O documento descreve um projeto de educação patrimonial desenvolvido com alunos do 6o ano de uma escola em Tangará da Serra, MT. O projeto teve como objetivo sensibilizar os estudantes sobre a importância do patrimônio histórico e cultural na formação da identidade de um povo, levando-os a refletir e valorizar os bens culturais por meio de atividades práticas como visitas, pesquisas e expressões artísticas.
2. Este artigo aborda ação de Educação Patrimonial
desenvolvida no Centro Municipal de Ensino Silvio
Paternez – Tangará da Serra MT, que tem como
publico alvo os alunos do 6º ano. A ideia de
sensibilização da Educação Patrimonial vem com a
responsabilidade de envolver a sociedade, sobretudo as
comunidades escolares, e conscientizá-las para seu
papel na preservação do patrimônio histórico
enquanto identidade cultural.
3. A consolidação dos Estados
Nacionais durante o século XIX
impôs a necessidade de
fortalecer a história e a tradição
de cada povo, como fator gerador
de uma identidade própria. Os
bens entendidos como herança
de um povo uma nação foram
então designados como
Patrimônio Histórico.
Importante observar que em sua
acepção original, incluía não
apenas os bens móveis, mas
também os bens imóveis, tais
como acervos de museus e
documentos textuais (TEIXEIRA
et. al. 2004, p.02).
4. A Educação Patrimônial busca desenvolver a
percepção o espírito critico, provocando uma atitude
favorável para os bens culturais que fazem parte do
nosso Patrimônio Material e Imaterial.
Educação Patrimonial neste processo entendida como
um processo sistemático e permanente por meio do
qual os indivíduos se apropriam dos bens culturais e
contribui na formação histórica, visto que permite dar
consistência às informações e as abstrações dos textos
históricos porque constrói a visão e a percepção
histórica do território e do mundo.
5. Desenvolver a percepção o espírito critico, provocando
uma atitude favorável para os bens culturais que fazem
parte do nosso Patrimônio Material e Imaterial;
Contribuir na formação histórica, visto que permite
dar consistência às informações e as abstrações dos
textos históricos porque constrói a visão e a percepção
histórica do território e do mundo.
Propiciar experiências e contato direto com as
manifestações culturais;
6. Resgate da memória coletiva e da percepção do
reconhecimento dos valores locais;
Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos
sociais, em diversos tempos e espaços;
Buscar um envolvimento da comunidade extrapolando os
espaços da escola;
Perceber as múltiplas linguagens utilizadas pela
humanidade;
Reconhecer as mudanças e permanências nas vivências
humanas;
Descobrir o encanto e a beleza nas expressões culturais de
sua gente e de seu entorno;
7. Conceitos básicos de Patrimônio
O vocábulo Patrimônio refere-se, originalmente, a
herança paterna, ou seja, aos bens materiais
transmitidos de pai para filho. Daí o termo, ainda
hoje, referir-se à herança familiar. O uso do termo
como herança social surge na França pós-
Revolucionária, quando o Estado decide tutelar e
proteger as antiguidades nacionais às quais era
atribuído significado para a história da nação.
(TEIXEIRA et.al. 2004, p.02).
8. A vida é nosso primeiro patrimônio.
Exercícios de descobertas, como por
exemplo: o corpo, sua forma, sua
cor, cabelos, olhos, proporção, timbr
e de vos e temperamento.
Atividades com
desenho, argila, fotografias.
Como nos vemos? Como nos
aceitamos?Como queremos que os
outros nos vejam?Ampliar este
conceito para a família.
Pesquisar o que for possível a
respeito deles: onde nasceram em
que trabalhavam, como se
conheceram,como chegaram a este
lugar, onde moraram, etc.
Construção árvore genealógica.
9.
10. Através de um objeto pessoal que tenha um significado
importante e uma relação afetiva para cada um fazer um
exercício de observação.
Os participantes registrarão por escrito o que podemos
perguntar para o objeto . Cada um dos participantes
apresentará suas conclusões pra os demais.
Num segundo momento, formarão grupos de três ou
quatro participantes com os mesmos objetos, cada grupo
inventará uma história que deverá ser apresentada ao final
da atividade.
Esta história deverá respeitar tanto o significado deles
quanto a sua trajetória.
11.
12.
13. Os estudantes visitarão a Sala de Memória da cidade.
A partir dessa experiência, será feita uma reflexão
sobre a diferença entre o olhar e o ver e sobre a
importância da observação detalhada para a
compreensão e a descoberta de outras informações que
o olhar superficial não permite.
14.
15.
