4. Sumário
Mensagem da presidente 6
1. Rede Energia 11
2. Governança Corporativa 33
3. Desempenho econômico financeiro 57
4. Desempenho operacional 75
5. Meio ambiente 97
6. Desempenho social 125
7. Sobre o relatório 161
4
5.
6. Mensagem da presidente
O
ano de 2009 esteve repleto de desafios, e
estes foram respondidos pela Rede Energia
com investimentos na ampliação e melhoria
dos serviços, no aprimoramento das práticas de gestão
empresarial e em iniciativas socioambientais e de
governança corporativa. O cenário de retração global no
primeiro semestre de 2009, com efeitos negativos na
produção industrial de muitas empresas brasileiras, não
alterou nossa confiança no País.
Apoiados por nossos stakeholders, demos continuidade a
importantes investimentos em 2009, como o programa
do Governo Federal “Luz para Todos”, do qual a Rede
Energia é a segunda maior parceira. O programa, aliado
a outros projetos, nos permitiu levar luz a 211 mil novos
consumidores dos segmentos industrial, comercial,
residencial e rural, atendidos em 578 municípios, de
sete diferentes estados brasileiros.
Em 2009, ainda foi iniciado o projeto “Interligação da
Ilha de Marajó”, que prevê a construção de cerca de 500
quilômetros de linhas de distribuição para a chegada
de energia limpa e de qualidade, pela primeira vez, aos
moradores do maior arquipélago fluviomarinho do mundo,
promovendo o crescimento local.
As nove distribuidoras doaram 150.058 lâmpadas
fluorescentes compactas e também investiram R$ 6,8
milhões para substituir gratuitamente 6.876 geladeiras
de famílias de baixa renda. A iniciativa tem o objetivo de
adequar o orçamento da família ao consumo mensal de
energia levada às comunidades, com noções básicas de
consumo consciente de energia elétrica.
Investimos na eficiência da gestão e sinergia entre
as empresas da holding. Nesta linha, desenvolvemos
o Programa Evoluir, que engloba sete projetos de
estruturação em diferentes áreas da empresa até
2011. Concomitantemente, criamos um Comitê Gestor
6
7. Carmem Pereira
Presidente Executiva da Rede Energia
Corporativo para prestar assessoria e orientar o Conselho
de Administração nos assuntos relacionados ao
planejamento estratégico.
A qualidade dos serviços é nosso compromisso e, a cada
ano, melhoramos nossos indicadores de performance.
Como reconhecimento pelo nosso trabalho, fomos
contemplados com excelentes resultados em pesquisas
de satisfação dos clientes, realizadas em 2009, como as
premiações da Vale Paranapanema, vencedora de três
prêmios da Associação Brasileira de Distribuidores de
Energia Elétrica (ABRADEE): “Melhor Empresa Nacional”,
“Melhor Empresa na Avaliação do Cliente” e “Evolução
de Desempenho”.
Esse conjunto de esforços, gestão responsável e
planejamento estratégico trouxeram resultados. Ao final
de 2009, todos os segmentos de mercado da Rede Energia
– residencial, comercial, industrial e rural – apresentaram
ampliação. A energia fornecida passou de 15.995 GWh, em
2008, para 18.405 GWh, em 2009. O perfil com maior alta
no consumo foi o rural: 26,1%, em 2009. Este também foi o
segmento que mais expandiu na base de clientes da Rede
Energia, com um aumento de 17,4% sobre o ano de 2008.
Encerramos 2009, com lucro líquido de R$ 466,6 milhões
nas nove distribuidoras– 285,1% superior ao de 2008.
Cientes de que os 368 mil quilômetros de sistema de
distribuição da Rede Energia se encontram em uma
das áreas mais ricas em biodiversidade do planeta – em
biomas como a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado
e a mata Atlântica –, temos certeza de que os resultados
operacionais e financeiros não seriam suficientes se não
estivessem acompanhados do aperfeiçoamento da gestão
e da atuação socioambiental da empresa.
Com a expansão do alcance das linhas de transmissão
da empresa, foi possível a chegada de energia limpa e de
qualidade às comunidades isoladas, permitindo, muitas
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
7
8. Mensagem da presidente
vezes, a desativação de usinas termelétricas movidas
a diesel. De 2005 a 2009, foram desativadas 34 usinas.
Projeções indicam que mais de 814 mil toneladas de CO2
(dióxido de carbono) deixaram de ser emitidas e 306
milhões de litros de diesel deixaram de ser queimados.
Foco de nossa atuação, a segurança foi um dos valores
priorizados em 2009. Para reforçá-la e garantir a
integridade dos nossos 12.763 colaboradores e contratados,
houve a implantação do projeto “Segurança em Primeiro
Lugar” em todas as empresas do grupo.
O aperfeiçoamento de cada procedimento de segurança
no trabalho, exercido em nossas redes de distribuição,
será constante.
Centro de Operação de
Distribuição - Campo Grande/MS
8
9. Continuamos a investir na melhoria da qualidade de vida
das comunidades com as quais interagimos, especialmente
por meio da Fundação Aquarela e de parcerias com os
stakeholders locais, voltadas ao desenvolvimento regional,
à educação e à geração de renda. Destacam-se entre
as iniciativas, a implantação no Tocantins e no Pará do
projeto “Agenda Criança Amazônia”, do UNICEF (Fundo
das Nações Unidas para a Infância), que atende a nove
milhões de crianças da Amazônia Legal do Brasil e no qual
fomos a primeira empresa privada brasileira a integrá-lo.
Os resultados alcançados neste projeto já nos permitiram
planejar a expansão do projeto para o Mato Grosso em 2010.
Compartilhamos todas as conquistas e a superação de
desafios ao longo de 2009, com nossos colaboradores,
clientes, acionistas e demais parceiros. Estamos convictos de
que a mudança estrutural, promovida pelo Programa Evoluir,
apontará para o crescimento sustentável da Rede Energia,
com qualidade e com o olhar direcionado ao longo prazo,
para continuarmos oferecendo valores agregados a todos os
nossos stakeholders.
Por fim, reiteramos nossa confiança em continuar
investindo na sociedade para a criação de valores e
agradecemos a todos que, de maneira direta e indireta,
nos ajudaram a alcançar os resultados históricos obtidos
no decorrer de 2009.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
9
12. Rede Energia
Perfil da empresa
A Rede Energia S.A. (REDE ENERGIA) (GRI 2.1) é um
dos maiores grupos privados do setor elétrico
brasileiro, apresentando controle direto e indireto
sobre 15 empresas operacionais, das quais nove são
distribuidoras de energia elétrica, uma geradora,
uma comercializadora, uma prestadora de serviços,
uma empresa de bioenergia e duas outras holdings.
(GRI 2.2) Ao todo, o grupo empresarial detém a
concessão de 2.787.107 km2, correspondente a
34% do território nacional.
Operando exclusivamente no Brasil (GRI 2.5), a Rede
Energia tem expertise em reorganização e estruturação
de empresas com dificuldade financeira e operacional.
Também se destaca no setor elétrico nacional pelo
registro de alto potencial de crescimento na sua área
de concessão.
Ao levar luz elétrica a novos consumidores todos os
anos, a companhia acelera o desenvolvimento regional.
Em troca da ajuda recebida, o mercado de consumo
local também cresce.
Nos últimos quatro anos, de 2005 a 2009, a Rede
Energia tem registrado crescimento médio de 12%
ao ano no número de clientes. Somente em 2009, o
incremento foi de 5,9%. Foram 250 mil novos clientes.
12
13. Cachoeira da Véia/TO
Faz parte da Rede Energia: (GRI 2.7)
Distribuidoras
Caiuá Distribuição de Energia S.A. (“CAIUÁ”)
A Caiuá Distribuição de Energia S.A. (Caiuá) tem sua
sede regional em Presidente Prudente (SP). Atende a
uma área de concessão de 9.149 km2, beneficiando
mais de 206.022 consumidores, o equivalente a
uma população de cerca de 600 mil habitantes,
em 24 municípios das regiões de Alta Sorocabana e
Alta Paulista. (GRI 2.7)
Centrais Elétricas do Pará S.A. (“CELPA”)
A Centrais Elétricas do Pará S.A. (Celpa) abrange todo
o estado do Pará, distribui energia em uma área
de 1.247.690 km2 e beneficia mais de 7,4 milhões
de habitantes, em 143 municípios. Sua sede fica no
município de Belém. (GRI 2.7)
Centrais Elétricas Matogrossenses S.A. (“CEMAT”)
A Cemat atende ao estado de Mato Grosso – o 4º maior
estado brasileiro, com área de 903.358 km2. A empresa
é responsável por distribuir energia elétrica a 992.368
unidades consumidoras, localizadas nos 141 municípios
de Mato Grosso – sendo 135 atendidos pelo Sistema
Interligado Nacional (SIN) e seis atendidos pelo Sistema
Isolado. Ao final de 2009, representa 992 mil unidades
consumidoras conectadas à rede elétrica de distribuição
da concessionária Cemat. (GRI 2.7)
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
13
14. Rede Energia
Companhia de Energia Elétrica do Estado
do Tocantins (“CELTINS”)
A Celtins é hoje a única distribuidora de energia elétrica
do Tocantins. Tem uma área de concessão que abrange
277.621 km2, o equivalente a 3,3% do território nacional.
Beneficia uma população estimada em 1,2 milhão de
habitantes, distribuídos em 139 municípios, com 270
localidades, o que corresponde a 416.390 unidades
consumidoras atendidas (dezembro de 2009). (GRI 2.7)
Companhia Força e Luz do Oeste (“CFLO”)
A Companhia Força e Luz do Oeste é uma
distribuidora de energia elétrica cuja sede regional
localiza-se em Guarapuava (PR). É responsável
pela distribuição de energia elétrica à cidade de
Guarapuava e às localidades de Guará e Jordão, no
estado do Paraná. Totaliza 48.695 clientes, em uma
área de concessão de 1.200 km2. (GRI 2.7)
Companhia Nacional de Energia Elétrica (“CNEE”)
A Companhia Nacional de Energia Elétrica (Nacional)
é uma distribuidora de energia elétrica cuja sede
regional localiza-se em Catanduva (SP). A Nacional
possui uma área de concessão de 4.500 km2 e,
atualmente, a energia elétrica distribuída beneficia
mais de 97.680 consumidores, o equivalente a uma
população de aproximadamente 400 mil habitantes,
em 15 municípios das regiões de Catanduva e
Novo Horizonte. (GRI 2.7)
Empresa de Distribuição de Energia Vale
Paranapanema S.A. (“EDEVP”)
A Vale Paranapanema possui uma área de
concessão de 11.780 km2 e beneficia mais de 156.470
consumidores, o equivalente a uma população
de aproximadamente 600 mil habitantes, em
27 municípios das regiões da Média Sorocabana
e Alta Paulista. (GRI 2.7)
14
15. Empresa Elétrica Bragantina S.A. (“EEB”)
A Empresa Elétrica Bragantina S.A., a Bragantina,
possui sede regional em Bragança Paulista (SP).
