1. G . Reale - D. Antiseri
HISTORIA
DA FILOSOFIA
3 Do Humanism0
a Descartes
2. Dados lnternacionais de Catalogagto na Publica@o (CIP)
(CBmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Reale, Giovanni
Historia da filosofia: do humanism0 a Descartes, v. 3 1Giovanni Reale, Dario Antiseri;
-
[tradupBo Ivo Storn~olo]. SBo Paulo: Paulus, 2004.
Titulo original: Storia della filosofia
Bibliografia.
ISBN 85-349-2102-4
1. Filosofia- Historia I. Antiseri, Dario. II. Titulo. Ill. Titulo: Do Humanismoa Descartes.
indices para catAlogo sistematico:
1. Filosofia: Historia 109
Titulo original
Sfofla de//a fi/osofia - Vo/ume //.' Da/l'Umanes~mo Kanf
a
O Editrice LA SCUOLA, Brescia, Italia, 1997
ISBN 88-350-9271-X
Revislo
Zo/ferho Tonon
IrnpressSo e acabamento
PAULUS
0 PAULUS - 2004
Rua Francisco Cruz, 229.04117-091 SSo Paulo (Brasil)
.
.
Fax (11) 5579-3627 Tel. (11) 5084-3066
www.paulus.com.br editorial@paulus.com.br
ISBN 85-349-2102-4
3. Existem teorias, argumentacdes e
disputas filosoficas pelo fato de existirem pro- A historia da filosofia e a historia
blemas filosof icos. Assim como na pesquisa dos problemas filosoficos, das teorias fi-
cientifica ideias e teorias cientificas sdo res- losoficas e das argumentaq5es filosofi-
postas a problemas cientificos, da mesma cas. E a historia das disputas entre filo-
forma, analogicamente, na pesquisa filoso- sofos e dos erros dos filosofos. E sempre
fica as teorias filosoficas sdo tentativas de a historia de novas tentativas de versar
solucdo dos problemas filosoficos. sobre questdes inevitaveis, na esperanca
0s problemas filosoficos, portanto, de conhecer sempre melhor a nos mes-
existem, sdo inevitaveis e irreprimiveis; en- mos e de encontrar orientacdes para
volvem cada homem particular que ndo nossa vida e motivagdes menos frageis
renuncie a pensar: A maioria desses pro- para nossas escolhas.
blemas ndo deixa em paz: Deus existe, ou A historia da filosofia ocidental e a
existiriamos apenas nos, perdidos neste historia das ideias que in-formaram, ou
imenso universo? 0 mundo e um cosmo seja, que deram forma a historia do Oci-
ou um caos? A historia humana tem senti- dente. E um patrimdnio para ndo ser dis-
do? E se tem, qual e? Ou, entdo, tudo - a sipado, uma riqueza que ndo se deve
gloria e a miseria, as grandes conquistas e perder: E exatamente para tal fim os pro-
os sofrimentos inocentes, vitimas e car- blemas, as teorias, as argumentacdes e
nifices - tudo acabara no absurdo, despro- as disputas filosoficas sao analiticamente
vido de qualquer sentido? E o homem: e explicados, expostos com a maior clareza
livre e responsavel ou e um simples frag- possivel.
men to insignificante do universo, determi- ***
nado em suas acdes por rigidas leis natu-
rais? A ciencia pode nos dar certezas? 0 Uma explicacdo que pretenda ser cla-
que e a verdade? Quais sdo as relacdes ra e detalhada, a mais compreensivel na
entre razdo cientifica e fe religiosa? Quan- medida do possivel, e que ao mesmo tem-
do podemos dizer que um Estado e demo- po ofere~a explica~des exaustivas compor-
cratic~? quais sdo os fundamentos da de-
E ta, todavia, um "efeito perverso", pelo fato
mocracia? E possivel obter umajustificaqdo de que pode ndo raramente constituir um
racional dos valores mais elevados? E quan- obstaculo a "memoriza~do"do complexo
do e que somos racionais? pensamento dos filosofos.
Eis, portanto, alguns dos problemas Esta e a razdo pela qual os autores
filosoficos de fundo, que dizem respeito pensaram, seguindo o paradigma classi-
as escolhas e ao destino de todo homem, co do Ueberweg, antepor a exposicdo
e com os quais se aventuraram as men- analitica dos problemas e das ideias dos
tes mais elevadas da humanidade, dei- diferentes filosofos uma sintese de tais
xando-nos como heranca um verdadeiro problemas e ideias, concebida como ins-
patrimdnio de ideias, que constitui a iden- trument~didatico e auxiliar para a me-
tidade e a grande riqueza do Ocidente. moriza~ao.
4. Afirmou-se com justeza que, em linha Ao executar este complexo traqado,
geral, um grande filosofo e o g&io de uma os autores se inspiraram em c;inones psico-
grande ideia: Platdo e o mundo das ideias, pedagogicos precisos, a fim de agilizar a
Aristoteles e o conceit0 de Ser, Plotino e a memorizaqao das ideias filosoficas, que sio
concep@o do Uno, Agostinho e a "tercei- as mais dificeis de assimilar: seguiram o
ra navegaqiol'sobre o lenho da cruz, Des- metodo da repetiqao de alguns conceitos-
cartes e o "cogito", Leibniz e as "mbnadas", chave, assim como em circulos cada vez
Kant e o transcendental, Hegel e a dialetica, mais amplos, que vaojustamente da sinte-
Marx e a alienaqio do trabalho, Kierke- se a analise e aos textos. Tais repeti@es,
gaard e o "singular", Bergson e a "dura- repetidas e amplificadas de mod0 oportu-
@o", Wittgenstein e os "jogos de lingua- no, ajudam, de mod0 extremamente efi-
gem", Popper e a "falsificabilidade" das caz, a fixar na atenqdo e na memoria os
teorias cientificas, e assim por diante. nexos fundantes e as estruturas que sus-
Pois bem, os dois autores desta obra tentam o pensamento ocidental.
propdem um lexico filosofico, um diciona-
rio dos conceitos fundamentais dos diver- Buscou-se tambem oferecer aojovem,
sos filosofos, apresentados de maneira di- atualmente educado para o pensamento
datica totalmente nova. Se as sinteses visual, tabelas que representam sinotica-
iniciais s i o o instrumento didatico da me- mente mapas conceituais.
moriza~ao,o lexico foi idealizado e cons- Alem disso, julgou-se oportuno enri-
truido como instrumento da conceitual iza- quecer o texto com vasta e seleta serie de
@o; e, juntos, uma especie de chave que imagens, que apresentam, alem do rosto
permita entrar nos escritos dos filosofos e dos fildsofos, textos e momentos tipicos da
deles apresentar interpretaqdes que encon- discussdo filosofica.
trem pontos de apoio mais solidos nos pro-
prios textos.
Apresentamos, portanto, um texto ci-
entifica e didaticamente construido, com
Sinteses, analises, lexico ligam-se,
a intenqdo de oferecer instrumentos ade-
portanto, a ampla e meditada escolha dos
quados para introduzir nossos jovens a
textos, pois os dois autores da presente
olhar para a historia dos problemas e das
obra estio profundamente convencidos
ideias filosoficas como para a historia gran-
do fato de que a compreensdo de um fi-
de, fascinante e dificil dos esfor~osintelec-
Iosofo se alcanqa de mod0 adequado nao
tuais que os mais elevados intelectos do
so recebendo aquilo que o autor diz, mas
Ocidente nos deixaram como dom, mas
lanqando sondas intelectuais tambem nos
tambem como empenho.
modos e nos iarqdes especificos dos tex-
tos filosofico~.- GIOVANNI - DARIO
REALE ANTISERI
5. [ndice de nomes, XV 111.0s "profetas" e os "magos"
Indice de conceitos fundamentais, XIX orientais e pag5os:
Hermes Trismegisto,
Primeira parte Zoroastro e Orfeu 14
1.0conhecimento hist6rico-critic0 diferen-
0 HUMANISM0 te que os humanistas tiveram da tradigiio
latina em relagiio 2 grega, 14; 2. Hermes
E A RENASCENCA Trismegisto e o "Corpus Hermeticum", 15;
2.1. Hermes e o "Corpus Hermeticum" na
realidade histbrica, 15; 2.2. Hermes e o
Capitulo primeiro "Corpus Hermeticum" na interpretagiio da
0 pensamento humanista- Renascenga, 16; 3. 0 "Zoroastro" da Re-
renascentista nascenga, 16; 4. 0 Orfeu renascentista, 17.
e suas caracteristicas gerais 3 P. 0.Kristeller: 1.Nega@o do sig-
~$~d'o~filosdfico Humanismo, 18; E.
do
I. O significado Garin: 2. Reivindica@o da valdncia "filo-
historiogriifico sofico-pragmhtica " do Humanismo, 18; J.
do termo "Humanismo" 3 Burckhardt: 3 . 0 individualismo como mar-
co original da Renascen~a, K. Burdach:
19;
1. 0 Humanismo e a valorizagiio das "litte- 4. As rakes da Renascen~a afundam na Ida-
rae humanae", 3; 2. As duas mais signifi- de Mkdia, 20.
cativas interpretagoes contemporheas do
Humanismo, 6; 2.1. A interpretagiio de
Kristeller, 6; 2.2. A interpretasgo de Garin, 7; Capitulo segundo
3. Possivel mediaggo sintCtica das duas in- 0 s debates sobre vroblemas morais
terpretag6es opostas, 7.
II. Conceito historiogriifico, I. 0 s inicios do Humanism0 21
cronologia e caracteristicas
da "Renascenqa" 9 1. Francisco Petrarca, 21; 2. Coluccio Salu-
tati, 22.
