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TUMORES DA VESÍCULA
E VIAS BILIARES
Dr. Francisco R. de Carvalho Neto
2
TUMORES BENIGNOS
( classificação de Christensen & Ishate
• A) TUMORES BENIGNOS VERDADEIROS
– 1) De origem epitelial
• adenoma papilar ( papiloma)
• adenoma não papilar
• tumor misto benigno
– 2) De origem mesenquimatosa
• hemangioma, lipoma, leiomioma, mioblastoma,
neurofibroma, paraganglioma.
3
TUMORES BENIGNOS
( classificação de Christensen & Ishate
• B) PSEUDO TUMORES BENIGNOS
–1) Hiperplasia
• adenomiomatose
• adenomatose
–2) Heterotopia
• de mucosa gástrica, de mucosa
intestinal, do pâncreas, do fígado, da
supra renal e da tireóide.
4
TUMORES BENIGNOS
( classificação de Christensen & Ishate
–3) Pólipos
• de colesterol
• inflamatórios
–4) Outros
• inflamação xantogranulomatosa
• infecções parasitárias
• outros processos raros
5
ADENOMAS PAPILARES E NÃO
PAPILARES
• São os tumores benignos mais
freqüentes
• 25-68% associam-se com cálculos
biliares
• 56-75% associam-se com colecistite
• provável lesão pré-maligna em 6% dos
casos
6
ADENOMAS PAPILARES E NÃO
PAPILARES
• são de consistência mole, passando
freqüentemente despercebido à
palpação da vesícula biliar
• são verdadeiras neoplasias benignas
da vesícula biliar
• indicação de colecistectomia
7
TUMORES DE ORIGEM
MESENQUIMATOSA
• São raros
8
TUMORES PRODUZIDOS POR
HIPERPLASIA
• 1) Hiperplasia Adenomiomatosa
– também chamada colecistite glandular
proliferante, colecistite cística,
adenomioma e diverticulose intramural, é a
tumoração não neoplásica mais freqüente
da vesícula biliar ( 17% das necrópsias )
– associa-se com colelitíase ( 33%) e
colecistite ( 60% ).
9
TUMORES PRODUZIDOS POR
HIPERPLASIA
• 1) Hiperplasia Adenomiomatosa
– freqüentemente tem-se encontrado em
necrópsias sem cálculos, colecistite ou
antecedentes de sintomas biliares;
incidência de até 41% das lesões
benignas.
– A lesão costuma estar localizada no fundo
da vesícula biliar e tem a forma nodular
( 96% )
– há proliferação do epitélio e do músculo
liso
10
TUMORES PRODUZIDOS POR
HIPERPLASIA
• 2) Hiperplasia Adenomatosa
– lesão geralmente difusa, associa-se com
colecistite e colelitíase
– há proliferação apenas do epitélio
11
PSEUDO TUMORES PRODUZIDOS
POR HETEROTOPIAS
• São raros
• mais freqüente é o heterotopia gástrica.
12
PÓLIPOS
• 1) Pólipo de colesterol
– são os segundos pseudo tumores
vesiculares mais freqüentes (12%)
– podem ser únicos ou múltiplos e não
mostram preferência por nenhuma região
da vesícula biliar
– colelitíase em 10% dos casos
– não há transformação maligna
• 2) Pólipos inflamatórios
– são raros
13
QUADRO CLÍNICO
• Quadro similar ao da colecistite
crônica, quando sintomático.
14
TRATAMENTO
• Cirúrgico.
15
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• O carcinoma da vesícula biliar é a lesão
maligna mais comum da árvore biliar;
representa 5% dos cânceres em
autópsia.
• 91% dos pacientes têm mais de 50
anos, sendo 3 a 4 vezes mais freqüente
em mulheres.
16
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• INCIDÊNCIA E ASSOCIAÇÕES
– maior incidência em índios americanos,
americanos de origem americana, nativos
do Alasca, europeus da região do
nordeste, israelitas e japoneses que
emigraram para os Estados Unidos
– 70 % têm colelitíase
– 0,5% das autópsias
– 1 a 2% dos pacientes submetidos a
colecistectomia
17
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• INCIDÊNCIA E ASSOCIAÇÕES
– sem predileção para um único ou múltiplos
cálculos
– vesícula biliar com cálculo > 3 cm tem
possibilidade 10 vezes maior de ter
neoplasia maligna do que cálculo de 1 cm.
– Fístula colecistoentérica tem 15% de
neoplasia
– vesícula biliar em porcelana( calcificada)
tem câncer em 12,5 a 61% dos casos
18
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• INCIDÊNCIA E ASSOCIAÇÕES
– adenoma de vesícula biliar é lesão pré-
cancerosa; se for lesão polipóide > 1
cm, única e associada à litíase e > 50
anos, está indicada a colecistectomia
– colecistite xantogranulomatosa
– colite ulcerativa
• PATOGENIA
– transformação maligna causada por
corpos estranhos???