Abastece 15 municípios da região de Bragança
Paulista, entre os estados de São Paulo (cinco
municípios) e Minas Gerais (10 municípios),
atendendo a 123.903 clientes ou, aproximadamente,
500 mil habitantes. (GRI 2.7)
Empresa Energética de Mato Grosso
do Sul (“ENERSUL”)
A Enersul atende quase à totalidade do estado de
Mato Grosso do Sul – 73 dos 78 municípios – em uma
área de 328.316 km2, o equivalente a 91,9% do Estado
e a 94,6% da população total, correspondendo a 2,23
milhões de habitantes. (GRI 2.7)
Geradoras:
Tangará Energia S.A. (“TANGARÁ”)
Outros serviços:
Rede Comercializadora de Energia S.A. (“REDECOM”)
Rede Eletricidade e Serviços S.A. (“REDESERV”)
Bioenergia:
Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A. (“VALE DO VACARIA”)
Holdings:
QMRA Participações S.A. (“QMRA”)
Rede Power do Brasil S.A. (“REDE POWER”)
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
15
16. Rede Energia
A distribuição, geração e comercialização de energia
da Companhia é levada a 4,5 milhões de unidades
consumidoras, o equivalente a 16,5 milhões de pessoas,
em 578 municípios dentro de sete diferentes estados
brasileiros: Pará, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Ao distribuir
18.405 GWh em 2009 (GRI EU01), a companhia
alavancou o desenvolvimento regional das diferentes
áreas – principalmente das mais longínquas – em
regiões ricas em biodiversidade, como a floresta
amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata Atlântica.
Para se ter idéia da grandeza do trabalho realizado pelos
6,5 mil empregados diretos da Rede Energia, somando
o total de comprimento das linhas de transmissão das
empresas que a compõem, chega-se ao total de 15 mil
quilômetros (GRI EU04), distância suficiente para ir
do extremo norte ao extremo sul do País, pelo menos,
três vezes. Mesmo com todo o investimento realizado,
a Rede Energia finalizou 2009 com o lucro líquido
consolidado de R$ 20,3 milhões.
O segmento residencial responde por 34,7% da energia
fornecida pela Companhia e, 80,9% do número total
de consumidores. A classe industrial fica com a fatia
de 21,9% da energia distribuída e, 0,9% do número
total de consumidores. O comércio representa 21% do
total da energia fornecida e, 7,8% do número total de
consumidores, enquanto a área rural fica com 8,1%
do total da energia fornecida e, 9,3% do número total
de consumidores.
16
17. PaRticiPação PoR claSSe De conSumo
Vendas em GWh
14,4%
Residencial
8,1% 34,7%
Industrial
Comercial
21,0% Rural
Outros
21,9%
PaRticiPação PoR claSSe De conSumo
Número de consumidores
1,2% Residencial
9,3% Industrial
7,9% 80,9% Comercial
0,9% Rural
Outros
conSumiDoReS
Em milhares
CAGR: 12,1%
4.493
4.243
3.152 3.348
2.847
2005 2006 2007 2008 2009
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
17
18. Rede Energia
Missão, visão e valores
Missão
Prestar serviços de energia elétrica com responsabilidade
social e ambiental, visando à satisfação dos clientes,
colaboradores, fornecedores e acionistas, e contribuindo
para o desenvolvimento do País.
Visão
Ser reconhecido como grupo de excelência no setor de
energia elétrica pelo serviço prestado, pela tecnologia
empregada e pela qualificação dos colaboradores.
Valores
• Integridade: respeito à moral, aos bons costumes, às
leis, a si próprio e ao próximo.
• Competência: saber fazer, poder fazer e querer fazer.
• Excelência: realizar suas atividades com grau de
qualidade que o diferencie.
• Responsabilidade: bem cumprir os deveres para com a
sociedade, a família e a empresa.
• Criatividade: buscar soluções alternativas, inovadoras e
originais (novos paradigmas). (GRI 4.8)
18
19. Mercado e regulação
setorial
O setor elétrico mundial tem passado por amplo
processo de reestruturação organizacional. No Brasil,
este processo de reestruturação foi desencadeado
com a criação de um novo marco regulatório em 1998
e reformulado posteriormente em 2004, o qual vige
até o presente momento. A reestruturação envolveu
a desestatização das empresas do setor elétrico, a
desverticalização em unidades de negócio de geração,
transmissão, distribuição e comercialização, além da
abertura do mercado de energia elétrica.
O Brasil tem investido maciçamente em transmissão de
energia de longa distancia entre regiões, possibilitando
a operação eficiente das bacias hidrográficas regionais
e a transmissão de energia elétrica entre as principais
usinas geradoras. Com a interligação crescente, é possível
ampliar a confiabilidade, otimizar os recursos energéticos
e homogeneizar mercados por meio do chamado Sistema
Interligado Nacional (SIN), responsável por mais de 95%
do fornecimento nacional. Atualmente, fazem parte do
SIN as empresas de geração, transmissão e distribuição –
atividade de concessão pública –, que operam de maneira
interligada.
O SIN engloba as regiões Sudeste, Sul e Nordeste e parte
das regiões Centro-Oeste e Norte. As demais localidades
das regiões Centro-Oeste e Norte não estão interligadas
ao SIN e constituem sistemas isolados. Os segmentos
de comercialização e mercado livre completam o setor,
coexistindo tanto no sistema interligado como no isolado.
A regulação e fiscalização das empresas responsáveis
pela produção, transmissão, distribuição e
comercialização de energia, no ambiente de
contratação regulada, é feita pela ANEEL.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
19
20. Rede Energia
No mercado atual, há dois ambientes de
comercialização de energia: Ambiente de Contratação
Regulado (ACR) e Ambiente de Contratação Livre (ACL).
O ACR é o segmento no qual se realizam as operações
de compra e venda de energia elétrica, precedidas
de licitação. O ACL é o segmento no qual se realizam
operações de compra e venda de energia elétrica, por
meio de contratos, livremente negociados, firmados
com produtores independentes de energia, agentes
comercializadores ou geradores com concessão de
serviço público de energia. Os geradores estatais só
podem fazer suas ofertas por meio de leilões públicos.
Os agentes setoriais participantes do setor de energia
elétrica reúnem-se por comunhão de interesses
nas associações representativas de cada segmento.
As principais associações do setor são: Associação
Brasileira de Grandes Empresas de Transmissão
de Energia Elétrica (ABRATE), Associação Brasileira
de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE),
Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de
Energia Elétrica (ABRACEEL), Associação dos Produtores
Independentes de Energia (APINE), entre outros.
estrutura organizacional do modelo do setor elétrico
CNPE
CMPE MME EPE
ONS ANEEL CCEE
20
21. Gestão sustentável
A Rede Energia busca atuar de forma responsável,
aderente à legislação e ao compromisso com seus
stakeholders. O mapa de stakeholders da empresa pode
ser representado pelo seguinte diagrama: (GRI 4.14)
Cadeia de valor
Value Chain
Poderes
públicos e
Meio Sociedade
Fornecedores Agência Reguladora
ambiente Society
Suppliers Governments &
Environment
t
Regulatory
agency
Consumidores
e c lientes Acionistas
Consumers & Shareholders
costumers
Colaboradores
Employess
Fonte: Adaptação do modelo do livro
Comunidade Investidores
Community Investors “Managing for Stakeholders – Survival,
Reputation, and Success”, de Freeman, Harrison
& Wicks, do capítulo 3: The Basic Framework
São considerados stakeholders primários os
colaboradores, os acionistas, os poderes públicos e
a agência reguladora do setor, os fornecedores e os
consumidores e clientes.
Como stakeholders secundários, consideram-se os
investidores, a sociedade, a cadeia de valor, o meio
ambiente e a comunidade onde a empresa está inserida.
A Política de Sustentabilidade, vigente desde 2007,
define diretrizes e orienta a aplicação de compromissos
de todo o grupo. Em 2009, ocorreu disseminação interna
da política aos colaboradores.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
21
22. Rede Energia
Política de Sustentabilidade
A Rede Energia, considerando a importância dos públicos
com os quais se relaciona (acionistas, poderes públicos,
investidores, comunidade, clientes, fornecedores, público
interno) e o ambiente no qual está inserida, cumpre
o seu papel de empresa cidadã e adota o conceito
de responsabilidade socioambiental em sua gestão,
assumindo os seguintes compromissos:
Valores, Transparência e Governança
• Disseminar valores, políticas e manter canais de
comunicação abertos com nossos stakeholders;
• Prestar contas de nossas ações e respectivos impactos
de forma clara e transparente;
• Estabelecer uma relação de confiança e considerar as
expectativas e opiniões de nossos stakeholders.
Governo e Sociedade
• Ao interagir com todos os nossos públicos, adotar
padrões éticos, fundamentados em princípios de
honestidade, integridade e transparência;
• Contribuir sempre que pertinente e possivel, com
políticas, programas e projetos que colaborem para o
desenvolvimento sustentável de nossa área de concessão;
• Cumprir a legislação ambiental, a legislação de saúde
e segurança do trabalho e demais normas vigentes.
Fornecedores
• Assegurar a equidade, a isenção e a integridade na
relação com fornecedores e parceiros, contribuindo para
o seu desenvolvimento por meio do compartilhamento
de conhecimentos, diretrizes e valores, estimulando
seu envolvimento em práticas de responsabilidade
socioambientais.
22
23. Aerobarco Rede Energia,
Corumbá/MS
Clientes e Consumidores
• Atender às expectativas dos acionistas,
colaboradores, parceiros, do órgão regulador e
consumidores, por meio do comprometimento
constante com a melhoria da qualidade da energia
fornecida e dos serviços prestados, contribuindo para
o desenvolvimento socioeconômico e ambiental.
