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Maria Fernanda Hosken
Programa de Pós-graduação em Propriedade Intelectual e Inovação
Disciplina - Mestrado: Inovação e Desenvolvimento
Rio de Janeiro - 2014
.: Introdução: teorias econômicas e inovação
Teoria Neoclássica Teoria Neo-Schumpeteriana
Influências Mecânica Newtoniana Teoria da Evolução das Ciências Biológicas
Inovação
Tecnológica
Elemento endógeno: mudança tecnológica
é o motor do desenvolvimento capitalista,
sendo a firma o locus de atuação do
empresário inovador e de desenvolvimento
das inovações
Elemento exógeno: a inovação constitui o
determinante fundamental do processo dinâmico da
economia. Progresso técnico resulta do
desenvolvimento de inovações que dependem não
apenas da natureza do setor em que as inovações
são geradas, como também de fatores institucionais
Economia
Modelo de fluxo circular: existência da
propriedade privada, da concorrência livre
e da ausência de incerteza quanto ao
futuro
Modelo dinâmico: ambiente econômico com seleção
natural, onde a aptidão é o fator fundamental para a
sobrevivência
Desenvolvimento
Ruptura do fluxo circular, através de
grandes inovações tecnológicas que
ocorreriam descontinuamente ao longo do
tempo
Ações da empresa no presente são, total ou em
grande parte, herança de características e
comportamentos anteriores, de modo que as
modificações sempre serão condicionadas pela
genética da empresa
.: Paradigma Tecnológico
.: Perspectiva Neo-Schumpeteriana
• Processo inovativo é fortemente induzido pelo
paradigma tecnológico, enquanto definidor de um
“padrão” de soluções para um determinado
problema tecno-econômico.
• Paradigma: um pacote de procedimentos que
orientam a investigação sobre um problema
tecnológico, definindo o contexto, os objetivos a
serem alcançados e os recursos a serem
utilizados.
• “Modelo ou padrão de solução de problemas
tecnológicos selecionados, baseado em princípios
selecionados derivados das ciências naturais e
em tecnologias selecionadas” (DOSI, 1988 e
2006)
.: Ciclo de vida
Difusão
inicial
Crescimento
rápido
Crescimento
tardio
Fase de
Maturação
.: Condições para alcançar a consolidação
Redução
de custos
Crescimento
rápido da
oferta
Potencial para
uso/incorporação
em outros
processos ou
setores
.: Trajetória Tecnológica
• Padrão de progresso através da solução incremental dos trade-offs explicitados por um paradigma
tecnológico. Depois de selecionada, uma trajetória tecnológica apresenta um impulso próprio que
contribui para definir as direções em que a atividade de resolução do problema se move, sendo
denominada de trajetória natural do progresso técnico (NELSON; WINTER, 2006).
• Agrupamento de possíveis direções tecnológicas, sendo que os limites exteriores se definem pela
natureza do próprio paradigma. Pode haver trajetórias mais genéricas ou mais circunscritas, assim
como mais poderosas ou menos poderosas. A trajetória será tanto mais poderosa quanto maior for o
conjunto de tecnologias excluído por essa trajetória.
A emergência de uma visão dominante e de uma heurística (conjunto de
métodos e regras que conduzem à descoberta, à invenção e à resolução
dos problemas) caracteriza um paradigma tecnológico. Dado o
paradigma, a fronteira do que pode ser feito, estabelece-se também a
possibilidade de constituição de uma determinada trajetória tecnológica.
.: Regimes Tecnológicos
DOSI, 1988 O desenvolvimento de um paradigma tecnológico pressupõe a existência de
um regime tecnológico, definido como “um complexo de firmas, disciplinas profissionais e
sociedades, programas de treinamento e pesquisa universitária, e estruturas regulatório-
legais que dão suporte e restringem o desenvolvimento dentro de um regime e ao longo de
uma trajetória.
NELSON; WINTER, 2006 As trajetórias naturais são específicas a uma tecnologia
particular, ou também definida como um regime tecnológico, conceituando regime
tecnológico como metafunção de produção.
