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MEU NOME É PRETA VERÍDICO
Nasci em Pelotas, no Rio Grande do Sul.  Minha vida foi tão curta que até parece um sonho...  Minha mãe era uma cachorra meiga, de boa índole que, assim como eu, foi abandonada pelos donos.
Ficou na rua, engravidou e deu a luz a cinco cãezinhos. Dois  morreram e os três que se salvaram foram pegos por humanos para  criar. Não sei o que houve com minha mãe, se a mataram ou  simplesmente a jogaram fora, novamente. Bem, fui criada numa casa  que tinha um pátio onde eu podia correr à vontade e davam comida  (não era muita, mas tudo bem) que me ajudou a crescer.
Um dia, o  dono não quis mais que eu ficasse ali, disse que eu só sujava, não  servia para nada e me colocou no carro. Nunca tinha andado de carro  antes, quase morri de medo. Mais medo tive quando me vi sózinha,  vagando por um local desconhecido sem condições de voltar para casa.
Passei fome, frio, fui chutada por humanos, enxotada e achei que ia  morrer. Mas uma moça me viu, começou a me dar comida e fiquei ali  por perto, na esperança de que, um dia, alguém me quisesse como  amiga de verdade. Engravidei. Na minha barriga estavam sete  anjinhos, bem o sei.
O maior e mais forte se chamaria Bola, seria  adotado por um menino e conseguiria, em alguns anos, evitar que ele  fosse seqüestrado. Infelizmente ele morreu comigo e o menino irá  passar por esse dilema e não sei o qual será seu destino. A história  sairia nas capas dos jornais e meu filho Bola seria muito conhecido.
Eu esperava, também, dar a luz para Didi, uma cadela preta como eu,  que seria adotada por um pessoal muito bom e ajudaria quando sua  dona ficasse doente: a consolaria, lamberia suas lágrimas, e ela  ficaria curada. Também não sei o que será dessa pobre mulher. A  terceira filha se chamaria Lulu e seria a cachorrinha mais linda do  planeta: branca, pêlo comprido, ganharia bons donos e seria a  vencedora de um concurso de beleza.
O quarto filho seria o Dunga, um  baixinho valentão que evitaria que seu dono fosse assaltado. O  quinto se chamaria Gandhi, assim como o líder espiritual, auxiliaria  uma família a se darem bem. O sexto seria o Toby, pequeno mas muito  fiel, seguiria seu dono pelas ruas da cidade até ser atropelado com  ele. O sétimo era Pom-pom, um cão que seria treinado para auxiliar  sua dona cega a viver melhor.
Infelizmente, nenhum deles e nem eu,  pudemos cumprir o destino que nos foi dado. Todas essas histórias  foram covardemente roubadas numa noite escura em que dois monstros  me chamaram (eu fui, achei que poderiam ser os meus novos donos), me  ataram no para-choques de um carro e me arrastaram pelas ruas da  cidade, sem que ninguém os impedisse ou desse atenção para meus  ganidos de dor e desespero, até que a morte me socorreu.
Sinto  muito, não há volta. Todas essas pessoas, inclusive minha nova dona  que, por esse fato, irá perder a vida pois não tem a quem se apegar  (eu seria seu amparo afetivo nesse mundo) irão perder muito. E  sofrer.
Por isso, eu queria lhes pedir apenas um favor: quando virem um  cãoxinho na rua como eu, abandonado, se possível, leve-o para casa,  alimente-o e, caso não possa ficar com ele, o entregue a alguém que  o queira. Quem sabe, com isso, você vai estar salvando (além dele)  outras pessoas e, até mesmo, você. Porque a vida é um jogo e quem  maltrata vai perder...
Agora estou bem. Aqui, no arco-íris, existem protetores que já  partiram e estão me ajudando a compreender o que aconteceu. Meus  filhotes estão comigo mas apenas um diz que vai retornar, porque os  outros não se conformam com a dor que passaram inutilmente. Espero  que isso nunca mais aconteça.