19
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• TIPO
– 82% são adenocarcinomas, podendo ser
do tipo cirrótico, papilífero ou produtor de
mucina
– 7% são carcinomas indiferenciados
– 3% são carcinomas de células escamosas
– 1% são adenoacantomas(carcinoma misto
– outros: linfossarcoma, rabdomiossarcoma,
sarcoma de células reticulares, melanoma,
carcinóide
20
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• VIAS DE METASTATIZAÇÃO
– linfática
– vascular
– deposição intra-peritoneal
– neural
– intraductal
– extensão direta
21
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• DIAGNÓSTICO
– sintomas inespecíficos
– 60% têm dor
– 59% perda de peso
– 51% têm icterícia. Ela é causada por
invasão do colédoco, compressão por
linfonodos pericoledocianos, invasão
hepática e , raramente, cálculos
– 40% têm anorexia
22
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• DIAGNÓSTICO
– 40% têm massa no hipocôndrio direito.
Presença de massa palpável representa
doença avançada.
– Raramente é feito o diagnóstico pré-
operatório
23
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• DIAGNÓSTICO
– Suspeita diagnóstica: mulher idosa, com
queixas biliares com alteração na
freqüência ou gravidade da dor, massa
palpável no quadrante superior direito ou
hepatomegalia e sintomas constitucionais
de doença maligna.Quando estes fatos
são observados, raramente a doença é
curável.
– US-sensibilidade de 36%
– TC- sensibilidade de 70%
– Angiografia
24
CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR
• TRATAMENTO
– curativo: cirúrgico
– paliativo: próteses percutâneas ou
endoscópicas, derivações
hepaticojejunais, drenagens externas
trasnhepáticas
• PROGNÓSTICO
– 88% morrem em 1 ano
– sobrevida de 4% em 5 anos
25
CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES
• Não apresentam alta propensão para
metastatização, de forma que pode ser
possível o tratamento paliativo por períodos
significativos de tempo
• idade média de 60 anos
• 50 a 75% são cânceres de terço superior,
que ocorrem da superfície inferior do fígado
ao canal cístico; 10 a 25% estão no terço
médio, que compreende do canal cístico à
borda superior do pâncreas
26
CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES
• 10 a 20% são lesões do terço inferior,
que corresponde da borda inferior do
pâncreas à ampola, mas o carcinoma
da ampola não é incluído nesta
categoria
27
CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES
• ASSOCIAÇÕES
– 30% dos pacientes com
colangiocarcinoma tem litíase, mas esta
incidência não é diferente da de cálculos
vesiculares para esta faixa etária
– colangite esclerosante primária
– infestação por Clonorchis sinensis
– exposição a certas substâncias químicas
– doença cística congênita das vias biliares,
incluindo cisto de colédoco e doença de
Caroli
28
CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES
• QUADRO CLÍNICO
– 90% tem icterícia
– 50% tem perda de peso e dor
– prurido é freqüente
– colangite:febre, dor abdominal e icterícia
– vesícula palpável, se tumor terço superior
– ascite e esplenomegalia
29
CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES
• DIAGNÓSTICO
– US
– CPER
– CPT
– RM
– TC
– arteriografia
30
CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES
• TRATAMENTO
– ressecção + hepaticojejunostomia se o
tumor é proximal
– cirurgia de Whipple se o tumor é no terço
distal
– próteses paliativas
31
CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES
• PROGNÓSTICO
– 10% dos cânceres de colédoco são
curados
– cura: terço proximal: rara
– terço médio: 10%
– terço inferior: 25%
32
CARCINOMA DA AMPOLA DE
VATER
• Esta denominação inclui o carcinoma da
ampola, da extremidade distal do colédoco,
do segmento terminal do Wirsung e da
mucosa duodenal adjacente
• estas estruturas são pequenas, sendo na
maioria das vezes, difícil determinar o local
de origem do carcinoma
• mais comum no homem, entre 50 e 80 anos
• geralmente adenocarcinomas
33
CARCINOMA DA AMPOLA DE
VATER
• Emagrecimento, anorexia e icterícia
• icterícia em 95% dos casos e em até 50%
pode ser flutuante
• febre e calafrios: colangite
• prurido
• sinal de Courvoisier- Terrier em 25 a 50%
dos casos
• raramente se faz o diagnóstico na ausência
de icterícia
34
CARCINOMA DA AMPOLA DE
VATER
• Sinal de Frostberg ( 3 invertido ) nos
exames radiológicos
• CPTH, CPER, US
35
CARCINOMA DA AMPOLA DE
VATER
• TRATAMENTO
– Cirúrgico
– O prognóstico do carcinoma da ampola é
melhor do que outros carcinomas das vias
biliares.

