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Relatório de Responsabilidade
                        Socioambiental 2009




Catanduva/SP
www.redenergia.com.br
Relatório de Responsabilidade
         Socioambiental 2009
Sumário




        Mensagem da presidente               6


        1. Rede Energia                      11


        2. Governança Corporativa            33


        3. Desempenho econômico financeiro   57


        4. Desempenho operacional            75


        5. Meio ambiente                     97


        6. Desempenho social                 125


        7. Sobre o relatório                 161




4
Mensagem da presidente




O
          ano de 2009 esteve repleto de desafios, e
          estes foram respondidos pela Rede Energia
          com investimentos na ampliação e melhoria
dos serviços, no aprimoramento das práticas de gestão
empresarial e em iniciativas socioambientais e de
governança corporativa. O cenário de retração global no
primeiro semestre de 2009, com efeitos negativos na
produção industrial de muitas empresas brasileiras, não
alterou nossa confiança no País.
Apoiados por nossos stakeholders, demos continuidade a
importantes investimentos em 2009, como o programa
do Governo Federal “Luz para Todos”, do qual a Rede
Energia é a segunda maior parceira. O programa, aliado
a outros projetos, nos permitiu levar luz a 211 mil novos
consumidores dos segmentos industrial, comercial,
residencial e rural, atendidos em 578 municípios, de
sete diferentes estados brasileiros.
Em 2009, ainda foi iniciado o projeto “Interligação da
Ilha de Marajó”, que prevê a construção de cerca de 500
quilômetros de linhas de distribuição para a chegada
de energia limpa e de qualidade, pela primeira vez, aos
moradores do maior arquipélago fluviomarinho do mundo,
promovendo o crescimento local.
As nove distribuidoras doaram 150.058 lâmpadas
fluorescentes compactas e também investiram R$ 6,8
milhões para substituir gratuitamente 6.876 geladeiras
de famílias de baixa renda. A iniciativa tem o objetivo de
adequar o orçamento da família ao consumo mensal de
energia levada às comunidades, com noções básicas de
consumo consciente de energia elétrica.
Investimos na eficiência da gestão e sinergia entre
as empresas da holding. Nesta linha, desenvolvemos
o Programa Evoluir, que engloba sete projetos de
estruturação em diferentes áreas da empresa até
2011. Concomitantemente, criamos um Comitê Gestor




6
Carmem Pereira
                         Presidente Executiva da Rede Energia




Corporativo para prestar assessoria e orientar o Conselho
de Administração nos assuntos relacionados ao
planejamento estratégico.
A qualidade dos serviços é nosso compromisso e, a cada
ano, melhoramos nossos indicadores de performance.
Como reconhecimento pelo nosso trabalho, fomos
contemplados com excelentes resultados em pesquisas
de satisfação dos clientes, realizadas em 2009, como as
premiações da Vale Paranapanema, vencedora de três
prêmios da Associação Brasileira de Distribuidores de
Energia Elétrica (ABRADEE): “Melhor Empresa Nacional”,
“Melhor Empresa na Avaliação do Cliente” e “Evolução
de Desempenho”.
Esse conjunto de esforços, gestão responsável e
planejamento estratégico trouxeram resultados. Ao final
de 2009, todos os segmentos de mercado da Rede Energia
– residencial, comercial, industrial e rural – apresentaram
ampliação. A energia fornecida passou de 15.995 GWh, em
2008, para 18.405 GWh, em 2009. O perfil com maior alta
no consumo foi o rural: 26,1%, em 2009. Este também foi o
segmento que mais expandiu na base de clientes da Rede
Energia, com um aumento de 17,4% sobre o ano de 2008.
Encerramos 2009, com lucro líquido de R$ 466,6 milhões
nas nove distribuidoras– 285,1% superior ao de 2008.
Cientes de que os 368 mil quilômetros de sistema de
distribuição da Rede Energia se encontram em uma
das áreas mais ricas em biodiversidade do planeta – em
biomas como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado
e a mata Atlântica –, temos certeza de que os resultados
operacionais e financeiros não seriam suficientes se não
estivessem acompanhados do aperfeiçoamento da gestão
e da atuação socioambiental da empresa.
Com a expansão do alcance das linhas de transmissão
da empresa, foi possível a chegada de energia limpa e de
qualidade às comunidades isoladas, permitindo, muitas




                                                  relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                      7
Mensagem da presidente




vezes, a desativação de usinas termelétricas movidas
a diesel. De 2005 a 2009, foram desativadas 34 usinas.
Projeções indicam que mais de 814 mil toneladas de CO2
(dióxido de carbono) deixaram de ser emitidas e 306
milhões de litros de diesel deixaram de ser queimados.
Foco de nossa atuação, a segurança foi um dos valores
priorizados em 2009. Para reforçá-la e garantir a
integridade dos nossos 12.763 colaboradores e contratados,
houve a implantação do projeto “Segurança em Primeiro
Lugar” em todas as empresas do grupo.
O aperfeiçoamento de cada procedimento de segurança
no trabalho, exercido em nossas redes de distribuição,
será constante.



        Centro de Operação de
        Distribuição - Campo Grande/MS




8
Continuamos a investir na melhoria da qualidade de vida
das comunidades com as quais interagimos, especialmente
por meio da Fundação Aquarela e de parcerias com os
stakeholders locais, voltadas ao desenvolvimento regional,
à educação e à geração de renda. Destacam-se entre
as iniciativas, a implantação no Tocantins e no Pará do
projeto “Agenda Criança Amazônia”, do UNICEF (Fundo
das Nações Unidas para a Infância), que atende a nove
milhões de crianças da Amazônia Legal do Brasil e no qual
fomos a primeira empresa privada brasileira a integrá-lo.
Os resultados alcançados neste projeto já nos permitiram
planejar a expansão do projeto para o Mato Grosso em 2010.
Compartilhamos todas as conquistas e a superação de
desafios ao longo de 2009, com nossos colaboradores,
clientes, acionistas e demais parceiros. Estamos convictos de
que a mudança estrutural, promovida pelo Programa Evoluir,
apontará para o crescimento sustentável da Rede Energia,
com qualidade e com o olhar direcionado ao longo prazo,
para continuarmos oferecendo valores agregados a todos os
nossos stakeholders.
Por fim, reiteramos nossa confiança em continuar
investindo na sociedade para a criação de valores e
agradecemos a todos que, de maneira direta e indireta,
nos ajudaram a alcançar os resultados históricos obtidos
no decorrer de 2009.




                                                 relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                     9
Campo Grande/MS
Rede Energia

       Capítulo 1
Rede Energia




 Perfil da empresa

 A Rede Energia S.A. (REDE ENERGIA) (GRI 2.1) é um
 dos maiores grupos privados do setor elétrico
 brasileiro, apresentando controle direto e indireto
 sobre 15 empresas operacionais, das quais nove são
 distribuidoras de energia elétrica, uma geradora,
 uma comercializadora, uma prestadora de serviços,
 uma empresa de bioenergia e duas outras holdings.
 (GRI 2.2) Ao todo, o grupo empresarial detém a
 concessão de 2.787.107 km2, correspondente a
 34% do território nacional.
 Operando exclusivamente no Brasil (GRI 2.5), a Rede
 Energia tem expertise em reorganização e estruturação
 de empresas com dificuldade financeira e operacional.
 Também se destaca no setor elétrico nacional pelo
 registro de alto potencial de crescimento na sua área
 de concessão.
 Ao levar luz elétrica a novos consumidores todos os
 anos, a companhia acelera o desenvolvimento regional.
 Em troca da ajuda recebida, o mercado de consumo
 local também cresce.
 Nos últimos quatro anos, de 2005 a 2009, a Rede
 Energia tem registrado crescimento médio de 12%
 ao ano no número de clientes. Somente em 2009, o
 incremento foi de 5,9%. Foram 250 mil novos clientes.




12
Cachoeira da Véia/TO




Faz parte da Rede Energia: (GRI 2.7)
Distribuidoras


Caiuá Distribuição de Energia S.A. (“CAIUÁ”)
A Caiuá Distribuição de Energia S.A. (Caiuá) tem sua
sede regional em Presidente Prudente (SP). Atende a
uma área de concessão de 9.149 km2, beneficiando
mais de 206.022 consumidores, o equivalente a
uma população de cerca de 600 mil habitantes,
em 24 municípios das regiões de Alta Sorocabana e
Alta Paulista. (GRI 2.7)


Centrais Elétricas do Pará S.A. (“CELPA”)
A Centrais Elétricas do Pará S.A. (Celpa) abrange todo
o estado do Pará, distribui energia em uma área
de 1.247.690 km2 e beneficia mais de 7,4 milhões
de habitantes, em 143 municípios. Sua sede fica no
município de Belém. (GRI 2.7)


Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. (“CEMAT”)
A Cemat atende ao estado de Mato Grosso – o 4º maior
estado brasileiro, com área de 903.358 km2. A empresa
é responsável por distribuir energia elétrica a 992.368
unidades consumidoras, localizadas nos 141 municípios
de Mato Grosso – sendo 135 atendidos pelo Sistema
Interligado Nacional (SIN) e seis atendidos pelo Sistema
Isolado. Ao final de 2009, representa 992 mil unidades
consumidoras conectadas à rede elétrica de distribuição
da concessionária Cemat. (GRI 2.7)




                                               relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                       13
Rede Energia




Companhia de Energia Elétrica do Estado
do Tocantins (“CELTINS”)
A Celtins é hoje a única distribuidora de energia elétrica
do Tocantins. Tem uma área de concessão que abrange
277.621 km2, o equivalente a 3,3% do território nacional.
Beneficia uma população estimada em 1,2 milhão de
habitantes, distribuídos em 139 municípios, com 270
localidades, o que corresponde a 416.390 unidades
consumidoras atendidas (dezembro de 2009). (GRI 2.7)


Companhia Força e Luz do Oeste (“CFLO”)
A Companhia Força e Luz do Oeste é uma
distribuidora de energia elétrica cuja sede regional
localiza-se em Guarapuava (PR). É responsável
pela distribuição de energia elétrica à cidade de
Guarapuava e às localidades de Guará e Jordão, no
estado do Paraná. Totaliza 48.695 clientes, em uma
área de concessão de 1.200 km2. (GRI 2.7)


Companhia Nacional de Energia Elétrica (“CNEE”)
A Companhia Nacional de Energia Elétrica (Nacional)
é uma distribuidora de energia elétrica cuja sede
regional localiza-se em Catanduva (SP). A Nacional
possui uma área de concessão de 4.500 km2 e,
atualmente, a energia elétrica distribuída beneficia
mais de 97.680 consumidores, o equivalente a uma
população de aproximadamente 400 mil habitantes,
em 15 municípios das regiões de Catanduva e
Novo Horizonte. (GRI 2.7)


Empresa de Distribuição de Energia Vale
Paranapanema S.A. (“EDEVP”)
A Vale Paranapanema possui uma área de
concessão de 11.780 km2 e beneficia mais de 156.470
consumidores, o equivalente a uma população
de aproximadamente 600 mil habitantes, em
27 municípios das regiões da Média Sorocabana
e Alta Paulista. (GRI 2.7)

14
Empresa Elétrica Bragantina S.A. (“EEB”)
A Empresa Elétrica Bragantina S.A., a Bragantina,
possui sede regional em Bragança Paulista (SP).
Abastece 15 municípios da região de Bragança
Paulista, entre os estados de São Paulo (cinco
municípios) e Minas Gerais (10 municípios),
atendendo a 123.903 clientes ou, aproximadamente,
500 mil habitantes. (GRI 2.7)


Empresa Energética de Mato Grosso
do Sul (“ENERSUL”)
A Enersul atende quase à totalidade do estado de
Mato Grosso do Sul – 73 dos 78 municípios – em uma
área de 328.316 km2, o equivalente a 91,9% do Estado
e a 94,6% da população total, correspondendo a 2,23
milhões de habitantes. (GRI 2.7)




Geradoras:
Tangará Energia S.A. (“TANGARÁ”)
Outros serviços:
Rede Comercializadora de Energia S.A. (“REDECOM”)
Rede Eletricidade e Serviços S.A. (“REDESERV”)
Bioenergia:
Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. (“VALE DO VACARIA”)
Holdings:
QMRA Participações S.A. (“QMRA”)
Rede Power do Brasil S.A. (“REDE POWER”)




                                                  relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                      15
Rede Energia




 A distribuição, geração e comercialização de energia
 da Companhia é levada a 4,5 milhões de unidades
 consumidoras, o equivalente a 16,5 milhões de pessoas,
 em 578 municípios dentro de sete diferentes estados
 brasileiros: Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso
 do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Ao distribuir
 18.405 GWh em 2009 (GRI EU01), a companhia
 alavancou o desenvolvimento regional das diferentes
 áreas – principalmente das mais longínquas – em
 regiões ricas em biodiversidade, como a floresta
 amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica.
 Para se ter idéia da grandeza do trabalho realizado pelos
 6,5 mil empregados diretos da Rede Energia, somando
 o total de comprimento das linhas de transmissão das
 empresas que a compõem, chega-se ao total de 15 mil
 quilômetros (GRI EU04), distância suficiente para ir
 do extremo norte ao extremo sul do País, pelo menos,
 três vezes. Mesmo com todo o investimento realizado,
 a Rede Energia finalizou 2009 com o lucro líquido
 consolidado de R$ 20,3 milhões.
 O segmento residencial responde por 34,7% da energia
 fornecida pela Companhia e, 80,9% do número total
 de consumidores. A classe industrial fica com a fatia
 de 21,9% da energia distribuída e, 0,9% do número
 total de consumidores. O comércio representa 21% do
 total da energia fornecida e, 7,8% do número total de
 consumidores, enquanto a área rural fica com 8,1%
 do total da energia fornecida e, 9,3% do número total
 de consumidores.




16
PaRticiPação PoR claSSe De conSumo

Vendas em GWh


           14,4%
                                                   Residencial
  8,1%                           34,7%
                                                   Industrial

                                                   Comercial
 21,0%                                             Rural

                                                   Outros
                    21,9%

PaRticiPação PoR claSSe De conSumo

Número de consumidores



    1,2%                                          Residencial
 9,3%                                             Industrial

7,9%                             80,9%            Comercial

0,9%                                              Rural

                                                  Outros


conSumiDoReS

Em milhares



                                                                            CAGR: 12,1%

                                                                               4.493
                                                            4.243
                         3.152           3.348
         2.847




         2005            2006             2007               2008               2009

                                         relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                             17
Rede Energia




 Missão, visão e valores

 Missão
 Prestar serviços de energia elétrica com responsabilidade
 social e ambiental, visando à satisfação dos clientes,
 colaboradores, fornecedores e acionistas, e contribuindo
 para o desenvolvimento do País.


 Visão
 Ser reconhecido como grupo de excelência no setor de
 energia elétrica pelo serviço prestado, pela tecnologia
 empregada e pela qualificação dos colaboradores.


 Valores
 •    Integridade: respeito à moral, aos bons costumes, às
 leis, a si próprio e ao próximo.
 •    Competência: saber fazer, poder fazer e querer fazer.
 •    Excelência: realizar suas atividades com grau de
 qualidade que o diferencie.
 •    Responsabilidade: bem cumprir os deveres para com a
 sociedade, a família e a empresa.
 •    Criatividade: buscar soluções alternativas, inovadoras e
 originais (novos paradigmas). (GRI 4.8)




18
Mercado e regulação
setorial

O setor elétrico mundial tem passado por amplo
processo de reestruturação organizacional. No Brasil,
este processo de reestruturação foi desencadeado
com a criação de um novo marco regulatório em 1998
e reformulado posteriormente em 2004, o qual vige
até o presente momento. A reestruturação envolveu
a desestatização das empresas do setor elétrico, a
desverticalização em unidades de negócio de geração,
transmissão, distribuição e comercialização, além da
abertura do mercado de energia elétrica.
O Brasil tem investido maciçamente em transmissão de
energia de longa distancia entre regiões, possibilitando
a operação eficiente das bacias hidrográficas regionais
e a transmissão de energia elétrica entre as principais
usinas geradoras. Com a interligação crescente, é possível
ampliar a confiabilidade, otimizar os recursos energéticos
e homogeneizar mercados por meio do chamado Sistema
Interligado Nacional (SIN), responsável por mais de 95%
do fornecimento nacional. Atualmente, fazem parte do
SIN as empresas de geração, transmissão e distribuição –
atividade de concessão pública –, que operam de maneira
interligada.
O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul e Nordeste e parte
das regiões Centro-Oeste e Norte. As demais localidades
das regiões Centro-Oeste e Norte não estão interligadas
ao SIN e constituem sistemas isolados. Os segmentos
de comercialização e mercado livre completam o setor,
coexistindo tanto no sistema interligado como no isolado.
A regulação e fiscalização das empresas responsáveis
pela produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia, no ambiente de
contratação regulada, é feita pela ANEEL.


                                                relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                    19
Rede Energia




 No mercado atual, há dois ambientes de
 comercialização de energia: Ambiente de Contratação
 Regulado (ACR) e Ambiente de Contratação Livre (ACL).
 O ACR é o segmento no qual se realizam as operações
 de compra e venda de energia elétrica, precedidas
 de licitação. O ACL é o segmento no qual se realizam
 operações de compra e venda de energia elétrica, por
 meio de contratos, livremente negociados, firmados
 com produtores independentes de energia, agentes
 comercializadores ou geradores com concessão de
 serviço público de energia. Os geradores estatais só
 podem fazer suas ofertas por meio de leilões públicos.
 Os agentes setoriais participantes do setor de energia
 elétrica reúnem-se por comunhão de interesses
 nas associações representativas de cada segmento.
 As principais associações do setor são: Associação
 Brasileira de Grandes Empresas de Transmissão
 de Energia Elétrica (ABRATE), Associação Brasileira
 de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE),
 Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de
 Energia Elétrica (ABRACEEL), Associação dos Produtores
 Independentes de Energia (APINE), entre outros.




     estrutura organizacional do modelo do setor elétrico



                                               CNPE




      CMPE                                      MME                EPE




                       ONS                     ANEEL        CCEE




20
Gestão sustentável

A Rede Energia busca atuar de forma responsável,
aderente à legislação e ao compromisso com seus
stakeholders. O mapa de stakeholders da empresa pode
ser representado pelo seguinte diagrama: (GRI 4.14)



                             Cadeia de valor
                              Value Chain



                                     Poderes
                                     públicos e
    Meio                                                   Sociedade
                  Fornecedores       Agência Reguladora
  ambiente                                                    Society
                    Suppliers               Governments &
 Environment
           t
                                                Regulatory
                                                  agency




          Consumidores
            e c lientes                          Acionistas
               Consumers &                      Shareholders
                costumers
                             Colaboradores
                               Employess

                                                                             Fonte: Adaptação do modelo do livro
               Comunidade                      Investidores
               Community                         Investors                   “Managing for Stakeholders – Survival,
                                                                             Reputation, and Success”, de Freeman, Harrison
                                                                             & Wicks, do capítulo 3: The Basic Framework




São considerados stakeholders primários os
colaboradores, os acionistas, os poderes públicos e
a agência reguladora do setor, os fornecedores e os
consumidores e clientes.
Como stakeholders secundários, consideram-se os
investidores, a sociedade, a cadeia de valor, o meio
ambiente e a comunidade onde a empresa está inserida.
A Política de Sustentabilidade, vigente desde 2007,
define diretrizes e orienta a aplicação de compromissos
de todo o grupo. Em 2009, ocorreu disseminação interna
da política aos colaboradores.


                                                               relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                                              21
Rede Energia




 Política de Sustentabilidade
 A Rede Energia, considerando a importância dos públicos
 com os quais se relaciona (acionistas, poderes públicos,
 investidores, comunidade, clientes, fornecedores, público
 interno) e o ambiente no qual está inserida, cumpre
 o seu papel de empresa cidadã e adota o conceito
 de responsabilidade socioambiental em sua gestão,
 assumindo os seguintes compromissos:


 Valores, Transparência e Governança
 •    Disseminar valores, políticas e manter canais de
 comunicação abertos com nossos stakeholders;
 •    Prestar contas de nossas ações e respectivos impactos
 de forma clara e transparente;
 •    Estabelecer uma relação de confiança e considerar as
 expectativas e opiniões de nossos stakeholders.


 Governo e Sociedade
 •    Ao interagir com todos os nossos públicos, adotar
 padrões éticos, fundamentados em princípios de
 honestidade, integridade e transparência;
 •    Contribuir sempre que pertinente e possivel, com
 políticas, programas e projetos que colaborem para o
 desenvolvimento sustentável de nossa área de concessão;
 •    Cumprir a legislação ambiental, a legislação de saúde
 e segurança do trabalho e demais normas vigentes.


