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Português – 11.º Ano




Trabalho realizado por: Diogo Ferreira
A questão social – um ponto de partida
     “Eu não sou como muitos que estão no meio de
   um grande ajuntamento de gente e completamente
                 isolados e abstractos.
      A mim o que me rodeia é o que me preocupa.”


                                       Desigualdades sociais


            Questão à qual o poeta        Indiferença
            se propõe a desenvolver

                                        Transformação social
Contextualização histórico-social

                             Década de 60 do
                               século XIX

Cenas do quotidiano                                  Máximo apogeu em
                                                          França

                         IMPRESSIONISMO




  Reprodução fiel do mundo                     Relação com a máquina
          visível                                    fotográfica
A representação do real
   O quotidiano burguês



   Captar a vivacidade e a
   atmosfera alegre desta
  popular dança de jardim


  A interpretação da vida
    popular parisiense
A poesia do quotidiano de Cesário Verde
                                          “ Naquele piquenique de burguesas,
                                         Houve uma coisa simplesmente bela;
   Pintura impressionista
                                       E que, sem ter história nem grandezas,
                                            Em todo o caso dava uma aguarela.
                                          Foi quando tu, descendo do burrico,
     Poetização do real                    Foste colher, sem imposturas tolas,
                                           A um granzoal azul de grão-de-bico
                                             Um ramalhete rubro de papoulas.
  O artista diligencia fixar          Pouco depois, em cima duns penhascos,
   a “impressão” que as                      Nós acampámos, inda o sol se via;
   coisas lhe deixam na                E houve talhadas de melão, damascos,
   sensibilidade, numa                      E pão-de-ló molhado em malvasia.
  infinitesimal fração de                   Mas, todo purpuro, a sair da renda
                                          Dos teus dois seios como duas rolas,
          segundo.
                                           Era o supremo encanto da merenda
                                             O ramalhete rubro das papoulas!”
                         O real
                    quotidiano com
                    as suas emoções
A poetização do real
 “Dez horas da manhã; os transparentes
 Matizam uma casa apalaçada;
 Pelos jardins estancam-se as nascentes,               Uma visão geral do
 E fere a vista, com brancuras quentes,                ambiente seguida
                                                       de uma perspetiva
 A larga macadamizada. “
                                                          de um caso
 “E rota, pequenina, azafamada,                            particular
 Notei de costas uma rapariga.”

  “Faz frio. Mas, depois duns dias de aguaceiros,
  Vibra uma imensa claridade crua.
                                                    Focalização num grupo
  De cócaras, em linha os calceteiros,                 social específico
  Com lentidão, terrosos e grosseiros,
  Calçam de lado a lado a longa rua.”
“Sentimento de um ocidental”
         “AVÉ-MARIAS                              Voltam os calafates, aos magotes,
Nas nossas ruas, ao anoitecer,                    De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Há tal soturnidade, há tal melancolia,            Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia      Ou erro pelos cais a que se atracam botes.
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.
                                                  E evoco, então, as crónicas navais:
                                                  Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado!
O céu parece baixo e de neblina,
                                                  Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado!
O gás extravasado enjoa-me, perturba;
                                                  Singram soberbas naus que eu não verei jamais!
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina
                                                  E o fim de tarde inspira-me; e incomoda!
                                                  De um couraçado inglês vogam os escaleres;
Batem os carros de aluguer, ao fundo,             E em terra num tinir de louças e talheres
Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!      Flamejam, ao jantar, alguns hotéis da moda.
Ocorrem-me em revista exposições, países;
Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!   Num trem de praça arengam dois dentistas;
                                                  Um trôpego arlequim braceja numas andas;
Semelham-se a gaiolas, com viveiros,              Os querubins do lar flutuam nas varandas;
As edificações somente emadeiradas:               Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!”
Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga os mestres carpinteiros.
O poeta deambula pela cidade de Lisboa passando pelo cais junto ao Tejo e
                         pelas ruas limítrofes



                                Descrição




                  Pessoas que                                  Sensações/
 Espaço           passam ou                 Ambientes
                                                               Impressões
                   trabalham