• Promover a melhoria contínua de nossos
sistemas de gestão.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
23
24. Rede Energia
Comunidade
• Atuar como agente de melhorias socioambientais,
maximizando os impactos positivos e minimizando os
impactos negativos de nossas atividades, viabilizando
investimentos socioambientais que promovam o
desenvolvimento regional, a geração de renda, o
esporte e a educação, respeitando a cultura, os valores
e costumes das comunidades que atendemos;
• Respeitar os direitos humanos e apoiar o
cumprimento das “Metas do Milênio”, incentivando
nossa rede de relacionamento a fazer o mesmo.
Público Interno
• Valorizar e respeitar o colaborador, adotando
práticas de trabalho que promovam a segurança
e a saúde, proporcionando um ambiente seguro e
adequado, estimulando a participação na gestão
do negócio, garantindo o direito à associação e à
negociação coletiva, respeitando a diversidade;
motivando a construção de uma harmonia interna
e a melhoria da qualidade de vida.
Meio Ambiente
• Promover a preservação do meio-ambiente, a
prevenção da poluição e o consumo consciente;
• Estimular a educação ambiental dos colaboradores,
fornecedores e da comunidade;
• Apoiar entidades de pesquisas, a inovação
tecnológica e do setor elétrico associadas ao meio-
ambiente, à saúde e à segurança do trabalho.
24
25. A definição de diretrizes e a orientação da aplicação da
política, entre todos os funcionários, estão submetidas à
área de responsabilidade socioambiental. Em 2009, para
que houvesse o alinhamento das práticas sustentáveis
no grupo, cada empresa da Rede Energia passou a ter um
comitê de responsabilidade socioambiental na própria
empresa, além do comitê corporativo reestruturado em
2008. Também foram revisadas as prioridades e metas
socioambientais no plano estratégico da Companhia
em 2009. (GRI 4.12)
Por definição da Política de Sustentabilidade, os projetos
sociais da Rede Energia estão divididos em três classes:
educação, esporte e desenvolvimento regional (geração de
renda para as comunidades). Pode-se destacar em 2009 os
projetos da Fundação Aquarela (Rede Atletismo e a Escola
Nuremberg), a realização de peças de teatro educacionais,
o patrocínio de feiras de negócios e a elaboração de guia
turístico para o fomento do turismo na área de concessão
da empresa.
A Rede Energia possui um processo sistematizado de
cadastro e avaliação de demandas socioambientais
da comunidade, que fica disponível em cada uma
das operadoras. Com isso, aplica critérios corporativos
alinhados à Política de Sustentabilidade e aos pactos
e princípios socioambientais que a empresa endossa
– “Todos pela Educação” e “Objetivos do Milênio da ONU”
– na seleção de projetos a serem apoiados. (GRI 4.12)
A avaliação dos resultados alcançados por cada projeto das
empresas da holding é feita por processos e ferramentas
de análise de investimentos socioambientais que estão
sendo aperfeiçoados, assim como a comunicação sobre o
assunto para colaboradores e executivos da Rede Energia.
Uma iniciativa bem-sucedida foi a realização da “Semana
da Sustentabilidade”, ocorrida de 1º a 5 de junho de 2009,
que reforçou ainda mais a integração entre as práticas
sustentáveis das nove distribuidoras da holding.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
25
26. Rede Energia
Ainda com o objetivo de fortalecer as práticas, foram
adotadas metodologias consagradas como Ethos, iBase
(utilizada desde 2005), Global Reporting Initiative (GRI)
e ANEEL (ambos utilizados desde 2007) para a análise
de indicadores de performance e na elaboração dos
relatórios de sustentabilidade para seus stakeholders.
Compromissos com os princípios de sustentabilidade
Em sua trajetória de construção de gestão sustentável,
a Rede Energia gerencia resultados de seus negócios
sob as dimensões ambiental, econômica e social. A
Companhia promove a conservação do meio ambiente
nas áreas de concessão ricas em biodiversidade. Para
onde leva a energia elétrica, a Rede Energia também
leva o desenvolvimento local: aumentando o número
de negócios e, consequentemente, com maior oferta de
empregos e maior geração de renda. No longo prazo,
o amadurecimento da comunidade local promoverá
também o crescimento da Rede Energia.
Um bom exemplo da prática sustentável na rotina da
companhia é a construção de cerca de 500 quilômetros
de linhas de distribuição, com 16 subestações, na Ilha
de Marajó. Pela primeira vez, a comunidade da ilha terá
acesso à energia limpa e de qualidade, permitindo o
desligamento de 15 usinas térmicas movidas a diesel.
Sem a queima de óleo diesel, a emissão de CO2
será reduzida no maior arquipélago fluviomarinho
do mundo.
A primeira etapa do projeto foi iniciada em 2009 e
seguirá até 2011. Um destaque importante é o fato de
que houve uma orientação para que as empreiteiras
envolvidas contratassem, preferencialmente, mão de
obra local qualificada para o trabalho exigido. (GRI EC07)
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), 62% das famílias da Amazônia Legal
(Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso,
Rondônia, Roraima e Tocantins) vivem com uma renda
per capita de até meio salário mínimo.
26
27. O projeto para levar energia elétrica, desenvolvimento
e educação aos moradores da Ilha de Marajó é mais um
entre os vários já realizados pela Rede Energia, que, em
2009, já trocou 6.876 geladeiras da população de baixa
renda, e também já levou luz aos quilombos, às aldeias
indígenas e a outras regiões extremas da sua área
de concessão.
No papel de responsável pelo desenvolvimento
sustentável local, a Rede Energia segue com o desafio
de criar um sistema de valores onde está inserida,
preservando relacionamento próximo ao governo, às
comunidades locais e às demais empresas da região.
Além de obedecer aos requisitos ANEEL, que é a agência
reguladora do setor, a empresa busca participar
ativamente da construção de normas, aplicação de
tratados e pactos que promovam o desenvolvimento
sustentável. Exemplo disso é a participação no grupo
de trabalho da ISO 26000, no qual houve o patrocínio
da empresa, bem como o apoio ao programa “Todos
Pela Educação” e aos “Oito Objetivos do Milênio”,
definidos pela ONU.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
27
28. Rede Energia
Principais impactos, riscos
e oportunidades
Presente em regiões ricas em biodiversidade, como
a floresta amazônica, o pantanal, o cerrado e a mata
Atlântica, a Rede Energia leva energia aos lugares mais
distantes e isolados do País, passando por aldeias
indígenas, populações quilombolas e ribeirinhas.
No total, a energia chega a 4,5 milhões de unidades
consumidoras, promovendo desenvolvimento e a
melhoria da qualidade de vida aos moradores de 578
municípios da área de concessão da Companhia.
A atuação das nove distribuidoras concessionárias
abrange aproximadamente um terço do território
nacional. A dimensão da área faz com que a Rede
Energia mobilize grande volume de investimentos,
recursos humanos e naturais para o desenvolvimento
de análises e pesquisas sobre o impacto socioambiental
produzido pelo negócio na sua área de atuação.
A principal preocupação da companhia tem sido
minimizar os impactos negativos e ampliar os
benefícios advindos de sua atuação.
Faz parte dos principais desafios socioambientais da Rede Energia:
• Eliminação de cerca de 40 usinas termelétricas movidas a diesel, até 2014, nos estados de Mato Grosso
e Pará. Desde o início das desativações, em 2005, até 2014, haverá a redução de 4,2 milhões de toneladas
de CO2 na atmosfera.
• Continuidade dos trabalhos de remediação do solo e de águas subterrâneas contaminados por
hidrocarbonetos (derivados do diesel) em usinas desativadas.
• Inserção de localidades das regiões Centro-Oeste e Norte no Sistema Interligado Nacional (SIN),
promovendo o desenvolvimento econômico dos locais que se encontram nos sistemas isolados.
• Desenvolvimento de um sistema de monitoração da quantidade de emissão, direta e indireta, de gases
relevantes ao efeito estufa, ao longo de toda a cadeia de valor.
28
29. Nos 2.787.107 km2 de área de concessão, envolvendo,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins, o
atendimento à população requer soluções criativas e
personalizadas para cada situação, seja às margens dos
rios e igarapés (na região amazônica ou no pantanal),
seja em áreas de dunas de areia (no cerrado).
Atualmente, a Rede Energia conta com um aerobarco
para levar seus técnicos para a manutenção de toda
infraestrutura em regiões afastadas. Quando não há
condições de tráfego pelas estradas, ou quando parte
da região fica debaixo d’água no período chuvoso,
há a necessidade de construção de jangadas para o
transporte de cada poste (550 quilogramas, em média)
e dos cabos pelos rios.
São usados barcos grandes que transportam até 4 mil
toneladas, além de balsas pequenas. Há a necessidade
de 20 homens para a instalação dos postes nesses
locais. Por terra ou areia, a ocorrência de atolamento
das carretas com os pesados postes é uma constante na
rotina dos colaboradores que, muitas vezes, acampam
no local ou consertam pontes para completar o
percurso com os postes.
Para facilitar e agilizar a operação, a Rede Energia
estuda a implantação dos postes de fibra em regiões
ribeirinhas nos próximos anos. São várias as vantagens
do modelo alternativo: o poste de fibra de vidro pesa
quatro vezes menos, precisa de apenas quatro homens
como mão de obra e é instalado mais rapidamente,
além de ter vida útil de 80 anos – três vezes mais que
o de concreto. (GRI 1.2)
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
29
30. Rede Energia
Reconhecimentos
(lista de prêmios) – (GRI 2.10)
Os resultados obtidos pelas empresas da Rede Energia
em 2009, em pesquisas de satisfação com o cliente,
reforçam ainda mais a presença da gestão socioambiental
responsável em todas as hierarquias da Companhia. Veja os
resultados obtidos pela Rede Energia ao longo de 2009:
Rede Energia
• Holding ocupa 64ª posição no ranking dos 200 maiores
grupos por receita bruta no Brasil, segundo a edição 2009
do anuário Valor Grandes Grupos, do jornal Valor Econômico.
A companhia também é destaque entre os 20 maiores em
patrimônio líquido.
• Holding é a 53ª colocada no ranking dos 100 maiores
grupos empresariais, segundo a edição 2009 do anuário
Melhores & Maiores que mede o desempenho financeiro
das maiores empresas e dos principais setores da economia
brasileira da revista Exame. Dentre as 100 maiores empresas
de capital aberto, a Rede Energia ocupa a 80ª posição
• Prêmio Top Social, concedido pela Associação dos Dirigentes
de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB) ao projeto “Rede
Atletismo Novos Talentos”, na categoria “organizações e
profissionais que se destacam em programas relacionados às
ações de responsabilidade social”.
