2. Equipe Fundação Carlos Chagas
Coordenação
Maria M. Malta Campos
Pesquisadores Estatísticas
Yara Esposito Míriam Bizzocchi
Eliana Bhering Raquel Valle
Nelson Gimenes
Beatriz Abuchaim Diagramação
Fabiana Fernandes Adriano Moro
Bruna Ribeiro Heloísa Padula
Colaboradora
Marisa Vasconcelos Ferreira
3. Equipes Locais
Catarina de Souza Moro
Edna Lopes Nascimento
Eliza Bartolozzi Ferreira
Eloísa Helena Teixeira Fortkamp
Fatima Maria Araújo Saboia Leitão
Gizele de Souza
Jodete Bayer Gomes Fullgraf
Mércia de Figueiredo N. Pinto
Ordália Alves de Almeida
Regina Aparecida M. de Souza
Sandro Coelho Costa
Silvia Helena Vieira Cruz
Telma Vitória
Valdete Côco
4. OBJETIVOS DA PESQUISA
Caracterizar as políticas de gestão da Educação Infantil nas
redes municipais de ensino.
Caracterizar o perfil dos gestores escolares da Educação
Infantil.
Identificar os mecanismos de gestão das unidades de
Educação Infantil associados à qualidade dos serviços
oferecidos pelas instituições.
Investigar as relações entre indicadores de gestão e
indicadores com estimativas de qualidade das instituições.
5. DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO
Revisão bibliográfica.
Elaboração de instrumentos.
Reunião com equipes de pesquisadores locais.
Contatos com Secretarias Municipais.
Realização do trabalho de campo nas unidades.
Entrevistas nas Secretarias Municipais.
Tratamento e análise dos dados.
Realização de seminário com especialistas.
Elaboração da versão definitiva do relatório técnico final.
Reunião final com pesquisadores locais.
6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Objetivos:
• Apontar tendências na produção acadêmica sobre a gestão
educacional e escolar no Brasil.
• Compreender as abordagens sobre a gestão da Educação Infantil
no Brasil.
• Identificar características da gestão da Educação Infantil em
referências estrangeiras.
7. GESTÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Referências nacionais Referências estrangeiras
Poucos estudos sobre a Foco no diretor.
gestão da Educação
Estudos sobre o papel
Infantil.
da liderança.
Foco em estudos de caso
e reflexões sobre Compreensão do
experiências localizadas. trabalho do gestor no
plano pedagógico e
Escassa produção sobre a
administrativo.
gestão da unidade.
8. GESTÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Características identificadas na literatura como orientações
neoliberais são velhas conhecidas na educação da criança
pequena no país:
• Terceirização, convênios.
• Captação de recursos a cargo da comunidade atendida.
• Pessoal leigo, trabalho voluntário.
• Focalização da oferta.
• Vouchers (por exemplo, vale-creche).
O que era apresentado como solução de emergência, agora
ressurge como busca de eficiência e competitividade.
9. DEFINIÇÃO DA AMOSTRA
Instituições por município e dependência administrativa
Município Municipal Conveniada Total
A 18 2 20
B 19 0 19
C 14 24 38
D 40 13 53
E 15 5 20
F 26 4 30
Total 132 (73%) 48 (27%) 180 (100%)
10. PERCENTUAL DE INSTITUIÇÕES POR MUNICÍPIO E
ETAPAS DE ENSINO
Municípios Somente EI EI+EF
A 70,0% 30,0%
B 100,0% -
C 63,2% 36,8%
D 69,8% 30,2%
E 100,0% -
F 56,7% 43,3%
Total 72,8% 27,2%
11. INSTRUMENTOS
Roteiro para entrevistas nas Secretarias Municipais de
Educação.
Questionários para diretores, coordenadores pedagógicos e
professores.
Questionários para as famílias.
12. NÚMERO DE QUESTIONÁRIOS RESPONDIDOS
Questionários N
Diretor 171
Coordenador pedagógico 142
Professores 281
Famílias 85
Total 679
13. METODOLOGIA
PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE
Análise descritiva
• Entrevistas realizadas nas Secretarias:
- Transcrição das entrevistas.
- Coleta de documentos.
• Questões “abertas”:
- Procedimentos de análise qualitativa.
- Tabulação da frequencia de respostas por categoria.
• Questões “fechadas”:
- Cálculo das distribuições de frequência das respostas por
alternativa e por subgrupos de interesse.
Cálculo das estimativas do indicador de qualidade
Construção de indicadores de gestão
15. POPULAÇÃO E INDICADORES SOCIAIS POR CAPITAL
População % IDEB
% População 2009
IBGE 2010 População IDHM IDI 2004
Município 0 a 5 pais
(em até 6 anos 2000 UNICEF 4ª série
analfabetos
milhões) IBGE 2010 municipal
A 0,9 9,3 20,7 0,739 0,605 3,8
B 0,3 7,2 4,3 0,856 0,897 4,8
C 2,4 6,8 3,8 0,839 0,744 5,3
D 1,8 7,4 2,3 0,856 0,746 5,7
E 0,4 6,5 2,1 0,875 0,801 5,2
F 0,8 8,7 3,9 0,814 0,759 5,2
G 2,4 8,3 12,3 0,786 0,713 3,9
18. AS REDES MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
As equipes não se baseiam em um diagnóstico sobre a
cobertura da EI no município.
