1. 1
GRAMÁTICA
APOSTILA ELABORADA TENDO POR BASE:
• Manual de Redação da Presidência da Repú-blica,
2002.
• Apostila Curso de Redação Oficial Básica. Ela-boração:
Janaína de Aquino Ferraz, Ormezinda M.
Ribeiro Aya, Elda A. Oliveira Ivo, Paula Cobucci e
Flávia M. Pires.
• Exercícios criados pela Professora Mestra Viviane
Faria
Sites:
http://www.brasilescola.com/redacao
http://www.infoescola.com
http://www.mundovestibular.com.br
http://www.portalsaofrancisco.com.br
http://www.wikipedia.org
• Provas de concursos públicos (com as referências
devidas)
Fonte: <http://smharmon.blogspot.com>.
Para ler e entender um texto é preciso atingir dois
níveis de leitura: a informativa e a de reconhecimento. A
primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro
contato com o texto, extraindo-se informações e se
preparando para a leitura interpretativa. Contudo, quando
se interpreta, deve-se adotar os seguintes passos: entender
> compreender > analisar. Durante a leitura, grife palavras-
-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à
ideia central de cada parágrafo. Concentre-se nas perguntas
e opções de respostas. Marque palavras como NÃO,
EXCETO, RESPECTIVAMENTE etc., pois fazem diferença
na escolha adequada. Retorne ao texto, mesmo que pareça
ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter
a ideia do sentido global proposto pelo autor.
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
No caso de textos literários, é preciso conhecer a liga-ção
daquele texto com outras formas de cultura, outros
textos e manifestações de arte da época em que o autor
viveu. Se não houver esta visão global dos momentos lite-rários
e dos escritores, a interpretação pode ficar compro-metida.
Além disso, não se podem dispensar as dicas que
aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identifi-cação
do autor.
COMUNICAÇÃO
A comunicação ocorre quando interagimos com outras
pessoas utilizando a linguagem. Palavras, gestos, movimen-tos,
expressões corporais e faciais é linguagem. Linguagem
é um processo comunicativo pelo qual as pessoas intera-gem
entre si.
stelalecocq.blogspot.com
Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a
palavra (falada ou escrita), existem também as linguagens
não verbais, como a música, a dança, a mímica, a pintura,
a fotografia e a escultura, que possuem outros tipos de uni-dade
– o gesto, o movimento, a imagem etc.. Há, ainda,
as linguagens mistas, como as histórias em quadrinho, o
cinema, o teatro e os programas de TV, que podem reunir
diferentes linguagens, como o desenho, a palavra, o figu-rino,
a música e o cenário.
Os interlocutores são as pessoas que participam do
processo de interação por meio da linguagem.
Mais recentemente, com o aparecimento da informá-tica,
surgiu também a linguagem digital, que, valendo-se da
combinação de números, permite armazenar e transmitir
informações em meios eletrônicos.
2. VIVIANE FARIA
2
Fonte: <http://brasilescola.com>.
ELEMENTOS
• Emissor: quem ou o que emite a mensagem.
• Receptor: quem ou o que recebe a mensagem.
• Mensagem: o conjunto de informações transmiti-das.
• Código: a combinação de signos utilizados na
transmissão de uma mensagem. A comunicação só
se concretizará se o receptor souber decodificar a
mensagem.
• Canal de Comunicação: meio pelo qual a mensa-gem
é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas
vocais, ar etc..
• Contexto: a situação a que a mensagem se refere,
também chamado de referente.
• Ruído: qualquer perturbação na comunicação.
FUNÇÕES
O linguísta russo chamado Roman Jakobson caracte-rizou
seis funções de linguagem, ligadas ao ato da comu-nicação:
1. Função Referencial: também chamada de denota-tiva
ou informativa, configura-se quando o objetivo é
passar uma informação objetiva e impessoal no texto.
É valorizado o objeto ou a situação de que se trata a
mensagem sem manifestações pessoais ou persuasi-vas.
2. Função metalinguística: é quando a linguagem fala
de si própria. Predominam em análises literárias, inter-pretações
e críticas diversas.
3. Função fática: é o canal por onde a mensagem cami-nha
de quem a escreve para quem a recebe. Também
designa algumas formas que se usa para chamar aten-ção.
4. Função conativa/apelativa: é quando a mensagem
do texto busca seduzir, envolver o leitor, levando-o a
adotar um determinado comportamento. Na função
conativa a presença do receptor está marcada sempre
por pronomes de tratamento ou da segunda pessoa e
pelo uso do imperativo e do vocativo.
Fonte: <http://activiadanone.com.br>.
5. Função expressiva/emotiva: também chamada de
emotiva, passa para o texto marcas de atitudes pes-soais
como emoções, opiniões, avaliações. Na função
expressiva, o emissor ou destinador é o produtor da
mensagem. O produtor mostra que está presente no
texto mostrando aos olhos de todos seus pensamen-tos.
Fonte: <http://wayshiriu.com>.
6. Função poética: utiliza no texto marcas estruturais
e mensagens variadas. Nessa função, o emissor ou
destinador se comunica por meio de signos visuais ou
sonoros que simbolizam a comunicação pretendida.
Muitas vezes acompanha a função expressiva.
Fonte: <http://isacasaca.blogspot.com>.
INTENÇÕES
1. Lúdica: a intenção comunicativa é entreter o interlo-cutor.
2. Pragmática: a intenção comunicativa é convencer o
interlocutor de uma ideia que interfira em seu compor-tamento.
3. Cognitiva: a intenção comunicativa é passar informa-ções
ao interlocutor.
3. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
3
4. Sintonizadora: a intenção comunicativa é atingir um
certo perfil de interlocutor e, em seguida, apresentar
outra intenção.
5. Engajadora: a intenção comunicativa é denunciar, pro-vocando
o senso crítico do interlocutor sobre alguma
questão, geralmente de caráter social e/ou político.
6. Catártica: a intenção comunicativa é arrebatar o inter-locutor
a uma emoção extremada, agindo diretamente
um sua sensibilidade emotiva.
7. Liberadora do “eu”: a intenção comunicativa é aguçar
a imaginação do interlocutor, levando-o a uma evasão,
a um escapismo.
CÓDIGO
É um conjunto de sinais convencionados socialmente
para a construção e a transmissão de mensagens.
Língua é um código formado por signos (palavras) e
leis combinatórias por meio do qual as pessoas se comuni-cam
e interagem entre si.
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
São as variações que a língua apresenta, de acordo
com as condições sociais, culturais, regionais e históricas
em que é utilizada.
• Variedade padrão, norma culta, norma grama-tical,
norma formal: é a variedade linguística de
maior prestígio social.
• Variedade não padrão, norma coloquial, norma
informal: são todas as variedades linguísticas dife-rente
da padrão.
Fonte: <http://blog.educacional.com.br>.
O texto de humor que segue foi veiculado na internet no
ano de 2003. Leia-o e perceba a variação presente:
Assaltante Nordestino – “Ei bichim... Isso é um
assalto... Arriba os braço e num se bula num se cague e
num faça munganga... Arrebola o dinheiro no mato e não
faça pantim, se não eu enfio a peixeira no teu bucho e boto
teu fato pra fora... Perdão, meu padim Ciço, mas é que eu tô
com uma fome da moléstia...”
Assaltante Mineiro – “Ô sô, prestenção... Isso é um
assarto, uai... Levanta os braço e fica quetin quesse trem na
minha mão tá cheio de bala... Mió passa logo os trocados
que eu num tô bão hoje.Vai andando, uai! Tá esperando o
quê, uai?!”
Assaltante Gaúcho – “Ó, guri, ficas atento... Bah, isso
é um assalto... Levantas os braços e te aquietas, tchê! Não
tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbari-dade!
Passa os pila pra cá... e te manda a la cria, senão os
quarenta e quatro fala!”
Assaltante Carioca – “Seguiiiinte bicho... Tu te ferrô,
isso é um assalto... Passa a grana e levanta os braços,
rapá... Não fica de bobeira que eu atiro bem pra caraca,
rapá... Vai andando e, se olhar pra trás, vira presunto.”
Assaltante Baiano – “Ô meu rei... (longa pausa), Isso
é um assalto... (longa pausa) Levanta os braços e num se
avexe não... (longa pausa) Se não quiser nem precisa levan-tar,
pra não ficar cansado... (longa pausa) Vai passando a
grana bem devagarzinho... (longa pausa) Num repara se o
berro tá sem bala, é pra num ficá pesado... Num esquenta,
irmãozinho... (longa pausa), vou deixar teus documentos na
encruzilhada...”
Assaltante Paulista – “Ôrra, meu... isso é um assalto,
meu... Levanta os braços, meu... Passa logo a grana, meu...
Mais rápido, meu... Que eu ainda preciso pegar a bilheteria
aberta pra comprar o ingresso do jogo do Corinthians, meu...
Pô, se manda, meu...”
Assaltante de Brasília – “Querido povo brasileiro,
estou aqui no horário nobre da TV para dizer que, no final
do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: de energia,
água, esgoto, gás, passagem de ônibus, IPTU, IPVA, licen-ciamento
de veículos, seguro obrigatório, gasolina, álcool,
imposto de renda, IPI, CMS, PIS, COFINS, produtos alimen-tícios
etc. Mas não se preocupem, porque somos PENTA!!!”
SIGNO LINGUÍSTICO
Na concepção da linguística estruturalista, o signo lin-guístico
é uma entidade psíquica indivisível, composta por
dois elementos: o significado, ou conceito, e o significante,
ou a forma linguística na sua realização fonética ou gráfica.
O signo linguístico é arbitrário porque não pretende asseme-lhar-
se ao seu referente. Diversas línguas atribuem diversos
significantes a um significado idêntico.
E X E R C Í C I O S
Fonte: <http://vidadeuniversitario.wordpress.com>.
4. VIVIANE FARIA
4
1. (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE – FUNASA)
Na propaganda apresentada, o texto verbal que sinte-tiza
corretamente as ideias presentes estritamente na
imagem é que o cigarro é um(a)
a. vício que leva as pessoas à morte.
b. instrumento de prazer e desgosto, ao mesmo tem-po.
c. arma, e por meio dela você está se matando.
d. forma de sociabilização das pessoas, mas mata.
e. marca do desequilíbrio das pessoas, antes de tudo.
GABARITO: c.
2. (IBFC)
Alguém Me Disse
Gal Costa
Alguém me disse que tu andas novamente
De novo amor nova paixão toda contente
Conheço bem tuas promessas outras ouvi iguais a
essas
Esse teu jeito de enganar conheço bem
Pouco me importa que tu beijes tantas vezes
E que tu mudes de paixão todos os meses
Se vais beijar como eu bem sei
Fazer sonhar como eu sonhei
Mas sem ter nunca amor igual
Ao que eu te dei
Considere as afirmações que seguem:
I – O eu lírico que se expressa na música dirige-se à
pessoa amada, afirmando que não sente ciúmes e
nunca se envolveu, de fato, com ela.
II – O eu lírico diz que a pessoa a quem se dirige tem o
dom de iludir a fazer sonhar.
III – O eu lírico refere-se à pessoa amada na terceira
pessoa do singular.
Está correto o que se afirma em:
a. a) somente I.
b. b) somente II.
c. c) somente III.
d. d) I e II.
e. e) II e III.
GABARITO: b.
3. Preencha os parênteses das questões seguintes com
a letra da função da linguagem predominante em cada
texto.
a. Emotiva/Expressiva
b. Conativa/Apelativa
c. Referencial
d. Fática
e. Metalinguística
f. Poética
1) ( )
“América do Sul
América do Sol
América do Sal” (Oswald de Andrade)
2) ( )
“Naquele momento não supus que um caso tão insig-nificante
pudesse provocar desavença entre pessoas
razoáveis.” (Graciliano Ramos)
3) ( )
“A transparência do sentido dos atos normativos, bem
como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Es-tado
de Direito: é inaceitável que um texto legal não
seja entendido pelos cidadãos.” (Manual de Redação
da Presidência da República)
4) ( )
Coloque três xícaras de açúcar e bata até adquirir con-sistência
de suspiro.
5) ( )
– Olá, como vai?
– Bem, obrigado, e você?
6) ( )
Os complementos verbais e nominais são termos inte-grantes
da oração.
7) ( )
“A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala,
quer pela escrita.” (Manual de Redação da Presidên-cia
da República)
8) ( )
Gosto de acreditar que Papai Noel existe, porque isso
não deixa crescer a criança que salta em meu coração.
9) ( )
“Gigante pela própria natureza.
És belo, és forte, impávido colosso.” (Hino Nacional
Brasileiro)
10) ( )
A lua é o satélite natural da Terra.
11) ( )
Como eu acho a lua maravilhosa!
5. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
5
12) ( )
Inspira-me, ó lua!
13) ( )
Alô, alô, astronautas na lua... Vocês conseguem me
ouvir?
14) ( )
Em algumas noites, é possível ver a lua no céu.
15) ( )
“Lua cheia, meia displicente
Está presente aqui no coração...” (Fábio Jr.)
GABARITO: f, a, c, b, d, e, e, a, f, c, a, b, d, c, f.
4. (IBFC) Considere o diálogo abaixo.
– Oi, tudo bem?
– Tudo. E você?
– Também... Está tudo certo?
– Sim. Com você também?
– Sim.
A função de linguagem predominante é:
a. a) referencial.
b. c) metalinguística.
c. b) emotiva.
d. d) fática.
GABARITO: d.
Leia o texto a seguir e responda às questões 05 e 06.
Procura da poesia
Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos,
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície inata.
Ei-los nós e mudos, em estado de dicionário.
Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.
Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.
Espera que cada um se realize e consume
com seu poder de palavra e seu poder de silêncio.
Não forces o poema a desprender-se do limbo.
Não colhas no chão o poema que se perdeu.
Não adules o poema. Aceita-o
como ele aceitará sua forma definitiva
e concentrada no espaço.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. In: Obra completa.
2. ed. Rio de Janeiro, Aguiar, 1967. p. 139.)
5. O trecho do poema acima representa (assinale a alter-nativa
correta):
a. um conselho ao jovem para que observe as regras
da gramática.
b. um convite para explorar os valores virtuais e ima-nentes
das palavras.
c. um apelo para que as pessoas somente façam po-esia
quando de posse da chave de ouro.
d. a valorização do dicionário para o conhecimento
das palavras.
e. uma colocação cética quanto à inacessibilidade da
poesia.
GABARITO: b.
6. Além da função poética, o texto apresenta a(s)
função(ões):
a. fática.
b. metalinguística.
c. referencial.
d. conativa.
e. emotiva.
GABARITO: b e d.
7. Julgue os itens a seguir, marcando como C os que se-guem
a norma gramatical e como E os que seguem a
norma coloquial.
1) Maria se indignou por que num obteve a classifi-cação?
2) Depois de tuas explicação foi fácil entender por que
tomara aquela decisão.
3) Não punem os homens maus porque não dispõe
de um Código Penal atualizado? Que nada!
4) Por que haveria de te ocupar daquele assunto, se
não era tua obrigação?
5) O princípio de que o réu é inocente até se prová em
contrário é uma conquista da civilização; daí por
que não tem ele que se preocupar.
GABARITO: E, E, E, E, E.
8. (ESAF) “Ainda ______ furiosa, mas com ________
violência, proferia injúrias ___________ para escan-dalizar
todos.”
a. a) meia, menos, bastante.
b. b) meio, menos, bastante.
c. c) meio, menos, bastantes.
d. d) meia, menas, bastantes.
GABARITO: c.
9. (IBFC)
Maldição
Baudelaire, Macalé, Luiz Melodia
Quanta maldição!
O meu coração não quer dinheiro, quer poesia!
Baudelaire, Macalé, Luiz Melodia
Rimbaud – A missão
Poeta e ladrão
Escravo da paixão sem guia
Edgar Allan Poe tua mão na pia
Lava com sabão tua solidão
Tão infinita quanto o dia
Vicentinho, Van Gogh, Luiza Erundina
Voltem pro sertão
6. VIVIANE FARIA
6
Pra plantar feijão
Tulipas, para a burguesia
Baudelaire, Macalé, Luiz Melodia
Waly Salomão, Itamar Assumpção
O resto é perfumaria
(Zeca Baleiro)
Considere as afirmações abaixo.
I – O título da música indica que o autor não gosta dos
artistas citados na letra.
II – A música cita pessoas que não são consideradas
bem sucedidas tendo como critérios a fama como
grande público ou o enriquecimento.
Está correto o que se afirma em:
a. somente I.
b. somente II.
c. I e II.
d. nenhuma.
GABARITO: b.
10. (CESGRANRIO)
Autopiedade
Amar, amei. Não sei se fui amado,
pois declarei amor a quem me odiara
e a quem amei jamais mostrei a cara,
de medo de me ver posto de lado.
Se serve de consolo, seja assim:
amor nunca se esquece, é que nem prece.
Tomara, pois, que alguém reze por mim.
(Glauco Mattoso)
As palavras/expressões transcritas do texto estão
acompanhadas de substituições. A substituição que
NÃO mantém o mesmo sentido é:
a. fui amado (l. 1) – me amaram.
b. pois (l. 2) – quando.
c. odiara (l. 2) – tinha odiado.
d. posto de lado (l. 4) – descartado.
e. que nem (l. 6) – como.
GABARITO: b.
11. (CESGRANRIO)
Bombando
Não vou
morrer de enfarte
em plena festa
nem de fome
nesta fartura.
Quando sou
a última estrela que me resta,
resolvo brilhar
e aí ninguém me segura.
Bráulio Tavares
No texto, as palavras destacadas nos versos “nem de
fome/ nesta fartura” indicam uma:
a. a) comparação.
b. b) consequência.
c. c) contradição.
d. d) finalidade.
e. e) reformulação.
GABARITO: c.
12. (IADES)
Desenvolver sem agredir o meio ambiente.
Fonte: <http://www.brasilescola.com/geografia/desen-volvimento-
sustentavel.htm>.
A propósito da organização das ideias do texto, assina-le
a alternativa correta.
a. Ocorre total incoerência entre a imagem e a oração
que constituem o texto, já que elas reproduzem in-formações
opostas.
b. As partes que compõem o texto sugerem, em tom
agressivo, o desrespeito humano para com a na-tureza.
c. O sentido de “agredir” sugerido pela oração está
representado pela imagem.
d. A imagem expressa um conteúdo reforçado pela
oração.
e. A imagem representa, principalmente, as consequ-ências
de toda ação humana que não atende ao
apelo contido na oração.
GABARITO: d.
ANÁLISES
ANÁLISE BÁSICA
• Semântica: estuda o significado e a interpretação
do significado de uma palavra, de um signo, de
uma frase ou de uma expressão em um determi-nado
contexto. Nesse campo de estudo se analisa,
também, as mudanças de sentido que ocorrem nas
formas linguísticas devido a alguns fatores, tais
como tempo e espaço geográfico.
7. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
7
• Morfológica: é o estudo da estrutura, da formação
e da classificação das palavras. A peculiaridade da
morfologia é estudar as palavras olhando para elas
isoladamente e não dentro da sua participação na
frase ou período. A morfologia está agrupada em
dez classes, denominadas classes de palavras ou
classes gramaticais. São elas: Substantivo, Artigo,
Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advérbio, Pre-posição,
Conjunção e Interjeição.
• Sintática: é a parte da gramática que estuda a dis-posição
das palavras na frase e a das frases no dis-curso,
bem como a relação lógica das frases entre
si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor pro-cura
transmitir um significado completo e compre-ensível.
Para isso, as palavras são relacionadas e
combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento
essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas
possibilidades que existem para combinar palavras
e orações.
• Estilística: estuda os processos de manipulação
da linguagem que permitem a quem fala ou escreve
sugerir conteúdos emotivos e intuitivos por meio
das palavras. Além disso, estabelece princípios
capazes de explicar as escolhas particulares feitas
por indivíduos e grupos sociais no que se refere ao
uso da língua.
ANÁLISE TEXTUAL
• Afirmação é dizer o que está explicitado no texto, o
que está evidente.
• Inferência é uma dedução, uma suposição, conclu-ída
pelas afirmações.
• Extrapolação é tomar por verdade algo que não
está no texto.
ANÁLISE INTERTEXTUAL
Fonte: <http://alquimiadaspalavrassm.blogspot.com>.
• Intertextualidade é a relação entre dois textos
caracterizada por um citar o outro.
• Interdiscursividade é a relação entre dois discur-sos
caracterizada por um citar o outro.
• Paródia é um tipo de relação intertextual em que
um dos textos cita outro, geralmente com o obje-tivo
de fazer-lhe uma crítica ou inverter ou distorcer
suas ideias.
• Epígrafe é um título ou frase curta, que, colocado
no início de uma obra, serve como tema ou assunto
para resumir ou introduzir a mesma. Constitui uma
escrita introdutória a outra.
SIGNIFICADO DAS PALAVRAS
• Sinonímia é a relação que se estabelece entre
duas palavras ou mais que apresentam significados
iguais ou semelhantes, ou seja, os sinônimos.
• Antonímia é a relação que se estabelece entre
duas palavras ou mais que apresentam significados
diferentes, contrários, isto é, os antônimos.
• Homonímia é a relação entre duas ou mais pala-vras
que, apesar de possuírem significados diferen-tes,
possuem a mesma estrutura fonológica ou orto-gráfica.
As homônimas podem ser:
–– Homógrafas: palavras iguais na escrita e dife-rentes
na pronúncia. Exemplos: gosto (substan-tivo)
gosto / (1ª pessoa singular presente indi-cativo
do verbo gostar) / conserto (substantivo)
– conserto (1ª pessoa singular presente indica-tivo
do verbo consertar);
–– Homófonas: palavras iguais na pronúncia e
diferentes na escrita. Exemplos: cela (subs-tantivo)
– sela (verbo) / cessão (substantivo)
– sessão (substantivo) / cerrar (verbo) – serrar
(verbo);
–– Perfeitas: palavras iguais na pronúncia e na
escrita. Exemplos: cura (verbo) – cura (substan-tivo)
/ verão (verbo) – verão (substantivo) / cedo
(verbo) – cedo (advérbio);
• Paronímia: É a relação que se estabelece entre
duas ou mais palavras que possuem significados
diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e
na escrita, isto é, os parônimos: Exemplos: cavaleiro
– cavalheiro / absolver – absorver / comprimento –
cumprimento/ aura (atmosfera) – áurea (dourada)
/ conjectura (suposição) – conjuntura (situação
decorrente dos acontecimentos) / descriminar (des-culpabilizar
– discriminar (diferenciar) / desfolhar
(tirar ou perder as folhas) – folhear (passar as folhas
de uma publicação) / despercebido (não notado) –
desapercebido (desacautelado) / geminada (dupli-cada)
– germinada (que germinou) / mugir (soltar
mugidos) – mungir (ordenhar) / percursor (que per-corre)
– precursor (que antecipa os outros) / sobres-crever
(endereçar) – subscrever (aprovar, assinar)
/ veicular (transmitir) – vincular (ligar) / descrição –
discrição / onicolor – unicolor.
8. VIVIANE FARIA
8
• Polissemia: É a propriedade que uma mesma pala-vra
tem de apresentar vários significados. Exem-plos:
Ele ocupa um alto posto na empresa. / Abas-teci
meu carro no posto da esquina. / Os convites
eram de graça. / Os fiéis agradecem a graça rece-bida.
E X E R C Í C I O S
1.
Máquina registradora
Um negociante acaba de acender as luzes de uma loja
de calçados, quando surge um homem pedindo dinheiro.
O proprietário abre uma máquina registradora. O conteúdo
da máquina registradora é retirado e o homem corre. Um
membro da polícia é imediatamente avisado.
Observando os critérios de interpretação textual co-nhecidos
como afirmação, inferência e extrapo-lação,
julgue os seguintes itens, de acordo com as
afirmativas que podem ser feitas sobre o texto Máquina
registradora.
1) Um homem apareceu assim que o proprietário
acendeu as luzes de sua loja de calçados.
2) O ladrão foi um homem.
3) O homem não pediu dinheiro.
4) O homem que abriu a máquina registradora era o
proprietário.
5) O proprietário da loja de calçados retirou o conteú-do
da máquina registradora e fugiu.
6) Alguém abriu uma máquina registradora.
7) Depois que o homem pediu o dinheiro apanhou o
conteúdo da máquina registradora, fugiu.
8) Embora houvesse dinheiro na máquina registrado-ra,
a história não diz a quantidade.
9) O ladrão pediu dinheiro ao proprietário.
10) A história registra uma série de acontecimentos
que envolvem somente três pessoas: o proprietá-rio,
um homem que pediu dinheiro e um membro
da polícia.
11) Os seguintes acontecimentos da história são ver-dadeiros:
–– alguém pediu dinheiro;
–– uma máquina registradora foi aberta;
–– o dinheiro da máquina registradora foi retirado;
–– um homem fugiu da loja.
GABARITO: E, E, E, C, E, C, E, E, E, E, E.
2.
