4. A Crise na República Romana:
• A República romana entre em crise nos
séculos II e I a.C. Muitos camponeses
entravam no Exército para ter direito a terras
quando saíssem das legiões. Ao retornar das
guerras, não tinham como manter suas
propriedades, e acabam vendendos por
preços baixos. Os plebeus, por causa do uso
de mão-de-obra escrava nas fazendas,
ficavam desempregados.
5.
6. • Os ex-proprietários e os ex-trabalhadores das
fazendas acabavam saindo das áreas rurais e
migravam para os centros urbanos: êxodo
rural. Nas cidades, especialmente em Roma,
eles passaram a competir com os escravos por
trabalho.
7. • - Plebeus que participaram de guerras e
conseguiram enriquecer, conseguindo
recursos para manter suas terras surgiam
como uma nova classe social: os cavaleiros.
Apesar da riqueza, não tinham, participação
política.
9. • Os Irmãos Tibério e Caio Graco, eleitos
Tribunos da Plebe, defendiam reformas para
atender aos desempregados e diminuir
problemas sociais causados pelo
expansionismo romano.
• Em 133 a.C.: Tibério criou projeto de reforma
agrária, para distribuir parte das terras para os
necessitados. Tibério e 500 de seus partidários
foram assassinados pela nobreza.
10. O Primeiro Triunvirato
• No ano de 59 a.C , Roma era por Caio Júlio
César, Pompeu e Marco Lucínio Crasso, que se
juntaram para formar uma aliança forte. Julio
César era um cônsul que fora eleito por volta
de 50 a.C, Pompeu foi um grande general,
aclamado por suas conquistas e Crasso era
reconhecido como o homem mais rico de
Roma.
11.
12. • - Dez anos mais tarde, Caio Graco, perseguido
pela nobreza, foi assassinado por seu escravo.
15. • Militares, com popularidade alta devido às
conquistas territoriais, ocuparam cargos
políticos no Senado.
• Mario: apoiado pelas camadas populares,
profissionalizou o exército e tornou suas
legiões fiéis ao seu comando e não a Roma.
17. • - Sila: representante dos patrícios, defendia os
interesses dessa classe social. Venceu Mario e
submeteu o Senado a seu controle, se
tornando ditador até 79 a.C.
• Todos esses problemas geraram um clima de
insatisfação geral e conflitos.
• Para resolver estes problemas, foi formado o
Primeiro Triunvirato.
18.
19. • Os motivos dessa união eram puro interesse:
Pompeu precisava de terras para distribuir à
suas Legiões veteranas de combate, Crasso
queria apoio para uma guerra contra os
Persas e Julio César queria apoio para
combater os Gauleses ao norte.
20.
21. • Julio César conseguiu terras para as legiões
veteranas, Pompeu incentivou a batalha de
César contra os Gauleses e Crasso fora
beneficiado judicialmente a partir de tudo
isso. Júlio César parte para o combate contra
os Gauleses, Pompeu e Crasso são eleitos
Cônsules , dando maior apoio e aumentando o
comando de César no norte da Gália e
23. • arrecadando fundos para a guerra de Crasso
contra os persas. Em 53 a.C , a filha de Julio
César que era esposa de Pompeu morre,
enfraquecendo a aliança entre os dois. Nessa
mesma época, Crasso é morto em uma
batalha contra os Persas, na Síria. A batalha de
Carrae, um total desastre militar para Roma e
24. • enfraqueceu ainda mais as relações entre os
líderes do Triunvirato, sendo que até hoje, o
termo “erro Crasso” se deve ao desastre
militar de Marco Lucinio Crasso. Na Gália,
César havia derrotado os Gauleses, vencido
Vercingetorix (o líder gaulês) e combatido nas
escuras florestas negras da região Germânica,
chegou até as ilhas Britânicas, aumentando
muito as fronteiras de Roma.
27. • Pompeu , nesse tempo , aliou-se aos
conservadores que temiam a ambição de
César e, mesmo tendo sido-lhe proposto um
casamento com a sobrinha de César, Pompeu
recusou e casou-se com Cornélia Metélia (filha
de Scipião Metellus, inimigo de César), que
aumentou o mal estar entre.
28. • A guerra ente Júlio Cesar e Pompeu começa
quando Pompeu ordena César que volte à
Roma, acabe com suas legiões e aceite ser
julgado em Roma por querer se recandidatar a
Cônsul. Desobedecendo as ordens de
Pompeu, César que possuía apoio de suas fiéis
legiões (por diversos motivos, como por
exemplo, saber o nome de todos os
Centuriões que formavam seu exército)
29.
30.
31. • cruzou o rio Rubicão e disse a famosa frase :
Alea Jacta Est! (A sorte está lançada), em
direção à Roma. Scipião Metelus e Cato
fugiram para o sul da Itália, e após algumas
batalhas e reorganização de Roma, César vai
até a Grécia em busca de Pompeu que havia
fugido e, acompanhado de sua décima legião,
César derrota Pompeu.
