâneo
mas de uma forma sequencial. Como se irá abordar adiante, os custos deverão reduzir com
o tempo e o aumentoda capacidademundialde CSP.
11% da energia
eléctrica produzida
50% da energia
eléctrica importada
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 14/16ISEL
Conclusões
• Mostrou-se que a tecnologiafunciona.É viáveltecnicamentee comercialmente;
• CSP é praticamente isento de emissões de carbono e usa um combustível grátis e ilimitado
na escala de tempo da nossa existênciano planeta;
• Com o armazenamento de energia térmica, o CSP pode funcionar depois do sol se pôr,
classificandoesta energia como despachável;
• CSP tem a capacidade de criar emprego, directo e indirecto, nas várias fases de
implementação;
• O CSP exige uma componente local na produção, incentivado a industria Portuguesa e
promovendoo investimento;
• esta forma de geração de energia permite um elevado nível de sustentabilidade e diminui
a dependênciados combustíveis fósseis;
• A existência desta infra-estrutura poderá incentivar o investimento académico e privado na
investigação e desenvolvimento, podendo potencialmente colocar Portugal na mesma liga
de outros fornecedores;
• Os resultados resultantes da venda da electricidade geram lucros e impostos, que podem
igualmentecontribuir para a sustentabilidadedo nosso sistema fiscal.
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 15/16ISEL
Conclusões (cont.)
A electricidade solar é mais cara do que electricidade proveniente de centrais de energia
alimentadascom recursos fósseis…
• Este inconveniente pode ser reduzido com taxas de juros mais baixas e maiores períodos
de amortização.
• Poderão também ser criados instrumentos legais para incentivaro investimento.
O actual programa de incentivo apenas contempla centrais CSP de baixa potência, com fins
experimentais e académicos. Este conhecimento já existe, tornando este investimento pouco
útil.
O sul de Portugal – Alentejo e Algarve – tem um enorme potencial para o CSP se se tiver em
conta o DNI, longos dias de sol, boas condições meteorológicas, área disponível a um custo
potencialmentebaixo e uma rede eléctrica nacionalcom capilaridadee de boa qualidade.
Continuar a queimar carvão e emitir carbono é uma decisão irresponsável. Também é
evidente que os combustíveis fósseis não permitem uma independência energética e estão a
escassear.
Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 16/16ISEL

Más contenido relacionado

Destacado

JavaScript infographic - 01
JavaScript infographic - 01JavaScript infographic - 01
JavaScript infographic - 01Asif F Kingshuk
 
Designfluence Me4 110722
Designfluence Me4 110722Designfluence Me4 110722
Designfluence Me4 110722nvntr
 
2003 g5 energia eólica
2003 g5 energia eólica2003 g5 energia eólica
2003 g5 energia eólicacristbarb
 
BEST EMBEDDED PROJECT CENTER TAMBARAM/PALLAVARAM/T.NAGAR/TAMBARAM
BEST EMBEDDED PROJECT CENTER TAMBARAM/PALLAVARAM/T.NAGAR/TAMBARAMBEST EMBEDDED PROJECT CENTER TAMBARAM/PALLAVARAM/T.NAGAR/TAMBARAM
BEST EMBEDDED PROJECT CENTER TAMBARAM/PALLAVARAM/T.NAGAR/TAMBARAMASHOKKUMAR RAMAR
 
Contour crafting and construction automation
Contour crafting and construction automationContour crafting and construction automation
Contour crafting and construction automationappu b
 
BEST PROJECT CENTER IN TAMBARAM/TAMBARAM IEEEPROJECTS
BEST PROJECT CENTER IN TAMBARAM/TAMBARAM IEEEPROJECTSBEST PROJECT CENTER IN TAMBARAM/TAMBARAM IEEEPROJECTS
BEST PROJECT CENTER IN TAMBARAM/TAMBARAM IEEEPROJECTSASHOKKUMAR RAMAR
 

Destacado (10)

finalized resume 1
finalized resume 1finalized resume 1
finalized resume 1
 
SPORTS
SPORTSSPORTS
SPORTS
 
JavaScript infographic - 01
JavaScript infographic - 01JavaScript infographic - 01
JavaScript infographic - 01
 
Designfluence Me4 110722
Designfluence Me4 110722Designfluence Me4 110722
Designfluence Me4 110722
 
2003 g5 energia eólica
2003 g5 energia eólica2003 g5 energia eólica
2003 g5 energia eólica
 
