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ASAS AZUIS Iran Almeida
Hoje pela manhã, enquanto me preparava para sair ao trabalho Depois do último gole de café, Entrou pela janela da cozinha uma linda borboleta rara Refletindo sobre suas brilhantes asas, o esplendor de um azul cintilante paralisante. Parei por alguns instantes, enquanto admirava Aquele espetáculo da natureza voando desordenadamente Sobre minha cabeça quieta.
Uma semana atrás, só por curiosidade, Eu havia reservado, em um pé de canela da Índia, Algumas larvas de borboleta; Eram estranhas e de aparência horrível à vista. Mas na medida em que os dias iam passando Impressionava-me a estranha transformação  Pela qual passavam, até que ficassem imóveis  Sob um casulo semelhante à folha da caneleira.
Mas agora, naquele instante misterioso de contemplação, Eu admirava a ternura com que flutuavam graciosamente Aquelas frágeis asas brilhantes sobre a mesa de café, Que em nada lembravam a aparência repugnante das larvas. Ao contrário, agora me faziam pensar sobre o milagre da vida, Sobre a transformação de coisas aparentemente sem beleza Em pérolas preciosas, trabalhadas caprichosamente Na oficina da vida.
A vida muitas vezes nos leva a caminhos de transformação,  Aparentemente sem beleza nenhuma. Nossa existência deve ser um constante Processo de mudança: erramos, acertamos, aprendemos. A vida nos coloca como larvas de frágeis borboletas sem asas, Penduradas nas folhas das árvores da vida, Para cada dia irmos encontrando o caminho  Das nossas belas asas azuis.
Aquela borboleta azul se foi rapidamente,  Assim como nós também um dia partiremos  No grande vôo da vida. Mas antes de partirmos, precisamos estar certos De que no momento dessa partida, Teremos asas seguras que nos levem ao nosso porto  Com segurança, e que deixem para trás  A luz cintilante da nossa breve passagem. Música : Violinos Mágicos – Lenda do beijo Montagem : maricarusocunha www.mensagensvirtuais.com.br

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Asas azuis

  • 1. ASAS AZUIS Iran Almeida
  • 2. Hoje pela manhã, enquanto me preparava para sair ao trabalho Depois do último gole de café, Entrou pela janela da cozinha uma linda borboleta rara Refletindo sobre suas brilhantes asas, o esplendor de um azul cintilante paralisante. Parei por alguns instantes, enquanto admirava Aquele espetáculo da natureza voando desordenadamente Sobre minha cabeça quieta.
  • 3. Uma semana atrás, só por curiosidade, Eu havia reservado, em um pé de canela da Índia, Algumas larvas de borboleta; Eram estranhas e de aparência horrível à vista. Mas na medida em que os dias iam passando Impressionava-me a estranha transformação Pela qual passavam, até que ficassem imóveis Sob um casulo semelhante à folha da caneleira.
  • 4. Mas agora, naquele instante misterioso de contemplação, Eu admirava a ternura com que flutuavam graciosamente Aquelas frágeis asas brilhantes sobre a mesa de café, Que em nada lembravam a aparência repugnante das larvas. Ao contrário, agora me faziam pensar sobre o milagre da vida, Sobre a transformação de coisas aparentemente sem beleza Em pérolas preciosas, trabalhadas caprichosamente Na oficina da vida.
  • 5. A vida muitas vezes nos leva a caminhos de transformação, Aparentemente sem beleza nenhuma. Nossa existência deve ser um constante Processo de mudança: erramos, acertamos, aprendemos. A vida nos coloca como larvas de frágeis borboletas sem asas, Penduradas nas folhas das árvores da vida, Para cada dia irmos encontrando o caminho Das nossas belas asas azuis.
  • 6. Aquela borboleta azul se foi rapidamente, Assim como nós também um dia partiremos No grande vôo da vida. Mas antes de partirmos, precisamos estar certos De que no momento dessa partida, Teremos asas seguras que nos levem ao nosso porto Com segurança, e que deixem para trás A luz cintilante da nossa breve passagem. Música : Violinos Mágicos – Lenda do beijo Montagem : maricarusocunha www.mensagensvirtuais.com.br