Coração
Coração
Para que se apaixonou
Por alguém que nunca te amou
Alguém que nunca vai te amar
Eu vou fazer promessas para nunca mais amar
Alguém que só quis me ver sofrer
Alguém que só quis me ver chorar
Preciso sair dessa
Dessa de me apaixonar
Por quem só quer me fazer sofrer
Por quem só quer me fazer chorar
E é tão ruim quando alguém machuca a gente
O coração fica doente
Sem jeito até para conversar
Dói demais, só quem ama sabe e sente
O que se passa em nossa mente
Na hora de deixar rolar
Nunca mais eu vou provar do teu carinho
Nunca mais vou pode te abraçar
Ou será que eu vivo bem melhor sozinho
E se for mais fácil assim pra perdoar
O amor às vezes só confunde a gente
Não sei como você pode ser bem diferente
O amor às vezes confunde a gente
Não sei como você pode ser diferente
Coração...
(Intérprete: Rapazolla; Autor: Fábio)
De acordo com o texto Coração, julgue os itens de in-terpretação.
1) O eu-lírico está sofrendo porque a pessoa a quem
ele amou morreu, como comprova a 4ª estrofe.
2) O eu-lírico está conversando com um amigo, que
o ouve em silêncio e penalizado por sua desgraça.
3) A expressão “a gente”, presente em alguns versos
do poema, é marca de linguagem coloquial.
4) O eu-lírico fala com duas pessoas no texto: em al-guns
momentos com seu próprio coração, em ou-tras
com a pessoa que o magoou.
5) O eu-lírico está em depressão e não tem vontade
de ficar melhor emocionalmente.
GABARITO: E, E, C, C, E.
3. (CESPE) O Brasil deve colher em 2009 a segunda
maior safra de grãos e oleaginosas de sua história:
137,6 milhões de toneladas, segundo a Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), ou 136,4 milhões,
de acordo com o IBGE. Confirmada qualquer das duas
estimativas, a colheita será suficiente para garantir um
abastecimento interno tranquilo, sem problemas para
o consumidor, e um volume apreciável de exportações
de produtos in natura ou processados. Pelos cálculos
da Conab, a safra será 4,5% menor que a da tempora-da
2007-2008. Pelas contas do IBGE, a produção de
2009 será 6,5% menor que a da safra anterior.
Apesar de alguns meses secos em algumas áreas e
do excesso de chuvas em outras, o tempo, de modo
geral, acabou contribuindo para uma produção satis-fatória,
confirmada em estados do Centro-Sul, onde
mais de 60% das lavouras de verão já foram colhidas.
Nessas áreas, também já avançou ou foi concluído o
plantio da segunda safra de milho e de feijão.
O Estado de S.Paulo. Editorial, 12.04.2009 (com adap-tações).
9. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
9
Com base no texto acima, julgue os itens que se se-guem.
1) Infere-se das informações do texto que a maior sa-fra
de grãos e oleaginosas colhida no Brasil até a
data da publicação do texto foi a de 2007-2008.
2) Depreende-se das informações do texto que as es-timativas
do IBGE, em relação à safra de 2009, são
mais positivas e otimistas que as da CONAB.
3) Entre “e” e “um volume (...) processados”, é possí-vel
subentender-se a forma verbal garantir.
4) Caso a expressão “Apesar de” seja substituída por
Não obstante, será necessário eliminar a preposi-ção
contida em “do excesso” para que o texto per-maneça
gramaticalmente correto.
GABARITO: C, E, C, C.
(IBFC)
Bom Conselho
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
Provérbios populares:
Quem espera sempre alcança.
Quem semeia vento colhe tempestade.
Pense duas vezes antes de agir.
Devagar se vai ao longe.
(Chico Buarque)
4. (IBFC) Considere as afirmações abaixo.
I – Para compreender adequadamente o sentido da
letra, o leitor dever perceber a intertextualidade
com os provérbios populares.
II – Na música, o sentido de vários provérbios é inver-tido.
Está correto o que se afirma em:
a. somente I.
b. somente II.
c. I e II.
d. nenhuma.
GABARITO: c.
5. (IBFC) Assinale a alternativa que melhor expressa a
ideia contida em “quem semeia vento colhe tempes-tade”.
a. Consequência.
b. Solidariedade.
c. Consciência ambiental.
d. Inveja.
GABARITO: a.
6. (ESAF) Leia o texto abaixo para responder à questão.
Quando surgiu a preocupação ética no homem? Em
que momento da sua história sentiu o ser humano neces-sidade
de estabelecer regras definindo o certo e o errado?
Essas indagações, possivelmente existentes desde que o
homem começou a pensar, têm ocupado o tempo e o esforço
de reflexão dos filósofos ao longo dos séculos.
O fato é que, desde seus primórdios, as coletividades
humanas não apenas pactuaram normas de convivência
social, mas também foram corporificando um conjunto de
conceitos e princípios orientadores da conduta no que tange
ao campo ético-moral. Esta necessidade ética, sinalizando
parâmetros de comportamento em todas as esferas da ativi-dade
humana, naturalmente tinha que alcançar o exercício
das profissões.
(Adaptado de Ivan de Araújo Moura Fé, Desafios Éticos
– prefácio)
Analise as seguintes inferências:
I – O homem tem preocupação ética desde o início
da história e, possivelmente, desde que começa a
pensar.
II – Filósofos têm se dedicado a refletir sobre as regras
que definem o certo e o errado ao longo dos sé-culos.
III – Profissões são resultados de conjuntos de concei-tos
e princípios norteadores de conduta.
A argumentação do texto permite:
a. todas as inferências.
b. apenas a inferência I.
c. apenas a inferência II.
d. apenas as inferências I e II.
e. apenas as inferências II e III.
GABARITO: d.
(PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA) Leia o
texto a seguir e responda às questões 07, 08, 09 e 10.
O Melhor amigo
A mãe estava na sala, costurando. O menino abriu
a porta da rua, meio ressabiado, arriscou um passo para
dentro e mediu cautelosamente a distância. Como a mãe
não se voltasse para vê-lo, deu uma corridinha em direção
de seu quarto.
10. VIVIANE FARIA
10
– Meu filho? – gritou ela.
– O que é – respondeu com o ar mais natural que lhe
foi possível.
– Que é que você está carregando aí?
Como podia ter visto alguma coisa, se nem levantara a
cabeça? Sentindo-se perdido, tentou ainda ganhar tempo:
– Eu? Nada...
– Está sim. Você entrou carregando alguma coisa.
Pronto: estava descoberto. Não adiantava negar – o
jeito era tentar comovê-la. Veio caminhando desconsolado
até a sala, mostrou à mãe o que estava carregando:
– Olha aí, mamãe: é um filhote...
Seus olhos súplices aguardavam a decisão.
– Um filhote? Onde é que você arranjou isso?
– Achei na rua. Tão bonitinho, não é, mamãe?
Sabia que não adiantava: ela já chamava o filhote de
isso.
– Trate de levar esse cachorro embora!
O menino tentou enxugar uma lágrima, não havia
lágrima. Voltou para o quarto, emburrado: a gente também
não tem nenhum direito nesta casa – pensava.
– Dez minutos – repetiu ela com firmeza.
– Todo mundo tem cachorro, só eu que não tenho.
– Você não é todo mundo.
– Também, de hoje em diante eu não estudo mais, não
vou mais ao colégio, não faço mais nada.
– Veremos – limitou-se a mãe, de novo distraída com
a costura.
– A senhora é ruim mesmo, não tem coração!
Conhecia bem sua mãe, sabia que não havia apelo:
tinha dez minutos para brincar com seu novo amigo, e
depois... Ao fim de dez minutos, a voz da mãe inexorável:
– Vamos, chega! Leva esse cachorro embora.
Ele saiu, e seus olhos prometiam vingança. A mãe
chegou a se preocupar. (...) Meia hora depois, o menino vol-tava
da rua, radiante:
– Pronto, mamãe!
E exibia-lhe uma nota de vinte e uma de dez: havia ven-dido
seu melhor amigo por trinta dinheiros.
(Fernando Sabino apud Bender Flora, org. Fernando
Sabino: literatura comentada. São Paulo: Abril, 1980.
p. 43-4)
7. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA) Qual
o melhor sinônimo para o termo “ressabiado”?
a. Desconfiado.
b. Honrado.
c. Estimulado.
d. Encantado.
e. Alucinado.
GABARITO: a.
8. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA) Após
a leitura do texto acima, qual a palavra abaixo que me-lhor
retrata a mãe do menino?
a. Preocupada.
b. Ineficiente.
c. Comedida.
d. Introvertida.
e. Intransigente.
GABARITO: e.
9. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA) A ati-tude
final do menino permite-nos associá-lo à seguinte
personagem bíblica:
a. Jacó.
b. Judas.
c. Labão.
d. Tomé.
e. Pedro.
GABARITO: b.
10. (PREFEITURA MUNICIPAL DE ABREU E LIMA) A per-sonagem
assinalada na questão anterior também:
a. respeitava a mãe.
b. não aceitava as decisões da mãe.
c. vendia animais.
d. vendeu o amigo.
e. adorava os animais.
GABARITO: d.
11. (ESAF) Indique a opção que preenche corretamente
todas as lacunas das frases.
I – Na última _____ do grêmio, o orador foi brilhante.
II – Comprei os livros na _____ de brinquedos.
III – Solicitamos ao diretor a _____ de duas salas.
a. Sessão –seção – cessão.
b. Seção – cessão – sessão.
c. Cessão – seção – sessão.
d. Sessão – cessão – seção.
e. Seção – sessão – cessão.
GABARITO: a.
12. (IBFC)
Chapeuzinho Vermelho foi seguida pelo lobo ______.
O Apocalipse será a batalha entre o Bem e o ______.
Assinale abaixo a alternativa que preenche correta-mente
as lacunas.
a. Mau/Mau.
b. Mau/Mal.
c. Mal/Mau.
d. Mal/Mal.
GABARITO: b.
11. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
11
13. (CESPE)
Fonte: <http://economidiando.blogspot.com>.
Em relação ao texto apresentado acima, julgue os
itens seguintes.
1) O texto constrói-se com base na sátira.
2) Para o entendimento da crítica social presente no
texto, é crucial, além da interpretação das imagens
com base no conhecimento histórico, o entendi-mento
do sentido das preposições empregadas no
título de cada imagem.
3) 3. O tema do texto pode ser sintetizado no ditado
popular “aqui se faz, aqui se paga”.
4) 4. Em “Presente pra Grego”, o emprego da forma
prepositiva “pra” é inadequado, dado o grau de for-malidade
do texto.
5) 5. O texto, cuja mensagem é transmitida essencial-mente
por meio da imagem, classifica-se como não
verbal.
GABARITO: C, C, E, E, E.
Olívia se aproximou de Eugênio e com um lenço enxu-gou-
lhe o suor da testa. Estava terminada a traqueostomia.
A enfermeira juntava os ferros. Ruído de metais tinindo, de
mesas se arrastando. Eugênio tirou as luvas e foi tomar o
pulso do pequeno paciente. A criança como que ressusci-tava.
A respiração voltava lentamente, a princípio superficial,
depois mais funda e visível. O rosto perdia aos poucos a
rigidez cianótica.
Eugênio examinava-lhe as mudanças do rosto com
comovida atenção.
Vencera! Salvara a vida de uma criança!
A vida é boa! – pensava Eugênio. Ele tinha salvo
uma criança. Começou a cantarolar baixinho uma canção
antiga que julgava esquecida. Sorvia com delícia o refresco
impregnado do cheiro da gasolina queimada. Sentia-se leve
e aéreo. Era como se dentro dele as nuvens de tempestade
se tivessem despejado em chuva e sua alma agora esti-vesse
límpida, fresca e estrelada como a noite.
– Por que será – perguntou ele a Olívia – por que será
que às vezes de repente a gente tem a impressão de que
acabou de nascer... ou de que o mundo ainda está fresqui-nho,
recém-saído das mãos de quem o fez?
VERÍSSIMO, Érico. Olhai os lírios do campo. Rio de
Janeiro: Globo, 1987. (Fragmento)
14. (CESGRANRIO) Para descrever a sensação do per-sonagem
em salvar a criança, no quarto parágrafo, o
narrador emprega algumas estratégias como o uso de
adjetivos, comparações, além de imagens poéticas.
Qual dos substantivos a seguir expressa tal sensação
do personagem?
a. Cansaço.
b. Angústia.
c. Certeza.
d. Empáfia.
e. Alívio.
GABARITO: e.
15. (CESGRANRIO) Sinais de pontuação ajudam a revelar
a expressividade de um texto. A exclamação presente
no terceiro parágrafo do texto é empregada, sobretu-do,
para revelar:
a. assombro.
b. indignação.
c. surpresa.
d. tensão.
e. admiração.
GABARITO: e.
16. (FUNASA) O anúncio publicitário a seguir é uma cam-panha
de um adoçante, que tem como seu slogan a fra-se
“Mude sua embalagem”.
