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NATURALISMO
NATURALISMO

 Contexto Histórico;

 Naturalismo no Brasil

 Origem;
CARACTERÍSTICAS DO
 REALISMO/NATURALISMO

 Apego à objetividade

 Crença na razão

 Materialismo

 Cientificismo

 Determinismo

 Problemas patológicos
PRINCIPAL AUTOR
 Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo
 Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 14 de abril de 1857 em São Luís (MA). O
autor é fruto da união da mãe com o vice-cônsul português, após abandonar o marido. Como sempre
foi muito bom caricaturista e desenhista, Aluísio ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes no
Rio de Janeiro quando terminou os estudos no Liceu de Maranhão.
 Durante a época em que viveu na cidade carioca, aproveitou-se de seu talento e tornou-se
chargista até que o pai faleceu e foi obrigado a regressar à cidade natal para ficar com a mãe.
 Em 1881 publicou o livro “O mulato”, que daria ao autor o título de “precursor do Naturalismo
no Brasil”.
Esta obra foi um verdadeiro escândalo para a época, pois incitou polêmicas, como o racismo e a
corrupção dos padres.
 Registra-se em 1893 o início do Simbolismo, mas não o término do
Realismo e suas manifestações na prosa, com os romances realistas e
naturalistas, e na poesia, com o Parnasianismo.

 Diferenças entre o realismo e o Naturalismo:

 Realismo:     Retrato     fiel   do   personagem,    lentidão   narrativa,
interpretação do caráter, materialização do amor, veracidade,
determinismo.

 Naturalismo:      visão     mecanicista   do    homem,     cientificismo,
personagens patológicos, incorporação de termos científicos e
profissionais, determinista, evolucionista, positivista.
 Momento Histórico:
 A revolução industrial, iniciada no século XVIII, entra numa nova fase e transforma a
sociedade. Esta serve de plano de fundo para uma nova interpretação de realidade. Numa
sequência cronológica temos o positivismo de Augusto Comte, preocupado com o fato,
defendendo do cientificismo no pensamento filosófico e a conciliação da “ordem e
progresso”. É nesse momento que surge o Realismo, Naturalismo e Parnasianismo. Os
escritores passam a abordar de outra forma a realidade: menos idealizada e mais objetiva,
critica.
 Romance Naturalista:
 A narrativa Naturalista é marcada pela forte análise social a partir de grupos humanos
marginalizados, valorizando o coletivo. A constante repressão leva às taras patológicas, tão o
gosto naturalista; em consequência esses romances são mais ousados e erroneamente
tachados por alguns de pornográficos, apresentando descrições minuciosas de atos sexuais,
tocando, inclusive, em temas então proibidos, como o homossexualismo: tanto o masculino,
como em “ O Atneu”, quanto o feminino, em “O Cortiço”.
O CORTIÇO
 O cortiço é um romance de autoria do escritor brasileiro Aluísio Azevedo publicado em
1890.
 É um marco do naturalismo no Brasil, onde os personagens principais são os moradores de
um cortiço no Rio de Janeiro, precursor das favelas.
 O autor descreve a sociedade brasileira da época.
 Embalando pela onda científica, Aluísio escreve "O Cortiço" sob as bases do determinismo e
do darwinismo, com a teoria do evolucionismo.
 Foi a primeira obra brasileira a expor um relacionamento lésbico.
 No início do romance a ação se concentra no português João Romão, comerciante que
engana uma escrava chamada Bertoleza, foi João também que construiu o cortiço.
 Miranda, vizinho rico de Romão. João constrói uma pedreira e contrata Jerônimo
para supervisionar os trabalhadores.

 Jerônimo tem atração muito grande por Rita Baiana e por isso briga com Firmo
namorado de Rita, é esfaqueado e vai para o hospital.

 Após sair de lá, embosca Firmo com a ajuda de dois amigos e o mata a pauladas.

 O cortiço é destruído por um incêndio, e João o reconstrói com o dinheiro do
seguro que ele tinha acabado de fazer.