1. A interpretagiio oitocentista da "Renas-
cenga" como surgimento de novo espiri- 11. 0 s debates sobre temas Ctico-
to e de nova cultura que valorizam o mun- politicos em L. Bruni,
do antigo em oposigiio 2 Idade MCdia, 10; P. Bracciolini, L. B. Alberti - 2 3
2. A nova interpretagiio da "Renascenga"
como "renovation e a "volta aos antigos" 1.Leonardo Bruni, 23; 2. Poggio Bracciolini,
como "volta aos principios", 11; 3. Re- 24; 3. Leon Battista Alberti, 24; 4. Outros
flexoes conclusivas sobre o conceit0 de humanistas do Quatrocentos, 25.
"Renascenga", 11; 4. Cronologia e temas
d o Humanismo e da Renascenga, 12; 111. Lourenqo Valla 26
5. Relagoes entre Renascenga e Idade MC- 1. 0 Neo-epicurismo de Valla, 26; 2. A su-
dia, 12. peragiio de Epicuro, 26; 3. A filologia de
6. VIII Yndice geral
Valla: a "palavra" como suporte da verda- -
T~xros Nicolau de Cusa: 1.0conceito de
de, 27. "douta ignorLincia ",46; 2. A "coincidtncia
-
T~xros F. Petrarca: 1. Verdadeira sabedo- dos opostos" em Deus, 47; 3. 0 principio
ria, 28; L. Valla: 2. A defesa da prdpria in- "tudo esta em tudo" e seu significado, 49;
t e r p r e t ~ @ ~ ccvoluptas",29.
da 4. 0 maximo absoluto e a natureza do ho-
mem como microcosmo, 51; M. Ficino: 5.
A c o n c e p ~ i oda alma como "copula
Capitulo terceiro mundi", 52; Pico della Mirandola: 6. A dig-
nidade do homem, 53.
0 Neoplatonismo renascentista- 31
I. Acenos sobre Capitulo quarto
a tradigio plat6nica em geral 0 Aristotelismo renascentista
e sobre os doutos bizantinos e a revivesc2ncia do Ceticismo- 55
do stc. XV 31
1. Reviveschcia do platonismo, 3 1. I. 0 s problemas
da tradigio aristottlica
11. Nicolau de Cusa: na era do Humanism- 55
a "douta ignorhcia"
1. As tr2s interpretagdes tradicionais de
em relagio ao infinito 33 Aristoteles, 55; 2. As temiticas aristotklicas
1. A vida, as obras e o delineamento cultu- tratadas na Renascenga, 56; 3. A complexa
ral de Nicolau de Cusa, 34; 2. A "douta ig- questiio da "dupla verdade", 56; 4. Valincia
nori?ncia", 34; 2.1. A busca por aproxima- do Aristotelismo renascentista, 57.
giio, 34; 2.2. A "coincidCncia dos opostos"
no infinito, 35; 2.3.0s t r k graus do conhe- 11. Pedro Pomponazzi 58
cimento, 35; 3. A relagio entre Deus e o uni- 1. 0 debate sobre a imortalidade da alma,
verso, 36; 4. 0 significado do principio 58; 2. A natureza da alma e a virtude hu-
"tudo esti em tudo", 36; 5. A proclamaqiio mana, 59; 3. 0 "principio da naturalida-
do homem como "microcosmo", 36. den, 59; 4 . 0 privilkgio que deve ser dado i
experitncia, 80.
111. Marsilio Ficino
e a Academia plat6nica 111. Renascimento
florentina 38 de uma forma moderada
1. A posigio de Ficino no pensamento de Ceticismo 61
renascentista e as caracteristicas de sua obra, 1.Reviveschcias das filosofias helenisticas na
38; 2. Ficino como tradutor, 39; 3 . 0 s pon- Renascenga, 61; 2. Michel de Montaigne e o
tos fundamentais do pensamento filosofico ceticismo como fundamento de sabedoria, 61.
de Ficino, 39; 4. A filosofia como "revela-
gio" divina, 40; 5. A estrutura hierirquica TEXTO~ Pomponazzi: 1. A quest20 da
- P.
do real e a alma como "copula mundi", 40; imortalidade da a h a , 63; M. de Montaigne:
6. A teoria do "amor plathico" e sua difu- 2. Filosofar e' aprender a mower, 65.
sio, 40; 7. A doutrina migica de Ficino e
sua importihcia, 4 1.
Capitulo quinto
IV. Pico della Mirandola A Renascenga e a Religiiio- 67
entre platonismo,
aristotelismo, I. Erasmo de Rotterdam
cabala e religiio 42 e a "philosophia C h r i s t i " 67
1. 0 pensamento de Pico, 42; 2. Pico e a 1. A posigio, a vida e a obra de Erasmo, 67;
cabala, 42; 3. Pico e a doutrina da dignida- 2. Concepqiiohumanista da filosofia cristii, 68;
de do homem, 44. 3 . 0 conceito erasmiano de "loucura", 69.
V. Francisco Patrizi 45 11. Martinho Lutero 70
1.Patrizi: exemplo da continuidade da men- 1. Lutero e suas relagdes com a filosofia,
talidade hermktica, 45. 70; 2. As relagdes de Lutero com o pensa-
7. mento renascentista, 71; 3. 0 s pontos basi- IV. Jean Bodin
cos da teologia de Lutero, 72; 3.1. 0 ho- e a soberania absoluta
mem se justifica apenas pela fC e sem as do Estado 99
obras, 72; 3.2. A "Escritura" como a fonte
de verdade, 73; 3.3. 0 livre exame da "Es- 1.A idCia de "soberania" do Estado no pen-
critura", 74; 4. ConotaqGes pessimistas e samento de Bodin, 99.
irracionalistas do pensamento de Lutero, 74.
V. Hugo Grotius
111. Ulrich Zwinglio, e a funda~io
o reformador de Zurique- 76 do jusnaturalismo 100
1. A posiqiio doutrinal de Zwinglio, 76. 1.Grotius e a teoria do direito natural, 100.
IV. Calvino -
TEXTOS N. Maquiavel: 1. A necessidade
e a reforma de G e n e b r a 77 de "ir diretamente a verdade efetiva da coi-
sa", 101; 2. A sorte e' arbitra da metade de
1. 0 s pontos fundamentais da teoria de nossas ap5es, 101.
Calvino, 77.
V. Outros teologos da Reforma Capitulo setimo
e figuras ligadas VQtices e resultados conclusivos
ao movimento p r o t e s t a n t e 79 do pensamento renascentista:
1. IntCrpretes importantes do movimento Leonardo, TelCsio,
protestante, 79. Bruno e Campanella 103
VI. Contra-reforma I. Natureza, citncia e arte
e Reforma catolica 80 em Leonardo 103
1. 0 s conceitos historiograficos de "Con- 1. Vida e obras, 103; A ordem mecanicista
tra-reforma" e de "Reforma catolica", 80; da natureza, 104; 3. "Cogitagiio mental" e
2. 0 Concilio de Trento, 81; 3. 0 relanqa- "experihcia", 105.
mento da Escolastica, 83.
-
TEXTOS Erasmo: 1. Erasmo: o elogio da 11. Bernardino Telksio:
loucura, 84; M. Lutero: 2. 0 primado da fe' a investigasgo da natureza
em Cristo sobre as obras, 8 8; 3. Sobre o ser- segundo . ,.
vo-arbitrio do homem, 89; J. Calvino: 4. Deus seus proprios principios- 106
predestinou alguns homens a salva@o, ou-
tros a dana@o, 90. 1. Vida e obras, 106; 2. A novidade da fisi-
ca telesiana, 107; 3. 0 s principios proprios
da natureza, 108; 4. 0 homem como reali-
Capitulo sexto dade natural, 109; 5. A moral natural, 109;
A Renascenqa e a Politica 93 6. A transcendcncia divina e a alma como
ente supra-sensivel, 110.
I. Nicolau Maquiavel 93 111. Giordano Bruno:
1. A posiqiio de Maquiavel, 93; 2. 0 realis- universo infinito
mo de Maquiavel, 94; 3. A "virtude" do e "heroic0 furor" .. 111
principe, 94; 4. Liberdade e "sorte", 94;
5. 0 "retorno aos principios", 95; 1. Vida e obras, 112; 2. A caracteristica
de fundo do pensamento de Bruno, 113;
11. Guicciardini e Botero 96 3. Arte da memoria (mnemottcnica)e ar-
1. A natureza do homem, a sorte e a vida te magico-hermitica, 114; 4. 0 universo
politica em Guicciardini e Botero, 96. de Bruno e seu significado, 114; 5. A in-
finitude do Todo e o significado impress0
111. Tomis Morus 97 por Bruno a revolugiio copernicana, 115;
6. 0 s "heroicos furores", 116; 7. Conclu-
1.Imagem emblemitica e conceit0 de "Uto- sGes, 117.
pia", 97; 2. 0 s principios morais e sociais
em que se inspiram os habitantes de Uto- MAPA CONCEITUAL - A deriva@o do univer-
pia, 98. so de Deus e o "herdico furor", 118.
8. IV. Tomas Campanella: pritica, 147; 4. 0 s instrumentos cientifi-
naturalismo, magia e anseio cos como parte integrante do saber cienti-
fico, 148.
de reforma universal 119
1. A vida e as obras, 120; 2. A natureza e o
significado do conhecimento filosofico e o Capitulo nono
repensamento do sensismo telesiano, 121; A revoluqiio cientifica
3. A autoconscihcia, 122; 4. A metafisica e a tradiqiio magico-hermktica--- 151
campanelliana: as tres "primalidades" do
ser, 123; 5 . 0 pan-psiquismo e a magia, 123; I. Presenqa e rejeiqiio da tradiqiio
6. A "Cidade do Sol", 124; 7. Conclus6es, migico-hermetica - 151
124.
