1. Variação Linguística de São
Paulo
Grupo: Neil, Nicolas e Victor
Matéria: Português
Professor:Aderilson
Serie: 9° ano E.F.
2. • A língua não é indivisível, ela pode ser considerada um
conjunto de dialetos. Não nos referimos aos inúmeros idiomas
que existem e podem ser encontrados em um mesmo país, o
que iremos abordar é a variação lingüística existente em um
único idioma, no caso, o português falado no Brasil, mais
especificamente a língua portuguesa falada em diferentes
bairros da cidade de São Paulo, que ganhou inclusive uma
denominação para designar a linguagem típica do paulistano:
o paulistanês, que consiste na diversidade de
vocabulários, gírias e entonações que existem na cidade de
São Paulo.
3. • Primeiro é preciso entender que a cidade de São Paulo, a
maior do Brasil, recebeu e ainda recebe centenas de pessoas
por dia, vindas de diferentes regiões do Brasil e do mundo. A
cidade já foi adotada por imigrantes
italianos, japoneses, chineses, sírios, portugueses, libaneses, c
oreanos, espanhóis e recentemente por africanos e
bolivianos, e também por migrantes
brasileiros, principalmente das regiões norte, nordeste e
cidades do interior paulista. Todos estes dados contribuíram
na construção da diversidade lingüística existente na cidade de
São Paulo.
4. • Alguns bairros ficaram conhecidos por abrigar grupos
específicos de imigrantes e migrantes, como os bairros
italianos da Móoca e do Bixiga, o japonês-chinês da
Liberdade, o sírio-libanês da Luz, os coreanos do Brás e do
Bom Retiro, o português da Chácara Santo Antônio, o
boliviano do Pari, o africano do centro, principalmente nas
regiões da Praça da República e Avenida São João e o
nordestino de São Miguel Paulista.
5. • O sotaque paulista é marcado por frequentemente não
pronunciar o -s do plural. Como uma grande parcela da
população paulista é de origem italiana, e em italiano não se
forma o plural com -s, mas mudando a vogal final, o hábito de
falar sem o -s final foi mantido e espalhado.
Eu penso que há mais de 1 sotaque paulista: o
piracicabano, bem tradicional e arrastado, caipira, no bom
sentido; o taubateano, algo amineirado (na verdade, o
sotaque mineiro central seria um sotaque paulista "antigo"); o
sorocabano, espanholado e que influenciou os falares do sul
do Brasil até o Rio da Prata; o caiçara, praiano e mais
aparentado ao sotaque carioca; o paulistano, com italianismos
e arabismos; etc.
6. • Estas definições de sotaques variam entre autores e
pesquisadores. As capitanias de São Vicente e de São Paulo de
Piratininga foram estabelecidas no século 16 e seus habitantes
usaram, por 200 anos, uma outra língua, a língua geral, e
quando foram obrigados a utilizar o português, carregaram
muito da língua anterior, esse é um dos fatos que fez surgir o
sotaque paulista.