• Prêmio Funcoge, concedido pela Fundação Coge, para o
projeto “Rede Atletismo Novos Talentos”.
Celtins
• Prêmio Eletricidade 2009 – Categorias “Melhor Evolução
Nacional”, “Melhor Empresa” (região Norte) e “Melhor
Evolução” (região Norte). A Celtins já conquistou premiações
como a “Melhor Empresa da região Norte” nas edições de
2000, 2001, 2002 e 2004.
30
31. • Prêmio IASC – Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor,
conquistado pela quinta vez: 2002, 2003, 2004, 2006 e 2009.
• Prêmio SESI Qualidade no Trabalho (PSQT) - Pioneira
no setor, a premiação destaca o esforço das indústrias
que investem em práticas diferenciadas de gestão e na
valorização dos
seus colaboradores.
Vale Paranapanema
• Prêmio Nacional de “Melhor Distribuidora de Energia
Elétrica”, na categoria até 500 mil consumidores – ABRADEE.
• Avaliação pelo cliente.
• Melhor evolução do desempenho.
Troféu Prêmio ABRADEE
CFLO
Prêmio Eletricidade Moderna – “Melhor Empresa Nacional”,
“Menor Índice de Perdas”, “Melhor Desempenho Comercial”
e “Melhor Desempenho Operação”, na categoria Média
Empresa.
Cemat
Prêmio ABRADEE – “Melhor Distribuidora de Energia das
Regiões Norte e Centro-Oeste”, com mais de 500 mil
consumidores.
Enersul
• Prêmio Eletricidade Moderna – “Melhor Distribuidora da
região Centro-Oeste”.
• Medalha Eloy Chaves.
• Foi certificada, pelo quinto ano consecutivo, com o selo
ABRINQ.
• “Prêmio de Qualidade do Trabalho do Serviço Social da
Indústria (SESI)” – organismo vinculado à Federação das
Indústrias de Mato Grosso do Sul –, como a melhor empresa
do Estado que promove a qualidade de vida do trabalhador e
de seus dependentes, com foco em educação, saúde e lazer.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
31
34. Governança Corporativa
Valores, transparência
e governança
A satisfação dos stakeholders e a busca da sustentabilidade
do negócio são compromissos assumidos pela Rede Energia.
Na prática dos negócios, tem prevalecido a transparência no
relacionamento com as partes envolvidas, com prestação de
contas de cada ação e de seus respectivos impactos.
Durante reunião do Conselho da Administração da Rede Energia,
em fevereiro de 2009, foi aprovada a criação do Comitê de Gestão
e as diretrizes para seu funcionamento. O Comitê de Gestão
prestará assessoria ao Conselho de Administração, e seu escopo
de atuação abrangerá a Rede Energia e suas controladas.
Dentro dos princípios de governança corporativa, a Rede Energia
não permite a participação de familiares do acionista controlador
na gestão, diretoria ou no conselho de administração. A eficácia
dessa norma evitou o registro de conflitos de interesse na
Companhia ao longo de 2009.
Dentro das práticas estabelecidas pela Rede Energia, qualquer
desentendimento entre gestores passaria, primeiramente, pelos
gestores de recursos humanos; na sequência, pela diretoria; e, em
última instância, pelo presidente do Conselho de Administração.
(GRI 4.6)
Pelo organograma da companhia, faz parte da
responsabilidade do Conselho de Administração, a avaliação
do desempenho da Diretoria Executiva e
da gestão dos negócios. (GRI 4.10)
Ainda faz parte das práticas estabelecidas pela Rede Energia,
a avaliação, pela presidente da Companhia, do desempenho
econômico, social e ambiental e do cumprimento das metas por
parte dos integrantes da diretoria executiva.
São realizadas reuniões mensais nas quais comparecem os
vice-presidentes para apresentarem os avanços e desafios das
empresas controladas nas áreas de atuação. As estratégias
corporativas são construídas com base nessas reuniões. (GRI 4.9)
34
35. Estrutura de governança
Como uma sociedade anônima de capital aberto,
a governança da Rede Energia estrutura-se a partir
da Assembléia Geral de Acionistas, responsável pelo
direcionamento da empresa.
A Assembléia Geral Ordinária da Companhia ocorre
até o final de abril de cada ano, ocasião em que há
a aprovação das Contas da Administração, por meio
do Relatório da Administração e das Demonstrações
Financeiras, acompanhadas dos Pareceres dos Auditores
Independentes e do Parecer do Conselho Fiscal. Poderá,
ainda, ser convocada Assembléia Geral Extraordinária de
Acionistas para deliberar sobre quaisquer outros assuntos
de interesses da Companhia.
A Companhia é administrada por um Conselho de
Administração e uma Diretoria Executiva. O mandato de
ambos é de dois anos, sendo permitida a reeleição. Os
respectivos mandatos terminarão na data da Assembléia
Geral que examinar as contas relativas ao último exercício
de suas gestões. (GRI 4.01)
A Rede Energia, por tratar-se de companhia de capital
aberto, está sempre atenta ao cumprimento das
normas do mercado de capitais, com ênfase nas normas
e orientações expedidas pela Comissão de Valores
Mobiliários – CVM (“CVM”).
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
35
36. Governança Corporativa
Política de Divulgação e
Negociação
Em conformidade com a Instrução nº 358 da CVM, a
Companhia possui uma política de divulgação e de
negociação por meio do “Manual das Políticas de Uso e
Divulgação de Informações Relevantes e de Negociação dos
Valores Mobiliários de emissão da Companhia”
A política de divulgação e negociação da Rede Energia
formaliza a postura de transparência, ampla disseminação,
acuidade e suficiência de informações relevantes,
relativas à Companhia, que sempre orientou a conduta da
Administração.
Todos os administradores estatutários (Conselheiros de
Administração, Fiscal e Diretores) aderiram à política de
divulgação e de negociação no ato de suas eleições, podendo
ser estendida a outros cargos de confiança.
Compõem o Conselho de Administração: (GRI 4.03)
Órgão Nome Indicação
Presidente Jorge Queiroz de Moraes Junior Controlador
Conselheiro Administrativo Alberto José Rodrigues Alves Controlador
Conselheiro Administrativo Antonio da Cunha Braga Controlador
Conselheiro Administrativo Sebastião Bimbati Controlador
Conselheiro Administrativo Omar Bittar Controlador
Conselheiro Administrativo Plácido Gonçalves Meirelles Controlador
Conselheiro Administrativo Joaquim Dias de Castro BNDESPAR
Conselheiro Independente Martus Antonio Rodrigues Tavares Independente
Conselheiro Independente João Carlos Hopp Independente
36
37. Conselho de Administração
O Conselho de Administração é composto por no mínimo sete
e no máximo de nove membros, sendo dois deles conselheiros
independentes: João Carlos Hopp e Martus Antonio Rodrigues
Tavares. (GRI 4.3) A composição do Conselho conta, ainda,
com um representante da empresa BNDES Participações
S.A (BNDESPAR) e os demais são indicados pelo acionista
controlador, todos com mandatos de dois anos, podendo
ser reeleitos.
A presidência do Conselho de Administração é exercida
pelo acionista controlador, responsável pela elaboração de
estratégias de longo prazo e pela formulação das políticas
e diretrizes da Companhia. Os membros do Conselho de
Administração permanecem no exercício da função até a
posse de seus sucessores. (GRI 4.02)
Todos os membros do conselho da Rede Energia têm
participação no capital social da companhia, conforme
exigência da lei corporativa do país.
Em 2009, o Conselho de Administração realizou 14 reuniões
para aprovação das demonstrações contábeis, eleição e/ou
substituição dos membros da Diretoria Executiva, aprovação
das operações financeiras e/ou contratações cujos valores
sejam superiores a 5% (cinco por cento) do total de ativos da
Companhia, planejamento estratégico, elaboração de projetos
e investimentos diversos, e ainda, reúne-se sempre que os
interesses da sociedade as exigirem.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
37
38. Governança Corporativa
Jorge Queiroz de Moraes Junior Alberto José Rodrigues Alves Antonio da Cunha Braga
– É Presidente do Conselho de – É membro do Conselho – É membro do Conselho
Administração desde abril de de Administração desde de Administração, tendo
1995. É Diretor Presidente da abril de 1995. É Diretor ingressado na Rede Energia
Denerge e Presidente do Conselho Vice-Presidente da Denerge desde 1998, exercendo o cargo
de Administração da EEVP e de e membro do Conselho de de Diretor de Distribuição. É
outras subsidiárias da Rede Energia. Administração da Denerge, formado como Eletrotécnico
Também preside o Conselho de EEVP e de outras subsidiárias pelo Instituto Americano de
Administração da REDEPREV - da Rede Energia. Formado Lins, e em Administração de
Fundação Rede de Previdência. Até em Engenharia Elétrica, com Empresas e Economia pelas
1999, atuou como professor adjunto especialização em Eletrônica, Faculdades Integradas de
da Faculdade de Administração da pela Escola de Engenharia Marília, e ainda, possui MBA em
Fundação Getúlio Vargas. Formado Mauá. Possui MBA e Administração Geral pela USP
em Engenharia Naval pela Escola mestrado em Finanças e – Universidade de São Paulo.
Politécnica da Universidade de Economia pela Fundação
São Paulo, possui mestrado em Getúlio Vargas.
Administração de Empresas e PhD
em Finanças e Economia pela
Universidade de Michigan.
38
39. Sebastião Bimbati Omar Bittar Plácido Gonçalves Meirelles
– É membro do Conselho de – É membro do Conselho – É membro do Conselho
Administração de várias empresas de Administração desde de Administração desde
abril de 2000. Também
controladas pela Rede Energia desde 1995, dezembro de 2005. É
atua como Conselheiro da
sendo, atualmente membro do Conselho sócio-proprietário da
EEVP e é Diretor Executivo
de Administração das seguintes empresas Omar Bittar Assessoria da Nacional e Bragantina.
controladas: Empresa de Eletricidade e Consultoria Jurídica É sócio-proprietário da Trois
Vale Paranapanema S.A., Rede Energia S/C. Foi vice-presidente da Elles Modas e Confecções.