MALERBA; ORSENIGO, 1997 Combinação particular de algumas propriedades
tecnológicas fundamentais, quais sejam,“opportunity and appropriability conditions;
degrees of cumulativeness of technological knowledge; and characteristics of the relevant
knowledge base”.
.: Mecanismos de aprendizado e
estratégias tecnológicas
.: Mecanismos de aprendizado
O aprendizado, formal ou informal, é um processo
que ocorre por repetição e experimentação,
possibilitando que as tarefas sejam realizadas de
modo mais rápido e melhor. Como o aprendizado é
cumulativo, a ênfase na cumulatividade da
tecnologia serve para frisar a importância desse
processo no desenvolvimento e no uso da nova
tecnologia.
MALERBA,1992: (i) learning by doing, (ii) learning
by using, (iii) learning by interacting), (iv) learning
from advances in science and technology, (v)
learning from inter-industry spillovers; (vi) learning
by searching.
.: Estratégias Tecnológicas
Empresas procuram desenvolver estratégias
tecnológicas com base na trajetória, na seleção de
mudanças do ambiente, no comportamento das
empresas e na forma como a organização trabalha o
conhecimento. A busca de uma estratégia nada mais é
do que a busca por especialização para se manter no
mercado. As estratégias não conseguem escapar dos
paradigmas tecnológicos nos quais estão inseridas.
FREEMAN, 1974: (i) ofensivas, (ii) defensivas, (iii)
imitativas, (iv) dependente, (v) tradicional e (vi)
oportunista.
As estratégias ofensivas e defensivas são aquelas que mais focam
no desenvolvimento intensivo de P&D, embora a defensiva seja em
grau menor do que a primeira. As demais estratégias são
praticamente reativas à posição adotada pela empresa líder do
mercado.
.: Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação
Voz
Disseminação
uso da Internet
Portabilidade
Soluções
móveis
VoIP
Mudanças estruturais nos setores
de informática, principalmente para
os segmentos de softwares,
computadores pessoais,
supercomputadores, satélites
Destaque ao papel exercido pela
Tecnologia da Informação e
Comunicação na interligação em
um processo crescente de
globalização: penetrabilidade em
praticamente todas as outras
esferas econômicas
Redução dos custos
Aumento da qualidade
Constituição de redes locais e
globais, privadas e públicas
Desenvolvimento de novas áreas
de pesquisa, como a
nanotecnologia e biotecnologia
Mudança do paradigma tecnológico
- Microeletrônica -
Anos 2000
Modelo tradicional: a operadora de telefonia, seja
fixa ou celular, provê o acesso e o serviço telefônico.
No caso da telefonia fixa tradicional, paga-se uma
taxa mensal com direito a determinada quantidade
de minutos em ligações, de acordo com o plano
escolhido pelo usuário.
.: VoIP: Voice over Internet Protocol
Conjunto de tecnologias que usa a Internet
ou as redes IP privada para a comunicação
de voz, substituindo ou complementando os
sistemas de telefonia convencionais,
utilizando serviços gratuitos.
Tecnologia VoIP: características
Não há pagamento de
taxa mensal. Exceto
quando o usuário
necessita obter um
número de retorno, ou
seja, também é possível
receber chamadas pelo
computador
Não há necessidade de
dispor de uma infraestrutura
de rede própria: o tráfego é
cursado sobre as redes
concessionárias ou de
concorrentes que dispõem
de redes físicas próprias
Não está sujeita às
regras tarifárias do
serviço telefônico, e
seus provedores têm
ampla liberdade de
preço
Não há metas de qualidade
e obrigações de
universalização e não há
regulamentação da Anatel
A banda larga está se
tornando rapidamente a
tecnologia dominante
para acesso à internet
Serviços VoIP oferecem
tarifas mais competitivas do
que o serviço tradicional,
exercendo pressão nos
preços dos serviços de voz
.: Trajetória Tecnológica no Setor de
Telecomunicações
Modelo POTS
Plain Old Telecommunications System
Modelo PANS
Pretty Amazing New Services
Início do processo de digitalização.
Aumento contínuo do papel do software e à
compactação progressiva do hardware e
desenvolvimento das redes de comunicação de
dados
Padrão “packet switched
systems” (padrão de
comutação por pacotes).