32.
33. • Após vários conflitos, Julio César tornou-se
ditador (com o apoio do Senado) e apoiado
pelo exército e pela plebe urbana, começou a
acumular títulos concedidos pelo Senado.
Tornou-se Pontífice Máximo e passou a ser:
Ditador Perpétuo (podia reformar a
Constituição), Censor vitalício (podia escolher
senadores)
34. • e Cônsul Vitalício, além de comandar o
exército em Roma e nas províncias. Tantos
poderes lhe davam vários privilégios: sua
estátua foi colocada nos templos e ele passou
a ser venerado como um deus (Júpiter Julius).
35. • Com tanto poder nas mãos, começou a realizar
várias reformas e conquistou enorme apoio
popular:
- Acabou com as guerras civis;
- Construiu obras publicas;
- Reorganizou as finanças;
- Obrigou proprietários a empregar homens
livres;
- Fundou colônias;
36. • - Reformou o calendário dando seu nome ao
sétimo mês;
- Introduziu o ano bissexto;
- Estendeu cidadania romana aos habitantes
das províncias;
- Nomeava os governadores e os fiscalizava
para evitar que roubassem as províncias;
37. • Por isso, os ricos (que se sentiram
prejudicados) começaram a conspirar contra
Júlio César. Em 44 a.C. foi assassinado por
uma conspiração organizada por membros do
Senado.
42. • Em 43 a.C., estabeleceu-se o Segundo
Triunvirado, composto por Marco Antonio,
Otávio e Lépido. O poder foi dividido entre os
três: Lépido ficou com os territórios africanos,
mas depois foi forçado a retirar-se da política;
Otávio ficou responsável pelos territórios
ocidentais; e Marco Antonio assumiu o
controle dos territórios do Oriente.
43.
44.
45. • Surgiu intensa rivalidade entre Otavio e Marco
Antonio, que se apaixonara pela rainha
Cleópatra, do Egito. Declarando ao Senado
que Marco Antonio pretendia formar um
império no Oriente, Otavio conseguiu o apoio
dos romanos para derrotá-lo. Assim, tornou-
se o grande senhor de Roma.
50. • Marco Antônio e Cleópatra se suicidaram e
Augusto tornou-se o único governante de
Roma. Augusto foi o primeiro imperador
romano em 27 a.C., recebendo do Senado os
títulos de Princeps (primeiro cidadão),
Augustus (divino) e Imperator (supremo).
Passou para a história com o nome de
Augusto,
52. • embora essa denominação acompanhasse
todos os imperadores que o sucederam. Roma
teve 16 imperadores entre os séculos 1 e 3
d.C. A partir daí, começou a desagregação do
Império e o descontrole por parte de Roma
dos povos dominados.
53. • Otávio Augusto tornou-se, na prática, rei
absoluto de Roma . Mas não assumiu
oficialmente o título de rei e permitiu que as
instituições republicanas (Senado, Comício
Centurial e Tribal etc.) continuasse existindo
na aparência.
55. Principais medidas tomadas por
Augusto:
• - Profissionalizou o exército;
- Criou o correio;
- Magistrados e senadores tiveram seus
poderes reduzidos;
- Criou o conselho do imperador (que se
tornou mais importante que o senado);
• - Criou novos cargos
56. • - Os cidadãos começaram a ter direitos
proporcionais aos seus bens. Surgiu assim três
ordens sociais: Senatorial (tinham privilégios
políticos), Eqüestre (podiam exercer alguns
cargos públicos) e Inferior (não tinham
nenhum direito).
• - Encorajou a formação de famílias numerosas
e a volta da população ao campo;
57. • - Mandou punir as mulheres adúlteras;
- Estimulou o culto aos deuses tradicionais
(Apolo, Vênus, César, etc);
- Combateu a introdução de práticas religiosas
estrangeiras;
- Passou a sustentar escritores e poetas sem
recursos (Virgílio autor de “Eneida”, Tito Lívio,
Horácio).
58. • Quando chegou a hora de deixar um sucessor,
Augusto nomeou Tibério (um de seus
principais colaboradores).
• A História Romana vivia o seu melhor período.
A cidade de Roma tornou-se o centro de um
império que crescia e se estendia pela Europa,
Ásia e África.
59.
60. • O alto império foi a fase de maior esplendor
desse período.
• Durante o longo governo de Otávio Augusto ( 27
a.C.-14 d.C.), uma série de reformas sociais
administrativas foi realizada. Roma ganhou em
prosperidade econômica. O imenso império
passou a desfrutar um período de paz e
segurança, conhecido como Pax Romana.
• Após a morte de Otavio Augusto , o trono
romano foi ocupado por vários imperadores, que
pode ser agrupados em quatro dinastias:
61. • Dinastia Julio-Claudiana (14-68): Tibério
executou os planos deixados por Augusto.
