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Associação Espiritualista Holocêntrica Cultural e Assistencial - Padre Pio de Pietrelcina
                                                                    Rio de Janeiro:: junho/ julho/agosto 2010 :: nº 11




      Editorial

Luiz Augusto de Queiroz |                                trabalham em nossa Casa, tendo estudado cada
                                                         caso, realizam processos curadores também nas
                                                         estruturas enodoadas de nossa alma. Mas aten-
Muitos nos perguntam sobre a natureza e                  ção ! Esse processo de cura pode ser compa-
o alcance do trabalho de reequilíbrio espi-              rado a sementes lançadas por eles, que devem
                                                         encontrar em nós terra fértil e pronta a receber
ritual realizado em nossa Casa, aberto ao                a semente que realiza o tratamento interno e
           público, mensalmente.                         fazê-la germinar e crescer, alcançando a cura
                                                         verdadeira e definitiva.


O
        nome foi escolhido por nós para caracte-             Normalmente, há o alívio imediato decorren-
        rizar o objetivo principal dessa atividade       te da retirada de energias de baixo padrão que
        espiritual. Muitos o conhecem como Anti-         estão em cada pessoa, seja por magia negra ou
Goécia (Goécia é magia negra em grego). Temos            por outras razões, como obsessões ou acopla-
preferido o nome REM - Reequilíbrio Espiritual           mento de energias decorrentes de inveja, ma-
Mensal, porque o trabalho não se restringe a des-        gia mental, etc. Entretanto, o mais importante
fazer processos de magia negra. Nossos amigos            é prosseguir fazendo com que as sementes re-
espirituais analisam o caso específico de cada uma       cebidas germinem e cresçam lá no íntimo, para
das pessoas presentes ou das que têm seus no-            então atingir a cura definitiva do processo de
mes escritos nos papéis de irradiação. Feita esta        desequilíbrio, seja ele expresso na vida da forma
análise em processos que ainda escapam à nossa           que for: doenças físicas, mentais, emocionais,
compreensão mais ampla, eles atuam não só no             perdas financeiras, relacionamentos difíceis.
“desfazimento” de trabalhos de magia negra, de               Fica claro, então, que cabe a cada pessoa
afastamento de energias negativas ou de espíritos        que buscar o auxílio espiritual no trabalho de
que porventura acompanhem os irmãos a serem              reequilíbrio da Casa de Padre Pio, ter a consci-
atendidos. Isso será sempre a mesma coisa que            ência de que é necessário que cada um faça a
tratar uma doença física com “sintomáticos”, sem         sua parte. E a parte a ser feita por nós encar-
atuar na causa ou nas causas mais profundas.             nados, que buscamos auxílio, é ORAR, TER FÉ,
    Na espiritualidade do século XXI, não cabe           PERSEVERAR a cada dia, para implantar em
mais a visão simplória de que o mal vem de fora          nós as sementes de não julgamento, de perdão,
de nós apenas ! Mesmo um trabalho de magia               de amor e de compartilhar com o próximo o
negra só encontra campo para causar estragos,            que desejamos para nós. Quando elas nascem
onde suas energias possam se ancorar. E elas só          e crescem, nossos amigos espirituais encontram
se ancoram em nossas fragilidades, ou seja, nos          campo aberto para atuar profundamente, des-
pontos de desequilíbrio do nosso ser, que são            fazer trabalhos de magia negra e situações de
as características do ego: o orgulho, as críticas        desequilíbrio que causam todo o tipo de mal,
e os julgamentos; o medo, a ganância, a ava-             cuja origem às vezes remonta a séculos atrás.
reza, o querer receber só para si próprio, com               Cabe ressaltar que não é privilégio da Casa
indiferença ao próximo; a rejeição, a intolerân-         de Padre Pio veicular esse tipo de trabalho, mas
cia, o preconceito, a inveja e o rancor. Esses são       aqui o realizamos dentro dessas premissas e da
os pontos de ancoragem, os apoios cultivados             maior delas: O AMOR. Graças ao Altíssimo,
e usados pelas criaturas humanas ao longo da             temos visto que funciona. PP
estrada evolutiva, com a origem quase sempre
há muitas reencarnações atrás.                               NOTA: As sessões de Reequilíbrio Espiritual Men-
                                                         sal da Casa de Padre Pio acontecem em geral na pri-
    Desse modo, o trabalho de reequilíbrio, além
                                                         meira sexta-feira de cada mês. Elas são abertas ao
de afastar as forças externas que nos atingem,           público que deve chegar à Casa entre 17h30 e 18h00,
busca também, e esse é o principal objetivo, agir        devidamente preparado e usando roupas claras.
lá no mais íntimo de cada um. Os espíritos que

                                                                                                                       1
Índice
     Editorial ................................................................ 01   Grupos da Casa de Padre Pio
     Sabedoria dos Grandes Mestres                                                   Sala de Passes ......................................................... 12
     Shimon Bar Yochai .................................................. 03         Não Percam!
     Conversando com você                                                            Nosso Lar, o Filme ................................................... 13
     Os Perigos que nos Cercam..................................... 04               Portal da Gratidão
     Bhagavad-Gita, canção divina                                                    A Percepção da Graça ............................................. 14
     Depoimentos dos alunos ........................................... 05           Poesia, linguagem da alma
     Mediunidade e espiritualidade                                                   Elevação ................................................................. 15
     Ectoplasma ............................................................. 06     Coluna Livre
     Astrologia e Autoconhecimento                                                   Medos .................................................................... 16
     Virgem.................................................................... 07   Cruzadas do Bem ................................................. 17
     Aconteceu                                                                       Dúvidas e Questões
     Festa Junina e Confraria Social ................................ 08             Perguntas dos leitores ............................................. 18
     Reflexão                                                                        Prece...................................................................... 20
     Missão, Vaidade e Responsabilidade........................ 10
     Retiro Espiritual
     Mendes .................................................................. 11




EXPEDIENTE
Essência da Luz é uma publicação da Associação Espiritualista Holocêntrica Cultural e Assistencial - Padre Pio Pietrelcina
CNPJ 04.772.688/0001-89 | Periodicidade bimestral | Distribuição interna e gratuita | Tiragem 500 exemplares
Rua Assunção, 297 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP 22251-030 Telefone: 2286-7760
Site: www.padrepio.org.br | Blog: www.casadepadrepio.blogspot.com
E-mail: contato@padrepio.org.br / essenciadaluz@globo.com
Presidente da Casa: Lucia Pires Vice-presidente da Casa: Luiz Augusto de Queiroz
Coordenação: Rosa Carmen Sá de Alverga
Projeto gráfico e diagramação: Bruno Chefer e Raquel Reis Revisão Editorial: Daisy Elísio
Apoio: Marcello Braga
AS INFORMAÇÕES FORNECIDAS NOS ARTIGOS, ASSIM COMO REFERÊNCIAS,
SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES.


2    Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
Sabedoria dos Grandes Mestres

SHIMON BAR YOCHAI
Um pouco da sua história...


S
       himon Bar Yochai foi um rabino e caba-
       lista hebreu do século II d.C.. Um dos
       mais consagrados discíplulos de Akiba,
Shimon desenvolveu um forte sentimento
anti-romano ao ver seu mestre ser executado
por Adriano. Isto fez com que ele fosse per-
seguido e condenado à morte. Tendo conse-
guido escapar, refugiou-se com seu filho du-
rante treze anos em uma caverna da Galileia,
dedicando-se completamente ao estudo da
Torá. Certamente, Rabi Shimon já havia sido
exposto aos ensinamentos místicos judaicos.
Mas, enquanto estava na caverna, conta a
lenda que ele foi visitado pelo profeta Elias
que lhe revelou o Zohar. Ao abandonar seu
esconderijo, viveu em várias cidades da Ga-
lileia, onde adquiriu reputação de taumatur-
go. Rabi Shimon Bar Yochai tornou-se o mais
ilustre condutor da Torá de sua geração. Foi o
primeiro a conduzir a questão relativa à alma,
na dimensão mística da Torá, elucidada como
Cabala. Durante as horas que antecederam
seu falecimento, em Lag Baômer, ele revelou
os segredos mais sublimes da Torá, para asse-
gurar que este dia seria sempre uma ocasião         a chave para desvendar os maiores e mais pro-
de grande júbilo, intocado pela tristeza por cau-   fundos segredos da existência e do universo.
sa do período de Ômer e luto por ele.               Rabi Shimon era um daqueles seres perten-
                                                    centes a um plano espiritual tão elevado que,
  “Descobrir o Zohar significa des-                 entre os que estudam a sua obra, são poucos
                                                    os que conseguem assimilar parte de seus ensi-
 cobrir o nosso mundo interior e o                  namentos. Não obstante, mesmo com apenas
        nosso potencial ilimitado.”                 um pouco desse conhecimento, constroem-se
                                                    montanhas de sabedoria. Em suma, descobrir
                                                    o Zohar significa descobrir o nosso mundo in-
Livro fechado                                       terior e o nosso potencial ilimitado.
    O Sefer ha’Zohar é um livro fechado e as
chaves para a sua compreensão permanecem            Um grande ensinamento...
em mãos de um número reduzido de sábios.                Qual foi o ingrediente mágico que permitiu
Esta obra, cujos textos são escritos em hebraico    a Rav Shimon Bar Yochai revelar os segredos do
ou em aramaico antigo, pode ser comparada a         universo contidos no Zohar? Genialidade? Sabe-
um sistema codificado, de extrema complexi-         doria? Ambição? A resposta é amor e união. Foi
dade, que esconde tesouros inestimáveis. Mui-       o amor entre seus alunos que abriu os portões
tas das passagens do Zohar são compostas por        divinos, permitindo a revelação da sabedoria. De
combinações de alusões fragmentadas, que            forma mais específica, foi o fato de eles ama-
somente podem ser conectadas por associa-           rem a parte negativa um do outro. Como sabe-
ções secretas. Mas, na realidade, as conexões       mos, é fácil gostar de alguém que faz tudo que
existem e são bastante claras para aqueles que      queremos, mas não é tão fácil gostar de quem
entendem seu simbolismo e significado. Um sá-       nos incomoda. Se quisermos mesmo ver as coi-
bio familiarizado com os segredos místicos da       sas mudarem neste planeta, temos que investir
Torá entende perfeitamente seu conteúdo, seu        grande esforço em oferecer bondade e dignida-
estilo e sua estrutura aparentemente ilógica. Se    de a todos. Coloque o foco de sua atenção em
para os não iniciados muitos de seus ensina-        uma pessoa que você não suporta e veja o que
mentos carecem de significado, estes mesmos         você pode fazer para derreter o gelo em torno
preceitos são, para os que podem decifrá-los,       do seu coração. É aí que a magia começa... PP


                                                                                                  3
Conversando com você


Os perigos que nos cercam
Beth Dias                                              e julgamen-
                                                       tos.      Reini-
    A tentação é grande. A solidão pesa. Esca-         ciamos um
pamos para os “ismos” e procuramos um gru-             ciclo do qual
po que nos acalente o coração e nos dê paz à           quisemos
suposta angústia da solidão. Entramos, com a           sair      ante-
melhor das intenções. Encontramos amizade,             riormente,
acolhimento, amor e compartilhamento de                e excluire-
ideias. Ufa ! Que alívio ! Não mais seremos cha-       mos daque-
mados de malucos ! Poder falar à vontade sobre         le grupo os
os temas que todos fingem ignorar ou assumem           que        não
entre quatro paredes, sermos nós mesmos, com           mais se en-
todas as nossas ideias e um coração que clama          caixam.
pelo exercício do que lhe é natural, tudo isso é            E as histórias se repetem
muito saudável. Mesmo assim, ainda estamos             pelo mundo...
num espaço restrito, mas felizes por termos este            É isso mesmo ! A solidão volta a doer. Dói,
quinhão de paz.                                        porque nos faz ver que não somos folhas de
    Uma luz amarela acende ! É preciso ter uma         uma mesma árvore, mas árvore de uma mesma
ordem, pois onde muitos se reúnem, desenten-           floresta. Temos nossa própria função, nosso pró-
dimentos ocorrem e a desarmonia pode se ins-           prio pensar, nossa responsabilidade que pode
talar. Também há o perigo da livre interpretação       afetar positivamente, ou não, a floresta. Esco-
do que é dito nas palestras, cursos, sermões, ou       lhas são feitas e há um preço a ser pago. Não
o que quer que seja.                                   devemos ver isto de forma negativa, e sim po-
    Segundo sinal amarelo: será que vamos aos          sitiva. Pois pensando bem, depois de todo este
poucos perdendo nosso próprio pensar ? Onde            processo, achamos o nosso templo que é em
foi parar nossa capacidade de deixar falar o co-       nosso coração. Continuaremos a compartilhar, a
ração ?                                                ter amor por nossos companheiros, a estar aten-
    Terceiro sinal amarelo: há um conflito no ar       tos a todas as lições diárias, mas firmes sobre os
! Nossas crenças, que até então nos mantinham          nossos pés. E o lugar não mais será importante,
unidos, foram questionadas ! E surge a preocu-         pois é conosco, no nosso interior mais profundo
pação de regularizar, para que nossas descober-        que carregamos esta luz que nunca nos deixará.
tas não saiam daquele espaço e não se “desvir-              Muita Paz e Alegria a todos! PP
tuem”. E, de novo, caímos num mundo de críticas




4   Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
Bhagavad-Gita, canção divina

Depoimentos dos Alunos
Marcelo Patury



N
       a edição passada do “Essên-
       cia da Luz”, foram publica-
       dos depoimentos de alguns
dos alunos da turma da Bhagavad-
Gita, nos quais eles relatam como
esses ensinamentos têm transfor-
mado as suas vidas. Nesta edição,
continuamos com mais alguns de-
poimentos.
    Esperamos você também nesta
turma, às quartas-feiras, de 19h30
às 21h00. Basta chegar e sentar-se.