 Fornecedores
 •    Assegurar a equidade, a isenção e a integridade na
 relação com fornecedores e parceiros, contribuindo para
 o seu desenvolvimento por meio do compartilhamento
 de conhecimentos, diretrizes e valores, estimulando
 seu envolvimento em práticas de responsabilidade
 socioambientais.




22
Aerobarco Rede Energia,
                                                                       Corumbá/MS

Clientes e Consumidores
•   Atender às expectativas dos acionistas,
colaboradores, parceiros, do órgão regulador e
consumidores, por meio do comprometimento
constante com a melhoria da qualidade da energia
fornecida e dos serviços prestados, contribuindo para
o desenvolvimento socioeconômico e ambiental.
•   Promover a melhoria contínua de nossos
sistemas de gestão.




                                              relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                  23
Rede Energia




 Comunidade
 •    Atuar como agente de melhorias socioambientais,
 maximizando os impactos positivos e minimizando os
 impactos negativos de nossas atividades, viabilizando
 investimentos socioambientais que promovam o
 desenvolvimento regional, a geração de renda, o
 esporte e a educação, respeitando a cultura, os valores
 e costumes das comunidades que atendemos;
 •    Respeitar os direitos humanos e apoiar o
 cumprimento das “Metas do Milênio”, incentivando
 nossa rede de relacionamento a fazer o mesmo.


 Público Interno
 •    Valorizar e respeitar o colaborador, adotando
 práticas de trabalho que promovam a segurança
 e a saúde, proporcionando um ambiente seguro e
 adequado, estimulando a participação na gestão
 do negócio, garantindo o direito à associação e à
 negociação coletiva, respeitando a diversidade;
 motivando a construção de uma harmonia interna
 e a melhoria da qualidade de vida.


 Meio Ambiente
 •    Promover a preservação do meio-ambiente, a
 prevenção da poluição e o consumo consciente;
 •    Estimular a educação ambiental dos colaboradores,
 fornecedores e da comunidade;
 •    Apoiar entidades de pesquisas, a inovação
 tecnológica e do setor elétrico associadas ao meio-
 ambiente, à saúde e à segurança do trabalho.




24
A definição de diretrizes e a orientação da aplicação da
política, entre todos os funcionários, estão submetidas à
área de responsabilidade socioambiental. Em 2009, para
que houvesse o alinhamento das práticas sustentáveis
no grupo, cada empresa da Rede Energia passou a ter um
comitê de responsabilidade socioambiental na própria
empresa, além do comitê corporativo reestruturado em
2008. Também foram revisadas as prioridades e metas
socioambientais no plano estratégico da Companhia
em 2009. (GRI 4.12)
Por definição da Política de Sustentabilidade, os projetos
sociais da Rede Energia estão divididos em três classes:
educação, esporte e desenvolvimento regional (geração de
renda para as comunidades). Pode-se destacar em 2009 os
projetos da Fundação Aquarela (Rede Atletismo e a Escola
Nuremberg), a realização de peças de teatro educacionais,
o patrocínio de feiras de negócios e a elaboração de guia
turístico para o fomento do turismo na área de concessão
da empresa.
A Rede Energia possui um processo sistematizado de
cadastro e avaliação de demandas socioambientais
da comunidade, que fica disponível em cada uma
das operadoras. Com isso, aplica critérios corporativos
alinhados à Política de Sustentabilidade e aos pactos
e princípios socioambientais que a empresa endossa
– “Todos pela Educação” e “Objetivos do Milênio da ONU”
– na seleção de projetos a serem apoiados. (GRI 4.12)
A avaliação dos resultados alcançados por cada projeto das
empresas da holding é feita por processos e ferramentas
de análise de investimentos socioambientais que estão
sendo aperfeiçoados, assim como a comunicação sobre o
assunto para colaboradores e executivos da Rede Energia.
Uma iniciativa bem-sucedida foi a realização da “Semana
da Sustentabilidade”, ocorrida de 1º a 5 de junho de 2009,
que reforçou ainda mais a integração entre as práticas
sustentáveis das nove distribuidoras da holding.




                                                   relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                       25
Rede Energia




 Ainda com o objetivo de fortalecer as práticas, foram
 adotadas metodologias consagradas como Ethos, iBase
 (utilizada desde 2005), Global Reporting Initiative (GRI)
 e ANEEL (ambos utilizados desde 2007) para a análise
 de indicadores de performance e na elaboração dos
 relatórios de sustentabilidade para seus stakeholders.


 Compromissos com os princípios de sustentabilidade
 Em sua trajetória de construção de gestão sustentável,
 a Rede Energia gerencia resultados de seus negócios
 sob as dimensões ambiental, econômica e social. A
 Companhia promove a conservação do meio ambiente
 nas áreas de concessão ricas em biodiversidade. Para
 onde leva a energia elétrica, a Rede Energia também
 leva o desenvolvimento local: aumentando o número
 de negócios e, consequentemente, com maior oferta de
 empregos e maior geração de renda. No longo prazo,
 o amadurecimento da comunidade local promoverá
 também o crescimento da Rede Energia.
 Um bom exemplo da prática sustentável na rotina da
 companhia é a construção de cerca de 500 quilômetros
 de linhas de distribuição, com 16 subestações, na Ilha
 de Marajó. Pela primeira vez, a comunidade da ilha terá
 acesso à energia limpa e de qualidade, permitindo o
 desligamento de 15 usinas térmicas movidas a diesel.
 Sem a queima de óleo diesel, a emissão de CO2
 será reduzida no maior arquipélago fluviomarinho
 do mundo.
 A primeira etapa do projeto foi iniciada em 2009 e
 seguirá até 2011. Um destaque importante é o fato de
 que houve uma orientação para que as empreiteiras
 envolvidas contratassem, preferencialmente, mão de
 obra local qualificada para o trabalho exigido. (GRI EC07)
 Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
 Estatística (IBGE), 62% das famílias da Amazônia Legal
 (Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso,
 Rondônia, Roraima e Tocantins) vivem com uma renda
 per capita de até meio salário mínimo.

26
O projeto para levar energia elétrica, desenvolvimento
e educação aos moradores da Ilha de Marajó é mais um
entre os vários já realizados pela Rede Energia, que, em
2009, já trocou 6.876 geladeiras da população de baixa
renda, e também já levou luz aos quilombos, às aldeias
indígenas e a outras regiões extremas da sua área
de concessão.
No papel de responsável pelo desenvolvimento
sustentável local, a Rede Energia segue com o desafio
de criar um sistema de valores onde está inserida,
preservando relacionamento próximo ao governo, às
comunidades locais e às demais empresas da região.
Além de obedecer aos requisitos ANEEL, que é a agência
reguladora do setor, a empresa busca participar
ativamente da construção de normas, aplicação de
tratados e pactos que promovam o desenvolvimento
sustentável. Exemplo disso é a participação no grupo
de trabalho da ISO 26000, no qual houve o patrocínio
da empresa, bem como o apoio ao programa “Todos
Pela Educação” e aos “Oito Objetivos do Milênio”,
definidos pela ONU.




                                              relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                  27
Rede Energia




 Principais impactos, riscos
 e oportunidades

 Presente em regiões ricas em biodiversidade, como
 a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata
 Atlântica, a Rede Energia leva energia aos lugares mais
 distantes e isolados do País, passando por aldeias
 indígenas, populações quilombolas e ribeirinhas.
 No total, a energia chega a 4,5 milhões de unidades
 consumidoras, promovendo desenvolvimento e a
 melhoria da qualidade de vida aos moradores de 578
 municípios da área de concessão da Companhia.
 A atuação das nove distribuidoras concessionárias
 abrange aproximadamente um terço do território
 nacional. A dimensão da área faz com que a Rede
 Energia mobilize grande volume de investimentos,
 recursos humanos e naturais para o desenvolvimento
 de análises e pesquisas sobre o impacto socioambiental
 produzido pelo negócio na sua área de atuação.
 A principal preocupação da companhia tem sido
 minimizar os impactos negativos e ampliar os
 benefícios advindos de sua atuação.




     Faz parte dos principais desafios socioambientais da Rede Energia:
     •   Eliminação de cerca de 40 usinas termelétricas movidas a diesel, até 2014, nos estados de Mato Grosso
     e Pará. Desde o início das desativações, em 2005, até 2014, haverá a redução de 4,2 milhões de toneladas
     de CO2 na atmosfera.
     •   Continuidade dos trabalhos de remediação do solo e de águas subterrâneas contaminados por
     hidrocarbonetos (derivados do diesel) em usinas desativadas.
     •   Inserção de localidades das regiões Centro-Oeste e Norte no Sistema Interligado Nacional (SIN),
     promovendo o desenvolvimento econômico dos locais que se encontram nos sistemas isolados.
     •   Desenvolvimento de um sistema de monitoração da quantidade de emissão, direta e indireta, de gases
     relevantes ao efeito estufa, ao longo de toda a cadeia de valor.


28
Nos 2.787.107 km2 de área de concessão, envolvendo,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins, o
atendimento à população requer soluções criativas e
personalizadas para cada situação, seja às margens dos
rios e igarapés (na região amazônica ou no pantanal),
seja em áreas de dunas de areia (no cerrado).
Atualmente, a Rede Energia conta com um aerobarco
para levar seus técnicos para a manutenção de toda
infraestrutura em regiões afastadas. Quando não há
condições de tráfego pelas estradas, ou quando parte
da região fica debaixo d’água no período chuvoso,
há a necessidade de construção de jangadas para o
transporte de cada poste (550 quilogramas, em média)
e dos cabos pelos rios.
São usados barcos grandes que transportam até 4 mil
toneladas, além de balsas pequenas. Há a necessidade
de 20 homens para a instalação dos postes nesses
locais. Por terra ou areia, a ocorrência de atolamento
das carretas com os pesados postes é uma constante na
rotina dos colaboradores que, muitas vezes, acampam
no local ou consertam pontes para completar o
percurso com os postes.
Para facilitar e agilizar a operação, a Rede Energia
estuda a implantação dos postes de fibra em regiões
ribeirinhas nos próximos anos. São várias as vantagens
do modelo alternativo: o poste de fibra de vidro pesa
quatro vezes menos, precisa de apenas quatro homens
como mão de obra e é instalado mais rapidamente,
além de ter vida útil de 80 anos – três vezes mais que
o de concreto. (GRI 1.2)




                                                relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                    29
Rede Energia




 Reconhecimentos
 (lista de prêmios) – (GRI 2.10)

 Os resultados obtidos pelas empresas da Rede Energia
 em 2009, em pesquisas de satisfação com o cliente,
 reforçam ainda mais a presença da gestão socioambiental
 responsável em todas as hierarquias da Companhia. Veja os
 resultados obtidos pela Rede Energia ao longo de 2009:


 Rede Energia
 •    Holding ocupa 64ª posição no ranking dos 200 maiores
 grupos por receita bruta no Brasil, segundo a edição 2009
 do anuário Valor Grandes Grupos, do jornal Valor Econômico.
 A companhia também é destaque entre os 20 maiores em
 patrimônio líquido.
 •    Holding é a 53ª colocada no ranking dos 100 maiores
 grupos empresariais, segundo a edição 2009 do anuário
 Melhores & Maiores que mede o desempenho financeiro
 das maiores empresas e dos principais setores da economia
 brasileira da revista Exame. Dentre as 100 maiores empresas
 de capital aberto, a Rede Energia ocupa a 80ª posição
 •    Prêmio Top Social, concedido pela Associação dos Dirigentes
 de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) ao projeto “Rede
 Atletismo Novos Talentos”, na categoria “organizações e
 profissionais que se destacam em programas relacionados às
 ações de responsabilidade social”.
 •    Prêmio Funcoge, concedido pela Fundação Coge, para o
 projeto “Rede Atletismo Novos Talentos”.


 Celtins
 •    Prêmio Eletricidade 2009 – Categorias “Melhor Evolução
 Nacional”, “Melhor Empresa” (região Norte) e “Melhor
 Evolução” (região Norte). A Celtins já conquistou premiações
 como a “Melhor Empresa da região Norte” nas edições de
 2000, 2001, 2002 e 2004.



30
•   Prêmio IASC – Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor,
conquistado pela quinta vez: 2002, 2003, 2004, 2006 e 2009.
•   Prêmio SESI Qualidade no Trabalho (PSQT) - Pioneira
no setor, a premiação destaca o esforço das indústrias
que investem em práticas diferenciadas de gestão e na
valorização dos
seus colaboradores.


Vale Paranapanema
•   Prêmio Nacional de “Melhor Distribuidora de Energia
Elétrica”, na categoria até 500 mil consumidores – ABRADEE.
•   Avaliação pelo cliente.
•   Melhor evolução do desempenho.
                                                                                      Troféu Prêmio ABRADEE
CFLO
Prêmio Eletricidade Moderna – “Melhor Empresa Nacional”,
“Menor Índice de Perdas”, “Melhor Desempenho Comercial”
e “Melhor Desempenho Operação”, na categoria Média
Empresa.


Cemat
Prêmio ABRADEE – “Melhor Distribuidora de Energia das
Regiões Norte e Centro-Oeste”, com mais de 500 mil
consumidores.


Enersul
•   Prêmio Eletricidade Moderna – “Melhor Distribuidora da
região Centro-Oeste”.
•   Medalha Eloy Chaves.
•   Foi certificada, pelo quinto ano consecutivo, com o selo
ABRINQ.
•   “Prêmio de Qualidade do Trabalho do Serviço Social da
Indústria (SESI)” – organismo vinculado à Federação das
Indústrias de Mato Grosso do Sul –, como a melhor empresa
do Estado que promove a qualidade de vida do trabalhador e
de seus dependentes, com foco em educação, saúde e lazer.




                                               relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                    31
Governança Corporativa

                 Capítulo 2
Governança Corporativa




 Valores, transparência
 e governança

 A satisfação dos stakeholders e a busca da sustentabilidade
 do negócio são compromissos assumidos pela Rede Energia.
 Na prática dos negócios, tem prevalecido a transparência no
 relacionamento com as partes envolvidas, com prestação de
 contas de cada ação e de seus respectivos impactos.
 Durante reunião do Conselho da Administração da Rede Energia,
 em fevereiro de 2009, foi aprovada a criação do Comitê de Gestão
 e as diretrizes para seu funcionamento. O Comitê de Gestão
 prestará assessoria ao Conselho de Administração, e seu escopo
 de atuação abrangerá a Rede Energia e suas controladas.
 Dentro dos princípios de governança corporativa, a Rede Energia
 não permite a participação de familiares do acionista controlador
 na gestão, diretoria ou no conselho de administração. A eficácia
 dessa norma evitou o registro de conflitos de interesse na
 Companhia ao longo de 2009.
 Dentro das práticas estabelecidas pela Rede Energia, qualquer
 desentendimento entre gestores passaria, primeiramente, pelos
 gestores de recursos humanos; na sequência, pela diretoria; e, em
 última instância, pelo presidente do Conselho de Administração.
 (GRI 4.6)
 Pelo organograma da companhia, faz parte da
 responsabilidade do Conselho de Administração, a avaliação
 do desempenho da Diretoria Executiva e
 da gestão dos negócios. (GRI 4.10)
 Ainda faz parte das práticas estabelecidas pela Rede Energia,
 a avaliação, pela presidente da Companhia, do desempenho
 econômico, social e ambiental e do cumprimento das metas por
 parte dos integrantes da diretoria executiva.
 São realizadas reuniões mensais nas quais comparecem os
 vice-presidentes para apresentarem os avanços e desafios das
 empresas controladas nas áreas de atuação. As estratégias
 corporativas são construídas com base nessas reuniões. (GRI 4.9)



34
Estrutura de governança

Como uma sociedade anônima de capital aberto,
a governança da Rede Energia estrutura-se a partir
da Assembléia Geral de Acionistas, responsável pelo
direcionamento da empresa.
A Assembléia Geral Ordinária da Companhia ocorre
até o final de abril de cada ano, ocasião em que há
a aprovação das Contas da Administração, por meio
do Relatório da Administração e das Demonstrações
Financeiras, acompanhadas dos Pareceres dos Auditores
Independentes e do Parecer do Conselho Fiscal. Poderá,
ainda, ser convocada Assembléia Geral Extraordinária de
Acionistas para deliberar sobre quaisquer outros assuntos
de interesses da Companhia.
A Companhia é administrada por um Conselho de
Administração e uma Diretoria Executiva. O mandato de
ambos é de dois anos, sendo permitida a reeleição. Os
respectivos mandatos terminarão na data da Assembléia
Geral que examinar as contas relativas ao último exercício
de suas gestões. (GRI 4.01)
A Rede Energia, por tratar-se de companhia de capital
aberto, está sempre atenta ao cumprimento das
normas do mercado de capitais, com ênfase nas normas
e orientações expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários – CVM (“CVM”).




                                                 relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                     35
Governança Corporativa




 Política de Divulgação e
 Negociação

 Em conformidade com a Instrução nº 358 da CVM, a
 Companhia possui uma política de divulgação e de
 negociação por meio do “Manual das Políticas de Uso e
 Divulgação de Informações Relevantes e de Negociação dos
 Valores Mobiliários de emissão da Companhia”
 A política de divulgação e negociação da Rede Energia
 formaliza a postura de transparência, ampla disseminação,
 acuidade e suficiência de informações relevantes,
 relativas à Companhia, que sempre orientou a conduta da
 Administração.
 Todos os administradores estatutários (Conselheiros de
 Administração, Fiscal e Diretores) aderiram à política de
 divulgação e de negociação no ato de suas eleições, podendo
 ser estendida a outros cargos de confiança.




     Compõem o Conselho de Administração: (GRI 4.03)
     Órgão                                      Nome                               Indicação
     Presidente                                 Jorge Queiroz de Moraes Junior     Controlador
     Conselheiro Administrativo                 Alberto José Rodrigues Alves       Controlador
     Conselheiro Administrativo                 Antonio da Cunha Braga             Controlador
     Conselheiro Administrativo                 Sebastião Bimbati                  Controlador
     Conselheiro Administrativo                 Omar Bittar                        Controlador
     Conselheiro Administrativo                 Plácido Gonçalves Meirelles        Controlador
     Conselheiro Administrativo                 Joaquim Dias de Castro             BNDESPAR
     Conselheiro Independente                   Martus Antonio Rodrigues Tavares   Independente
     Conselheiro Independente                   João Carlos Hopp                   Independente


36
Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por no mínimo sete
e no máximo de nove membros, sendo dois deles conselheiros
independentes: João Carlos Hopp e Martus Antonio Rodrigues
Tavares. (GRI 4.3) A composição do Conselho conta, ainda,
com um representante da empresa BNDES Participações
S.A (BNDESPAR) e os demais são indicados pelo acionista
controlador, todos com mandatos de dois anos, podendo
ser reeleitos.
A presidência do Conselho de Administração é exercida
pelo acionista controlador, responsável pela elaboração de
estratégias de longo prazo e pela formulação das políticas
e diretrizes da Companhia. Os membros do Conselho de
Administração permanecem no exercício da função até a
posse de seus sucessores. (GRI 4.02)
Todos os membros do conselho da Rede Energia têm
participação no capital social da companhia, conforme
exigência da lei corporativa do país.
Em 2009, o Conselho de Administração realizou 14 reuniões
para aprovação das demonstrações contábeis, eleição e/ou
substituição dos membros da Diretoria Executiva, aprovação
das operações financeiras e/ou contratações cujos valores
sejam superiores a 5% (cinco por cento) do total de ativos da
Companhia, planejamento estratégico, elaboração de projetos
e investimentos diversos, e ainda, reúne-se sempre que os
interesses da sociedade as exigirem.




                                                  relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                      37
Governança Corporativa




 Jorge Queiroz de Moraes Junior         Alberto José Rodrigues Alves    Antonio da Cunha Braga
 – É Presidente do Conselho de          – É membro do Conselho          – É membro do Conselho
 Administração desde abril de           de Administração desde          de Administração, tendo
 1995. É Diretor Presidente da          abril de 1995. É Diretor        ingressado na Rede Energia
 Denerge e Presidente do Conselho       Vice-Presidente da Denerge      desde 1998, exercendo o cargo
 de Administração da EEVP e de          e membro do Conselho de         de Diretor de Distribuição. É
 outras subsidiárias da Rede Energia.   Administração da Denerge,       formado como Eletrotécnico
 Também preside o Conselho de           EEVP e de outras subsidiárias   pelo Instituto Americano de
 Administração da REDEPREV -            da Rede Energia. Formado        Lins, e em Administração de
 Fundação Rede de Previdência. Até      em Engenharia Elétrica, com     Empresas e Economia pelas
 1999, atuou como professor adjunto     especialização em Eletrônica,   Faculdades Integradas de
 da Faculdade de Administração da       pela Escola de Engenharia       Marília, e ainda, possui MBA em
 Fundação Getúlio Vargas. Formado       Mauá. Possui MBA e              Administração Geral pela USP
 em Engenharia Naval pela Escola        mestrado em Finanças e          – Universidade de São Paulo.
 Politécnica da Universidade de         Economia pela Fundação
 São Paulo, possui mestrado em          Getúlio Vargas.
 Administração de Empresas e PhD
 em Finanças e Economia pela
 Universidade de Michigan.