 Miranda consegue o título de nobre. João começa a inveja-lo e se interessa em
casar com a filha de Miranda para virar nobre também, mais para isso ele tinha que
se livrar de Bertoleza. Bertoleza se mata, enfaquiando-se com a faca em seu ventre.
Lodo após ,João recebe um diploma de sócio benemérito de uma comissão de
abolicionistas.
O MULATO
O romance O Mulato, de Aluísio Azevedo, foi publicado em
1881 e causou escândalo na sociedade maranhense.
Não só pela crua linguagem naturalista, mas sobretudo pelo
assunto de que tratava: o preconceito racial.
A obra teve grande sucesso, foi bem recebido na Corte e
tomado como marco do Naturalismo no Brasil.
Na época, a obra foi muito mal recebida pela sociedade
maranhense e Aluísio Azevedo, que já não era visto com bons
olhos, tornou-se o "Satanás da cidade".
 Os protagonistas então decidem fugir, mas o Cônego Diogo juntamente
com Dias impedem.

 Raimundo fica desesperado e por sua vez o clérigo incita Dias a dar cabo da
vida do rapaz.

 Anos se passam e no final, o leitor é surpreendido com Dias casado com
Ana Rosa, felizes e com três filhos.

 O Romance mostra-se com características híbridas, romantismo mais
naturalismo. Mostra a hipocrisia da sociedade maranhense. Traz a tona o
anticlericalismo, visão da mulher como procriadora. Descrição forte das cenas e
impactante.
 O enredo centra-se na história dos protagonistas, Ana Rosa e
Raimundo.

 Raimundo filho de José da Silva com uma escrava.

 Ana Rosa filha de Manuel Pescada.

 Por não conseguirem corresponder um ao outro, passa o tempo e
Raimundo viaja para a Corte e posteriormente viaja a Europa. Forma-se
em direito e volta para o Maranhão.

 Com sua volta, vai de encontro com Ana Rosa e vai pedir a Pescada
a mão de sua filha para casar--se com a amada. Mas o preconceito
impede o casório.
CASA DE PENSÃO
Narrado em terceira pessoa do singular, Casa de Pensão inicia
com a chegada do jovem maranhense Amancio ao Rio De Janeiro,
que para ali se muda no intuito de estudar medicina na Corte.
Chegando à cidade, Amâncio procura o Sr. Luís Campos,
comerciante, amigo de seu pai, que lhe oferece pouso no interior.
O Sr. Campos era casado com D. Maria Hortênsia, que não se
mostra muito a vontade com a chegada do menino à sua casa, mas
que acaba aceitando a decisão do marido.
Embora fosse mais econômico, Amâncio não se mostra muito
satisfeito com o fato de se hospedar na casa da família, pois ele
fora para a Capital com o sonho de também viver a noite, as
mulheres, de viver plenamente os seus 20 anos.
Sobre a trajetória de Amâncio, ele apanhava do pai na infância e
tinha uma aparência frágil. Na escola, ele parecia soltar todos a repressão de
casa. Até que um dia ele bate num menino. O seu professor bate em
Amâncio, em contrapartida, e ainda diz para o menino que apanhara também
bater no seu algoz. Amâncio não aceita a vingança e discute com o professor,
dando-lhe uma bofetada. Além de apanhar na escola, ao chegar em casa, ele
também apanha do pai. Este acontecimento faz com que Amâncio se torne
medroso, apesar das carícias, cuidados e proteção da mãe, D. Ângela (ou
talvez por isso mesmo).
           Então, no Rio de Janeiro, Amâncio sentia-se só, até encontrar um
colega (nem tão íntimo) do Maranhão, Paiva Rocha. Eles se encontram na
rua, e Amâncio o convida para almoçar. No caminho do Hotel dos príncipes,
os dois encontram dois amigos de Paiva Rocha, Salustiano Simões e João
Coqueiro. Os quatro vão almoçar. Amâncio mostra-se maravilhado com a
vida na Corte, com o almoço, com o cardápio em francês. E não economiza
neste primeiro almoço, pagando a conta para todos. João Coqueiro, ao fim da
refeição, convida Amâncio para visitá-lo.
O Naturalismo no Brasil através de Aluísio Azevedo