Maria Margarida:
   Procurei estudar o Bhagavad-
Gita, porque sou instrutora de
Yoga e esta Obra contempla os
primeiros ensinamentos acerca
desta Ciência milenar.
   Tive a felicidade de receber do
Universo, como primeiro Mestre,
Marcelo Patury. O valor do seu
trabalho está em fazer uma leitu-                 alcançar. Analisar o comportamento dos ou-
ra do Gita perfeitamente aplicável aos nossos     tros pautado no meu certamente é um erro,
tempos, nos mostrando o valor atemporal e         e eu o fazia muito mais do que pensava fazer.
transcendental da Obra.                           Dessa forma, me tornava um crítico severo e
   Na minha opinião, de tudo o que aprendi,       impaciente.
o que me tem sido mais valioso é o aspecto do         Participo do grupo da Gita há 7 meses, e
desapego. Por meio das leituras, das instru-      com certeza o meu maior ganho foi a paz.
ções e reflexões, vamos trilhando e fortalecen-   Atualmente, me sinto em paz comigo mesmo,
do a nossa aspiração, para que, desse modo,       aplicando os ensinamentos de Krishna em mi-
possamos alcançar a nossa essência, que é         nha vida. Sinto que participo e curto muito
apenas de luz e de paz.                           mais todos os meus momentos, sabendo que
                                                  não tenho o controle de tudo que está à mi-
                                                  nha volta.
Marinez Hong Koim:                                    Eu não estava à procura de uma religião,
   O maior aprendizado para mim tem sido o
                                                  mas sabia que faltava alguma “coisa”; e essa
de confiar no Supremo e de entregar a Ele a
                                                  “coisa” está sendo preenchida pela Bhagavad-
decisão sobre o resultado. Isso tem eliminado
                                                  Gita. Bem, eu estou gostando muito mesmo !
ansiedade e angústia e trazido uma paz em
meu coração nunca sentida antes. E o mais
curioso: tudo o que desejava com ansiedade        Adriana Saavedra:
e controle não acontecia ou vinha através de         Há quase um ano, faço parte do grupo.
um esforço muito grande; agora, as graças re-     Mesmo com uma dedicação mínima, sinto
cebidas têm sido imensas e inesperadas.           uma melhora enorme no meu bem-estar. So-
                                                  mente indo aos encontros, ouvindo, repen-
                                                  sando e praticando os conceitos, hoje me
Paulo Maurício:                                   tornei capaz de vivenciar a paz e a felicidade
    Eu, que me achava um “monte de coisas”,
                                                  verdadeiras, mesmo em uma sociedade tão
hoje percebo claramente que a imagem que
                                                  conflituosa como a nossa. Espero continuar
tinha de mim estava distorcida. Os estudos da
                                                  aprendendo e evoluindo cada vez mais com o
Bhagavad-Gita, às quartas-feiras, me mostra-
                                                  estudo do Bhagavad-Gita. PP
ram o quanto eu queria controlar e como que
a maioria das minhas ações estava compro-            (Continua no próximo número)
metida com os resultados do que eu desejava

                                                                                              5
Mediunidade e Espiritualidade


 Ectoplasma
Nelson Soares



N
        o mundo das manifestações espirituais,
        vários fatos e fenômenos compõem um
        vasto conjunto de provas da existência
de uma realidade espiritual e mostram como
essas energias conscientes entram em contato
com o mundo físico. Uma das mais impressio-
nantes manifestações é a formação do ecto-
plasma. As ideias apresentadas nos trabalhos
de diversos estudiosos levaram à aceitação de
que o ectoplasma é gerado mediante uma no-
tável interação entre os diversos planos físicos      sendo
e espirituais, durante a qual as vibrações etéri-     extremamente sensível, anima-
cas acumulariam matéria das pessoas envolvidas        do de princípios criativos, que funcionam como
nas manifestações e reproduziriam as intenções        condutores de eletricidade e magnetismo, mas
do espírito manifestado de uma forma consis-          que se subordinam, invariavelmente, à vontade
tente e material.                                     do médium, que os exterioriza, ou dos espíritos
    Os estudiosos concluíram que existe um nú-        desencarnados, que sintonizam com a mente
mero reduzido de pessoas, capazes de produzir         mediúnica. O ectoplasma seria substância ori-
casos autênticos de ectoplasmia, mesmo sem            ginária no protoplasma das usinas celulares. O
ter de recorrer a ritos específicos ou de realizar    ectoplasma, doado pelo médium depois da mol-
                                                      dagem pelo processo de condensação, voltará à
                                                      sua fonte por mecanismo inverso.
 “As ideias apresentadas nos trabalhos                    Lembramos aqui alguns pesquisadores: Al-
 de diversos estudiosos levaram à acei-               bert Coste em 1895; Alexandre Aksakof em
                                                      1895; Paul Gibier em 1898; Williams Crookes
    tação de que o ectoplasma é gerado                em 1899 e 1923; Gabriel Delanne em 1909 e
 mediante uma notável interação entre                 1911, entre outros. Os autores são categóricos
                                                      em afirmar a inconteste existência dessa mecâ-
os diversos planos físicos e espirituais”             nica, onde dois elementos entram, indiscutivel-
                                                      mente, no processo - o ectoplasma e o agente
sessões espíritas. Acredita-se que os médiuns         orientador - para que a moldagem se observe.
aproveitam as energias etéricas, magnéticas           De um lado, a matéria ectoplásmica, fugaz e
do seu envolvimento com o mundo espiritual,           vaporosa; do outro, o campo organizador da
somadas às vibrações emanadas das pessoas             forma (campo espiritual), à custa do qual o ec-
presentes ao experimento, produzindo assim as         toplasma se distribui em adequada moldagem.
energias e condições necessárias para a mani-         O ectoplasma foi analisado por vários pesquisa-
festação. A manifestação de ectoplasma causa          dores dos quais destacamos as seguintes con-
esgotamento físico nos médiuns; eles podem,           clusões:
inclusive, perder peso durante os trabalhos, pois            Dr. V. Dombrowsky (Varsóvia) - “O ecto-
cedem parte de sua “energia vital”, para produ-       plasma está constituído de matéria albuminói-
zir e enriquecer a materialização do perispírito.     de, acompanhado de gordura e de células ti-
    O ectoplasma (do grego ektos – por fora, e        picamente orgânicas. Não foram encontrados
plasma – de forma modelar) é substância amor-         amiláceos e açúcares”.
fa, vaporosa, com tendência a solidificação pela            Dr. Frances (Munich) - “Substância consti-
evolução do fenômeno, tomando forma por in-           tuída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e
fluência de um campo organizador específico à         glóbulos de gordura”.
mente dos encarnados e desencarnados. Facil-                 Dr. Albert Scherenk-Notzing, citado por
mente fotografado, de cor branca acinzentada,         Charles Richet - “O ectoplasma está constituído
vai desde a névoa transparente à forma tangível;      por restos de tecido epitelial e gorduras”.
de aspecto semelhante aos tecidos vivos, ofere-            Dr. Hernani G. Andrade - “O ectoplasma é
cendo sensação de viscosidade e frieza, o ecto-       substância formada com recursos da natureza,
plasma está situado entre a matéria densa e a         originando-se dos tecidos vegetais (ectofiloplas-
matéria perispirítica (duplo etéreo). Ele pode ser    ma) e de origem animal (ectozooplasma) e de
comparado à genuína massa protoplasmática,            origem mineral (ectomineroplasma)”. PP


6   Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
Astrologia e Autoconhecimento


O signo de Virgem
Rosa Carmen Sá de Alverga                             um “não” quando são solicitados. Preocupam-se
                                                      com a sua saúde e a dos outros. Seguem uma ro-


   E
          ste ano, o Sol entra em Virgem por volta    tina de vida criativa que não lhes enfada nem lhes
          das 2h30 do dia 23 de Agosto. No he-        causa estresse, pois sentem prazer em todas as
          misfério norte, onde a astrologia baseou    tarefas do dia-a-dia. Cuidam-se bem, procuram
seus estudos, o verão encaminha-se para o seu         ter boa alimentação, cultivam uma boa saúde.
final. Neste momento, os frutos encontram-se          Para eles, tudo precisa ser melhorado, aperfeiço-
prontos para serem colhidos e servidos a todos os     ado. Nessa busca da perfeição, sentem dificulda-
seres vivos da Terra, trazendo-lhes a saciedade e     de em aceitar os seus erros e os dos outros.
as substâncias necessárias para mantê-los vivos e         Vivida de forma negativa, a energia de Vir-
saudáveis. Este signo é representado por uma vir-     gem pode provocar uma baixa auto-estima, pois
gem segurando um ramo de trigo ou uma espiga,         o excesso de exigência consigo mesmo e com
que representam o trabalho árduo do plantio e da      os outros faz com que a pessoa nunca esteja sa-
colheita, que se repete todos os anos. Isto remete    tisfeita, aumentando a sua frustração diante de
ao mito grego de Deméter (Ceres para os roma-         qualquer engano ou erro ou quando não se sente
nos), a deusa da agricultura, e Perséfone, a filha    prestigiada. Deprecia-se, fica tímida e desanima-
que ela teve com Júpiter. Perséfone ou Core foi       da, sente medo de ser notada. Pode tornar-se um
raptada por Plutão (senhor do mundo subterrâneo       trabalhador compulsivo, nervoso, crítico e julga-
ou mundo das trevas). Desesperada pela perda da       dor em excesso. Tem tendência à hipocondria,
filha, Deméter abandonou sua posição de deusa         sai tomando toda sorte de remédios e fica com
do Olimpo e afirmou que não permitiria que a          mania de limpeza ou, ao contrário, torna-se des-
vegetação crescesse nem voltaria ao convívio dos      leixada e tem pouca higiene. Pode sentir-se vítima
imortais enquanto sua filha não lhe fosse entregue    e explorada pelos outros. Vive com desorganiza-
de volta. Como a ordem do mundo estivesse em          ção, ociosidade, preguiça, superficialidade e falta
perigo, Zeus (Júpiter) pediu a Plutão que devolves-   de cuidados com a saúde.
se Perséfone. Assim, chegou-se a um consenso:             Mesmo agindo de forma prática e objetiva, o
daí em diante, a deusa filha passaria seis meses      bom virginiano, em sua busca da perfeição, um
com o companheiro e seis meses com a mãe. A           atributo celeste, torna-se alguém que desenvol-
Terra cobriu-se instantaneamente de verde.            ve uma elevadíssima procura interior e espiritual.
    Virgem faz parte da tríade do elemento Terra      Como signo oposto a Peixes e, ao mesmo tempo,
(Touro, Virgem e Capricórnio); na mandala zo-         sendo o último signo que se encontra abaixo da li-
diacal, rege a casa 6 (trabalho, hábitos e saúde).    nha do Ascendente, no meio da jornada zodiacal,
Como um signo de Terra, traz praticidade aos que      depois de Virgem iniciamos uma escalada maior,
nasceram sob a sua égide e facilita para que se-      mais intensa, na nossa busca pelo divino, na nos-
jam bem resolvidos no campo material. Virgem é        sa jornada para a iluminação. Estamos agora em
regido por Mercúrio, assim como o signo de Gê-        época de colheita! Todas as sementes que plan-
meos, porém, um Mercúrio mais maduro, mais            tamos nos últimos meses estão espalhando seus
sério, mais exigente. As pessoas nascidas com o       frutos em nossas vidas. É um momento de ser-
sol neste signo costumam ser bons trabalhadores       mos receptivos e prestativos, de aprendermos a
e esperam o reconhecimento disso. Dão impor-          aceitar os outros como são sem muita crítica, sem
tância ao cumprimento do dever, com dedicação         grandes exigências, de valorizarmos e agradecer-
integral; o trabalho para elas é sagrado, é um ide-   mos a Deus por cada instante e cada experiência
al de vida. Ao invés de vê-lo como um sacrifício,     do nosso dia-a-dia, de abrirmos nossos corações
vêem nele um sacro-ofício (um ofício sagrado).        e permitirmos que nossos corpos e nossos espí-
Eficientes, podem ser especialistas em várias ca-     ritos sejam alimentados por todas as bênçãos e
tegorias de trabalho, principalmente como médi-       riquezas nascidas da nossa Mãe-Terra. Um mo-
cos, enfermeiros ou outros profissionais da área      mento de depuração e busca de aperfeiçoamen-
da saúde, mas também professores ou matemá-           to, de aprendermos a dar, receber e agradecer!
ticos, pois são detalhistas e precisos.
    Quando pensamos o que seria um estado de          TRABALHO - APRIMORAMENTO - EFICIÊNCIA -
disponibilidade, podemos pensar na atitude de         UTILIDADE - SAÚDE - ACEITAÇÃO - BUSCA DA
alguém vivendo positivamente a energia virginia-      PERFEIÇÃO E DE CONFIANÇA EM SI MESMO -
na. Portanto, são muito prestativos, possuem em       INTERESSE PELA ECOLOGIA
sua natureza o princípio da boa vontade e, por
isso, podem ser às vezes exigidos demais pelos           Muita alegria, paz e amor para todos!    PP
que lhes são próximos e têm dificuldade de dizer


                                                                                                       7
Aconteceu


 Santo de casa faz milag
                                                        re !
 N
         o mês de junho pas
                                     sado, dois eventos ani
         Casa de Padre Pio:                                    maram a família e os
                                      a já tradicional Festa                                 amigos da
         dim Botânico, e o jan                                  Junina, no Clube Mi
                                      tar da Confraria Socia                              litar do Jar-
 Casa Faz Milagre !”                                            l, que teve por título
                              (escolhido pelo Maiko),                                        “Santo de
 Estes eventos são especiais                             no restaurante Botequim
                              , fazem parte do nosso cal                              , em Botafogo.
 alegria e oportunidade de                               endário e têm como objeti
                              confraternização para tod                              vo, além de trazer
Casa de Padre Pio. Eles são                             os, ainda poder captar rec
                               sempre promovidos e org                              ursos para ajudar a
se, Maiko Pedroso, Ad                                  anizados pelo pessoal da
                          elaide Hortencia, Fátim                                  AÇÃO SOCIAL, leia-
Braga, Mila Dias, Sand                               a Braga, Regina Dias, Mi
                          ra Gullino e vários outro                              rian Valente, Flávia
    As fotos apresentadas aqu                       s colaboradores e voluntár
                                  i são uma prova do clim                      ios da Casa.
encontros festivos, alegre                                a Alto Astral que predomin
                           s e fraternos.                                               ou nesses dois




8    Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
PP




C o nf ra ri a
                 Soci a l




                            9
Reflexão

 Missão, Vaidade
 e Responsabilidade
“Cada um cumpre o destino                             mais, e alguns
                                                      menos. Mes-
que lhe cumpre,                                       mo conhe-
E deseja o destino que deseja                         cendo várias
                                                      teorias    de
Nem cumpre o que deseja,                              como viver
Nem deseja o que cumpre...                            as melhores
                                                      virtudes, na
Que a sorte nos fez postos                            prática, so-
Onde houvemos de sê-lo                                mos todos
                                                      fracos e dese-
Cumpramos o que somos                                 jamos demais sermos apreciados, coisa que acha-
Nada mais nos é dado...”                              mos ter muito a ver com sermos amados e que,
                                                      na realidade, pouco tem a ver com amor, pelo
(Fernando Pessoa)                                     contrário. A admiração alheia muitas vezes vem
                                                      com uma pontinha de despeito; é tolice imagi-
                                                      nar que venha sempre acompanhada de afeto.
Rosa Carmen Sá de Alverga                             Não deveria ser motivo de vaidade, mas nosso



