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Brasil: 1955 - 1964
O governo de Juscelino Kubitschek
(1956-1960)
• Juscelino foi o último presidente da República
a assumir o cargo no Palácio do Catete. Foi
empossado em 31 de janeiro de 1956, e,
governou por 5 anos, até 31 de janeiro de
1961. Seu vice-presidente foi João Goulart.
Com ele, o Brasil viveu anos de otimismo
embalados pelo sonho da construção de
Brasília, a nova capital do país.
• O mandato de Juscelino Kubitschek ficou
conhecido como o mais expressivo
crescimento da economia brasileira. O lema
usado foi "Cinquenta anos de progresso em
cinco anos de governo".
Para cumprir as promessas, foi elaborado o
Plano de Metas, que tinha como objetivo um
acelerado crescimento econômico a partir da
expansão do setor industrial,
• com investimentos na produção de aço,
alumínio, metais não-ferrosos, cimento, papel
e celulose, borracha, construção naval,
maquinaria pesada e equipamento elétrico.
Para isso dar certo, JK apoiou a entrada de
multinacionais e transnacionais para o Brasil.
Como consequência, houve um agravamento
na inflação, fazendo com que a abertura da
economia ao capital estrangeiro gerasse uma
• desnacionalização econômica, porque estas
empresas passaram a controlar setores
industriais da economia do Brasil.
• Ele construiu 20 mil km de estradas e
pavimentou mais 5 mil para atrair
multinacionais para o país. Mas, se por um
lado o Plano de Metas alcançou os resultados
esperados, por outro, foi responsável pela
consolidação de um capitalismo
extremamente dependente que sofreu muitas
críticas e acirrou o debate em torno da
política desenvolvimentista.
• O presidente tratou também de atender
reivindicações específicas dos militares,
aumentando seus salários e melhorando os
equipamentos. Tentou manter, tanto quanto
possível, o movimento sindical sob controle.
Além disso, acentuou-se a tendência de
indicar militares para postos governamentais
estratégicos.
• Fora criado também a Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene),
destinado a promover o planejamento da
expansão industrial do Nordeste.
Portanto, no governo de Juscelino Kubitschek
ocorreu uma definição nacional-
desenvolvimentista de política econômica.
Promoveu-se uma ampla atividade do Estado
tanto no setor de infra-estrutura como no
• incentivo direto à industrialização, mas
assumiu também abertamente a necessidade
de atrair capitais estrangeiros, concedendo-
lhes inclusive grandes facilidades. Esta
expressão, nacional-desenvolvimentismo, em
vez de nacionalismo, sintetiza uma política
econômica que tratava de combinar o Estado,
a empresa privada nacional e o capital
estrangeiro para promover o
• desenvolvimento, com ênfase na
industrialização. Contudo, o governo de JK
estava mais voltado para o incentivo à
indústria automobilística do que para as
carências e necessidades da população.
No Plano de Metas, o desenvolvimento
industrial estava centrado na produção de
veículos, principalmente automóveis.
• A indústria automobilística foi a grande
alavanca que impulsionou a industrialização
brasileira nos anos 50 e 60. JK não contou com
o fato de os bens produzidos pelas indústrias
eram acessíveis apenas a uma pequena parte
do país, já que a maior parte era formada pro
trabalhadores, uma classe marginalizada, já
que a riqueza era concentrada nas mãos de
poucos.
• Para tentar amenizar o problema, o
presidente criou a SUDENE afim de promover
o desenvolvimento do Nordeste, porém seu
Partido,o PSD, que era apoiado por coronéis
não aprovou a medida, e o órgão que seria a
solução para acabar com a desigualdade social
não obteve sucesso. O PIB brasileiro cresceu
7% e a renda per capita aumentou, mas esse
progresso gerou muitas dívidas e as
• exportações não estavam gerando lucros o
suficiente para sanar o problema, e desse
modo JK foi se enforcando com a própria
corda, do modo que a inflação subia e a
moeda brasileira se desvalorizava.