Fonte: <http://www.ccsp.com.br>.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campa-nha,
é altamente expressiva e substitui a palavra:
a. vida.
b. corpo.
c. jeito.
d. história.
e. postura.
GABARITO: b.
12. VIVIANE FARIA
12
(CESGRANRIO) A charge a seguir trata da situação
crítica a que está submetido o país em relação à den-gue.
Tendo-a por referência, assinale a alternativa cor-reta
nas questões 17 e 18.
IQUE. Jornal do Brasil, 25 mar. 2008.
17. (CESGRANRIO) Essa charge:
a. compara a luta contra a dengue a uma situação de
guerra.
b. coloca em situação de oposição o homem e a so-ciedade.
c. suaviza a gravidade da questão a partir do humor.
d. dá características humanas ao mosquito.
e. propõe que forças bélicas sejam usadas na pre-venção
da doença.
GABARITO: a.
18. (CESGRANRIO) Uma charge tem como objetivo, por
meio de seu tom caricatural, provocar, no leitor, uma
dada reação acerca de um fato específico. De acor-do
com a situação em que foi produzida, a charge de
Ique, aqui apresentada, visa a provocar, no leitor, uma
reação de:
a. consternação.
b. revolta.
c. alerta.
d. complacência.
e. belicosidade.
GABARITO: c.
(CESGRANRIO)
A charge é um gênero textual que apresenta um caráter
burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato específico,
em geral de caráter político e que é do conhecimento público.
Responda às questões.
19. (CESGRANRIO) No plano linguístico, o humor da
charge:
a. tem como foco a imagem antagônica entre a pala-vra
riqueza e a figura do homem maltrapilho.
b. baseia-se no jogo polissêmico da palavra econo-mia,
ora empregada como ciência, ora como conter
gastos.
c. baseia-se na linguagem não verbal, que apresenta
um homem subnutrido como um exemplo de bra-sileiro.
d. está centrado na ironia com que é tratada a produ-ção
de riquezas no Brasil.
e. reside na ideia de um morador de rua saber falar
tão bem sobre assuntos como política, saúde e
economia.
GABARITO: b.
20. (CESGRANRIO) A primeira frase do personagem pode
ser lida como uma hipótese formulada a partir da fala
que faz a seguir. Apesar de não estarem ligadas por
um conectivo, pode-se perceber a relação estabeleci-da
entre as duas orações. O conectivo que deve ser
usado para unir essas duas orações, mantendo o sen-tido,
é:
a. embora.
b. entretanto.
c. logo.
d. se.
e. pois.
GABARITO: e.
(CESGRANRIO)
O menino doente
O menino dorme.
Para que o menino
Durma sossegado,
Sentada ao seu lado
A mãezinha canta:
— “Dodói, vai-te embora!
“Deixa o meu filhinho,
“Dorme... dorme... meu...”
Morta de fadiga,
Ela adormeceu.
Então, no ombro dela,
Um vulto de santa,
Na mesma cantiga,
Na mesma voz dela,
Se debruça e canta:
— “Dorme, meu amor.
“Dorme, meu benzinho...”
E o menino dorme.
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, 1983.
13. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
13
Tendo por referência o texto acima, responda às ques-tões
21, 22 e 23.
21. (CESGRANRIO) Em dois versos do poema há a ocor-rência
do sufixo -inho. Nos dois casos, esse elemento
assume um valor de:
a. intensidade.
b. tamanho.
c. ironia.
d. afeto.
e. desrespeito.
GABARITO: d.
22. (CESGRANRIO) As reticências podem ser usadas
com diferentes finalidades. No trecho “Dorme... dor-me...
meu...”, encontrado no texto, as reticências fo-ram
usadas para:
a. marcar um aumento de emoção.
b. apontar maior tensão nos fatos apresentados.
c. indicar traços que são suprimidos do texto.
d. deixar uma fala em aberto.
e. assinalar a interrupção do pensamento.
GABARITO: e.
23. (CESGRANRIO) A palavra “debruça” (v. 15), presente
no texto, pode ser substituída, sem alteração de sen-tido,
por:
a. recolhe.
b. inclina.
c. derrama.
d. descobre.
e. ajoelha.
GABARITO: b.
24. Observe o quadrinho a seguir para julgar os itens.
1) A linguagem presente no primeiro quadrinho tem
traços de oralidade, isto é, de linguagem coloquial.
2) A resposta dada pelo personagem no último qua-drinho
denota o desconhecimento do mesmo em
relação às regras gramaticais.
3) A charge de Luiz Fernando Veríssimo traz uma
crítica implícita à situação econômica do país ao
afirmar que tal situação é antiga em nossa história.
4) A palavra que responderia corretamente à indaga-ção
feita no primeiro quadrinho é inflação.
5) A linguagem presente no terceiro quadrinho é co-loquial.
GABARITO: E, E, C, C, C.
25. Utilize a palavra adequada em cada uma das frases
abaixo.
a. (acender/ascender)
O secretário __________ na empresa por meio de
muito esforço e dedicação.
Os funcionários __________ as luzes externas do
edifício.
b. (cessão/seção/sessão)
A __________ foi feita do diretor a seu subordi-nado.
A __________ foi prorrogada para a semana que
vem, a pedido dos deputados locais.
A __________ deste andar ficou mal feita pelo
arquiteto.
c. (concerto/conserto)
O __________ do prédio ficou a um preço absurdo.
O __________ será no Teatro Nacional, às 20h.
d. (absolver/absorver)
O acusado será __________ pelo júri popular.
O pano não __________ toda a água derramada
aqui.
e. (comprimento/cumprimento)
Feito o __________, o senador deu início a seu
discurso.
O __________ da lei é essencial para que a ordem
permaneça.
Analisou o __________ do corredor que levava ao
gabinete presidencial.
f. (deferir/diferir)
Devemos sempre __________ a assinatura do pre-sidente
das demais.
Ele __________ o pedido feito sem hesitar, já que
exigiam rapidez na resposta.
g. (descriminar/discriminar)
O réu foi __________ pela falta de provas.
O secretário __________ os documentos impor-tantes
dos supérfluos.
14. VIVIANE FARIA
14
h. (inflação/infração)
Os jornais anunciam o aumento da __________.
A __________ cometida pelo caseiro chocou o
Brasil.
i. (fragrante/flagrante)
Pegou-se em __________ o estuprador.
O local do crime estava iluminado, organizado e
__________.
j. (descrição/discrição)
A __________ é uma virtude rara.
Ele fez corretamente a __________ dos fatos.
k. (mal/mau)
Você fez __________ vindo ao gabinete sem ter
marcado hora.
O __________ exemplo corrompe os bons costu-mes.
l. (senso/censo)
Faltou __________ nos funcionários que analisa-ram
a situação.
O governo local realizará um novo __________
este ano.
m. (deletar/delatar/dilatar)
O asfalto __________ com o calor demasiado.
O delegado disse à vítima que __________ seu
agressor.
O novo secretário __________ todos os arquivos
guardados há anos no computador.
n. (ratificar/retificar)
A afirmação a respeito do réu foi __________, pois
conseguiu-se provar sua inocência.
A testemunha __________ que havia sido agre-dida,
já que as marcas da violência eram evidentes.
o. (pleito/preito)
O __________ entre os candidatos foi escanda-loso.
Os deputados distritais organizaram um
__________ para o presidente da República.
p. (iminente/eminente)
Sua carreira encontra-se hoje em total __________
graças a todo apoio que recebe dos colaboradores
econômicos e dos grandes empresários.
Após análise minuciosa, notamos que é um pro-blema
ainda __________ devido esforço de todos
em não deixá-lo crescer e prejudicar os negócios.
GABARITO: ascendeu/acenderam; cessão/sessão/
seção; conserto/concerto; absolvido/absorveu; cumpri-mento/
cumprimento/comprimento; diferir/deferiu; descri-minado/
discriminou; inflação/infração; flagrante/fragrante;
discrição/descrição; mal/mau; senso/censo; dilatou/dela-tasse/
deletou; retificada/ratificou; pleito/preito; eminência/
iminente.
26. “E não sabem com que amor os estou escutando,
como penso que este Brasil imenso não é feito só do
que acontece em grandes proporções, mas destas pe-quenas,
ininterruptas, perseverantes atividades que se
desenvolvem na obscuridade e de que as outras, sem
as enunciar, dependem.”
(Cecília Meireles)
Tendo por referência a passagem acima, assinale a
opção que apresenta antônimos dos vocábulos subli-nhados,
na ordem em que eles aparecem.
a. pequenino, interruptas, inconstantes, claridade.
b. enorme, seguidas, escuras, iluminação.
c. ínfimo, fracionadas, umbrosas, famosa.
d. insignificante, variadas, versáteis, luminosidade.
e. grande, interrompidas, omissas, clareza.
GABARITO: a.
27. (ESAF) Assinale a opção que apresenta o sentido em
que a palavra está sendo empregada no texto.
Se a primeira etapa da crise mundial, deflagrada por
insolvências no mercado de hipotecas americano, serviu
de álibi para o governo partir do diagnóstico correto de que
era preciso aumentar os gastos para executar os gastos
errados – por não poderem ser cortados depois, na hora
de evitar pressões inflacionárias –, agora a crise na Europa
mostra o outro lado dessas liberalidades fiscais: a quebra
técnica de países.
Entre as causas dos desequilíbrios orçamentários
acham-se injeções de recursos no mercado para evitar a
desestabilização total do sistema financeiro, criando déficits
agravados pela recessão de 2009 e a consequente retração
na coleta de impostos. Mas há também muita irresponsa-bilidade
na concessão de aumentos a servidores públicos,
ampliação insensata de benefícios previdenciários e assis-tenciais.
Os desequilíbrios europeus, mais graves na Grécia,
na Espanha, em Portugal, na Irlanda e na Itália, funcionam
como peça pedagógica para Brasília, onde muitos bilhões
em aumento de despesas têm sido contratados.
(O Globo, Editorial, 28.05.2010)
a. deflagrada – terminada.
b. insolvências – inadimplências.
c. álibi – acusação.
d. injeções – subtrações.
e. pedagógica – deseducativa.
GABARITO: b.
28.
Maria Berlini não mentira quando dissera que não tra-balhava,
nem estudava. Mas trabalhara pouco depois da
chegada ao Rio, com minguados recursos, que se evapora-ram
como por encanto. A tentativa de entrar para o teatro fra-cassara.
Havia só promessas. Não era fácil como pensara.
Mesmo não tinha a menor experiência. Fora estrela estu-dantil
em Guará, isso porém era menos que nada! Acabado
o dinheiro, não podia viver de brisa! Em oito meses, fora
sucessivamente chapeleira, caixeira de perfumaria, mani-
15. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
15
cura, para se sustentar. Como chapeleira, não aguentar dois
meses, que era duro!, das oito da manhã às oito da noite,
e quantas vezes mais, sem tirar a cacunda da labuta. Não
era possível! As ambições teatrais não haviam esmorecido,
e cadê tempo? Conseguiria lugar de balconista numa perfu-maria,
com ordenado e comissão. Tinha jeito para vender,
sabia empurrar mercadoria no freguês. Os cobres melho-ravam
satisfatoriamente. Mas também lá passara pouco
tempo. O horário era praticamente o mesmo, e o trabalho
bem mais suave – nunca imaginaria que houvesse tantos
perfumes e sabonetes neste mundo! Contudo continuava
numa prisão. Não nascera para prisões. Mesmo como seria
possível se encarreirar no teatro, amarrada num balcão todo
o santo dia? Precisava dar um jeito. Arranjou vaga de mani-cura
numa barbearia, cujo dono ia muita à perfumaria fazer
compras e que se engraçara com ela. Dava conta do recado
mal e porcamente, mas os homens não são exigentes com
um palmo de cara bonita. Funcionava bastante, ganhava
gorjetas, conhecera uma matula de gente, era muito con-vidada
para almoços, jantares, danças e passeios, e tinha
folgas – uf, tinha folgas! Quando cismava, nem aparecia na
barbearia, ia passear, tomar banho de mar, fazer compras,
ficava dormindo...
(Marques Rabelo)
Maria Berlini é caracterizada de diferentes maneiras.
Assinale a opção cuja qualidade não se aplica a ela.
a. Altruísta.
b. Inexperiente.
c. Ambiciosa.
d. Esperta.
e. Ingênua.
GABARITO: a.
(ESAF) Leia o texto para responder às questões.
Ainda que águas brasileiras não sejam diretamente atin-gidas
pelos efeitos do gigantesco vazamento de petróleo no
Golfo do México, onde milhares de barris de óleo são despe-jados
por dia há mais de um mês, é sensato que o governo
brasileiro e a Petrobras tratem de aprender com as ações
técnicas para conter a tragédia ambiental provocada pelo
acidente da British Petroleum. É recomendável também que
as autoridades observem os procedimentos administrativos
do governo americano para enquadrar os responsáveis pelo
acidente, como a aplicação de uma multa de US$ 75 milhões
à companhia, com base na Lei de Poluição Petrolífera.