38
Sebastião Bimbati                               Omar Bittar                     Plácido Gonçalves Meirelles
– É membro do Conselho de                       – É membro do Conselho          – É membro do Conselho
Administração de várias empresas                de Administração desde          de Administração desde
                                                                                abril de 2000. Também
controladas pela Rede Energia desde 1995,       dezembro de 2005. É
                                                                                atua como Conselheiro da
sendo, atualmente membro do Conselho            sócio-proprietário da
                                                                                EEVP e é Diretor Executivo
de Administração das seguintes empresas         Omar Bittar Assessoria          da Nacional e Bragantina.
controladas: Empresa de Eletricidade            e Consultoria Jurídica          É sócio-proprietário da Trois
Vale Paranapanema S.A., Rede Energia            S/C. Foi vice-presidente da     Elles Modas e Confecções.
S.A., Centrais Elétricas do Pará S.A – CELPA,   CODETEC – Companhia             Atuou como membro do
                                                                                Conselho Consultivo da
Companhia de Energia Elétrica do Estado         de Desenvolvimento
                                                                                REDEPREV e como Diretor da
do Tocantins – CELTINS, Centrais Elétricas      Tecnológico de Campinas.
                                                                                Termocerâmica São Martinho.
Matogrossenses S.A. – CEMAT, Companhia          Formado em Direito pela
Força e Luz do Oeste, Tangará Energia S.A,      Faculdade de Direito de
Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A., Couto     Niterói, Rio de Janeiro,
Magalhães Energia S.A.. Foi Gerente             e em Administração de
Financeiro e Contábil da Companhia              Empresas pela Fundação
Energética de São Paulo. É formado em           Getúlio Vargas.
Economia pela Faculdade Armando
Álvares Penteado-SP.




                                                    relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                            39
Governança Corporativa




 Joaquim Dias Castro                            Martus Antonio Rodrigues            João Carlos Hopp
 – É membro do Conselho de Administração        Tavares                             – É membro do Conselho
 da Rede Energia S.A e CTX Participações         – É membro do Conselho de          de Administração desde
 S.A, empresa controladora da Contax,           Administração desde julho de        dezembro de 2005. É
 maior empresa brasileira de contact center.    2006. É Vice-Presidente Executivo   Conselheiro da Cemat
 Também, desde abril de 2008, é membro          da Federação das Indústrias         e membro do Conselho
 suplente do Conselho de Administração          do Estado de São Paulo (FIESP).     Consultivo da Açucareira
 da Telemar Participações S.A., da Tele Norte   Foi Secretário da Fazenda e do      Corona S/A. Lecionou na
 Leste Participações S.A. e da Light Energia    Planejamento do Estado de           Faculdade de Administração
 S.A.. Em 2003 foi membro do Conselho           São Paulo, em 2005, e atuou         da Fundação Getúlio Vargas.
 de Administração da Telemig Celular            como Diretor Executivo do BID       É formado em Economia pela
 Participações S.A. É Gerente da Área de        pelo Brasil e Suriname, de 2002     Faculdade de Economia de São
 Mercado de Capitais do BNDES, no qual          a 2004. Possui mestrado em          Paulo da Fundação Armando
 trabalha desde 2004. Possui formação           Economia pela Universidade          Álvares Penteado. (GRI 4.7)
 em Economia pela Universidade Federal          de São Paulo.
 do Rio Grande do Sul, concluído em 2000,
 e mestrado em economia pela EPGE/FGV
 (Rio de Janeiro), concluído em 2008.




40
Diretoria Executiva
A Diretoria Executiva da Rede Energia é eleita pelo
Conselho de Administração e composta por até seis
membros, que podem ou não ser acionistas, residentes
no país, sendo permitida a reeleição. Os Diretores
Executivos são responsáveis pela gestão diária dos
negócios e pela implantação das resoluções tomadas
pelo Conselho de Administração. As atribuições da
Diretoria Executiva são estabelecidas pelo Estatuto
Social e pelo Conselho de Administração.
Em 2009, integravam a Diretoria Executiva da Rede
Energia: um Diretor Presidente, um Diretor Vice-
Presidente Executivo, um Diretor Administrativo e
Financeiro, um Diretor de Distribuição, um Diretor de
Produção e Transmissão e um Diretor Gerente.




   Compõem a Diretoria Executiva:
   Diretora Presidente e de Relação com Investidores                        Carmem Campos Pereira

   Diretor Vice-Presidente Executivo                                        Valdir Jonas Wolf

   Diretor Administrativo e Financeiro                                      Ricardo Del Guerra Perpetuo

   Diretor de Distribuição                                                  Sidney Simonaggio

   Diretor de Produção e Transmissão                                        José Eduardo Costanzo

   Diretor Gerente                                                          Alexei Macorin Vivan




Carmem Campos Pereira
– Presidente da Rede Energia e membro da
Diretoria Executiva desde maio de 1998. É
Diretora Executiva Financeira da EEVP e de outras
subsidiárias da Rede Energia. Também é Diretora
Financeira da Fundação Aquarela. É formada em
Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas,
em Administração de Empresas pela Universidade
São Judas Tadeu e possui mestrado em Gestão
Financeira pela Universidade de São Paulo.


                                                   relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                          41
Governança Corporativa




     Valdir Jonas Wolf                        Ricardo Del Guerra Perpétuo
     – É membro da diretoria da Cemat         – É membro da Diretoria Executiva desde outubro de 2009.
     desde 1997 e membro da diretoria         Atuou na área Financeira de Techint Engenharia S.A., Banco
     desde maio de 2005. Atua no setor        de Boston, Civilcorp Engenharia, Construção e Incorporação
     elétrico desde 1979, trabalhou na CFLO   Ltda. Foi Diretor Financeiro da Método Engenharia S.A.
     por 08 (oito) anos. Atualmente ocupa     Em 1999 passou a ser Diretor Financeiro e de Relação com
     o cargo de Vice-Presidente de Assuntos   Investidores da Sanepar - Cia de Saneamento do Paraná. Em
     Regulatórios da Rede Energia S.A,        2003/2004 assumiu a Diretoria Financeira e de Relação com
     onde é responsável pela coordenação      Investidores da Amazônia Celular S.A., Telemig Celular S.A.,
     e acompanhamento de todos os             Tele Norte Celular S.A. e Telemig Celular Participações S.A. Em
     atos ligados ao Poder Concedente,        2007 trabalhou na Diretoria Financeira da TRB Trump Realty
     bem como coordena e executa todo         e na Inpar S.A. Em 2008, assumiu a Diretoria Financeira e
     o processo tarifário da Companhia.       de Relação com Investidores da Construtora Tenda e até
     É formado em Contabilidade pela          setembro de 2009 ocupava o cargo de Diretor Financeiro
     Faculdade de Filosofia, Ciências e       do Grupo Schahin- Schahin Engenharia S.A. É formado em
     Línguas de Guarapuava.                   engenharia civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e
                                              em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.




42
Sidney Simonaggio                               José Eduardo Costanzo                Alexei Macorin Vivan
– É membro da Diretoria Executiva desde         – É membro da Diretoria              – É Bacharel em Direito
maio de 2009. Foi Diretor de Geração e          Executiva desde março                pela Faculdade de Direito da
Transmissão da Eletropaulo Eletricidade         de 2004. Foi responsável             Universidade de São Paulo
de São Paulo S.A no período de out/1995         pela coordenação das                 – 1996, Advogado inscrito
a dez/1997, e exerceu outros cargos de          usinas hidrelétricas de              na OAB/SP e Doutor em
direção e gerência, tendo ingressado como       Rosal, Guaporé e Lajeado.            Direito pela Universidade de
Engenheiro de Operação de Sistemas desde        Foi diretor de Engenharia            São Paulo - 2005. Foi Diretor
março/1980. É formado em Engenharia             e Construção da CESP                 Jurídico da CMS Energy
Elétrica modalidade Eletrotécnica (1979)        – Companhia Energética               Brasil; Advogado interno de
- Faculdade de Engenharia Industrial (São       do Estado de São Paulo e             Duke Energy Paranapanema
Bernardo do Campo/SP), com Mestrado             Diretor de Construção da             S.A. (cedido pelo Pinheiro
sem dissertação na área de Sistema de           Badra S.A. É formado em              Neto - Advogados);
Potência (1982) - Escola Politécnica da         Engenharia Civil pela Escola         Estagiário e Advogado de
Universidade de São Paulo (São Paulo/SP).       de Engenharia de São                 Pinheiro Neto – Advogados.
É formado também em Direito (2004)              Carlos, da Universidade              É diretor de outras empresas
- Pontífice Universidade Católica/RS (Porto     de São Paulo.                        controladas da Rede Energia.
Alegre/RS).




                                              relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                       43
Governança Corporativa




 Conselho Fiscal
 O Conselho Fiscal, órgão responsável pela fiscalização dos
 atos de gestão da Administração da Companhia, conforme
 estabelecido no seu Estatuto Social, sendo seus membros
 eleitos anualmente pela Assembléia Geral Ordinária.
 O Conselho Fiscal é um órgão permanente composto por,
 no mínimo, três membros e, no máximo, cinco, com igual
 número de suplentes substitutos, sendo que no mandato
 de 2009, um membro efetivo e um membro suplente
 são indicados pela acionista BNDES Participações S.A
 (BNDESPAR) e os demais pelo acionista controlador.




     Compõem o Conselho Fiscal

     Conselheiro Efetivo        Fernando Quartim Barbosa de Figueiredo   Controlador

     Conselheiro Efetivo        Carlos Souza Barros de Carvalhosa        Controlador

     Conselheiro Efetivo        Osmar José Vicchiatti                    Controlador

     Conselheiro Efetivo        Annibal Ribeiro do Valle Filho           Controlador

     Conselheiro Efetivo        Rafael Costa Strauch                     BNDESPAR

     Suplente                   Antonio Carlos de Paula                  Controlador

     Suplente                   Marcos de Jesus Costa                    Controlador

     Suplente                   Otmar Mário Brull                        Controlador

     Suplente                   Kleber Cimini Lage                       Controlador

     Suplente                   Marcelo Marcolino                        BNDESPAR




44
Os membros do Conselho Fiscal permanecem em seus
cargos até a data da realização da Assembléia Geral
Ordinária de acionistas que deliberar sobre as contas
do exercício de suas gestões, ou seja, até abril do ano
seguinte ao ano de sua eleição. Acionistas com, no
mínimo, 10% do capital votante da empresa têm direito a
eleger um membro do Conselho Fiscal.




                                                   relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                       45
Governança Corporativa




 Fernando Quartim Barbosa de Figueiredo                        Carlos Sousa Barros
 – É membro do Conselho Fiscal, tendo exercido vários cargos   de Carvalhosa
 de Administrador na Rede Energia e em empresas por ela        – Membro do Conselho
 controladas desde 1985 a 1988, e ainda, como consultor,       Fiscal desde abril de 2006.
 desde 1988 a 1995. Foi consultor do Grupo Vicunha e do        É também membro do
 Banco Safra para assuntos de privatização – 1994/1995,        Conselho Fiscal da Celpa,
 assessor do Secretário na Secretaria de Planejamento e        Cemat e Celtins. Foi gerente da
 Gestão de São Paulo – 1994/1995; coordenador de Recursos      CNBO – Produtora de Energia
 Hídricos da Secretário de Recursos Hídricos Saneamento e      Elétrica Ltda., de 1997 a 1998,
 Obras São Paulo – 1993/1994; coordenador de Energia da        e Diretor de Investimentos
 Secretaria de Energia e Saneamento, São Paulo – 1992/1993;    Incentivados da Investco. É
 Diretor de Concessões do Dep. Nacional de Águas e Energia     Engenheiro Civil formado
 Elétrica -DNAEE –1991/1992; Diretor do Departamento de        pela Escola Politécnica da
 Energia do Instituto de Engenharia de São Paulo – 1993.       Universidade de São Paulo.
 É formado em Engenharia pela Escola de Engenharia de
 Mauá – 1966 e Administração de Empresas pela Fundação
 Getúlio Vargas – 1972.




46
Osmar José Vicchiatti                 Annibal Ribeiro
– Membro do Conselho Fiscal           do Valle Filho
desde abril de 2006. É membro         – Membro do Conselho Fiscal desde
do Conselho Deliberativo da           abril de 2000. Foi Gerente Técnico
REDEPREV. Foi Diretor da EEB e        da Construtora Beter S.A., e Gerente
Diretor e Membro do Conselho          de Planejamento, Orçamento e
de Administração de outras            Controle da Badra S.A., de 1982 a
empresas controladas pela             1995. É sócio-gerente da Planorc
Rede Energia de 1980 a 2003.          Serviços de Engenharia S/C Ltda. Foi
É graduado em Administração           professor da Escola de Engenharia de
de Empresas e Ciências                Alfenas, Minas Gerais. É formado em
Econômicas pela Universidade          Engenharia Civil pela Universidade
de São Paulo.                         Federal de Minas Gerais, com curso
                                      de especialização em Administração
                                      pela Fundação Getúlio Vargas.




                                 relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                     47
Governança Corporativa




       Rafael Costa Strauch    Antonio Carlos                Marcos de Jesus Costa
       – Membro do Conselho    de Paula                      – Membro do Conselho
       Fiscal desde abril      – Membro do Conselho          Fiscal desde abril de 2008. É
       de 2008. É formado      Fiscal desde abril de 2000.   formado em Publicidade e
       em Economia pela        É gerente de projetos da      Propaganda pela Faculdade
       Universidade Federal    Ericsson Telecomunicações.    de Comunicação Social
       do Rio de Janeiro, em   Engenheiro Elétrico           Cásper Líbero e tem MBA
       Administração de        formado pela Universidade     em Gestão Estratégica e
       Empresas pelo IBMEC     de Mogi das Cruzes, com       Econômica pela Fundação
       e mestrando pela        extensão em Contabilidade     Getúlio Vargas.
       EPGE/FGV-RJ.            e Finanças para Executivos
                               e Gerenciamento de
                               Empreendimentos pela
                               Fundação Getúlio Vargas.




48
Otmar Mário Brull             Kleber Cimini Lage                               Marcelo Marcolino
– Membro do Conselho          – Engenheiro Eletricista formado                 – Membro do Conselho
Fiscal desde abril de 2008.   pela Universidade Federal de Goiás.              Fiscal desde abril de
É formado em Engenharia       Foi professor do Departamento de                 2008. É formado em
Civil e Elétrica pela         Eletrotécnica da Escola de Engenharia            Ciências Contábeis pela
Universidade Mackenzie.       desta mesma universidade. Atuou na               Universidade do Estado do
                              área de engenharia nas Centrais Elétricas        Rio de Janeiro. Tem MBA
                              de Goiás S.A. (Celg), de 1968 a 1975, e          em Finanças e Direito pela
                              posteriormente passou a exercer o cargo          Fundação Getúlio Vargas,
                              de Diretor de Operações. Foi Diretor do          e MBA Executivo em
                              Departamento Estadual de Águas e                 Finanças Corporativas
                              Energia Elétrica de Goiás e Assessor da          pelo IBMEC - RJ.
                              Diretoria da Eletronorte em 1983. Atuou
                              como Diretor de Planejamento da Celtins
                              e como Diretor Estatutário da Investco S.A.,
                              de 1998 a 2003. Exerceu ainda o cargo de
                              Assessor da Rede Energia de 2003 a 2006.




                                                relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                         49
Governança Corporativa




 Comitês

 Comitê de Gestão
 Dentre as práticas de governança corporativa, o Conselho
 de Administração deliberou pela criação do Comitê de
 Gestão, cujo funcionamento é de caráter permanente.
 O Comitê deverá ter quatro membros, sem hierarquia
 entre si, composto exclusivamente por membros do
 Conselho de Administração, sendo que ao menos um
 deve ser conselheiro independente, para um mandato
 de dois anos.
 O Comitê de Gestão reúne-se mensalmente para
 prestar assessoramento e orientação ao Conselho de
 Administração nos seguintes assuntos: (1) análise e
 acompanhamento do planejamento estratégico; (2)
 planejamento financeiro; (3) o orçamento anual; (4) o
 planejamento tributário; (5) o desempenho do negócio;
 (6) assuntos financeiros diversos e de interesse da
 Companhia e suas Controladas; e (7) cumprir as demais
 responsabilidades contidas nas Diretrizes do Comitê
 de Gestão.



 Grupos de Trabalho
 A Rede Energia conta com grupos de trabalho, de caráter
 permanente, compostos por superintendentes, diretores
 estatutários ou não e vice-presidentes. A composição
 é feita por designação do diretor vice-presidente,
 responsável pela área de atuação do grupo. Os grupos de
 trabalho reportam-se à presidência por intermédio dos
 vice-presidentes, nas respectivas áreas de atuação.
 Denominados internamente como comitês, os grupos
 de trabalho realizam análises técnicas, levantamentos
 das execuções e de propostas, cujo objetivo final é a
 apresentação das análises relativas ao cumprimento
 dos planos de trabalho e das metas estabelecidos pela
 diretoria executiva.



50
Os grupos de trabalho atuam nas respectivas áreas:
Administrativa e Financeira, Regulatória, Jurídica e de
Gestão de Pessoas, Distribuição e Gestão de Energia, sendo
presididos pelos respectivos vice-presidentes, os quais
podem receber contribuições de terceiros.
Os assuntos de interesse da sociedade são analisados em
reuniões promovidas pelos comitês e, posteriormente,
levados à presidência. Nessa instância, sugestões e
propostas poderão ser encaminhadas ao secretário do
Conselho de Administração para eventual deliberação pelo
Comitê de Gestão.
Uma vez que as sugestões e propostas do grupo de
trabalho sejam apreciadas pelo Comitê de Gestão, este
poderá recomendar a deliberação destas pelo Conselho de
Administração.


Comitê de Responsabilidade Socioambiental
A Rede Energia apresenta um Comitê de Responsabilidade
Socioambiental constituído formalmente em 2008. É
composto por representantes de todas as empresas para o
alinhamento das práticas socioambientais na Rede Energia.
O Comitê de Responsabilidade Socioambiental é
responsável pela elaboração do Relatório Anual de
Responsabilidade Socioambiental da Rede Energia,
que consolida as práticas da Holding e das empresas
controladas, distribuidoras, geradoras e comercializadora
do grupo.
Desde 2009, o Conselho de Administração e o Conselho
Fiscal das empresas controladas se reúnem para apreciação
e aprovação dos Relatórios Anuais de Responsabilidade
Socioambiental que seguem as diretrizes do Global
Reporting Initiative (GRI) e as exigências da Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).




                                                relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                    51
Governança Corporativa




 Estrutura societária da Rede
 Energia em 2009 (GRI 2.3)
                                                                                                                     Holding
                          BNDESPAR            DENERGE                         EEPV                OUTROS
                                                                                                                     Distribuição

     (*) Capital Aberto                                                                                              Geração

                                                                                                                     Comercialização e Serviços
                               23.88%             15.62%                      56.43%               4.07%
     % Capital Total
                                                                                                                     Bio Energia


                                                           REDE ENERGIA (*)


                                        100.00%                                        99.98%

     100.00%        EDEVP                    QMRA                             REDE POWER               REDE COM                99.60%

                                         51.26%
       10.11%      CELPA (*)
                                                                                                       REDE SERV               99.50%


     39.92%        CEMAT(*)
                                                                                                           TANGARÁ             70.78%

     100.00%           CAIUÁ
                                            VALE DO
                                                                    60.48%
                                            VACARIA
     50.86%        CELTINS


      91.45%           EEB


     98.69%                                                                              43.74%
                       CNEE


      97.70%           CFLO                                56.18%              ENERSUL




 A Rede Energia é uma sociedade anônima de capital aberto (GRI
 2.6), com patrimônio líquido consolidado de R$ 1.13 bilhões em
 2009.
 O último processo de reestruturação societária ocorreu em 11
 de setembro de 2008, quando a Agência Nacional de Energia
 Elétrica (ANEEL) aprovou a troca de ativos entre a Rede Energia
 e a empresa portuguesa EDP – Energias do Brasil. Pela operação,
 a Rede passou a deter o controle da Enersul, distribuidora de
 energia do estado de Mato Grosso do Sul, aumentando de 30%
 para 35% sua participação no mercado brasileiro de distribuição.
 Pelo acordo, a Usina Hidrelétrica de Lajeado, no Tocantins, foi
 transferida para a EDP - Energias do Brasil.