A sorte de Juscelino foi que esses problemas
só vieram à tona quando seu mandato estava
bem perto do fim, e isto não abalou a sua
imagem diante da população, que até hoje o
• considera como um político visionário e de
grande responsabilidade pelo
desenvolvimento do país. O governo de JK é
lembrado até hoje como um governo de
incentivo e desenvolvimento, já que este tinha
como planos trazer a industrialização ao Brasil
e realizar cinquenta anos de progresso em
somente cinco anos de seu mandato.
• O governo de Juscelino foi marcado por
grandes obras e mudanças.
O Governo Jânio Quadros:
• A estabilidade que marcou as eleições
presidenciais de 1960 e o expressivo número
de votos alcançados por Jânio Quadros deixou
a impressão que o regime democrático
brasileiro voltava ao normal. Apoiado por uma
ampla parcela da população, o mandato de
Jânio não parecia carregar alguma tensão
nítida,
• salvo os desafios e problemas deixados pelo
ex-presidente JK. Entretanto, as ações
tomadas pelo conservador e polêmico Jânio
Quadros deram outros destinos a essa
história. Em seu primeiro discurso oficial como
presidente, Jânio usou de poucas palavras e
chegou a elogiar o seu tão combatido
antecessor.
• Entretanto, horas depois realizou um discurso
incisivo denunciando uma série de mazelas
atribuídas à administração irresponsável de JK.
A partir de então, a imprevisibilidade, o
histrionismo (comportamento caracterizado
por colorido dramático e com notável
tendência em buscar contínua atenção) e o
apelo às massas seriam as características
marcantes daquele breve mandato.
• Inicialmente, ao invés de tomar ações diretas
contra os mais graves problemas do país,
tratou de moralizar os costumes da época
com medidas de pouco impacto. Entre outras
ações, Jânio proibiu a realização de rinhas de
galo, aboliu o uso de biquíni em desfiles de
beleza e restringiu as corridas de cavalo
somente para os finais de semana.
• Somente depois, buscou sanear os gastos do
poder público restringindo algumas regalias
asseguradas a militares e funcionários
públicos. Com relação às atribuições dos
poderes, Jânio tinha interesse em dar maior
liberdade ao presidente e limitar a intervenção
política do Congresso. O tom autoritário e
conservador adotado no plano
• interno era o inverso de sua política
internacional, que privilegiava ampla
autonomia diplomática e buscava aproximar-
se do bloco socialista desejando maiores
vantagens econômicas. Por isso, os Estados
Unidos, que vivia o auge da Guerra Fria,
observava o governo de Jânio com certa
cautela.
• Dando sequência à sua postura
completamente ambígua, Jânio anunciou uma
reforma cambial que beneficiava os credores
internacionais e, nos meses seguintes, se
esforçou para estreitar relações com os
socialistas. A incógnita de seu posicionamento
político logo desembocou em uma grave crise
política quando, em agosto de 1961,
• Jânio recebeu o líder revolucionário Ernesto
Che Guevara e condecorou-o com a Grã-Cruz
da ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. O gesto
do presidente causou uma grande agitação
política entre os conservadores, que temiam a
aproximação com o socialismo.
• No dia 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros
renunciou ao cargo de presidente em razão
das pressões exercidas por “forças terríveis”.
Segundo alguns estudiosos, a renúncia
acobertaria um golpe de Estado onde a
população não aceitaria a sua retirada do
governo e os mais conservadores repudiariam
a chegada de João Goulart à presidência.
• Entretanto, o plano de retornar à presidência
com maiores poderes acabou sendo
completamente frustrado. O Congresso
Nacional aceitou prontamente o seu pedido
de renúncia e a população não promoveu
nenhum tipo de manifestação a favor do
retorno de Jânio Quadros à presidência. Dessa
forma, a polêmica figura do presidente
• moralista acabou varrendo a si mesmo do
cenário político nacional.
João Goulart - Jango
• Com a renúncia de Jânio Quadros, a
presidência caberia ao vice João Goulart
popularmente conhecido como Jango. No
momento da renúncia de Jânio Quadros, Jango
se encontrava na Ásia, em visita a República
Popular da China. O presidente da Câmara dos
Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu o
governo provisoriamente.