BEST EMBEDDED PROJECT CENTER TAMBARAM/PALLAVARAM/T.NAGAR/TAMBARAM
BEST EMBEDDED PROJECT CENTER TAMBARAM/PALLAVARAM/T.NAGAR/TAMBARAMBEST EMBEDDED PROJECT CENTER TAMBARAM/PALLAVARAM/T.NAGAR/TAMBARAM
BEST EMBEDDED PROJECT CENTER TAMBARAM/PALLAVARAM/T.NAGAR/TAMBARAM
 
An overview of HDR supervision training at Macquarie University
An overview of HDR supervision training at Macquarie UniversityAn overview of HDR supervision training at Macquarie University
An overview of HDR supervision training at Macquarie University
 
Contour crafting and construction automation
Contour crafting and construction automationContour crafting and construction automation
Contour crafting and construction automation
 
BEST PROJECT CENTER IN TAMBARAM/TAMBARAM IEEEPROJECTS
BEST PROJECT CENTER IN TAMBARAM/TAMBARAM IEEEPROJECTSBEST PROJECT CENTER IN TAMBARAM/TAMBARAM IEEEPROJECTS
BEST PROJECT CENTER IN TAMBARAM/TAMBARAM IEEEPROJECTS
 
Energia Eólica
Energia EólicaEnergia Eólica
Energia Eólica
 

Similar a Apresentação Tese MS v2

colectores solares
colectores solarescolectores solares
colectores solaresCelina Silva
 
Geração Distribuída
Geração DistribuídaGeração Distribuída
Geração DistribuídaJim Naturesa
 
Workshop EE 2014 - 06. Rubens Bruncek - Eficiência Energética em Sistemas E...
Workshop EE 2014 - 06. Rubens Bruncek - Eficiência Energética em Sistemas E...Workshop EE 2014 - 06. Rubens Bruncek - Eficiência Energética em Sistemas E...
Workshop EE 2014 - 06. Rubens Bruncek - Eficiência Energética em Sistemas E...CPFL Energia
 
Apresentação Artigo 1.pptx
Apresentação Artigo 1.pptxApresentação Artigo 1.pptx
Apresentação Artigo 1.pptxValquiroLima
 
Catálogo De Eficiência Energética Vivapower Gas Natural Fenosa (Jul.2012)
Catálogo De Eficiência Energética Vivapower Gas Natural Fenosa (Jul.2012)Catálogo De Eficiência Energética Vivapower Gas Natural Fenosa (Jul.2012)
Catálogo De Eficiência Energética Vivapower Gas Natural Fenosa (Jul.2012)Miguel_Mesquitela
 
CONOTEL - Congresso Nacional de Hotéis
CONOTEL - Congresso Nacional de HotéisCONOTEL - Congresso Nacional de Hotéis
CONOTEL - Congresso Nacional de HotéisTEKNERGIA
 
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRACOGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRAGiuseppe Alessandro Signoriello
 
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRACOGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRAGiuseppe Alessandro Signoriello
 
O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A utilização racional de energia, que consiste ...
O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A utilização racional de energia, que consiste ...O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A utilização racional de energia, que consiste ...
O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A utilização racional de energia, que consiste ...Gregriomarcosmassina
 
Normas para-instalacao-de-banco-de-capacitores
Normas para-instalacao-de-banco-de-capacitoresNormas para-instalacao-de-banco-de-capacitores
Normas para-instalacao-de-banco-de-capacitoresLucasAmaral95
 
Rumo à Excelência em Eficiência Energética , Caso Triple E
Rumo à Excelência em Eficiência Energética , Caso Triple ERumo à Excelência em Eficiência Energética , Caso Triple E
Rumo à Excelência em Eficiência Energética , Caso Triple Eslides-mci
 
Central Termoelectricas
Central TermoelectricasCentral Termoelectricas
Central Termoelectricasjosemagalhaes
 
Brochura Solexor Tecnologias Solares
Brochura Solexor Tecnologias SolaresBrochura Solexor Tecnologias Solares
Brochura Solexor Tecnologias SolaresLester Izaac
 
Bombas Hidráulicas - Enfrente o Desafio Energético
Bombas Hidráulicas - Enfrente o Desafio EnergéticoBombas Hidráulicas - Enfrente o Desafio Energético
Bombas Hidráulicas - Enfrente o Desafio EnergéticoGrundfos Brasil
 
CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE SINES ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
CENTRAL DE CICLO  COMBINADO DE SINES    ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL CENTRAL DE CICLO  COMBINADO DE SINES    ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE SINES ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL Cláudio Carneiro
 

Similar a Apresentação Tese MS v2 (20)

Cogeracao de energia
Cogeracao de energiaCogeracao de energia
Cogeracao de energia
 
colectores solares
colectores solarescolectores solares
colectores solares
 
Geração Distribuída
Geração DistribuídaGeração Distribuída
Geração Distribuída
 
Workshop EE 2014 - 06. Rubens Bruncek - Eficiência Energética em Sistemas E...
Workshop EE 2014 - 06. Rubens Bruncek - Eficiência Energética em Sistemas E...Workshop EE 2014 - 06. Rubens Bruncek - Eficiência Energética em Sistemas E...
Workshop EE 2014 - 06. Rubens Bruncek - Eficiência Energética em Sistemas E...
 