Seu horizonte são as unidades sob responsabilidade do
município.
Critérios de matrícula:
• Focalização para creche e/ou para tempo integral.
• Uso de sorteio para unidades com listas de espera.
Planos de expansão decididos em outras instâncias da
prefeitura.
27. PROFESSORES
EXPERIÊNCIA DOCENTE
40
36,8
35
31,9
30,9 30,3
30
25
21,6
20 18,4
15,7
14,5
15
10
5
0
Até 4 anos 5 a 10 anos 11 a 15 anos Há mais de 15 anos
Municipal Conveniada
29. FAMÍLIAS
85 questionários respondidos.
4 unidades no município E, sendo uma conveniada.
61% das mães com escolaridade até o Ensino Fundamental completo.
81% trabalham fora.
60% possuem de um a 20 livros em casa e 22% não possuem nenhum.
Maioria expressa opiniões positivas sobre a unidade de EI – mais pelo
sentimento de gratidão, e menos por uma percepção de seus direitos.
Maior número de sugestões sobre calendário e horário de
funcionamento diário.
31. ECERS-R – EARLY CHILDHOOD ENVIRONMENT
RATING SCALE – REVISED EDITION (1998)
ECERS-R – Escala de Avaliação de Ambientes de Educação Infantil
Edição revisada (utilizada em pesquisa anterior)
Autores: Thelma Harms, Debby Cryer e Richard M. Clifford
Faixa etária de 2 anos e 7 meses a 5 anos
43 itens, agrupados em 7 sub-escalas
Espaço e mobiliário.
Rotinas de cuidado pessoal.
Linguagem e raciocínio.
Atividades.
Interação.
Estrutura do programa.
Pais e equipe.
36. INDICADORES DE GESTÃO
Conhecimentos Conhecimentos
Gestão financeira.
Gestão pedagógica Projeto pedagógico.
Gestão democrática.
Recursos humanos Relação com os pais e a comunidade.
Gestão de recursos humanos.
Currículo e Educação Infantil.
Família Legislação da Educação.
Fundamentos da Educação.
Materiais
Avaliação
Postura
37. INDICADORES DE GESTÃO
Conhecimentos Gestão Pedagógica
Elaboração projeto pedagógico (se
Gestão pedagógica construído coletivamente, ou
elaborado pela direção e equipe
Recursos humanos técnica).
Grau de autonomia na definição de
metas pedagógicas.
Família Dificuldades enfrentadas: garantir
elaboração do planejamento
pedagógico por parte dos professores;
Materiais acompanhar a execução das atividades
pedagógicas e promover formação
continuada.
Avaliação Avaliação dos professores e estratégias
utilizadas na avaliação interna da
instituição.
Postura
38. INDICADORES DE GESTÃO
Conhecimentos Recursos Humanos
Professores em número suficiente.
Gestão pedagógica Quadro estável de professores.
Conselho escolar ativo.
Integrantes do conselho escolar:
Recursos humanos
diretor, professores, funcionários, pais
e outros representantes da
Família comunidade.
Nenhuma dificuldade em: fazer
cumprir regras e normas pela equipe;
Materiais manter um clima de colaboração entre
a equipe; criar oportunidades de
participação das famílias na instituição;
Avaliação conquistar e manter o respeito e a
confiança da equipe.
Postura
39. INDICADORES DE GESTÃO
Conhecimentos
Família
Familiares sentem-se bem recebidos e
Gestão pedagógica tratados com respeito.
Horário de funcionamento e calendário
atendem às necessidades da família.
Recursos humanos Critérios de matrícula são amplamente
discutidos.
Informações da ficha de matrícula são
Família consideradas.
Diretor atende os pais individualmente.
Os horários de atendimento são agendados
Materiais
previamente.
Familiares de crianças novatas permanecem
na instituição até que as crianças se sintam
seguras.
Avaliação Familiares de crianças com deficiência são
bem acolhidos.
As queixas das famílias em relação à
Postura instituição são acolhidas com receptividade.
41. INDICADORES DE GESTÃO
Conhecimentos
Avaliação
Gestão pedagógica Avaliação do desempenho dos
professores.
Uso dos Indicadores de Qualidade da
Recursos humanos Educação Infantil (MEC).
Emprego de procedimentos e/ou
processos coletivos de autoavaliação
Família institucional.
Materiais
Avaliação
Postura
42. INDICADORES DE GESTÃO
Conhecimentos
Postura
Gestão pedagógica Funcionários.
Professores.
Pais dos alunos.