E
      sse poema, do nobre poeta lusitano, nos         ego não resiste e nos iludimos diante de elogios
      lembra algo que está sempre em pauta, seja      e aplausos.
      na Casa de Padre Pio ou pelo mundo afora.           O problema é complexo: já conheci pessoas
    Muito se fala de cumprirmos uma missão nes-       cheias de angústia e de dúvidas diante do su-
sa vida. Muitas pessoas, principalmente as espiri-    cesso e já ouvi outras dizerem que, no caso de
tualizadas, crêem estar encarnadas, aqui em nos-      alguém sentir-se orgulhoso do que faz, deveria
so planeta, para realizar alguma tarefa necessária    praticamente renunciar ao seu papel e recolher-
ao seu desenvolvimento espiritual. Entretanto, há     se à sua insignificância, para fugir da soberba,
muitas outras que, mesmo sem estar preocupa-          que pode criar novos carmas e prejudicar sua
das com o destino do espírito, acham-se, ou mais      evolução. Essa é uma situação difícil de se en-
que isso, desejam, sentir-se participantes espe-      carar com confiança e pode trazer muita insegu-
ciais dessa nossa epopeia humana na Terra. Nos        rança, medos e sentimentos de culpa, deixando
dois casos, estamos buscando um motivo que dê         um gosto amargo em cada conquista.
sentido à nossa existência, percebendo que, sem           A questão maior que coloco refere-se ao
ele, cairíamos no vazio do acaso.                     que seria mais prejudicial em nossa trajetória
    No entanto, a consciência de não estarmos         terrestre: vivenciarmos algum orgulho e uma
aqui por acaso e de que nossa história possui um      tola vaidade que não causem desrespeito e me-
roteiro que possa ter sido escrito por uma força      nosprezo por nossos semelhantes, ou renun-
maior, invisível e divina, pode nos deixar vaidosos   ciarmos à nossa missão nessa vida, missão da
e orgulhosos diante de nossa missão. Nos damos        qual, provavelmente, já somos devedores e que
conta de que, embora construída por nós mes-          precisa ser realizada? Para quem acredita em vá-
mos, em vidas que se sucedem num processo in-         rias vidas e em tarefas a serem cumpridas, se
findável de evolução e purificação, essa história     não conseguirmos alcançar a humildade e nem
tem origem sagrada. E se nossos feitos nos trans-     realizarmos os desígnios do alto, vamos conti-
formarem em alguém realmente diferenciado no          nuar em dívida. Qual seria, diante desse dilema,
mundo em que vivemos, numa pessoa fora do             a nossa maior responsabilidade? Sermos o que
comum, carismática, poderosa (no bom sentido),        viemos ser nesse momento da vida, mesmo sem
que atraia para si a atenção e a admiração das        conseguir vencer a tirania do ego, com ou sem
outras? É aí que entra o perigo de exacerbarmos       vaidade, ou permitirmos que nossas fraquezas
o orgulho e a vaidade. Qual seria, então, a saída?    humanas paralisem o fluxo energético do nosso
Ora, pensamos logo: precisamos e devemos evitar       destino no planeta Terra?
esses sentimentos prejudiciais ao nosso trabalho          Alguém possui uma resposta para essa ques-
espiritual. Parece fácil, mas sabemos que não é.      tão crucial? Ou a resposta já se encontra no po-
Não aprendemos ainda como ser, humildemen-            ema citado no início: “Cumpramos o que so-
te, um excelente profissional, um líder, um mes-      mos, nada mais nos é dado...”
tre, um médium, um artista, um Guru e outros              Que o Espírito Santo nos inspire. Luz e amor. PP


10 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
Retiro


       Mendes - maio de 2010

      N
             o último mês de maio, realizamos nosso terceiro Re-
             tiro Espiritual em Mendes, dessa vez com o tema


                                                                                   N
             SOU EGO OU EU SOU. Tudo aconteceu sob a inspi-
                                                                                            ós levamos para
      ração e orientação do nosso irmão Luiz Augusto.                                                            Mendes um traba
                                                                                           lho com o eleme                            -
          O início foi na noite de sexta-feira. Éramos cerca de 120 pes-                                       nto fogo dentro
                                                                                           tradições nativas.                      das
      soas, e muitos participantes estavam lá pela primeira vez. O cli-            fogo significa, de            Nessas tradições,
                                                                                                        ntre outras coisa            o
      ma de fraternidade e alegria permeou todo o encontro, que teve               cação e transmu                          s, purifi-
      trabalhos em grupos sobre o tema proposto e apresentações dos                                   tação. O fogo se
                                                                                   com o sagrado, ma                       relaciona
      mesmos, além de sessões de meditação e orações.                                                    is do que isso, ele
                                                                                  liza o próprio sagr                         simbo-
          No sábado, houve um profundo mergulho interior na busca                                      ado.
                                                                                       Esse trabalho tro
      de descobrirmos os mecanismos sutis do ego que nos impedem                                           uxe para o grupo
                                                                                  mentos incríveis                               mo-
      de conviver harmoniosamente conosco mesmo e com o nosso                                         de transcendência
                                                                                  gia, uma sensaç                             e ma-
      próximo. Fomos acompanhados em vários momentos por lin-                                        ão de estarmos
                                                                                 conexão com o div                      vivendo a
      das músicas e cantos, por parte do Maurício Duboc e, também,                                     ino num clima de
                                                                                 e simplicidade, pr                          pureza
      com a participações de Sylvia Becker, Carlos Soares, Claudia Luz                                ovocando sentim
                                                                                 alegria e encantam                       entos de
      e Claudia Leontsinis.                                                                            ento.
                                                                                     Houve um instan
          Nessa noite, tivemos ainda a belíssima apresentação teatral                                     te, diante da fogu
                                                                                em que foi possí                               eira,
      de nossa irmã Gabriela Linhares que, em um texto inspiradíssi-                                vel perceber todo
                                                                                ticipantes dançan                        s os par-
      mo, representou Joana D’arc, revelando-nos o encontro da santa                                do e cantando co
                                                                               só corpo, um gran                          mo um
      heroína com a sua essência, que era puro amor, na medida em                                     de coração pulsa
                                                                               nossa mãe terra.                           ndo em
      que ia despindo-se das máscaras do ego, que a ocultavam. Em                                     Foi como viverm
                                                                               conjunto, um proc                          os, em
      seguida, acendemos a fogueira para os trabalhos xamânicos e,                                  esso de renascimen
                                                                               dia sentir-se o Am                          to. Po-
      ao final destes, tivemos o “momento umbanda”, junto às águas.                                  or na Unidade. Ao
                                                                              do fogo, éramos                               redor
          O encerramento, no domingo, trouxe-nos a mensagem de                                    todos Um !
                                                                              (Jeronimo, Valer
      Eurípedes Barsanulfo, chamando-nos a atenção para quais fer-                                 ia Aigotti, Paul Be
                                                                                                                          rnard)
      ramentas estamos utilizando em nosso dia-a-dia, ao conviver
      com o nosso próximo: ferramentas de união ou ferramentas
      de separação?
          Encontros como esse nos auxiliam a compreender e a ex-
      perimentar, na prática, o espírito da Casa de Padre Pio: Uma
      escola de como viver em Deus! Os sentimentos de alegria, con-
      fiança, amor e fraternidade auxiliam-nos a superar as barreiras
      das diferenças, na busca da unidade apesar da diversidade. A
      conclusão é sempre a mesma: o caminho é o amor! Sentido e
      vivenciado. Porque amar, se aprende amando...
      (Danielle Monjardim)



                                                           Joana
Joana                                                      Não sei Explicar...
                                                                                  de Carvalhos,
Não sei Explicar...                                        O Palco virou Bosque                      ação
                        oincidências”,                      E o Teatro Portal de um Ritual de Libert
Uma Sucessão de “C                                                                Ma gia e Encanto do Enc
                                                                                                          ontro?
 Voz e Pensament    os,                                     Como Elucidar tanta               ado,
                                                                                    seu Cham
 Visita, Anjo e Sonhos                                      Ainda Sinto a Força de                        de Amor
                        e Queima o Ego”                                             o no Peito a Abrasar
 “Eu Sou a Chama qu                                         Como um Grito de Fog

 Joana                                                      Joana
                                                                                 explicar...
 Não sei Explicar...                                        Realmente Eu não sei
                     ueira e a Atriz,                       Mas sei Sen tir!
 Uma Santa, uma Fog
  Alquimia da Alma                     do Elixir da vida
                     Provar um Segundo                       Sou Grata Joana.
  A Druideusa me fez
 Eterna                                                      (Gabriela Linhares)




                                                                                                                           11
Grupos da Casa de Padre Pio

Passe: doação de alma para alma
Mauro Affonso                                                             mo e seu Proceder Moral se
                                                                          coadunam com a Doutrina


É
      fato absolutamente indis-                                           Espírita.
      cutível a importância que                                               Mesmo sendo o passe
      tem sido (e será sempre                                             uma das circunstâncias medi-
muito grande) do passe na Casa                                            únicas mais comuns nas Insti-
Espírita.                                                                 tuições Espíritas, é preciso re-
    O passe é um dispositivo                                              conhecer, tanto pelo estudo
terapêutico de assistência espi-                                          quanto pela vivência, quais
ritual de técnicas, em geral, tão                                         são seus verdadeiros obje-
simples que levantam-se dúvidas                                           tivos. Afinal, se fazer é uma
sobre a validade ou não de tal                                                            obrigação,
terapia espírita.                                                                         saber fazer é
    O passe, suas técnicas e seu                                                           um dever; e
conhecimento remontam                                                                      fazê-lo corre-
à mais longínqua anti-                                                                      tamente no
guidade. Tanto no Anti-                                                                      tempo, no
go Testamento quanto no                                                                       momento
Novo Testamento, há inú-                                                                      e no lugar
meras citações sobre o uso                                                                    certos,    é
do magnetismo.                                                                                 buscar    a
    A Doutrina Espírita ape-                                                                   perfeição.
nas estuda o magnetismo                                                                             É pre-
e suas aplicações; estuda e                                                                     ciso apli-
continuará estudando suas                                                                      car e usar
causas e efeitos, tendo che-                                              o passe como quem lida com
gado a grandes conclusões,                            uma “coisa santa”, tratando-o e recebendo-o
notadamente no que diz res- peito ao seu              de “maneira religiosa, sagrada”, a fim de que
uso para o bem dos Espíritos, tanto encarnados        seus reais objetivos, de cura material e, sobre-
quanto desencarnados, dando-lhes emprego sé-          tudo, psico-espiritual, sejam atingidos em sua
rio e útil e incentivando sua prática dentro dos      plenitude, holisticamente. A faculdade de curar
princípios cristãos e nos limites da pureza dou-      através do passe deriva de uma força excepcio-
                                                      nal de expansão, mas diversas causas concorrem
         O passe, suas técnicas e seu                 para documentá-la, principalmente a pureza dos
    conhecimento remontam à mais                      sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o
                                                      desejo ardente de proporcionar alívio, a prece
    longínqua antiguidade. Tanto no                   fervorosa e a confiança em Deus, ou seja, em
 Antigo Testamento quanto no Novo                     uma palavra: todas as qualidades morais.
                                                          O Passista deve ser consciente de que tem
   Testamento, há inúmeras citações                   no passe uma oportunidade sagrada de praticar
        sobre o uso do magnetismo.                    a caridade sem mesclas, desde que imbuído do
                                                      verdadeiro espírito cristão, sem falar na bênção
                                                      de poder estar em companhia de bons Espíritos
trinária espírita, lembrando aos seus praticantes     que, com carinho, amor, compreensão e humil-
como fez o Cristo: “Dai de graça o que de graça       dade, se utilizam das ainda limitadas potenciali-
recebestes”. Só será, verdadeiramente, um pas-        dades energéticas do passista, em benefício do
sista espírita aquele cujas técnicas de magnetis-     próximo e dele mesmo. PP




12 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
Não Percam


Nosso lar, o filme
Wagner de Assis

Coisas do ser humano - quan-
do estamos às vésperas de al-
gum momento importante de
nossas vidas, tendemos a lem-
brar o caminho percorrido, as
dificuldades encontradas, as
pequenas vitórias do dia-a-dia.
Por esses dias, quando a data 3
de setembro se aproxima verti-
ginosamente, não fujo à regra, e minha
mente se torna, ela própria, tela de cine-
ma que rememora os eventos que fize-
ram com que chegasse nesses dias.


I
   ncrível é que as primeiras “cenas” que apare-
   cem não são em função do próprio filme. Mas      anos antes, talvez pudesse ajudar.
   do livro. Quando li Nosso Lar pela primeira           O coração se encheu de esperança. Bem,
vez, presente de minha mãe, meados dos anos         quando o coração fala, a gente tem que ouvir,
80, confesso que não pensei que “esse livro da-     não é verdade?
ria um filme”. Mas minhas impressões ficaram             E lá estamos eu e o Renato Prieto sentados
muito marcadas por atributos fundamentais do        na coxia do teatro Vannucci. Meses depois, a
livro - o novo paradigma de vida que ele apre-      cessão dos direitos. Um dia, li numa revista a
sentava, os conceitos modernos de cuidados          história de um médico que tinha visto seu pai
com a vida, a possibilidade de estarmos sempre      dois anos após o desencarne. Pensei, talvez ele
prontos a recomeçar, onde quer que fosse.           possa me ajudar. Tinham sido tantas portas ba-
    Minhas lembranças dão um pulo de quase          tidas até então, nada demais se fosse mais uma.
10 anos. Pelo meio da década de 90, quando          Se fosse um clipe, essa sequência seria a mesma
meus anseios literários morriam e renasciam sob     imagem repetida em diferentes portas. Entrei e
a forma de roteiros audiovisuais, e eu estudava     pedi ajuda. Os olhos do Luiz estavam marejados.
técnicas e formas, resolvi fazer um “exercício” e   Logo depois, muito prazer Padre Pio!
fiz uma adaptação totalmente livre do livro para         Com o passar do tempo, fui encontrando
um suposto filme ou especial de televisão. Guar-    mais um monte de gente, conhecendo uma di-
dei na gaveta depois de terminar, assim como fiz    versidade de pessoas que nos ajudavam de for-
com tantos outros que serviam de aprendizado.       mas peculiares. Muitas vieram ajudar no filme.
    Corta. Em finais de 2004, depois de escre-      Outras ajudaram de longe. Hoje, às vésperas do
ver alguns roteiros para cinema e tv, depois de     filme encontrar tantas pessoas nos cinemas, e
lançar meu primeiro longa-metragem, A Carto-        novas cenas se formarem nessa história da histó-
mante, uma adaptação da obra de Machado de          ria, tenho certeza que esta Casa, aonde os cami-
Assis, eu achei que poderia dar um passo maior.     nhos de reencontrar Deus são muitos, também
Mais uma confissão - não me lembro ao certo         está presente na história da história desse filme.
como cheguei ao Nosso Lar. Mesmo. Talvez te-        Melhor parar por aqui, senão o relato ficará mui-
nha acordado um dia com essa ideia. Ou tenha        to extenso.
relido algum capítulo em função de algum estu-           A todos os membros da Casa de Padre Pio,
do. Uma amiga disse que conhecia a diretoria da     neste e nos outros planos, fica o eterno obrigado
Federação Espírita Brasileira. Pedi uma reunião,    e pedido que não paremos de divulgar e compar-
mas ela nunca me respondeu. Fui fazer um co-        tilhar a história do filme. O final feliz ainda está
mercial e a figurinista disse que conhecia o Re-    longe e precisa da participação de todos! PP
nato Prieto, e que ele tinha feito a peça muitos

                                                                                                    13
Portal da Gratidão

A percepção da
“graça”, o passaporte do “amanhã”...