MAPA CONCEITUAL. - 0 s fundamentos da
1. Resultados do pensamento magico-her-
metafisica, 126. mitico sobre a ciincia moderna, 152; 2. A
uniao estreita entre astrologia, magia e ci&n-
T E X T- Leonardo da Vinci: 1. As caracte-
~S cia moderna, 153; 3. Caracteristicas da as-
risticas da ciZncia, 127; B. Telisio: 2. A na- trologia, 154; 4. Fisiognomonia, quiroman-
tureza deue ser explicada segundo seus cia e metoposcopia, 154; 5. Caracteristicas
principios, 129; G. Bruno: 3. Unidade e infi- da magia, 155.
nitude do uniuerso, 130; 4 . 0 mito de Action,
132; T. Campanella: 5. A doutrina do co- 11. Reuchlin
nhecimento, 133; 6. A estrutura metafisica e a tradiqio cabalistica.
da realidade, 135. Agripa:
"magia branca"
e "magia negra" 156
Segunda parte
1. Reuchlin e a cabala, 156; 2. Agripa e a
magia, 156.
111.0 programa iatroquimico
de Paracelso 158
1. Paracelso: da magia a medicina natural,
Capitulo oitavo 158.
Origens e traqos gerais
IV. TrGs "magos" italianos:
da revoluqiio cientifica 139
Fracastoro, Cardano
I. A revoluqio cientifica: e Della Porta- 160
o que muda com ela 139 1.Jer6nimo Fracastoro, fundador da epide-
1. Como a imagem do universo muda, 141; miologia, 161; 2. Jer6nimo Cardano, um
2. A terra niio i mais o centro do universo: mago que foi midico e matematico, 162;
consequincias filosoficas desta "descober- 3. Giambattista Della Porta, entre 6tica e
tan, 143; 3. A ciEncia torna-se saber experi- magia, 163.
mental, 143; 4. A autonomia da ciincia em
relaqiio a f6, 144; 5. A cisncia niio i saber
de essincias, 144; 6. Pressupostos filos6- Capitulo dicimo
ficos da cihcia moderna, 144; 7. Magia e De CopCrnico a Kepler - 165
cicncia moderna, 145.
I. Nicolau Copernico
11. A formaqiio e o novo paradigma
de novo tip0 de saber, da teoria helioctntrica 165
que requer a uniio de ciEncia
1. 0 significado filosofico da "revoluqao
e tecnica 146 copernicana", 166; 2. A interpretaqso ins-
1. A revoluqiio cientifica cria o cientista ex- trumentalista da obra de CopCrnico, 167;
perimental moderno, 146; 2. A revoluqso 3 . 0 realism0 e o Neoplatonismo de Copir-
cientifica: fusao da ticnica com o saber, nico, 168; 4. A situaqiio problematica da
146; 3. A cicncia moderna reune teoria e astronomia pri-copernicana, 169; 5. A teo-
9. ria de CopCrnico, 170; 6. CopCrnico e a IV. Galileu:
tens50 essencial entre tradi@o e revolul50, as rakes do choque
171.
com a Igreja
11. Tycho Brahe: e a critica
nem "a velha do instrumentalismo
distribuigiio ptolemaica" de Belarmino 199
nem "a moderna 1. A origem dos dissidios entre Galileu e a
inovagiio introduzida Igreja, 199; 2. As relaq6es entre Galileu e
pel0 grande Copernico" 173 Belarmino, 200.
1. Uma restaural50 contendo os germes V. A incomensurabilidade
da revoluq50, 173; 2 . 0 sistema tych8nic0, entre ciihcia e f i 202
174.
1. A Sagrada Escritura n5o se refere a estru-
111.Johannes Kepler: tura do cosmo, 202; 2. Autonomia da citn-
a passagem do "circulo" cia em rela@o i s Escrituras, 202; 3. As Escri-
turas se referem ? nossa salvaq50, 203.
i
para a "elipse"
e a sistematizac;5o matemitica VI. 0 primeiro processo 205
do sistema copernicano - 176 1. Primeira advertincia a Galileu para n5o
1. Kepler: vida e obras, 177; 1.1.Kepler, ma- sustentar a teoria copernicana, 205.
temhtico imperial em Praga, 178; 1.2. Kepler
em Linz: as "Tabuas rodolfinas" e a "Har- VII. A derrocada da cosmologia
monia do mundo", 179; 2. 0 "Mysterium aristotdica
cosmographicum": em busca da divina or- e o segundo process0 206
dem matematica dos &us, 180; 3. Do "cir- 1.Uma s6 fisica basta para o mundo celeste
culo" a "elipse". As "tris leis de Kepler", e o terrestre, 206; 2. 0 principio de relativi-
181; 4. 0 sol como causa dos movimentos dade galileano, 207; 3. 0 segundo proces-
planetarios, 183. so: a condena@o e a abjuraqio, 208.
T~y,ros- N. CopCrnico: 1. A novidade da
concep@o copernicana, 185; T. Brahe: 2. VIII. A ultima grande obra:
Entre tradi@o e inova@o, 187. 0s Discursos
e demonstra@es matematicas
e m torno
Capitulo dkcimo primeiro de duas novas ci2ncias 209
0 drama de Galileu 1.Estrutura da matiria e estitica, 209; 2. A
e a fundaqiio celebre experihcia do plano inclinado, 210.
da cihcia moderna 189
1X.A imagem galileana
I. Galileu Galilei: da cihcia 212
a vida e as obras 192 1. A ciincia nos diz "como vai o cCu" e a fC
1. As etapas mais importantes na vida de "como se vai ao cCu", 212; 2. Contra o
Galileu, 192. autoritarismo filosofico, 212; 3. A atitude jus-
ta em rela@o 2 tradiqao, 212; 4. A ciincia
11. Galileu e a "fen na luneta- 195 nos diz verdadeiramente como C feito o mun-
1. A luneta como instrumento cientifico, do, 21% 5. A citncia C objetiva, porque des-
195. creve as qualidades mensuraveis dos corpos,
213; 6 . 0 pressuposto neoplat8nico da ciin-
111. 0 Sidereus Nuncius cia galileana, 214; 7. A citncia n5o busca as
e as confirmag6es essincias, e todavia o homem possui alguns
conhecimentos definitivos e n5o revisiveis,
do sistema copernicano 197 215; 8 . 0 universo deterministic0 de Galileu
1.0universo torna-se maior, 197; 2 . 0 cho- ngo C mais o universo antropocintrico de
que entre os maximos sistemas do mundo, Aristoteles, 215; 9. Contra o vazio e a insen-
197. satez de algumas teorias tradicionais, 216.
10. J n d i c e geral
X. A quest50 do mktodo: 1. A importincia da fisica newtoniana na
<c
experiencias sensatas" historia da cicncia, 241.
elou "demonstraq6es VIII. A descoberta do cilculo
necessarias" ? 217 infinitesimal
1. A experihcia cientifica C o experimento, e a polemica com Leibniz - 242
217; 2. A mente constr6i a experihcia cien-
tifica, 218; 3. Um exemplo de como a ob- 1 . 0 s estudos matemiticos de Newton, 242;
servaqio depende das teorias, 219. 2. Newton e o cilculo infinitesimal, 243; 3. A
poltmica entre Newton e Leibniz, 244.
TEXTOSG. Galilei: 1. 0 telescopio na re-
-
-
volu@o astron&nica, 220; 2. CiBncia e f&, TEXTOSI. Newton: 1.As quatro regras do
221; 3. Me'todo e experiBncia, 225; 4. CiBn- me'todo experimental, 245; 2. Deus e a or-
cia e ticnica, 226; R. Belarmino: 5. A inter- dem do mundo, 246.
pret~@~ instrumentalists do Copernicanis-
mo, 227.
Capitulo dkcimo terceiro
As ciincias da vida,
Capitulo dkcimo segundo as Academias
Sistema do mundo, e as Sociedades cientificas 249
metodologia
e filosofia na obra I. Desenvolvimentos das ciencias
de Isaac Newton 229 da vida 249
I. 0 significado filosofico 1. 0 avanqo da pesquisa anathmica, 250;
2. Harvey: a descoberta da circulaqio do san-
da obra de Newton 232 gue e o mecanicismo biologico, 250; 3. Fran-
1. A teoria metodologica de Newton, 232. cisco Redi contra a teoria da geraqio espon-
tinea, 251.
11. A vida e as obras 233
1. Como Newton soube ler a queda de uma 11. As Academias
ma@, 233; 2. A polCmica com Hooke, 234. e as Sociedades cientificas- 253
111. As "regras do filosofar" 1. A Academia dos Linceus, 254; 2. A Aca-
demia do Cimento, 254; 3. A "Royal Socie-
e a "ontologia" ty" de Londres, 256; 4. A Academia Real
que elas pressupoem 236 das CiCncias na Franqa, 257.
1.TrCs regras metodologicas, 236; 2. A teo- -
TEXTOS F. Redi: 1. Contra a teoria da ge-
ria corpuscular, 236; 3. A gravitaqiio uni- rag20 esponthzea, 258.
versal, 237.
IV. A ordem do mundo
e a existencia de Deus 238 Terceira Parte
1. 0 sistema do mundo C uma grande mi-
quina, 238. BACON E DESCARTES
V. 0 significado da senten~a
metodologica: Capitulo dkcimo quarto
"hypotheses non fingo" 23 8 Francis Bacon:
1. 0 mitodo de Newton: formular hipote- filosofo da era industrial 263
ses e provi-las, 238.
I. Francis Bacon:
VI. A grande maquina do mundo 239 a vida e o projeto cultura- 263
1. As trCs leis do movimento, 239; 2. A lei
de gravitaqio universal, 240. 1. Bacon: o fil6sofo da era industrial, 263.