52
Mercado de capitais

As ações preferenciais (REDE4) e ordinárias (REDE3) da holding
Rede Energia são listadas na BM&F Bovespa. Ao longo dos anos, a
Rede Energia segue implantado requisitos mínimos de governança
corporativa, exigidos para a adesão ao Nível 2, como a presença
de conselheiros independentes no Conselho de Administração da
holding. (GRI 4.1 e 4.2) No encerramento de 2009, o capital social da
Rede Energia era constituído 322.075.470 ações, das quais 221.157.990
eram ações ordinárias (ON) e 100.917.480 mil, ações preferenciais
(PN). A maior parte, 72,05% do total do capital social pertenciam aos
acionistas controladores em 2009. O público investidor representava
4,07% do capital acionário total da empresa.
No encerramento de 2009, constavam como os maiores acionistas
da Rede Energia: a Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema
(EEVP), com 56,43% do capital total, e Denerge – Desenvolvimento
Energético S.A, com 15,62% do capital total, seguida pela acionista
BNDES Participações S.A (BNDESPAR), com 23,88% do capital total,
por meio de um Acordo de Acionistas.
Os acionistas da Rede Energia têm direito de receber como
dividendo obrigatório, no mínimo, 25% do lucro líquido do exercício
em cada exercício, observadas as diminuições e acréscimos
permitidos pelo Estatuto Social e pela Lei 6.404/76.
Os acionistas titulares de ações preferenciais têm direito a receber
dividendos não cumulativos, no mínimo, 10% superiores aos
atribuídos às ações ordinárias, além das demais vantagens e direitos
previstos no Estatuto Social e Lei 6.404/76.
Do resultado positivo do exercício de 2009, a Companhia, antes
de qualquer participação, compensou prejuízos acumulados de
exercícios anteriores, nos termos do que determina a Lei 6.404/76
e o Estatuto Social. Por esse motivo, não houve distribuição de
dividendos aos acionistas.




                                                 relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                     53
Governança Corporativa




 Societário e Relação
 com Investidores

 A Companhia dispõe de uma área ligada diretamente
 à vice-presidência jurídica e de gestão de pessoas,
 especializada no atendimento aos acionistas,
 administradores e parceiros. A área é responsável pelo
 envio e pela disponibilização de informações periódicas
 e eventuais, tais como: informações padronizadas de
 mercado, editais de convocação, avisos aos acionistas,
 atas dos órgãos da administração, comunicados e
 fatos relevantes; utilizando-se do sistema Informações
 Periódicas e Eventuais (IPE), da CVM


 No site www.redenergia.com, há um link específico
 para a área de Relação com Investidores, denonimado
 “Investidores”, no qual estão disponíveis relatórios
 financeiros, informações sobre o desempenho das
 ações da Companhia, iniciativas relacionadas à
 Governança Corporativa e avisos, comunicados ao
 mercado e fatos relevantes que foram informados em
 2009 e nos anos anteriores.


 Qualquer sugestão ou requerimento do acionista,
 enviado por telefone, carta, e-mail ou levado
 pessoalmente aos estabelecimentos ligados à Rede
 Energia, são encaminhados à Presidência.


 Auditoria Independente
 A posição patrimonial, financeira, aplicações
 e operações da Rede Energia – descritas nas
 demonstrações contábeis – são avaliadas por uma
 auditoria independente, de acordo com as Normas
 Brasileiras de Contabilidade e legislação do setor.
 O Conselho de Administração da Rede Energia



54
escolhe, periodicamente, a empresa de auditoria
independente, nos termos da Instrução nº 308/99
da CVM que impede a prestação dos serviços de
auditoria para um mesmo cliente por prazo
superior a cinco anos consecutivos.


Mecanismos para que acionistas façam
recomendações ou dêem orientações ao
mais alto órgão de governança.


Os acionistas podem se utilizar dos mecanismos
acima referidos, bem como, de vários outros para
efetuar recomendações ou dar orientações à
Administração, tais como envio de carta à presidência,
visita pessoal à sede social da Companhia e/
ou manifestar-se por e-mail, disponível no site
corporativo do grupo.


Qualquer sugestão ou requerimento de acionista
pode ser protocolado nos estabelecimentos e/ou
filiais das empresas controladas pela Rede Energia.
As solicitações serão encaminhadas à Presidência.



                                               relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                   55
Desempenho econômico financeiro

                          Capítulo 3
Desempenho econômico financeiro




 Estratégia e modelo
 de gestão

 “Foi um ano de redefinição de papéis entre corporativo e
 empresas.” – Frase da Presidente Executiva Carmem Pereira.


 “Para atender às necessidades de um Brasil que cresce, e ser
 referência em gestão empresarial, é preciso evoluir.”


 Com este mote, a Rede Energia iniciou 2009 com um
 dos mais audaciosos programas já realizados na história
 da Companhia: o Evoluir. A implantação do programa
 deixará a Rede Energia alinhada às modernas práticas
 de gestão empresarial.
 O Programa Evoluir conta com sete projetos fundamentais:
 centro de serviços compartilhados; estruturação de
 processo de cobrança; estruturação da operação e
 engenharia; manual de controle patrimonial elétrico;
 Call Center; procedimento de distribuição e SAP.


 •    Centro de Serviços Compartilhados (CSC) – Tem o
 objetivo de uniformizar os processos contábeis, fiscais e
 financeiros das empresas que formam a Rede Energia.
 •    Estruturação do Processo de Cobrança (EPC) – Resultará
 em uma área de cobrança corporativa responsável pela
 elaboração de estratégias e pela implantação de melhorias,
 definindo as políticas e as normas para todo o grupo.
 •    Estruturação da Operação e Engenharia (EOE) – Visa
 ao aumento de eficiência da área operacional da Rede
 Energia, aprimorando as estruturas de engenharia e de
 distribuição de cada distribuidora. A melhoria evitará o
 retrabalho entre as áreas, com economia de tempo e
 de recursos.




58
•   Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico
(MCPSE) – Atualizará o cadastro técnico, operacional
e patrimonial de 100% dos ativos das empresas. O
trabalho levará três anos para ser concluído.
•   Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica
(PRODIST) – A adequação dos procedimentos segue as
orientações da Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL). O resultado trará um ganho de escala em
todas as empresas da Companhia.
•   Call Center – Será todo reestruturado, de acordo
com as determinações da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL). Além de suprir as demandas da própria
empresa, prestará serviços às outras companhias.
•   Sistema de Gestão Empresarial – Com um
investimento de R$ 40 milhões, a Rede Energia
será modernizada com um novo software da SAP,
empresa responsável pelo desenvolvimento da nova
ferramenta. O objetivo é integrar as áreas (tesouraria,
cobrança, jurídico, infraestrutura, planejamento e frota,
contabilidade e área fiscal) das diferentes empresas
da Rede Energia. A previsão é de que a substituição do
processo antigo pela nova ferramenta seja concluída
até julho de 2011 nas nove empresas da Companhia.
Além de maior agilidade, haverá 30% de economia por
ano no gasto com gestão.
Em 2010, o sistema de gestão empresarial será
implantado primeiramente nas empresas Cemat e
Celtins. No ano seguinte, será a vez das empresas
Enersul, Bragantina, Caiuá, Força e Luz do Oeste,
Nacional, Vale Parapanema e Rede Comercializadora.
O processo mobilizará a dedicação de cerca de
cem pessoas.




                                                relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                    59
Desempenho econômico financeiro




 Gestão de risco

 A Rede Energia e suas controladas possuem procedimentos
 de controles preventivos que monitoram sua exposição aos
 riscos de crédito, de mercado, de escassez de energia e aos riscos
 relacionados à Companhia e suas operações.


 Riscos de crédito
 Trata-se do risco da Companhia e de suas controladas incorrerem
 em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de
 valores faturados a seus consumidores, suas concessionárias e
 permissionárias. A mitigação desse risco ocorre com a aplicação
 de procedimentos analíticos de monitoramento das contas
 a receber de consumidores, ações de cobrança e corte no
 fornecimento de energia. Outro fator que minimiza o risco de
 crédito é o perfil da carteira de crédito, que é pulverizada em um
 número expressivo de consumidores.


 Riscos de mercado
 Risco de mercado é a eventual perda resultante de mudanças
 adversas das taxas e preços de mercado. A Rede Energia está
 exposta a riscos de mercado decorrentes da atividade. Os riscos
 de mercado envolvem, principalmente, a possibilidade de
 que mudanças nas taxas de juros, taxas de câmbio e inflação
 afetem negativamente o valor dos ativos financeiros, fluxos
 de caixa e rendimentos futuros da Companhia. A mitigação
 desse risco ocorre por meio da aplicação de procedimentos de
 avaliação da exposição dos ativos e passivos ao risco de mercado
 e, consequentemente, da contratação de “hedge” junto às
 instituições financeiras de primeira linha.


 Risco operacional (GRI 4.11)
 As receitas operacionais da Rede Energia podem ser afetadas
 ou não por decisões da ANEEL em relação às tarifas praticadas.
 As tarifas cobradas pela venda de energia aos consumidores
 são determinadas de acordo com os contratos de concessão
 celebrados com a ANEEL e estão sujeitas à regulação da agência.

60
A mitigação desse risco ocorre pelo monitoramento e pela
aplicação das normas e dos procedimentos definidos
pela ANEEL, e por um criterioso gerenciamento de
custos operacionais.


Risco de escassez de energia (GRI EU06)
O sistema elétrico brasileiro é abastecido predominantemente
pela geração hidrelétrica. Um período prolongado de escassez
de chuva, durante a estação úmida, reduziria o volume de água
nos reservatórios dessas usinas, trazendo como consequência
o aumento no custo da aquisição de energia no mercado de
curto prazo e a elevação dos valores de encargos de sistema
em decorrência do despacho das usinas termelétricas. Em
outra situação extrema, poderia ser adotado um programa de
racionamento, que implicaria redução de receita. No entanto,
considerando os níveis atuais dos reservatórios e as últimas
simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema
Elétrico (ONS) não prevê para os próximos anos um novo
programa de racionamento.


Política de utilização de instrumentos derivativos
O uso de derivativos tem o propósito de atender às
necessidades da Rede Energia no gerenciamento de
riscos de mercado – principalmente de riscos de variação
cambial que possam resultar em perda financeira
– decorrentes dos descasamentos entre moedas e
indexadores. A Companhia e suas controladas possuem
apenas operações de swap, sem outros instrumentos
derivativos. As operações com derivativos são realizadas
por intermédio das superintendências financeiras, de
acordo com a estratégia previamente aprovada pelos
gestores da Companhia. Os contratos são fechados
em mercado de balcão, diretamente com instituições
financeiras de primeira linha. As operações com
derivativos da Rede Energia e suas controladas não
possuem verificadores nem chamada de margens,
sendo liquidados integralmente no vencimento.


                                                 relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                     61
Desempenho econômico financeiro




 Tecnologia e inovação
 (“P&D”)

 Os programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
 da Rede Energia incentivam projetos inovadores que
 tragam soluções aos desafios tecnológicos do setor
 elétrico. Em parceria com as melhores universidades e
 com os mais avançados centros de pesquisa do País, a
 Rede Energia busca a melhoria do produto e do serviço
 prestado aos clientes. Desde o início dos programas, a
 Rede Energia destinou R$ 160 milhões aos programas
 de P&D. Em 2009, houve o investimento aproximado de
 R$ 10 milhões em 48 projetos. Alguns dos projetos em
 andamento são:


 1) Desenvolvimento de metodologia para
 estabelecimento de estrutura tarifária para o serviço de
 distribuição de energia elétrica entre as distribuidoras


 Proposto pela ANEEL, o estudo sobre a metodologia de
 construção de tarifas no setor elétrico é pesquisado
 pela Rede Energia. O projeto sugere uma estrutura
 tarifária horo-sazonal, orientando o consumo para
 as horas e os períodos nos quais o fornecimento de
 energia elétrica seja menos oneroso para o País. Dessa
 forma, aumentaria o uso mais racional do sistema
 elétrico, postergando a realização de investimentos
 futuros em sua expansão.




62
2) Redução de carbono nas cadeias de fornecimento
de energia elétrica da Rede Energia


O objetivo do projeto é realizar o inventário das
emissões de carbono na cadeia de energia elétrica e,
assim, elaborar um estudo de viabilidade econômica
para Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL) de redução de carbono e criar estratégias
para a compensação e neutralização de emissões
de carbono nas cadeias de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica.


3) Sistema de gerenciamento e centralização de
comunicação móvel de dados de voz com
transmissão híbrida


A meta é desenvolver um sistema de comunicação
híbrida (TCP/IP, rádio VHF/UHF, GPRS/GSM e satélites)
para transmissão móvel de dados de voz em diferentes
localidades. Haveria a integração de tecnologias
existentes e o desenvolvimento de softwares e
hardwares dedicados às especificidades do sistema de
comunicação das empresas cooperadas.
A Rede Energia já desenvolveu um projeto que resolve
o problema de comunicação entre a área que cuida
do atendimento ao cliente e o funcionário que faz o
atendimento presencialmente. O sistema de despacho
decodifica e envia informação. Ao mesmo tempo, o
emissor da informação recebe o relatório, confirmando
a chegada dela. É uma maneira de se evitar o extravio
de mensagens.




                                              relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                  63
4) Projeto de segmentação de atendimento de clientes
 por nichos não convencionais


 A meta é, a partir de pesquisa de opinião, segmentar
 o atendimento de clientes do grupo A (ligados em
 média e alta tensão – acima de 13,8 KV), dividindo-os
 por interesses e demandas comuns. Assim, segmentos



64
de mercado como aviários, consumidores em etapas
de projetos, corporativos, grandes consumos, entre
outros, terão um plano diferenciado de atendimento, o
que deverá melhorar continuamente o relacionamento
deste segmento de mercado com as distribuidoras
da Rede Energia.




                                             relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                 65
Desempenho econômico financeiro




 Resultados financeiros

 Lucro líquido
 O resultado econômico-financeiro da Rede
 Energia foi positivo em 2009, com lucro líquido
 consolidado de R$ 20,3 milhões. Quando
 consideradas apenas as nove distribuidoras, o
 lucro líquido somado representa o montante de R$
 466,6 milhões em 2009, ou seja, 285,1% superior
 ao de 2008, quando foi registrado R$ 121 milhões.
 O aumento percentual de 285,1% é significativo, se
 avaliado que, nos primeiros meses de 2009, devido
 ao temor da crise financeira global iniciada em
 meados de 2008, a atividade econômica local se
 restringiu, principalmente, na região Norte do País
 – área de concessão da Rede Energia. O próprio
 consumidor acabou pisando no freio em termos
 de consumo, especialmente nos primeiros meses
 do ano, quando a crise ainda estava iminente.
 Conseqüentemente, houve menor consumo de
 energia elétrica. Mesmo assim, os investimentos
 da Rede Energia foram mantidos em 2009, ainda
 que em uma escala mais modesta que a do
 ano anterior.


     Principais indicadores financeiros (GRI 2.8 e EC01)

     Dados Econômicos                                        2009         2008      Var%
     Receita Operacional Bruta - R$ mil                    7.586.966    6.075.141   24,9%

     Receita Operacional Líquida - R$ mil                  5.044.554    3.995.756   26,2%

     EBITDA - R$ mil                                        1.187.610    993.963     19,5%

     Margem EBITDA (%)                                        23,5%        24,9%     -5,4%

     Lucro Líquido - R$ mil                                   20.338      179.169   -88,6%

     Lucro Líquido Combinado das Distribuidoras - R$ mil    466.622       121.170   285,1%

     Investimento Bruto - R$ mil                            885.830     1.482.764   -40,3%
66
Receita operacional
A receita operacional bruta consolidada da Rede Energia
– composta pela receita de fornecimento ao consumidor
final, fornecimento de energia para revenda (suprimento)
e receita do uso do sistema de distribuição (“TUSD”)
– aumentou 24,9%, passando de R$ 6.075,1 milhões
em 2008 para R$ 7.587,0 milhões em 2009, devido ao
crescimento do mercado em 15,1%. Também houve o
aumento da tarifa média anual em 8,5% e o processo de
consolidação da Enersul a partir de setembro de 2008,
data da aquisição da concessionária.
Em relação à receita operacional líquida consolidada
da Rede Energia, foi registrado o incremento de 26,2%,
passando de R$ 3.995,7 milhões, em 2008, para R$ 5.044,5
milhões, em 2009.


EBITDA
O EBITDA consolidado da Rede Energia somou R$ 1.187,6
milhões, em 2009, contra R$ 994,0 milhões, em 2008. O
crescimento de 19,5% (R$ 193,6 milhões) foi influenciado,
principalmente, pelo expressivo aumento de 26,2% (R$
1.048,8 milhões) na receita líquida.
O Ebitda representa o resultado operacional calculado
com base no resultado do serviço das demonstrações do
resultado, acrescido da depreciação e amortização das
demonstrações dos fluxos de caixa.




                                              relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                  67
Desempenho econômico financeiro




 Endividamento financeiro (GRI 2.8)

 Companhia
 O saldo da conta empréstimos, financiamentos, debêntures
 e encargos de dívida passou de R$ 1.065,0 milhões, em 2008,
 para R$ 1.431,9 milhões, em 2009, representando um aumento
 de 34,5% (R$ 366,9 milhões), dos quais 53,8% são dívidas em
 moeda nacional e 46,2% em moeda estrangeira.
 O aumento ocorreu, principalmente, devido ao saldo devedor
 dos bônus perpétuos que, embora tenha sido favorecido pela
 variação cambial, foi negativamente afetado pela variação
 da marcação a mercado (melhor cotação), decorrente da
 melhora da percepção de crédito da companhia pelo mercado
 financeiro e de capitais.
 O saldo dos empréstimos, financiamento e encargos líquido
 de caixa e aplicações passou de R$ 1.046,1 milhões, em 2008,
 para R$ 1.425,0 milhões, em 2009, aumento de 36,2%
 (R$ 378,9 milhões).


 Consolidado
 O saldo consolidado da conta empréstimos, financiamentos,
 debêntures e encargos de dívida passou de R$ 4.484,7
 milhões, em 2008, para R$ 5.017,7 milhões em 2009,
 representando um aumento de 11,9% (R$ 533 milhões), dos
 quais 72,4% são dívidas em moeda nacional e 27,6% em
 moeda estrangeira.
 Reclassificando, portanto, as dívidas em moeda estrangeira,
 que estão protegidas das variações cambiais por meio de swap,
 para o grupo de moeda nacional, os percentuais passam a ser:
 84,4% em moeda nacional e 15,6% em moeda estrangeira.
 Descontando as disponibilidades em caixa e as aplicações,
 o saldo líquido da conta empréstimos, financiamentos,
 debêntures e encargos de dívidas passou de R$ 4.088,7
 milhões, em 2008, para R$ 4.603,7 milhões, em 2009,
 representando um aumento de 12,6% (R$ 515 milhões).




68
Perfil do endividamento (Rede Energia)

                      0,7%       12,3%

       25,7%                                                      BNDES

                                                                  Perpetual Bonds

                                                                  Dívida Bancária

                                           46,1%
                                                                  Debêntures
      15,2%




                                    9,7%

                                                                  Curto Prazo


                                                                  Longo Prazo




          90,3%


Financiamento do endividamento
Em 2009, a Rede Energia realizou diferentes operações
para o alongamento do endividamento:
•    Bônus perpétuo – Houve a recompra parcial dos bônus
perpétuos com deságio de 47,1% no final do ano. A favor da
Companhia, a variação cambial, no decorrer de 2009,
contribuiu para a redução de R$ 837,7 milhões no saldo
devedor em moeda estrangeira. No entanto, o efeito da
marcação a mercado dos bônus perpétuos compensou
negativamente esse ganho, reduzindo o saldo em
moeda estrangeira em R$ 237,5 milhões de 2008
para 2009.