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Tumores da vesícula e vias biliares

  • 1. TUMORES DA VESÍCULA E VIAS BILIARES Dr. Francisco R. de Carvalho Neto
  • 2. 2 TUMORES BENIGNOS ( classificação de Christensen & Ishate • A) TUMORES BENIGNOS VERDADEIROS – 1) De origem epitelial • adenoma papilar ( papiloma) • adenoma não papilar • tumor misto benigno – 2) De origem mesenquimatosa • hemangioma, lipoma, leiomioma, mioblastoma, neurofibroma, paraganglioma.
  • 3. 3 TUMORES BENIGNOS ( classificação de Christensen & Ishate • B) PSEUDO TUMORES BENIGNOS –1) Hiperplasia • adenomiomatose • adenomatose –2) Heterotopia • de mucosa gástrica, de mucosa intestinal, do pâncreas, do fígado, da supra renal e da tireóide.
  • 4. 4 TUMORES BENIGNOS ( classificação de Christensen & Ishate –3) Pólipos • de colesterol • inflamatórios –4) Outros • inflamação xantogranulomatosa • infecções parasitárias • outros processos raros
  • 5. 5 ADENOMAS PAPILARES E NÃO PAPILARES • São os tumores benignos mais freqüentes • 25-68% associam-se com cálculos biliares • 56-75% associam-se com colecistite • provável lesão pré-maligna em 6% dos casos
  • 6. 6 ADENOMAS PAPILARES E NÃO PAPILARES • são de consistência mole, passando freqüentemente despercebido à palpação da vesícula biliar • são verdadeiras neoplasias benignas da vesícula biliar • indicação de colecistectomia
  • 8. 8 TUMORES PRODUZIDOS POR HIPERPLASIA • 1) Hiperplasia Adenomiomatosa – também chamada colecistite glandular proliferante, colecistite cística, adenomioma e diverticulose intramural, é a tumoração não neoplásica mais freqüente da vesícula biliar ( 17% das necrópsias ) – associa-se com colelitíase ( 33%) e colecistite ( 60% ).
  • 9. 9 TUMORES PRODUZIDOS POR HIPERPLASIA • 1) Hiperplasia Adenomiomatosa – freqüentemente tem-se encontrado em necrópsias sem cálculos, colecistite ou antecedentes de sintomas biliares; incidência de até 41% das lesões benignas. – A lesão costuma estar localizada no fundo da vesícula biliar e tem a forma nodular ( 96% ) – há proliferação do epitélio e do músculo liso
  • 10. 10 TUMORES PRODUZIDOS POR HIPERPLASIA • 2) Hiperplasia Adenomatosa – lesão geralmente difusa, associa-se com colecistite e colelitíase – há proliferação apenas do epitélio
  • 11. 11 PSEUDO TUMORES PRODUZIDOS POR HETEROTOPIAS • São raros • mais freqüente é o heterotopia gástrica.
  • 12. 12 PÓLIPOS • 1) Pólipo de colesterol – são os segundos pseudo tumores vesiculares mais freqüentes (12%) – podem ser únicos ou múltiplos e não mostram preferência por nenhuma região da vesícula biliar – colelitíase em 10% dos casos – não há transformação maligna • 2) Pólipos inflamatórios – são raros
  • 13. 13 QUADRO CLÍNICO • Quadro similar ao da colecistite crônica, quando sintomático.
  • 15. 15 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • O carcinoma da vesícula biliar é a lesão maligna mais comum da árvore biliar; representa 5% dos cânceres em autópsia. • 91% dos pacientes têm mais de 50 anos, sendo 3 a 4 vezes mais freqüente em mulheres.
  • 16. 16 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • INCIDÊNCIA E ASSOCIAÇÕES – maior incidência em índios americanos, americanos de origem americana, nativos do Alasca, europeus da região do nordeste, israelitas e japoneses que emigraram para os Estados Unidos – 70 % têm colelitíase – 0,5% das autópsias – 1 a 2% dos pacientes submetidos a colecistectomia
  • 17. 17 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • INCIDÊNCIA E ASSOCIAÇÕES – sem predileção para um único ou múltiplos cálculos – vesícula biliar com cálculo > 3 cm tem possibilidade 10 vezes maior de ter neoplasia maligna do que cálculo de 1 cm. – Fístula colecistoentérica tem 15% de neoplasia – vesícula biliar em porcelana( calcificada) tem câncer em 12,5 a 61% dos casos
  • 18. 18 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • INCIDÊNCIA E ASSOCIAÇÕES – adenoma de vesícula biliar é lesão pré- cancerosa; se for lesão polipóide > 1 cm, única e associada à litíase e > 50 anos, está indicada a colecistectomia – colecistite xantogranulomatosa – colite ulcerativa • PATOGENIA – transformação maligna causada por corpos estranhos???