Vale, no caso, um exercício de imaginação: transponha-
-se a tragédia no Golfo para águas brasileiras, onde há
igualmente intensa atividade petrolífera. A realidade não
recomenda otimismo, a começar pelos dispositivos existen-tes
de prevenção de acidentes.
(O Globo, Editorial, 27.05.2010)
29. (ESAF) Em relação às estruturas do texto, assinale a
opção correta.
a. A expressão “Ainda que” (1º par.) poderia, sem pre-juízo
para a correção gramatical do período e para
o sentido original, ser substituída por qualquer uma
das seguintes: Mesmo que, Conquanto, Porquanto.
b. A substituição de “não sejam” (1º par.) por “não es-tejam
sendo” altera a informação original do perío-do
e prejudica a correção gramatical do texto.
c. As três ocorrências de “para” têm função grama-tical
e semântica equivalentes, pois conferem ao
contexto a noção de finalidade.
d. O emprego do sinal indicativo de crase em “à com-panhia”
(1º par.) justifica-se pela regência de “apli-cação”,
que exige preposição “a”, e pela presença
de artigo definido feminino antes de “companhia”.
e. A substituição de “transponha-se” (2º par.) por “se
for transposta” prejudica a correção gramatical do
período.
GABARITO: d.
30. (ESAF) Em relação às ideias do texto, assinale a infe-rência
incorreta.
a. As águas brasileiras não serão diretamente preju-dicadas
pelos efeitos do desastre ecológico de va-zamento
de petróleo no Golfo do México.
b. As providências técnicas do governo americano
para conter a tragédia ambiental da British Petro-leum
servem de exemplo para o governo brasileiro.
c. O Brasil deve observar que o governo americano
aplicou uma alta multa para os responsáveis pelo
acidente no Golfo do México.
d. O governo americano conta com uma lei acerca da
poluição causada pelos acidentes com a explora-ção
do petróleo.
e. O Brasil conta com dispositivos de prevenção de
acidentes petrolíferos adequados e avançados
para enfrentar um possível desastre ecológico.
GABARITO: e.
(CESPE) Cachorro se parece mesmo é com criança:
vive o agora, alegra-se com o simples prazer de uma cami-nhada,
corre, pula, brinca, diariamente. Aliás, o que mais
incomoda o homem no comportamento canino é a cons-tante
alegria do seu melhor amigo. Em geral, não estamos
acostumados a viver 24 horas por dia de puro prazer, ainda
mais quando levamos uma vida de cachorro. Sentimo-nos,
talvez, desrespeitados pela impertinência de um contenta-mento
desmesurado, principalmente quando algo ou alguém
patrocinou-nos alguma desventura.
Laudimiro Almeida Filho. Vida de cachorro. In: Acon-tessências.
Brasília: Gráfica e Editora Positiva, 1999, p.
37 (com adaptações).
16. VIVIANE FARIA
16
31. (CESPE) A expressão “do seu melhor amigo” remete
a um ditado popular. Assinale a opção correspondente
a esse ditado.
a. Cão que ladra não morde.
b. Cão picado de cobra tem medo de linguiça.
c. Cão feroz, dono atroz.
d. Quem não tem cão caça com gato.
e. O cão é o melhor amigo do homem.
GABARITO: e.
32. (CESPE) De acordo com o texto, o comportamento
dos cachorros
a. evidencia que eles gostariam de ser crianças.
b. revela o carinho deles pelas crianças.
c. assemelha-se ao das crianças.
d. provoca medo nas crianças.
e. irrita as crianças.
GABARITO: c.
33. (CESPE) Assinale a opção correta de acordo com as
ideias apresentadas no texto.
a. A alegria das crianças é maior que a alegria dos
cachorros.
b. Pessoas adultas são felizes só quando vivem “vida
de cachorro”.
c. O adulto tem inveja da alegria das crianças.
d. É mais fácil alegrar crianças que adultos.
e. Aquilo que alegra a criança não alegra o adulto.
GABARITO: d.
34. (CESPE) No texto, há correspondência de sentido entre
a. “comportamento canino” e “vida de cachorro”.
b. “alegria” e “contentamento”.
c. “constante” e “desmesurado”.
d. “impertinência” e “desventura”.
e. “diariamente” e “24 horas por dia”.
GABARITO: b.
(CESGRANRIO)
SORTE: TODO MUNDO MERECE
Afinal, existe sorte e azar?
No fundo, a diferença entre sorte e azar está no jeito
como olhamos para o acaso. Um bom exemplo é o número
13. Nos EUA, a expedição da Apollo 13 foi uma das mais
desastrosas de todos os tempos, e o número levou a culpa.
Pelo mundo, existem construtores que fazem prédios que
nem têm o 13º andar, só para fugir do azar. Por outro lado,
muita gente acha que o 13 é, na verdade, o número da sorte.
Um exemplo famoso disso foi o então auxiliar técnico do
Brasil, Zagallo, que foi para a Copa do Mundo de (19)94 (a
soma dá 13) dizendo que o Mundial ia terminar com o Brasil
campeão devido a uma série de coincidências envolvendo o
número. No final, o Brasil foi campeão mesmo, e a Apollo 13
retornou a salvo para o planeta Terra, apesar de problemas
gravíssimos.
Até hoje não se sabe quem foi o primeiro sortudo que
quis homenagear a sorte com uma palavra só para ela. Os
romanos criaram o verbo sors, do qual deriva a “sorte” de
todos nós que falamos português. Sors designava vários
processos do que chamamos hoje de tirar a sorte e origi-nou,
entre outras palavras, a inglesa sorcerer, feiticeiro. O
azar veio de um pouco mais longe. A palavra vem do idioma
árabe e deriva do nome de um jogo de dados (no qual o
criador provavelmente não era muito bom). Na verdade, ele
poderia até ser bom, já que azar e sorte são sinônimos da
mesma palavra: acaso. Matematicamente, o acaso – a sorte
e o azar – é a aleatoriedade. E, pelas leis da probabilidade,
no longo prazo, todos teremos as mesmas chances de nos
depararmos com a sorte. Segundo essas leis, se você quer
aumentar as suas chances, só existe uma saída: aposte
mais no que você quer de verdade.
Revista Conhecer. São Paulo: Duetto. n. 28, out. 2011,
p. 49. Adaptado.
35. (CESGRANRIO) De acordo com o texto, a pergunta
feita no subtítulo “Afinal, existe sorte e azar?” é respon-dida
da seguinte maneira:
a. Depende das pessoas, umas têm mais sorte.
b. A sorte e o azar podem estar, ou não, no número 13.
c. Sorte e azar são frutos do acaso ou da aleatorie-dade.
d. Como são ocorrências prováveis, pode-se ter mais
azar.
e. A fé de cada um em elementos, como os números,
pode dar sorte.
GABARITO: c.
36. (CESGRANRIO) O período em que a expressão no
fundo está usada com o mesmo sentido com que é
empregada na primeira linha do texto é:
a. A horta está no fundo do quintal.
b. Procure na mala toda, até no fundo.
c. No fundo do corredor, está a melhor loja.
d. No fundo, acredito que tudo sairá bem.
e. No fundo do poço, ninguém vê saída para proble-mas.
GABARITO: d.
37. (CESGRANRIO) No trecho “Os romanos criaram o
verbo sors, do qual deriva a ‘sorte’ de todos nós que
falamos português” (l.12-13), sorte designa
a. a) uma ideia.
b. b) uma palavra.
c. c) um conceito.
d. d) o contrário de azar.
e. e) o adjetivo do verbo sortear.
GABARITO: b.
38. (CESGRANRIO) A oração “envolvendo o número” (l. 9)
pode ser substituída, sem prejuízo do sentido original,
pela seguinte oração:
17. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
17
a. por envolver o número.
b. que envolviam o número.
c. se envolvessem o número.
d. já que envolvem o número.
e. quando envolveram o número.
GABARITO: b.
39. (CESGRANRIO) A palavra mesmo está sendo empre-gada
com o sentido igual ao que se verifica em “o Bra-sil
foi campeão mesmo” (l.9), na seguinte frase:
a. O diretor preferiu ele mesmo entregar o relatório
ao conselho.
b. Mesmo sabendo que a proposta não seria aceita,
ele a enviou.
c. Fui atendido pelo mesmo vendedor que o atendeu
anteriormente.
d. Você sabe mesmo falar cinco idiomas fluentemente?
e. Ele ficou tão feliz com a notícia que pensou mesmo
em sair dançando.
GABARITO: d.
40. (CESGRANRIO) O trecho “apesar de problemas gra-víssimos”
(l.10) é reescrito de acordo com a norma-pa-drão,
mantendo o sentido original, se tiver a seguinte
forma:
a. ainda que houvessem problemas gravíssimos.
b. apesar de que aconteceu problemas gravíssimos.
c. a despeito de acontecesse problemas gravíssimos.
d. embora tenham ocorrido problemas gravíssimos.
e. não obstante os problemas gravíssimos que ocorreu.
GABARITO: d.
41. (CESGRANRIO) No texto, diz-se que “o criador pro-vavelmente
não era muito bom [no jogo de dados]” (l.
16-17) porque
a. o jogo deu origem à palavra azar.
b. o jogo que criou continha imperfeições.
c. só um árabe sabe jogar dados bem.
d. em jogos de dados sempre alguém perde.
e. as pessoas que criam não sabem jogar bem.
GABARITO: a.
(FUNCAB) Leia o texto abaixo e responda às questões
propostas.
O salário dignifica o poeta
O sonho do poeta é viver de palavras. Viver no sentido
material da palavra.
Já imaginou?
O poeta faz um poema, tira umas cópias, distribui, e
este poema paga suas compras no supermercado. O poeta
faz uma palestra sobre a beleza das palavras e recebe um
salário com que paga a luz que o ilumina, a água que mata
a sua sede, o telefone que o põe em contato com os amigos,
a internet que o põe em contato com o universo, o teto que
o abriga.
O poeta lê os poemas do livro de um outro, sugere
mudanças, escreve prefácio, e a editora deposita na conta
bancária o suficiente para o poeta comprar os brinquedos
dos seus filhos.
O poeta pesquisa a poesia brasileira, escreve um
ensaio, publica-o, e dão-lhe uma comissão com a qual pode
saldar velhas dívidas.
[...]
O poeta traduz um livro de poemas e lhe pagam bem
pela tradução, essa difícil arte de não trair dois idiomas, seu
autor, os leitores, e o próprio tradutor. Recebe pela emprei-tada
um montante que o ajuda a pagar a maternidade em
que nasceu seu último filho.
O poeta não se envergonha de cobrar pelo seu poema.
Se, é claro, as rimas, o ritmo, a melodia, se o poema, enfim,
estiver íntegro, belo e forte.
O poeta come o pão que a musa amassou.
O poeta se veste com seu poema, pode ir ao dentista
graças ao seu poema, paga o táxi, o metrô e o avião com o
suor do seu rosto, com as lágrimas dos seus olhos e com o
riso de sua boca.
(PERISSÉ, Gabriel. Correio da Cidadania, ed. 270. 1
set. 2003. Edição n. 49. Fragmentado. Acesso em 25 jan.
2012)
42. (FUNCAB) A alternativa que melhor resume a ideia
central do texto – O Salário dignifica o Poeta – é:
a. A profissão de ser poeta representa enorme esfor-ço
físico e mental.
b. Todo poeta depende de uma musa inspiradora
para o seu fazer poético.
c. O poeta deve receber um salário digno pelo seu
trabalho com as palavras.
d. Ser poeta é sonhar com dias melhores e com uma
realidade ideal.
e. A internet foi o meio que permitiu melhor divulga-ção
da poesia no mundo.
GABARITO: c.
43. (FUNCAB) O trecho “O poeta se veste com seu poe-ma,
pode ir ao dentista graças ao seu poema, [...]” no
último parágrafo significa que o poeta:
a. cobra muito caro pelos seus serviços.
b. precisa encontrar um outro emprego.
c. não é reconhecido pela sua arte poética.
d. deve sobreviver do seu trabalho, a poesia.
e. desempenha diferentes funções em seu emprego.
GABARITO: d.
44. (FUNCAB) A palavra PREFÁCIO, no texto, em “O po-eta
lê os poemas do livro de um outro, sugere mudan-ças,
escreve prefácio, [...].” (4º parágrafo) tem o seu
significado corretamente apontado em:
a. texto preliminar escrito pelo escritor ou por outro
autor que se encontra no início do livro.
b. declaração final do autor sobre o texto que foi escri-to
por ele mesmo em determinado livro.
c. síntese de uma obra com comentários da editora
que se encontra na contracapa do livro.