Apresentação Artigo 1.pptx
Apresentação Artigo 1.pptxApresentação Artigo 1.pptx
Apresentação Artigo 1.pptx
 
Catálogo De Eficiência Energética Vivapower Gas Natural Fenosa (Jul.2012)
Catálogo De Eficiência Energética Vivapower Gas Natural Fenosa (Jul.2012)Catálogo De Eficiência Energética Vivapower Gas Natural Fenosa (Jul.2012)
Catálogo De Eficiência Energética Vivapower Gas Natural Fenosa (Jul.2012)
 
cogeração
cogeraçãocogeração
cogeração
 
CONOTEL - Congresso Nacional de Hotéis
CONOTEL - Congresso Nacional de HotéisCONOTEL - Congresso Nacional de Hotéis
CONOTEL - Congresso Nacional de Hotéis
 
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRACOGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
 
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRACOGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
 
O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A utilização racional de energia, que consiste ...
O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A utilização racional de energia, que consiste ...O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A utilização racional de energia, que consiste ...
O QUE É EFICIÊNCIA ENERGÉTICA A utilização racional de energia, que consiste ...
 
Biogas
BiogasBiogas
Biogas
 
Hidrogênio
HidrogênioHidrogênio
Hidrogênio
 
Normas para-instalacao-de-banco-de-capacitores
Normas para-instalacao-de-banco-de-capacitoresNormas para-instalacao-de-banco-de-capacitores
Normas para-instalacao-de-banco-de-capacitores
 
Rumo à Excelência em Eficiência Energética , Caso Triple E
Rumo à Excelência em Eficiência Energética , Caso Triple ERumo à Excelência em Eficiência Energética , Caso Triple E
Rumo à Excelência em Eficiência Energética , Caso Triple E
 
Central Termoelectricas
Central TermoelectricasCentral Termoelectricas
Central Termoelectricas
 
ALEXANDRE HERINGER - SUSTENTAR_ALEXANDRE
ALEXANDRE HERINGER  - SUSTENTAR_ALEXANDREALEXANDRE HERINGER  - SUSTENTAR_ALEXANDRE
ALEXANDRE HERINGER - SUSTENTAR_ALEXANDRE
 
Brochura Solexor Tecnologias Solares
Brochura Solexor Tecnologias SolaresBrochura Solexor Tecnologias Solares
Brochura Solexor Tecnologias Solares
 
Bombas Hidráulicas - Enfrente o Desafio Energético
Bombas Hidráulicas - Enfrente o Desafio EnergéticoBombas Hidráulicas - Enfrente o Desafio Energético
Bombas Hidráulicas - Enfrente o Desafio Energético
 
CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE SINES ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
CENTRAL DE CICLO  COMBINADO DE SINES    ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL CENTRAL DE CICLO  COMBINADO DE SINES    ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
CENTRAL DE CICLO COMBINADO DE SINES ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL
 