VII. A mec5nica de Newton 11. 0 s escritos de Bacon
como programa de pesquisa- 241 e seu significado 265
11. 1.A filosofia baconiana expressa nas obras, 1. Criticas a filosofia e a logica tradicionais,
265. 286; 2. Criticas ao saber matemitico, 287;
3. 0 problema geral do fundamento do sa-
111. "AntecipaqGes da natureza" ber, 288.
e "interpreta~Ges natureza" -267
da
111. As regras do mttodo 288
1. 0 mCtodo por meio do qua1 se alcanqa o
verdadeiro saber, 267. 1. Conceitos e numero das regras do mito-
do, 289; 2. A primeira regra do mitodo, 289;
IV. A teoria dos "idola" 269 3. A segunda regra do mitodo, 289; 4. A
1. Significado da teoria dos "idola", 269; terceira regra do mttodo, 290; 5. A quarta
2 . 0 s "idola tribus", 269; 3 . 0 s "idola spe- regra do mttodo, 290; 6. As quatro regras
cus", 270; 4. 0 s "idola fori", 270; 5. 0 s como modelo do saber, 290.
"idola theatri", 271. IV. A duvida metodica
V. 0 escopo da ciincia: e a certeza fundamental:
a descoberta das "formas" 272 cogito, ergo sum"
G< 29 1
1. Um ponto cardeal do pensamento de 1. A duvida como passagem obrigatoria,
Bacon, 272; 2. 0 poder do homem esta em mas provisoria, para chegar a verdade,
~roduzir um corpo novas naturezas, 272;
em 291; 2. Absolutez veritativa da proposi-
3. A citncia esti na descoberta das "formas", q5o "eu penso, logo existo", 292; 3. A pro-
272; 4. A idiia baconiana de "forma", o posiqzo "eu penso, logo existo" n5o C um
"processo latente" e o "esquematismo la- raciocinio dedutivo, mas uma intuiqiio,
tente", 273. 292; 4. 0 eixo da filosofia n5o i mais a
citncia do ser mas a doutrina do conheci-
VI. A induqiio por eliminaqiio mento, 293; 5. 0 centro do novo saber C
e o "experimentum crucis" - 274 o sujeito humano, 294; 6. A reta raz5o
humana, 294.
1. Critica induq5o aristotClica, 274; 2. As
trts "tabuas" sobre as quais se deve ba- V. A existincia
sear a nova indug50, 275; 3. Como das e o papel de Deus 295
trts tabuas se extrai a "primeira vindima",
275; 4. A nova induqso como "via media- 1. 0 problema da relagio entre nossas
na" entre as seguidas por empiristas e idiias, que s5o formas mentais, e a realida-
racionalistas, 276; 5. 0 "experimentum de objetiva, 295; 2. "IdCias inatas", "idiias
crucis", 276. adventicias" e "idCias facticias", 296; 3. A
idiia inata de Deus e sua objetividade,
MAPA CONCEITUAI. -A interpreta@o da nu-
296; 4. Deus como garantia da funq5o ve-
tureza, 278. ritativa de nossas faculdades cognosciti-
TEXTOSF. Bacon: 1. A necessidade de
- vas, 297; 5. As verdades eternas, 298; 6 . 0
um novo metodo nus ciBncias e nus artes, err0 n5o depende de Deus, mas do homem,
279; 2. As linhas gerais do novo metodo, 299.
281.
VI. 0 mundo t uma maquina 299
1. A idCia de extens50 e sua importincia
Capitulo d k i m o quinto essencial, 299; 2. Apenas a extensio C pro-
Descartes: priedade essencial, 300; 3. A matiria (ex-
"0 fundador tens5o) e o movimento como principios
da filosofia moderna" 283 constitutivos do mundo, 300; 4. 0 s prin-
cipios fundamentais que regem o univer-
I. A vida e as obras 283 so, 301; 5. Reduq5o de todos os organis-
mos e do mundo inteiro a maquinas, 301.
1. Um novo tip0 de saber centrado sobre
o homem e sobre a racionalidade huma- VII. Alma ( "res cogitans" )
na, 283. e corpo ("res extensa") -302
II. A experiincia da derrocada 1. 0 contato entre "res cogitans" e "res ex-
da cultura da tpoca 286 tensa" ocorre no homem, 302.
12. VIII. As regras da moral CONCE~TUAL 0 "cogit0 ",306.
MAPA -
provisoria 303
1. A primeira regra, 304; 2. A segunda re- TMTOS R. Descartes: 1.AS regras metodi-
-
gra, 304; 3. A terceira regra, 304; 4. A quarta cas, 307; 2. 0 ''cogit0 ergo sum", 309; 3. A
regra, 304; 5. A razz0 e 0 verdadeiro corn0 "terceira meditapio" em torno de Deus e
fundamento da moral, 304. de sua exist2ncia, 310.
13. 3, es*
BRUNELLESCHI F., 147
BRUNI 21,23-24, 31
L.,
G.,
BRUNO 41, 55, 57, 103, 111-
Abetti G., 177, 179, 180 BACONF., 108, 139, 141, 145,
12, 118,120,130-133,143, 168,
ACQUAPENDENTE, F. D,' 249,250 151,153,163,239,253,257, 199,285
Afonso I1 d'Este, 45 261,263-278,279-282 Bullart I., 136
Afonso X, rei de Leiio e Castela, 170 Bacon N., 263,264 BUONARROTI M., 5
AGOSTINH~ IIF HII'ONA, 16,22,68, BadouGre J., 189, 195 Buono, C. del, 255
91,122,135,202 Baliani J.B., 217 Buono, P. del, 255
AGRIPA DE NFTTESHEIM
C. (Heinrich BANFI 167
A., Burckhardt I., 9, 10, 19-20
Cornelius),161,156-158,163 BARBARO25,42E., Burdach K., 9,11,20
ALBERTI 23,24-25, 147
L.B., Barone F., 166,167 B U R I D A172 ,
N~
Alcibiades, 84 BarSnio C. card., 190,202 Butterfield H., 171
ALEMBERT, LEROND 266
J.B. I)', BARROW229, 233,242
I.,
ALEXANDRE DE AFROD~SIA, 56,58,64 BAYIX 145, 151, 153
P.,
Alexandre VI, 44 BEECKMAN I., 284
Alexandre VII, 256 BELARMINO R., 144,165,168,190,
AMBR~SIO, 68 200,201,205,208,227-228
Ammannati G., 192 Bembo P., 38,41
ANAXAG~RAS, 36,49 BENI 145
P.,
ANSELMOAOSTA,
DE 297 BERKELEY F., 243 CAIETANO (Tomas de Vio), 83
ARIST~TELES, 8, 22, 23, 24,
3, 6, BERULI. DE,
F P 284 CAIVINO(Jean Cauvin), 77-78,
G.
25,29,31,45,47,56,57,60, BESSAIW>NE G., card., 32 83, 90-92, 144, 190, 200,
63, 64, 76, 83, 94, 107, 108, BIRINGUCCIO V., 147 250
109,110,115,124,137,143, Bocchineri G., 193 CAMPANEILA T., 9,55,57,103,119-
144,191,192, 197,199,207, J.,
BODIN 99, 200 126,133-136, 193, 199,285
210,212,213,215,216,217, BOHME 79,80
J., Carafa, 107
218,225,264,265,273 BOI.ZANO 244B., J., ~
C A R D A N160, 162-163, 265
A R N A LDE ~
D BR~SCIA, 20 BORELLI 249,251,255
A., Carlos 11, 253,256
AKNAULI) 285
A., J.,
BORELLI 255 Carlos V, 75
A K N ~ B 68 ,
IO B6rgia C., 103 Carlos VIII, 161
ARQUIMEDES, 148, 192
144, J.,
B ~ T E K O96 CASTELLI 148, 189, 193, 203,
B.,
Arrighetti N., 221, 222 R.,
BOYLE 145, 148, 153, 229, 205,221
Asimov I., 250 232,239,252,254 Castiglione B., 38,41
ATANASIO, 64 BRA(:C:IOLINI 24 P., 23, CAUCHY 244
A.L.,
AVERR~IS, 57, 58, 60, 64
21, 56, T.,
BRAHE 142, 152, 173-175, 176, CAVALIERI B., 211,242
AVICENA, 158 177,178,180,181,182,187-188 Cellari A., 142
* Neste indice:
-reportam-se em versalete os nomes dos fil6sofos e dos homens de cultura ligados ao desenvolvimento do
pensamento ocidental, para os quais indicam-se em negrito as piginas em que o autor e tratado de
acordo com o tema, e em itilico as piginas dos textos;
-reportam-se em itilico os nomes dos criticos;
-reportam-se em redondo todos os nomes n5o pertencentes aos agrupamentos precedentes.