Denise Cristina Gomes



D
        esde a Antiguidade, to-
        das as religiões falam so-
        bre a “Graça”. O que Ela
seria? Por que é invocada e evo-
cada por todos os povos, através
dos tempos? Ela seria a manifes-
tação de um fenômeno desco-
nhecido? Ou poderia se referir a
uma simples transcendência do
nosso “aqui e agora”? Ou seria
mais o uso de uma linguagem
metafórica ou simbólica sobre
algo não inteligível? Seria um
presente, uma benção a nós?
Ou a manifestação do “Misté-
rio” em nossas vidas?
     Constata-se que, mesmo
não havendo respostas a essas
indagações, o ser humano quer
ser Dela merecedor. Já foi dito:
“muitos serão chamados, mas                           de lado a inquietante prática de julgar a nós
poucos serão eleitos”...                              mesmos, aos outros, à vida... Passamos a nos
     Parece-nos, a priori em vão, tentarmos           posicionar com maior humildade ante a nossa
apreender o Mistério pelo qual Ela se manifes-        existência, ao procurarmos desenvolver atitudes
ta. Pois tentar compreendê-La implica em se           de contínua aprendizagem e reflexão, facilitado-
querer inserir o infinito, o incomensurável no        ras de novas formas de interação com o nosso
“aprisionamento” da lógica do mundo material          cotidiano. Mas em contrapartida, não podería-
(tridimensional) finito. Por isso, intuimos que o     mos nos esquecer de cultivar o desapego a es-
fenômeno da “Graça” esteja além de qualquer           ses mesmos conhecimentos, evitando nos dei-
perspectiva filosófica ou religiosa conhecida, na     xar “aprisionar” em nossas lógicas e erudições,
qual possam se inserir conceitos de merecimen-        quase sempre percebidas por nós como “verda-
to, causa e efeito, carma ou quaisquer outros         des”, até por vezes, inquestionáveis. Significa
que visem explicar a existência ou a dinâmica         aprendermos a nos “esvaziar” internamente de
desse fato. Se assim percebemos, por que então        nossos questionamentos, certezas ou dúvidas,
consideramos importante refletir sobre Ela? Será      para nos disponibilizarmos a vivenciar um con-
que poderíamos atraí-la?                              tínuo estado de “disponibilidade” ao Mistério.
                                                      Assim, nos tornaríamos mais sensíveis para per-
           Significa aprendermos a nos                ceber a manifestação da Divindade presente em
    “esvaziar” internamente de nossos                 nós. Observaríamos que, ao contrário do que
         questionamentos, certezas ou                 muitos possam pensar, não existe “acaso” em
                                                      nosso existir, pois ao visualizarmos as “sincro-
  dúvidas, para nos disponibilizarmos                 nicidades”, coincidências significativas entre o
    a vivenciar um contínuo estado de                 que sentimos e certos acontecimentos externos
                                                      a nós, presentes em nosso cotidiano, constatarí-
         “disponibilidade” ao Mistério.               amos a sutil manifestação da “Graça”, no natu-
                                                      ral fluir de nossas vidas.
    Talvez essa resposta esteja relacionada ao            É possível que essa ideia para alguns possa
fato de que, por Ela não se enquadrar em nossa        parecer estranha, incompreensível ou até mes-
racionalidade, vamos sendo conduzidos a per-          mo fantasiosa; porém, é dessa forma que vamos
ceber a parcialidade e as limitações de nossos        aprendendo a nos questionar, ao observarmos
juízos, e consequentemente, vamos deixando            que somos muito mais que os raciocínios cons-

14 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
truídos por nossas mentes conduzidas pelos          trais. Por consequência, tornamo-nos mais dis-
nossos egos.                                        poníveis ao exercício da intuição, através da qual
    Passamos toda uma existência sendo orien-       nos sintonizamos a conhecimentos que, em
tados a nos identificar com nossos pensamen-        muito, transcendem a racionalidade conhecida.
tos, portanto como de repente aprenderíamos         Assim, estaremos dando início a uma nova tra-
a questioná-los? É difícil aceitar e perceber que   jetória: “o caminho de regresso de nossas almas
transcendemos ao nosso pensar, construído           aos seus verdadeiros lares”.
para interagirmos na materialidade onde esta-           Somos todos seres das estrelas, filhos da
mos inseridos, embora esse fato já venha sen-       “Graça”. Portanto, é chegada a hora de assu-
do sinalizado por diversos místicos há centenas     mirmos a nossa Identidade Cósmica... O tempo
de anos.                                            urge: precisamos nos preparar para entrar em
    Através de práticas de meditação e de re-       contato com o Divino existente em nós.
laxamento, vamos nos soltando das “amarras              Será que a vivência consciente da Graça não
mentais e emocionais” nas quais nos achamos         nos possibilitaria descortinar o nosso “passapor-
presos, assim como por certo os nossos ances-       te cósmico”? PP


      Poesia, a linguagem da Alma


Elevação
Charles Baudelaire
Por sobre pantanais, por sobre vales,
Montanhas, bosques, nuvens, mares,
Para além do sol e do éter nos ares,
Para além dos confins das esferas estelares,

Tu, meu espírito, agilmente te moves,
Como um bom nadador, em êxtase nas ondas,
Sulcas alegremente a imensidão profunda
Com um indizível e másculo prazer.

Voa para além dessas emanações nefastas;
Vai te purificar em ares mais sublimes,
E bebe, como um licor translúcido e divino,
O fogo luminoso no espaço cristalino.

Por trás do tédio e das imensas penas
Cujo peso torna a existência nebulosa,
Feliz daquele que pode com asa vigorosa
Lançar-se pelas planícies luminosas e serenas;

Aquele cujos pensamentos, como cotovias,
Rumo aos céus da manhã, voam livremente.
- Que planando sobre a vida, sem esforço entende,
A linguagem das flores e das coisas emudecidas !




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Coluna Livre

Medos

Rosa Ana Steinsnaider Leitão



M
          adrugada. Uma criança dorme. De re-
          pente, seus olhos estão abertos, arre-
          galados. Quer se livrar das imagens do
pesadelo. Elas continuam presentes nas sombras
de seu quarto. Os monstros a rodeiam. Os pio-
res, os mais terríveis e mais assustadores estão
debaixo da cama e dentro do seu armário. Fabri-
cados pelo medo que a imobiliza, a petrifica. Fi-
nalmente, o terror se materializa: um grito ecoa
na casa toda! O socorro chega finalmente. O
pai (seu Herói) fulmina os monstros. A mãe (sua
fada-madrinha) chega e a embala em seu colo
protetor. A respiração e o coração se acalmam.
A LUZ acaba de vez com o medo... naquele mo-
mento.                                                     O medo está nos olhos de quem vê. Vivemos
    O medo humano básico é o medo do escuro.          em uma “Cultura do Medo” ( livro Cultura do
Tem raízes ancestrais. Existe desde o homem das       Medo, de Barry Glassner, Ed. Francis). Nesta cul-
cavernas. Está no Inconsciente Coletivo. Esse         tura, é muito comum se manipular o que é visto.
medo fundamental, que surge geralmente en-            Farsas determinadas a fazer com que os indiví-
tre 6 e 8 anos, tem duas vertentes principais:        duos se tomem reféns de toda a sorte de medos
o medo do desconhecido e o medo da morte.             que atingem multidões cotidianamente. Ver-
O medo é necessário numa certa medida. Em             dadeiras teias feitas de perigos e pavores. Uma
determinadas circunstâncias, funciona como um         mídia inescrupulosa e oportunista “de plantão”
alerta, um alarme. Aponta limites que, se excedi-     de toda espécie se dedica incansavelmente a ali-
dos, podem colocar em risco até mesmo a vida.         mentar de medos populações do mundo, apre-
    O medo é a base de todo o constrangimento.        sentando a sua versão dos fatos, escolhendo o
Diferente da ansiedade, gerada internamente, o        que mostrar e como mostrar, sempre em defesa
medo é sempre relacionado a alguém ou a algo          de interesses próprios. Afinal, uma população
externo a nós mesmos. Criamos o medo a partir         amedrontada reage e se imobiliza, sendo facil-
de nossas próprias convicções e de pensamentos        mente manipulada. Fica sem a força que possibi-
que, segundo nossas crenças, não são corretos         lita AGIR para buscar o que lhe interessa de fato.
ou moralmente apropriados. Não se trata aí de         Perde o verdadeiro foco, aquele para o qual de-
sentir-se culpado, mas de perceber que, se você       veria estar atenta e que é realmente perigoso e
é o autor, criador de seus medos, só você tem o       preocupante. Assim, atualmente, com frequên-
mesmo poder para acabar com eles. Se você se          cia, tememos o que não deveríamos temer e não
escravizou, só você pode se libertar. Assumida        tememos o que deveria ser temido. Temos sido
e conscientizada a autoria, você passa a ser a        enganados e nos enganamos quase sempre, por
autoridade que poderá escolher que caminhos,          tudo o que acabamos de observar e muito mais.
que ferramentas deseja usar para chegar a con-             Os medos têm aumentado barbaramente
trolar seus medos e também a não permitir que         neste século 21. É importante retomarmos nos-
lhe sejam impostos.




16 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
sa lucidez, mais LUZ para dissiparmos a sombra               Exercícios usando a respiração
onde se escondem tantos medos, nos aproxi-                   Exercícios de meditação
marmos mais de nossa própria natureza, ob-                   Exercícios de visualização criativa - fazendo uso da
servarmos e estarmos mais em contato com a                   imaginação (uma imagem em ação)
natureza que nos cerca. O sagrado é a Natureza               Leitura de salmos
e a Natureza é o sagrado, diz a Sabedoria da Ca-             Estudo de porções bíblicas (semanais)
balá Marrutí (essencial). Precisamos saber neste             Celebrações espirituais (ritos - com arte, música, dança)
momento planetário o que verdadeiramente é                   Meditar junto à natureza e seus elementos (ar, água,
essencial para vivermos, sobrevivermos enquan-               fogo)
to espécie e permitir o mesmo para as próximas
gerações. E não será pela cultura do medo que                    Ser e Estar, caminhando na Terra. Presente, cons-
conseguiremos. Um BOM Caminho é adotarmos                    ciente, alerta. Com humildade, gratidão por todas as
valores baseados nas virtudes conhecidas por                 formas de vida (incluindo a sua) e temor (consciência
todas as mais antigas linhas espirituais viven-              dos seus atos e dos seus efeitos a longo prazo). Saber
ciadas na atualidade pelo ser humano. E fazer                que todo aprendizado se dá por repetição e paciência.
uso de algumas das suas mais importantes fer-
ramentas, utilizadas há séculos para conseguir
ser, cada vez mais, um melhor receptor da LUZ
                                                             O medo é um blefe. Do outro lado do
Espiritual:                                                  medo está o paraíso...

       Cruzadas do Bem




                                                                               Obs.: As palavras não devem ser acen-
                                                                               tuadas; as respostas com mais de uma
                                                                               palavra devem ser escritas sem espaços
                                                                               entre elas; as soluções estão no blog
                                                                               da Casa.



HORIZONTAIS                                                  VERTICAIS
2.  Capacidade de comunicação com o mundo espiritual         1.  Gerar, dar origem
4.  Universo (do grego)                                      3.  Livro de André Luis, por Chico Xavier, a ser lançado
7.  Existir                                                      em filme setembro próximo
8.  Crença                                                   4.  Recuperação da saúde
10. São                                                      5.  Conhecimento
11. Oposto de trevas                                         6.  Movimento em busca do novo
12. O mais elevado sentimento do ser humano                  7.  Trabalho sem remuneração
14. Instituição espiritualista, em Botafogo, Rio de Janei-   9.  Contentamento
    ro, cujo lema é “Viver em Deus”                          13. Prestar serviço
17. Ser supremo                                              14. Música vocal
18. Dívida ou crédito de vidas passadas                      15. Astro central do nosso sistema planetário
                                                             16. Satélite da Terra
                                                                                                                  17
Dúvidas e questões



Perguntas dos Leitores


   P.: Qual é o sentido do karma? O que               bebidas alcoólicas, não fumar e, de preferência,
é karma pessoal e karma familiar? (Maria              não praticar sexo (pelo tipo de energia que se
Lúcia Ribeiro)                                        gasta). Pede-se que se use roupas claras na hora
                                                      da sessão, pois assim a irradiação funciona me-
    R. Karma vem do Sânscrito e significa literal-    lhor. No preparo mental, devemos evitar discus-
mente “ação”, mas com o tempo foi ganhando            sões e brigas, e não falar mal ou julgar os outros.
uma conotação de consequência da ação. Hoje,          É conveniente também meditar, além de fazer as
é aceito que aquilo por que passamos agora é a        orações do dia, procurar manter pensamentos
resultante de um karma passado. No entanto, é         positivos e, ao entrar na sala de cura, evitar pen-
fundamental entendermos o karma, não como             sar na doença (imagine-se em um jardim, com
uma punição, mas como uma oportunidade                plena saúde). A espiritualidade sabe melhor do
para nos religarmos a Deus. Atualmente, você,         que nós o que precisa ser tratado.
Maria Lúcia, vive um contexto de vida necessário          É importante lembrar que a cura é compos-
para o seu caminho à Fonte Divina. A meta final       ta por três partes: a atuação do médico físico,
não é o cumprimento de seus karmas, mas uni-          o trabalho de reforma íntima de cada um e o
camente Deus. Portanto, a lei do karma não é,         tratamento espiritual na sala de cura. O médico
como pensam muitos, algo fixo e inalterável do        trata a doença por meio da medicina tradicional,
tipo “aqui se faz, aqui se paga”. Se você atingir     a reforma íntima trata a origem do desequilíbrio
o Fim sem o cumprimento do karma, o propó-            que causou o problema, e a espiritualidade trata
sito estará cumprido, e o instrumento “karma”         do todo. Se o paciente não se modificar, se não
torna-se-á desnecessário. A prova disso é um          quiser buscar ser uma pessoa melhor a cada dia,
dos ladrões crucificados ao lado de Jesus. De         o problema pode voltar. (Emmanuel Passos)
fato, foi ladrão. Ele mesmo disse “...Roubei e
pequei; mereço estar aqui moribundo... mas,
Este ao meu lado, não fez o mal”. Assim, pela            P. O que significa a palavra dharma?
simples presença do Avatar e pela Compreensão         (Dora Ferreira)
Divina que isso lhe proporcionou, este ladrão
não terá que assumir um karma futuro de ex-               R. Dharma é uma daquelas palavras em
ladrão, vivendo experiências relacionadas a este      Sânscrito com um significado muito amplo. No
contexto. O instrumento tornou-se desneces-           entanto, geralmente é colocado como “aquilo
sário. E, Jesus disse: “Hoje mesmo, você estará       que é o certo”. É fundamental agirmos e pen-
comigo no Reino dos Céus”.                            sarmos baseado no “certo”; afinal, como seria
    Às vezes, grupos, como famílias, países ou        o mundo se matássemos ou se cobiçássemos a
mesmo planetas, têm atitudes em comum, com            mulher ou o marido do próximo, ou se roubás-
um mesmo nível de pensamentos e sentimen-             semos, ou se desrespeitássemos pais e mães?
tos, gerando um karma comum coletivo. Mas,            Até um certo nível de evolução, o cumprimento
o raciocínio é exatamente o mesmo do karma            dos dharmas é bom, mas, após um certo pata-
individual. (Marcelo Patury)                          mar, o próprio dharma pode se tornar um apri-
                                                      sionamento. Ao nos auto-considerarmos dignos
                                                      de iluminação por já ter cumprido com primor
   P. Quais são as recomendações que um               o que é certo, estará então na hora de compre-
paciente deve seguir, ao participar de um             endermos algo mais. Não está nos “certos” a
tratamento espiritual, para que o proces-             libertação, mas unicamente em Deus. O nosso
so de cura possa atingir o melhor resultado           processo de libertação do ego vai muito além
possível? (Ricardo Oliveira)                          do cumprimento dos dharmas. Tanto é que,
                                                      após Moisés que nos trouxe os dharmas, veio
   R. É realmente necessário observarmos al-          Jesus que não desconsiderou os dharmas, mas
gumas recomendações para nos prepararmos              os transcendeu. Desta forma, falou aos mon-
adequadamente e, assim, ajudarmos o nosso             ges: “Vocês estão apenas cumprindo os rituais
processo de tratamento. Quanto à parte física,        e os dharmas, mas são hipócritas porque não
devemos nos alimentar de comidas leves, sem           há Deus em seus corações”. Da mesma forma,
uso de carnes a não ser de peixes, não ingerir        ele caminhava ao lado dos que feriam os dhar-