Permite compactar mensagens,
seja de voz, vídeo ou imagem e
transmiti-las pela rede como se
fosse um dado.
Introdução da conexão por
banda larga para acesso à
internet completa o ciclo de
digitalização das redes
.: Telefonia Convencional x
VoIP
.: VoIP: vantagens, desvantagens e
limitações
• Acessibilidade: necessidade de conexão banda larga
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energia elétrica e roteadores.
• Renda: a classe que já possui o serviço é aquela com rendimentos mais elevados, o que
obriga as operadoras a procurar novos clientes entre aqueles com renda mais baixa
• Impostos: No ano de 2007, no acumulado de janeiro-setembro, o percentual de
arrecadação já havia atingindo a marca de 14.2% do total de ICMS
• Marco regulatório: impossibilidade de fusão entre duas concessionárias do serviço de
telefonia comutado tradicional que operem em áreas diferentes do PGO (Plano Geral de
Outorgas) e as imposições colocadas pela Lei do Cabo, que não permite participação
superior a 30% de capital estrangeiro em empresas de radiodifusão
Principais Vantagens
e Desvantagens
Fatores limitantes
.: Estatísticas do Brasil
Assinantes/conexões
Domicílios
http://www.teleco.com.br/estatis.asp
enorme potencial de crescimento
enorme potencial de crescimento
.: Conclusão e perspectivas
 Desde a invenção do telefone, o foco do serviço oferecido pelas operadoras era apenas o serviço de voz. Eram realizados pesados
investimentos com o objetivo de montar a infraestrutura de rede para garantir a cobertura e manter a receita.
 O desenvolvimento tecnológico, ao mesmo tempo em que criou novas oportunidades, também colocou obstáculos para o
desenvolvimento de setores já existentes. Foi o que ocorreu com o desenvolvimento dos processos digitais e, posteriormente, o
crescimento da internet. Na medida em que o setor de informática evolui, passa a influenciar o setor de telecomunicações, uma vez
que processos digitais têm impactos positivos nos controles de qualidade das transmissões de voz e o desenvolvimento de novos
hardware e softwares também afetam a infraestrutura do setor.
 A tecnologia VoIP se dissemina, principalmente, no meio corporativo em virtude da redução de custos proporcionada para
interligar as diversas filiais ao redor do mundo e a disponibilidade de acesso à internet de alta velocidade.
 Ao incentivar a utilização de banda larga, necessária para o funcionamento do serviço, também possibilita a abertura de novos
mercados para as operadoras, capazes de levar pela mesma infraestrutura serviços de voz, internet e TV por assinatura (Triple
Play), ao mesmo tempo em que tentam encontrar uma nova fonte de receita capaz de reverter à queda nas receitas de voz. Entre
os novos serviços possíveis de serem ofertados pelas operadoras, além do VoIP, temos a IPTV (Internet Protocol TV), Video on
demand (VoD), gravação digital em sistemas de Personal Video Recording e novas formas de comércio eletrônico.
 As grandes operadoras têm um grande desafio neste novo cenário, uma vez que, a redução de custos com a oferta conjunta de
diversos serviços passa pela aquisição de empresas em setores correlatos e pela mudança da legislação do setor em vigor
atualmente. Tanto a LGT (Lei Geral de Telecomunicações) quanto a “Lei do Cabo” colocam obstáculos para a formação de
grandes grupos capazes de conformar empresas dos três segmentos: telefonia, TV a cabo e internet.
 O Governo Brasileiro acena positivamente para a mudança nas regras com vistas a formar, inclusive, um grande grupo nacional
capaz de concorrer com os grandes grupos internacionais já presentes no país e também capaz de alavancar os recursos
necessários para a manutenção dos investimentos necessários para manutenção das redes e para a implementação e adaptação
das redes para o novo padrão tecnológico.
.: Fonte
MELO, Michele Cristina Silva e CÁRIO, Sílvio Antônio Ferraz.
TRAJETÓRIA TECNOLÓGICA DO SETOR DE
TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL: A TECNOLOGIA VoIP.