Por favor, façam com que isso nunca  mais aconteça. E que a minha morte e meu sofrimento tenha valido a  pena para construir algo bom... Sua grande amiga canina. Preta. Pelotas, abril de 2005
ESSA É UMA HISTÓRIA RETIRADA DO SITE : PARA QUEM AMA OS ANIMAIS UMA HISTÓRIA COMOVENTE READAPTADA NA VERSÃO DA CADELA PRETA ASSASSINADA EM PELOTAS POR”JOVENS” SEM CORAÇÃO... NÃO SABEMOS POR QUE MOTIVO, ESSES BADERNEIROS A AMARRARAM NO PÁRA CHOQUE DO CARRO E A ARRASTARAM PELAS RUAS ATÉ A SUA MORTE... (ELA ESTAVA ESPERANDO FILHOTES) ATO DE CRUELDADE TOTAL! MUITOS SITES E COMUNIDADES DO ORKUT CLAMAM POR JUSTIÇA! EU CLAMO POR JUSTIÇA...E VOCÊ? PATRÍCIA
FOTOS DA PRETA Multidão clama por justiça à cadela Preta   Um dos assasinos
Cidade: Multidão clama por justiça à cadela Preta  Sábado. Uma bela tarde de outono, uma multidão espalhada ao longo de quatro quadras (segundo a Brigada Militar, 1,2 mil pessoas) percorre as normalmente desertas ruas de Pelotas nesse dia da semana com um objetivo: pedir por justiça a Preta, a cadela de rua morta na madrugada de 9 de março por um grupo de jovens que amarraram-na ao pára-choque traseiro do carro e arrastaram-na por cinco quarteirões até ficar estraçalhada. Idosos, jovens, adultos, crianças - muitos deles acompanhados de seus cães de estimação -, portadores de necessidades especiais em muletas e cadeira de rodas, professores e estudantes universitários, políticos, pessoas vindas de todos os cantos da cidade e também de outros municípios (Porto Alegre, Santa Maria, Rio Grande, por exemplo), gente que conhecia a cadela e gente que jamais a viu mas solidarizou-se com a causa. A maioria munido de algum artifício como adesivo, fita, faixa, cartaz ou camiseta. Agentes de trânsito e policiais militares fecharam as ruas que levavam ao local de concentração (esquina da Santa Cruz com Tiradentes) e acompanharam o trajeto, interrompendo as vias por onde passaria a multidão. A caminhada pela paz e pela justiça, como foi chamada pelos organizadores (um grupo de jovens pelotenses e porto-alegrenses), começou quase uma hora após o horário marcado. Um dos fatores que contribuiu para o atraso foi o grande interesse pelas camisetas de protesto - formou-se uma fila para efetuar a compra - e pelo abaixo-assinado. Todos queriam integrar o manifesto em favor da punição severa aos responsáveis pela morte do animal. CLAMOR  Cansados de esperar, um grupo começou uma "falsa saída", subindo a Tiradentes. Após caminhar uma quadra, porém, os manifestantes foram detidos pelos organizadores da passeata, que haviam determinado o trajeto e orientou-os a voltar e seguir pela Santa Cruz em direção à General Telles. Já na saída houve gritos de "queremos justiça", "Preta" e muitas palmas ao passar pelo bar Bolicho, onde começou o episódio de 9 de março. Na frente da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), pela Gonçalves Chaves, as palavras de ordem mudaram para "fora assassino", "cadeia" e "abaixo a impunidade". A passeata que movimentou o centro da cidade e concentrou curiosos pelas calçadas deslocou-se até a Catedral São Francisco de Paula, onde muitos dos participantes se dispersaram. Dali, chegou à praça Coronel Pedro Osório e posicionou-se ao redor do chafariz, onde os manifestantes fizeram um minuto de silêncio a Preta, entoaram o Hino Nacional e fizeram a Oração de São Francisco, protetor dos animais. Emocionadas, algumas pessoas exigiam saber o nome dos rapazes envolvidos e pediam para ver suas fotos. Embora tivessem conhecimento da identidade dos principais suspeitos, os organizadores não revelaram seus nomes, seguindo instruções da Polícia. "Precisamos esperar. Nós vamos dizer os nomes, mas não agora", argumentou um deles. Nem todos, no entanto, ficaram convencidos. A manifestação terminou depois de alguns discursos e a promessa conjunta de não deixar o assunto cair no esquecimento. Joice Lima
Alberto da CunhA Essa sÃo as palavras dele: "VocÊs deve terem inveja de mim" "NÃo pensam em quantas vidas poder�o ser salvas com nossos experimentos de medicina alternativa" "se soubesse que essa brincadeira ia me trazer tantos probelmas, n�o teria feito isso" "Deus exalta os humilhados como eu" CEsar Azevedo Essa sao as palavras dele "Eu acho que o que fizerem com ela foi mais do que certo, ela nao passava de uma cadela rejeitada que nada mais fazia do que poluir o meio ambiente. A vira-lata era tao ruim que nem sua pele serviu para fazer sequer um casaco ou qualquer outro acessorio de pele. Aquilo que nao presta, elimina-se" "os animais estao no mundo pra isso, divertir o homem ou voce vai dizer que nao temos direito de nos divertimos?" "Tem muita gente fazendo muito barulho por causa da cadela vira-lata PRETA, essa fedida atÉ morta t� e tem muita gente dando atenÇao para algo que nao merece." (UM DOS ASSASINOS) Um ser sem coração)
ATÉ QUANDO MEUS DEUS!!!! PATY PERRUD www.mensagensvirtuais.com.br

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Meu nome e Preta

  • 1. MEU NOME É PRETA VERÍDICO
  • 2. Nasci em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Minha vida foi tão curta que até parece um sonho... Minha mãe era uma cachorra meiga, de boa índole que, assim como eu, foi abandonada pelos donos.