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Dadaísmo
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O Naturalismo no Brasil através de Aluísio Azevedo

  • 1.
  • 3. NATURALISMO  Contexto Histórico;  Naturalismo no Brasil  Origem;
  • 4.
  • 5. CARACTERÍSTICAS DO REALISMO/NATURALISMO  Apego à objetividade  Crença na razão  Materialismo  Cientificismo  Determinismo  Problemas patológicos
  • 6. PRINCIPAL AUTOR  Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo  Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 14 de abril de 1857 em São Luís (MA). O autor é fruto da união da mãe com o vice-cônsul português, após abandonar o marido. Como sempre foi muito bom caricaturista e desenhista, Aluísio ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro quando terminou os estudos no Liceu de Maranhão.  Durante a época em que viveu na cidade carioca, aproveitou-se de seu talento e tornou-se chargista até que o pai faleceu e foi obrigado a regressar à cidade natal para ficar com a mãe.  Em 1881 publicou o livro “O mulato”, que daria ao autor o título de “precursor do Naturalismo no Brasil”. Esta obra foi um verdadeiro escândalo para a época, pois incitou polêmicas, como o racismo e a corrupção dos padres.
  • 7.
  • 8.  Registra-se em 1893 o início do Simbolismo, mas não o término do Realismo e suas manifestações na prosa, com os romances realistas e naturalistas, e na poesia, com o Parnasianismo.  Diferenças entre o realismo e o Naturalismo:  Realismo: Retrato fiel do personagem, lentidão narrativa, interpretação do caráter, materialização do amor, veracidade, determinismo.  Naturalismo: visão mecanicista do homem, cientificismo, personagens patológicos, incorporação de termos científicos e profissionais, determinista, evolucionista, positivista.
  • 9.  Momento Histórico:  A revolução industrial, iniciada no século XVIII, entra numa nova fase e transforma a sociedade. Esta serve de plano de fundo para uma nova interpretação de realidade. Numa sequência cronológica temos o positivismo de Augusto Comte, preocupado com o fato, defendendo do cientificismo no pensamento filosófico e a conciliação da “ordem e progresso”. É nesse momento que surge o Realismo, Naturalismo e Parnasianismo. Os escritores passam a abordar de outra forma a realidade: menos idealizada e mais objetiva, critica.  Romance Naturalista:  A narrativa Naturalista é marcada pela forte análise social a partir de grupos humanos marginalizados, valorizando o coletivo. A constante repressão leva às taras patológicas, tão o gosto naturalista; em consequência esses romances são mais ousados e erroneamente tachados por alguns de pornográficos, apresentando descrições minuciosas de atos sexuais, tocando, inclusive, em temas então proibidos, como o homossexualismo: tanto o masculino, como em “ O Atneu”, quanto o feminino, em “O Cortiço”.
  • 10. O CORTIÇO  O cortiço é um romance de autoria do escritor brasileiro Aluísio Azevedo publicado em 1890.  É um marco do naturalismo no Brasil, onde os personagens principais são os moradores de um cortiço no Rio de Janeiro, precursor das favelas.  O autor descreve a sociedade brasileira da época.  Embalando pela onda científica, Aluísio escreve "O Cortiço" sob as bases do determinismo e do darwinismo, com a teoria do evolucionismo.  Foi a primeira obra brasileira a expor um relacionamento lésbico.  No início do romance a ação se concentra no português João Romão, comerciante que engana uma escrava chamada Bertoleza, foi João também que construiu o cortiço.
  • 11.