18 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
mas sociais, como a prostituta e o cobrador de      se sobrepõem à Razão. Há também a obsessão
impostos. Ele não fez o que parecia ser o certo,    externa, causada por entidades desencarnadas
libertando, como Moisés, o povo de seus opres-      ou por larvas (pensamentos, formas) e outras
sores, mas lhes ensinou a libertarem-se em Deus     espécies de influenciação telepática.
diante daquele contexto de opressão. O que se-          Todos nós estamos sujeitos a esses “ata-
ria de Jesus sem Moisés, e vice-versa? Eles têm     ques”. Nossas imperfeições atraem para junto
que ser entendidos como Um. Em nosso nível          de nós Espíritos com idênticas imperfeições, ví-
terreno, como chegaríamos à libertação em           cios e falhas morais, tais como: alcoolismo, ma-
Deus (moksha) sem antes vivermos e transcen-        ledicência, crueldade, sexualismo exarcebado,
dermos os dharmas? (Marcelo Patury)                 etc. O mau uso da mediunidade é uma falha
                                                    que atrai igualmente maus Espíritos. Entretan-
                                                    to, podemos evitar esses “ataques” através da
    P. Quais são os sentimentos que podem           elevação do pensamento, da oração e da vigília
estimular a interferência de obsessores ou          constantes, da prática do Amor incondicional
abrir brechas para eles? (F. Ghestem)               em nosso dia-a-dia.
    R. Nos processos de auto-obsessão, as cau-          Para confirmar o que dissemos acima, obser-
sas podem ser: hipertrofia intelectual ou excesso   vemos o que diz Kardec em O Livro dos Espíritos:
de imaginação, vida contemplativa ou misticis-      “...é preciso fazer o bem no limite de suas for-
mo, esforço introspectivo sistemático, fixações     ças, porque cada um responderá por todo o mal
mentais inalteráveis, etc. O doente constrói para   que resulte do bem que não haja feito.” E ain-
si um mundo mental divergente, povoado de           da absorvamos as sábias palavras de Padre Pio:
ideias fortes ou mórbidas, que se tornam fixas,     “Somente o amor pode superar o que existe em
ou de concepções abstratas ou fantasiosas que       nós de indomável.” (Daisy Elísio)




                                                                                                19
Prece




               Salmo 91


               Q
                        uem habita na morada do Altíssimo, estará sempre
                        sob Sua proteção. Sobre o Eterno declarei: Ele é meu
                        refúgio e minha fortaleza, meu Deus, em Quem de-
               posito toda a minha confiança. Ele te livrará do laço do caça-
               dor traiçoeiro e da peste que assola tenebrosamente. Ele te
               cobrirá com Suas asas e sob elas encontrarás abrigo seguro.
               Não temas o terror que campeia durante a noite, nem a fle-
               cha que busca seu alvo durante o dia, nem a peste que se
               propaga nas trevas, nem tampouco o destruidor que ataca ao
               meio-dia. Ainda que tombem mil ao teu lado e dez mil à tua
               direita, não serás atingido. Somente teus olhos contempla-
               rão e perceberão a retribuição proporcionada aos ímpios. Pois
               disseste: “O Eterno é meu refúgio”, e fizeste tua a morada
               do Altíssimo. Nenhum desastre se abaterá sobre ti e nenhuma
               calamidade se aproximará de tua tenda. Pois Ele encarrega
               Seus anjos de cuidarem de ti e de te protegerem por todos
               os caminhos. Tomar-te-ão nas suas mãos para que não tro-
               pece teu pé em alguma pedra. Poderás pisar sobre o leão e a
               víbora, sobre o filhote do leão e a serpente, sem perigo. “Ele
               se uniu a Mim, portanto o protegerei; mantê-Io-ei a salvo,
               porque Me ama. Quando Me chamar, hei de responder-lhe;
               estarei com ele quando enfrentar atribulações; resgatá-Io-ei e
               farei com que seja honrado. Contemplá-Io-ei com uma longa
               vida e o farei ver Meu poder salvador”, disse o Eterno.




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Editorial: Reequilíbrio espiritual mensal na Casa de Padre Pio