14. Cellini B., 147, 162 240,254,256,263,283,285,
CESALPINO60, 250
A., 288,300
Cesi F., 196, 198,253,254 L.,
GALILEI 192
CICERO TULIO,
M. 3,5,29,76,154, ECFANTO PITAG~KICO,171
166, Galilei Vincenzo (filho), 192
170,265,287 ECKHART (Mestre) G., 34 Galilei Vincenzo (pai), 192
CIPRIANOCARTAGO,
DE 68 Eduardo VI, 163 Galilei Virginia (irml Maria Ce-
Clemente VIII, 178 A.,
EINSTEIN 141,241 leste), 192
Cola de Rienzo, 9, 11, 12 Elisabeth I, 263,264 Gamba M., 192
Colbert J.B., 253, 257 E~rcu~to, 26, 29, 115
24, Garin E., 3,7,8,11,18-19,22,24,
Colombo C., 161 ERASMO ROTTERDAM
DE (Geer 27,29
COLOMBO 249,250
R., Geertsz),67-69,70,71,84-87 GASSENDI P., 285
Constantino, imperador, 14,27 Ernesto de Baviera, 179 Gaywood R., 251
C~PPRNICO N. (NiklasKoppemigk), Esco~o ERIUGENA, 34 GClio Aulo, 3, 5
117,124,139,140,141,142, ~ s ~ u i ndesSfetto, 23
e GEMISTO PI.FTON 17, 32
J.,
143,144,145,152,161,166, ESTEVAO (Stephanus), 61, 65
H. Genser C., 163
167-172,173,174,175,178, EUCLIDES, 192,232, 244
148, A.,
GENTILI 100
185-187,l88,l99,2Ol,206, Eunoxlo DE CNIIIO, 244 Geymonat L., 196, 199
EULER, 288 GHIBEK~ 147
1 L.,
EUSTAQUIO B., 250 Giese T., 185
Cosme de MCdici (o Velho), 38
GILBEI~T183
W.,
Cosme I1 de MCdici, 189,192,195,
197 Giordano A., 222
Cranach L., 71 Giordano P., 222
CI~EMONINI C., 60 GRASSI 193, 206
H.,
CRISOI.ORA 22, 23, 31
M., Gregory T., 64
Cristina da SuCcia, 283,285,286 FALOPIO 250
G., GKOTIUS (Huig de Groot), 100
H.
Cristina de Lorena, 189,193,202, Farrington B., 266 GUI(:CIARDINI F., 96
203,217,221 Ferdinand0 da Austria, 178 Guldenmann C., 177
FERMAT 242, 243
P., Guthrie D., 161, 162
FERNEI. 163,251
J.,
FICINO 15, 16,17,31,32,38-
M.,
41,42,45,52-53,54,67,71,
76, 109, 113, 114, 115, 116,
145,155
Da Costa Andrade, 233 HAI.I.FY 229, 234
E.,
Filipe de Hessen, 77
DARWIN 147
C., Hals F., 284
FII.OI.AUTEBAS, 171
LIE 166,
DATI C.R., 255 W.,
HARVEY 144, 152, 163, 249,
FOSCARINI200, 228
A.,
N.
DECUSA (Kryfts ou Kreb), 31, 250-251,252
FRACASTORO J., 151,153,160,161,
32, 33-37,46-52, 114, 116 HEGEL G.W.F., 71
170
Del Monte EM., 205 Henrique 111, 112, 114
Francisco da Austria, 255
DELLA PORTA G.B., 120,145,154, Henrique VIII, 97
Francisco I, 104
160,163,196 HERACLIDES P~NTICO, 171
166,
FRANCK 79, 80
S.,
Demostenes de Atenas, 23 HERACLITO DF. EFESO, 270
Frederico I1 da Dinamarca, 173,
DESCARTES J., 283 HERMES TK~SMF.GISTO/COR~'USHER-
174
R.,
DESCARTES12, 121, 122, 125, METICUM, 1,4,7,8,14,15-16,
Frederico V do Palatinato, 286
139,141,146,153,231,232, 17,38,39,40,44,45,53,71,
239,242,249,250,251,254, Fugger S., 158
113,145,152,155
261,283-306,307-316 HERON, 148
Devereux R., 264 HERVET 61, 65
G.,
DIDF.ROT 266
D., HOBBES 243, 249, 250, 285
T.,
DIGGES 172
T., Holbein H. (o Jovem), 68,69,97
Dijksterhuis E.J., 181, 183, 233 Homen D., 13
Dini P., 189, 193, 201, 204 GAI.ENO, 158, 250, 265
144,
Homero, 84
Dro~Lslo AREOPAGITA (PSEUDO),
17, GALILEI 9, 12, 103, 105, 107,
G.,
108,110,120,137,139,140, HOOKE 149, 150, 229, 234-
R.,
33, 34, 39 r 235
141,142,143,144,145,146,
Donato L., 196 147,148,149,152,153,166, HORKY LOC:H~VIC179
DE M.,
Dreyer J.L.E., 179 168,171,173,175,176,177, Huss J., 74
DUNS ES(:OTO 57, 265
J., 178,179,184,189-219,220- HUYGENS 148,229,234,253,
C.,
Diirer A., 87 227,228,231,232,233,239, 255,257
15. Jndice d e nomes
XVII
Leopoldo de Toscana, 253, 254,
255,256
Liceti F., 218, 225
A
IOTAI)E SIKACUSA, 170
166, LICHTENBEKC G., 166 OCKHAM 57, 71
G.,
INACIO L ~ Y O I . A ,
I)F 80 Lipps J.H., 232 OLDENBURG H., 253,257
I K E N E ~LIAO, 68
IIF. J LIPSIO (JOOS~ 61
J. Lips), OKESME 172
N.,
Isabel (filha de Frederico V), 286 LOCKE 229,234
J., O K F E U / H I N ~ S 14, 17, 38,
ORFI(:OS,
39,40, 71
Lorini N., 205
Orsini card., 205
Lourenfo de' MCdici, 41, 44
OSIANL)ERA H. Hosemann),
(Andreas
Luc"i0, 54
144,165,168,172,199
Lua&c:lo CAKO, TITO, 115 OUGHTRED242 W.,
Ludovico, o Mouro, 103
Jaime I, 264, 265
Luis XIII, 121
JA~vilr~.rco CALCIDA,
LIE 39
Luis XIV, 253,257
JoHo (Evangelists), 16, 51
JoHo de Stefano, 15
Lul.ro R. (Ramon Lhull), 114,307 rg
L L ~ T E R ~ 69, 70-75, 76, 77,
M., 67,
JOKGF. TRF.BISONI)A,
DF. 32 78, 79, 83, 88-90, 144, 190, M.7 25
Juliano de Medici, 178 200 PARACF.I.SO (Theophrast Bombast
Juliano o Teurgo,l6 vonHohnheim),145,151,153,
158-160, 163, 265
;;;czL~;;%;; 5
A PATRIZI 45, 107
F.,
E.,
MACH 231,240 Paulet A., 264
KANT 167,229,232,233,299
I., MAESTLIN 172, 176, 177
M., P A U IDE TARSO, 26, 69, 78
.~ 17,
Kepler H., 177 MAGAI.OTTI148, 254, 255
L., Paulo 111 papa, 169, 185, 199
KEIUK 139, 140, 141, 142,
J., v.,
MAGG~ 107 PEDRO LOMHARDO, 83
144, 145,146,147,151, 152, MA,pl(;,lr M., 148, 252 PFIKCE 154
C.S.,
153,166,168,172,173,174, MANErrl 25 G., Pelli L., 260
175,176-184,192,195,196,
239,242,283 MANSO G.B., 145 PETRAKCA E, 5,9,11,12,14,21-22,
KIEKKF.GAAKD S.,71 MAQUIAVFI. N., 93-95,96,101-102 23,28-29
KIKCHEK 260
A., MAIWLI 255
A., PICAKII 234
J.,
KI.AU (Clivio), 198, 199
C. Mauricio de Nassau, 284 Picchena C., 206
~ ~ 140, 147, 167, 239j
A., ~ ~ , MAuKol,lc:o F., 178, 196 Piccolomini A., 193
Kristeller PO., 3, 6, 7, 8, 18 Maximiliano da Baviera, 284 Prco DEI LA MIKANDOI.A Giovanni, 1,
MAZZONI 192
J., 31, 32, 38, 41, 42-44, 45, 53-
KUHNTH. 141,166,167,172,
S., 54,59,67,71,76,113,121,156
175, 180, 181, 182, 184, 199 MF.~.ANCHTON FV79,144,190,200
M.,
MERSENNE 125,254,284,285 Pr(x' GianfrancescO, 61
Micincio F., 192 PIF.RO I A FKANCFSCA,
DEI 147
Mierevelt, M. van, 100 Pio XI papa, 97
Mocenigo J., 111, 113 PITAGORAS,40 38,
MoisCs, 16 PLATAO,7, 8, 14, 17,21,22,23,
4,
LAcTANclo L.C. FIRMIANo, 16,169 25, 31, 38, 39,40,45,46, 53,
MONTAIc;NE, 61-62, 65-66
M. de,
Larmessin, N. de, 136 64, 76, 84, 87, 94, 124, 210,
M o ~ u T., 97-98
s
LAUSCHEN (Rheticus), 165,
G.J. Miintzer T., 77 265
168,169,171 PIOTINO DF. LI(:(POI 4, 7, 8, 39,
IS,
Muraro L., 164
LAVATEK 154
J.C., 45,52,115
A.-L.,
LAVOISIF.~ 141 PLUTAKCO IIE QUERON~.IA, 23
LEAO HEBKEU (JehudahAbarbanel), Poliziano A., 54
41 P o ~ n r ~ * zP. r
z (Peretto Mantova-
LeHo X papa, 104, 187 no), 6, 57, 58-60, 63-65
LEEUWENHOEK, 148,252
A. VAN, Nard2 B., 60 POPE 137
A.,
LEF~VKE D'~TAPLESJ. (Faber Stapu- N E w m I., 137, 139, 141, 142,
~ PoR~~IO T1~0, 39
lensis), 77 147, 149, 150, 152, 176,184, Pnocr o,r39, 45, 169
G.W.,
LEIRNIZ 211,232,242,244, 211,229-244,245-248, 253 ~ ~ ~ 1 . M.,039
1 .