Porém, foi acusado da morte do general
Germanicus e teve o povo e o Senado contra
ele. Sua morte (78 anos) foi comemorada nas
ruas de Roma. Seus sucessores foram Calígula
(filho de Germanicus), Cláudio (tio de Calígula)
e Nero. Essa dinastia caracterizou-se pelos
constantes conflitos entre o Senado e os
imperadores.
66. • Dinastia dos Flávios (69-96): neste período, os
romanos dominaram a Palestina e houve a
dispersão (diáspora) do povo judeu.
• Dinastia dos Antoninos (96-192): marcou o
apogeu do Império Romano. Dentre os
imperadores dessa dinastia, podemos citar:
Marco Aurélio (que cultivava os ideais de
justiça e bondade)
70. • Dinastia dos Severos (193-235): várias crises
internas e pressões externas exercidas pelos
bárbaros (os povos que ficavam além das
fronteiras) pronunciaram o fim do Império
Romano, a partir do século III da era cristã. A
partir do ano 235, o Império começou a ser
governado pelos imperadores-soldados (que
tinham como principal objetivo combater as
invasões).
71. Baixo Império (235-476):
• O baixo império corresponde à fase final do
período imperial. Costuma ser subdividido em:
• Baixo Império pagão (235-305) – período em que
dominava as religiões não-cristãs.Destacou-se o
reinado de Diocleciano, que dividiu o governo do
enorme império entre quatro imperadores
(tetrarquia) para facilitar a administração. Esse
sistema de governo, entretanto não se
consolidou.
74. • Baixo Império Cristão (306-476) – nesse
período, destacou-se o reinado de
Constantino, que através do Edito de Milão,
concedeu liberdade religiosa aos cristãos.
Consciente dos problemas de Roma,
Constantino decidiu mudar a capital do
império para a parte oriental. Para isso
remodelou a antiga Bizâncio ( cidade fundada
pelos gregos) e fundou Constantinopla, que
significava "cidade de Constantino"
84. • A palavra "patrício" (do latim pater, pai)
indicava o chefe da grande unidade familiar
ou clã. Esses chefes, os patrícios, seriam
descendentes dos fundadores lendários de
Roma e possuíam as principais e maiores
terras. Eles formavam a aristocracia, sendo
que somente esse grupo tinha direitos
políticos em Roma e formava, portanto, o
governo.
88. • Já os plebeus eram descendentes de
populações imigrantes, vindas principalmente
de outras regiões da península Itálica, ou fruto
dos contatos e conquistas romanas.
Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato.
Eram livres, mas não tinham direitos políticos:
não podiam participar do governo e estavam
proibidos de casar com patrícios.
90. • Num outro patamar, vinham os clientes,
também forasteiros, que trabalhavam
diretamente para os patrícios, numa relação
de proteção e submissão econômica. Assim,
mantinham com os patrícios laços de
clientela, que eram considerados sagrados,
além de hereditários, ou seja, passados de pai
para filho.
92. • Por fim, os escravos, que inicialmente eram
aqueles que não podiam pagar suas dívidas e,
portanto, tinham que se sujeitar ao trabalho
forçado para sobreviver. Depois, com as
guerras de conquista, a prisão dos vencidos
gerou novos escravos, que acabaram se
tornando a maioria da população.
96. O trabalho dos escravos:
• Por causa das guerras de expansão, os
escravos em Roma eram muito numerosos.
Não eram considerados seres humanos, mas
sim propriedades e, portanto, eram
explorados e vendidos como mercadorias. Seu
trabalho, no artesanato e na agricultura, era
decisivo para a produção de bens necessários
para a sociedade.
97. • Podiam comprar a sua liberdade ou então
serem libertados pelo proprietário. A partir do
século II a.C., sucederam-se diversas rebeliões
de escravos, como a comandada por
Espártaco.
103. Causas da crise do Império
Romano:
• Enorme extensão territorial do império que
dificultava a administração e controle militar
(defesa);
• Com o fim das guerras de conquistas também
diminuíram a entrada de escravos. Com
menos mão-de-obra ocorreu uma forte crise
na produção de alimentos.
104.
105.
106. • A queda na produção de alimentos gerou a
diminuição na arrecadação de impostos. Com
menos recursos, o império passou a ter
dificuldades em manter o enorme exército;
• Aumento dos conflitos entre as classes de
patrícios e plebeus, gerando instabilidade
política;
107. • Crescimento do cristianismo que contestava
as bases políticas do império (guerra,
escravidão, domínio sobre os povos
conquistados) e religiosas (politeísmo e culto
divino do imperador);
• Aumento da corrupção no centro do império
(Roma) e nas províncias (regiões
conquistadas);
108. • Estes motivos enfraqueceram o Império
Romano, facilitando a invasão dos povos
bárbaros germânicos no século V.