  • 12.  Miranda, vizinho rico de Romão. João constrói uma pedreira e contrata Jerônimo para supervisionar os trabalhadores.  Jerônimo tem atração muito grande por Rita Baiana e por isso briga com Firmo namorado de Rita, é esfaqueado e vai para o hospital.  Após sair de lá, embosca Firmo com a ajuda de dois amigos e o mata a pauladas.  O cortiço é destruído por um incêndio, e João o reconstrói com o dinheiro do seguro que ele tinha acabado de fazer.  Miranda consegue o título de nobre. João começa a inveja-lo e se interessa em casar com a filha de Miranda para virar nobre também, mais para isso ele tinha que se livrar de Bertoleza. Bertoleza se mata, enfaquiando-se com a faca em seu ventre. Lodo após ,João recebe um diploma de sócio benemérito de uma comissão de abolicionistas.
  • 13. O MULATO O romance O Mulato, de Aluísio Azevedo, foi publicado em 1881 e causou escândalo na sociedade maranhense. Não só pela crua linguagem naturalista, mas sobretudo pelo assunto de que tratava: o preconceito racial. A obra teve grande sucesso, foi bem recebido na Corte e tomado como marco do Naturalismo no Brasil. Na época, a obra foi muito mal recebida pela sociedade maranhense e Aluísio Azevedo, que já não era visto com bons olhos, tornou-se o "Satanás da cidade".
  • 14.
  • 15.  Os protagonistas então decidem fugir, mas o Cônego Diogo juntamente com Dias impedem.  Raimundo fica desesperado e por sua vez o clérigo incita Dias a dar cabo da vida do rapaz.  Anos se passam e no final, o leitor é surpreendido com Dias casado com Ana Rosa, felizes e com três filhos.  O Romance mostra-se com características híbridas, romantismo mais naturalismo. Mostra a hipocrisia da sociedade maranhense. Traz a tona o anticlericalismo, visão da mulher como procriadora. Descrição forte das cenas e impactante.
  • 16.  O enredo centra-se na história dos protagonistas, Ana Rosa e Raimundo.  Raimundo filho de José da Silva com uma escrava.  Ana Rosa filha de Manuel Pescada.  Por não conseguirem corresponder um ao outro, passa o tempo e Raimundo viaja para a Corte e posteriormente viaja a Europa. Forma-se em direito e volta para o Maranhão.  Com sua volta, vai de encontro com Ana Rosa e vai pedir a Pescada a mão de sua filha para casar--se com a amada. Mas o preconceito impede o casório.
  • 17. CASA DE PENSÃO Narrado em terceira pessoa do singular, Casa de Pensão inicia com a chegada do jovem maranhense Amancio ao Rio De Janeiro, que para ali se muda no intuito de estudar medicina na Corte. Chegando à cidade, Amâncio procura o Sr. Luís Campos, comerciante, amigo de seu pai, que lhe oferece pouso no interior. O Sr. Campos era casado com D. Maria Hortênsia, que não se mostra muito a vontade com a chegada do menino à sua casa, mas que acaba aceitando a decisão do marido. Embora fosse mais econômico, Amâncio não se mostra muito satisfeito com o fato de se hospedar na casa da família, pois ele fora para a Capital com o sonho de também viver a noite, as mulheres, de viver plenamente os seus 20 anos.
  • 18.
  • 19. Sobre a trajetória de Amâncio, ele apanhava do pai na infância e tinha uma aparência frágil. Na escola, ele parecia soltar todos a repressão de casa. Até que um dia ele bate num menino. O seu professor bate em Amâncio, em contrapartida, e ainda diz para o menino que apanhara também bater no seu algoz. Amâncio não aceita a vingança e discute com o professor, dando-lhe uma bofetada. Além de apanhar na escola, ao chegar em casa, ele também apanha do pai. Este acontecimento faz com que Amâncio se torne medroso, apesar das carícias, cuidados e proteção da mãe, D. Ângela (ou talvez por isso mesmo). Então, no Rio de Janeiro, Amâncio sentia-se só, até encontrar um colega (nem tão íntimo) do Maranhão, Paiva Rocha. Eles se encontram na rua, e Amâncio o convida para almoçar. No caminho do Hotel dos príncipes, os dois encontram dois amigos de Paiva Rocha, Salustiano Simões e João Coqueiro. Os quatro vão almoçar. Amâncio mostra-se maravilhado com a vida na Corte, com o almoço, com o cardápio em francês. E não economiza neste primeiro almoço, pagando a conta para todos. João Coqueiro, ao fim da refeição, convida Amâncio para visitá-lo.