254,283 Niethammer, El., 4 P T ~ L ~ M124, ,151, 154, 171,
EU
LEONAKDO DA VINCI, 103-105,
4, NOVAL~S, 114 174,192,197,199,200,204
127-128, 147 NOVAKA D.M., 169 Piitter, 80
16. SOCRATES, 22,28, 59,68, 84, 94 VFSALIO 249, 250
A.,
B.,
SP~NOZA41, 111, 114, 117 VIETE 242
F.,
Sprat R.T., 266 Vinta B., 218, 226
RAWLEY 264
W., Stevenzoon van Calcar J., 250 VITRUVIO, 148
Rmr F., 249,251-252,255,258- F.,
SUAREZ 80, 83 VIVIANI 148, 189, 194,255
V.,
260 Sylvius, 163 VOET (VoCcio),285
G.
E.,
RF.INHOI.D 172 VOLTA~RF. (ArouetEM.), 233,
F.M.
REUCHLIN J. (Capnion), 156 235
REY 148
J.,
Rheticus (ver Lauschen G.J.)
Rlccr O., 189, 192
Richelieu, A.-J. card. de, 119 TARGIONI-TOZZETTI G., 255
RINALDINI255
C., TARTAGLIA189, 192
N., W~LLENSTE~N
A., 180
Rodolfo I1 de Asburgo, 112,174, TELBSIO 55,57,103,106-110,
B., WALLIS 242,243, 244
J.,
178 121,123,129
M.,
WFRER 78
Ronchi V., 178,196 TEM~STIO, 64
WEICEL 79-80
V.,
Rosselli C., 54 Ticiano, 82, 250
WOI.FF 80, 83
C.,
Rossi P., 175, 254 TOMAS AQUINO,
DE 57,58,63, 64,
C.,
WREN 229,234
83,120,135,265
WYCLIF 74
J.,
Tomis de Vio (ver Caietano)
Sagredo G., 192,207
SAI.UTATI21, 22
C., Xenofonte de Atenas, 23
Salviati F., 207
Santi di Tito, 95
ULIVA 255
A.,
Sarpi P., 192
Savonarola J., 42
Urbano VIII (Maffeo Barberini), A
121,191,193,206,208,285 Yates F.A., 113
SCHLEIERMACHER 114F.D.E.,
SCH~LARIOS GENNADIO J., 32
Schonberg N., 167, 185
A.,
SEGNI 255
S~NECA, 76
28,
M.,
SERVET 79,249,250 VALLA 15,26-27,29-30
L., ZABARELLA
J., 60
SEXTO EMI~~R~<:o, 65
61, 62, VALTUR~O DE R~MINI,
147 Z~ROASTRO(ZARATUSTRA)/ORACU-
SIWR BRABANTE, 57
LIE 55, VANINI 60
J.C., LOS CALDEUS, 16-17, 38,
14,
SOCINO 79F., Vayringe, 255,256 39,40,43, 45, 71
SOCINO 79L., Verrocchio A., 105 ZW~NGLIO
U., 76-77, 83
17. antecipaqiio da natureza, 267 idtia, 297
anticopernicanos, 200 indu~iio elimina~iio,
por 275
interpretaqso da natureza, 268
rq
"cogito, ergo sum", 292
evidtncia, 289 "res cogitans" e "res extensa", 293
experitncia (papel da experitncia na pesqui-
sa cientifica), 218
Ft religiosa (finalidade da f i ) , 203 sorte do De revolutionibus, 172
19. E A RENASCENCA
Origens
Tra~os
essenciais
Desenvolvimentos
'Magnum miracu/um est homo. "
Hermes Trismegisto, Asc/ep/i/s
'6suprema merakdde de Deus Pai! 0 suprema
e admira've/fekcidadedo homed H o r n ao qua/
foi concedido obter aqu//oque dese/b e ser aqu//o
que quel Ao nascerem, 0s brutos /evam consgo,
do seio materno, tudo aqu//oque ter20, 0 s esp/i-
tos supeflores, desde o Ihicio oupouco depois, ja
s20 aqulo que ser20 nos secu/os dos secu/os.No
h o r n nascente, o Oai depositou semenfes de
toda especie e germs de toda vida. 6 2 medida
que cada um os cu/tiva/;e/escrescerao e ne/e da-
r2o seus frutos, E se forem vegetais, serap/anta;
se forem sensive&,sera'bruto,,se forem racionais,
se tornard amha/ ce/este; se forem /hie/ectua/s,
sera' anjo e Mho de Deus. Se, contudo, n20 con-
tente com a soHe de nenhuma cHatura, se reco-
/her no centro de sua unidade, tornando-se um so
esphito corn Deus, na sokta'rianevoa do Pa/;aque/e
que foiposto sobre todas as coisas estara' sobre
todas as coisas. "
Pico della Mirandola
20. Capitulo primeiro
0 pensamento humanista-renascentista
e suas caracteristicas gerais
Capitulo segundo
0 s debates sobre problemas morais e Neo-epicurismo
Capitulo terceiro
0 Neoplatonismo renascentista
Capitulo quarto
0 Aristotelisrno renascentista e a revivescGncia do Ceticismo
Capitulo qulnto
A Renascenqa e a Religiiio
Capitulo sexto
A Renascenqa e a Politica
Capitulo sCtimo
Virtices e resultados conclusivos do pensamento renascentista:
Leonardo, Telesio, Bruno e Campanella 103
21. Capit~Io
primeiro
0 pensamento hMmanista-renascentista
e s a caracteristicas gerais
M s
d o terrno "tl~zrnanisrno"
0 termo "Humanismo" foi usado pela primeira vez no inicio do 800 para
indicar a area cultural coberta pelos estudos classicos e pelo espirito que Ihe e
proprio, em contraposi@o ao bmbito das disciplinas cientificas. A palavra hu-
manista, porem, ja era empregada pela metade do 400, e deriva
de humanitas, que em Cicero e Gelio significa educa@o e forma- Humanismo
@o espiritual do homem, na qua1 tern papel essencial as discipli-
nas literarias (poesia, retdrica, historia, filosofia). essential
Ora, a partir sobretudo da metade do 300, e depois de mod0 representado
sempre crescente nos dois seculos sucessivos, desenvolveu-se na pelas "litterae
ltalia justamente uma tendencia a atribuir valor muito grande humanae"
aos estudos das litterae humanae e a considerar a antiguidade + 9 1
classics, grega e latina, como um paradigma e um ponto de refe-
rencia para a atividades espirituais e a cultura em geral. "Humanismo", portanto,
s
significa em geral esta tendencia que, surgida essencialmente no seio da cultura
italiana, pelo fim do 400 se difundiu em muitos outros paises europeus.
Entre os estudiosos contemporbneos do Humanismo, sobressaem princi-
palmente P.O. Kristeller e E. Garin, cujas interpretac;ijes contrapostas resultam
na realidade muito fecundas justamente por sua antitese el se prescindirmos de
alguns pressupostos dos dois autores, podemos integrd-las mutuamente.
Segundo Kristeller, o Humanismo representaria apenas me-
tade do fenbmeno renascentista e melhor dizendo, a " literaria", ouas
, djfeEnte,
na"o a filosdfica; portanto, ele seria plenamente compreensivel teses modernas
apenas s considerado junto com o Aristotelismo que s desen- sobre o
e e
volveu paralelamente, e que expressaria a verdadeiras ideias fi- significado
s
losoficas da epoca. filosdfico
Segundo Garin, ao contrario, os Humanistas s voltaram a de Humanism0
e
um tip0 de especu1ac;a"ona"osistematica, problematica e pragmd- + 3
tica, e formaram novo metodo que, centrado sobre um novo sen-
tido da historia, deve ser considerado como efetivo filosofat; a direc;(?o contem-
plativo-metafisicaem que o Humanismo italiano embocou desde a segunda me-
tade do 400 teria sido portanto a consequencia do advent0 das Senhorias e do
eclipsar-se das liberdades politicas republicanas.
Ora, e verdade que "humanista" indica originariamente a tarefa do litera-
to, mas tal tarefa foi muito alem do ensino universitdrio, entrou na vida ativa e se
tornou de fato "nova filosofia". Alem disso, o Aristdteles deste period0 foi um
Aristoteles frequentemente lido no texto original, sem a mediaslio das tradu@es
e das exegeses medievais; tratou-se, portanto, de um Aristoteles revisitado corn
22. 4
Primeira parte - O t l u m a n i ~ m ~ R e n a s c e n c a
ea
novo espirito que apenas o Humanismo pode explicar. Por fim, a
pOssibi'idade grande mudanca do pensamento humanista n l o esteve apenas
de integrar
mutuamente ligada a uma mudanca politica, mas a descoberta e As tradu~aes
as duas de HermesTrismegisto e dos Profetas-Magos, de Platlo, de Plotino
interpretac5es e de toda a tradiclo platgnica. A marca que contradistingue o
opostas Humanismo foil portanto, um novo sentido do homem e de seus
+§3 problemas, novo sentido que encontrou expressdes multiformes
e por vezes opostas, mas sempre ricas e freqiientemente muito
originais, e que culminou nas celebrac$es teoricas da "dignidade do homem" como
ser "extraordinario" em relaclo a toda a ordem do mundo.
A quest50 revela-se ainda mais com-
plexa pelo fato de que, nesse periodo, n5o
ocorre apenas mudanqa no pensamento fi-
losofico, mas tambCm, em geral, a mudan-
qa da vida do homem, em todos os seus as-
pectos: sociais, politicos, morais, literarios,
Ha toda uma interminavel literatura artisticos, cientificos e religiosos. E tornou-
critica sobre o periodo do Humanismo e do se bem mais complexa ainda pel0 fato de que
Renascimento. No entanto, os estudiosos as pesquisas se tornaram predominantemen-
n5o conseguiram chegar a uma definiqso das te analiticas e setoriais, e os estudiosos apre-
caracteristicas dessa Cpoca, capaz de reunir sentam a tendencia de fugir das grandes sin-
um consenso unhime, mas, pouco a pou- teses ou at6 simplesmente das hipoteses de
co, enredaram a tal ponto a meada dos va- trabalho de carater global ou das perspecti-
rios problemas que hoje C dificil para o pro- vas de conjunto.
prio especialista desenreda-la. Assim, C necessario antes de mais nada
focalizar alguns conceitos bisicos, sem os quais
nHo seria possivel sequer a exposiq50 dos va-
rios problemas relativos a esse periodo.