                                               relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                   69
Desempenho econômico financeiro
      Desemprenho econômico financeiro




                                                             Espaço Cultural José
                                                             Gomes Sobrinho
                                                             Palmas/TO




 •    Debêntures – Foi feita a emissão de debêntures
 simples, com prazo de cinco anos, no valor de R$
 370 milhões em dezembro de 2009. Desse total, R$
 320 milhões foram usados na liquidação de notas
 promissórias. O restante foi usado para a composição
 do capital de giro da companhia. (GRI 2.9)
 •    BNDES – Entrada da primeira tranche do banco
 no valor de R$ 100 milhões, referente ao Contrato de
 Financiamento para projetos de melhorias na área
 de concessão da Celpa, no Pará, no valor total de
 R$ 449,3 milhões. As próximas tranches estão
 previstas para 2010.
 •    Eletrobrás – Incremento de R$ 73,4 milhões referente
 ao Programa Luz para Todos.
 Esses contratos contam com prazo para liquidação de
 12 anos, sendo dois anos de carência e 10 anos para a
 amortização do principal. O custo da operação foi de 5%
 ao ano de juros e 1% ao ano de taxa de administração.
 (GRI EC04)
 •    BID – Desembolso de R$ 15 milhões em dezembro
 de 2009. Os recursos serão aplicados na Celtins,
 no Tocantins.




70
Distribuição do Valor
Adicionado (DVA)

O valor adicional gerado pela Rede Energia em 2009
e distribuído aos funcionários, governo, financiadores
externos e acionistas aumentou de R$ 4,3 milhões em
2008 para R$ 4,9 milhões em 2009. Na distribuição
dessa riqueza pela Rede Energia, a maior parte, 51,17%
do valor gerado, teve como destino os cofres públi-
cos (municipal, estadual e federal) com as taxas e os
impostos. Em segundo lugar, parte da riqueza (38,53%)
foi destinada à remuneração de capitais de terceiros
(despesas financeiras, aluguéis, encargos de dívidas e
variações monetárias).




            Em 2009: R$ 4.948.642                               Em 2008: R$ 4.288.654
  51,17% governo         6,28% colaboradores(as)        54,37% governo         7,83% colaboradores(as)

  - 1,31%          38,53%          5,33%                0,80%            32,24%           6,36%
  acionistas       terceiros       lucros retidos       acionistas       terceiros        lucros retidos




                                               relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                           71
Desempenho econômico financeiro




 Perspectivas, estratégias e
 desenvolvimento

 A área de concessão das empresas da Rede Energia
 exige significativo aporte de recursos por se tratar
 de regiões com o menor Índice de Desenvolvimento
 Humano (IDH) do País. O desafio da Companhia é levar
 energia elétrica aos locais afastados, promovendo o de-
 senvolvimento local. Como consequência, há o aumento
 do número de consumidores. Em 2009, a Rede Energia
 investiu R$ 885,8 milhões. Do total, R$ 415,7 milhões
 foram recursos próprios e R$ 470,1 milhões vieram de
 fontes subsidiadas.




     Investimentos por empresas

     R$ mil                                                 2009        2008      Var%
     Rede Sul / SE                                          52.549       57.234    -8,2%

     Celtins                                               129.292     203.933    -36,6%

     Cemat                                                 203.204     598.293    -66,0%

     Celpa                                                 364.806     579.565     -37,1%

     Enersul                                                124.159    34.953*    273,2%

     Outras                                                  11.820      8.786    -37,2%

     Total                                                 885.830    1.482.764   -40,3%
 * Valor referente ao último trimestre de 2008




72
Destino dos R$ 885,8 milhões de investimentos da Rede Energia em 2009:
•   Programa Luz para Todos (“LPT”) e Programa Nacional de Universalização – R$ 433,6 milhões.
•   Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), PEE, FNDCT e EPE – R$ 48,7 milhões.
•   Sub-rogação do direito de uso da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC),
para subsídio da implantação de projetos que visam à interligação do sistema e
desativação da geração térmica – R$ 42,5 milhões.
•   Interligação da Ilha de Marajó – R$ 60,4 milhões.
•   Programa de Redução de Perdas – R$ 32,9 milhões.
•   Manutenção e melhorias no sistema com caixa próprio – R$ 267,8 milhões.




                                              relatório de responsabilidade socioambiental 2009
                                                                                                  73
Desempenho operacional