  • 19. 19 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • TIPO – 82% são adenocarcinomas, podendo ser do tipo cirrótico, papilífero ou produtor de mucina – 7% são carcinomas indiferenciados – 3% são carcinomas de células escamosas – 1% são adenoacantomas(carcinoma misto – outros: linfossarcoma, rabdomiossarcoma, sarcoma de células reticulares, melanoma, carcinóide
  • 20. 20 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • VIAS DE METASTATIZAÇÃO – linfática – vascular – deposição intra-peritoneal – neural – intraductal – extensão direta
  • 21. 21 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • DIAGNÓSTICO – sintomas inespecíficos – 60% têm dor – 59% perda de peso – 51% têm icterícia. Ela é causada por invasão do colédoco, compressão por linfonodos pericoledocianos, invasão hepática e , raramente, cálculos – 40% têm anorexia
  • 22. 22 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • DIAGNÓSTICO – 40% têm massa no hipocôndrio direito. Presença de massa palpável representa doença avançada. – Raramente é feito o diagnóstico pré- operatório
  • 23. 23 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • DIAGNÓSTICO – Suspeita diagnóstica: mulher idosa, com queixas biliares com alteração na freqüência ou gravidade da dor, massa palpável no quadrante superior direito ou hepatomegalia e sintomas constitucionais de doença maligna.Quando estes fatos são observados, raramente a doença é curável. – US-sensibilidade de 36% – TC- sensibilidade de 70% – Angiografia
  • 24. 24 CARCINOMA DA VESÍCULA BILIAR • TRATAMENTO – curativo: cirúrgico – paliativo: próteses percutâneas ou endoscópicas, derivações hepaticojejunais, drenagens externas trasnhepáticas • PROGNÓSTICO – 88% morrem em 1 ano – sobrevida de 4% em 5 anos
  • 25. 25 CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES • Não apresentam alta propensão para metastatização, de forma que pode ser possível o tratamento paliativo por períodos significativos de tempo • idade média de 60 anos • 50 a 75% são cânceres de terço superior, que ocorrem da superfície inferior do fígado ao canal cístico; 10 a 25% estão no terço médio, que compreende do canal cístico à borda superior do pâncreas
  • 26. 26 CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES • 10 a 20% são lesões do terço inferior, que corresponde da borda inferior do pâncreas à ampola, mas o carcinoma da ampola não é incluído nesta categoria
  • 27. 27 CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES • ASSOCIAÇÕES – 30% dos pacientes com colangiocarcinoma tem litíase, mas esta incidência não é diferente da de cálculos vesiculares para esta faixa etária – colangite esclerosante primária – infestação por Clonorchis sinensis – exposição a certas substâncias químicas – doença cística congênita das vias biliares, incluindo cisto de colédoco e doença de Caroli
  • 28. 28 CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES • QUADRO CLÍNICO – 90% tem icterícia – 50% tem perda de peso e dor – prurido é freqüente – colangite:febre, dor abdominal e icterícia – vesícula palpável, se tumor terço superior – ascite e esplenomegalia
  • 29. 29 CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES • DIAGNÓSTICO – US – CPER – CPT – RM – TC – arteriografia
  • 30. 30 CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES • TRATAMENTO – ressecção + hepaticojejunostomia se o tumor é proximal – cirurgia de Whipple se o tumor é no terço distal – próteses paliativas
  • 31. 31 CARCINOMA DOS CANAIS BILIARES • PROGNÓSTICO – 10% dos cânceres de colédoco são curados – cura: terço proximal: rara – terço médio: 10% – terço inferior: 25%
  • 32. 32 CARCINOMA DA AMPOLA DE VATER • Esta denominação inclui o carcinoma da ampola, da extremidade distal do colédoco, do segmento terminal do Wirsung e da mucosa duodenal adjacente • estas estruturas são pequenas, sendo na maioria das vezes, difícil determinar o local de origem do carcinoma • mais comum no homem, entre 50 e 80 anos • geralmente adenocarcinomas
  • 33. 33 CARCINOMA DA AMPOLA DE VATER • Emagrecimento, anorexia e icterícia • icterícia em 95% dos casos e em até 50% pode ser flutuante • febre e calafrios: colangite • prurido • sinal de Courvoisier- Terrier em 25 a 50% dos casos • raramente se faz o diagnóstico na ausência de icterícia
  • 34. 34 CARCINOMA DA AMPOLA DE VATER • Sinal de Frostberg ( 3 invertido ) nos exames radiológicos • CPTH, CPER, US
  • 35. 35 CARCINOMA DA AMPOLA DE VATER • TRATAMENTO – Cirúrgico – O prognóstico do carcinoma da ampola é melhor do que outros carcinomas das vias biliares.