S.A., Centrais Elétricas do Pará S.A – CELPA, CODETEC – Companhia Atuou como membro do
Conselho Consultivo da
Companhia de Energia Elétrica do Estado de Desenvolvimento
REDEPREV e como Diretor da
do Tocantins – CELTINS, Centrais Elétricas Tecnológico de Campinas.
Termocerâmica São Martinho.
Matogrossenses S.A. – CEMAT, Companhia Formado em Direito pela
Força e Luz do Oeste, Tangará Energia S.A, Faculdade de Direito de
Vale do Vacaria Açúcar e Álcool S.A., Couto Niterói, Rio de Janeiro,
Magalhães Energia S.A.. Foi Gerente e em Administração de
Financeiro e Contábil da Companhia Empresas pela Fundação
Energética de São Paulo. É formado em Getúlio Vargas.
Economia pela Faculdade Armando
Álvares Penteado-SP.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
39
40. Governança Corporativa
Joaquim Dias Castro Martus Antonio Rodrigues João Carlos Hopp
– É membro do Conselho de Administração Tavares – É membro do Conselho
da Rede Energia S.A e CTX Participações – É membro do Conselho de de Administração desde
S.A, empresa controladora da Contax, Administração desde julho de dezembro de 2005. É
maior empresa brasileira de contact center. 2006. É Vice-Presidente Executivo Conselheiro da Cemat
Também, desde abril de 2008, é membro da Federação das Indústrias e membro do Conselho
suplente do Conselho de Administração do Estado de São Paulo (FIESP). Consultivo da Açucareira
da Telemar Participações S.A., da Tele Norte Foi Secretário da Fazenda e do Corona S/A. Lecionou na
Leste Participações S.A. e da Light Energia Planejamento do Estado de Faculdade de Administração
S.A.. Em 2003 foi membro do Conselho São Paulo, em 2005, e atuou da Fundação Getúlio Vargas.
de Administração da Telemig Celular como Diretor Executivo do BID É formado em Economia pela
Participações S.A. É Gerente da Área de pelo Brasil e Suriname, de 2002 Faculdade de Economia de São
Mercado de Capitais do BNDES, no qual a 2004. Possui mestrado em Paulo da Fundação Armando
trabalha desde 2004. Possui formação Economia pela Universidade Álvares Penteado. (GRI 4.7)
em Economia pela Universidade Federal de São Paulo.
do Rio Grande do Sul, concluído em 2000,
e mestrado em economia pela EPGE/FGV
(Rio de Janeiro), concluído em 2008.
40
41. Diretoria Executiva
A Diretoria Executiva da Rede Energia é eleita pelo
Conselho de Administração e composta por até seis
membros, que podem ou não ser acionistas, residentes
no país, sendo permitida a reeleição. Os Diretores
Executivos são responsáveis pela gestão diária dos
negócios e pela implantação das resoluções tomadas
pelo Conselho de Administração. As atribuições da
Diretoria Executiva são estabelecidas pelo Estatuto
Social e pelo Conselho de Administração.
Em 2009, integravam a Diretoria Executiva da Rede
Energia: um Diretor Presidente, um Diretor Vice-
Presidente Executivo, um Diretor Administrativo e
Financeiro, um Diretor de Distribuição, um Diretor de
Produção e Transmissão e um Diretor Gerente.
Compõem a Diretoria Executiva:
Diretora Presidente e de Relação com Investidores Carmem Campos Pereira
Diretor Vice-Presidente Executivo Valdir Jonas Wolf
Diretor Administrativo e Financeiro Ricardo Del Guerra Perpetuo
Diretor de Distribuição Sidney Simonaggio
Diretor de Produção e Transmissão José Eduardo Costanzo
Diretor Gerente Alexei Macorin Vivan
Carmem Campos Pereira
– Presidente da Rede Energia e membro da
Diretoria Executiva desde maio de 1998. É
Diretora Executiva Financeira da EEVP e de outras
subsidiárias da Rede Energia. Também é Diretora
Financeira da Fundação Aquarela. É formada em
Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas,
em Administração de Empresas pela Universidade
São Judas Tadeu e possui mestrado em Gestão
Financeira pela Universidade de São Paulo.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
41
42. Governança Corporativa
Valdir Jonas Wolf Ricardo Del Guerra Perpétuo
– É membro da diretoria da Cemat – É membro da Diretoria Executiva desde outubro de 2009.
desde 1997 e membro da diretoria Atuou na área Financeira de Techint Engenharia S.A., Banco
desde maio de 2005. Atua no setor de Boston, Civilcorp Engenharia, Construção e Incorporação
elétrico desde 1979, trabalhou na CFLO Ltda. Foi Diretor Financeiro da Método Engenharia S.A.
por 08 (oito) anos. Atualmente ocupa Em 1999 passou a ser Diretor Financeiro e de Relação com
o cargo de Vice-Presidente de Assuntos Investidores da Sanepar - Cia de Saneamento do Paraná. Em
Regulatórios da Rede Energia S.A, 2003/2004 assumiu a Diretoria Financeira e de Relação com
onde é responsável pela coordenação Investidores da Amazônia Celular S.A., Telemig Celular S.A.,
e acompanhamento de todos os Tele Norte Celular S.A. e Telemig Celular Participações S.A. Em
atos ligados ao Poder Concedente, 2007 trabalhou na Diretoria Financeira da TRB Trump Realty
bem como coordena e executa todo e na Inpar S.A. Em 2008, assumiu a Diretoria Financeira e
o processo tarifário da Companhia. de Relação com Investidores da Construtora Tenda e até
É formado em Contabilidade pela setembro de 2009 ocupava o cargo de Diretor Financeiro
Faculdade de Filosofia, Ciências e do Grupo Schahin- Schahin Engenharia S.A. É formado em
Línguas de Guarapuava. engenharia civil pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e
em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas.
42
43. Sidney Simonaggio José Eduardo Costanzo Alexei Macorin Vivan
– É membro da Diretoria Executiva desde – É membro da Diretoria – É Bacharel em Direito
maio de 2009. Foi Diretor de Geração e Executiva desde março pela Faculdade de Direito da
Transmissão da Eletropaulo Eletricidade de 2004. Foi responsável Universidade de São Paulo
de São Paulo S.A no período de out/1995 pela coordenação das – 1996, Advogado inscrito
a dez/1997, e exerceu outros cargos de usinas hidrelétricas de na OAB/SP e Doutor em
direção e gerência, tendo ingressado como Rosal, Guaporé e Lajeado. Direito pela Universidade de
Engenheiro de Operação de Sistemas desde Foi diretor de Engenharia São Paulo - 2005. Foi Diretor
março/1980. É formado em Engenharia e Construção da CESP Jurídico da CMS Energy
Elétrica modalidade Eletrotécnica (1979) – Companhia Energética Brasil; Advogado interno de
- Faculdade de Engenharia Industrial (São do Estado de São Paulo e Duke Energy Paranapanema
Bernardo do Campo/SP), com Mestrado Diretor de Construção da S.A. (cedido pelo Pinheiro
sem dissertação na área de Sistema de Badra S.A. É formado em Neto - Advogados);
Potência (1982) - Escola Politécnica da Engenharia Civil pela Escola Estagiário e Advogado de
Universidade de São Paulo (São Paulo/SP). de Engenharia de São Pinheiro Neto – Advogados.
É formado também em Direito (2004) Carlos, da Universidade É diretor de outras empresas
- Pontífice Universidade Católica/RS (Porto de São Paulo. controladas da Rede Energia.
Alegre/RS).
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
43
44. Governança Corporativa
Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal, órgão responsável pela fiscalização dos
atos de gestão da Administração da Companhia, conforme
estabelecido no seu Estatuto Social, sendo seus membros
eleitos anualmente pela Assembléia Geral Ordinária.
O Conselho Fiscal é um órgão permanente composto por,
no mínimo, três membros e, no máximo, cinco, com igual
número de suplentes substitutos, sendo que no mandato
de 2009, um membro efetivo e um membro suplente
são indicados pela acionista BNDES Participações S.A
(BNDESPAR) e os demais pelo acionista controlador.
Compõem o Conselho Fiscal
Conselheiro Efetivo Fernando Quartim Barbosa de Figueiredo Controlador
Conselheiro Efetivo Carlos Souza Barros de Carvalhosa Controlador
Conselheiro Efetivo Osmar José Vicchiatti Controlador
Conselheiro Efetivo Annibal Ribeiro do Valle Filho Controlador
Conselheiro Efetivo Rafael Costa Strauch BNDESPAR
Suplente Antonio Carlos de Paula Controlador
Suplente Marcos de Jesus Costa Controlador
Suplente Otmar Mário Brull Controlador
Suplente Kleber Cimini Lage Controlador
Suplente Marcelo Marcolino BNDESPAR
44
45. Os membros do Conselho Fiscal permanecem em seus
cargos até a data da realização da Assembléia Geral
Ordinária de acionistas que deliberar sobre as contas
do exercício de suas gestões, ou seja, até abril do ano
seguinte ao ano de sua eleição. Acionistas com, no
mínimo, 10% do capital votante da empresa têm direito a
eleger um membro do Conselho Fiscal.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
45
46. Governança Corporativa
Fernando Quartim Barbosa de Figueiredo Carlos Sousa Barros
– É membro do Conselho Fiscal, tendo exercido vários cargos de Carvalhosa
de Administrador na Rede Energia e em empresas por ela – Membro do Conselho
controladas desde 1985 a 1988, e ainda, como consultor, Fiscal desde abril de 2006.
desde 1988 a 1995. Foi consultor do Grupo Vicunha e do É também membro do
Banco Safra para assuntos de privatização – 1994/1995, Conselho Fiscal da Celpa,
assessor do Secretário na Secretaria de Planejamento e Cemat e Celtins. Foi gerente da
Gestão de São Paulo – 1994/1995; coordenador de Recursos CNBO – Produtora de Energia
Hídricos da Secretário de Recursos Hídricos Saneamento e Elétrica Ltda., de 1997 a 1998,
Obras São Paulo – 1993/1994; coordenador de Energia da e Diretor de Investimentos
Secretaria de Energia e Saneamento, São Paulo – 1992/1993; Incentivados da Investco. É
Diretor de Concessões do Dep. Nacional de Águas e Energia Engenheiro Civil formado
Elétrica -DNAEE –1991/1992; Diretor do Departamento de pela Escola Politécnica da
Energia do Instituto de Engenharia de São Paulo – 1993. Universidade de São Paulo.