  • 1. Associação Espiritualista Holocêntrica Cultural e Assistencial - Padre Pio de Pietrelcina Rio de Janeiro:: junho/ julho/agosto 2010 :: nº 11 Editorial Luiz Augusto de Queiroz | trabalham em nossa Casa, tendo estudado cada caso, realizam processos curadores também nas estruturas enodoadas de nossa alma. Mas aten- Muitos nos perguntam sobre a natureza e ção ! Esse processo de cura pode ser compa- o alcance do trabalho de reequilíbrio espi- rado a sementes lançadas por eles, que devem encontrar em nós terra fértil e pronta a receber ritual realizado em nossa Casa, aberto ao a semente que realiza o tratamento interno e público, mensalmente. fazê-la germinar e crescer, alcançando a cura verdadeira e definitiva. O nome foi escolhido por nós para caracte- Normalmente, há o alívio imediato decorren- rizar o objetivo principal dessa atividade te da retirada de energias de baixo padrão que espiritual. Muitos o conhecem como Anti- estão em cada pessoa, seja por magia negra ou Goécia (Goécia é magia negra em grego). Temos por outras razões, como obsessões ou acopla- preferido o nome REM - Reequilíbrio Espiritual mento de energias decorrentes de inveja, ma- Mensal, porque o trabalho não se restringe a des- gia mental, etc. Entretanto, o mais importante fazer processos de magia negra. Nossos amigos é prosseguir fazendo com que as sementes re- espirituais analisam o caso específico de cada uma cebidas germinem e cresçam lá no íntimo, para das pessoas presentes ou das que têm seus no- então atingir a cura definitiva do processo de mes escritos nos papéis de irradiação. Feita esta desequilíbrio, seja ele expresso na vida da forma análise em processos que ainda escapam à nossa que for: doenças físicas, mentais, emocionais, compreensão mais ampla, eles atuam não só no perdas financeiras, relacionamentos difíceis. “desfazimento” de trabalhos de magia negra, de Fica claro, então, que cabe a cada pessoa afastamento de energias negativas ou de espíritos que buscar o auxílio espiritual no trabalho de que porventura acompanhem os irmãos a serem reequilíbrio da Casa de Padre Pio, ter a consci- atendidos. Isso será sempre a mesma coisa que ência de que é necessário que cada um faça a tratar uma doença física com “sintomáticos”, sem sua parte. E a parte a ser feita por nós encar- atuar na causa ou nas causas mais profundas. nados, que buscamos auxílio, é ORAR, TER FÉ, Na espiritualidade do século XXI, não cabe PERSEVERAR a cada dia, para implantar em mais a visão simplória de que o mal vem de fora nós as sementes de não julgamento, de perdão, de nós apenas ! Mesmo um trabalho de magia de amor e de compartilhar com o próximo o negra só encontra campo para causar estragos, que desejamos para nós. Quando elas nascem onde suas energias possam se ancorar. E elas só e crescem, nossos amigos espirituais encontram se ancoram em nossas fragilidades, ou seja, nos campo aberto para atuar profundamente, des- pontos de desequilíbrio do nosso ser, que são fazer trabalhos de magia negra e situações de as características do ego: o orgulho, as críticas desequilíbrio que causam todo o tipo de mal, e os julgamentos; o medo, a ganância, a ava- cuja origem às vezes remonta a séculos atrás. reza, o querer receber só para si próprio, com Cabe ressaltar que não é privilégio da Casa indiferença ao próximo; a rejeição, a intolerân- de Padre Pio veicular esse tipo de trabalho, mas cia, o preconceito, a inveja e o rancor. Esses são aqui o realizamos dentro dessas premissas e da os pontos de ancoragem, os apoios cultivados maior delas: O AMOR. Graças ao Altíssimo, e usados pelas criaturas humanas ao longo da temos visto que funciona. PP estrada evolutiva, com a origem quase sempre há muitas reencarnações atrás. NOTA: As sessões de Reequilíbrio Espiritual Men- sal da Casa de Padre Pio acontecem em geral na pri- Desse modo, o trabalho de reequilíbrio, além meira sexta-feira de cada mês. Elas são abertas ao de afastar as forças externas que nos atingem, público que deve chegar à Casa entre 17h30 e 18h00, busca também, e esse é o principal objetivo, agir devidamente preparado e usando roupas claras. lá no mais íntimo de cada um. Os espíritos que 1
  • 2. Índice Editorial ................................................................ 01 Grupos da Casa de Padre Pio Sabedoria dos Grandes Mestres Sala de Passes ......................................................... 12 Shimon Bar Yochai .................................................. 03 Não Percam! Conversando com você Nosso Lar, o Filme ................................................... 13 Os Perigos que nos Cercam..................................... 04 Portal da Gratidão Bhagavad-Gita, canção divina A Percepção da Graça ............................................. 14 Depoimentos dos alunos ........................................... 05 Poesia, linguagem da alma Mediunidade e espiritualidade Elevação ................................................................. 15 Ectoplasma ............................................................. 06 Coluna Livre Astrologia e Autoconhecimento Medos .................................................................... 16 Virgem.................................................................... 07 Cruzadas do Bem ................................................. 17 Aconteceu Dúvidas e Questões Festa Junina e Confraria Social ................................ 08 Perguntas dos leitores ............................................. 18 Reflexão Prece...................................................................... 20 Missão, Vaidade e Responsabilidade........................ 10 Retiro Espiritual Mendes .................................................................. 11 EXPEDIENTE Essência da Luz é uma publicação da Associação Espiritualista Holocêntrica Cultural e Assistencial - Padre Pio Pietrelcina CNPJ 04.772.688/0001-89 | Periodicidade bimestral | Distribuição interna e gratuita | Tiragem 500 exemplares Rua Assunção, 297 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJ - Brasil CEP 22251-030 Telefone: 2286-7760 Site: www.padrepio.org.br | Blog: www.casadepadrepio.blogspot.com E-mail: contato@padrepio.org.br / essenciadaluz@globo.com Presidente da Casa: Lucia Pires Vice-presidente da Casa: Luiz Augusto de Queiroz Coordenação: Rosa Carmen Sá de Alverga Projeto gráfico e diagramação: Bruno Chefer e Raquel Reis Revisão Editorial: Daisy Elísio Apoio: Marcello Braga AS INFORMAÇÕES FORNECIDAS NOS ARTIGOS, ASSIM COMO REFERÊNCIAS, SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS AUTORES. 2 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 3. Sabedoria dos Grandes Mestres SHIMON BAR YOCHAI Um pouco da sua história... S himon Bar Yochai foi um rabino e caba- lista hebreu do século II d.C.. Um dos mais consagrados discíplulos de Akiba, Shimon desenvolveu um forte sentimento anti-romano ao ver seu mestre ser executado por Adriano. Isto fez com que ele fosse per- seguido e condenado à morte. Tendo conse- guido escapar, refugiou-se com seu filho du- rante treze anos em uma caverna da Galileia, dedicando-se completamente ao estudo da Torá. Certamente, Rabi Shimon já havia sido exposto aos ensinamentos místicos judaicos. Mas, enquanto estava na caverna, conta a lenda que ele foi visitado pelo profeta Elias que lhe revelou o Zohar. Ao abandonar seu esconderijo, viveu em várias cidades da Ga- lileia, onde adquiriu reputação de taumatur- go. Rabi Shimon Bar Yochai tornou-se o mais ilustre condutor da Torá de sua geração. Foi o primeiro a conduzir a questão relativa à alma, na dimensão mística da Torá, elucidada como Cabala. Durante as horas que antecederam seu falecimento, em Lag Baômer, ele revelou os segredos mais sublimes da Torá, para asse- gurar que este dia seria sempre uma ocasião a chave para desvendar os maiores e mais pro- de grande júbilo, intocado pela tristeza por cau- fundos segredos da existência e do universo. sa do período de Ômer e luto por ele. Rabi Shimon era um daqueles seres perten- centes a um plano espiritual tão elevado que, “Descobrir o Zohar significa des- entre os que estudam a sua obra, são poucos os que conseguem assimilar parte de seus ensi- cobrir o nosso mundo interior e o namentos. Não obstante, mesmo com apenas nosso potencial ilimitado.” um pouco desse conhecimento, constroem-se montanhas de sabedoria. Em suma, descobrir o Zohar significa descobrir o nosso mundo in- Livro fechado terior e o nosso potencial ilimitado. O Sefer ha’Zohar é um livro fechado e as chaves para a sua compreensão permanecem Um grande ensinamento... em mãos de um número reduzido de sábios. Qual foi o ingrediente mágico que permitiu Esta obra, cujos textos são escritos em hebraico a Rav Shimon Bar Yochai revelar os segredos do ou em aramaico antigo, pode ser comparada a universo contidos no Zohar? Genialidade? Sabe- um sistema codificado, de extrema complexi- doria? Ambição? A resposta é amor e união. Foi dade, que esconde tesouros inestimáveis. Mui- o amor entre seus alunos que abriu os portões tas das passagens do Zohar são compostas por divinos, permitindo a revelação da sabedoria. De combinações de alusões fragmentadas, que forma mais específica, foi o fato de eles ama- somente podem ser conectadas por associa- rem a parte negativa um do outro. Como sabe- ções secretas. Mas, na realidade, as conexões mos, é fácil gostar de alguém que faz tudo que existem e são bastante claras para aqueles que queremos, mas não é tão fácil gostar de quem entendem seu simbolismo e significado. Um sá- nos incomoda. Se quisermos mesmo ver as coi- bio familiarizado com os segredos místicos da sas mudarem neste planeta, temos que investir Torá entende perfeitamente seu conteúdo, seu grande esforço em oferecer bondade e dignida- estilo e sua estrutura aparentemente ilógica. Se de a todos. Coloque o foco de sua atenção em para os não iniciados muitos de seus ensina- uma pessoa que você não suporta e veja o que mentos carecem de significado, estes mesmos você pode fazer para derreter o gelo em torno preceitos são, para os que podem decifrá-los, do seu coração. É aí que a magia começa... PP 3
  • 4. Conversando com você Os perigos que nos cercam Beth Dias e julgamen- tos. Reini- A tentação é grande. A solidão pesa. Esca- ciamos um pamos para os “ismos” e procuramos um gru- ciclo do qual po que nos acalente o coração e nos dê paz à quisemos suposta angústia da solidão. Entramos, com a sair ante- melhor das intenções. Encontramos amizade, riormente, acolhimento, amor e compartilhamento de e excluire- ideias. Ufa ! Que alívio ! Não mais seremos cha- mos daque- mados de malucos ! Poder falar à vontade sobre le grupo os os temas que todos fingem ignorar ou assumem que não entre quatro paredes, sermos nós mesmos, com mais se en- todas as nossas ideias e um coração que clama caixam. pelo exercício do que lhe é natural, tudo isso é E as histórias se repetem muito saudável. Mesmo assim, ainda estamos pelo mundo... num espaço restrito, mas felizes por termos este É isso mesmo ! A solidão volta a doer. Dói, quinhão de paz. porque nos faz ver que não somos folhas de Uma luz amarela acende ! É preciso ter uma uma mesma árvore, mas árvore de uma mesma ordem, pois onde muitos se reúnem, desenten- floresta. Temos nossa própria função, nosso pró- dimentos ocorrem e a desarmonia pode se ins- prio pensar, nossa responsabilidade que pode talar. Também há o perigo da livre interpretação afetar positivamente, ou não, a floresta. Esco- do que é dito nas palestras, cursos, sermões, ou lhas são feitas e há um preço a ser pago. Não o que quer que seja. devemos ver isto de forma negativa, e sim po- Segundo sinal amarelo: será que vamos aos sitiva. Pois pensando bem, depois de todo este poucos perdendo nosso próprio pensar ? Onde processo, achamos o nosso templo que é em foi parar nossa capacidade de deixar falar o co- nosso coração. Continuaremos a compartilhar, a ração ? ter amor por nossos companheiros, a estar aten- Terceiro sinal amarelo: há um conflito no ar tos a todas as lições diárias, mas firmes sobre os ! Nossas crenças, que até então nos mantinham nossos pés. E o lugar não mais será importante, unidos, foram questionadas ! E surge a preocu- pois é conosco, no nosso interior mais profundo pação de regularizar, para que nossas descober- que carregamos esta luz que nunca nos deixará. tas não saiam daquele espaço e não se “desvir- Muita Paz e Alegria a todos! PP tuem”. E, de novo, caímos num mundo de críticas 4 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 5. Bhagavad-Gita, canção divina Depoimentos dos Alunos Marcelo Patury N a edição passada do “Essên- cia da Luz”, foram publica- dos depoimentos de alguns dos alunos da turma da Bhagavad- Gita, nos quais eles relatam como esses ensinamentos têm transfor- mado as suas vidas. Nesta edição, continuamos com mais alguns de- poimentos. Esperamos você também nesta turma, às quartas-feiras, de 19h30 às 21h00. Basta chegar e sentar-se. Maria Margarida: Procurei estudar o Bhagavad- Gita, porque sou instrutora de Yoga e esta Obra contempla os primeiros ensinamentos acerca desta Ciência milenar. Tive a felicidade de receber do Universo, como primeiro Mestre, Marcelo Patury. O valor do seu trabalho está em fazer uma leitu- alcançar. Analisar o comportamento dos ou- ra do Gita perfeitamente aplicável aos nossos tros pautado no meu certamente é um erro, tempos, nos mostrando o valor atemporal e e eu o fazia muito mais do que pensava fazer. transcendental da Obra. Dessa forma, me tornava um crítico severo e Na minha opinião, de tudo o que aprendi, impaciente. o que me tem sido mais valioso é o aspecto do Participo do grupo da Gita há 7 meses, e desapego. Por meio das leituras, das instru- com certeza o meu maior ganho foi a paz. ções e reflexões, vamos trilhando e fortalecen- Atualmente, me sinto em paz comigo mesmo, do a nossa aspiração, para que, desse modo, aplicando os ensinamentos de Krishna em mi- possamos alcançar a nossa essência, que é nha vida. Sinto que participo e curto muito apenas de luz e de paz. mais todos os meus momentos, sabendo que não tenho o controle de tudo que está à mi- nha volta. Marinez Hong Koim: Eu não estava à procura de uma religião, O maior aprendizado para mim tem sido o mas sabia que faltava alguma “coisa”; e essa de confiar no Supremo e de entregar a Ele a “coisa” está sendo preenchida pela Bhagavad- decisão sobre o resultado. Isso tem eliminado Gita. Bem, eu estou gostando muito mesmo ! ansiedade e angústia e trazido uma paz em meu coração nunca sentida antes. E o mais curioso: tudo o que desejava com ansiedade Adriana Saavedra: e controle não acontecia ou vinha através de Há quase um ano, faço parte do grupo. um esforço muito grande; agora, as graças re- Mesmo com uma dedicação mínima, sinto cebidas têm sido imensas e inesperadas. uma melhora enorme no meu bem-estar. So- mente indo aos encontros, ouvindo, repen- sando e praticando os conceitos, hoje me Paulo Maurício: tornei capaz de vivenciar a paz e a felicidade Eu, que me achava um “monte de coisas”, verdadeiras, mesmo em uma sociedade tão hoje percebo claramente que a imagem que conflituosa como a nossa. Espero continuar tinha de mim estava distorcida. Os estudos da aprendendo e evoluindo cada vez mais com o Bhagavad-Gita, às quartas-feiras, me mostra- estudo do Bhagavad-Gita. PP ram o quanto eu queria controlar e como que a maioria das minhas ações estava compro- (Continua no próximo número) metida com os resultados do que eu desejava 5