• Porém, os grupos de oposição mais
conservadores representantes das elites
dominantes e de setores das Forças Armadas
não aceitaram que Jango tomasse posse, sob
a alegação de que ele tinha tendências
políticas esquerdistas. Não obstante, setores
sociais e políticos que apoiavam Jango
iniciaram um movimento de resistência.
• O governador do estado do Rio Grande do Sul,
Leonel Brizola, destacou-se como principal
líder da resistência ao promover a campanha
legalista pela posse de Jango. O movimento
de resistência, que se iniciou no Rio Grande
do Sul e irradiou-se para outras regiões do
país, dividiu as Forças Armadas impedindo
uma ação militar
• conjunta contra os legalistas. No Congresso
Nacional, os líderes políticos negociaram uma
saída para a crise institucional. A solução
encontrada foi o estabelecimento do regime
parlamentarista de governo que vigorou por
dois anos (1961-1962) reduzindo
enormemente os poderes constitucionais de
Jango. Com essa medida, os três ministros
militares aceitaram,
• enfim, o retorno e posse de Jango. Em 5 de
setembro Jango retorna ao Brasil, e é
empossado em 7 de setembro.
• Em janeiro de 1963, Jango convocou um
plebiscito para decidir sobre a manutenção ou
não do sistema parlamentarista. Cerca de 80
por cento dos eleitores votaram pelo
restabelecimento do sistema presidencialista.
A partir de então, Jango passou a governar o
país como presidente, e com todos os poderes
constitucionais a sua disposição. Porém, no
breve período em que governou o país sob
• regime presidencialista, os conflitos políticos e
as tensões sociais se tornaram tão graves que o
mandato de Jango foi interrompido pelo Golpe
Militar de março de 1964. Desde o início de seu
mandato, Jango não dispunha de base de apoio
parlamentar para aprovar com facilidade seus
projetos políticos, econômicos e sociais, por
esse motivo a estabilidade governamental foi
comprometida.
• Como saída para resolver os frequentes
impasses surgidos pela ausência de apoio
político no Congresso Nacional, Jango adotou
uma estratégia típica do período populista,
recorreu a permanente mobilização das
classes populares a fim de obter apoio social
ao seu governo.
• Foi uma forma precária de assegurar a
governabilidade, pois limitava ou impedia a
adoção por parte do governo de medidas
antipopulares, ao mesmo tempo em que seria
necessário o atendimento das demandas dos
grupos sociais que o apoiavam. Um episódio
que ilustra de forma notável esse tipo de
estratégia política ocorreu quando o governo
criou uma lei implantando o 13º salário.
• O Congresso não a aprovou. Em seguida,
líderes sindicais ligados ao governo
mobilizaram os trabalhadores que entraram
em greve e pressionaram os parlamentares a
aprovarem a lei. As dificuldades de Jango na
área da governabilidade se tornaram mais
graves após o restabelecimento do regime
presidencialista.
• A busca de apoio social junto às classes
populares levou o governo a se aproximar do
movimento sindical e dos setores que
representavam as correntes e idéias nacional-
reformistas. Por esta perspectiva é possível
entender as contradições na condução da
política econômica do governo. Durante a fase
parlamentarista, o Ministério do Planejamento
e da Coordenação Econômica
• foi ocupado por Celso Furtado, que elaborou o
chamado Plano Trienal de Desenvolvimento
Econômico e Social. O objetivo do Plano
Trienal era combater a inflação a partir de
uma política de estabilização que demandava,
entre outras coisas, a contenção salarial e o
controle do déficit público.
• Em 1963, o governo abandonou o programa
de austeridade econômica, concedendo
reajustes salariais para o funcionalismo
público e aumentando o salário mínimo acima
da taxa pré-fixada. Ao mesmo tempo, Jango
tentava obter o apoio de setores da direita
realizando sucessivas reformas ministeriais e
oferecendo os cargos a pessoas com
influência e respaldo junto ao empresariado
nacional e
• os investidores estrangeiros. Ao longo do ano
de 1963, o país foi palco de agitações sociais
que polarizaram as correntes de pensamento
de direita e esquerda em torno da condução
da política governamental. Em 1964 a situação
de instabilidade política agravou-se. O
descontentamento do empresariado nacional
e das classes dominantes como um todo se
acentuou.