18. VIVIANE FARIA
18
d. composição poética de um autor que introduz num
livro o texto de outro escritor renomado.
e. conclusão resumida de um texto com a função de
dar um arremate, um fim à história.
GABARITO: a.
45. (FUNCAB) A partir da leitura global do texto, assinale
a opção em que se transcreveu um provérbio que me-lhor
sintetiza sua ideia central.
a. “A simples ideia de um salário mínimo é sinal de
ignorância máxima.” (Ludwig von Mises)
b. “A justiça para os que trabalham deve começar
pelo salário.” (Ulysses Guimarães)
c. “O trabalho é a coisa mais importante do mundo.
Por isso, devemos sempre deixar um pouco para o
dia seguinte.” (Don Herald)
d. “O dinheiro do avarento duas vezes vai à feira.”
(autor desconhecido)
e. “O que o dinheiro faz por nós não compensa o que
fazemos por ele.” (Gustave Flaubert)
GABARITO: b.
(http://www.analisedetextos.com.br/2011/06/atividade-
-de-interpretacao-trabalho-e.html).
Leia o texto abaixo e responda às questões propostas.
TRABALHO E AVENTURA
Nas formas de vida coletiva podem assinalar-se dois
princípios que se combatem e regulam diversamente as ati-vidades
dos homens.
Esses dois princípios encarnam-se nos tipos do aven-tureiro
e do trabalhador.
Já nas sociedades rudimentares manifestam-se eles,
segundo sua predominância, na distinção fundamental entre
os povos caçadores ou coletores e os povos lavradores.
Para uns, o objeto final, a mira de todo esforço, o ponto de
chegada assume relevância tão capital, que chega a dispen-sar,
por secundários, quase supérfluos, todos os processos
intermediários. Seu ideal será colher o fruto sem plantar a
árvore.
Esse tipo humano ignora as fronteiras. No mundo tudo
se apresenta a ele em generosa amplitude e, onde quer que
se erija um obstáculo a seus propósitos ambiciosos, sabe
transformar esse obstáculo em trampolim. Vive dos espaços
ilimitados, dos projetos vastos, dos horizontes distantes.
O trabalhador, ao contrário, é aquele que enxerga pri-meiro
a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar. O
esforço lento, pouco compensador e persistente, que, no
entanto, mede todas as possibilidades de esperdício e sabe
tirar o máximo proveito do insignificante, tem sentido bem
nítido para ele. Seu campo visual é naturalmente restrito. A
parte maior do que o todo.
Existe uma ética do trabalho, como existe uma ética
da aventura. O indivíduo do tipo trabalhador só atribuirá
valor moral positivo às ações que sente ânimo de praticar e,
inversamente, terá por imorais e detestáveis as qualidades
próprias do aventureiro – audácia, imprevidência,
irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem – tudo,
enfim, quanto se relacione com a concepção espaçosa do
mundo, característica desse tipo.
Por outro lado, as energias e esforços que se dirigem
a uma recompensa imediata são enaltecidos pelos aventu-reiros;
as energias que visam à estabilidade, à paz, à segu-rança
pessoal e os esforços sem perspectiva de rápido
proveito material passam, ao contrário, por viciosos e des-prezíveis
para eles. Nada lhes parece mais estúpido e mes-quinho
do que o ideal do trabalhador.
(HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil.
Rio de Janeiro, José Olympio, 1978, p. 13)
46. A respeito dos povos caçadores e dos povos lavrado-res,
pode-se afirmar que:
a. os caçadores esforçam-se mais do que os lavra-dores.
b. os lavradores têm vida mais dura que os caçadores.
c. lavradores e caçadores, ambos são do mesmo tipo.
d. os caçadores integram o tipo do aventureiro.
GABARITO: d.
47. Das afirmativas feitas abaixo, aquela que está em con-sonância
com o texto é:
a. O trabalhador apresenta desmotivação para o
triunfo.
b. A vagabundagem é prova da falta de caráter do
aventureiro.
c. O trabalhador desenvolve sua atividade num con-texto
espacial limitado.
d. d) A paz, a segurança e a estabilidade são valores
absolutamente relevantes para o aventureiro.
GABARITO: c.
48. Levando em conta o perfil traçado pelo texto para os
tipos do aventureiro e do trabalhador, pode-se afirmar
que os navegantes ibéricos que conquistaram a Amé-rica
encarnam o tipo:
a. trabalhador, pois a expansão marítima visava o
aumento de produtividade agrícola para o Velho
Mundo.
b. aventureiro, pois tinham absoluto controle da situa-ção
em sua empreitada.
c. aventureiro, pois caracterizava-se a busca dos “ho-rizontes
distantes”.
d. trabalhador, pois souberam dar desenvolvimento
às terras conquistadas.
GABARITO: c.
49. De acordo com o texto, só não se pode afirmar que:
a. a audácia e a imprevidência caracterizam o aven-tureiro.
b. a concepção espaçosa do mundo é típica do aven-tureiro.
c. os lavradores só existiram nas sociedades rudi-mentares.
d. o trabalhador não é afeito aos constantes desloca-mentos
e ao proveito material imediato.
GABARITO: c.
19. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
19
50. “Esses dois princípios encarnam-se nos tipos do aven-tureiro
e do trabalhador.” Em cada alternativa abaixo,
redigiu-se uma frase em continuação a esse trecho do
texto. A alternativa cuja redação não está de acordo
com o significado do texto é:
a. Esses dois princípios encarnam-se nos tipos do
aventureiro e do trabalhador. Se tem aquele vi-são
espaçosa do mundo, esse caracteriza-se pelo
campo visual restrito.
b. Esses dois princípios encarnam-se nos tipos do
aventureiro e do trabalhador. Deste lado, o objeto
final é o fator relevante; daquele, apenas fruto do
esforço pessoal.
c. Esses dois princípios encarnam-se nos tipos do
aventureiro e do trabalhador. Enquanto uns empe-nham-
se nos projetos vastos, outros tiram o máxi-mo
proveito do insignificante.
d. Esses dois princípios encarnam-se nos tipos do
aventureiro e do trabalhador. Se é cabível afirmar
que, quanto ao primeiro, o ânimo é de romper bar-reiras,
quanto ao segundo há que registrar-se a
previdência e a responsabilidade.
GABARITO: b.
51. Ao afirmar que “existe uma ética do trabalho, como
existe uma ética da aventura”, o autor do texto preten-de
afirmar que:
a. ambos, aventureiro e trabalhador, integram-se
numa comunhão ética.
b. tanto na aventura quanto no trabalho erigem-se
princípios e normas de conduta.
c. o que o trabalhador mais valoriza vai ao encontro
do que o aventureiro preconiza.
d. os princípios éticos do trabalho estão em conso-nância
com as normas de comportamento do aven-tureiro.
GABARITO: b.
FIGURAS DE LINGUAGEM
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO
http://diegomacedo.com.br
• Conotação é o uso da palavra com um significado
diferente do original, criado pelo contexto. Exemplo:
Você tem um coração de pedra.
• Denotação é o uso da palavra com o seu sentido
original. Exemplo: A pedra é um corpo duro e sólido,
da natureza das rochas.
LINGUAGEM FIGURADA
São recursos que tornam as mensagens que emitimos
mais expressivas.
I – Figuras semânticas
1. Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma
expressão em lugar de outra, sem que haja uma rela-ção
real, mas em virtude da circunstância de que o
nosso espírito as associa e depreende entre elas certas
semelhanças.
Ex: Sua boca é um cadeado e minha boca é uma fo-gueira.
Fonte: <http://www.giovanipasini.com>.
2. Comparação: é a aproximação de dois termos entre
os quais existe alguma relação de semelhança, como
na metáfora. A comparação, porém, é feita por meio de
um conectivo (com, como, parecia etc) e busca realçar
determinada qualidade do meio termo (como, tal, qual,
assim, quanto etc.).
Ex: A chuva cai como lágrimas de um céu entriste-cido.
3. Prosopopeia (Personificação): atribuição de qua-lidades
e sentimentos humanos a seres irracionais e
inanimados.
Ex: Com a passagem da nuvem, a lua se tranquiliza.
4. Catacrese: é o emprego impróprio de uma palavra ou
expressão por esquecimento ou ignorância do seu real
sentido.
Ex: Sentou-se no braço da poltrona para descansar.
20. VIVIANE FARIA
20
5. Metonímia/Sinédoque: consiste em empregar um
termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita
afinidade ou relação de sentido.
5.1. Autor pela obra
Ex: Adoro ler José de Alencar.
5.2. Continente pelo conteúdo
Ex: Tomei uma garrafa de água para matar a sede.
5.3. Parte pelo todo
Ex: Temos procurado um teto para morar.
5.4. Singular pelo plural
Ex: A criança tem o direito de estudar.
5.5. Abstrato pelo concreto
Ex: A juventude é aventureira.
5.6. Efeito pela causa
Ex: As indústrias despejam a morte nos rios.
5.7. Matéria pelo objeto
Ex: Os cristais tiniam na bandeja de prata.
5.8. Marca pelo produto
Ex: Vou comprar um guaraná. Você quer Coca ou Spri-te?
6. Perífrase (Antonomásia): trata-se de uma expressão
que designa um ser por meio de alguma de suas carac-terísticas
ou atributos, ou de um fato que o celebrizou.
Ex: O Rei do Futebol já foi ministro.
7. Antítese: consiste na utilização de dois termos que
contrastam entre si. Ocorre quando há uma aproxima-ção
de palavras ou expressões de sentidos opostos.
Ex: Isso é para acordar os homens e adormecer as
crianças.
8. Paradoxo: consiste numa proposição aparentemente
absurda, resultante da união de ideias contraditórias.
Ex: Seu beijo é um fogo gelado!
9. Ironia (Antífrase): consiste em dizer o contrário do
que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo
de pensamento com a intenção de ridicularizá-lo, ou
ainda em ressaltar algum aspecto passível de crítica.
Ex: Muito bonito, hein!
10. Eufemismo: consiste em empregar uma expressão
mais suave, mais nobre ou menos agressiva para
comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou cho-cante.
Ex: Ele foi dessa para uma melhor.
11. Hipérbole: é a expressão intencionalmente exage-rada
com o intuito de realçar uma ideia.
Ex: Quase morri de tanto rir.
12. Gradação: consiste em dispor as ideias por meio de
palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou
decrescente.
Ex: Você me cansa, me chateia, me enerva, me es-tressa,
me enlouquece, me mata!
13. Apóstrofe: é assim denominado o chamamento do
receptor da mensagem, seja ele de natureza imaginá-ria
ou não. É utilizada para dar ênfase à expressão e
realiza-se por meio do vocativo.
Ex: Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes?
14. Paronomásia: consiste no emprego de palavras
parônimas (com sonoridade semelhante) numa mesma
frase, fenômeno que é popularmente conhecido como
trocadilho.
Ex: “Com os preços praticados em planos de saúde,
uma simples fatura em decorrência de uma fratura
pode acabar com a nossa fartura.”
15. Sinestesia: consiste em mesclar, numa mesma expres-são,
as sensações percebidas por diferentes órgãos do
sentido.
Ex: Ao chegar, percebi que ele tinha um olhar tão
quente, que se confirmou com o abraço gostoso que
me deu!
II – Figuras fonéticas
http://meganakas.blogspot.com
1. Onomatopeia: ocorre quando se tentam reproduzir na
forma de palavras os sons da realidade.
Ex: O cóim-cóim dos porcos irritava a todos.
21. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
21
2. Aliteração: consiste na repetição de consoantes
como recurso para intensificação do ritmo ou como
efeito sonoro significativo.
Ex: Ele era bruto, bravo, como a agreste região onde
nascera e morrera.
3. Assonância: consiste na repetição ordenada de
sons vocálicos idênticos.
Ex: O ódio é horrendo como o olhudo homem do ou-tro
lado, ali parado.
4. Cacofonia: A cacofonia é um som desagradável ou
obsceno formado pela união das sílabas de palavras
contíguas. Pode, também, ocorrer como resultado de
uma translineação desatenciosa.
Ex: Ele beijou a boca dela.
III – Figuras Sintáticas
1. Anacoluto: é a falta de nexo que existe entre o início e
o fim de uma frase.
Ex: O cachorro acordou, eu gosto de passear sozi-nho.
2. Elipse: consiste na omissão de um ou mais termos
numa oração que podem ser facilmente identificados,
tanto por elementos gramaticais presentes na própria
oração, quanto pelo contexto.
Ex: Na rua deserta, nenhum sinal da polícia.