  • 6. Mediunidade e Espiritualidade Ectoplasma Nelson Soares N o mundo das manifestações espirituais, vários fatos e fenômenos compõem um vasto conjunto de provas da existência de uma realidade espiritual e mostram como essas energias conscientes entram em contato com o mundo físico. Uma das mais impressio- nantes manifestações é a formação do ecto- plasma. As ideias apresentadas nos trabalhos de diversos estudiosos levaram à aceitação de que o ectoplasma é gerado mediante uma no- tável interação entre os diversos planos físicos sendo e espirituais, durante a qual as vibrações etéri- extremamente sensível, anima- cas acumulariam matéria das pessoas envolvidas do de princípios criativos, que funcionam como nas manifestações e reproduziriam as intenções condutores de eletricidade e magnetismo, mas do espírito manifestado de uma forma consis- que se subordinam, invariavelmente, à vontade tente e material. do médium, que os exterioriza, ou dos espíritos Os estudiosos concluíram que existe um nú- desencarnados, que sintonizam com a mente mero reduzido de pessoas, capazes de produzir mediúnica. O ectoplasma seria substância ori- casos autênticos de ectoplasmia, mesmo sem ginária no protoplasma das usinas celulares. O ter de recorrer a ritos específicos ou de realizar ectoplasma, doado pelo médium depois da mol- dagem pelo processo de condensação, voltará à sua fonte por mecanismo inverso. “As ideias apresentadas nos trabalhos Lembramos aqui alguns pesquisadores: Al- de diversos estudiosos levaram à acei- bert Coste em 1895; Alexandre Aksakof em 1895; Paul Gibier em 1898; Williams Crookes tação de que o ectoplasma é gerado em 1899 e 1923; Gabriel Delanne em 1909 e mediante uma notável interação entre 1911, entre outros. Os autores são categóricos em afirmar a inconteste existência dessa mecâ- os diversos planos físicos e espirituais” nica, onde dois elementos entram, indiscutivel- mente, no processo - o ectoplasma e o agente sessões espíritas. Acredita-se que os médiuns orientador - para que a moldagem se observe. aproveitam as energias etéricas, magnéticas De um lado, a matéria ectoplásmica, fugaz e do seu envolvimento com o mundo espiritual, vaporosa; do outro, o campo organizador da somadas às vibrações emanadas das pessoas forma (campo espiritual), à custa do qual o ec- presentes ao experimento, produzindo assim as toplasma se distribui em adequada moldagem. energias e condições necessárias para a mani- O ectoplasma foi analisado por vários pesquisa- festação. A manifestação de ectoplasma causa dores dos quais destacamos as seguintes con- esgotamento físico nos médiuns; eles podem, clusões: inclusive, perder peso durante os trabalhos, pois Dr. V. Dombrowsky (Varsóvia) - “O ecto- cedem parte de sua “energia vital”, para produ- plasma está constituído de matéria albuminói- zir e enriquecer a materialização do perispírito. de, acompanhado de gordura e de células ti- O ectoplasma (do grego ektos – por fora, e picamente orgânicas. Não foram encontrados plasma – de forma modelar) é substância amor- amiláceos e açúcares”. fa, vaporosa, com tendência a solidificação pela Dr. Frances (Munich) - “Substância consti- evolução do fenômeno, tomando forma por in- tuída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e fluência de um campo organizador específico à glóbulos de gordura”. mente dos encarnados e desencarnados. Facil- Dr. Albert Scherenk-Notzing, citado por mente fotografado, de cor branca acinzentada, Charles Richet - “O ectoplasma está constituído vai desde a névoa transparente à forma tangível; por restos de tecido epitelial e gorduras”. de aspecto semelhante aos tecidos vivos, ofere- Dr. Hernani G. Andrade - “O ectoplasma é cendo sensação de viscosidade e frieza, o ecto- substância formada com recursos da natureza, plasma está situado entre a matéria densa e a originando-se dos tecidos vegetais (ectofiloplas- matéria perispirítica (duplo etéreo). Ele pode ser ma) e de origem animal (ectozooplasma) e de comparado à genuína massa protoplasmática, origem mineral (ectomineroplasma)”. PP 6 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 7. Astrologia e Autoconhecimento O signo de Virgem Rosa Carmen Sá de Alverga um “não” quando são solicitados. Preocupam-se com a sua saúde e a dos outros. Seguem uma ro- E ste ano, o Sol entra em Virgem por volta tina de vida criativa que não lhes enfada nem lhes das 2h30 do dia 23 de Agosto. No he- causa estresse, pois sentem prazer em todas as misfério norte, onde a astrologia baseou tarefas do dia-a-dia. Cuidam-se bem, procuram seus estudos, o verão encaminha-se para o seu ter boa alimentação, cultivam uma boa saúde. final. Neste momento, os frutos encontram-se Para eles, tudo precisa ser melhorado, aperfeiço- prontos para serem colhidos e servidos a todos os ado. Nessa busca da perfeição, sentem dificulda- seres vivos da Terra, trazendo-lhes a saciedade e de em aceitar os seus erros e os dos outros. as substâncias necessárias para mantê-los vivos e Vivida de forma negativa, a energia de Vir- saudáveis. Este signo é representado por uma vir- gem pode provocar uma baixa auto-estima, pois gem segurando um ramo de trigo ou uma espiga, o excesso de exigência consigo mesmo e com que representam o trabalho árduo do plantio e da os outros faz com que a pessoa nunca esteja sa- colheita, que se repete todos os anos. Isto remete tisfeita, aumentando a sua frustração diante de ao mito grego de Deméter (Ceres para os roma- qualquer engano ou erro ou quando não se sente nos), a deusa da agricultura, e Perséfone, a filha prestigiada. Deprecia-se, fica tímida e desanima- que ela teve com Júpiter. Perséfone ou Core foi da, sente medo de ser notada. Pode tornar-se um raptada por Plutão (senhor do mundo subterrâneo trabalhador compulsivo, nervoso, crítico e julga- ou mundo das trevas). Desesperada pela perda da dor em excesso. Tem tendência à hipocondria, filha, Deméter abandonou sua posição de deusa sai tomando toda sorte de remédios e fica com do Olimpo e afirmou que não permitiria que a mania de limpeza ou, ao contrário, torna-se des- vegetação crescesse nem voltaria ao convívio dos leixada e tem pouca higiene. Pode sentir-se vítima imortais enquanto sua filha não lhe fosse entregue e explorada pelos outros. Vive com desorganiza- de volta. Como a ordem do mundo estivesse em ção, ociosidade, preguiça, superficialidade e falta perigo, Zeus (Júpiter) pediu a Plutão que devolves- de cuidados com a saúde. se Perséfone. Assim, chegou-se a um consenso: Mesmo agindo de forma prática e objetiva, o daí em diante, a deusa filha passaria seis meses bom virginiano, em sua busca da perfeição, um com o companheiro e seis meses com a mãe. A atributo celeste, torna-se alguém que desenvol- Terra cobriu-se instantaneamente de verde. ve uma elevadíssima procura interior e espiritual. Virgem faz parte da tríade do elemento Terra Como signo oposto a Peixes e, ao mesmo tempo, (Touro, Virgem e Capricórnio); na mandala zo- sendo o último signo que se encontra abaixo da li- diacal, rege a casa 6 (trabalho, hábitos e saúde). nha do Ascendente, no meio da jornada zodiacal, Como um signo de Terra, traz praticidade aos que depois de Virgem iniciamos uma escalada maior, nasceram sob a sua égide e facilita para que se- mais intensa, na nossa busca pelo divino, na nos- jam bem resolvidos no campo material. Virgem é sa jornada para a iluminação. Estamos agora em regido por Mercúrio, assim como o signo de Gê- época de colheita! Todas as sementes que plan- meos, porém, um Mercúrio mais maduro, mais tamos nos últimos meses estão espalhando seus sério, mais exigente. As pessoas nascidas com o frutos em nossas vidas. É um momento de ser- sol neste signo costumam ser bons trabalhadores mos receptivos e prestativos, de aprendermos a e esperam o reconhecimento disso. Dão impor- aceitar os outros como são sem muita crítica, sem tância ao cumprimento do dever, com dedicação grandes exigências, de valorizarmos e agradecer- integral; o trabalho para elas é sagrado, é um ide- mos a Deus por cada instante e cada experiência al de vida. Ao invés de vê-lo como um sacrifício, do nosso dia-a-dia, de abrirmos nossos corações vêem nele um sacro-ofício (um ofício sagrado). e permitirmos que nossos corpos e nossos espí- Eficientes, podem ser especialistas em várias ca- ritos sejam alimentados por todas as bênçãos e tegorias de trabalho, principalmente como médi- riquezas nascidas da nossa Mãe-Terra. Um mo- cos, enfermeiros ou outros profissionais da área mento de depuração e busca de aperfeiçoamen- da saúde, mas também professores ou matemá- to, de aprendermos a dar, receber e agradecer! ticos, pois são detalhistas e precisos. Quando pensamos o que seria um estado de TRABALHO - APRIMORAMENTO - EFICIÊNCIA - disponibilidade, podemos pensar na atitude de UTILIDADE - SAÚDE - ACEITAÇÃO - BUSCA DA alguém vivendo positivamente a energia virginia- PERFEIÇÃO E DE CONFIANÇA EM SI MESMO - na. Portanto, são muito prestativos, possuem em INTERESSE PELA ECOLOGIA sua natureza o princípio da boa vontade e, por isso, podem ser às vezes exigidos demais pelos Muita alegria, paz e amor para todos! PP que lhes são próximos e têm dificuldade de dizer 7
  • 8. Aconteceu Santo de casa faz milag re ! N o mês de junho pas sado, dois eventos ani Casa de Padre Pio: maram a família e os a já tradicional Festa amigos da dim Botânico, e o jan Junina, no Clube Mi tar da Confraria Socia litar do Jar- Casa Faz Milagre !” l, que teve por título (escolhido pelo Maiko), “Santo de Estes eventos são especiais no restaurante Botequim , fazem parte do nosso cal , em Botafogo. alegria e oportunidade de endário e têm como objeti confraternização para tod vo, além de trazer Casa de Padre Pio. Eles são os, ainda poder captar rec sempre promovidos e org ursos para ajudar a se, Maiko Pedroso, Ad anizados pelo pessoal da elaide Hortencia, Fátim AÇÃO SOCIAL, leia- Braga, Mila Dias, Sand a Braga, Regina Dias, Mi ra Gullino e vários outro rian Valente, Flávia As fotos apresentadas aqu s colaboradores e voluntár i são uma prova do clim ios da Casa. encontros festivos, alegre a Alto Astral que predomin s e fraternos. ou nesses dois 8 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 9. PP C o nf ra ri a Soci a l 9
  • 10. Reflexão Missão, Vaidade e Responsabilidade “Cada um cumpre o destino mais, e alguns menos. Mes- que lhe cumpre, mo conhe- E deseja o destino que deseja cendo várias teorias de Nem cumpre o que deseja, como viver Nem deseja o que cumpre... as melhores virtudes, na Que a sorte nos fez postos prática, so- Onde houvemos de sê-lo mos todos fracos e dese- Cumpramos o que somos jamos demais sermos apreciados, coisa que acha- Nada mais nos é dado...” mos ter muito a ver com sermos amados e que, na realidade, pouco tem a ver com amor, pelo (Fernando Pessoa) contrário. A admiração alheia muitas vezes vem com uma pontinha de despeito; é tolice imagi- nar que venha sempre acompanhada de afeto. Rosa Carmen Sá de Alverga Não deveria ser motivo de vaidade, mas nosso E sse poema, do nobre poeta lusitano, nos ego não resiste e nos iludimos diante de elogios lembra algo que está sempre em pauta, seja e aplausos. na Casa de Padre Pio ou pelo mundo afora. O problema é complexo: já conheci pessoas Muito se fala de cumprirmos uma missão nes- cheias de angústia e de dúvidas diante do su- sa vida. Muitas pessoas, principalmente as espiri- cesso e já ouvi outras dizerem que, no caso de tualizadas, crêem estar encarnadas, aqui em nos- alguém sentir-se orgulhoso do que faz, deveria so planeta, para realizar alguma tarefa necessária praticamente renunciar ao seu papel e recolher- ao seu desenvolvimento espiritual. Entretanto, há se à sua insignificância, para fugir da soberba, muitas outras que, mesmo sem estar preocupa- que pode criar novos carmas e prejudicar sua das com o destino do espírito, acham-se, ou mais evolução. Essa é uma situação difícil de se en- que isso, desejam, sentir-se participantes espe- carar com confiança e pode trazer muita insegu- ciais dessa nossa epopeia humana na Terra. Nos rança, medos e sentimentos de culpa, deixando dois casos, estamos buscando um motivo que dê um gosto amargo em cada conquista. sentido à nossa existência, percebendo que, sem A questão maior que coloco refere-se ao ele, cairíamos no vazio do acaso. que seria mais prejudicial em nossa trajetória No entanto, a consciência de não estarmos terrestre: vivenciarmos algum orgulho e uma aqui por acaso e de que nossa história possui um tola vaidade que não causem desrespeito e me- roteiro que possa ter sido escrito por uma força nosprezo por nossos semelhantes, ou renun- maior, invisível e divina, pode nos deixar vaidosos ciarmos à nossa missão nessa vida, missão da e orgulhosos diante de nossa missão. Nos damos qual, provavelmente, já somos devedores e que conta de que, embora construída por nós mes- precisa ser realizada? Para quem acredita em vá- mos, em vidas que se sucedem num processo in- rias vidas e em tarefas a serem cumpridas, se findável de evolução e purificação, essa história não conseguirmos alcançar a humildade e nem tem origem sagrada. E se nossos feitos nos trans- realizarmos os desígnios do alto, vamos conti- formarem em alguém realmente diferenciado no nuar em dívida. Qual seria, diante desse dilema, mundo em que vivemos, numa pessoa fora do a nossa maior responsabilidade? Sermos o que comum, carismática, poderosa (no bom sentido), viemos ser nesse momento da vida, mesmo sem que atraia para si a atenção e a admiração das conseguir vencer a tirania do ego, com ou sem outras? É aí que entra o perigo de exacerbarmos vaidade, ou permitirmos que nossas fraquezas o orgulho e a vaidade. Qual seria, então, a saída? humanas paralisem o fluxo energético do nosso Ora, pensamos logo: precisamos e devemos evitar destino no planeta Terra? esses sentimentos prejudiciais ao nosso trabalho Alguém possui uma resposta para essa ques- espiritual. Parece fácil, mas sabemos que não é. tão crucial? Ou a resposta já se encontra no po- Não aprendemos ainda como ser, humildemen- ema citado no início: “Cumpramos o que so- te, um excelente profissional, um líder, um mes- mos, nada mais nos é dado...” tre, um médium, um artista, um Guru e outros Que o Espírito Santo nos inspire. Luz e amor. PP 10 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 11. Retiro Mendes - maio de 2010 N o último mês de maio, realizamos nosso terceiro Re- tiro Espiritual em Mendes, dessa vez com o tema N SOU EGO OU EU SOU. Tudo aconteceu sob a inspi- ós levamos para ração e orientação do nosso irmão Luiz Augusto. Mendes um traba lho com o eleme - O início foi na noite de sexta-feira. Éramos cerca de 120 pes- nto fogo dentro tradições nativas. das soas, e muitos participantes estavam lá pela primeira vez. O cli- fogo significa, de Nessas tradições, ntre outras coisa o ma de fraternidade e alegria permeou todo o encontro, que teve cação e transmu s, purifi- trabalhos em grupos sobre o tema proposto e apresentações dos tação. O fogo se com o sagrado, ma relaciona mesmos, além de sessões de meditação e orações. is do que isso, ele liza o próprio sagr simbo- No sábado, houve um profundo mergulho interior na busca ado. Esse trabalho tro de descobrirmos os mecanismos sutis do ego que nos impedem uxe para o grupo mentos incríveis mo- de conviver harmoniosamente conosco mesmo e com o nosso de transcendência gia, uma sensaç e ma- próximo. Fomos acompanhados em vários momentos por lin- ão de estarmos conexão com o div vivendo a das músicas e cantos, por parte do Maurício Duboc e, também, ino num clima de e simplicidade, pr pureza com a participações de Sylvia Becker, Carlos Soares, Claudia Luz ovocando sentim alegria e encantam entos de e Claudia Leontsinis. ento. Houve um instan Nessa noite, tivemos ainda a belíssima apresentação teatral te, diante da fogu em que foi possí eira, de nossa irmã Gabriela Linhares que, em um texto inspiradíssi- vel perceber todo ticipantes dançan s os par- mo, representou Joana D’arc, revelando-nos o encontro da santa do e cantando co só corpo, um gran mo um heroína com a sua essência, que era puro amor, na medida em de coração pulsa nossa mãe terra. ndo em que ia despindo-se das máscaras do ego, que a ocultavam. Em Foi como viverm conjunto, um proc os, em seguida, acendemos a fogueira para os trabalhos xamânicos e, esso de renascimen dia sentir-se o Am to. Po- ao final destes, tivemos o “momento umbanda”, junto às águas. or na Unidade. Ao do fogo, éramos redor O encerramento, no domingo, trouxe-nos a mensagem de todos Um ! (Jeronimo, Valer Eurípedes Barsanulfo, chamando-nos a atenção para quais fer- ia Aigotti, Paul Be rnard) ramentas estamos utilizando em nosso dia-a-dia, ao conviver com o nosso próximo: ferramentas de união ou ferramentas de separação? Encontros como esse nos auxiliam a compreender e a ex- perimentar, na prática, o espírito da Casa de Padre Pio: Uma escola de como viver em Deus! Os sentimentos de alegria, con- fiança, amor e fraternidade auxiliam-nos a superar as barreiras das diferenças, na busca da unidade apesar da diversidade. A conclusão é sempre a mesma: o caminho é o amor! Sentido e vivenciado. Porque amar, se aprende amando... (Danielle Monjardim) Joana Joana Não sei Explicar... de Carvalhos, Não sei Explicar... O Palco virou Bosque ação oincidências”, E o Teatro Portal de um Ritual de Libert Uma Sucessão de “C Ma gia e Encanto do Enc ontro? Voz e Pensament os, Como Elucidar tanta ado, seu Cham Visita, Anjo e Sonhos Ainda Sinto a Força de de Amor e Queima o Ego” o no Peito a Abrasar “Eu Sou a Chama qu Como um Grito de Fog Joana Joana explicar... Não sei Explicar... Realmente Eu não sei ueira e a Atriz, Mas sei Sen tir! Uma Santa, uma Fog Alquimia da Alma do Elixir da vida Provar um Segundo Sou Grata Joana. A Druideusa me fez Eterna (Gabriela Linhares) 11