• Por outro lado, os movimentos sindicais e
populares pressionavam para que o governo
implementasse reformas sociais e econômicas
que os beneficiassem.
• Atos públicos e manifestações de apoio e
oposição ao governo eclodem por todo o país.
Em 13 de março, ocorreu o comício da estação
da Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de
Janeiro, que reuniu 300 mil trabalhadores
• em apoio a Jango. Uma semana depois, as
elites rurais, a burguesia industrial e setores
conservadores da Igreja realizaram a "Marcha
da Família com Deus e pela Liberdade",
considerado o ápice do movimento de
oposição ao governo.
• As Forças Armadas também foram
influenciadas pela polarização ideológica
vivenciada pela sociedade brasileira naquela
conjuntura política, ocasionando rompimento
da hierarquia devido à sublevação de setores
subalternos. Os estudiosos do tema assinalam
que, a quebra de hierarquia dentro das Forças
Armadas foi o principal fator que ocasionou o
afastamento dos militares legalistas que
• deixaram de apoiar o governo de Jango,
facilitando o movimento golpista.
• Em 31 de março de 1964, tropas militares
lideradas pelos generais Luís Carlos Guedes e
Olímpio Mourão Filho desencadeiam o
movimento golpista. Em pouco tempo,
comandantes militares de outras regiões
aderiram ao movimento de deposição de
Jango. Em 1 de abril, João Goulart
praticamente abandonou a presidência, e no
dia 2 se exilou no Uruguai.
• O movimento conspirador que depôs Jango da
presidência da república reuniu os mais
variados setores sociais, desde as elites
industriais e agrárias (empresários e
latifundiários), banqueiros, Igreja Católica e os
próprios militares, todos temiam que o Brasil
caminhasse para um regime socialista. O golpe
militar não encontrou grande resistência
popular, apenas algumas manifestações que
• foram facilmente reprimidas.
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Brasil 1955 1964 - até golpe m ilitar

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  • 3.
  • 4. O governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960) • Juscelino foi o último presidente da República a assumir o cargo no Palácio do Catete. Foi empossado em 31 de janeiro de 1956, e, governou por 5 anos, até 31 de janeiro de 1961. Seu vice-presidente foi João Goulart. Com ele, o Brasil viveu anos de otimismo embalados pelo sonho da construção de Brasília, a nova capital do país.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8. • O mandato de Juscelino Kubitschek ficou conhecido como o mais expressivo crescimento da economia brasileira. O lema usado foi "Cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo". Para cumprir as promessas, foi elaborado o Plano de Metas, que tinha como objetivo um acelerado crescimento econômico a partir da expansão do setor industrial,
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  • 10.
  • 11.
  • 12. • com investimentos na produção de aço, alumínio, metais não-ferrosos, cimento, papel e celulose, borracha, construção naval, maquinaria pesada e equipamento elétrico. Para isso dar certo, JK apoiou a entrada de multinacionais e transnacionais para o Brasil. Como consequência, houve um agravamento na inflação, fazendo com que a abertura da economia ao capital estrangeiro gerasse uma
  • 13. • desnacionalização econômica, porque estas empresas passaram a controlar setores industriais da economia do Brasil.
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  • 16.
  • 17. • Ele construiu 20 mil km de estradas e pavimentou mais 5 mil para atrair multinacionais para o país. Mas, se por um lado o Plano de Metas alcançou os resultados esperados, por outro, foi responsável pela consolidação de um capitalismo extremamente dependente que sofreu muitas críticas e acirrou o debate em torno da política desenvolvimentista.
  • 18. • O presidente tratou também de atender reivindicações específicas dos militares, aumentando seus salários e melhorando os equipamentos. Tentou manter, tanto quanto possível, o movimento sindical sob controle. Além disso, acentuou-se a tendência de indicar militares para postos governamentais estratégicos.