Comecemos por examinar o pr6prio
conceit0 de "humanismo".
0 term0 "humanismo" C recente. Pare-
ce que foi usado pela primeira vez pel0 fi-
losofo e teologo alemiio F. I. Niethammer
(1766-1848) para indicar a area cultural
coberta pelos estudos classicos e pel0 espi-
rito que Ihe 6 proprio, em contraposiqHo com
a area cultural coberta pelas disciplinas cien-
23. 5
Capitdo primeiro - 8 p e n s a m e n t o h u m a n i s t a - r e n a s c e n t i s t n e suds caracteristicas
tificas. Entretanto, o termo "humanista" (e pela intensidade, a ponto de marcar o ini-
seus equivalentes nas varias linguas) nasceu cio de um novo period0 na historia da cul-
por volta de meados do skulo XV, calcado tura e do ensa amen to.
nos termos "legistan, "jurista", "canonista" Grande fervor nasceu em torno dos
e "artista", para indicar os professores e cl6ssicos latinos e gregos e de sua redesco-
cultores de gramatica, retorica, poesia, his- berta, do paciente trabalho de pesquisa de
toria e filosofia moral. Ademais, j i no s k u - codices nas bibliotecas e de sua interpreta-
lo XIV falava-se de studia humanitatis e de qiio. Varios acontecimentos levaram a uma
studia humaniora, expressoes referidas a nova aquisiqiio do conhecimento da lingua
famosas afirmagoes de Cicero e Gelio para grega, considerada patrim6nio espiritual
indicar essas disciplinas. essencial do homem culto (as ~rimeiras >
c5-
A
Para os mencionados autores latinos, hu- tedras de lingua e literatura gregas foram
manitas significava aproximadamente aqui- instituidas no Trezentos, mas a grande di-
lo que os heknicos indicavam com o termo fusiio do grego ocorreu sobretudo no Qua-
paideia, ou seja, educagiio e formaqiio do trocentos. De mod0 especial, o Concilio de
homem. Ora, nessa Cpoca de formaqiio es- Ferrara e Florenqa, em 1438-1439, e, logo
piritual considerava-se que as letras, ou seja, depois, a queda de Constantinopla, ocorri-
a poesia, a retorica, a historia e a filosofia da em 1453. levaram alguns doutos bizan-
L,
desempenhavam um papel essencial. Com tinos a fixar moradia na Itdia, tendo por
efeito, siio essas disciplinas que estudam o conseqiihcia um grande increment0 no en-
homem naquilo que ele tem de peculiar, pres- sino da lingua grega).
cindindo de qualquer utilidade pragmatica.
Por isso, mostram-se particularmente capa-
zes niio apenas de nos dar a conhecer a na-
tureza especifica do proprio homem, mas
tambem de fortale&-la e potencializa-la.
Sobretudo a partir da segunda metade
do Trezentos e depois, sempre de forma cres-
cente, nos dois seculos seguintes (com seu
ponto culminante precisamente no sCculo
XV), verificou-se uma tendEncia a atribuir
aos estudos relativos as litterae humanae um
grande valor, considerando a antiguidadeclas-
sics, latina e grega, como paradigma e ponto
de referkcia para as atividades espirituais e
a cultura em geral. Pouco a pouco, os auto-
res latinos e gregos se firmavam como mo-
delos insuper6veis nas chamadas "letras hu-
manas", verdadeiros mestres de humanidade.
Assim, "humanismo" significa essa ten-
d h c i a geral que, embora com precedentes
ao longo da tpoca medieval, a partir de Fran-
cisco Petrarca, apresentava-se agora de mo-
do marcadamente novo por seu particular
colorido, por suas modalidades peculiares e
0 ce'lehre "Davt " de M~chelangelo,
nu m u p t a d e e nohreza dos t r a p s ,
rejmsenta vtsua~rnentr,
de rnodo puradrgmatl~o,
o concerto do hornern conzo
"o rnamr rnllugre" do unwerso,
que constltnr umu das chaues esprrrtuurs
mars tlpzcas du Renuscen~a.
0 "Davl" se encontra ern Floren~a,
na Gulerra cia Academta,
e utnu copra dele esta na P~uzzadella Stgnorru.
24. Primeira parte - 0+Iumuni.;~?o i. n Renuscrncn
,,,, A s d u a s mais sadores peripattticos que retornassem aos
textos gregos de Aristoteles, deixassem de
~i~nificativas
lado as traduqdes latinas medievais e fizes-
sem uso dos comentadores gregos e tambCm
de outros pensadores gregos.
Desse modo, destaca Kristeller, os es-
tudiosos hostis h Idade MCdia confundiram
esse aristotelismo renascentista com o resi-
duo de tradi~oes medievais superadas e, por-
Entre as interpretaqdes contempori- tanto, como residuo de urna cultura ultra-
neas do "humanismo", duas s i o as mais im- passada, pensando que deviam deixa-lo de
portantes por se referirem a o seu significa- lado em beneficio dos "humanistas", verda-
do filosofico. deiros portadores do novo espirito renas-
centista. Mas, segundo Kristeller, tratar-se-
ia de grave err0 de compreensiio historica,
porque frequentemente a condenaqiio do
aristotelismo renascentista foi feita sem urna
efetiva consci2ncia daquilo que se estava
De um lado, P.O. Kristeller procurou condenando. A exceqio de Pomponazzi (do
limitar fortemente o significado filosofico e qual falaremos adiante), que no mais das
teorttico do humanismo, inclusive a ponto vezes foi seriamente considerado, um grave
de elimini-lo. preconceito condicionou o conhecimento
Segundo esse estudioso, bastaria dei- desse momento da historia do pensamento.
xar a o termo o significado te'cnico que pos- E necessario, portanto, estudar a fundo as
suia originalmente, restringindo-o assim ao questdes discutidas pelos aristotClicos italia-
imbito das disciplinas retorico-literarias nos desse periodo: desse modo, cairiam por
(gramatica, retorica, historia, poesia e filo- terra muitos lugares-comuns que so se man-
sofia moral). tem porque foram continuamente repetidos,
Conforme Kristeller, os humanistas do mas que carecem de base solida, emergindo
periodo de que estamos tratando foram su- consequentemente urna nova realidade his-
perestimados, sendo-lhes atribuido um pa- torica.
pel de renovaqio do pensamento que eles, Em conclusio, o humanismo repre-
na realidade, niio desempenharam, visto que sentaria apenas uma metade do fen6meno
niio se ocuparam diretamente da filosofia e renascentista e, mais ainda, a metade ndo
da ciencia. Em suma, para Kristeller, os hu- filosofica. Assim, ele so seria plenamente
manistas niio foram verdadeiros refor- compreensivel se considerado junto com o
madores do pensamento filosofico porque, aristotelismo que se desenvolveu paralela-
de fato, niio foram filosofos. mente, o qual expressaria as verdadeiras
Na visio de Kristeller, para compreen- idCias filosoficas da Cpoca. Ademais, segun-
der a Cpoca de que estamos falando, seria do Kristeller, os artistas do Renascimento
necessario dedicar atenqio h tradigdo aris- niio deveriam ser vistos na otica do grande
tote'lica, que tratava de mod0 sistematico da "genio criativo" (que constitui urna visiio
filosofia da natureza e da logica, que ja ha- romintica e um mito oitocentista), mas sim
via se consolidado fora da Itilia (sobretudo como "otimos artesiios", cuja excekncia n5o
em Paris e Oxford) ha bastante tempo, mas decorre de urna espCcie de superior adivi-
que na Itilia so se consolidaria mais tarde. nhaqiio dos destinos da cicncia moderna, e
Diz Kristeller que foi na segunda metade do sim da bagagem de conhecimentos ticnicos
Trezentos que "comeqou urna tradiqiio con- (anatomia, perspectiva, mecgnica etc.), con-
tinua de aristotelismo italiano, a qual po- siderada indispensiivel para a pratica ade-
de ser seguida atravis do Quatrocentos e quada de sua arte. Por fim, se a astronomia
do Quinhentos e at6 por boa parte do Seis- e a fisica realizaram progressos notiveis, niio
centos". foi por motivo de sua ligaqiio com o pensa-
Esse "aristotelismo renascentista" se- mento filosofico, e sim com a matematica.
guiu os mCtodos proprios da "escolastica" 0 s filosofos tardaram a se harmonizar com
(leitura e comentario dos textos), mas enri- essas descobertas, porque, tradicionalmen-
quecendo-se com as novas influcncias huma- te, n5o havia uma conexio precisa entre
nistas, que exigiriam dos estudiosos e pen- matematica e filosofia.
25. 7
Capitulo primezro - 0 p e n s a m e n t o humantsta-renascentista e s u d s cavactevisticas
culado B liberdade politzca daquele momen-
to. 0 advent0 das tutelas e o eclipsar-se das
Diametralmente oposta C a reconstru- liberdades politicas republicanas transfor-
qiio de EugBnio Garin, que reivindicou ener- mou os literatos em cortesiios e impeliu a
gicamente uma precisa valGncia filosdfica filosofia para evas6es de carater contem-
para o humanismo, notando que a negaqiio plativo-metafisico. b:
i?
de significado filosofico aos studia huma-
nitatis renascentistas deriva d o fato de que,
"no mais das vezes, entende-se por filosofia
a constru~iio sistematica de grandes propor- ; Possivel mediaG6o sintLtica
@es, negando-se que a filosofia tambe'm d a s duas i n t e ~ p r e t a q 6 e s
pode ser outro tip0 de especula@o niio sis-
opostas
tematica, aberto, problematico e pragma-
tic0 ".