Apresentação Tese MS v2

  • 1. INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA Departamentode EngenhariaMecânica Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica TrabalhoFinalde Mestrado para obtençãodo grau de Mestre em Engenharia Mecânica MANUEL ANTÓNIO PIMENTA DA SILVA Orientadores: Prof. Nuno Paulo Ferreira Henriques Prof.ª DoutoraCláudiaSéneca Casaca
  • 2. Agenda • Introdução • Radiação Solar em Portugal • Soluções Tecnológicas • Energia Eléctrica em Portugal • Evolução do Consumo • Viabilidade da Tecnologia CSP • Custos • Potencial na Redução de Custos • Proposta Estratégica • Conclusões Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 2/16ISEL
  • 3. • Recolhada radiaçãosolar usando um sistema colector; • Concentração da radiação num receptor sob forma de energia térmica; • Transporte da energia térmica para o sistema de conversão de energia; • Conversãoda energia térmica em energia eléctrica. Introdução CSP – Concentrated Solar Power Factoresde Concentração De 50 a >1000 Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 3/16ISEL A radiação direta atinge elevadas concentrações solares, através dos espelhos, que dirigem a luz solar para o receptor. A energia absorvida é geralmente transferida para um fluido térmico. O produto final do sistema solar é o vapor, que passa numa turbina acoplada a um gerador para produção de eletricidade. O gerador é ligado à subestação e, por sua vez, à rede em média tensão.
  • 4. Radiação Solar em Portugal Portugal é um dos países com maior disponibilidade de radiação solar. O número médio anual de horas de Sol varia entre 2200 e 3000 horas Na realização do estudo o valor usado como referencia para Portugal será de 2200 kWh/m2/ano DNI Quantidade de energia solar recebida por unidade de área que se encontra perpendicular aos raios solares (kWh/m2/ano) Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 4/16ISEL
  • 5. Soluções Tecnológicas Concentrador ParabólicoLinear Torre Solar Concentrador Linear com reflector Fresnel Prato Parabólico Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 5/16ISEL
  • 6. Soluções Tecnológicas (cont.) Armazenamentode Energia Térmica em Centrais CSP A acumulação de energia térmica em centrais CSP consiste num método de recolha, um reservatório e um fluido térmico. O fluido térmico de acumulação pode ser óleo ou sal fundido, sendo este último mais habitualmenteusado. Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 6/16ISEL
  • 7. Concentradores Parabólicos Lineares Torre Solar Concentrador Linear com reflector Fresnel Prato Parabólico de Stirling Potência típica [MW] 10 a 300 10 a 200 10 a 200 0,01 a 0,025 Maturidade da tecnologia Provado comercialmente Tecnologia provada, em piloto comercial Apenas pilotos Projectos de demonstração Temperatura de operação [ o C] 350 a 550 250 a 565 390 550 a 750 Rendimento da central [%] 14 a 20 23 a 35 18 30 Rendimento solar anual (solar para eléctrico) [%] 11 a 16 7 a 20 13 12 a 25 Factor de carga anual [%] 25 a 38 (com acum. 7h) 29 a 43 (sem acum.) 25 a 38 (com acum. 10h) 22 a 24 25 a 28 Concentração solar 70 a 80 X > 1000 X > 60 X > 1300 X Receptor / Absorsor Móvel, acompanha colector Fixo Fixo Móvel, acompanha colector Sistema de acumulação Sim Sim Não Não Possibilidade de complementar central térmica (hibridização) Sim Sim Sim Não Despachabilidade Alta com acumulação Alta Média Baixa Ciclo Vapor sobreaquecido, Rankine Vapor sobreaquecido, Rankine Vapor saturado, Rankine Stirling Condições do vapor 380 a 540 o C 100 bar 540 o C 100 a 160 bar 260 o C 50 bar N.A. Requisito de água [m 3 /MWh] 3 (arrefecimento húmido) 0,3 (arrefecimento seco) 2 a 3 (arrefecimento húmido) 0,25 (arrefecimento seco) 3 (arrefecimento seco) 0,2 (arrefecimento húmido) 0,1 para lavagem dos colectores Soluções Tecnológicas (cont.) Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 7/16ISEL
  • 8. Energia Eléctrica em Portugal Existem em Portugal nove centrais que consomem combustíveis fósseis, como o gás natural, fuelóleo e carvão. A contribuição das centrais termoeléctricas aproximadamente 65% da energia eléctrica PRO e aproximadamente 40% do total da energia eléctrica produzida. Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 8/16ISEL 49%- Fontes Renováveis 2012 PRO – 66% PRE – 33% (50% eólica) CSP
  • 9. Evolução do Consumo Agência Internacionalde Energia (IEA): • Consumo mundial de energia vai crescer 50% até ao ano de 2030 • Na Europa estima-se um aumento no consumo de aproximadamente30% até 2030 Em Portugal vamos usar o mesmo nível de aumento. Quando projectamos até 2050, este aumento representa 3,16% por ano. Mantendoas actuais quotas por tipo de energia produzida, se o consumo de energia vai aumentar até 2030, a importaçãode energia também vai aumentar. Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 9/16ISEL