Disponível em: http://www.economiaetecnologia.ufpr.br/XI_ANPEC-
Sul/artigos_pdf/a4/ANPEC-Sul-A4-16-trajetoria_tecnologica_d.pdf
TELECO. Inteligência em Telecomunicações. Disponível em:
<http://www.teleco.com.br/voip.asp>

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De Antonio Meucci ao Skype: Tecnologia VoIP e a Trajetória Tecnológica do Setor de Telecomunicações no Brasil

  • 1. Maria Fernanda Hosken Programa de Pós-graduação em Propriedade Intelectual e Inovação Disciplina - Mestrado: Inovação e Desenvolvimento Rio de Janeiro - 2014
  • 2. .: Introdução: teorias econômicas e inovação Teoria Neoclássica Teoria Neo-Schumpeteriana Influências Mecânica Newtoniana Teoria da Evolução das Ciências Biológicas Inovação Tecnológica Elemento endógeno: mudança tecnológica é o motor do desenvolvimento capitalista, sendo a firma o locus de atuação do empresário inovador e de desenvolvimento das inovações Elemento exógeno: a inovação constitui o determinante fundamental do processo dinâmico da economia. Progresso técnico resulta do desenvolvimento de inovações que dependem não apenas da natureza do setor em que as inovações são geradas, como também de fatores institucionais Economia Modelo de fluxo circular: existência da propriedade privada, da concorrência livre e da ausência de incerteza quanto ao futuro Modelo dinâmico: ambiente econômico com seleção natural, onde a aptidão é o fator fundamental para a sobrevivência Desenvolvimento Ruptura do fluxo circular, através de grandes inovações tecnológicas que ocorreriam descontinuamente ao longo do tempo Ações da empresa no presente são, total ou em grande parte, herança de características e comportamentos anteriores, de modo que as modificações sempre serão condicionadas pela genética da empresa
  • 3. .: Paradigma Tecnológico .: Perspectiva Neo-Schumpeteriana • Processo inovativo é fortemente induzido pelo paradigma tecnológico, enquanto definidor de um “padrão” de soluções para um determinado problema tecno-econômico. • Paradigma: um pacote de procedimentos que orientam a investigação sobre um problema tecnológico, definindo o contexto, os objetivos a serem alcançados e os recursos a serem utilizados. • “Modelo ou padrão de solução de problemas tecnológicos selecionados, baseado em princípios selecionados derivados das ciências naturais e em tecnologias selecionadas” (DOSI, 1988 e 2006) .: Ciclo de vida Difusão inicial Crescimento rápido Crescimento tardio Fase de Maturação .: Condições para alcançar a consolidação Redução de custos Crescimento rápido da oferta Potencial para uso/incorporação em outros processos ou setores
  • 4. .: Trajetória Tecnológica • Padrão de progresso através da solução incremental dos trade-offs explicitados por um paradigma tecnológico. Depois de selecionada, uma trajetória tecnológica apresenta um impulso próprio que contribui para definir as direções em que a atividade de resolução do problema se move, sendo denominada de trajetória natural do progresso técnico (NELSON; WINTER, 2006). • Agrupamento de possíveis direções tecnológicas, sendo que os limites exteriores se definem pela natureza do próprio paradigma. Pode haver trajetórias mais genéricas ou mais circunscritas, assim como mais poderosas ou menos poderosas. A trajetória será tanto mais poderosa quanto maior for o conjunto de tecnologias excluído por essa trajetória. A emergência de uma visão dominante e de uma heurística (conjunto de métodos e regras que conduzem à descoberta, à invenção e à resolução dos problemas) caracteriza um paradigma tecnológico. Dado o paradigma, a fronteira do que pode ser feito, estabelece-se também a possibilidade de constituição de uma determinada trajetória tecnológica.
  • 5. .: Regimes Tecnológicos DOSI, 1988 O desenvolvimento de um paradigma tecnológico pressupõe a existência de um regime tecnológico, definido como “um complexo de firmas, disciplinas profissionais e sociedades, programas de treinamento e pesquisa universitária, e estruturas regulatório- legais que dão suporte e restringem o desenvolvimento dentro de um regime e ao longo de uma trajetória. NELSON; WINTER, 2006 As trajetórias naturais são específicas a uma tecnologia particular, ou também definida como um regime tecnológico, conceituando regime tecnológico como metafunção de produção. MALERBA; ORSENIGO, 1997 Combinação particular de algumas propriedades tecnológicas fundamentais, quais sejam,“opportunity and appropriability conditions; degrees of cumulativeness of technological knowledge; and characteristics of the relevant knowledge base”.