Alias, diz Garin, a atenqiio "filologica"
para com os problemas particulares "cons- Na realidade, as teses contrapostas de
titui precisamente a nova 'filosofia', ou seja, Kristeller e de Garin revelam-se muito fe-
o novo mitodo de examinar os problemas, cundas precisamente por sua antitese, por-
que, portanto, niio deve ser considerado, ao que uma destaca aquilo que a outra silen-
lado da filosofia tradicional, como um as- cia, podendo portanto ser integradas entre
pecto secundario da cultura renascentista, si, se prescindirmo? de alguns pressupostos
como acreditam alguns (basta pensar, por dos dois autores. E verdade que, original-
exemplo, na posiqiio de Kristeller que exa- mente, o termo "humanista" indica o ofi-
minamos), e sim como o proprio filosofar cio do literato, mas essa profissiio vai bem
efetivo ". alCm do simples ensino universitario, entran-
Uma das mais destacadas caracteristi- do na vida ativa, iluminando os problemas
cas desse novo mod0 de filosofar t o senti- da vida cotidiana, tornando-se verdadeira-
do da histdria e da dimensiio historica, com mente uma "nova filosofia".
seu respectivo sentido de objetivaqiio e de Ademais, o humanista distingue-se efe-
afastamento critic0 do objeto historicizado, tivamente pel0 novo modo como 16 os clas-
ou seja, historicamente considerado.
A esshcia do humanismo niio deve ser
vista naquilo que ele conheceu do passado,
mas sim no mod0 em que o conheceu, nu
atitude peculiar que adotou diante dele.
Mas a tese de Garin niio se reduz a isso.
Ele coloca a nova "filosofia" humanista na
realidade concreta daquele momento da vida
hist6rica italiana, tornando-a uma expres-
S ~ dessa realidade, a ponto de explicar com
O
razoes sociopoliticas a reviravolta sofrida pe-
lo pensamento humanista na segunda meta-
de do Quatrocentos. 0 primeiro humanismo
foi uma exaltaqiio da vida civil e das pro-
blematicas a ela ligadas, porque estava vin-
" A Filosofia ",
incisuo tirada da Biblioteca Ciuica
"A. Mai" de Be'rgumo.
0 estudo du filosofiu antiga
alirnentou o nouo espirito
prescnte no pemamento hurnanistu-re~zascentista.
Este esta ligado us trudup5es
de Hcrmcs Trismegisto,
tfos Profetus-Maps, ifc Pldtiio, rfe Plotitto
c de toda a tradiqiio plutiinicu.
26. um Aristoteles revisitado com novo espiri-
to, que so o "humanismo" pode explicar.
Portanto, Garin tem razio ao destacar o fato
de que o humanismo olha o passado com
novos olhos, com os olhos da "historian, e
que so atentando para esse fato C que se pode
compreender toda essa ipoca.
E a aquisiqio do sentido da historia
significa, ao mesmo tempo, aquisiqiio do
sentido de sua propria individualidade e
originalidade. So se pode compreender o
passado do homem quando se compreende
sua "diversidade" em relaqio ao presente e,
portanto, quando se compreende a "peculia-
ridade" e a "especificidade" do presente.
Por fim, no que se refere excessiva
vinculagio do humanismo aos fatos politi-
cos, que leva Garin a algumas afirmaqdes
que correm o risco de cair no historicismo
sociologista, basta destacar que a grande
mudanga do pensamento humanista n i o
esta ligada somente a uma mudanga politi-
ca, mas tambim A descoberta e as tradu-
qdes de Hermes Trismegisto e dos profetas-
" A Kcttir~sir", irzcrsiio tirilda cia Biblioteca Ci'clica
magos, de Platio, de Plotino e de toda a
AS
" A . hlill" de B i r g ~ t n o . Iittcrae humanae tradiqio plathica, o que representou a aber-
sor~stlturrno c-orupio du ~ C M ~ ~ L hurnutzistil.
LYLI tura de novos e ilimitados horizontes, de que
lIntrc cstus rcsrrfwse pzrticuhr ateiz@o 2 rettjrica, falaremos adiante. De resto, o proprio Garin
porquc soizstitui elemento de continuitfade n i o se deixou levar por excessos sociolo-
cJtztrea paidkia antiga e enodcrna. gistas, como, no entanto, fizeram outros
intirpretes por ele influenciados.
Concluindo, podemos dizer que a mar-
sicos: houve um humanismo literario por- ca que distingue o humanismo consiste em
que surgiram novo espirito, nova sensibili- um novo sentido do homem e de seus proble-
dade e novo gosto, com os quais as letras mas: um novo sentido que encontra expres-
foram revisitadas. E o antigo alimentou o sdes multiformes e, por vezes, opostas, mas
novo espirito, porque este, por seu turno, sempre ricas e freqiientemente muito origi-
iluminou o antigo com nova luz. nais. Novo sentido que culmina nas celebra-
Kristeller tem razio quando lamenta que q6es teoricas da "dignidade do homem"
o aristotelismo renascentista seja um capi- como ser em certo sentido "extraordinirio"
tulo a ser reestudado desde o inicio e tambCm em relaqio a toda a ordem do cosmo, como
tem razio ao insistir no paralelismo desse veremos adiante. Mas essas reflex6es teori-
movimento com o movimento propriamen- cas nada mais s i o do que express6es concei-
te literario. Mas o pr6prio Kristeller admite tuais que tim nas representaq6es da pintu-
que o Aristoteles desse period0 t um Aristo- ra, da escultura e de grande parte da poesia
teles freqiientemente procurado e lido no as correspondincias visuais e fantistico-ima-
texto original, sem a mediaqio das tradu- ginativas que, com a majestade, a harmo-
qdes e das exegeses medievais, tanto que nia e a beleza de sua figuragio, expressam a
chega at6 a retornar aos comentadores gre- mesma idtia, de varios modos, com esplin-
gos para ser iluminado. Assim, trata-se de didas variaqdes.
27. 9
Capitdo prirneiro - O pensamento humanists-renascentista e slnas caracteristicas
I.
IConceito historiogr6fico,
cronoIogia e caracteristicas
da "Renascenca"
A categoria historiografica da "Renascenqa" se impbs no 800 graqas a
1. Burckhardt, segundo o quai a express%o designava um fenbmeno de origem
tipicamente italiana, oposto a cultura medieval: um fenbme-
no caracterizado pelo individualismo pratico e teorico, a par- A Renascenqa
tir da exaltaqao da vida mundana, do acentuado sensualis- na defini@o
mo, da mundaniza(;ao da religiao, da tendhcia paganizante, oitocentista
da liberdade em relaqao as autoridades que no passado ti- + § 1
nham dominado a vida espiritual, do forte sentido da historia,
do naturalism0 filos6fic0, do extraordinario gosto artistico. "Renascenqa" se-
ria, afinal, a sintese do novo espirito, que se criou na Ithlia, com a antiguidade:
o espirito que, rompendo definitivamente com o da era medieval, abre a era
moderna.
Em nosso seculo esta interpretaqao foi muitas vezes contestada, particu-
larmente por K. Burdach. 0 s Humanistas explicitamente usaram expressiies como
"fazer reviver", "fazer renascer", e contrapuseram a nova era
em que viviam com a medieval como a era da luz a era da 06s- A Renascenqa
curidade e das trevas. A ldade Media, porem, foi uma epoca de nova
grande civilizat;lo, percorrida por fermentos e frCmitos de vari- interpretaqao:
os generos quase que desconhecidos aos historiadoresdo Oito- nascimento
centos. Portanto, 0 "Renascimento" que constituiu a peculiari- de nova
dade da "Renascenc;a" foi mais o nascimento de outra civilizaq~o, civiIizaqso
de outra cultura: a Renascenqa representou grandioso fenbme- baseada
no de "regenerasao" e de "reforma" espiritual, em que a volta sobre a volts
aos antigos significou revivesc6ncia das origens, "retorno aos aOSanfig0s
principios aut6nticos", e a imita@o dos antigos revelou-se como 3 2-3 +
o caminho mais eficaz para recriar e regenerar a si mesmos. Em
tal sentido, Humanismo e Renascen~a constituem uma so coisa, e o Humanismo
torna-se fenbmeno literario e retorico apenas no fim, ou seja, quando s expan-
e
de o novo espirito vivificador.
Do ponto de vista cronologico, o periodo humanista-renascentistaocupou
inteiramente o 400 e o 500, mas seus preludios devem ser buscadosja no 300 (nas
figoras de Cola de Rienzo e de Francisco Petrarca), enquanto o
epllogo alcansa os primeiros decCnios do 600 (com a figura de Cmno/ogia e
Campanella); do ponto de vista dos conteudos filos<5ficos,no 400 caracteristicas
prevalece o pensamento sobre o homem, enquanto o pensamento essenciais do
do 500 abrasou tambem a natureza. A Renascenqa representou periodo
uma era diversa tanto da medieval, como da moderna (a qua1 humanists-
comega corn a revolu@o cientifica, ou seja, com Galileu); assim renascentista
como na ldade Media devem ser buscadas a raizes da Renascen-
s 3 4-5 +
$a, por sua vez, na Renascenqa devem ser buscadas a raizes do
s
mundo moderno, ou melhor, o epilog0 da Renascenqa e marcado pela propria
revoluq%o cientifica.