                 Capítulo 4
Relatorio rede-energia-sgasst
Relatorio rede-energia-sgasst
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  • 1. Relatório de Responsabilidade Socioambiental 2009 Catanduva/SP
  • 3. Relatório de Responsabilidade Socioambiental 2009
  • 4. Sumário Mensagem da presidente 6 1. Rede Energia 11 2. Governança Corporativa 33 3. Desempenho econômico financeiro 57 4. Desempenho operacional 75 5. Meio ambiente 97 6. Desempenho social 125 7. Sobre o relatório 161 4
  • 5.
  • 6. Mensagem da presidente O ano de 2009 esteve repleto de desafios, e estes foram respondidos pela Rede Energia com investimentos na ampliação e melhoria dos serviços, no aprimoramento das práticas de gestão empresarial e em iniciativas socioambientais e de governança corporativa. O cenário de retração global no primeiro semestre de 2009, com efeitos negativos na produção industrial de muitas empresas brasileiras, não alterou nossa confiança no País. Apoiados por nossos stakeholders, demos continuidade a importantes investimentos em 2009, como o programa do Governo Federal “Luz para Todos”, do qual a Rede Energia é a segunda maior parceira. O programa, aliado a outros projetos, nos permitiu levar luz a 211 mil novos consumidores dos segmentos industrial, comercial, residencial e rural, atendidos em 578 municípios, de sete diferentes estados brasileiros. Em 2009, ainda foi iniciado o projeto “Interligação da Ilha de Marajó”, que prevê a construção de cerca de 500 quilômetros de linhas de distribuição para a chegada de energia limpa e de qualidade, pela primeira vez, aos moradores do maior arquipélago fluviomarinho do mundo, promovendo o crescimento local. As nove distribuidoras doaram 150.058 lâmpadas fluorescentes compactas e também investiram R$ 6,8 milhões para substituir gratuitamente 6.876 geladeiras de famílias de baixa renda. A iniciativa tem o objetivo de adequar o orçamento da família ao consumo mensal de energia levada às comunidades, com noções básicas de consumo consciente de energia elétrica. Investimos na eficiência da gestão e sinergia entre as empresas da holding. Nesta linha, desenvolvemos o Programa Evoluir, que engloba sete projetos de estruturação em diferentes áreas da empresa até 2011. Concomitantemente, criamos um Comitê Gestor 6
  • 7. Carmem Pereira Presidente Executiva da Rede Energia Corporativo para prestar assessoria e orientar o Conselho de Administração nos assuntos relacionados ao planejamento estratégico. A qualidade dos serviços é nosso compromisso e, a cada ano, melhoramos nossos indicadores de performance. Como reconhecimento pelo nosso trabalho, fomos contemplados com excelentes resultados em pesquisas de satisfação dos clientes, realizadas em 2009, como as premiações da Vale Paranapanema, vencedora de três prêmios da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE): “Melhor Empresa Nacional”, “Melhor Empresa na Avaliação do Cliente” e “Evolução de Desempenho”. Esse conjunto de esforços, gestão responsável e planejamento estratégico trouxeram resultados. Ao final de 2009, todos os segmentos de mercado da Rede Energia – residencial, comercial, industrial e rural – apresentaram ampliação. A energia fornecida passou de 15.995 GWh, em 2008, para 18.405 GWh, em 2009. O perfil com maior alta no consumo foi o rural: 26,1%, em 2009. Este também foi o segmento que mais expandiu na base de clientes da Rede Energia, com um aumento de 17,4% sobre o ano de 2008. Encerramos 2009, com lucro líquido de R$ 466,6 milhões nas nove distribuidoras– 285,1% superior ao de 2008. Cientes de que os 368 mil quilômetros de sistema de distribuição da Rede Energia se encontram em uma das áreas mais ricas em biodiversidade do planeta – em biomas como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica –, temos certeza de que os resultados operacionais e financeiros não seriam suficientes se não estivessem acompanhados do aperfeiçoamento da gestão e da atuação socioambiental da empresa. Com a expansão do alcance das linhas de transmissão da empresa, foi possível a chegada de energia limpa e de qualidade às comunidades isoladas, permitindo, muitas relatório de responsabilidade socioambiental 2009 7
  • 8. Mensagem da presidente vezes, a desativação de usinas termelétricas movidas a diesel. De 2005 a 2009, foram desativadas 34 usinas. Projeções indicam que mais de 814 mil toneladas de CO2 (dióxido de carbono) deixaram de ser emitidas e 306 milhões de litros de diesel deixaram de ser queimados. Foco de nossa atuação, a segurança foi um dos valores priorizados em 2009. Para reforçá-la e garantir a integridade dos nossos 12.763 colaboradores e contratados, houve a implantação do projeto “Segurança em Primeiro Lugar” em todas as empresas do grupo. O aperfeiçoamento de cada procedimento de segurança no trabalho, exercido em nossas redes de distribuição, será constante. Centro de Operação de Distribuição - Campo Grande/MS 8
  • 9. Continuamos a investir na melhoria da qualidade de vida das comunidades com as quais interagimos, especialmente por meio da Fundação Aquarela e de parcerias com os stakeholders locais, voltadas ao desenvolvimento regional, à educação e à geração de renda. Destacam-se entre as iniciativas, a implantação no Tocantins e no Pará do projeto “Agenda Criança Amazônia”, do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), que atende a nove milhões de crianças da Amazônia Legal do Brasil e no qual fomos a primeira empresa privada brasileira a integrá-lo. Os resultados alcançados neste projeto já nos permitiram planejar a expansão do projeto para o Mato Grosso em 2010. Compartilhamos todas as conquistas e a superação de desafios ao longo de 2009, com nossos colaboradores, clientes, acionistas e demais parceiros. Estamos convictos de que a mudança estrutural, promovida pelo Programa Evoluir, apontará para o crescimento sustentável da Rede Energia, com qualidade e com o olhar direcionado ao longo prazo, para continuarmos oferecendo valores agregados a todos os nossos stakeholders. Por fim, reiteramos nossa confiança em continuar investindo na sociedade para a criação de valores e agradecemos a todos que, de maneira direta e indireta, nos ajudaram a alcançar os resultados históricos obtidos no decorrer de 2009. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 9
  • 11. Rede Energia Capítulo 1
  • 12. Rede Energia Perfil da empresa A Rede Energia S.A. (REDE ENERGIA) (GRI 2.1) é um dos maiores grupos privados do setor elétrico brasileiro, apresentando controle direto e indireto sobre 15 empresas operacionais, das quais nove são distribuidoras de energia elétrica, uma geradora, uma comercializadora, uma prestadora de serviços, uma empresa de bioenergia e duas outras holdings. (GRI 2.2) Ao todo, o grupo empresarial detém a concessão de 2.787.107 km2, correspondente a 34% do território nacional. Operando exclusivamente no Brasil (GRI 2.5), a Rede Energia tem expertise em reorganização e estruturação de empresas com dificuldade financeira e operacional. Também se destaca no setor elétrico nacional pelo registro de alto potencial de crescimento na sua área de concessão. Ao levar luz elétrica a novos consumidores todos os anos, a companhia acelera o desenvolvimento regional. Em troca da ajuda recebida, o mercado de consumo local também cresce. Nos últimos quatro anos, de 2005 a 2009, a Rede Energia tem registrado crescimento médio de 12% ao ano no número de clientes. Somente em 2009, o incremento foi de 5,9%. Foram 250 mil novos clientes. 12
  • 13. Cachoeira da Véia/TO Faz parte da Rede Energia: (GRI 2.7) Distribuidoras Caiuá Distribuição de Energia S.A. (“CAIUÁ”) A Caiuá Distribuição de Energia S.A. (Caiuá) tem sua sede regional em Presidente Prudente (SP). Atende a uma área de concessão de 9.149 km2, beneficiando mais de 206.022 consumidores, o equivalente a uma população de cerca de 600 mil habitantes, em 24 municípios das regiões de Alta Sorocabana e Alta Paulista. (GRI 2.7) Centrais Elétricas do Pará S.A. (“CELPA”) A Centrais Elétricas do Pará S.A. (Celpa) abrange todo o estado do Pará, distribui energia em uma área de 1.247.690 km2 e beneficia mais de 7,4 milhões de habitantes, em 143 municípios. Sua sede fica no município de Belém. (GRI 2.7) Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. (“CEMAT”) A Cemat atende ao estado de Mato Grosso – o 4º maior estado brasileiro, com área de 903.358 km2. A empresa é responsável por distribuir energia elétrica a 992.368 unidades consumidoras, localizadas nos 141 municípios de Mato Grosso – sendo 135 atendidos pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) e seis atendidos pelo Sistema Isolado. Ao final de 2009, representa 992 mil unidades consumidoras conectadas à rede elétrica de distribuição da concessionária Cemat. (GRI 2.7) relatório de responsabilidade socioambiental 2009 13
  • 14. Rede Energia Companhia de Energia Elétrica do Estado do Tocantins (“CELTINS”) A Celtins é hoje a única distribuidora de energia elétrica do Tocantins. Tem uma área de concessão que abrange 277.621 km2, o equivalente a 3,3% do território nacional. Beneficia uma população estimada em 1,2 milhão de habitantes, distribuídos em 139 municípios, com 270 localidades, o que corresponde a 416.390 unidades consumidoras atendidas (dezembro de 2009). (GRI 2.7) Companhia Força e Luz do Oeste (“CFLO”) A Companhia Força e Luz do Oeste é uma distribuidora de energia elétrica cuja sede regional localiza-se em Guarapuava (PR). É responsável pela distribuição de energia elétrica à cidade de Guarapuava e às localidades de Guará e Jordão, no estado do Paraná. Totaliza 48.695 clientes, em uma área de concessão de 1.200 km2. (GRI 2.7) Companhia Nacional de Energia Elétrica (“CNEE”) A Companhia Nacional de Energia Elétrica (Nacional) é uma distribuidora de energia elétrica cuja sede regional localiza-se em Catanduva (SP). A Nacional possui uma área de concessão de 4.500 km2 e, atualmente, a energia elétrica distribuída beneficia mais de 97.680 consumidores, o equivalente a uma população de aproximadamente 400 mil habitantes, em 15 municípios das regiões de Catanduva e Novo Horizonte. (GRI 2.7) Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S.A. (“EDEVP”) A Vale Paranapanema possui uma área de concessão de 11.780 km2 e beneficia mais de 156.470 consumidores, o equivalente a uma população de aproximadamente 600 mil habitantes, em 27 municípios das regiões da Média Sorocabana e Alta Paulista. (GRI 2.7) 14
  • 15. Empresa Elétrica Bragantina S.A. (“EEB”) A Empresa Elétrica Bragantina S.A., a Bragantina, possui sede regional em Bragança Paulista (SP). Abastece 15 municípios da região de Bragança Paulista, entre os estados de São Paulo (cinco municípios) e Minas Gerais (10 municípios), atendendo a 123.903 clientes ou, aproximadamente, 500 mil habitantes. (GRI 2.7) Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (“ENERSUL”) A Enersul atende quase à totalidade do estado de Mato Grosso do Sul – 73 dos 78 municípios – em uma área de 328.316 km2, o equivalente a 91,9% do Estado e a 94,6% da população total, correspondendo a 2,23 milhões de habitantes. (GRI 2.7) Geradoras: Tangará Energia S.A. (“TANGARÁ”) Outros serviços: Rede Comercializadora de Energia S.A. (“REDECOM”) Rede Eletricidade e Serviços S.A. (“REDESERV”) Bioenergia: Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. (“VALE DO VACARIA”) Holdings: QMRA Participações S.A. (“QMRA”) Rede Power do Brasil S.A. (“REDE POWER”) relatório de responsabilidade socioambiental 2009 15
  • 16. Rede Energia A distribuição, geração e comercialização de energia da Companhia é levada a 4,5 milhões de unidades consumidoras, o equivalente a 16,5 milhões de pessoas, em 578 municípios dentro de sete diferentes estados brasileiros: Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Ao distribuir 18.405 GWh em 2009 (GRI EU01), a companhia alavancou o desenvolvimento regional das diferentes áreas – principalmente das mais longínquas – em regiões ricas em biodiversidade, como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica. Para se ter idéia da grandeza do trabalho realizado pelos 6,5 mil empregados diretos da Rede Energia, somando o total de comprimento das linhas de transmissão das empresas que a compõem, chega-se ao total de 15 mil quilômetros (GRI EU04), distância suficiente para ir do extremo norte ao extremo sul do País, pelo menos, três vezes. Mesmo com todo o investimento realizado, a Rede Energia finalizou 2009 com o lucro líquido consolidado de R$ 20,3 milhões. O segmento residencial responde por 34,7% da energia fornecida pela Companhia e, 80,9% do número total de consumidores. A classe industrial fica com a fatia de 21,9% da energia distribuída e, 0,9% do número total de consumidores. O comércio representa 21% do total da energia fornecida e, 7,8% do número total de consumidores, enquanto a área rural fica com 8,1% do total da energia fornecida e, 9,3% do número total de consumidores. 16
  • 17. PaRticiPação PoR claSSe De conSumo Vendas em GWh 14,4% Residencial 8,1% 34,7% Industrial Comercial 21,0% Rural Outros 21,9% PaRticiPação PoR claSSe De conSumo Número de consumidores 1,2% Residencial 9,3% Industrial 7,9% 80,9% Comercial 0,9% Rural Outros conSumiDoReS Em milhares CAGR: 12,1% 4.493 4.243 3.152 3.348 2.847 2005 2006 2007 2008 2009 relatório de responsabilidade socioambiental 2009 17
  • 18. Rede Energia Missão, visão e valores Missão Prestar serviços de energia elétrica com responsabilidade social e ambiental, visando à satisfação dos clientes, colaboradores, fornecedores e acionistas, e contribuindo para o desenvolvimento do País. Visão Ser reconhecido como grupo de excelência no setor de energia elétrica pelo serviço prestado, pela tecnologia empregada e pela qualificação dos colaboradores. Valores • Integridade: respeito à moral, aos bons costumes, às leis, a si próprio e ao próximo. • Competência: saber fazer, poder fazer e querer fazer. • Excelência: realizar suas atividades com grau de qualidade que o diferencie. • Responsabilidade: bem cumprir os deveres para com a sociedade, a família e a empresa. • Criatividade: buscar soluções alternativas, inovadoras e originais (novos paradigmas). (GRI 4.8) 18
  • 19. Mercado e regulação setorial O setor elétrico mundial tem passado por amplo processo de reestruturação organizacional. No Brasil, este processo de reestruturação foi desencadeado com a criação de um novo marco regulatório em 1998 e reformulado posteriormente em 2004, o qual vige até o presente momento. A reestruturação envolveu a desestatização das empresas do setor elétrico, a desverticalização em unidades de negócio de geração, transmissão, distribuição e comercialização, além da abertura do mercado de energia elétrica. O Brasil tem investido maciçamente em transmissão de energia de longa distancia entre regiões, possibilitando a operação eficiente das bacias hidrográficas regionais e a transmissão de energia elétrica entre as principais usinas geradoras. Com a interligação crescente, é possível ampliar a confiabilidade, otimizar os recursos energéticos e homogeneizar mercados por meio do chamado Sistema Interligado Nacional (SIN), responsável por mais de 95% do fornecimento nacional. Atualmente, fazem parte do SIN as empresas de geração, transmissão e distribuição – atividade de concessão pública –, que operam de maneira interligada. O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul e Nordeste e parte das regiões Centro-Oeste e Norte. As demais localidades das regiões Centro-Oeste e Norte não estão interligadas ao SIN e constituem sistemas isolados. Os segmentos de comercialização e mercado livre completam o setor, coexistindo tanto no sistema interligado como no isolado. A regulação e fiscalização das empresas responsáveis pela produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia, no ambiente de contratação regulada, é feita pela ANEEL. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 19
  • 20. Rede Energia No mercado atual, há dois ambientes de comercialização de energia: Ambiente de Contratação Regulado (ACR) e Ambiente de Contratação Livre (ACL). O ACR é o segmento no qual se realizam as operações de compra e venda de energia elétrica, precedidas de licitação. O ACL é o segmento no qual se realizam operações de compra e venda de energia elétrica, por meio de contratos, livremente negociados, firmados com produtores independentes de energia, agentes comercializadores ou geradores com concessão de serviço público de energia. Os geradores estatais só podem fazer suas ofertas por meio de leilões públicos. Os agentes setoriais participantes do setor de energia elétrica reúnem-se por comunhão de interesses nas associações representativas de cada segmento. As principais associações do setor são: Associação Brasileira de Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (ABRATE), Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE), Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (ABRACEEL), Associação dos Produtores Independentes de Energia (APINE), entre outros. estrutura organizacional do modelo do setor elétrico CNPE CMPE MME EPE ONS ANEEL CCEE 20
  • 21. Gestão sustentável A Rede Energia busca atuar de forma responsável, aderente à legislação e ao compromisso com seus stakeholders. O mapa de stakeholders da empresa pode ser representado pelo seguinte diagrama: (GRI 4.14) Cadeia de valor Value Chain Poderes públicos e Meio Sociedade Fornecedores Agência Reguladora ambiente Society Suppliers Governments & Environment t Regulatory agency Consumidores e c lientes Acionistas Consumers & Shareholders costumers Colaboradores Employess Fonte: Adaptação do modelo do livro Comunidade Investidores Community Investors “Managing for Stakeholders – Survival, Reputation, and Success”, de Freeman, Harrison & Wicks, do capítulo 3: The Basic Framework São considerados stakeholders primários os colaboradores, os acionistas, os poderes públicos e a agência reguladora do setor, os fornecedores e os consumidores e clientes. Como stakeholders secundários, consideram-se os investidores, a sociedade, a cadeia de valor, o meio ambiente e a comunidade onde a empresa está inserida. A Política de Sustentabilidade, vigente desde 2007, define diretrizes e orienta a aplicação de compromissos de todo o grupo. Em 2009, ocorreu disseminação interna da política aos colaboradores. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 21
  • 22. Rede Energia Política de Sustentabilidade A Rede Energia, considerando a importância dos públicos com os quais se relaciona (acionistas, poderes públicos, investidores, comunidade, clientes, fornecedores, público interno) e o ambiente no qual está inserida, cumpre o seu papel de empresa cidadã e adota o conceito de responsabilidade socioambiental em sua gestão, assumindo os seguintes compromissos: Valores, Transparência e Governança • Disseminar valores, políticas e manter canais de comunicação abertos com nossos stakeholders; • Prestar contas de nossas ações e respectivos impactos de forma clara e transparente; • Estabelecer uma relação de confiança e considerar as expectativas e opiniões de nossos stakeholders. Governo e Sociedade • Ao interagir com todos os nossos públicos, adotar padrões éticos, fundamentados em princípios de honestidade, integridade e transparência; • Contribuir sempre que pertinente e possivel, com políticas, programas e projetos que colaborem para o desenvolvimento sustentável de nossa área de concessão; • Cumprir a legislação ambiental, a legislação de saúde e segurança do trabalho e demais normas vigentes. Fornecedores • Assegurar a equidade, a isenção e a integridade na relação com fornecedores e parceiros, contribuindo para o seu desenvolvimento por meio do compartilhamento de conhecimentos, diretrizes e valores, estimulando seu envolvimento em práticas de responsabilidade socioambientais. 22
  • 23. Aerobarco Rede Energia, Corumbá/MS Clientes e Consumidores • Atender às expectativas dos acionistas, colaboradores, parceiros, do órgão regulador e consumidores, por meio do comprometimento constante com a melhoria da qualidade da energia fornecida e dos serviços prestados, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental. • Promover a melhoria contínua de nossos sistemas de gestão. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 23
  • 24. Rede Energia Comunidade • Atuar como agente de melhorias socioambientais, maximizando os impactos positivos e minimizando os impactos negativos de nossas atividades, viabilizando investimentos socioambientais que promovam o desenvolvimento regional, a geração de renda, o esporte e a educação, respeitando a cultura, os valores e costumes das comunidades que atendemos; • Respeitar os direitos humanos e apoiar o cumprimento das “Metas do Milênio”, incentivando nossa rede de relacionamento a fazer o mesmo. Público Interno • Valorizar e respeitar o colaborador, adotando práticas de trabalho que promovam a segurança e a saúde, proporcionando um ambiente seguro e adequado, estimulando a participação na gestão do negócio, garantindo o direito à associação e à negociação coletiva, respeitando a diversidade; motivando a construção de uma harmonia interna e a melhoria da qualidade de vida. Meio Ambiente • Promover a preservação do meio-ambiente, a prevenção da poluição e o consumo consciente; • Estimular a educação ambiental dos colaboradores, fornecedores e da comunidade; • Apoiar entidades de pesquisas, a inovação tecnológica e do setor elétrico associadas ao meio- ambiente, à saúde e à segurança do trabalho. 24
  • 25. A definição de diretrizes e a orientação da aplicação da política, entre todos os funcionários, estão submetidas à área de responsabilidade socioambiental. Em 2009, para que houvesse o alinhamento das práticas sustentáveis no grupo, cada empresa da Rede Energia passou a ter um comitê de responsabilidade socioambiental na própria empresa, além do comitê corporativo reestruturado em 2008. Também foram revisadas as prioridades e metas socioambientais no plano estratégico da Companhia em 2009. (GRI 4.12) Por definição da Política de Sustentabilidade, os projetos sociais da Rede Energia estão divididos em três classes: educação, esporte e desenvolvimento regional (geração de renda para as comunidades). Pode-se destacar em 2009 os projetos da Fundação Aquarela (Rede Atletismo e a Escola Nuremberg), a realização de peças de teatro educacionais, o patrocínio de feiras de negócios e a elaboração de guia turístico para o fomento do turismo na área de concessão da empresa. A Rede Energia possui um processo sistematizado de cadastro e avaliação de demandas socioambientais da comunidade, que fica disponível em cada uma das operadoras. Com isso, aplica critérios corporativos alinhados à Política de Sustentabilidade e aos pactos e princípios socioambientais que a empresa endossa – “Todos pela Educação” e “Objetivos do Milênio da ONU” – na seleção de projetos a serem apoiados. (GRI 4.12) A avaliação dos resultados alcançados por cada projeto das empresas da holding é feita por processos e ferramentas de análise de investimentos socioambientais que estão sendo aperfeiçoados, assim como a comunicação sobre o assunto para colaboradores e executivos da Rede Energia. Uma iniciativa bem-sucedida foi a realização da “Semana da Sustentabilidade”, ocorrida de 1º a 5 de junho de 2009, que reforçou ainda mais a integração entre as práticas sustentáveis das nove distribuidoras da holding. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 25
  • 26. Rede Energia Ainda com o objetivo de fortalecer as práticas, foram adotadas metodologias consagradas como Ethos, iBase (utilizada desde 2005), Global Reporting Initiative (GRI) e ANEEL (ambos utilizados desde 2007) para a análise de indicadores de performance e na elaboração dos relatórios de sustentabilidade para seus stakeholders. Compromissos com os princípios de sustentabilidade Em sua trajetória de construção de gestão sustentável, a Rede Energia gerencia resultados de seus negócios sob as dimensões ambiental, econômica e social. A Companhia promove a conservação do meio ambiente nas áreas de concessão ricas em biodiversidade. Para onde leva a energia elétrica, a Rede Energia também leva o desenvolvimento local: aumentando o número de negócios e, consequentemente, com maior oferta de empregos e maior geração de renda. No longo prazo, o amadurecimento da comunidade local promoverá também o crescimento da Rede Energia. Um bom exemplo da prática sustentável na rotina da companhia é a construção de cerca de 500 quilômetros de linhas de distribuição, com 16 subestações, na Ilha de Marajó. Pela primeira vez, a comunidade da ilha terá acesso à energia limpa e de qualidade, permitindo o desligamento de 15 usinas térmicas movidas a diesel. Sem a queima de óleo diesel, a emissão de CO2 será reduzida no maior arquipélago fluviomarinho do mundo. A primeira etapa do projeto foi iniciada em 2009 e seguirá até 2011. Um destaque importante é o fato de que houve uma orientação para que as empreiteiras envolvidas contratassem, preferencialmente, mão de obra local qualificada para o trabalho exigido. (GRI EC07) Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 62% das famílias da Amazônia Legal (Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins) vivem com uma renda per capita de até meio salário mínimo. 26
  • 27. O projeto para levar energia elétrica, desenvolvimento e educação aos moradores da Ilha de Marajó é mais um entre os vários já realizados pela Rede Energia, que, em 2009, já trocou 6.876 geladeiras da população de baixa renda, e também já levou luz aos quilombos, às aldeias indígenas e a outras regiões extremas da sua área de concessão. No papel de responsável pelo desenvolvimento sustentável local, a Rede Energia segue com o desafio de criar um sistema de valores onde está inserida, preservando relacionamento próximo ao governo, às comunidades locais e às demais empresas da região. Além de obedecer aos requisitos ANEEL, que é a agência reguladora do setor, a empresa busca participar ativamente da construção de normas, aplicação de tratados e pactos que promovam o desenvolvimento sustentável. Exemplo disso é a participação no grupo de trabalho da ISO 26000, no qual houve o patrocínio da empresa, bem como o apoio ao programa “Todos Pela Educação” e aos “Oito Objetivos do Milênio”, definidos pela ONU. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 27