16. O resultado desta visita
deverá ser posteriormente
apresentado a comunidade,
ou a outras pessoas através
de dramatização, um
jornal, uma exposição. De
acordo com a forma
escolhida, poderão ser
promovidas atividades
como fotografias, desenho
redações, dança filmes e
outras formas de expressão.
17. A partir do conhecimento adquirido os participantes irão
trabalhar numa nova problemática: a Prefeitura tem um
projeto de melhoria e Ampliação para a área onde está
localizado o bem cultural (poderá ser escolhido bem
cultural material e imaterial). Os participantes serão
inspetores técnicos, enviados pela Prefeitura e analisarão a
importância do bem para comunidade e dará um parecer
sobre o destino do mesmo.
Para isso elaborarão um questionário que será aplicado por
eles mesmo, junto a moradores, comerciantes usuários,
crianças, adultos da vizinhança e do bairro.
18. As ações educativas do projeto de Educação
Patrimonial foram planejadas tomando por base as
etapas metodológicas propostas por Maria Cristina
Horta:
Observação
Registro
Exploração
Apropriação
Contextualizadas na proposta de Paulo Freire de
criticidade, autonomia e leitura do mundo.
19. Para o desenvolvimento deste projeto foram adotados
alguns procedimentos metodológicos próprio da
história e da educação Patrimonial
20. Exercícios de percepção
sensorial (visão, tato,
olfato, paladar e audição)
por meio de perguntas,
experimentação, provas e
medições, jogos de
adivinhação e
descobertas (detetive),
etc., de forma que se
explore ao máximo, o
bem cultural ou tema
observado
21. Com desenhos,
descrições verbais ou
escritas, gráficos,
fotografias, maquetes,
mapas, mapas, busca-se
fixar o conhecimento
percebido, aprofundando
a observação e o
pensamento lógico
intuitivo.
22. Análise do bem cultural,
com discussões,
questionamentos,
avaliações, pesquisas em
outros lugares (como
bibliotecas, jornais,
revistas, entrevistas com
familiares e pessoas da
comunidade)
desenvolvendo as
capacidades de análise e
espírito crítico,
interpretando as evidências
e os significados.
23. Recriação do bem
cultural, através da
releitura, interpretação
em diferentes meios de
expressão (pintura,
escultura, música,
fotografia poesia, textos,
vídeos ou outros meios
que o aluno ache viável).
Valorizando assim o bem
trabalhado.
25. A Educação Patrimonial busca
desenvolver a percpção eo
espirito critico, através de uma
metodologia específica de
trabalho, propiciando
experiencias e contato direto
com manifestações culturais,
sejam bens materiais como
edificios, praças, mercados,
jardins, fotografias,
documentos,esculturas, quadros,
instrumentos de trabalho,etc.,
ou bens imateriais como
músicas, danças, festas
relifgiosas, ou populares,
comidas, rituais, habitos e
costumes, formas de fazer,
saberes e dizeres populares etc.
26. Provocar nos participantes uma atitude favoravel para
com os bens culturais que fazem parte do nosso
Patrimônio Cultural.
27.
28. Paulo Freire defendeu que todo
ser humano é educavel.Nesse
sentido, propiciar uma efetiva
educação para a memória e o
patrimônio é preciso para
compreender que o homem está
no mundo e com o mundo. Isto o
torna um ser capaz de
relacionar-se. Essas relações não
se dão apenas com os outros mas
se dão no mundo, com o mundo
e pelo mundo.Quando o homem
compreende a realidade pode
levantar hipotese sobre o desfio
dessa realidade e procurar Casa de Rondon – Assentamento Antonio
soluções. Conselheiro
Tangará da Serra -MT
29.
30.
31.
32.
33.
34. BITENCURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2004.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e Pratica do Ensino de História. Campinas SP: Papirus, 2003
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras; GRUMBERG, Evelina. MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia
Básico de Educação Patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
Museu Imperial, 1999. GRUNBERG, Evelina. Manual de atividades práticas de educação
patrimonial. Brasília, DF: IPHAN, 2007. p. 24.
HOBSBAW, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras,
1995.p.13.
MORIN, Edgar. Educação e Complexidade: Os setes saberes e outros ensaios/. São Paulo:
Cortez, 2002. p.10.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Programas escolares e
competências. Porto Alegre. Artes Médicas Sul, 1999. p. 35-52.
SILVA, Jocenaide M. Rossetto. Educação Patrimonial. Preservar para rememorar, um direito do
cidadão. Cuiabá, MT: SEC-MT, 2011.
35. Ao C. M. E. “Silvio Paternez”
Aos alunos do 6º ano A por que sem vocês esse Projeto
não teria sentido.
OBRIGADA!
Marcia Gomes Freire
2012