3. Zeugma: ocorre quando é feita a omissão de um termo
já mencionado anteriormente.
Ex: À direita da estrada, sol, à esquerda, chuva.
4. Hipérbato/Anástrofe: consiste na inversão dos termos
da oração.
Ex: Dançava com a dama o bonitão.
5. Assíndeto: é uma figura caracterizada pela ausência,
pela omissão das conjunções coordenativas, resul-tando
no uso de orações coordenadas assindéticas.
Ex: O vento soprava, a lua brilhava.
6. Polissíndeto: é uma figura caracterizada pela repeti-ção
enfática dos conectivos.
Ex: E falei, e gritei, e tentei, e gesticulei e pedi ajuda.
7. Anáfora: é a repetição de uma ou mais palavras no
início de várias frases, criando assim, um efeito de
reforço e de coerência. Pela repetição, a palavra ou
expressão em causa é posta em destaque, permitindo
ao escritor valorizar determinado elemento textual.
Ex: Para que tanta luta, para que tanto esforço, para
que tanta confusão, se não vai dar em nada?
8. Silepse: é a concordância que se faz com o termo que
não está expresso no texto, mas sim com a ideia que
ele representa. É uma concordância anormal, psicoló-gica,
espiritual, latente, porque se faz com um termo
oculto, facilmente subentendido.
8.1. Gênero
Ex: Vossa Excelência ficou cansado com tantas per-guntas.
8.2. Número
Ex: Essa gente do interior costumavam ir à missa to-dos
os domingos.
8.3. Pessoa
Ex: Os brasileiros somos muito esquecidos.
9. Pleonasmo: consiste numa redundância inútil e desne-cessária
de significado em uma sentença.
Ex: Tenho certeza absoluta.
E X E R C Í C I O S
1. Escreva quais dos textos foram escritos em linguagem
conotativa (emotiva) e quais foram escritos em lingua-gem
denotativa (informativa).
a. “O homem velho deixa vida e morte para trás
Cabeça a prumo, segue rumo e nunca, nunca mais
O grande espelho que é o mundo ousaria refletir
os seus sinais,
O homem velho é o rei dos animais”
(Caetano Veloso)
b. “Para o mundo, quando era quinhentos anos mais
novo, os contornos de todas as coisas pareciam
mais nitidamente traçados do que nos nossos dias.
O contraste entre o sofrimento e a alegria, entre
a adversidade e a felicidade aparecia mais forte.”
(Johan Huizinga)
c. “A rede de tricô era áspera entre os dedos, não
íntima como quando a tricotara. A rede perdera o
sentido e estar num bonde era um fio partido; não
sabia o que fazer com as compras no colo. E como
uma estranha música , o mundo recomeçava ao
redor.”
(Clarice Lispector)
d. “Autoridades culturais italianas estão tentando le-vantar
fundos (com participação internacional) para
desenterrar e recuperar os tesouros arqueológicos
da cidade de Herculano, destruída com Pompéia
pelo vulcão Vesúvio (sul de Nápoles).”
(Folha de São Paulo)
e. “Os sapatos ficam entre os pés e o chão, no que
são como as palavras. As meias entre os pés e os
sapatos, como adjetivos. Os verbos, passos, ca-darços,
laços. Os pés caminham lado a lado, cal-çados.
Sapatos são calçados. Porque são e porque
são usados. Palavras são pedaços. Os pés descal-ços
caminham calados.”
(Arnaldo Antunes)
GABARITO: conotativa/ denotativa/ conotativa/
denotativa/ conotativa.
22. VIVIANE FARIA
22
2. (CESPE)
O século
E vós, arcas do futuro,
Crisálidas do porvir,
Quando vosso braço ousado
Legislações construir,
Levantai um templo novo,
Porém não que esmague o povo,
Mas lhe seja o pedestal.
Que ao menino dê-se a escola,
Ao veterano – uma esmola...
A todos – luz e fanal!
Basta!... Eu sei que a mocidade
É o Moisés no Sinai;
Das mãos do Eterno recebe
As tábuas da lei! – Marchai!
Quem cai na luta com glória,
Tomba nos braços da História,
No coração do Brasil!
Moços, do topo dos Andes,
Pirâmides vastas, grandes,
Vos contemplam séculos mil!
Castro Alves, poeta do Romantismo brasileiro, há mais
de cem anos compôs o poema do qual duas das estro-fes
finais estão transcritas acima. A partir delas, julgue
os itens.
1) O texto é uma conclamação aos jovens no sentido
de que corrijam os erros que vêm sendo cometidos
ao longo dos séculos.
2) Os versos 1 e 2 apresentam construções metafóri-cas
associadas à mocidade.
3) Percebe-se, nos versos 15, 16 e 17, um sentimento
de desesperança na capacidade que os moços têm
de mudar os rumos da história do Brasil.
4) O fato de o texto haver sido escrito há mais de um
século não impede o seu entendimento nos dias
atuais.
5) A escolha do vocábulo “templo” (verso 5) permite
dupla leitura: “levantai um templo novo” e levantai
em tempo novo.
6) Um sentimento de religiosidade perpassa esses
versos, o que pode ser confirmado pelos exemplos:
“Moisés no Sinai” (verso 12) e “tábuas da lei” (verso
14).
7) A pontuação do texto denota o predomínio da fun-ção
emotiva da linguagem.
GABARITO: C, C, E, C, C, E, E.
3. (CESPE)
No baile da corte
No baile da corte
Foi o conde d’Eu que disse
Pra Dona Benvinda
que farinha de Suruí
pinga de Parati
Fumo de Baependi
É cume, bebê, pitá, e caí.
(Oswald de Andrade)
Julgue os itens que se seguem, tendo por referência
o texto acima.
1) No 2º verso, o título honorífico e a expressão “d’Eu”
reforçam a expectativa de ambiente palaciano, no-bre
e requintado do verso anterior.
2) No último verso tem-se a presença de assíndeto.
3) Há evidente degradação do nível culto da fala no
decorrer do poema, até levá-lo ao coloquial popu-lar,
inculto.
4) A assertiva anterior justifica a conotação de de-cadência
da burguesia, de seus hábitos, de seus
valores, se relacionarmos as camadas morfossin-tático-
semânticas.
5) A preocupação com a elaboração da mensagem e
o entrosamento entre o significante e o significado
são características da função poética.
GABARITO: C, C, C, C, E.
4. (IBFC)
Uma Canção No Rádio
Uma canção no rádio
Eu me lembro de nós dois
Penso, rio, sofro, choro
Deixo a vida pra depois
O amor é um filme antigo
Coração ama e não diz
Tive prazer e ternura
Mas eu nunca fui feliz
Tenho um coração
Raso de razão
Eu amei o quanto pude
Deixei pelo chão rastros de ilusão
Meu coração não se ilude
Tudo se desfaz, vida leva e traz
Fica só o pó da estrada
Que o céu me roube a luz
Mas me reste a voz
(Fagner)
Considere as afirmações que seguem.
I – Há presença de conotação na letra.
II – Nos versos “tenho um coração/raso de razão”, o
compositor afirma que não é capaz de sentimentos
profundos.
Está correto o que se afirma em:
a. somente I.
b. somente II.
c. I e II.
d. nenhuma.
GABARITO: a.
23. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
23
5. Leia o texto a seguir:
Cheque-Presente Fnac
Uma boa maneira de acertar no presente.
Ofereça a escolha
Livros, CDs, áudio, vídeo, microcomputadores, filmado-ras,
softwares e games, celulares, TVs, bilheteria de espe-táculos...
O Cheque-Presente é válido para todos os produtos e
em todas as seções da Fnac.
Ofereça a Fnac!
Esta é a maneira simples e mais certa de agradar,
dando liberdade de escolha para quem recebe, quaisquer
que sejam os seus interesses: música, tecnologia, literatura,
espetáculos...
Uma boa ideia para todos os bolsos.
Na Fnac, o Cheque-Presente vale dinheiro.
Disponível nos valores de R$20 e R$30.
É válido em todas as lojas Fnac do Brasil e pode ser
adquirido nos caixas de sua loja Fnac.
(Texto extraído do Catálogo de Presentes 2004 da Loja
Fnac de Brasília)
Julgue os itens referentes ao texto acima, consideran-do
as ideias e as estruturas linguísticas.
1) O texto acima seria uma propaganda, se não fosse
a ausência de imagens, que são essenciais para
todo e qualquer texto desse gênero.
2) Por ser um texto em português, as palavras “sof-twares”
e “games” deveriam vir em itálico, para
marcar que são expressões estrangeiras.
3) As funções referencial e conativa estão presentes
no texto.
4) Em “Uma boa ideia para todos os bolsos”, a figura
de linguagem presente é metonímia.
5) O último parágrafo do texto deixa claro que a loja
Fnac está instalada por todo o Brasil.
GABARITO: E, C, C, C, E.
6. (CESPE)
Não há vagas
O preço do feijão
não cabe no poema.
O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão.
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário
que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
– porque o poema, senhores,
está fechado:
“não há vagas”
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
(Ferreira Gullar)
Julgue os itens seguintes, relativos às ideias e a as-pectos
linguísticos do poema acima.
1) O poema associa, ironicamente, criação poética e
alienação social.
2) O título do poema antecipa a crítica contundente
que o poeta dirige à falta de oportunidades no mer-cado
de trabalho brasileiro.
3) O emprego do vocativo “senhores”, na terceira e
na quarta estrofes, atenua o tom irônico do poema.
4) A expressão “não fede/nem cheira”, na última es-trofe,
está empregada em sentido denotativo.
5) Depreende-se da leitura do poema uma crítica ao
emprego dos vocábulos “preço” (v.1 e 2), “salário
de fome” (v. 14) na poesia, que deve, sobretudo,
segundo o poeta, priorizar o inusitado.
GABARITO: C, E, E, E, E.
7. Leia o texto abaixo e responda.
“As pessoas amadurecidas possuem poder de decisão;
as pessoas não amadurecidas, incertezas e conflitos. Por
essa razão, nossa empresa contrata apenas as pessoas
prontas a tomarem atitudes firmes e rápidas, ou seja, con-trata
pessoas amadurecidas.”
(Redação de um aluno do ensino médio)
Na segunda oração do texto acima, ocorreu a omissão
do verbo possuir. Tal desvio constitui uma figura de lin-guagem,
reconhecida como
a. assíndeto.
b. pleonasmo.
c. hipérbato.
d. zeugma.
e. anáfora.
GABARITO: d.
24. VIVIANE FARIA
24
8. Identifique a figura de linguagem predominante nas
frases a seguir:
a. Um grito áspero revelava tudo o que sentia.
b. Como vai a turma? Estão bem?
c. O vento fazia promessas suaves a quem o escutasse.
d. O Poeta dos Escravos morreu muito jovem.
e. Cócórócócó – fez o galo às seis da manhã.
f. O corpo é grande e a alma é pequena.
g. Vossa excelência está preocupado.
h. No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os
acontecimentos.
i. Fernando faltou com a verdade.
j. “Se você gritasse / Se você gemesse, / Se você
tocasse / a valsa vienense / Se você dormisse, / Se
você cansasse, / Se você morresse... / Mas você
não morre, / Você é duro José!” (Carlos Drummond
de Andrade)
k. Como você foi bem na última prova, não tirou nem
a nota mínima!
l. Sou um mulato nato no sentido lato mulato demo-crático
do litoral.
m. “O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu,
colheu-se.” (Padre Antônio Vieira)
n. Todos gostamos de você!
o. Rios te correrão dos olhos, se chorares.
p. As rosas florescem em maio, as margaridas em
agosto.
q. No céu há estrelas; na terra, você.
r. Dos meus problemas cuido eu!
s. “Vozes veladas, veludosas vozes, / Volúpias dos
violões, vozes veladas / Vagam nos velhos vórtices
velozes / Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
(Cruz e Souza)
t. Sobre a mesa, apenas um copo d’ água e uma maçã
GABARITO: sinestesia / silepse de número /
prosopopeia / perífrase / onomatopeia / antítese / silepse
de gênero / sinestesia / eufemismo / anáfora / ironia /
assonância / gradação / silepse de pessoa / hipérbole /
zeugma / zeugma / hipérbato / aliteração / elipse.
(IBFC) Para responder às questões seguintes, leia a
letra da música abaixo.
Só (Solidão)
Solidão...
Solidão...
Que poeira leve
Solidão
Olhe a casa é sua
Na vida quem perde o telhado
Em troca recebe as estrelas
Pra rimar até se afogar
E de soluço em soluço esperar
O sol que sobe na cama
E acende o lençol
Só lhe chamando
Solicitando
Solidão
Que poeira leve...
Se ela nascesse rainha
Se o mundo pudesse aguentar
Os pobres ela pisaria
E os ricos iria humilhar.
