Santos N, Carolino F, Aguiar A, Plácido JL. Alergia ocupacional ao Tetranychus urticae em trabalhadores agrícolas do norte de Portugal. Rev Port Imunoalergologia 2013;21(Supl.1):51.
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Alergia ocupacional ao tetranychus urticae em trabalhadores agrícolas do norte de portugal
1. Foi
encontrada
uma
elevada
prevalência
de
sensibilização
e
alergia
ao
T.
ur&cae,
sobretudo
em
trabalhadores
de
estufas,
o
que
poderá
dever-‐se
a
uma
maior
exposição
ocupacional
neste
?po
de
produção.
Natacha
Santos1,
Fabrícia
Carolino1,
Ana
Aguiar2,
José
Luís
Plácido1
1Serviço
de
Imunoalergologia,
Centro
Hospitalar
São
João,
E.P.E.,
Porto
2
Departamento
de
Geociências,
Ambiente
e
Ordenamento
do
Território,
Faculdade
de
Ciências
da
Universidade
do
Porto
O
Tetranychus
ur&cae
é
um
ácaro
fitófago,
praga
em
diversas
culturas
agrícolas
e
responsável
por
sintomas
de
rinite,
asma
e
ur?cária.
No
entanto,
a
alergia
a
este
ácaro
não
foi
previamente
avaliada
em
Portugal
em
contexto
ocupacional.
Objec'vos
Avaliar
a
frequência
de
sensibilização
e
de
alergia
ao
T.
ur&cae
em
diferentes
contextos
de
produção
agrícola.
Visita
a
locais
de
produção
agrícola
da
região
Norte,
incluindo
estufas,
vinhos
Verdes
e
vinhos
do
Douro
e
realização
dos
seguintes
procedimentos:
1)
Testes
cutâneos
por
picada
(TCP)
com
aeroalergénios,
incluindo
ácaros
do
pó
e
de
armazenamento
(Dermatophagoides
pteronyssinus,
D.
farinae
e
Lepidoglyphus
destructor)
e
T.
ur&cae
(Le?®),
pólenes
de
árvores,
gramíneas
e
ervas,
e
fungos,
posi?vos
para
um
diâmetro
médio
da
pápula
aos
15
minutos
≥3mm
2)
Prova
de
provocação
conjun'val
(PPC)
com
T.
ur&cae
(Le?®)
realizada
em
ocultação
simples
com
concentração
crescente
(0,002-‐0,02-‐0,2-‐2mg/mL)
de
extrato
de
T.
ur&cae
com
10
minutos
de
intervalo,
posi?va
na
presença
de
hiperemia
conjun?val,
edema
ou
lacrimejo
3)
Ques'onário
de
exposição
ocupacional
e
sintomas
alérgicos
O
presente
estudo
foi
aprovado
pela
Comissão
de
É?ca
do
Hospital
São
João,
E.P.E.
e
todos
os
par?cipantes
assinaram
consen?mento
informado
Acari
Sarcop?formes
As?gmata
Pyroglyphidae
Dermatophagoides
Glycyphagidea
Lepidoglyphus
Acaridae
Acarus
Tyrophagus
Trombidiformes
Pros?gmata
Tetranychidae
Tetranychus
48
trabalhadores,
29
(58%)
do
sexo
masculino,
idade
média
45±11,7
anos
-‐ 12
em
estufas
-‐ 6
em
vinhos
Verdes
-‐ 23
em
vinhos
do
Douro
-‐ 7
consultores/gestores
agrícolas
25%
17%
43%
17%
4%
14%*
0
5
10
15
20
25
Estufa
V.
Verde
V.
Douro
Consultores
TCP
e
PPC
posi?vos
para
T.
ur?cae
TCP
posi?vo
para
T.
ur?cae
Não
sensibilizados
ao
T.ur?cae
*1
não
realizou
por
xerolalmia
Gráfico
1.
Proporção
entre
trabalhadores
sensibilizados
e
com
alergia
ao
T.
ur&cae,
de
entre
os
testados
10
(21%)
trabalhadores
(77%
dos
atópicos)
-‐ 3
monossensibilizados
-‐ 1
co-‐sensibilizado
exclusivamente
a
pólenes
-‐ 4
co-‐sensibilizados
exclusivamente
a
ácaros
-‐ 2
co-‐sensibilizados
a
ácaros
e
pólenes
Mediana
da
pápula
=
3,5mm
(3-‐4mm)
20
(42%)
referiram
clínica
alérgica:
rinite/conjun?vite
(n=12),
ur?cária
(n=6)
e
asma
(n=2)
Figura
1.
Área
de
trabalho
e
realização
de
TCP
Figura
2.
PPC
posi'va
para
T.
ur&cae
Trabalho
agrícola
em
média
(desvio
padrão)
de
35
(13,5)
horas
por
semana
há
14
(11,9)
anos
4
(8%)
trabalhadores
(44%
dos
sensibilizados)
todos
co-‐sensibilizados
apenas
a
ácaros
1
Engº
Agrónomo
consultor
de
produção
em
estufa
com
rinite
sem
relação
ocupacional
2
trabalhadores
com
ur?cária
de
contacto
com
cultura
de
feijão
na
primavera/verão
1
trabalhador
com
rinoconjun?vite
ocupacional
na
primavera
Dos
5
sensibilizados
a
T.
ur&cae
com
PPC
nega?va,
3
eram
assintomá?cos
e
2
?nham
rinite
sazonal
na
primavera
(1
sensibilizado
a
pólenes
de
árvores
e
outro
sem
outras
sensibilizações
demonstradas)