  • 3. Ficou na rua, engravidou e deu a luz a cinco cãezinhos. Dois morreram e os três que se salvaram foram pegos por humanos para criar. Não sei o que houve com minha mãe, se a mataram ou simplesmente a jogaram fora, novamente. Bem, fui criada numa casa que tinha um pátio onde eu podia correr à vontade e davam comida (não era muita, mas tudo bem) que me ajudou a crescer.
  • 4. Um dia, o dono não quis mais que eu ficasse ali, disse que eu só sujava, não servia para nada e me colocou no carro. Nunca tinha andado de carro antes, quase morri de medo. Mais medo tive quando me vi sózinha, vagando por um local desconhecido sem condições de voltar para casa.
  • 5. Passei fome, frio, fui chutada por humanos, enxotada e achei que ia morrer. Mas uma moça me viu, começou a me dar comida e fiquei ali por perto, na esperança de que, um dia, alguém me quisesse como amiga de verdade. Engravidei. Na minha barriga estavam sete anjinhos, bem o sei.
  • 6. O maior e mais forte se chamaria Bola, seria adotado por um menino e conseguiria, em alguns anos, evitar que ele fosse seqüestrado. Infelizmente ele morreu comigo e o menino irá passar por esse dilema e não sei o qual será seu destino. A história sairia nas capas dos jornais e meu filho Bola seria muito conhecido.
  • 7. Eu esperava, também, dar a luz para Didi, uma cadela preta como eu, que seria adotada por um pessoal muito bom e ajudaria quando sua dona ficasse doente: a consolaria, lamberia suas lágrimas, e ela ficaria curada. Também não sei o que será dessa pobre mulher. A terceira filha se chamaria Lulu e seria a cachorrinha mais linda do planeta: branca, pêlo comprido, ganharia bons donos e seria a vencedora de um concurso de beleza.
  • 8. O quarto filho seria o Dunga, um baixinho valentão que evitaria que seu dono fosse assaltado. O quinto se chamaria Gandhi, assim como o líder espiritual, auxiliaria uma família a se darem bem. O sexto seria o Toby, pequeno mas muito fiel, seguiria seu dono pelas ruas da cidade até ser atropelado com ele. O sétimo era Pom-pom, um cão que seria treinado para auxiliar sua dona cega a viver melhor.
  • 9. Infelizmente, nenhum deles e nem eu, pudemos cumprir o destino que nos foi dado. Todas essas histórias foram covardemente roubadas numa noite escura em que dois monstros me chamaram (eu fui, achei que poderiam ser os meus novos donos), me ataram no para-choques de um carro e me arrastaram pelas ruas da cidade, sem que ninguém os impedisse ou desse atenção para meus ganidos de dor e desespero, até que a morte me socorreu.
  • 10. Sinto muito, não há volta. Todas essas pessoas, inclusive minha nova dona que, por esse fato, irá perder a vida pois não tem a quem se apegar (eu seria seu amparo afetivo nesse mundo) irão perder muito. E sofrer.
  • 11. Por isso, eu queria lhes pedir apenas um favor: quando virem um cãoxinho na rua como eu, abandonado, se possível, leve-o para casa, alimente-o e, caso não possa ficar com ele, o entregue a alguém que o queira. Quem sabe, com isso, você vai estar salvando (além dele) outras pessoas e, até mesmo, você. Porque a vida é um jogo e quem maltrata vai perder...
  • 12. Agora estou bem. Aqui, no arco-íris, existem protetores que já partiram e estão me ajudando a compreender o que aconteceu. Meus filhotes estão comigo mas apenas um diz que vai retornar, porque os outros não se conformam com a dor que passaram inutilmente. Espero que isso nunca mais aconteça.