  • 6. .: Mecanismos de aprendizado e estratégias tecnológicas .: Mecanismos de aprendizado O aprendizado, formal ou informal, é um processo que ocorre por repetição e experimentação, possibilitando que as tarefas sejam realizadas de modo mais rápido e melhor. Como o aprendizado é cumulativo, a ênfase na cumulatividade da tecnologia serve para frisar a importância desse processo no desenvolvimento e no uso da nova tecnologia. MALERBA,1992: (i) learning by doing, (ii) learning by using, (iii) learning by interacting), (iv) learning from advances in science and technology, (v) learning from inter-industry spillovers; (vi) learning by searching. .: Estratégias Tecnológicas Empresas procuram desenvolver estratégias tecnológicas com base na trajetória, na seleção de mudanças do ambiente, no comportamento das empresas e na forma como a organização trabalha o conhecimento. A busca de uma estratégia nada mais é do que a busca por especialização para se manter no mercado. As estratégias não conseguem escapar dos paradigmas tecnológicos nos quais estão inseridas. FREEMAN, 1974: (i) ofensivas, (ii) defensivas, (iii) imitativas, (iv) dependente, (v) tradicional e (vi) oportunista. As estratégias ofensivas e defensivas são aquelas que mais focam no desenvolvimento intensivo de P&D, embora a defensiva seja em grau menor do que a primeira. As demais estratégias são praticamente reativas à posição adotada pela empresa líder do mercado.
  • 7. .: Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação Voz Disseminação uso da Internet Portabilidade Soluções móveis VoIP Mudanças estruturais nos setores de informática, principalmente para os segmentos de softwares, computadores pessoais, supercomputadores, satélites Destaque ao papel exercido pela Tecnologia da Informação e Comunicação na interligação em um processo crescente de globalização: penetrabilidade em praticamente todas as outras esferas econômicas Redução dos custos Aumento da qualidade Constituição de redes locais e globais, privadas e públicas Desenvolvimento de novas áreas de pesquisa, como a nanotecnologia e biotecnologia Mudança do paradigma tecnológico - Microeletrônica - Anos 2000 Modelo tradicional: a operadora de telefonia, seja fixa ou celular, provê o acesso e o serviço telefônico. No caso da telefonia fixa tradicional, paga-se uma taxa mensal com direito a determinada quantidade de minutos em ligações, de acordo com o plano escolhido pelo usuário.
  • 8. .: VoIP: Voice over Internet Protocol Conjunto de tecnologias que usa a Internet ou as redes IP privada para a comunicação de voz, substituindo ou complementando os sistemas de telefonia convencionais, utilizando serviços gratuitos. Tecnologia VoIP: características Não há pagamento de taxa mensal. Exceto quando o usuário necessita obter um número de retorno, ou seja, também é possível receber chamadas pelo computador Não há necessidade de dispor de uma infraestrutura de rede própria: o tráfego é cursado sobre as redes concessionárias ou de concorrentes que dispõem de redes físicas próprias Não está sujeita às regras tarifárias do serviço telefônico, e seus provedores têm ampla liberdade de preço Não há metas de qualidade e obrigações de universalização e não há regulamentação da Anatel A banda larga está se tornando rapidamente a tecnologia dominante para acesso à internet Serviços VoIP oferecem tarifas mais competitivas do que o serviço tradicional, exercendo pressão nos preços dos serviços de voz
  • 9. .: Trajetória Tecnológica no Setor de Telecomunicações Modelo POTS Plain Old Telecommunications System Modelo PANS Pretty Amazing New Services Início do processo de digitalização. Aumento contínuo do papel do software e à compactação progressiva do hardware e desenvolvimento das redes de comunicação de dados Padrão “packet switched systems” (padrão de comutação por pacotes). Permite compactar mensagens, seja de voz, vídeo ou imagem e transmiti-las pela rede como se fosse um dado. Introdução da conexão por banda larga para acesso à internet completa o ciclo de digitalização das redes