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O quotidiano na obra de Cesário Verde

  • 1. Português – 11.º Ano Trabalho realizado por: Diogo Ferreira
  • 2. A questão social – um ponto de partida “Eu não sou como muitos que estão no meio de um grande ajuntamento de gente e completamente isolados e abstractos. A mim o que me rodeia é o que me preocupa.” Desigualdades sociais Questão à qual o poeta Indiferença se propõe a desenvolver Transformação social
  • 3. Contextualização histórico-social Década de 60 do século XIX Cenas do quotidiano Máximo apogeu em França IMPRESSIONISMO Reprodução fiel do mundo Relação com a máquina visível fotográfica
  • 4. A representação do real O quotidiano burguês Captar a vivacidade e a atmosfera alegre desta popular dança de jardim A interpretação da vida popular parisiense
  • 5. A poesia do quotidiano de Cesário Verde “ Naquele piquenique de burguesas, Houve uma coisa simplesmente bela; Pintura impressionista E que, sem ter história nem grandezas, Em todo o caso dava uma aguarela. Foi quando tu, descendo do burrico, Poetização do real Foste colher, sem imposturas tolas, A um granzoal azul de grão-de-bico Um ramalhete rubro de papoulas. O artista diligencia fixar Pouco depois, em cima duns penhascos, a “impressão” que as Nós acampámos, inda o sol se via; coisas lhe deixam na E houve talhadas de melão, damascos, sensibilidade, numa E pão-de-ló molhado em malvasia. infinitesimal fração de Mas, todo purpuro, a sair da renda Dos teus dois seios como duas rolas, segundo. Era o supremo encanto da merenda O ramalhete rubro das papoulas!” O real quotidiano com as suas emoções
  • 6. A poetização do real “Dez horas da manhã; os transparentes Matizam uma casa apalaçada; Pelos jardins estancam-se as nascentes, Uma visão geral do E fere a vista, com brancuras quentes, ambiente seguida de uma perspetiva A larga macadamizada. “ de um caso “E rota, pequenina, azafamada, particular Notei de costas uma rapariga.” “Faz frio. Mas, depois duns dias de aguaceiros, Vibra uma imensa claridade crua. Focalização num grupo De cócaras, em linha os calceteiros, social específico Com lentidão, terrosos e grosseiros, Calçam de lado a lado a longa rua.”
  • 7. “Sentimento de um ocidental” “AVÉ-MARIAS Voltam os calafates, aos magotes, Nas nossas ruas, ao anoitecer, De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos; Há tal soturnidade, há tal melancolia, Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos, Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia Ou erro pelos cais a que se atracam botes. Despertam-me um desejo absurdo de sofrer. E evoco, então, as crónicas navais: Mouros, baixéis, heróis, tudo ressuscitado! O céu parece baixo e de neblina, Luta Camões no Sul, salvando um livro a nado! O gás extravasado enjoa-me, perturba; Singram soberbas naus que eu não verei jamais! E os edifícios, com as chaminés, e a turba Toldam-se duma cor monótona e londrina E o fim de tarde inspira-me; e incomoda! De um couraçado inglês vogam os escaleres; Batem os carros de aluguer, ao fundo, E em terra num tinir de louças e talheres Levando à via-férrea os que se vão. Felizes! Flamejam, ao jantar, alguns hotéis da moda. Ocorrem-me em revista exposições, países; Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo! Num trem de praça arengam dois dentistas; Um trôpego arlequim braceja numas andas; Semelham-se a gaiolas, com viveiros, Os querubins do lar flutuam nas varandas; As edificações somente emadeiradas: Às portas, em cabelo, enfadam-se os lojistas!” Como morcegos, ao cair das badaladas, Saltam de viga os mestres carpinteiros.
  • 8. O poeta deambula pela cidade de Lisboa passando pelo cais junto ao Tejo e pelas ruas limítrofes Descrição Pessoas que Sensações/ Espaço passam ou Ambientes Impressões trabalham Visão impressionista