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Medida do Fluxo de Múons
Seminário do módulo 4: Instrumentação em partículas
da escola EAFEX do CBPF-2106
Daniel B./Davide D./Débora V.
Gabriela H./Mauri G./Moises M.
Orientadores: André Massafferri/Henrique Saitovitch
Motivações e Objetivos do Módulo
Aparato Experimental
O Telescópio de Múons
Resultados Obtidos
2
Sumário
Motivações e Objetivos
O que são Raios Cósmicos?
● Partículas carregadas de alta energia provenientes de fontes extraterrestres; UHE e LE.
Porque estudar Raios Cósmicos?
● Informações sobre a evolução estelar; Mecanismo de aceleração; Parâmetros climáticos; Variação alta
do fluxo ao longo da superfície terrestre (geográfica e temporalmente).
Medida do fluxo de múons
● Maior percentual das partículas que atingem a superfície; baixa perda de energia por ionização.
Motivações e Objetivos
Medidas existentes do fluxo de múons.
● A equação de decaimento possui um fator obtido de forma empírica; Uma das medidas
existentes na literatura oferece um valor estimado em torno de 90 múons/m²s ao nível do mar
(PDG).
Comparação das previsões da Física Clássica e da Mecânica Relativística.
● A previsão da Física clássica dá um fluxo quase nulo na superfície terrestre; A aplicação do fator de
Lorentz dá um resultado compatível com a realidade mensurada.
Previsões Teóricas
Pela previsão newtoniana levaria 1,62 anos para medir a quantidade de
múons que a previsão relativística adequadamente prevê em 1 segundo.
Aparato Experimental
Cintiladores Orgânicos Plásticos e Fotomultiplicadoras (PMTs)
● O princípio da cintilação: detecção por excitação atômica - emissão de fótons; guia de luz para a PMT
que traduz o sinal ótico para um sinal elétrico, por efeito fotoelétrico. A alimentação em alta tensão nos
dinodos da PMT acelera os elétrons, produzindo um ganho de amplificação no sinal.
Aparato Experimental
Sistema DAQ (Módulos NIM e VME)
● NIM (Nuclear Instrumentation Module): discriminação;
lógica digital entre sinais; coincidência.
● VME: Módulo de interface entre o NIM e o
computador, com algoritmo de otimização de
aquisição de dados.
Aspectos experimentais
Ruído: a corrente de escuro e o ruído eletrônico são sinais indesejáveis para a medição. Existem
duas técnicas para contorná-los: Ajuste de threshold e técnicas de coincidência. A Vth é
configurada para discriminar o sinal do cintilador e eliminar a propagação do sinal de ruído. A
técnica de coincidência leva em conta o cálculo da probabilidade de eventos incoerentes serem
detectados como eventos relacionados às próprias partículas.
Aspectos experimentais
Geometria: existe uma correção do cálculo do fluxo devido à geometria superposta das placas
(abertura equivalente), chamada de Aceptância geométrica. O fator de correção é da forma cos²(theta),
e dá a correção da distribuição de partículas em função do ângulo de incidência. A correção é realizada
por método de Montecarlo (simulação computacional).
O Telescópio de Múons
➔ Medidas: eficiências dos cintiladores, fluxo.
CONFI
G.
DAQ TAQ(s) Sample Vt(mV) W(ns) HV(A-B) d(cm)
Princ. VME 30 1500 30 40 1750-
1600
12
Var.1 NIM 120 5 30 40 1750-
1600
12
Var.2 NIM 120 5 30 40 1750-
1600
29.5
Var.3 VME 120 300 40 80 1850-
1750
12
Var.4 NIM 120 5 40 80 1850-
1750
12
Var.5 NIM 120 5 40 80 1850-
1750
29
Medida Principal e Sistemática
Ajuste do Ponto de Operação HV
Medida Preliminar – Var.1 (NIM)
Medida Preliminar – Var.4 (NIM)
Variação da aceptância geométrica
● Var. 2
d=29.5 cm
● Var. 5
d=29cm
Ageo=56.925%
● A variação da aceptância geométrica é um teste do modelo
dependente cos²(theta).
● Var.