  • 28. Rede Energia Principais impactos, riscos e oportunidades Presente em regiões ricas em biodiversidade, como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica, a Rede Energia leva energia aos lugares mais distantes e isolados do País, passando por aldeias indígenas, populações quilombolas e ribeirinhas. No total, a energia chega a 4,5 milhões de unidades consumidoras, promovendo desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida aos moradores de 578 municípios da área de concessão da Companhia. A atuação das nove distribuidoras concessionárias abrange aproximadamente um terço do território nacional. A dimensão da área faz com que a Rede Energia mobilize grande volume de investimentos, recursos humanos e naturais para o desenvolvimento de análises e pesquisas sobre o impacto socioambiental produzido pelo negócio na sua área de atuação. A principal preocupação da companhia tem sido minimizar os impactos negativos e ampliar os benefícios advindos de sua atuação. Faz parte dos principais desafios socioambientais da Rede Energia: • Eliminação de cerca de 40 usinas termelétricas movidas a diesel, até 2014, nos estados de Mato Grosso e Pará. Desde o início das desativações, em 2005, até 2014, haverá a redução de 4,2 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. • Continuidade dos trabalhos de remediação do solo e de águas subterrâneas contaminados por hidrocarbonetos (derivados do diesel) em usinas desativadas. • Inserção de localidades das regiões Centro-Oeste e Norte no Sistema Interligado Nacional (SIN), promovendo o desenvolvimento econômico dos locais que se encontram nos sistemas isolados. • Desenvolvimento de um sistema de monitoração da quantidade de emissão, direta e indireta, de gases relevantes ao efeito estufa, ao longo de toda a cadeia de valor. 28
  • 29. Nos 2.787.107 km2 de área de concessão, envolvendo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins, o atendimento à população requer soluções criativas e personalizadas para cada situação, seja às margens dos rios e igarapés (na região amazônica ou no pantanal), seja em áreas de dunas de areia (no cerrado). Atualmente, a Rede Energia conta com um aerobarco para levar seus técnicos para a manutenção de toda infraestrutura em regiões afastadas. Quando não há condições de tráfego pelas estradas, ou quando parte da região fica debaixo d’água no período chuvoso, há a necessidade de construção de jangadas para o transporte de cada poste (550 quilogramas, em média) e dos cabos pelos rios. São usados barcos grandes que transportam até 4 mil toneladas, além de balsas pequenas. Há a necessidade de 20 homens para a instalação dos postes nesses locais. Por terra ou areia, a ocorrência de atolamento das carretas com os pesados postes é uma constante na rotina dos colaboradores que, muitas vezes, acampam no local ou consertam pontes para completar o percurso com os postes. Para facilitar e agilizar a operação, a Rede Energia estuda a implantação dos postes de fibra em regiões ribeirinhas nos próximos anos. São várias as vantagens do modelo alternativo: o poste de fibra de vidro pesa quatro vezes menos, precisa de apenas quatro homens como mão de obra e é instalado mais rapidamente, além de ter vida útil de 80 anos – três vezes mais que o de concreto. (GRI 1.2) relatório de responsabilidade socioambiental 2009 29
  • 30. Rede Energia Reconhecimentos (lista de prêmios) – (GRI 2.10) Os resultados obtidos pelas empresas da Rede Energia em 2009, em pesquisas de satisfação com o cliente, reforçam ainda mais a presença da gestão socioambiental responsável em todas as hierarquias da Companhia. Veja os resultados obtidos pela Rede Energia ao longo de 2009: Rede Energia • Holding ocupa 64ª posição no ranking dos 200 maiores grupos por receita bruta no Brasil, segundo a edição 2009 do anuário Valor Grandes Grupos, do jornal Valor Econômico. A companhia também é destaque entre os 20 maiores em patrimônio líquido. • Holding é a 53ª colocada no ranking dos 100 maiores grupos empresariais, segundo a edição 2009 do anuário Melhores & Maiores que mede o desempenho financeiro das maiores empresas e dos principais setores da economia brasileira da revista Exame. Dentre as 100 maiores empresas de capital aberto, a Rede Energia ocupa a 80ª posição • Prêmio Top Social, concedido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) ao projeto “Rede Atletismo Novos Talentos”, na categoria “organizações e profissionais que se destacam em programas relacionados às ações de responsabilidade social”. • Prêmio Funcoge, concedido pela Fundação Coge, para o projeto “Rede Atletismo Novos Talentos”. Celtins • Prêmio Eletricidade 2009 – Categorias “Melhor Evolução Nacional”, “Melhor Empresa” (região Norte) e “Melhor Evolução” (região Norte). A Celtins já conquistou premiações como a “Melhor Empresa da região Norte” nas edições de 2000, 2001, 2002 e 2004. 30
  • 31. Prêmio IASC – Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor, conquistado pela quinta vez: 2002, 2003, 2004, 2006 e 2009. • Prêmio SESI Qualidade no Trabalho (PSQT) - Pioneira no setor, a premiação destaca o esforço das indústrias que investem em práticas diferenciadas de gestão e na valorização dos seus colaboradores. Vale Paranapanema • Prêmio Nacional de “Melhor Distribuidora de Energia Elétrica”, na categoria até 500 mil consumidores – ABRADEE. • Avaliação pelo cliente. • Melhor evolução do desempenho. Troféu Prêmio ABRADEE CFLO Prêmio Eletricidade Moderna – “Melhor Empresa Nacional”, “Menor Índice de Perdas”, “Melhor Desempenho Comercial” e “Melhor Desempenho Operação”, na categoria Média Empresa. Cemat Prêmio ABRADEE – “Melhor Distribuidora de Energia das Regiões Norte e Centro-Oeste”, com mais de 500 mil consumidores. Enersul • Prêmio Eletricidade Moderna – “Melhor Distribuidora da região Centro-Oeste”. • Medalha Eloy Chaves. • Foi certificada, pelo quinto ano consecutivo, com o selo ABRINQ. • “Prêmio de Qualidade do Trabalho do Serviço Social da Indústria (SESI)” – organismo vinculado à Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul –, como a melhor empresa do Estado que promove a qualidade de vida do trabalhador e de seus dependentes, com foco em educação, saúde e lazer. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 31
  • 32.
  • 33. Governança Corporativa Capítulo 2
  • 34. Governança Corporativa Valores, transparência e governança A satisfação dos stakeholders e a busca da sustentabilidade do negócio são compromissos assumidos pela Rede Energia. Na prática dos negócios, tem prevalecido a transparência no relacionamento com as partes envolvidas, com prestação de contas de cada ação e de seus respectivos impactos. Durante reunião do Conselho da Administração da Rede Energia, em fevereiro de 2009, foi aprovada a criação do Comitê de Gestão e as diretrizes para seu funcionamento. O Comitê de Gestão prestará assessoria ao Conselho de Administração, e seu escopo de atuação abrangerá a Rede Energia e suas controladas. Dentro dos princípios de governança corporativa, a Rede Energia não permite a participação de familiares do acionista controlador na gestão, diretoria ou no conselho de administração. A eficácia dessa norma evitou o registro de conflitos de interesse na Companhia ao longo de 2009. Dentro das práticas estabelecidas pela Rede Energia, qualquer desentendimento entre gestores passaria, primeiramente, pelos gestores de recursos humanos; na sequência, pela diretoria; e, em última instância, pelo presidente do Conselho de Administração. (GRI 4.6) Pelo organograma da companhia, faz parte da responsabilidade do Conselho de Administração, a avaliação do desempenho da Diretoria Executiva e da gestão dos negócios. (GRI 4.10) Ainda faz parte das práticas estabelecidas pela Rede Energia, a avaliação, pela presidente da Companhia, do desempenho econômico, social e ambiental e do cumprimento das metas por parte dos integrantes da diretoria executiva. São realizadas reuniões mensais nas quais comparecem os vice-presidentes para apresentarem os avanços e desafios das empresas controladas nas áreas de atuação. As estratégias corporativas são construídas com base nessas reuniões. (GRI 4.9) 34
  • 35. Estrutura de governança Como uma sociedade anônima de capital aberto, a governança da Rede Energia estrutura-se a partir da Assembléia Geral de Acionistas, responsável pelo direcionamento da empresa. A Assembléia Geral Ordinária da Companhia ocorre até o final de abril de cada ano, ocasião em que há a aprovação das Contas da Administração, por meio do Relatório da Administração e das Demonstrações Financeiras, acompanhadas dos Pareceres dos Auditores Independentes e do Parecer do Conselho Fiscal. Poderá, ainda, ser convocada Assembléia Geral Extraordinária de Acionistas para deliberar sobre quaisquer outros assuntos de interesses da Companhia. A Companhia é administrada por um Conselho de Administração e uma Diretoria Executiva. O mandato de ambos é de dois anos, sendo permitida a reeleição. Os respectivos mandatos terminarão na data da Assembléia Geral que examinar as contas relativas ao último exercício de suas gestões. (GRI 4.01) A Rede Energia, por tratar-se de companhia de capital aberto, está sempre atenta ao cumprimento das normas do mercado de capitais, com ênfase nas normas e orientações expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM (“CVM”). relatório de responsabilidade socioambiental 2009 35
  • 36. Governança Corporativa Política de Divulgação e Negociação Em conformidade com a Instrução nº 358 da CVM, a Companhia possui uma política de divulgação e de negociação por meio do “Manual das Políticas de Uso e Divulgação de Informações Relevantes e de Negociação dos Valores Mobiliários de emissão da Companhia” A política de divulgação e negociação da Rede Energia formaliza a postura de transparência, ampla disseminação, acuidade e suficiência de informações relevantes, relativas à Companhia, que sempre orientou a conduta da Administração. Todos os administradores estatutários (Conselheiros de Administração, Fiscal e Diretores) aderiram à política de divulgação e de negociação no ato de suas eleições, podendo ser estendida a outros cargos de confiança. Compõem o Conselho de Administração: (GRI 4.03) Órgão Nome Indicação Presidente Jorge Queiroz de Moraes Junior Controlador Conselheiro Administrativo Alberto José Rodrigues Alves Controlador Conselheiro Administrativo Antonio da Cunha Braga Controlador Conselheiro Administrativo Sebastião Bimbati Controlador Conselheiro Administrativo Omar Bittar Controlador Conselheiro Administrativo Plácido Gonçalves Meirelles Controlador Conselheiro Administrativo Joaquim Dias de Castro BNDESPAR Conselheiro Independente Martus Antonio Rodrigues Tavares Independente Conselheiro Independente João Carlos Hopp Independente 36
  • 37. Conselho de Administração O Conselho de Administração é composto por no mínimo sete e no máximo de nove membros, sendo dois deles conselheiros independentes: João Carlos Hopp e Martus Antonio Rodrigues Tavares. (GRI 4.3) A composição do Conselho conta, ainda, com um representante da empresa BNDES Participações S.A (BNDESPAR) e os demais são indicados pelo acionista controlador, todos com mandatos de dois anos, podendo ser reeleitos. A presidência do Conselho de Administração é exercida pelo acionista controlador, responsável pela elaboração de estratégias de longo prazo e pela formulação das políticas e diretrizes da Companhia. Os membros do Conselho de Administração permanecem no exercício da função até a posse de seus sucessores. (GRI 4.02) Todos os membros do conselho da Rede Energia têm participação no capital social da companhia, conforme exigência da lei corporativa do país. Em 2009, o Conselho de Administração realizou 14 reuniões para aprovação das demonstrações contábeis, eleição e/ou substituição dos membros da Diretoria Executiva, aprovação das operações financeiras e/ou contratações cujos valores sejam superiores a 5% (cinco por cento) do total de ativos da Companhia, planejamento estratégico, elaboração de projetos e investimentos diversos, e ainda, reúne-se sempre que os interesses da sociedade as exigirem. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 37
  • 38. Governança Corporativa Jorge Queiroz de Moraes Junior Alberto José Rodrigues Alves Antonio da Cunha Braga – É Presidente do Conselho de – É membro do Conselho – É membro do Conselho Administração desde abril de de Administração desde de Administração, tendo 1995. É Diretor Presidente da abril de 1995. É Diretor ingressado na Rede Energia Denerge e Presidente do Conselho Vice-Presidente da Denerge desde 1998, exercendo o cargo de Administração da EEVP e de e membro do Conselho de de Diretor de Distribuição. É outras subsidiárias da Rede Energia. Administração da Denerge, formado como Eletrotécnico Também preside o Conselho de EEVP e de outras subsidiárias pelo Instituto Americano de Administração da REDEPREV - da Rede Energia. Formado Lins, e em Administração de Fundação Rede de Previdência. Até em Engenharia Elétrica, com Empresas e Economia pelas 1999, atuou como professor adjunto especialização em Eletrônica, Faculdades Integradas de da Faculdade de Administração da pela Escola de Engenharia Marília, e ainda, possui MBA em Fundação Getúlio Vargas. Formado Mauá. Possui MBA e Administração Geral pela USP em Engenharia Naval pela Escola mestrado em Finanças e – Universidade de São Paulo. Politécnica da Universidade de Economia pela Fundação São Paulo, possui mestrado em Getúlio Vargas. Administração de Empresas e PhD em Finanças e Economia pela Universidade de Michigan. 38
  • 39. Sebastião Bimbati Omar Bittar Plácido Gonçalves Meirelles – É membro do Conselho de – É membro do Conselho – É membro do Conselho Administração de várias empresas de Administração desde de Administração desde abril de 2000. Também controladas pela Rede Energia desde 1995, dezembro de 2005. É atua como Conselheiro da sendo, atualmente membro do Conselho sócio-proprietário da EEVP e é Diretor Executivo de Administração das seguintes empresas Omar Bittar Assessoria da Nacional e Bragantina. controladas: Empresa de Eletricidade e Consultoria Jurídica É sócio-proprietário da Trois Vale Paranapanema S.A., Rede Energia S/C. Foi vice-presidente da Elles Modas e Confecções. S.A., Centrais Elétricas do Pará S.A – CELPA, CODETEC – Companhia Atuou como membro do Conselho Consultivo da Companhia de Energia Elétrica do Estado de Desenvolvimento REDEPREV e como Diretor da do Tocantins – CELTINS, Centrais Elétricas Tecnológico de Campinas. Termocerâmica São Martinho. Matogrossenses S.A. – CEMAT, Companhia Formado em Direito pela Força e Luz do Oeste, Tangará Energia S.A, Faculdade de Direito de Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A., Couto Niterói, Rio de Janeiro, Magalhães Energia S.A.. Foi Gerente e em Administração de Financeiro e Contábil da Companhia Empresas pela Fundação Energética de São Paulo. É formado em Getúlio Vargas. Economia pela Faculdade Armando Álvares Penteado-SP. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 39
  • 40. Governança Corporativa Joaquim Dias Castro Martus Antonio Rodrigues João Carlos Hopp – É membro do Conselho de Administração Tavares – É membro do Conselho da Rede Energia S.A e CTX Participações – É membro do Conselho de de Administração desde S.A, empresa controladora da Contax, Administração desde julho de dezembro de 2005. É maior empresa brasileira de contact center. 2006. É Vice-Presidente Executivo Conselheiro da Cemat Também, desde abril de 2008, é membro da Federação das Indústrias e membro do Conselho suplente do Conselho de Administração do Estado de São Paulo (FIESP). Consultivo da Açucareira da Telemar Participações S.A., da Tele Norte Foi Secretário da Fazenda e do Corona S/A. Lecionou na Leste Participações S.A. e da Light Energia Planejamento do Estado de Faculdade de Administração S.A.. Em 2003 foi membro do Conselho São Paulo, em 2005, e atuou da Fundação Getúlio Vargas. de Administração da Telemig Celular como Diretor Executivo do BID É formado em Economia pela Participações S.A. É Gerente da Área de pelo Brasil e Suriname, de 2002 Faculdade de Economia de São Mercado de Capitais do BNDES, no qual a 2004. Possui mestrado em Paulo da Fundação Armando trabalha desde 2004. Possui formação Economia pela Universidade Álvares Penteado. (GRI 4.7) em Economia pela Universidade Federal de São Paulo. do Rio Grande do Sul, concluído em 2000, e mestrado em economia pela EPGE/FGV (Rio de Janeiro), concluído em 2008. 40
  • 41. Diretoria Executiva A Diretoria Executiva da Rede Energia é eleita pelo Conselho de Administração e composta por até seis membros, que podem ou não ser acionistas, residentes no país, sendo permitida a reeleição. Os Diretores Executivos são responsáveis pela gestão diária dos negócios e pela implantação das resoluções tomadas pelo Conselho de Administração. As atribuições da Diretoria Executiva são estabelecidas pelo Estatuto Social e pelo Conselho de Administração. Em 2009, integravam a Diretoria Executiva da Rede Energia: um Diretor Presidente, um Diretor Vice- Presidente Executivo, um Diretor Administrativo e Financeiro, um Diretor de Distribuição, um Diretor de Produção e Transmissão e um Diretor Gerente. Compõem a Diretoria Executiva: Diretora Presidente e de Relação com Investidores Carmem Campos Pereira Diretor Vice-Presidente Executivo Valdir Jonas Wolf Diretor Administrativo e Financeiro Ricardo Del Guerra Perpetuo Diretor de Distribuição Sidney Simonaggio Diretor de Produção e Transmissão José Eduardo Costanzo Diretor Gerente Alexei Macorin Vivan Carmem Campos Pereira – Presidente da Rede Energia e membro da Diretoria Executiva desde maio de 1998. É Diretora Executiva Financeira da EEVP e de outras subsidiárias da Rede Energia. Também é Diretora Financeira da Fundação Aquarela. É formada em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, em Administração de Empresas pela Universidade São Judas Tadeu e possui mestrado em Gestão Financeira pela Universidade de São Paulo. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 41
  • 42. Governança Corporativa Valdir Jonas Wolf Ricardo Del Guerra Perpétuo – É membro da diretoria da Cemat – É membro da Diretoria Executiva desde outubro de 2009. desde 1997 e membro da diretoria Atuou na área Financeira de Techint Engenharia S.A., Banco desde maio de 2005. Atua no setor de Boston, Civilcorp Engenharia, Construção e Incorporação elétrico desde 1979, trabalhou na CFLO Ltda. Foi Diretor Financeiro da Método Engenharia S.A. por 08 (oito) anos. Atualmente ocupa Em 1999 passou a ser Diretor Financeiro e de Relação com o cargo de Vice-Presidente de Assuntos Investidores da Sanepar - Cia de Saneamento do Paraná. Em Regulatórios da Rede Energia S.A, 2003/2004 assumiu a Diretoria Financeira e de Relação com onde é responsável pela coordenação Investidores da Amazônia Celular S.A., Telemig Celular S.A., e acompanhamento de todos os Tele Norte Celular S.A. e Telemig Celular Participações S.A. Em atos ligados ao Poder Concedente, 2007 trabalhou na Diretoria Financeira da TRB Trump Realty bem como coordena e executa todo e na Inpar S.A. Em 2008, assumiu a Diretoria Financeira e o processo tarifário da Companhia. de Relação com Investidores da Construtora Tenda e até É formado em Contabilidade pela setembro de 2009 ocupava o cargo de Diretor Financeiro Faculdade de Filosofia, Ciências e do Grupo Schahin- Schahin Engenharia S.A. É formado em Línguas de Guarapuava. engenharia civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. 42
  • 43. Sidney Simonaggio José Eduardo Costanzo Alexei Macorin Vivan – É membro da Diretoria Executiva desde – É membro da Diretoria – É Bacharel em Direito maio de 2009. Foi Diretor de Geração e Executiva desde março pela Faculdade de Direito da Transmissão da Eletropaulo Eletricidade de 2004. Foi responsável Universidade de São Paulo de São Paulo S.A no período de out/1995 pela coordenação das – 1996, Advogado inscrito a dez/1997, e exerceu outros cargos de usinas hidrelétricas de na OAB/SP e Doutor em direção e gerência, tendo ingressado como Rosal, Guaporé e Lajeado. Direito pela Universidade de Engenheiro de Operação de Sistemas desde Foi diretor de Engenharia São Paulo - 2005. Foi Diretor março/1980. É formado em Engenharia e Construção da CESP Jurídico da CMS Energy Elétrica modalidade Eletrotécnica (1979) – Companhia Energética Brasil; Advogado interno de - Faculdade de Engenharia Industrial (São do Estado de São Paulo e Duke Energy Paranapanema Bernardo do Campo/SP), com Mestrado Diretor de Construção da S.A. (cedido pelo Pinheiro sem dissertação na área de Sistema de Badra S.A. É formado em Neto - Advogados); Potência (1982) - Escola Politécnica da Engenharia Civil pela Escola Estagiário e Advogado de Universidade de São Paulo (São Paulo/SP). de Engenharia de São Pinheiro Neto – Advogados. É formado também em Direito (2004) Carlos, da Universidade É diretor de outras empresas - Pontífice Universidade Católica/RS (Porto de São Paulo. controladas da Rede Energia. Alegre/RS). relatório de responsabilidade socioambiental 2009 43
  • 44. Governança Corporativa Conselho Fiscal O Conselho Fiscal, órgão responsável pela fiscalização dos atos de gestão da Administração da Companhia, conforme estabelecido no seu Estatuto Social, sendo seus membros eleitos anualmente pela Assembléia Geral Ordinária. O Conselho Fiscal é um órgão permanente composto por, no mínimo, três membros e, no máximo, cinco, com igual número de suplentes substitutos, sendo que no mandato de 2009, um membro efetivo e um membro suplente são indicados pela acionista BNDES Participações S.A (BNDESPAR) e os demais pelo acionista controlador. Compõem o Conselho Fiscal Conselheiro Efetivo Fernando Quartim Barbosa de Figueiredo Controlador Conselheiro Efetivo Carlos Souza Barros de Carvalhosa Controlador Conselheiro Efetivo Osmar José Vicchiatti Controlador Conselheiro Efetivo Annibal Ribeiro do Valle Filho Controlador Conselheiro Efetivo Rafael Costa Strauch BNDESPAR Suplente Antonio Carlos de Paula Controlador Suplente Marcos de Jesus Costa Controlador Suplente Otmar Mário Brull Controlador Suplente Kleber Cimini Lage Controlador Suplente Marcelo Marcolino BNDESPAR 44
  • 45. Os membros do Conselho Fiscal permanecem em seus cargos até a data da realização da Assembléia Geral Ordinária de acionistas que deliberar sobre as contas do exercício de suas gestões, ou seja, até abril do ano seguinte ao ano de sua eleição. Acionistas com, no mínimo, 10% do capital votante da empresa têm direito a eleger um membro do Conselho Fiscal. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 45
  • 46. Governança Corporativa Fernando Quartim Barbosa de Figueiredo Carlos Sousa Barros – É membro do Conselho Fiscal, tendo exercido vários cargos de Carvalhosa de Administrador na Rede Energia e em empresas por ela – Membro do Conselho controladas desde 1985 a 1988, e ainda, como consultor, Fiscal desde abril de 2006. desde 1988 a 1995. Foi consultor do Grupo Vicunha e do É também membro do Banco Safra para assuntos de privatização – 1994/1995, Conselho Fiscal da Celpa, assessor do Secretário na Secretaria de Planejamento e Cemat e Celtins. Foi gerente da Gestão de São Paulo – 1994/1995; coordenador de Recursos CNBO – Produtora de Energia Hídricos da Secretário de Recursos Hídricos Saneamento e Elétrica Ltda., de 1997 a 1998, Obras São Paulo – 1993/1994; coordenador de Energia da e Diretor de Investimentos Secretaria de Energia e Saneamento, São Paulo – 1992/1993; Incentivados da Investco. É Diretor de Concessões do Dep. Nacional de Águas e Energia Engenheiro Civil formado Elétrica -DNAEE –1991/1992; Diretor do Departamento de pela Escola Politécnica da Energia do Instituto de Engenharia de São Paulo – 1993. Universidade de São Paulo. É formado em Engenharia pela Escola de Engenharia de Mauá – 1966 e Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – 1972. 46
  • 47. Osmar José Vicchiatti Annibal Ribeiro – Membro do Conselho Fiscal do Valle Filho desde abril de 2006. É membro – Membro do Conselho Fiscal desde do Conselho Deliberativo da abril de 2000. Foi Gerente Técnico REDEPREV. Foi Diretor da EEB e da Construtora Beter S.A., e Gerente Diretor e Membro do Conselho de Planejamento, Orçamento e de Administração de outras Controle da Badra S.A., de 1982 a empresas controladas pela 1995. É sócio-gerente da Planorc Rede Energia de 1980 a 2003. Serviços de Engenharia S/C Ltda. Foi É graduado em Administração professor da Escola de Engenharia de de Empresas e Ciências Alfenas, Minas Gerais. É formado em Econômicas pela Universidade Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo. Federal de Minas Gerais, com curso de especialização em Administração pela Fundação Getúlio Vargas. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 47
  • 48. Governança Corporativa Rafael Costa Strauch Antonio Carlos Marcos de Jesus Costa – Membro do Conselho de Paula – Membro do Conselho Fiscal desde abril – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É de 2008. É formado Fiscal desde abril de 2000. formado em Publicidade e em Economia pela É gerente de projetos da Propaganda pela Faculdade Universidade Federal Ericsson Telecomunicações. de Comunicação Social do Rio de Janeiro, em Engenheiro Elétrico Cásper Líbero e tem MBA Administração de formado pela Universidade em Gestão Estratégica e Empresas pelo IBMEC de Mogi das Cruzes, com Econômica pela Fundação e mestrando pela extensão em Contabilidade Getúlio Vargas. EPGE/FGV-RJ. e Finanças para Executivos e Gerenciamento de Empreendimentos pela Fundação Getúlio Vargas. 48
  • 49. Otmar Mário Brull Kleber Cimini Lage Marcelo Marcolino – Membro do Conselho – Engenheiro Eletricista formado – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. pela Universidade Federal de Goiás. Fiscal desde abril de É formado em Engenharia Foi professor do Departamento de 2008. É formado em Civil e Elétrica pela Eletrotécnica da Escola de Engenharia Ciências Contábeis pela Universidade Mackenzie. desta mesma universidade. Atuou na Universidade do Estado do área de engenharia nas Centrais Elétricas Rio de Janeiro. Tem MBA de Goiás S.A. (Celg), de 1968 a 1975, e em Finanças e Direito pela posteriormente passou a exercer o cargo Fundação Getúlio Vargas, de Diretor de Operações. Foi Diretor do e MBA Executivo em Departamento Estadual de Águas e Finanças Corporativas Energia Elétrica de Goiás e Assessor da pelo IBMEC - RJ. Diretoria da Eletronorte em 1983. Atuou como Diretor de Planejamento da Celtins e como Diretor Estatutário da Investco S.A., de 1998 a 2003. Exerceu ainda o cargo de Assessor da Rede Energia de 2003 a 2006. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 49