  • 10. Viabilidade da Tecnologia CSP Requisitos para a implementação doCSP: • Elevadaintensidadede radiaçãosolar; • Disponibilidadede terreno não urbanizadoe não aproveitado; • Disponibilidadede água para o processo, limpeza e arrefecimento; • Capilaridadeda rede eléctrica de distribuiçãopara a entrega à rede; • Disponibilidadede mão-de-obra qualificada; • Capacidadeda indústria localpara o fabrico e construção; • Posicionamentopolíticoparao desenvolvimentodas energias renováveise o CSP; • Motivaçãodos investidores atravésde incentivos e/ou compra da energia eléctrica produzida. Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 10/16ISEL
  • 11. Custos O custo de produção de energia eléctrica com CSP é superior ao custo de produção com gás natural ou carvão. Apesar da tecnologia estar a evoluir com o objectivo de aumentar o rendimento e reduzir os custos operacionais, em 2007 foi calculado o custo de produção do CSP em 0,15 USD/kWh, enquantoque o custo com gás natural é 0,04 USD/kWh. • Custo do equipamento; • Custo financeiro; • Custo da instalação; • Custos fixos e variáveisde operação e manutenção. Não há custos de combustivel! Qual é a poupança ambiental? Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 11/16ISEL
  • 12. Potencial na Redução de Custos Quase todas as centrais CSP instaladas e em funcionamento comercial têm uma dimensão média ou pequena. O aumento de escala das centrais poderá originar uma importanteredução de custos. O custo específico de uma central com concentradores parabólicos lineares com armazenamento térmico de 7,5 horas pode ser reduzido em 12,1% se aumentarmos a potência instalada de 50 para 100 MW e pode ainda ser reduzido de 20,3% se o aumento for até 200 MW A redução nos custos de O&M podem ser de 35% até 2020 para centrais com concentrador parabólico linear e de 23% para torres solares. Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 12/16ISEL
  • 13. Olhando estrategicamente para uma implementação de 10 centrais CSP em Portugal até 2050, podemos calcular um conjunto de parâmetros, tendo em conta informação recolhida neste trabalhoe os seguintes dados: • Aumento anualno consumo de energia eléctrica em Portugal de 3%; • Factor de Carga: 40%; • Potência da central: 100 MW; • Número de centrais:10; • Custo investimentoespecífico actual:6500 EUR/kW; • Aumento gradual do rendimento da central de 18% até 2050; • Potencialde redução de custos do investimentode 16% em 2025 e 25% em 2050. Proposta Estratégica Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 13/16ISEL
  • 14. Proposta Estratégica (cont.) A primeira central, com uma potência de 100 MW e um factor de capacidade de 80% (com armazenamento de 15 horas), a energia produzida seria de 700,8 GWh. Esta central necessitaria, aos custos actuais, de um investimentode 754 milhões de EUR. Este investimento poderia ser gradual e a construção das centrais não seria em simultâneo mas de uma forma sequencial. Como se irá abordar adiante, os custos deverão reduzir com o tempo e o aumentoda capacidademundialde CSP. 11% da energia eléctrica produzida 50% da energia eléctrica importada Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 14/16ISEL
  • 15. Conclusões • Mostrou-se que a tecnologiafunciona.É viáveltecnicamentee comercialmente; • CSP é praticamente isento de emissões de carbono e usa um combustível grátis e ilimitado na escala de tempo da nossa existênciano planeta; • Com o armazenamento de energia térmica, o CSP pode funcionar depois do sol se pôr, classificandoesta energia como despachável; • CSP tem a capacidade de criar emprego, directo e indirecto, nas várias fases de implementação; • O CSP exige uma componente local na produção, incentivado a industria Portuguesa e promovendoo investimento; • esta forma de geração de energia permite um elevado nível de sustentabilidade e diminui a dependênciados combustíveis fósseis; • A existência desta infra-estrutura poderá incentivar o investimento académico e privado na investigação e desenvolvimento, podendo potencialmente colocar Portugal na mesma liga de outros fornecedores; • Os resultados resultantes da venda da electricidade geram lucros e impostos, que podem igualmentecontribuir para a sustentabilidadedo nosso sistema fiscal. Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 15/16ISEL
  • 16. Conclusões (cont.) A electricidade solar é mais cara do que electricidade proveniente de centrais de energia alimentadascom recursos fósseis… • Este inconveniente pode ser reduzido com taxas de juros mais baixas e maiores períodos de amortização. • Poderão também ser criados instrumentos legais para incentivaro investimento. O actual programa de incentivo apenas contempla centrais CSP de baixa potência, com fins experimentais e académicos. Este conhecimento já existe, tornando este investimento pouco útil. O sul de Portugal – Alentejo e Algarve – tem um enorme potencial para o CSP se se tiver em conta o DNI, longos dias de sol, boas condições meteorológicas, área disponível a um custo potencialmentebaixo e uma rede eléctrica nacionalcom capilaridadee de boa qualidade. Continuar a queimar carvão e emitir carbono é uma decisão irresponsável. Também é evidente que os combustíveis fósseis não permitem uma independência energética e estão a escassear. Central de Produção de Energia Eléctrica a Partir de Energia Solar Térmica 16/16ISEL