  • 13. Por favor, façam com que isso nunca mais aconteça. E que a minha morte e meu sofrimento tenha valido a pena para construir algo bom... Sua grande amiga canina. Preta. Pelotas, abril de 2005
  • 14. ESSA É UMA HISTÓRIA RETIRADA DO SITE : PARA QUEM AMA OS ANIMAIS UMA HISTÓRIA COMOVENTE READAPTADA NA VERSÃO DA CADELA PRETA ASSASSINADA EM PELOTAS POR”JOVENS” SEM CORAÇÃO... NÃO SABEMOS POR QUE MOTIVO, ESSES BADERNEIROS A AMARRARAM NO PÁRA CHOQUE DO CARRO E A ARRASTARAM PELAS RUAS ATÉ A SUA MORTE... (ELA ESTAVA ESPERANDO FILHOTES) ATO DE CRUELDADE TOTAL! MUITOS SITES E COMUNIDADES DO ORKUT CLAMAM POR JUSTIÇA! EU CLAMO POR JUSTIÇA...E VOCÊ? PATRÍCIA
  • 15. FOTOS DA PRETA Multidão clama por justiça à cadela Preta Um dos assasinos
  • 16. Cidade: Multidão clama por justiça à cadela Preta Sábado. Uma bela tarde de outono, uma multidão espalhada ao longo de quatro quadras (segundo a Brigada Militar, 1,2 mil pessoas) percorre as normalmente desertas ruas de Pelotas nesse dia da semana com um objetivo: pedir por justiça a Preta, a cadela de rua morta na madrugada de 9 de março por um grupo de jovens que amarraram-na ao pára-choque traseiro do carro e arrastaram-na por cinco quarteirões até ficar estraçalhada. Idosos, jovens, adultos, crianças - muitos deles acompanhados de seus cães de estimação -, portadores de necessidades especiais em muletas e cadeira de rodas, professores e estudantes universitários, políticos, pessoas vindas de todos os cantos da cidade e também de outros municípios (Porto Alegre, Santa Maria, Rio Grande, por exemplo), gente que conhecia a cadela e gente que jamais a viu mas solidarizou-se com a causa. A maioria munido de algum artifício como adesivo, fita, faixa, cartaz ou camiseta. Agentes de trânsito e policiais militares fecharam as ruas que levavam ao local de concentração (esquina da Santa Cruz com Tiradentes) e acompanharam o trajeto, interrompendo as vias por onde passaria a multidão. A caminhada pela paz e pela justiça, como foi chamada pelos organizadores (um grupo de jovens pelotenses e porto-alegrenses), começou quase uma hora após o horário marcado. Um dos fatores que contribuiu para o atraso foi o grande interesse pelas camisetas de protesto - formou-se uma fila para efetuar a compra - e pelo abaixo-assinado. Todos queriam integrar o manifesto em favor da punição severa aos responsáveis pela morte do animal. CLAMOR Cansados de esperar, um grupo começou uma "falsa saída", subindo a Tiradentes. Após caminhar uma quadra, porém, os manifestantes foram detidos pelos organizadores da passeata, que haviam determinado o trajeto e orientou-os a voltar e seguir pela Santa Cruz em direção à General Telles. Já na saída houve gritos de "queremos justiça", "Preta" e muitas palmas ao passar pelo bar Bolicho, onde começou o episódio de 9 de março. Na frente da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), pela Gonçalves Chaves, as palavras de ordem mudaram para "fora assassino", "cadeia" e "abaixo a impunidade". A passeata que movimentou o centro da cidade e concentrou curiosos pelas calçadas deslocou-se até a Catedral São Francisco de Paula, onde muitos dos participantes se dispersaram. Dali, chegou à praça Coronel Pedro Osório e posicionou-se ao redor do chafariz, onde os manifestantes fizeram um minuto de silêncio a Preta, entoaram o Hino Nacional e fizeram a Oração de São Francisco, protetor dos animais. Emocionadas, algumas pessoas exigiam saber o nome dos rapazes envolvidos e pediam para ver suas fotos. Embora tivessem conhecimento da identidade dos principais suspeitos, os organizadores não revelaram seus nomes, seguindo instruções da Polícia. "Precisamos esperar. Nós vamos dizer os nomes, mas não agora", argumentou um deles. Nem todos, no entanto, ficaram convencidos. A manifestação terminou depois de alguns discursos e a promessa conjunta de não deixar o assunto cair no esquecimento. Joice Lima
  • 17. Alberto da CunhA Essa sÃo as palavras dele: "VocÊs deve terem inveja de mim" "NÃo pensam em quantas vidas poder�o ser salvas com nossos experimentos de medicina alternativa" "se soubesse que essa brincadeira ia me trazer tantos probelmas, n�o teria feito isso" "Deus exalta os humilhados como eu" CEsar Azevedo Essa sao as palavras dele "Eu acho que o que fizerem com ela foi mais do que certo, ela nao passava de uma cadela rejeitada que nada mais fazia do que poluir o meio ambiente. A vira-lata era tao ruim que nem sua pele serviu para fazer sequer um casaco ou qualquer outro acessorio de pele. Aquilo que nao presta, elimina-se" "os animais estao no mundo pra isso, divertir o homem ou voce vai dizer que nao temos direito de nos divertimos?" "Tem muita gente fazendo muito barulho por causa da cadela vira-lata PRETA, essa fedida atÉ morta t� e tem muita gente dando atenÇao para algo que nao merece." (UM DOS ASSASINOS) Um ser sem coração)
  • 18. ATÉ QUANDO MEUS DEUS!!!! PATY PERRUD www.mensagensvirtuais.com.br