  • 50. Governança Corporativa Comitês Comitê de Gestão Dentre as práticas de governança corporativa, o Conselho de Administração deliberou pela criação do Comitê de Gestão, cujo funcionamento é de caráter permanente. O Comitê deverá ter quatro membros, sem hierarquia entre si, composto exclusivamente por membros do Conselho de Administração, sendo que ao menos um deve ser conselheiro independente, para um mandato de dois anos. O Comitê de Gestão reúne-se mensalmente para prestar assessoramento e orientação ao Conselho de Administração nos seguintes assuntos: (1) análise e acompanhamento do planejamento estratégico; (2) planejamento financeiro; (3) o orçamento anual; (4) o planejamento tributário; (5) o desempenho do negócio; (6) assuntos financeiros diversos e de interesse da Companhia e suas Controladas; e (7) cumprir as demais responsabilidades contidas nas Diretrizes do Comitê de Gestão. Grupos de Trabalho A Rede Energia conta com grupos de trabalho, de caráter permanente, compostos por superintendentes, diretores estatutários ou não e vice-presidentes. A composição é feita por designação do diretor vice-presidente, responsável pela área de atuação do grupo. Os grupos de trabalho reportam-se à presidência por intermédio dos vice-presidentes, nas respectivas áreas de atuação. Denominados internamente como comitês, os grupos de trabalho realizam análises técnicas, levantamentos das execuções e de propostas, cujo objetivo final é a apresentação das análises relativas ao cumprimento dos planos de trabalho e das metas estabelecidos pela diretoria executiva. 50
  • 51. Os grupos de trabalho atuam nas respectivas áreas: Administrativa e Financeira, Regulatória, Jurídica e de Gestão de Pessoas, Distribuição e Gestão de Energia, sendo presididos pelos respectivos vice-presidentes, os quais podem receber contribuições de terceiros. Os assuntos de interesse da sociedade são analisados em reuniões promovidas pelos comitês e, posteriormente, levados à presidência. Nessa instância, sugestões e propostas poderão ser encaminhadas ao secretário do Conselho de Administração para eventual deliberação pelo Comitê de Gestão. Uma vez que as sugestões e propostas do grupo de trabalho sejam apreciadas pelo Comitê de Gestão, este poderá recomendar a deliberação destas pelo Conselho de Administração. Comitê de Responsabilidade Socioambiental A Rede Energia apresenta um Comitê de Responsabilidade Socioambiental constituído formalmente em 2008. É composto por representantes de todas as empresas para o alinhamento das práticas socioambientais na Rede Energia. O Comitê de Responsabilidade Socioambiental é responsável pela elaboração do Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental da Rede Energia, que consolida as práticas da Holding e das empresas controladas, distribuidoras, geradoras e comercializadora do grupo. Desde 2009, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal das empresas controladas se reúnem para apreciação e aprovação dos Relatórios Anuais de Responsabilidade Socioambiental que seguem as diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI) e as exigências da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). relatório de responsabilidade socioambiental 2009 51
  • 52. Governança Corporativa Estrutura societária da Rede Energia em 2009 (GRI 2.3) Holding BNDESPAR DENERGE EEPV OUTROS Distribuição (*) Capital Aberto Geração Comercialização e Serviços 23.88% 15.62% 56.43% 4.07% % Capital Total Bio Energia REDE ENERGIA (*) 100.00% 99.98% 100.00% EDEVP QMRA REDE POWER REDE COM 99.60% 51.26% 10.11% CELPA (*) REDE SERV 99.50% 39.92% CEMAT(*) TANGARÁ 70.78% 100.00% CAIUÁ VALE DO 60.48% VACARIA 50.86% CELTINS 91.45% EEB 98.69% 43.74% CNEE 97.70% CFLO 56.18% ENERSUL A Rede Energia é uma sociedade anônima de capital aberto (GRI 2.6), com patrimônio líquido consolidado de R$ 1.13 bilhões em 2009. O último processo de reestruturação societária ocorreu em 11 de setembro de 2008, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou a troca de ativos entre a Rede Energia e a empresa portuguesa EDP – Energias do Brasil. Pela operação, a Rede passou a deter o controle da Enersul, distribuidora de energia do estado de Mato Grosso do Sul, aumentando de 30% para 35% sua participação no mercado brasileiro de distribuição. Pelo acordo, a Usina Hidrelétrica de Lajeado, no Tocantins, foi transferida para a EDP - Energias do Brasil. 52
  • 53. Mercado de capitais As ações preferenciais (REDE4) e ordinárias (REDE3) da holding Rede Energia são listadas na BM&F Bovespa. Ao longo dos anos, a Rede Energia segue implantado requisitos mínimos de governança corporativa, exigidos para a adesão ao Nível 2, como a presença de conselheiros independentes no Conselho de Administração da holding. (GRI 4.1 e 4.2) No encerramento de 2009, o capital social da Rede Energia era constituído 322.075.470 ações, das quais 221.157.990 eram ações ordinárias (ON) e 100.917.480 mil, ações preferenciais (PN). A maior parte, 72,05% do total do capital social pertenciam aos acionistas controladores em 2009. O público investidor representava 4,07% do capital acionário total da empresa. No encerramento de 2009, constavam como os maiores acionistas da Rede Energia: a Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema (EEVP), com 56,43% do capital total, e Denerge – Desenvolvimento Energético S.A, com 15,62% do capital total, seguida pela acionista BNDES Participações S.A (BNDESPAR), com 23,88% do capital total, por meio de um Acordo de Acionistas. Os acionistas da Rede Energia têm direito de receber como dividendo obrigatório, no mínimo, 25% do lucro líquido do exercício em cada exercício, observadas as diminuições e acréscimos permitidos pelo Estatuto Social e pela Lei 6.404/76. Os acionistas titulares de ações preferenciais têm direito a receber dividendos não cumulativos, no mínimo, 10% superiores aos atribuídos às ações ordinárias, além das demais vantagens e direitos previstos no Estatuto Social e Lei 6.404/76. Do resultado positivo do exercício de 2009, a Companhia, antes de qualquer participação, compensou prejuízos acumulados de exercícios anteriores, nos termos do que determina a Lei 6.404/76 e o Estatuto Social. Por esse motivo, não houve distribuição de dividendos aos acionistas. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 53
  • 54. Governança Corporativa Societário e Relação com Investidores A Companhia dispõe de uma área ligada diretamente à vice-presidência jurídica e de gestão de pessoas, especializada no atendimento aos acionistas, administradores e parceiros. A área é responsável pelo envio e pela disponibilização de informações periódicas e eventuais, tais como: informações padronizadas de mercado, editais de convocação, avisos aos acionistas, atas dos órgãos da administração, comunicados e fatos relevantes; utilizando-se do sistema Informações Periódicas e Eventuais (IPE), da CVM No site www.redenergia.com, há um link específico para a área de Relação com Investidores, denonimado “Investidores”, no qual estão disponíveis relatórios financeiros, informações sobre o desempenho das ações da Companhia, iniciativas relacionadas à Governança Corporativa e avisos, comunicados ao mercado e fatos relevantes que foram informados em 2009 e nos anos anteriores. Qualquer sugestão ou requerimento do acionista, enviado por telefone, carta, e-mail ou levado pessoalmente aos estabelecimentos ligados à Rede Energia, são encaminhados à Presidência. Auditoria Independente A posição patrimonial, financeira, aplicações e operações da Rede Energia – descritas nas demonstrações contábeis – são avaliadas por uma auditoria independente, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade e legislação do setor. O Conselho de Administração da Rede Energia 54
  • 55. escolhe, periodicamente, a empresa de auditoria independente, nos termos da Instrução nº 308/99 da CVM que impede a prestação dos serviços de auditoria para um mesmo cliente por prazo superior a cinco anos consecutivos. Mecanismos para que acionistas façam recomendações ou dêem orientações ao mais alto órgão de governança. Os acionistas podem se utilizar dos mecanismos acima referidos, bem como, de vários outros para efetuar recomendações ou dar orientações à Administração, tais como envio de carta à presidência, visita pessoal à sede social da Companhia e/ ou manifestar-se por e-mail, disponível no site corporativo do grupo. Qualquer sugestão ou requerimento de acionista pode ser protocolado nos estabelecimentos e/ou filiais das empresas controladas pela Rede Energia. As solicitações serão encaminhadas à Presidência. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 55
  • 56.
  • 58. Desempenho econômico financeiro Estratégia e modelo de gestão “Foi um ano de redefinição de papéis entre corporativo e empresas.” – Frase da Presidente Executiva Carmem Pereira. “Para atender às necessidades de um Brasil que cresce, e ser referência em gestão empresarial, é preciso evoluir.” Com este mote, a Rede Energia iniciou 2009 com um dos mais audaciosos programas já realizados na história da Companhia: o Evoluir. A implantação do programa deixará a Rede Energia alinhada às modernas práticas de gestão empresarial. O Programa Evoluir conta com sete projetos fundamentais: centro de serviços compartilhados; estruturação de processo de cobrança; estruturação da operação e engenharia; manual de controle patrimonial elétrico; Call Center; procedimento de distribuição e SAP. • Centro de Serviços Compartilhados (CSC) – Tem o objetivo de uniformizar os processos contábeis, fiscais e financeiros das empresas que formam a Rede Energia. • Estruturação do Processo de Cobrança (EPC) – Resultará em uma área de cobrança corporativa responsável pela elaboração de estratégias e pela implantação de melhorias, definindo as políticas e as normas para todo o grupo. • Estruturação da Operação e Engenharia (EOE) – Visa ao aumento de eficiência da área operacional da Rede Energia, aprimorando as estruturas de engenharia e de distribuição de cada distribuidora. A melhoria evitará o retrabalho entre as áreas, com economia de tempo e de recursos. 58
  • 59. Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico (MCPSE) – Atualizará o cadastro técnico, operacional e patrimonial de 100% dos ativos das empresas. O trabalho levará três anos para ser concluído. • Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica (PRODIST) – A adequação dos procedimentos segue as orientações da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). O resultado trará um ganho de escala em todas as empresas da Companhia. • Call Center – Será todo reestruturado, de acordo com as determinações da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Além de suprir as demandas da própria empresa, prestará serviços às outras companhias. • Sistema de Gestão Empresarial – Com um investimento de R$ 40 milhões, a Rede Energia será modernizada com um novo software da SAP, empresa responsável pelo desenvolvimento da nova ferramenta. O objetivo é integrar as áreas (tesouraria, cobrança, jurídico, infraestrutura, planejamento e frota, contabilidade e área fiscal) das diferentes empresas da Rede Energia. A previsão é de que a substituição do processo antigo pela nova ferramenta seja concluída até julho de 2011 nas nove empresas da Companhia. Além de maior agilidade, haverá 30% de economia por ano no gasto com gestão. Em 2010, o sistema de gestão empresarial será implantado primeiramente nas empresas Cemat e Celtins. No ano seguinte, será a vez das empresas Enersul, Bragantina, Caiuá, Força e Luz do Oeste, Nacional, Vale Parapanema e Rede Comercializadora. O processo mobilizará a dedicação de cerca de cem pessoas. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 59
  • 60. Desempenho econômico financeiro Gestão de risco A Rede Energia e suas controladas possuem procedimentos de controles preventivos que monitoram sua exposição aos riscos de crédito, de mercado, de escassez de energia e aos riscos relacionados à Companhia e suas operações. Riscos de crédito Trata-se do risco da Companhia e de suas controladas incorrerem em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus consumidores, suas concessionárias e permissionárias. A mitigação desse risco ocorre com a aplicação de procedimentos analíticos de monitoramento das contas a receber de consumidores, ações de cobrança e corte no fornecimento de energia. Outro fator que minimiza o risco de crédito é o perfil da carteira de crédito, que é pulverizada em um número expressivo de consumidores. Riscos de mercado Risco de mercado é a eventual perda resultante de mudanças adversas das taxas e preços de mercado. A Rede Energia está exposta a riscos de mercado decorrentes da atividade. Os riscos de mercado envolvem, principalmente, a possibilidade de que mudanças nas taxas de juros, taxas de câmbio e inflação afetem negativamente o valor dos ativos financeiros, fluxos de caixa e rendimentos futuros da Companhia. A mitigação desse risco ocorre por meio da aplicação de procedimentos de avaliação da exposição dos ativos e passivos ao risco de mercado e, consequentemente, da contratação de “hedge” junto às instituições financeiras de primeira linha. Risco operacional (GRI 4.11) As receitas operacionais da Rede Energia podem ser afetadas ou não por decisões da ANEEL em relação às tarifas praticadas. As tarifas cobradas pela venda de energia aos consumidores são determinadas de acordo com os contratos de concessão celebrados com a ANEEL e estão sujeitas à regulação da agência. 60
  • 61. A mitigação desse risco ocorre pelo monitoramento e pela aplicação das normas e dos procedimentos definidos pela ANEEL, e por um criterioso gerenciamento de custos operacionais. Risco de escassez de energia (GRI EU06) O sistema elétrico brasileiro é abastecido predominantemente pela geração hidrelétrica. Um período prolongado de escassez de chuva, durante a estação úmida, reduziria o volume de água nos reservatórios dessas usinas, trazendo como consequência o aumento no custo da aquisição de energia no mercado de curto prazo e a elevação dos valores de encargos de sistema em decorrência do despacho das usinas termelétricas. Em outra situação extrema, poderia ser adotado um programa de racionamento, que implicaria redução de receita. No entanto, considerando os níveis atuais dos reservatórios e as últimas simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS) não prevê para os próximos anos um novo programa de racionamento. Política de utilização de instrumentos derivativos O uso de derivativos tem o propósito de atender às necessidades da Rede Energia no gerenciamento de riscos de mercado – principalmente de riscos de variação cambial que possam resultar em perda financeira – decorrentes dos descasamentos entre moedas e indexadores. A Companhia e suas controladas possuem apenas operações de swap, sem outros instrumentos derivativos. As operações com derivativos são realizadas por intermédio das superintendências financeiras, de acordo com a estratégia previamente aprovada pelos gestores da Companhia. Os contratos são fechados em mercado de balcão, diretamente com instituições financeiras de primeira linha. As operações com derivativos da Rede Energia e suas controladas não possuem verificadores nem chamada de margens, sendo liquidados integralmente no vencimento. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 61
  • 62. Desempenho econômico financeiro Tecnologia e inovação (“P&D”) Os programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Rede Energia incentivam projetos inovadores que tragam soluções aos desafios tecnológicos do setor elétrico. Em parceria com as melhores universidades e com os mais avançados centros de pesquisa do País, a Rede Energia busca a melhoria do produto e do serviço prestado aos clientes. Desde o início dos programas, a Rede Energia destinou R$ 160 milhões aos programas de P&D. Em 2009, houve o investimento aproximado de R$ 10 milhões em 48 projetos. Alguns dos projetos em andamento são: 1) Desenvolvimento de metodologia para estabelecimento de estrutura tarifária para o serviço de distribuição de energia elétrica entre as distribuidoras Proposto pela ANEEL, o estudo sobre a metodologia de construção de tarifas no setor elétrico é pesquisado pela Rede Energia. O projeto sugere uma estrutura tarifária horo-sazonal, orientando o consumo para as horas e os períodos nos quais o fornecimento de energia elétrica seja menos oneroso para o País. Dessa forma, aumentaria o uso mais racional do sistema elétrico, postergando a realização de investimentos futuros em sua expansão. 62
  • 63. 2) Redução de carbono nas cadeias de fornecimento de energia elétrica da Rede Energia O objetivo do projeto é realizar o inventário das emissões de carbono na cadeia de energia elétrica e, assim, elaborar um estudo de viabilidade econômica para Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) de redução de carbono e criar estratégias para a compensação e neutralização de emissões de carbono nas cadeias de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. 3) Sistema de gerenciamento e centralização de comunicação móvel de dados de voz com transmissão híbrida A meta é desenvolver um sistema de comunicação híbrida (TCP/IP, rádio VHF/UHF, GPRS/GSM e satélites) para transmissão móvel de dados de voz em diferentes localidades. Haveria a integração de tecnologias existentes e o desenvolvimento de softwares e hardwares dedicados às especificidades do sistema de comunicação das empresas cooperadas. A Rede Energia já desenvolveu um projeto que resolve o problema de comunicação entre a área que cuida do atendimento ao cliente e o funcionário que faz o atendimento presencialmente. O sistema de despacho decodifica e envia informação. Ao mesmo tempo, o emissor da informação recebe o relatório, confirmando a chegada dela. É uma maneira de se evitar o extravio de mensagens. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 63
  • 64. 4) Projeto de segmentação de atendimento de clientes por nichos não convencionais A meta é, a partir de pesquisa de opinião, segmentar o atendimento de clientes do grupo A (ligados em média e alta tensão – acima de 13,8 KV), dividindo-os por interesses e demandas comuns. Assim, segmentos 64
  • 65. de mercado como aviários, consumidores em etapas de projetos, corporativos, grandes consumos, entre outros, terão um plano diferenciado de atendimento, o que deverá melhorar continuamente o relacionamento deste segmento de mercado com as distribuidoras da Rede Energia. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 65
  • 66. Desempenho econômico financeiro Resultados financeiros Lucro líquido O resultado econômico-financeiro da Rede Energia foi positivo em 2009, com lucro líquido consolidado de R$ 20,3 milhões. Quando consideradas apenas as nove distribuidoras, o lucro líquido somado representa o montante de R$ 466,6 milhões em 2009, ou seja, 285,1% superior ao de 2008, quando foi registrado R$ 121 milhões. O aumento percentual de 285,1% é significativo, se avaliado que, nos primeiros meses de 2009, devido ao temor da crise financeira global iniciada em meados de 2008, a atividade econômica local se restringiu, principalmente, na região Norte do País – área de concessão da Rede Energia. O próprio consumidor acabou pisando no freio em termos de consumo, especialmente nos primeiros meses do ano, quando a crise ainda estava iminente. Conseqüentemente, houve menor consumo de energia elétrica. Mesmo assim, os investimentos da Rede Energia foram mantidos em 2009, ainda que em uma escala mais modesta que a do ano anterior. Principais indicadores financeiros (GRI 2.8 e EC01) Dados Econômicos 2009 2008 Var% Receita Operacional Bruta - R$ mil 7.586.966 6.075.141 24,9% Receita Operacional Líquida - R$ mil 5.044.554 3.995.756 26,2% EBITDA - R$ mil 1.187.610 993.963 19,5% Margem EBITDA (%) 23,5% 24,9% -5,4% Lucro Líquido - R$ mil 20.338 179.169 -88,6% Lucro Líquido Combinado das Distribuidoras - R$ mil 466.622 121.170 285,1% Investimento Bruto - R$ mil 885.830 1.482.764 -40,3% 66
  • 67. Receita operacional A receita operacional bruta consolidada da Rede Energia – composta pela receita de fornecimento ao consumidor final, fornecimento de energia para revenda (suprimento) e receita do uso do sistema de distribuição (“TUSD”) – aumentou 24,9%, passando de R$ 6.075,1 milhões em 2008 para R$ 7.587,0 milhões em 2009, devido ao crescimento do mercado em 15,1%. Também houve o aumento da tarifa média anual em 8,5% e o processo de consolidação da Enersul a partir de setembro de 2008, data da aquisição da concessionária. Em relação à receita operacional líquida consolidada da Rede Energia, foi registrado o incremento de 26,2%, passando de R$ 3.995,7 milhões, em 2008, para R$ 5.044,5 milhões, em 2009. EBITDA O EBITDA consolidado da Rede Energia somou R$ 1.187,6 milhões, em 2009, contra R$ 994,0 milhões, em 2008. O crescimento de 19,5% (R$ 193,6 milhões) foi influenciado, principalmente, pelo expressivo aumento de 26,2% (R$ 1.048,8 milhões) na receita líquida. O Ebitda representa o resultado operacional calculado com base no resultado do serviço das demonstrações do resultado, acrescido da depreciação e amortização das demonstrações dos fluxos de caixa. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 67
  • 68. Desempenho econômico financeiro Endividamento financeiro (GRI 2.8) Companhia O saldo da conta empréstimos, financiamentos, debêntures e encargos de dívida passou de R$ 1.065,0 milhões, em 2008, para R$ 1.431,9 milhões, em 2009, representando um aumento de 34,5% (R$ 366,9 milhões), dos quais 53,8% são dívidas em moeda nacional e 46,2% em moeda estrangeira. O aumento ocorreu, principalmente, devido ao saldo devedor dos bônus perpétuos que, embora tenha sido favorecido pela variação cambial, foi negativamente afetado pela variação da marcação a mercado (melhor cotação), decorrente da melhora da percepção de crédito da companhia pelo mercado financeiro e de capitais. O saldo dos empréstimos, financiamento e encargos líquido de caixa e aplicações passou de R$ 1.046,1 milhões, em 2008, para R$ 1.425,0 milhões, em 2009, aumento de 36,2% (R$ 378,9 milhões). Consolidado O saldo consolidado da conta empréstimos, financiamentos, debêntures e encargos de dívida passou de R$ 4.484,7 milhões, em 2008, para R$ 5.017,7 milhões em 2009, representando um aumento de 11,9% (R$ 533 milhões), dos quais 72,4% são dívidas em moeda nacional e 27,6% em moeda estrangeira. Reclassificando, portanto, as dívidas em moeda estrangeira, que estão protegidas das variações cambiais por meio de swap, para o grupo de moeda nacional, os percentuais passam a ser: 84,4% em moeda nacional e 15,6% em moeda estrangeira. Descontando as disponibilidades em caixa e as aplicações, o saldo líquido da conta empréstimos, financiamentos, debêntures e encargos de dívidas passou de R$ 4.088,7 milhões, em 2008, para R$ 4.603,7 milhões, em 2009, representando um aumento de 12,6% (R$ 515 milhões). 68
  • 69. Perfil do endividamento (Rede Energia) 0,7% 12,3% 25,7% BNDES Perpetual Bonds Dívida Bancária 46,1% Debêntures 15,2% 9,7% Curto Prazo Longo Prazo 90,3% Financiamento do endividamento Em 2009, a Rede Energia realizou diferentes operações para o alongamento do endividamento: • Bônus perpétuo – Houve a recompra parcial dos bônus perpétuos com deságio de 47,1% no final do ano. A favor da Companhia, a variação cambial, no decorrer de 2009, contribuiu para a redução de R$ 837,7 milhões no saldo devedor em moeda estrangeira. No entanto, o efeito da marcação a mercado dos bônus perpétuos compensou negativamente esse ganho, reduzindo o saldo em moeda estrangeira em R$ 237,5 milhões de 2008 para 2009. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 69
  • 70. Desempenho econômico financeiro Desemprenho econômico financeiro Espaço Cultural José Gomes Sobrinho Palmas/TO • Debêntures – Foi feita a emissão de debêntures simples, com prazo de cinco anos, no valor de R$ 370 milhões em dezembro de 2009. Desse total, R$ 320 milhões foram usados na liquidação de notas promissórias. O restante foi usado para a composição do capital de giro da companhia. (GRI 2.9) • BNDES – Entrada da primeira tranche do banco no valor de R$ 100 milhões, referente ao Contrato de Financiamento para projetos de melhorias na área de concessão da Celpa, no Pará, no valor total de R$ 449,3 milhões. As próximas tranches estão previstas para 2010. • Eletrobrás – Incremento de R$ 73,4 milhões referente ao Programa Luz para Todos. Esses contratos contam com prazo para liquidação de 12 anos, sendo dois anos de carência e 10 anos para a amortização do principal. O custo da operação foi de 5% ao ano de juros e 1% ao ano de taxa de administração. (GRI EC04) • BID – Desembolso de R$ 15 milhões em dezembro de 2009. Os recursos serão aplicados na Celtins, no Tocantins. 70
  • 71. Distribuição do Valor Adicionado (DVA) O valor adicional gerado pela Rede Energia em 2009 e distribuído aos funcionários, governo, financiadores externos e acionistas aumentou de R$ 4,3 milhões em 2008 para R$ 4,9 milhões em 2009. Na distribuição dessa riqueza pela Rede Energia, a maior parte, 51,17% do valor gerado, teve como destino os cofres públi- cos (municipal, estadual e federal) com as taxas e os impostos. Em segundo lugar, parte da riqueza (38,53%) foi destinada à remuneração de capitais de terceiros (despesas financeiras, aluguéis, encargos de dívidas e variações monetárias). Em 2009: R$ 4.948.642 Em 2008: R$ 4.288.654 51,17% governo 6,28% colaboradores(as) 54,37% governo 7,83% colaboradores(as) - 1,31% 38,53% 5,33% 0,80% 32,24% 6,36% acionistas terceiros lucros retidos acionistas terceiros lucros retidos relatório de responsabilidade socioambiental 2009 71
  • 72. Desempenho econômico financeiro Perspectivas, estratégias e desenvolvimento A área de concessão das empresas da Rede Energia exige significativo aporte de recursos por se tratar de regiões com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País. O desafio da Companhia é levar energia elétrica aos locais afastados, promovendo o de- senvolvimento local. Como consequência, há o aumento do número de consumidores. Em 2009, a Rede Energia investiu R$ 885,8 milhões. Do total, R$ 415,7 milhões foram recursos próprios e R$ 470,1 milhões vieram de fontes subsidiadas. Investimentos por empresas R$ mil 2009 2008 Var% Rede Sul / SE 52.549 57.234 -8,2% Celtins 129.292 203.933 -36,6% Cemat 203.204 598.293 -66,0% Celpa 364.806 579.565 -37,1% Enersul 124.159 34.953* 273,2% Outras 11.820 8.786 -37,2% Total 885.830 1.482.764 -40,3% * Valor referente ao último trimestre de 2008 72
  • 73. Destino dos R$ 885,8 milhões de investimentos da Rede Energia em 2009: • Programa Luz para Todos (“LPT”) e Programa Nacional de Universalização – R$ 433,6 milhões. • Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), PEE, FNDCT e EPE – R$ 48,7 milhões. • Sub-rogação do direito de uso da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC), para subsídio da implantação de projetos que visam à interligação do sistema e desativação da geração térmica – R$ 42,5 milhões. • Interligação da Ilha de Marajó – R$ 60,4 milhões. • Programa de Redução de Perdas – R$ 32,9 milhões. • Manutenção e melhorias no sistema com caixa próprio – R$ 267,8 milhões. relatório de responsabilidade socioambiental 2009 73
  • 74.
  • 75. Desempenho operacional Capítulo 4