  • 19. • Fora criado também a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), destinado a promover o planejamento da expansão industrial do Nordeste. Portanto, no governo de Juscelino Kubitschek ocorreu uma definição nacional- desenvolvimentista de política econômica. Promoveu-se uma ampla atividade do Estado tanto no setor de infra-estrutura como no
  • 20. • incentivo direto à industrialização, mas assumiu também abertamente a necessidade de atrair capitais estrangeiros, concedendo- lhes inclusive grandes facilidades. Esta expressão, nacional-desenvolvimentismo, em vez de nacionalismo, sintetiza uma política econômica que tratava de combinar o Estado, a empresa privada nacional e o capital estrangeiro para promover o
  • 21. • desenvolvimento, com ênfase na industrialização. Contudo, o governo de JK estava mais voltado para o incentivo à indústria automobilística do que para as carências e necessidades da população. No Plano de Metas, o desenvolvimento industrial estava centrado na produção de veículos, principalmente automóveis.
  • 22. • A indústria automobilística foi a grande alavanca que impulsionou a industrialização brasileira nos anos 50 e 60. JK não contou com o fato de os bens produzidos pelas indústrias eram acessíveis apenas a uma pequena parte do país, já que a maior parte era formada pro trabalhadores, uma classe marginalizada, já que a riqueza era concentrada nas mãos de poucos.
  • 23.
  • 24. • Para tentar amenizar o problema, o presidente criou a SUDENE afim de promover o desenvolvimento do Nordeste, porém seu Partido,o PSD, que era apoiado por coronéis não aprovou a medida, e o órgão que seria a solução para acabar com a desigualdade social não obteve sucesso. O PIB brasileiro cresceu 7% e a renda per capita aumentou, mas esse progresso gerou muitas dívidas e as
  • 25. • exportações não estavam gerando lucros o suficiente para sanar o problema, e desse modo JK foi se enforcando com a própria corda, do modo que a inflação subia e a moeda brasileira se desvalorizava. A sorte de Juscelino foi que esses problemas só vieram à tona quando seu mandato estava bem perto do fim, e isto não abalou a sua imagem diante da população, que até hoje o
  • 26.
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  • 28.
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  • 30.
  • 31.
  • 32. • considera como um político visionário e de grande responsabilidade pelo desenvolvimento do país. O governo de JK é lembrado até hoje como um governo de incentivo e desenvolvimento, já que este tinha como planos trazer a industrialização ao Brasil e realizar cinquenta anos de progresso em somente cinco anos de seu mandato.
  • 33. • O governo de Juscelino foi marcado por grandes obras e mudanças.
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  • 38. O Governo Jânio Quadros: • A estabilidade que marcou as eleições presidenciais de 1960 e o expressivo número de votos alcançados por Jânio Quadros deixou a impressão que o regime democrático brasileiro voltava ao normal. Apoiado por uma ampla parcela da população, o mandato de Jânio não parecia carregar alguma tensão nítida,
  • 39.
  • 40.
  • 41. • salvo os desafios e problemas deixados pelo ex-presidente JK. Entretanto, as ações tomadas pelo conservador e polêmico Jânio Quadros deram outros destinos a essa história. Em seu primeiro discurso oficial como presidente, Jânio usou de poucas palavras e chegou a elogiar o seu tão combatido antecessor.
  • 42.
  • 43. • Entretanto, horas depois realizou um discurso incisivo denunciando uma série de mazelas atribuídas à administração irresponsável de JK. A partir de então, a imprevisibilidade, o histrionismo (comportamento caracterizado por colorido dramático e com notável tendência em buscar contínua atenção) e o apelo às massas seriam as características marcantes daquele breve mandato.
  • 44.
  • 45. • Inicialmente, ao invés de tomar ações diretas contra os mais graves problemas do país, tratou de moralizar os costumes da época com medidas de pouco impacto. Entre outras ações, Jânio proibiu a realização de rinhas de galo, aboliu o uso de biquíni em desfiles de beleza e restringiu as corridas de cavalo somente para os finais de semana.
