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EUTANÁSIA 
Professora Késia 
E-mail: kesiapassos@gmail.com
Eutanásia é um termo de origem 
grega (eu + thanatos) que 
significa boa morte ou morte sem 
dor. A prática de eutanásia é 
suportada pela teoria que defende o 
direito do doente incurável de pôr 
termino à vida quando sujeito a 
intoleráveis sofrimentos físicos ou 
psíquicos.
A eutanásia é um tema polêmico, 
havendo países com legislação 
definida sobre a sua prática e outros 
países que a refutam 
categoricamente por motivos 
diversos. 
* nos EUA, a Califórnia e o estado de Oregon, 
Holanda, Bélgica, Suíça e Áustria.
Em sentido amplo a eutanásia é a morte suave, sem 
sofrimento físico; em sentido estrito, é a ação de pôr termo 
voluntariamente e de forma indolor à vida de uma pessoa.
Os motivos que levam à prática da eutanásia são: 
- a vontade do doente (normalmente desesperado com dores 
e com uma doença incurável); 
- o caso de doentes mentais cujos descendentes seriam 
nocivos para a sociedade (eutanásia eugênica); 
- e o dos doentes crônicos incuráveis, senis etc., cuja 
manutenção constitui uma carga para a sociedade ou seus 
familiares (eutanásia econômica).
Admitida por algumas culturas, a eutanásia é 
condenada pelo Judaísmo e pelo Cristianismo. 
Os códigos penais modernos costumam 
considerar esta prática como um homicídio 
atenuado. Caso distinto é o da eeuuttaannáássiiaa 
ppaassssiivvaa ou ortotanásia, que consiste em pôr 
termo ao prolongamento artificial da vida 
humana reduzida já ao seu estado meramente 
vegetativo e sem esperança alguma de 
recuperação..
Os defensores da eutanásia 
argumentam que cada pessoa tem 
o direito à escolha entre viver ou 
morrer com dignidade quando se 
tem consciência de que o estado 
da sua enfermidade é de tal forma 
grave, que não compensa viver em 
sofrimento até que a morte chegue 
naturalmente. Quem condena a 
prática de eutanásia, utiliza 
frequentemente o argumento 
religioso de que só Deus tem o 
direito de dar ou tirar a vida e, 
portanto, o médico não deve 
interferir neste dom sagrado.
Eutanásia aattiivvaa XX eeuuttaannáássiiaa ppaassssiivvaa 
Existem duas formas de prática da eutanásia: ativa e passiva. 
A eutanásia ativa acontece quando se apela a recursos que podem 
findar com a vida do doente (injeção letal, medicamentos em dose 
excessiva etc.). Na eutanásia passiva, a morte do doente ocorre 
por falta de recursos necessários para manutenção das suas 
funções vitais (falta de água, alimentos, fármacos ou cuidados 
médicos).
Eutanásia nnoo CCóóddiiggoo PPeennaall 
Atualmente, no código penal brasileiro, 
a prática da eutanásia não é estipulada. 
Assim sendo, o médico que termina a 
vida de um paciente por compaixão 
comete o homicídio simples indicado no 
art. 121, sujeito a pena de 6 a 20 anos 
de reclusão. Isto porque o direito à vida 
é um direito considerado inviolável pela 
Constituição Federal. Apesar disso, 
este é uma tema bastante de alta 
complexidade, que tem sido abordado 
pela comissão de juristas que trabalha 
em um novo Código Penal.
A respeito da eutanásia, existem 
algumas "áreas cinza". No Estado de 
São Paulo, por exemplo, a lei 10241 
de 1999, confere o direito ao usuário 
de um serviço de saúde de rejeitar 
um tratamento que seja doloroso que 
sirva para o prolongamento da sua 
vida.
Até a próxima!!!!

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  • 1. EUTANÁSIA Professora Késia E-mail: kesiapassos@gmail.com
  • 2. Eutanásia é um termo de origem grega (eu + thanatos) que significa boa morte ou morte sem dor. A prática de eutanásia é suportada pela teoria que defende o direito do doente incurável de pôr termino à vida quando sujeito a intoleráveis sofrimentos físicos ou psíquicos.
  • 3. A eutanásia é um tema polêmico, havendo países com legislação definida sobre a sua prática e outros países que a refutam categoricamente por motivos diversos. * nos EUA, a Califórnia e o estado de Oregon, Holanda, Bélgica, Suíça e Áustria.
  • 4. Em sentido amplo a eutanásia é a morte suave, sem sofrimento físico; em sentido estrito, é a ação de pôr termo voluntariamente e de forma indolor à vida de uma pessoa.
  • 5. Os motivos que levam à prática da eutanásia são: - a vontade do doente (normalmente desesperado com dores e com uma doença incurável); - o caso de doentes mentais cujos descendentes seriam nocivos para a sociedade (eutanásia eugênica); - e o dos doentes crônicos incuráveis, senis etc., cuja manutenção constitui uma carga para a sociedade ou seus familiares (eutanásia econômica).
  • 6. Admitida por algumas culturas, a eutanásia é condenada pelo Judaísmo e pelo Cristianismo. Os códigos penais modernos costumam considerar esta prática como um homicídio atenuado. Caso distinto é o da eeuuttaannáássiiaa ppaassssiivvaa ou ortotanásia, que consiste em pôr termo ao prolongamento artificial da vida humana reduzida já ao seu estado meramente vegetativo e sem esperança alguma de recuperação..
  • 7. Os defensores da eutanásia argumentam que cada pessoa tem o direito à escolha entre viver ou morrer com dignidade quando se tem consciência de que o estado da sua enfermidade é de tal forma grave, que não compensa viver em sofrimento até que a morte chegue naturalmente. Quem condena a prática de eutanásia, utiliza frequentemente o argumento religioso de que só Deus tem o direito de dar ou tirar a vida e, portanto, o médico não deve interferir neste dom sagrado.
  • 8. Eutanásia aattiivvaa XX eeuuttaannáássiiaa ppaassssiivvaa Existem duas formas de prática da eutanásia: ativa e passiva. A eutanásia ativa acontece quando se apela a recursos que podem findar com a vida do doente (injeção letal, medicamentos em dose excessiva etc.). Na eutanásia passiva, a morte do doente ocorre por falta de recursos necessários para manutenção das suas funções vitais (falta de água, alimentos, fármacos ou cuidados médicos).
  • 9. Eutanásia nnoo CCóóddiiggoo PPeennaall Atualmente, no código penal brasileiro, a prática da eutanásia não é estipulada. Assim sendo, o médico que termina a vida de um paciente por compaixão comete o homicídio simples indicado no art. 121, sujeito a pena de 6 a 20 anos de reclusão. Isto porque o direito à vida é um direito considerado inviolável pela Constituição Federal. Apesar disso, este é uma tema bastante de alta complexidade, que tem sido abordado pela comissão de juristas que trabalha em um novo Código Penal.
  • 10. A respeito da eutanásia, existem algumas "áreas cinza". No Estado de São Paulo, por exemplo, a lei 10241 de 1999, confere o direito ao usuário de um serviço de saúde de rejeitar um tratamento que seja doloroso que sirva para o prolongamento da sua vida.