É formado em Engenharia pela Escola de Engenharia de
Mauá – 1966 e Administração de Empresas pela Fundação
Getúlio Vargas – 1972.
46
47. Osmar José Vicchiatti Annibal Ribeiro
– Membro do Conselho Fiscal do Valle Filho
desde abril de 2006. É membro – Membro do Conselho Fiscal desde
do Conselho Deliberativo da abril de 2000. Foi Gerente Técnico
REDEPREV. Foi Diretor da EEB e da Construtora Beter S.A., e Gerente
Diretor e Membro do Conselho de Planejamento, Orçamento e
de Administração de outras Controle da Badra S.A., de 1982 a
empresas controladas pela 1995. É sócio-gerente da Planorc
Rede Energia de 1980 a 2003. Serviços de Engenharia S/C Ltda. Foi
É graduado em Administração professor da Escola de Engenharia de
de Empresas e Ciências Alfenas, Minas Gerais. É formado em
Econômicas pela Universidade Engenharia Civil pela Universidade
de São Paulo. Federal de Minas Gerais, com curso
de especialização em Administração
pela Fundação Getúlio Vargas.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
47
48. Governança Corporativa
Rafael Costa Strauch Antonio Carlos Marcos de Jesus Costa
– Membro do Conselho de Paula – Membro do Conselho
Fiscal desde abril – Membro do Conselho Fiscal desde abril de 2008. É
de 2008. É formado Fiscal desde abril de 2000. formado em Publicidade e
em Economia pela É gerente de projetos da Propaganda pela Faculdade
Universidade Federal Ericsson Telecomunicações. de Comunicação Social
do Rio de Janeiro, em Engenheiro Elétrico Cásper Líbero e tem MBA
Administração de formado pela Universidade em Gestão Estratégica e
Empresas pelo IBMEC de Mogi das Cruzes, com Econômica pela Fundação
e mestrando pela extensão em Contabilidade Getúlio Vargas.
EPGE/FGV-RJ. e Finanças para Executivos
e Gerenciamento de
Empreendimentos pela
Fundação Getúlio Vargas.
48
49. Otmar Mário Brull Kleber Cimini Lage Marcelo Marcolino
– Membro do Conselho – Engenheiro Eletricista formado – Membro do Conselho
Fiscal desde abril de 2008. pela Universidade Federal de Goiás. Fiscal desde abril de
É formado em Engenharia Foi professor do Departamento de 2008. É formado em
Civil e Elétrica pela Eletrotécnica da Escola de Engenharia Ciências Contábeis pela
Universidade Mackenzie. desta mesma universidade. Atuou na Universidade do Estado do
área de engenharia nas Centrais Elétricas Rio de Janeiro. Tem MBA
de Goiás S.A. (Celg), de 1968 a 1975, e em Finanças e Direito pela
posteriormente passou a exercer o cargo Fundação Getúlio Vargas,
de Diretor de Operações. Foi Diretor do e MBA Executivo em
Departamento Estadual de Águas e Finanças Corporativas
Energia Elétrica de Goiás e Assessor da pelo IBMEC - RJ.
Diretoria da Eletronorte em 1983. Atuou
como Diretor de Planejamento da Celtins
e como Diretor Estatutário da Investco S.A.,
de 1998 a 2003. Exerceu ainda o cargo de
Assessor da Rede Energia de 2003 a 2006.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
49
50. Governança Corporativa
Comitês
Comitê de Gestão
Dentre as práticas de governança corporativa, o Conselho
de Administração deliberou pela criação do Comitê de
Gestão, cujo funcionamento é de caráter permanente.
O Comitê deverá ter quatro membros, sem hierarquia
entre si, composto exclusivamente por membros do
Conselho de Administração, sendo que ao menos um
deve ser conselheiro independente, para um mandato
de dois anos.
O Comitê de Gestão reúne-se mensalmente para
prestar assessoramento e orientação ao Conselho de
Administração nos seguintes assuntos: (1) análise e
acompanhamento do planejamento estratégico; (2)
planejamento financeiro; (3) o orçamento anual; (4) o
planejamento tributário; (5) o desempenho do negócio;
(6) assuntos financeiros diversos e de interesse da
Companhia e suas Controladas; e (7) cumprir as demais
responsabilidades contidas nas Diretrizes do Comitê
de Gestão.
Grupos de Trabalho
A Rede Energia conta com grupos de trabalho, de caráter
permanente, compostos por superintendentes, diretores
estatutários ou não e vice-presidentes. A composição
é feita por designação do diretor vice-presidente,
responsável pela área de atuação do grupo. Os grupos de
trabalho reportam-se à presidência por intermédio dos
vice-presidentes, nas respectivas áreas de atuação.
Denominados internamente como comitês, os grupos
de trabalho realizam análises técnicas, levantamentos
das execuções e de propostas, cujo objetivo final é a
apresentação das análises relativas ao cumprimento
dos planos de trabalho e das metas estabelecidos pela
diretoria executiva.
50
51. Os grupos de trabalho atuam nas respectivas áreas:
Administrativa e Financeira, Regulatória, Jurídica e de
Gestão de Pessoas, Distribuição e Gestão de Energia, sendo
presididos pelos respectivos vice-presidentes, os quais
podem receber contribuições de terceiros.
Os assuntos de interesse da sociedade são analisados em
reuniões promovidas pelos comitês e, posteriormente,
levados à presidência. Nessa instância, sugestões e
propostas poderão ser encaminhadas ao secretário do
Conselho de Administração para eventual deliberação pelo
Comitê de Gestão.
Uma vez que as sugestões e propostas do grupo de
trabalho sejam apreciadas pelo Comitê de Gestão, este
poderá recomendar a deliberação destas pelo Conselho de
Administração.
Comitê de Responsabilidade Socioambiental
A Rede Energia apresenta um Comitê de Responsabilidade
Socioambiental constituído formalmente em 2008. É
composto por representantes de todas as empresas para o
alinhamento das práticas socioambientais na Rede Energia.
O Comitê de Responsabilidade Socioambiental é
responsável pela elaboração do Relatório Anual de
Responsabilidade Socioambiental da Rede Energia,
que consolida as práticas da Holding e das empresas
controladas, distribuidoras, geradoras e comercializadora
do grupo.
Desde 2009, o Conselho de Administração e o Conselho
Fiscal das empresas controladas se reúnem para apreciação
e aprovação dos Relatórios Anuais de Responsabilidade
Socioambiental que seguem as diretrizes do Global
Reporting Initiative (GRI) e as exigências da Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
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52. Governança Corporativa
Estrutura societária da Rede
Energia em 2009 (GRI 2.3)
Holding
BNDESPAR DENERGE EEPV OUTROS
Distribuição
(*) Capital Aberto Geração
Comercialização e Serviços
23.88% 15.62% 56.43% 4.07%
% Capital Total
Bio Energia
REDE ENERGIA (*)
100.00% 99.98%
100.00% EDEVP QMRA REDE POWER REDE COM 99.60%
51.26%
10.11% CELPA (*)
REDE SERV 99.50%
39.92% CEMAT(*)
TANGARÁ 70.78%
100.00% CAIUÁ
VALE DO
60.48%
VACARIA
50.86% CELTINS
91.45% EEB
98.69% 43.74%
CNEE
97.70% CFLO 56.18% ENERSUL
A Rede Energia é uma sociedade anônima de capital aberto (GRI
2.6), com patrimônio líquido consolidado de R$ 1.13 bilhões em
2009.
O último processo de reestruturação societária ocorreu em 11
de setembro de 2008, quando a Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL) aprovou a troca de ativos entre a Rede Energia
e a empresa portuguesa EDP – Energias do Brasil. Pela operação,
a Rede passou a deter o controle da Enersul, distribuidora de
energia do estado de Mato Grosso do Sul, aumentando de 30%
para 35% sua participação no mercado brasileiro de distribuição.
Pelo acordo, a Usina Hidrelétrica de Lajeado, no Tocantins, foi
transferida para a EDP - Energias do Brasil.
52
53. Mercado de capitais
As ações preferenciais (REDE4) e ordinárias (REDE3) da holding
Rede Energia são listadas na BM&F Bovespa. Ao longo dos anos, a
Rede Energia segue implantado requisitos mínimos de governança
corporativa, exigidos para a adesão ao Nível 2, como a presença
de conselheiros independentes no Conselho de Administração da
holding. (GRI 4.1 e 4.2) No encerramento de 2009, o capital social da
Rede Energia era constituído 322.075.470 ações, das quais 221.157.990
eram ações ordinárias (ON) e 100.917.480 mil, ações preferenciais
(PN). A maior parte, 72,05% do total do capital social pertenciam aos
acionistas controladores em 2009. O público investidor representava
4,07% do capital acionário total da empresa.
No encerramento de 2009, constavam como os maiores acionistas
da Rede Energia: a Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema
(EEVP), com 56,43% do capital total, e Denerge – Desenvolvimento
Energético S.A, com 15,62% do capital total, seguida pela acionista
BNDES Participações S.A (BNDESPAR), com 23,88% do capital total,
por meio de um Acordo de Acionistas.
Os acionistas da Rede Energia têm direito de receber como
dividendo obrigatório, no mínimo, 25% do lucro líquido do exercício
em cada exercício, observadas as diminuições e acréscimos
permitidos pelo Estatuto Social e pela Lei 6.404/76.
Os acionistas titulares de ações preferenciais têm direito a receber
dividendos não cumulativos, no mínimo, 10% superiores aos
atribuídos às ações ordinárias, além das demais vantagens e direitos
previstos no Estatuto Social e Lei 6.404/76.
Do resultado positivo do exercício de 2009, a Companhia, antes
de qualquer participação, compensou prejuízos acumulados de
exercícios anteriores, nos termos do que determina a Lei 6.404/76
e o Estatuto Social. Por esse motivo, não houve distribuição de
dividendos aos acionistas.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
53
54. Governança Corporativa
Societário e Relação
com Investidores
A Companhia dispõe de uma área ligada diretamente
à vice-presidência jurídica e de gestão de pessoas,
especializada no atendimento aos acionistas,
administradores e parceiros. A área é responsável pelo
envio e pela disponibilização de informações periódicas
e eventuais, tais como: informações padronizadas de
mercado, editais de convocação, avisos aos acionistas,
atas dos órgãos da administração, comunicados e
fatos relevantes; utilizando-se do sistema Informações
Periódicas e Eventuais (IPE), da CVM
No site www.redenergia.com, há um link específico
para a área de Relação com Investidores, denonimado
“Investidores”, no qual estão disponíveis relatórios
financeiros, informações sobre o desempenho das
ações da Companhia, iniciativas relacionadas à
Governança Corporativa e avisos, comunicados ao
mercado e fatos relevantes que foram informados em
2009 e nos anos anteriores.