Milhares de guerras faria
Pra se deleitar
Por isso eu prefiro
Cantar sozinho...
Solidão
Que poeira leve
Solidão
Olhe a casa é sua
O telefone chamou, foi engano...
(Tom Zé)
9. (IBFC) Considere as afirmações abaixo.
I – O último verso reforça a ideia de solidão, expressa
na música.
II – O autor mostra uma visão pessimista em relação
à vida, pois vê apenas o lado negativo das perdas.
Está correto o que se afirma em
a. somente I.
b. somente II.
c. I e II.
d. nenhuma.
GABARITO: a.
10. (IBFC) No verso “e os ricos iria humilhar”, o sujeito é
a. simples.
b. oculto.
c. indeterminado.
d. inexistente.
GABARITO: b.
11. (IBFC) Nos versos, há o predomínio de
a. metáfora.
b. eufemismo.
c. hipérbole.
d. ironia.
GABARITO: a.
(IBFC) Para responder às questões seguintes, leia o
texto abaixo, de Rubem Braga.
O PAVÃO
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o
esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei
lendo livros e descobri que aquelas cores todas não existem
na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minús-culas
bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em
um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atin-gir
o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De
água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a
simplicidade.
25. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
25
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha
amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e
delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz
de teu olhar.
Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
12. (IBFC) Considere as afirmações abaixo.
I – O tema do texto é exclusivamente a natureza das
cores e do esplendor do pavão.
II – A partir da observação da beleza do pavão, o nar-rador
tece considerações sobre a natureza da arte
e do amor que sente.
Está correto o que se afirma em
a. somente I.
b. somente II.
c. I e II.
d. nenhuma.
GABARITO: b.
13. (IBFC) Considere as afirmações abaixo.
I – Há a presença de linguagem conotativa no texto.
II – O verbo “suscita” pode ser substituído, sem altera-ção
de sentido, por “desperta”.
Está correto o que se afirma em
a. somente I.
b. somente II.
c. I e II.
d. nenhuma.
GABARITO: c.
14. (CESPE)
A lição de poesia
(...)
A luta branca sobre o papel
que o poeta evita,
luta branca onde corre o sangue
de suas veias de água salgada.
A física do susto percebida
Entre os gestos diários;
Susto das coisas jamais pousadas
Porém imóveis – naturezas vivas.
E as vinte palavras recolhidas
Nas águas salgadas do poeta
E de que se servirá o poeta
Em sua máquina útil.
Vinte palavras sempre as mesmas
De que conhece o funcionamento,
A evaporação, a densidade
Menor que a do ar.
João Cabral de Melo Neto. A lição de poesia. In: Carlos
Drummond de Andrade et al. O melhor da poesia brasi-leira.
Rio de Janeiro: José Olympio, 2004, p. 78.
Considerando o trecho selecionado do poema A lição
de poesia, de João Cabral de Melo Neto, julgue os itens
que se seguem.
1) A segunda estrofe do poema sugere que, pelas leis
da física, aquilo que é pousado se torna imóvel.
2) A flexão de singular na forma verbal empregada no
verso 14 indica que quem “conhece” é o poeta re-ferido
no verso 2.
3) A relação entre poesia e ciência, evidenciada na
escolha das palavras “física”, “evaporação” e “den-sidade”,
indica que, para o poeta, o mundo do texto
e o mundo natural são regidos pelas mesmas leis.
4) A expressão “física do susto” (v. 5) é uma metáfo-ra
do gesto poético em sua capacidade de dar às
palavras um sentido inédito, que se torna visível na
forma poética.
5) Nos versos 9 e 13, os vocábulos são empregados
em sentido denotativo, para expressar a dificulda-de
do poeta frente ao número reduzido de palavras
de que dispõe para expressar a complexidade do
mundo real.
GABARITO: E, C, E, C, E.
15. (IBFC)
Flor da Pele
Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela
Me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar “flor na janela”
Me faz morrer
Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele
Tem o fogo
Do juízo final... (2x)
Barco sem porto
Sem rumo, sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!
(Zeca Baleiro)
Considere as afirmações abaixo.
I – A metáfora “barco sem porto, sem rumo, sem vela”
indica o estado de fúria em que se encontra.
II – A expressão “flor da pele” indica o estado de extre-ma
sensibilidade em que se encontra o eu-lírico.
Está correto o que se afirma em:
a. somente I.
b. somente II.
c. I e II.
d. nenhuma.
GABARITO: b.
26. VIVIANE FARIA
26
(CESPE) Leia o texto que se segue para responder às
questões 16 e 17.
A epidemia de dengue no Rio de Janeiro trouxe à tona
o Brasil medieval, contraponto do país moderno que queria
delinear-se no horizonte com a industrialização. Enquanto
avançava no campo da tecnologia, o país regredia no ter-reno
social, notadamente na área da saúde pública.
O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi
o mesmo que no início do século aterrorizara o Rio com a
febre amarela, erradicada por Oswaldo Cruz. Voltou à carga
em 1986, ano em que a febre purpúrica atingia o interior do
Estado de São Paulo, um surto de poliomielite atacava nor-deste
e uma epidemia de difteria se espalhava pelos bairros
pobres de Florianópolis – isso sem falar na presença endê-mica
da malária na região Norte.
Para completar o quadro, só faltou a cólera que viria
depois, nos anos 90. O Brasil africano estava mais vivo do
que nunca e era terreno fértil para a propagação de doenças
já extintas.
16. (CESPE) Assinale a opção incorreta.
a. O texto apresenta um panorama geral do Brasil
nos anos 80, quanto ao contraste entre a realidade
desenvolvimentista e a ocorrência de surtos epidê-micos.
b. O autor, no primeiro parágrafo, utiliza como recurso
estilístico uma antítese.
c. A apresentação das diversas endemias mostra que
elas ocorrem na maioria das regiões do Brasil.
d. O autor pretendeu mostrar no texto que a ideia de
desenvolvimento e de industrialização era utópica.
e. O autor compara o Brasil com a África pela seme-lhança
entre ambos quanto à existência de ende-mias.
GABARITO: d.
17. (CESPE) Assinale a opção correta.
a. São endemias citadas no texto: a dengue, a febre
amarela, a febre purpúrica, o surto, a difteria e a
malária.
b. A expressão “Aedes aegypti” está grafada em itá-lico
para destacá-la das demais, por tratar-se de
expressão estrangeira.
c. No terceiro parágrafo, as palavras “quadro” e “ter-reno”
estão usadas em sentido denotativo.
d. O texto mostra que o Brasil tem progredido muito
na área social.
e. De acordo com a norma culta, o pronome “se” (pri-meiro
parágrafo) está colocado no único ponto da
locução verbal em que é possível.
GABARITO: b.
18. (ESAF) Aponte a figura. “Naquela terrível luta, muitos
adormeceram para sempre.”
a. Antítese.
b. Eufemismo.
c. Anacoluto.
d. Prosopopeia.
e. Pleonasmo.
GABARITO: b.
(IBFC) Para responder às questões seguintes, leia o
texto abaixo, de autoria de Patativa do Assaré:
Vaca Estrela e Boi Fubá
Seu dotô me dê licença
Pra minha história contar
Hoje eu tô nu’a terra estranha
E é bem triste o meu penar
Mas já fui muito feliz
Vivendo no meu lugar
Eu tinha cavalo bão
Gostava de campear
E todo dia aboiava
Na porteira do currá
Ê, vaca Estrela! Ô, boi Fubá!
Eu sou fio do nordeste
Não nego o meu naturá
Mas uma seca medonha
Me tangeu de lá pra cá
Lá eu tinha meu gadinho
Num é bão nem alembrar
Minha linda vaca Estrela
E o meu belo boi Fubá
Quando era de tardinha
Eu começava aboiar
Ê, vaca Estrela! Ô, boi Fubá!
Aquela seca medonha
Fez tudo se atrapaiar
Não nasceu capim no campo
Para o gado sustentar
O sertão se esturricou
Fez os açude secar
Morreu minha vaca Estrela
Se acabou meu boi Fubá
Perdi tudo quanto tinha
Nunca mais pude aboiar
Ê, vaca Estrela! Ô, boi Fubá!
Hoje nas terra do sul
Longe do torrão natá
Quando eu vejo em minha frente
27. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
27
Uma boiada passar
As água corre dos óio
Começo logo a chorar
Lembro minha vaca Estrela
E o meu belo boi Fubá
Com sodade do nordeste
Dá vontade de aboiar
Ê, vaca Estrela! Ô, boi Fubá!
19. (IBFC) Com base no texto apresentado, leia as afirma-ções
a seguir.
I – O eu-lírico se sente feliz onde ele se encontra.
II – O eu-lírico não se envergonha do seu lugar de ori-gem.
III – As condições geoclimáticas da terra natal do eu-
-lírico não interferiram diretamente no curso de sua
vida.
IV – A nostalgia sobressai nos sentimentos do eu-lírico.
Estão corretas as afirmações:
a. I, II e III.
b. II, III e IV.
c. II e IV.
d. I e III.
GABARITO: c.
20. (IBFC) Ainda com base no texto, assinale abaixo a al-ternativa
que apresenta uma palavra grafada de acor-do
com a norma culta da língua portuguesa:
a. a) Bão.
b. b) Esturricou.
c. c) Tardinha.
d. d) Alembrar.
GABARITO: b.
21. (IBFC) A partir de exemplos extraídos do texto, assina-le
abaixo a alternativa que apresenta correta concor-dância,
em conformidade com a norma culta da língua
portuguesa:
a. “Não nego o meu naturá”.
b. “Fez os açude secar”.
c. “Hoje nas terra do sul”.
d. “As água corre dos óio”.
GABARITO: a.
22. (IBFC) Com base na forma de tratamento dispensada
pelo eu-lírico ao seu interlocutor, podemos concluir que
o primeiro estabelece com o segundo uma relação:
a. Informal.
b. Rude.
c. Impolida.
d. Respeitosa.
GABARITO: d.
23. (IBFC) Assinale abaixo a alternativa que não substitui,
sem alteração de sentido, a expressão “o meu penar”
no verso “E é bem triste o meu penar”:
a. O meu sofrimento.
b. O meu comprazimento.
c. O meu padecimento.
d. A minha consternação.
GABARITO: b.
24. (IBFC) Assinale a alternativa que apresenta uma frase
de sentido denotativo, isto é, cujo sentido não seja fi-gurado,
mas literal.
a. A vida deve ser preservada desde a aurora até o
seu natural ocaso.
b. Saiu para trabalhar logo que raiou a aurora.
c. És jovem ainda, estás na aurora da vida.
d. Depois do apogeu de um império, logo vem o seu
ocaso.
GABARITO: b.
(FUNCAB) Leia o texto abaixo e responda às questões
propostas.
Tempos Modernos?
Não sei dizer que horas eram quando Javi deitou-se
ao meu lado, de barriga para cima, naquela imensa duna
de areia. Olhou para o teto de estrelas que cobre o deserto
e, com seu doce sotaque madrilenho, entoou uma canção
dos meus conterrâneos Tom e Vinicius: “tristeza não tem fim,
felicidade sim”. Será que ainda era noite? Ou o dia seguinte
já tinha chegado? Será que era domingo? Ou seria terça?
Será que estávamos a 15 metros do chão? Ou seriam 100?
O Sahara talvez seja como a própria tristeza: aqui não há
começo, não há fim. Não se sabe onde nasce o céu ou onde
morre o horizonte. E para mim, que moro em Manhattan,
aquela ilha apertada, com começo, meio, fim e gente, muita
gente, passar uma noite aqui, nesta imensidão, deve ser
como pousar na Lua. No deserto, quem manda é o silêncio.
Ele nos cala. E é ele que nos faz sentir o quão longe esta-mos
de tudo o que conhecemos, e o quão perto estamos
do que somos. “A Lua deve ser assim”, concordou Javi [...].
Sahara, em árabe, quer dizer deserto. Aqui, sente-se
a vida mais longa, estirada – e as noites mais curtas. Impo-nentes
e magistrais, as dunas nos intimidam. São gigantes
de areia cujo tamanho não conseguimos decifrar. Dizem,
porém, que algumas chegam a 150 metros de altura.
Em Nova York, a cidade mais populosa dos Estados
Unidos, são os prédios que nos fazem sentir pequenos. Lá,
as palavras “vazio”, “silencioso” ou “isolado” não têm vez.
[...] Não ha um café despido de som ambiente, seja jazz,
blues, hip-hop ou bossa-nova. Não há um táxi em que não
haja uma rádio haitiana nas alturas ou um paquistanês con-versando
pelo celular com um cidadão em Karachi. E uma
cidade onde o silencio assusta; é como se algo estivesse
errado. [...]