  • 11. .: VoIP: vantagens, desvantagens e limitações • Acessibilidade: necessidade de conexão banda larga • Qualidade do serviços: latência, perda de pacotes, jitter e segurança; dependência de energia elétrica e roteadores. • Renda: a classe que já possui o serviço é aquela com rendimentos mais elevados, o que obriga as operadoras a procurar novos clientes entre aqueles com renda mais baixa • Impostos: No ano de 2007, no acumulado de janeiro-setembro, o percentual de arrecadação já havia atingindo a marca de 14.2% do total de ICMS • Marco regulatório: impossibilidade de fusão entre duas concessionárias do serviço de telefonia comutado tradicional que operem em áreas diferentes do PGO (Plano Geral de Outorgas) e as imposições colocadas pela Lei do Cabo, que não permite participação superior a 30% de capital estrangeiro em empresas de radiodifusão Principais Vantagens e Desvantagens Fatores limitantes
  • 12. .: Estatísticas do Brasil Assinantes/conexões Domicílios http://www.teleco.com.br/estatis.asp enorme potencial de crescimento enorme potencial de crescimento
  • 13. .: Conclusão e perspectivas  Desde a invenção do telefone, o foco do serviço oferecido pelas operadoras era apenas o serviço de voz. Eram realizados pesados investimentos com o objetivo de montar a infraestrutura de rede para garantir a cobertura e manter a receita.  O desenvolvimento tecnológico, ao mesmo tempo em que criou novas oportunidades, também colocou obstáculos para o desenvolvimento de setores já existentes. Foi o que ocorreu com o desenvolvimento dos processos digitais e, posteriormente, o crescimento da internet. Na medida em que o setor de informática evolui, passa a influenciar o setor de telecomunicações, uma vez que processos digitais têm impactos positivos nos controles de qualidade das transmissões de voz e o desenvolvimento de novos hardware e softwares também afetam a infraestrutura do setor.  A tecnologia VoIP se dissemina, principalmente, no meio corporativo em virtude da redução de custos proporcionada para interligar as diversas filiais ao redor do mundo e a disponibilidade de acesso à internet de alta velocidade.  Ao incentivar a utilização de banda larga, necessária para o funcionamento do serviço, também possibilita a abertura de novos mercados para as operadoras, capazes de levar pela mesma infraestrutura serviços de voz, internet e TV por assinatura (Triple Play), ao mesmo tempo em que tentam encontrar uma nova fonte de receita capaz de reverter à queda nas receitas de voz. Entre os novos serviços possíveis de serem ofertados pelas operadoras, além do VoIP, temos a IPTV (Internet Protocol TV), Video on demand (VoD), gravação digital em sistemas de Personal Video Recording e novas formas de comércio eletrônico.  As grandes operadoras têm um grande desafio neste novo cenário, uma vez que, a redução de custos com a oferta conjunta de diversos serviços passa pela aquisição de empresas em setores correlatos e pela mudança da legislação do setor em vigor atualmente. Tanto a LGT (Lei Geral de Telecomunicações) quanto a “Lei do Cabo” colocam obstáculos para a formação de grandes grupos capazes de conformar empresas dos três segmentos: telefonia, TV a cabo e internet.  O Governo Brasileiro acena positivamente para a mudança nas regras com vistas a formar, inclusive, um grande grupo nacional capaz de concorrer com os grandes grupos internacionais já presentes no país e também capaz de alavancar os recursos necessários para a manutenção dos investimentos necessários para manutenção das redes e para a implementação e adaptação das redes para o novo padrão tecnológico.
  • 14. .: Fonte MELO, Michele Cristina Silva e CÁRIO, Sílvio Antônio Ferraz. TRAJETÓRIA TECNOLÓGICA DO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES NO BRASIL: A TECNOLOGIA VoIP. Disponível em: http://www.economiaetecnologia.ufpr.br/XI_ANPEC- Sul/artigos_pdf/a4/ANPEC-Sul-A4-16-trajetoria_tecnologica_d.pdf TELECO. Inteligência em Telecomunicações. Disponível em: <http://www.teleco.com.br/voip.asp>