Qualquer sugestão ou requerimento do acionista,
enviado por telefone, carta, e-mail ou levado
pessoalmente aos estabelecimentos ligados à Rede
Energia, são encaminhados à Presidência.
Auditoria Independente
A posição patrimonial, financeira, aplicações
e operações da Rede Energia – descritas nas
demonstrações contábeis – são avaliadas por uma
auditoria independente, de acordo com as Normas
Brasileiras de Contabilidade e legislação do setor.
O Conselho de Administração da Rede Energia
54
55. escolhe, periodicamente, a empresa de auditoria
independente, nos termos da Instrução nº 308/99
da CVM que impede a prestação dos serviços de
auditoria para um mesmo cliente por prazo
superior a cinco anos consecutivos.
Mecanismos para que acionistas façam
recomendações ou dêem orientações ao
mais alto órgão de governança.
Os acionistas podem se utilizar dos mecanismos
acima referidos, bem como, de vários outros para
efetuar recomendações ou dar orientações à
Administração, tais como envio de carta à presidência,
visita pessoal à sede social da Companhia e/
ou manifestar-se por e-mail, disponível no site
corporativo do grupo.
Qualquer sugestão ou requerimento de acionista
pode ser protocolado nos estabelecimentos e/ou
filiais das empresas controladas pela Rede Energia.
As solicitações serão encaminhadas à Presidência.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
55
58. Desempenho econômico financeiro
Estratégia e modelo
de gestão
“Foi um ano de redefinição de papéis entre corporativo e
empresas.” – Frase da Presidente Executiva Carmem Pereira.
“Para atender às necessidades de um Brasil que cresce, e ser
referência em gestão empresarial, é preciso evoluir.”
Com este mote, a Rede Energia iniciou 2009 com um
dos mais audaciosos programas já realizados na história
da Companhia: o Evoluir. A implantação do programa
deixará a Rede Energia alinhada às modernas práticas
de gestão empresarial.
O Programa Evoluir conta com sete projetos fundamentais:
centro de serviços compartilhados; estruturação de
processo de cobrança; estruturação da operação e
engenharia; manual de controle patrimonial elétrico;
Call Center; procedimento de distribuição e SAP.
• Centro de Serviços Compartilhados (CSC) – Tem o
objetivo de uniformizar os processos contábeis, fiscais e
financeiros das empresas que formam a Rede Energia.
• Estruturação do Processo de Cobrança (EPC) – Resultará
em uma área de cobrança corporativa responsável pela
elaboração de estratégias e pela implantação de melhorias,
definindo as políticas e as normas para todo o grupo.
• Estruturação da Operação e Engenharia (EOE) – Visa
ao aumento de eficiência da área operacional da Rede
Energia, aprimorando as estruturas de engenharia e de
distribuição de cada distribuidora. A melhoria evitará o
retrabalho entre as áreas, com economia de tempo e
de recursos.
58
59. • Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrico
(MCPSE) – Atualizará o cadastro técnico, operacional
e patrimonial de 100% dos ativos das empresas. O
trabalho levará três anos para ser concluído.
• Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica
(PRODIST) – A adequação dos procedimentos segue as
orientações da Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL). O resultado trará um ganho de escala em
todas as empresas da Companhia.
• Call Center – Será todo reestruturado, de acordo
com as determinações da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL). Além de suprir as demandas da própria
empresa, prestará serviços às outras companhias.
• Sistema de Gestão Empresarial – Com um
investimento de R$ 40 milhões, a Rede Energia
será modernizada com um novo software da SAP,
empresa responsável pelo desenvolvimento da nova
ferramenta. O objetivo é integrar as áreas (tesouraria,
cobrança, jurídico, infraestrutura, planejamento e frota,
contabilidade e área fiscal) das diferentes empresas
da Rede Energia. A previsão é de que a substituição do
processo antigo pela nova ferramenta seja concluída
até julho de 2011 nas nove empresas da Companhia.
Além de maior agilidade, haverá 30% de economia por
ano no gasto com gestão.
Em 2010, o sistema de gestão empresarial será
implantado primeiramente nas empresas Cemat e
Celtins. No ano seguinte, será a vez das empresas
Enersul, Bragantina, Caiuá, Força e Luz do Oeste,
Nacional, Vale Parapanema e Rede Comercializadora.
O processo mobilizará a dedicação de cerca de
cem pessoas.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
59
60. Desempenho econômico financeiro
Gestão de risco
A Rede Energia e suas controladas possuem procedimentos
de controles preventivos que monitoram sua exposição aos
riscos de crédito, de mercado, de escassez de energia e aos riscos
relacionados à Companhia e suas operações.
Riscos de crédito
Trata-se do risco da Companhia e de suas controladas incorrerem
em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de
valores faturados a seus consumidores, suas concessionárias e
permissionárias. A mitigação desse risco ocorre com a aplicação
de procedimentos analíticos de monitoramento das contas
a receber de consumidores, ações de cobrança e corte no
fornecimento de energia. Outro fator que minimiza o risco de
crédito é o perfil da carteira de crédito, que é pulverizada em um
número expressivo de consumidores.
Riscos de mercado
Risco de mercado é a eventual perda resultante de mudanças
adversas das taxas e preços de mercado. A Rede Energia está
exposta a riscos de mercado decorrentes da atividade. Os riscos
de mercado envolvem, principalmente, a possibilidade de
que mudanças nas taxas de juros, taxas de câmbio e inflação
afetem negativamente o valor dos ativos financeiros, fluxos
de caixa e rendimentos futuros da Companhia. A mitigação
desse risco ocorre por meio da aplicação de procedimentos de
avaliação da exposição dos ativos e passivos ao risco de mercado
e, consequentemente, da contratação de “hedge” junto às
instituições financeiras de primeira linha.
Risco operacional (GRI 4.11)
As receitas operacionais da Rede Energia podem ser afetadas
ou não por decisões da ANEEL em relação às tarifas praticadas.
As tarifas cobradas pela venda de energia aos consumidores
são determinadas de acordo com os contratos de concessão
celebrados com a ANEEL e estão sujeitas à regulação da agência.
60
61. A mitigação desse risco ocorre pelo monitoramento e pela
aplicação das normas e dos procedimentos definidos
pela ANEEL, e por um criterioso gerenciamento de
custos operacionais.
Risco de escassez de energia (GRI EU06)
O sistema elétrico brasileiro é abastecido predominantemente
pela geração hidrelétrica. Um período prolongado de escassez
de chuva, durante a estação úmida, reduziria o volume de água
nos reservatórios dessas usinas, trazendo como consequência
o aumento no custo da aquisição de energia no mercado de
curto prazo e a elevação dos valores de encargos de sistema
em decorrência do despacho das usinas termelétricas. Em
outra situação extrema, poderia ser adotado um programa de
racionamento, que implicaria redução de receita. No entanto,
considerando os níveis atuais dos reservatórios e as últimas
simulações efetuadas, o Operador Nacional de Sistema
Elétrico (ONS) não prevê para os próximos anos um novo
programa de racionamento.
Política de utilização de instrumentos derivativos
O uso de derivativos tem o propósito de atender às
necessidades da Rede Energia no gerenciamento de
riscos de mercado – principalmente de riscos de variação
cambial que possam resultar em perda financeira
– decorrentes dos descasamentos entre moedas e
indexadores. A Companhia e suas controladas possuem
apenas operações de swap, sem outros instrumentos
derivativos. As operações com derivativos são realizadas
por intermédio das superintendências financeiras, de
acordo com a estratégia previamente aprovada pelos
gestores da Companhia. Os contratos são fechados
em mercado de balcão, diretamente com instituições
financeiras de primeira linha. As operações com
derivativos da Rede Energia e suas controladas não
possuem verificadores nem chamada de margens,
sendo liquidados integralmente no vencimento.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
61
62. Desempenho econômico financeiro
Tecnologia e inovação
(“P&D”)
Os programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)
da Rede Energia incentivam projetos inovadores que
tragam soluções aos desafios tecnológicos do setor
elétrico. Em parceria com as melhores universidades e
com os mais avançados centros de pesquisa do País, a
Rede Energia busca a melhoria do produto e do serviço
prestado aos clientes. Desde o início dos programas, a
Rede Energia destinou R$ 160 milhões aos programas
de P&D. Em 2009, houve o investimento aproximado de
R$ 10 milhões em 48 projetos. Alguns dos projetos em
andamento são:
1) Desenvolvimento de metodologia para
estabelecimento de estrutura tarifária para o serviço de
distribuição de energia elétrica entre as distribuidoras
Proposto pela ANEEL, o estudo sobre a metodologia de
construção de tarifas no setor elétrico é pesquisado
pela Rede Energia. O projeto sugere uma estrutura
tarifária horo-sazonal, orientando o consumo para
as horas e os períodos nos quais o fornecimento de
energia elétrica seja menos oneroso para o País. Dessa
forma, aumentaria o uso mais racional do sistema
elétrico, postergando a realização de investimentos
futuros em sua expansão.
62
63. 2) Redução de carbono nas cadeias de fornecimento
de energia elétrica da Rede Energia
O objetivo do projeto é realizar o inventário das
emissões de carbono na cadeia de energia elétrica e,
assim, elaborar um estudo de viabilidade econômica
para Projetos de Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo (MDL) de redução de carbono e criar estratégias
para a compensação e neutralização de emissões
de carbono nas cadeias de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica.
3) Sistema de gerenciamento e centralização de
comunicação móvel de dados de voz com
transmissão híbrida
A meta é desenvolver um sistema de comunicação
híbrida (TCP/IP, rádio VHF/UHF, GPRS/GSM e satélites)
para transmissão móvel de dados de voz em diferentes
localidades. Haveria a integração de tecnologias
existentes e o desenvolvimento de softwares e
hardwares dedicados às especificidades do sistema de
comunicação das empresas cooperadas.