Recursos humanos
Família
Materiais
Avaliação
Postura
43. DISTRIBUIÇÃO DO PERCENTUAL DE INSTITUIÇÕES, SEGUNDO
INTERVALOS DA ESCALA DE NOTAS NO INDICADOR GERAL DE GESTÃO
25% 22%
20% 18%
15% 14% 14%
15%
10%
10%
7%
5%
0%
Até 30 31 a 32 33 a 34 35 a 36 37 a 38 39 a 40 41 ou
mais
Total de pontos
45. Diagrama – 1
Grupo Total
Grupo 0
Média 4,254
n 144 % 100
Município
A; C; F D B; E
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Média 3,924 Média 4,203 Média 4,968
n 67 % 46,5 n 43 % 29,9 n 34 % 23,6
Avaliação Materiais
0 1 0 1
Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7
Média 3,990 Média 4,529 Média 5,183 Média 4,369
n 26 % 18,1 n 17 % 11,8 n 25 % 17,4 n 9 % 6,2
Postura
0 1
Grupo 8 Grupo 9
Média 3,639 Média 4,341
n 13 % 9,0 n 13 % 9,0
46. Diagrama – 2
Instituições Públicas
Grupo 0
Média 4,383
n 110 % 100
Município
A; C; F D B; E
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Média 3,956 Média 4,315 Média 5,137
n 48 % 43,6 n 32 % 29,1 n 30 % 27,3
Postura
0 1
Grupo 4 Grupo 5
Média 4,042 Média 4,588
n 16 % 14,5 n 16 % 14,5
Avaliação
0 1
Grupo 6 Grupo 7
Média 3,706 Média 4,473
n 9 % 8,2 n 7 % 6,4
47. Diagrama – 3
Instituições Conveniadas
Grupo 0
Média 3,84
n 34 % 100
Avaliação
0 1
Grupo 1 Grupo 2
Média 3,68 Média 4,29
n 25 % 73,5 n 9 % 26,5
49. GESTÃO MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Diferenças marcantes entre as seis capitais quanto a:
• Suas histórias. econômicos, culturais.
• Contextos sociais,
• Configurações políticas.
• Orientaçõeseducacionais.
administrativas.
• Prioridades das redes.
• Organização
• Perfil dos profissionais.
50. DIFERENÇAS ENTRE AS REDES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Cobertura.
Tipos de estabelecimento.
Períodos de atendimento parcial ou integral.
Importância relativa dos convênios.
Diferenças entre oferta de vagas para 0-3 e 4-5 anos.
Autonomia das unidades.
Política de pessoal.
51. DIRETORES
Fizeram pós-graduação na área de Educação Infantil 19% de
diretores nas unidades municipais e 42% nas conveniadas.
Tiveram formação na área de gestão escolar 84% de diretores
nas unidades municipais e 40% nas conveniadas.
54% dos diretores municipais foram selecionados por eleição.
76% das unidades municipais têm conselho escolar.
Pouca autonomia de decisão quanto à seleção da equipe.
52. DIRETORES
Mais de 40% sentem dificuldade com contabilidade e
conhecimento pedagógico dos professores.
Mais de 70% sentem dificuldade em contar com quadro de
pessoal completo e com a manutenção do prédio, equipamentos
e materiais.
Principais desafios da EI: política efetiva; recursos humanos;
dimensão pedagógica.
Sugestões para a secretaria com ênfase em recursos humanos e
infraestrutura.
Opiniões sobre a Educação Infantil no município: 43% positivas,
35% positivas com restrições e 13% negativas.
53. COORDENADORES PEDAGÓGICOS
Apenas 23% fizeram pós-graduação na área de Educação Infantil.
Dificuldades mais apontadas: colaboração das famílias e faltas de
professores.
Sugestão para unidade: gestão democrática.
Sugestões para a secretaria com ênfase na formação continuada e
maior apoio às unidades (28%).
Opiniões mais críticas do que professores sobre gestão municipal.
54. PROFESSORES
Diferenças de percepção de condições positivas ou negativas na
unidade.
Professores municipais são mais críticos que os da rede
conveniada.
70% citam motivos ligados a uma visão positiva da EI para opção
profissional.
Sugestões para a unidade com ênfase na qualidade da equipe
gestora (18%).
Sugestões para a secretaria com ênfase na formação continuada
(33,9%).
Opiniões divergentes, porém majoritariamente positivas, sobre a
educação infantil no município.
55. RECOMENDAÇÕES PARA:
Ministério da Educação.
Conselho Nacional de Educação.
Poder Executivo Municipal.
Conselho Municipal de Educação.
Secretarias Municipais de Educação.
Equipes gestoras das instituições de EI.
Agências e instituições de pesquisa.
56. RECOMENDAÇÕES QUANTO:
Transparência e controle social.
Gestão democrática.
Capacitação no uso de dados para diagnóstico e planejamento.
Definição de critérios e procedimentos para monitoramento e
supervisão.
Formação de profissionais.
Integração intersetorial.