Ageo=56.424%
Medida VME – Var.3
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EAFEX-21016-Muons

  • 1. Medida do Fluxo de Múons Seminário do módulo 4: Instrumentação em partículas da escola EAFEX do CBPF-2106 Daniel B./Davide D./Débora V. Gabriela H./Mauri G./Moises M. Orientadores: André Massafferri/Henrique Saitovitch
  • 2. Motivações e Objetivos do Módulo Aparato Experimental O Telescópio de Múons Resultados Obtidos 2 Sumário
  • 3. Motivações e Objetivos O que são Raios Cósmicos? ● Partículas carregadas de alta energia provenientes de fontes extraterrestres; UHE e LE. Porque estudar Raios Cósmicos? ● Informações sobre a evolução estelar; Mecanismo de aceleração; Parâmetros climáticos; Variação alta do fluxo ao longo da superfície terrestre (geográfica e temporalmente). Medida do fluxo de múons ● Maior percentual das partículas que atingem a superfície; baixa perda de energia por ionização.
  • 4. Motivações e Objetivos Medidas existentes do fluxo de múons. ● A equação de decaimento possui um fator obtido de forma empírica; Uma das medidas existentes na literatura oferece um valor estimado em torno de 90 múons/m²s ao nível do mar (PDG). Comparação das previsões da Física Clássica e da Mecânica Relativística. ● A previsão da Física clássica dá um fluxo quase nulo na superfície terrestre; A aplicação do fator de Lorentz dá um resultado compatível com a realidade mensurada.
  • 5. Previsões Teóricas Pela previsão newtoniana levaria 1,62 anos para medir a quantidade de múons que a previsão relativística adequadamente prevê em 1 segundo.
  • 6. Aparato Experimental Cintiladores Orgânicos Plásticos e Fotomultiplicadoras (PMTs) ● O princípio da cintilação: detecção por excitação atômica - emissão de fótons; guia de luz para a PMT que traduz o sinal ótico para um sinal elétrico, por efeito fotoelétrico. A alimentação em alta tensão nos dinodos da PMT acelera os elétrons, produzindo um ganho de amplificação no sinal.
  • 7. Aparato Experimental Sistema DAQ (Módulos NIM e VME) ● NIM (Nuclear Instrumentation Module): discriminação; lógica digital entre sinais; coincidência. ● VME: Módulo de interface entre o NIM e o computador, com algoritmo de otimização de aquisição de dados.
  • 8. Aspectos experimentais Ruído: a corrente de escuro e o ruído eletrônico são sinais indesejáveis para a medição. Existem duas técnicas para contorná-los: Ajuste de threshold e técnicas de coincidência. A Vth é configurada para discriminar o sinal do cintilador e eliminar a propagação do sinal de ruído. A técnica de coincidência leva em conta o cálculo da probabilidade de eventos incoerentes serem detectados como eventos relacionados às próprias partículas.
  • 9. Aspectos experimentais Geometria: existe uma correção do cálculo do fluxo devido à geometria superposta das placas (abertura equivalente), chamada de Aceptância geométrica. O fator de correção é da forma cos²(theta), e dá a correção da distribuição de partículas em função do ângulo de incidência. A correção é realizada por método de Montecarlo (simulação computacional).
  • 10. O Telescópio de Múons ➔ Medidas: eficiências dos cintiladores, fluxo.
  • 11. CONFI G. DAQ TAQ(s) Sample Vt(mV) W(ns) HV(A-B) d(cm) Princ. VME 30 1500 30 40 1750- 1600 12 Var.1 NIM 120 5 30 40 1750- 1600 12 Var.2 NIM 120 5 30 40 1750- 1600 29.5 Var.3 VME 120 300 40 80 1850- 1750 12 Var.4 NIM 120 5 40 80 1850- 1750 12 Var.5 NIM 120 5 40 80 1850- 1750 29 Medida Principal e Sistemática
  • 12. Ajuste do Ponto de Operação HV
  • 13. Medida Preliminar – Var.1 (NIM)
  • 14. Medida Preliminar – Var.4 (NIM)
  • 15. Variação da aceptância geométrica ● Var. 2 d=29.5 cm ● Var. 5 d=29cm Ageo=56.925% ● A variação da aceptância geométrica é um teste do modelo dependente cos²(theta). ● Var. Ageo=56.424%
  • 16. Medida VME – Var.3