A Rede Energia já desenvolveu um projeto que resolve
o problema de comunicação entre a área que cuida
do atendimento ao cliente e o funcionário que faz o
atendimento presencialmente. O sistema de despacho
decodifica e envia informação. Ao mesmo tempo, o
emissor da informação recebe o relatório, confirmando
a chegada dela. É uma maneira de se evitar o extravio
de mensagens.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
63
64. 4) Projeto de segmentação de atendimento de clientes
por nichos não convencionais
A meta é, a partir de pesquisa de opinião, segmentar
o atendimento de clientes do grupo A (ligados em
média e alta tensão – acima de 13,8 KV), dividindo-os
por interesses e demandas comuns. Assim, segmentos
64
65. de mercado como aviários, consumidores em etapas
de projetos, corporativos, grandes consumos, entre
outros, terão um plano diferenciado de atendimento, o
que deverá melhorar continuamente o relacionamento
deste segmento de mercado com as distribuidoras
da Rede Energia.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
65
66. Desempenho econômico financeiro
Resultados financeiros
Lucro líquido
O resultado econômico-financeiro da Rede
Energia foi positivo em 2009, com lucro líquido
consolidado de R$ 20,3 milhões. Quando
consideradas apenas as nove distribuidoras, o
lucro líquido somado representa o montante de R$
466,6 milhões em 2009, ou seja, 285,1% superior
ao de 2008, quando foi registrado R$ 121 milhões.
O aumento percentual de 285,1% é significativo, se
avaliado que, nos primeiros meses de 2009, devido
ao temor da crise financeira global iniciada em
meados de 2008, a atividade econômica local se
restringiu, principalmente, na região Norte do País
– área de concessão da Rede Energia. O próprio
consumidor acabou pisando no freio em termos
de consumo, especialmente nos primeiros meses
do ano, quando a crise ainda estava iminente.
Conseqüentemente, houve menor consumo de
energia elétrica. Mesmo assim, os investimentos
da Rede Energia foram mantidos em 2009, ainda
que em uma escala mais modesta que a do
ano anterior.
Principais indicadores financeiros (GRI 2.8 e EC01)
Dados Econômicos 2009 2008 Var%
Receita Operacional Bruta - R$ mil 7.586.966 6.075.141 24,9%
Receita Operacional Líquida - R$ mil 5.044.554 3.995.756 26,2%
EBITDA - R$ mil 1.187.610 993.963 19,5%
Margem EBITDA (%) 23,5% 24,9% -5,4%
Lucro Líquido - R$ mil 20.338 179.169 -88,6%
Lucro Líquido Combinado das Distribuidoras - R$ mil 466.622 121.170 285,1%
Investimento Bruto - R$ mil 885.830 1.482.764 -40,3%
66
67. Receita operacional
A receita operacional bruta consolidada da Rede Energia
– composta pela receita de fornecimento ao consumidor
final, fornecimento de energia para revenda (suprimento)
e receita do uso do sistema de distribuição (“TUSD”)
– aumentou 24,9%, passando de R$ 6.075,1 milhões
em 2008 para R$ 7.587,0 milhões em 2009, devido ao
crescimento do mercado em 15,1%. Também houve o
aumento da tarifa média anual em 8,5% e o processo de
consolidação da Enersul a partir de setembro de 2008,
data da aquisição da concessionária.
Em relação à receita operacional líquida consolidada
da Rede Energia, foi registrado o incremento de 26,2%,
passando de R$ 3.995,7 milhões, em 2008, para R$ 5.044,5
milhões, em 2009.
EBITDA
O EBITDA consolidado da Rede Energia somou R$ 1.187,6
milhões, em 2009, contra R$ 994,0 milhões, em 2008. O
crescimento de 19,5% (R$ 193,6 milhões) foi influenciado,
principalmente, pelo expressivo aumento de 26,2% (R$
1.048,8 milhões) na receita líquida.
O Ebitda representa o resultado operacional calculado
com base no resultado do serviço das demonstrações do
resultado, acrescido da depreciação e amortização das
demonstrações dos fluxos de caixa.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
67
68. Desempenho econômico financeiro
Endividamento financeiro (GRI 2.8)
Companhia
O saldo da conta empréstimos, financiamentos, debêntures
e encargos de dívida passou de R$ 1.065,0 milhões, em 2008,
para R$ 1.431,9 milhões, em 2009, representando um aumento
de 34,5% (R$ 366,9 milhões), dos quais 53,8% são dívidas em
moeda nacional e 46,2% em moeda estrangeira.
O aumento ocorreu, principalmente, devido ao saldo devedor
dos bônus perpétuos que, embora tenha sido favorecido pela
variação cambial, foi negativamente afetado pela variação
da marcação a mercado (melhor cotação), decorrente da
melhora da percepção de crédito da companhia pelo mercado
financeiro e de capitais.
O saldo dos empréstimos, financiamento e encargos líquido
de caixa e aplicações passou de R$ 1.046,1 milhões, em 2008,
para R$ 1.425,0 milhões, em 2009, aumento de 36,2%
(R$ 378,9 milhões).
Consolidado
O saldo consolidado da conta empréstimos, financiamentos,
debêntures e encargos de dívida passou de R$ 4.484,7
milhões, em 2008, para R$ 5.017,7 milhões em 2009,
representando um aumento de 11,9% (R$ 533 milhões), dos
quais 72,4% são dívidas em moeda nacional e 27,6% em
moeda estrangeira.
Reclassificando, portanto, as dívidas em moeda estrangeira,
que estão protegidas das variações cambiais por meio de swap,
para o grupo de moeda nacional, os percentuais passam a ser:
84,4% em moeda nacional e 15,6% em moeda estrangeira.
Descontando as disponibilidades em caixa e as aplicações,
o saldo líquido da conta empréstimos, financiamentos,
debêntures e encargos de dívidas passou de R$ 4.088,7
milhões, em 2008, para R$ 4.603,7 milhões, em 2009,
representando um aumento de 12,6% (R$ 515 milhões).
68
69. Perfil do endividamento (Rede Energia)
0,7% 12,3%
25,7% BNDES
Perpetual Bonds
Dívida Bancária
46,1%
Debêntures
15,2%
9,7%
Curto Prazo
Longo Prazo
90,3%
Financiamento do endividamento
Em 2009, a Rede Energia realizou diferentes operações
para o alongamento do endividamento:
• Bônus perpétuo – Houve a recompra parcial dos bônus
perpétuos com deságio de 47,1% no final do ano. A favor da
Companhia, a variação cambial, no decorrer de 2009,
contribuiu para a redução de R$ 837,7 milhões no saldo
devedor em moeda estrangeira. No entanto, o efeito da
marcação a mercado dos bônus perpétuos compensou
negativamente esse ganho, reduzindo o saldo em
moeda estrangeira em R$ 237,5 milhões de 2008
para 2009.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
69
70. Desempenho econômico financeiro
Desemprenho econômico financeiro
Espaço Cultural José
Gomes Sobrinho
Palmas/TO
• Debêntures – Foi feita a emissão de debêntures
simples, com prazo de cinco anos, no valor de R$
370 milhões em dezembro de 2009. Desse total, R$
320 milhões foram usados na liquidação de notas
promissórias. O restante foi usado para a composição
do capital de giro da companhia. (GRI 2.9)
• BNDES – Entrada da primeira tranche do banco
no valor de R$ 100 milhões, referente ao Contrato de
Financiamento para projetos de melhorias na área
de concessão da Celpa, no Pará, no valor total de
R$ 449,3 milhões. As próximas tranches estão
previstas para 2010.
• Eletrobrás – Incremento de R$ 73,4 milhões referente
ao Programa Luz para Todos.
Esses contratos contam com prazo para liquidação de
12 anos, sendo dois anos de carência e 10 anos para a
amortização do principal. O custo da operação foi de 5%
ao ano de juros e 1% ao ano de taxa de administração.
(GRI EC04)
• BID – Desembolso de R$ 15 milhões em dezembro
de 2009. Os recursos serão aplicados na Celtins,
no Tocantins.
70
71. Distribuição do Valor
Adicionado (DVA)
O valor adicional gerado pela Rede Energia em 2009
e distribuído aos funcionários, governo, financiadores
externos e acionistas aumentou de R$ 4,3 milhões em
2008 para R$ 4,9 milhões em 2009. Na distribuição
dessa riqueza pela Rede Energia, a maior parte, 51,17%
do valor gerado, teve como destino os cofres públi-
cos (municipal, estadual e federal) com as taxas e os
impostos. Em segundo lugar, parte da riqueza (38,53%)
foi destinada à remuneração de capitais de terceiros
(despesas financeiras, aluguéis, encargos de dívidas e
variações monetárias).
Em 2009: R$ 4.948.642 Em 2008: R$ 4.288.654
51,17% governo 6,28% colaboradores(as) 54,37% governo 7,83% colaboradores(as)
- 1,31% 38,53% 5,33% 0,80% 32,24% 6,36%
acionistas terceiros lucros retidos acionistas terceiros lucros retidos
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
71
72. Desempenho econômico financeiro
Perspectivas, estratégias e
desenvolvimento
A área de concessão das empresas da Rede Energia
exige significativo aporte de recursos por se tratar
de regiões com o menor Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) do País. O desafio da Companhia é levar
energia elétrica aos locais afastados, promovendo o de-
senvolvimento local. Como consequência, há o aumento
do número de consumidores. Em 2009, a Rede Energia
investiu R$ 885,8 milhões. Do total, R$ 415,7 milhões
foram recursos próprios e R$ 470,1 milhões vieram de
fontes subsidiadas.
Investimentos por empresas
R$ mil 2009 2008 Var%
Rede Sul / SE 52.549 57.234 -8,2%
Celtins 129.292 203.933 -36,6%
Cemat 203.204 598.293 -66,0%
Celpa 364.806 579.565 -37,1%
Enersul 124.159 34.953* 273,2%
Outras 11.820 8.786 -37,2%
Total 885.830 1.482.764 -40,3%
* Valor referente ao último trimestre de 2008
72
73. Destino dos R$ 885,8 milhões de investimentos da Rede Energia em 2009:
• Programa Luz para Todos (“LPT”) e Programa Nacional de Universalização – R$ 433,6 milhões.
• Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), PEE, FNDCT e EPE – R$ 48,7 milhões.
• Sub-rogação do direito de uso da Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis (CCC),
para subsídio da implantação de projetos que visam à interligação do sistema e
desativação da geração térmica – R$ 42,5 milhões.
• Interligação da Ilha de Marajó – R$ 60,4 milhões.
• Programa de Redução de Perdas – R$ 32,9 milhões.
• Manutenção e melhorias no sistema com caixa próprio – R$ 267,8 milhões.
relatório de responsabilidade socioambiental 2009
73