  • 46. • Somente depois, buscou sanear os gastos do poder público restringindo algumas regalias asseguradas a militares e funcionários públicos. Com relação às atribuições dos poderes, Jânio tinha interesse em dar maior liberdade ao presidente e limitar a intervenção política do Congresso. O tom autoritário e conservador adotado no plano
  • 47. • interno era o inverso de sua política internacional, que privilegiava ampla autonomia diplomática e buscava aproximar- se do bloco socialista desejando maiores vantagens econômicas. Por isso, os Estados Unidos, que vivia o auge da Guerra Fria, observava o governo de Jânio com certa cautela.
  • 48. • Dando sequência à sua postura completamente ambígua, Jânio anunciou uma reforma cambial que beneficiava os credores internacionais e, nos meses seguintes, se esforçou para estreitar relações com os socialistas. A incógnita de seu posicionamento político logo desembocou em uma grave crise política quando, em agosto de 1961,
  • 49. • Jânio recebeu o líder revolucionário Ernesto Che Guevara e condecorou-o com a Grã-Cruz da ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. O gesto do presidente causou uma grande agitação política entre os conservadores, que temiam a aproximação com o socialismo.
  • 50.
  • 51.
  • 52. • No dia 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou ao cargo de presidente em razão das pressões exercidas por “forças terríveis”. Segundo alguns estudiosos, a renúncia acobertaria um golpe de Estado onde a população não aceitaria a sua retirada do governo e os mais conservadores repudiariam a chegada de João Goulart à presidência.
  • 53. • Entretanto, o plano de retornar à presidência com maiores poderes acabou sendo completamente frustrado. O Congresso Nacional aceitou prontamente o seu pedido de renúncia e a população não promoveu nenhum tipo de manifestação a favor do retorno de Jânio Quadros à presidência. Dessa forma, a polêmica figura do presidente
  • 54. • moralista acabou varrendo a si mesmo do cenário político nacional.
  • 55.
  • 57.
  • 58. • Com a renúncia de Jânio Quadros, a presidência caberia ao vice João Goulart popularmente conhecido como Jango. No momento da renúncia de Jânio Quadros, Jango se encontrava na Ásia, em visita a República Popular da China. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu o governo provisoriamente.
  • 59.
  • 60. • Porém, os grupos de oposição mais conservadores representantes das elites dominantes e de setores das Forças Armadas não aceitaram que Jango tomasse posse, sob a alegação de que ele tinha tendências políticas esquerdistas. Não obstante, setores sociais e políticos que apoiavam Jango iniciaram um movimento de resistência.
  • 61.
  • 62. • O governador do estado do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, destacou-se como principal líder da resistência ao promover a campanha legalista pela posse de Jango. O movimento de resistência, que se iniciou no Rio Grande do Sul e irradiou-se para outras regiões do país, dividiu as Forças Armadas impedindo uma ação militar
  • 63.
  • 64. • conjunta contra os legalistas. No Congresso Nacional, os líderes políticos negociaram uma saída para a crise institucional. A solução encontrada foi o estabelecimento do regime parlamentarista de governo que vigorou por dois anos (1961-1962) reduzindo enormemente os poderes constitucionais de Jango. Com essa medida, os três ministros militares aceitaram,
  • 65. • enfim, o retorno e posse de Jango. Em 5 de setembro Jango retorna ao Brasil, e é empossado em 7 de setembro.
  • 66.
  • 67. • Em janeiro de 1963, Jango convocou um plebiscito para decidir sobre a manutenção ou não do sistema parlamentarista. Cerca de 80 por cento dos eleitores votaram pelo restabelecimento do sistema presidencialista. A partir de então, Jango passou a governar o país como presidente, e com todos os poderes constitucionais a sua disposição. Porém, no breve período em que governou o país sob
  • 68.
  • 69.
  • 70. • regime presidencialista, os conflitos políticos e as tensões sociais se tornaram tão graves que o mandato de Jango foi interrompido pelo Golpe Militar de março de 1964. Desde o início de seu mandato, Jango não dispunha de base de apoio parlamentar para aprovar com facilidade seus projetos políticos, econômicos e sociais, por esse motivo a estabilidade governamental foi comprometida.
  • 71. • Como saída para resolver os frequentes impasses surgidos pela ausência de apoio político no Congresso Nacional, Jango adotou uma estratégia típica do período populista, recorreu a permanente mobilização das classes populares a fim de obter apoio social ao seu governo.
  • 72.
  • 73. • Foi uma forma precária de assegurar a governabilidade, pois limitava ou impedia a adoção por parte do governo de medidas antipopulares, ao mesmo tempo em que seria necessário o atendimento das demandas dos grupos sociais que o apoiavam. Um episódio que ilustra de forma notável esse tipo de estratégia política ocorreu quando o governo criou uma lei implantando o 13º salário.
  • 74. • O Congresso não a aprovou. Em seguida, líderes sindicais ligados ao governo mobilizaram os trabalhadores que entraram em greve e pressionaram os parlamentares a aprovarem a lei. As dificuldades de Jango na área da governabilidade se tornaram mais graves após o restabelecimento do regime presidencialista.
  • 75. • A busca de apoio social junto às classes populares levou o governo a se aproximar do movimento sindical e dos setores que representavam as correntes e idéias nacional- reformistas. Por esta perspectiva é possível entender as contradições na condução da política econômica do governo. Durante a fase parlamentarista, o Ministério do Planejamento e da Coordenação Econômica
  • 76.
  • 77. • foi ocupado por Celso Furtado, que elaborou o chamado Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social. O objetivo do Plano Trienal era combater a inflação a partir de uma política de estabilização que demandava, entre outras coisas, a contenção salarial e o controle do déficit público.
  • 78. • Em 1963, o governo abandonou o programa de austeridade econômica, concedendo reajustes salariais para o funcionalismo público e aumentando o salário mínimo acima da taxa pré-fixada. Ao mesmo tempo, Jango tentava obter o apoio de setores da direita realizando sucessivas reformas ministeriais e oferecendo os cargos a pessoas com influência e respaldo junto ao empresariado nacional e
  • 79. • os investidores estrangeiros. Ao longo do ano de 1963, o país foi palco de agitações sociais que polarizaram as correntes de pensamento de direita e esquerda em torno da condução da política governamental. Em 1964 a situação de instabilidade política agravou-se. O descontentamento do empresariado nacional e das classes dominantes como um todo se acentuou.
  • 80. • Por outro lado, os movimentos sindicais e populares pressionavam para que o governo implementasse reformas sociais e econômicas que os beneficiassem. • Atos públicos e manifestações de apoio e oposição ao governo eclodem por todo o país. Em 13 de março, ocorreu o comício da estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro, que reuniu 300 mil trabalhadores
  • 81.
  • 82.
  • 83.
  • 84.
  • 85. • em apoio a Jango. Uma semana depois, as elites rurais, a burguesia industrial e setores conservadores da Igreja realizaram a "Marcha da Família com Deus e pela Liberdade", considerado o ápice do movimento de oposição ao governo.
  • 86.
  • 87.
  • 88.
  • 89. • As Forças Armadas também foram influenciadas pela polarização ideológica vivenciada pela sociedade brasileira naquela conjuntura política, ocasionando rompimento da hierarquia devido à sublevação de setores subalternos. Os estudiosos do tema assinalam que, a quebra de hierarquia dentro das Forças Armadas foi o principal fator que ocasionou o afastamento dos militares legalistas que
  • 90. • deixaram de apoiar o governo de Jango, facilitando o movimento golpista.
  • 91. • Em 31 de março de 1964, tropas militares lideradas pelos generais Luís Carlos Guedes e Olímpio Mourão Filho desencadeiam o movimento golpista. Em pouco tempo, comandantes militares de outras regiões aderiram ao movimento de deposição de Jango. Em 1 de abril, João Goulart praticamente abandonou a presidência, e no dia 2 se exilou no Uruguai.
  • 92. • O movimento conspirador que depôs Jango da presidência da república reuniu os mais variados setores sociais, desde as elites industriais e agrárias (empresários e latifundiários), banqueiros, Igreja Católica e os próprios militares, todos temiam que o Brasil caminhasse para um regime socialista. O golpe militar não encontrou grande resistência popular, apenas algumas manifestações que
  • 93.
  • 94.
  • 95. • foram facilmente reprimidas.