  • 12. Grupos da Casa de Padre Pio Passe: doação de alma para alma Mauro Affonso mo e seu Proceder Moral se coadunam com a Doutrina É fato absolutamente indis- Espírita. cutível a importância que Mesmo sendo o passe tem sido (e será sempre uma das circunstâncias medi- muito grande) do passe na Casa únicas mais comuns nas Insti- Espírita. tuições Espíritas, é preciso re- O passe é um dispositivo conhecer, tanto pelo estudo terapêutico de assistência espi- quanto pela vivência, quais ritual de técnicas, em geral, tão são seus verdadeiros obje- simples que levantam-se dúvidas tivos. Afinal, se fazer é uma sobre a validade ou não de tal obrigação, terapia espírita. saber fazer é O passe, suas técnicas e seu um dever; e conhecimento remontam fazê-lo corre- à mais longínqua anti- tamente no guidade. Tanto no Anti- tempo, no go Testamento quanto no momento Novo Testamento, há inú- e no lugar meras citações sobre o uso certos, é do magnetismo. buscar a A Doutrina Espírita ape- perfeição. nas estuda o magnetismo É pre- e suas aplicações; estuda e ciso apli- continuará estudando suas car e usar causas e efeitos, tendo che- o passe como quem lida com gado a grandes conclusões, uma “coisa santa”, tratando-o e recebendo-o notadamente no que diz res- peito ao seu de “maneira religiosa, sagrada”, a fim de que uso para o bem dos Espíritos, tanto encarnados seus reais objetivos, de cura material e, sobre- quanto desencarnados, dando-lhes emprego sé- tudo, psico-espiritual, sejam atingidos em sua rio e útil e incentivando sua prática dentro dos plenitude, holisticamente. A faculdade de curar princípios cristãos e nos limites da pureza dou- através do passe deriva de uma força excepcio- nal de expansão, mas diversas causas concorrem O passe, suas técnicas e seu para documentá-la, principalmente a pureza dos conhecimento remontam à mais sentimentos, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio, a prece longínqua antiguidade. Tanto no fervorosa e a confiança em Deus, ou seja, em Antigo Testamento quanto no Novo uma palavra: todas as qualidades morais. O Passista deve ser consciente de que tem Testamento, há inúmeras citações no passe uma oportunidade sagrada de praticar sobre o uso do magnetismo. a caridade sem mesclas, desde que imbuído do verdadeiro espírito cristão, sem falar na bênção de poder estar em companhia de bons Espíritos trinária espírita, lembrando aos seus praticantes que, com carinho, amor, compreensão e humil- como fez o Cristo: “Dai de graça o que de graça dade, se utilizam das ainda limitadas potenciali- recebestes”. Só será, verdadeiramente, um pas- dades energéticas do passista, em benefício do sista espírita aquele cujas técnicas de magnetis- próximo e dele mesmo. PP 12 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 13. Não Percam Nosso lar, o filme Wagner de Assis Coisas do ser humano - quan- do estamos às vésperas de al- gum momento importante de nossas vidas, tendemos a lem- brar o caminho percorrido, as dificuldades encontradas, as pequenas vitórias do dia-a-dia. Por esses dias, quando a data 3 de setembro se aproxima verti- ginosamente, não fujo à regra, e minha mente se torna, ela própria, tela de cine- ma que rememora os eventos que fize- ram com que chegasse nesses dias. I ncrível é que as primeiras “cenas” que apare- cem não são em função do próprio filme. Mas anos antes, talvez pudesse ajudar. do livro. Quando li Nosso Lar pela primeira O coração se encheu de esperança. Bem, vez, presente de minha mãe, meados dos anos quando o coração fala, a gente tem que ouvir, 80, confesso que não pensei que “esse livro da- não é verdade? ria um filme”. Mas minhas impressões ficaram E lá estamos eu e o Renato Prieto sentados muito marcadas por atributos fundamentais do na coxia do teatro Vannucci. Meses depois, a livro - o novo paradigma de vida que ele apre- cessão dos direitos. Um dia, li numa revista a sentava, os conceitos modernos de cuidados história de um médico que tinha visto seu pai com a vida, a possibilidade de estarmos sempre dois anos após o desencarne. Pensei, talvez ele prontos a recomeçar, onde quer que fosse. possa me ajudar. Tinham sido tantas portas ba- Minhas lembranças dão um pulo de quase tidas até então, nada demais se fosse mais uma. 10 anos. Pelo meio da década de 90, quando Se fosse um clipe, essa sequência seria a mesma meus anseios literários morriam e renasciam sob imagem repetida em diferentes portas. Entrei e a forma de roteiros audiovisuais, e eu estudava pedi ajuda. Os olhos do Luiz estavam marejados. técnicas e formas, resolvi fazer um “exercício” e Logo depois, muito prazer Padre Pio! fiz uma adaptação totalmente livre do livro para Com o passar do tempo, fui encontrando um suposto filme ou especial de televisão. Guar- mais um monte de gente, conhecendo uma di- dei na gaveta depois de terminar, assim como fiz versidade de pessoas que nos ajudavam de for- com tantos outros que serviam de aprendizado. mas peculiares. Muitas vieram ajudar no filme. Corta. Em finais de 2004, depois de escre- Outras ajudaram de longe. Hoje, às vésperas do ver alguns roteiros para cinema e tv, depois de filme encontrar tantas pessoas nos cinemas, e lançar meu primeiro longa-metragem, A Carto- novas cenas se formarem nessa história da histó- mante, uma adaptação da obra de Machado de ria, tenho certeza que esta Casa, aonde os cami- Assis, eu achei que poderia dar um passo maior. nhos de reencontrar Deus são muitos, também Mais uma confissão - não me lembro ao certo está presente na história da história desse filme. como cheguei ao Nosso Lar. Mesmo. Talvez te- Melhor parar por aqui, senão o relato ficará mui- nha acordado um dia com essa ideia. Ou tenha to extenso. relido algum capítulo em função de algum estu- A todos os membros da Casa de Padre Pio, do. Uma amiga disse que conhecia a diretoria da neste e nos outros planos, fica o eterno obrigado Federação Espírita Brasileira. Pedi uma reunião, e pedido que não paremos de divulgar e compar- mas ela nunca me respondeu. Fui fazer um co- tilhar a história do filme. O final feliz ainda está mercial e a figurinista disse que conhecia o Re- longe e precisa da participação de todos! PP nato Prieto, e que ele tinha feito a peça muitos 13
  • 14. Portal da Gratidão A percepção da “graça”, o passaporte do “amanhã”... Denise Cristina Gomes D esde a Antiguidade, to- das as religiões falam so- bre a “Graça”. O que Ela seria? Por que é invocada e evo- cada por todos os povos, através dos tempos? Ela seria a manifes- tação de um fenômeno desco- nhecido? Ou poderia se referir a uma simples transcendência do nosso “aqui e agora”? Ou seria mais o uso de uma linguagem metafórica ou simbólica sobre algo não inteligível? Seria um presente, uma benção a nós? Ou a manifestação do “Misté- rio” em nossas vidas? Constata-se que, mesmo não havendo respostas a essas indagações, o ser humano quer ser Dela merecedor. Já foi dito: “muitos serão chamados, mas de lado a inquietante prática de julgar a nós poucos serão eleitos”... mesmos, aos outros, à vida... Passamos a nos Parece-nos, a priori em vão, tentarmos posicionar com maior humildade ante a nossa apreender o Mistério pelo qual Ela se manifes- existência, ao procurarmos desenvolver atitudes ta. Pois tentar compreendê-La implica em se de contínua aprendizagem e reflexão, facilitado- querer inserir o infinito, o incomensurável no ras de novas formas de interação com o nosso “aprisionamento” da lógica do mundo material cotidiano. Mas em contrapartida, não podería- (tridimensional) finito. Por isso, intuimos que o mos nos esquecer de cultivar o desapego a es- fenômeno da “Graça” esteja além de qualquer ses mesmos conhecimentos, evitando nos dei- perspectiva filosófica ou religiosa conhecida, na xar “aprisionar” em nossas lógicas e erudições, qual possam se inserir conceitos de merecimen- quase sempre percebidas por nós como “verda- to, causa e efeito, carma ou quaisquer outros des”, até por vezes, inquestionáveis. Significa que visem explicar a existência ou a dinâmica aprendermos a nos “esvaziar” internamente de desse fato. Se assim percebemos, por que então nossos questionamentos, certezas ou dúvidas, consideramos importante refletir sobre Ela? Será para nos disponibilizarmos a vivenciar um con- que poderíamos atraí-la? tínuo estado de “disponibilidade” ao Mistério. Assim, nos tornaríamos mais sensíveis para per- Significa aprendermos a nos ceber a manifestação da Divindade presente em “esvaziar” internamente de nossos nós. Observaríamos que, ao contrário do que questionamentos, certezas ou muitos possam pensar, não existe “acaso” em nosso existir, pois ao visualizarmos as “sincro- dúvidas, para nos disponibilizarmos nicidades”, coincidências significativas entre o a vivenciar um contínuo estado de que sentimos e certos acontecimentos externos a nós, presentes em nosso cotidiano, constatarí- “disponibilidade” ao Mistério. amos a sutil manifestação da “Graça”, no natu- ral fluir de nossas vidas. Talvez essa resposta esteja relacionada ao É possível que essa ideia para alguns possa fato de que, por Ela não se enquadrar em nossa parecer estranha, incompreensível ou até mes- racionalidade, vamos sendo conduzidos a per- mo fantasiosa; porém, é dessa forma que vamos ceber a parcialidade e as limitações de nossos aprendendo a nos questionar, ao observarmos juízos, e consequentemente, vamos deixando que somos muito mais que os raciocínios cons- 14 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 15. truídos por nossas mentes conduzidas pelos trais. Por consequência, tornamo-nos mais dis- nossos egos. poníveis ao exercício da intuição, através da qual Passamos toda uma existência sendo orien- nos sintonizamos a conhecimentos que, em tados a nos identificar com nossos pensamen- muito, transcendem a racionalidade conhecida. tos, portanto como de repente aprenderíamos Assim, estaremos dando início a uma nova tra- a questioná-los? É difícil aceitar e perceber que jetória: “o caminho de regresso de nossas almas transcendemos ao nosso pensar, construído aos seus verdadeiros lares”. para interagirmos na materialidade onde esta- Somos todos seres das estrelas, filhos da mos inseridos, embora esse fato já venha sen- “Graça”. Portanto, é chegada a hora de assu- do sinalizado por diversos místicos há centenas mirmos a nossa Identidade Cósmica... O tempo de anos. urge: precisamos nos preparar para entrar em Através de práticas de meditação e de re- contato com o Divino existente em nós. laxamento, vamos nos soltando das “amarras Será que a vivência consciente da Graça não mentais e emocionais” nas quais nos achamos nos possibilitaria descortinar o nosso “passapor- presos, assim como por certo os nossos ances- te cósmico”? PP Poesia, a linguagem da Alma Elevação Charles Baudelaire Por sobre pantanais, por sobre vales, Montanhas, bosques, nuvens, mares, Para além do sol e do éter nos ares, Para além dos confins das esferas estelares, Tu, meu espírito, agilmente te moves, Como um bom nadador, em êxtase nas ondas, Sulcas alegremente a imensidão profunda Com um indizível e másculo prazer. Voa para além dessas emanações nefastas; Vai te purificar em ares mais sublimes, E bebe, como um licor translúcido e divino, O fogo luminoso no espaço cristalino. Por trás do tédio e das imensas penas Cujo peso torna a existência nebulosa, Feliz daquele que pode com asa vigorosa Lançar-se pelas planícies luminosas e serenas; Aquele cujos pensamentos, como cotovias, Rumo aos céus da manhã, voam livremente. - Que planando sobre a vida, sem esforço entende, A linguagem das flores e das coisas emudecidas ! 15
  • 16. Coluna Livre Medos Rosa Ana Steinsnaider Leitão M adrugada. Uma criança dorme. De re- pente, seus olhos estão abertos, arre- galados. Quer se livrar das imagens do pesadelo. Elas continuam presentes nas sombras de seu quarto. Os monstros a rodeiam. Os pio- res, os mais terríveis e mais assustadores estão debaixo da cama e dentro do seu armário. Fabri- cados pelo medo que a imobiliza, a petrifica. Fi- nalmente, o terror se materializa: um grito ecoa na casa toda! O socorro chega finalmente. O pai (seu Herói) fulmina os monstros. A mãe (sua fada-madrinha) chega e a embala em seu colo protetor. A respiração e o coração se acalmam. A LUZ acaba de vez com o medo... naquele mo- mento. O medo está nos olhos de quem vê. Vivemos O medo humano básico é o medo do escuro. em uma “Cultura do Medo” ( livro Cultura do Tem raízes ancestrais. Existe desde o homem das Medo, de Barry Glassner, Ed. Francis). Nesta cul- cavernas. Está no Inconsciente Coletivo. Esse tura, é muito comum se manipular o que é visto. medo fundamental, que surge geralmente en- Farsas determinadas a fazer com que os indiví- tre 6 e 8 anos, tem duas vertentes principais: duos se tomem reféns de toda a sorte de medos o medo do desconhecido e o medo da morte. que atingem multidões cotidianamente. Ver- O medo é necessário numa certa medida. Em dadeiras teias feitas de perigos e pavores. Uma determinadas circunstâncias, funciona como um mídia inescrupulosa e oportunista “de plantão” alerta, um alarme. Aponta limites que, se excedi- de toda espécie se dedica incansavelmente a ali- dos, podem colocar em risco até mesmo a vida. mentar de medos populações do mundo, apre- O medo é a base de todo o constrangimento. sentando a sua versão dos fatos, escolhendo o Diferente da ansiedade, gerada internamente, o que mostrar e como mostrar, sempre em defesa medo é sempre relacionado a alguém ou a algo de interesses próprios. Afinal, uma população externo a nós mesmos. Criamos o medo a partir amedrontada reage e se imobiliza, sendo facil- de nossas próprias convicções e de pensamentos mente manipulada. Fica sem a força que possibi- que, segundo nossas crenças, não são corretos lita AGIR para buscar o que lhe interessa de fato. ou moralmente apropriados. Não se trata aí de Perde o verdadeiro foco, aquele para o qual de- sentir-se culpado, mas de perceber que, se você veria estar atenta e que é realmente perigoso e é o autor, criador de seus medos, só você tem o preocupante. Assim, atualmente, com frequên- mesmo poder para acabar com eles. Se você se cia, tememos o que não deveríamos temer e não escravizou, só você pode se libertar. Assumida tememos o que deveria ser temido. Temos sido e conscientizada a autoria, você passa a ser a enganados e nos enganamos quase sempre, por autoridade que poderá escolher que caminhos, tudo o que acabamos de observar e muito mais. que ferramentas deseja usar para chegar a con- Os medos têm aumentado barbaramente trolar seus medos e também a não permitir que neste século 21. É importante retomarmos nos- lhe sejam impostos. 16 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 17. sa lucidez, mais LUZ para dissiparmos a sombra Exercícios usando a respiração onde se escondem tantos medos, nos aproxi- Exercícios de meditação marmos mais de nossa própria natureza, ob- Exercícios de visualização criativa - fazendo uso da servarmos e estarmos mais em contato com a imaginação (uma imagem em ação) natureza que nos cerca. O sagrado é a Natureza Leitura de salmos e a Natureza é o sagrado, diz a Sabedoria da Ca- Estudo de porções bíblicas (semanais) balá Marrutí (essencial). Precisamos saber neste Celebrações espirituais (ritos - com arte, música, dança) momento planetário o que verdadeiramente é Meditar junto à natureza e seus elementos (ar, água, essencial para vivermos, sobrevivermos enquan- fogo) to espécie e permitir o mesmo para as próximas gerações. E não será pela cultura do medo que Ser e Estar, caminhando na Terra. Presente, cons- conseguiremos. Um BOM Caminho é adotarmos ciente, alerta. Com humildade, gratidão por todas as valores baseados nas virtudes conhecidas por formas de vida (incluindo a sua) e temor (consciência todas as mais antigas linhas espirituais viven- dos seus atos e dos seus efeitos a longo prazo). Saber ciadas na atualidade pelo ser humano. E fazer que todo aprendizado se dá por repetição e paciência. uso de algumas das suas mais importantes fer- ramentas, utilizadas há séculos para conseguir ser, cada vez mais, um melhor receptor da LUZ O medo é um blefe. Do outro lado do Espiritual: medo está o paraíso... Cruzadas do Bem Obs.: As palavras não devem ser acen- tuadas; as respostas com mais de uma palavra devem ser escritas sem espaços entre elas; as soluções estão no blog da Casa. HORIZONTAIS VERTICAIS 2. Capacidade de comunicação com o mundo espiritual 1. Gerar, dar origem 4. Universo (do grego) 3. Livro de André Luis, por Chico Xavier, a ser lançado 7. Existir em filme setembro próximo 8. Crença 4. Recuperação da saúde 10. São 5. Conhecimento 11. Oposto de trevas 6. Movimento em busca do novo 12. O mais elevado sentimento do ser humano 7. Trabalho sem remuneração 14. Instituição espiritualista, em Botafogo, Rio de Janei- 9. Contentamento ro, cujo lema é “Viver em Deus” 13. Prestar serviço 17. Ser supremo 14. Música vocal 18. Dívida ou crédito de vidas passadas 15. Astro central do nosso sistema planetário 16. Satélite da Terra 17
  • 18. Dúvidas e questões Perguntas dos Leitores P.: Qual é o sentido do karma? O que bebidas alcoólicas, não fumar e, de preferência, é karma pessoal e karma familiar? (Maria não praticar sexo (pelo tipo de energia que se Lúcia Ribeiro) gasta). Pede-se que se use roupas claras na hora da sessão, pois assim a irradiação funciona me- R. Karma vem do Sânscrito e significa literal- lhor. No preparo mental, devemos evitar discus- mente “ação”, mas com o tempo foi ganhando sões e brigas, e não falar mal ou julgar os outros. uma conotação de consequência da ação. Hoje, É conveniente também meditar, além de fazer as é aceito que aquilo por que passamos agora é a orações do dia, procurar manter pensamentos resultante de um karma passado. No entanto, é positivos e, ao entrar na sala de cura, evitar pen- fundamental entendermos o karma, não como sar na doença (imagine-se em um jardim, com uma punição, mas como uma oportunidade plena saúde). A espiritualidade sabe melhor do para nos religarmos a Deus. Atualmente, você, que nós o que precisa ser tratado. Maria Lúcia, vive um contexto de vida necessário É importante lembrar que a cura é compos- para o seu caminho à Fonte Divina. A meta final ta por três partes: a atuação do médico físico, não é o cumprimento de seus karmas, mas uni- o trabalho de reforma íntima de cada um e o camente Deus. Portanto, a lei do karma não é, tratamento espiritual na sala de cura. O médico como pensam muitos, algo fixo e inalterável do trata a doença por meio da medicina tradicional, tipo “aqui se faz, aqui se paga”. Se você atingir a reforma íntima trata a origem do desequilíbrio o Fim sem o cumprimento do karma, o propó- que causou o problema, e a espiritualidade trata sito estará cumprido, e o instrumento “karma” do todo. Se o paciente não se modificar, se não torna-se-á desnecessário. A prova disso é um quiser buscar ser uma pessoa melhor a cada dia, dos ladrões crucificados ao lado de Jesus. De o problema pode voltar. (Emmanuel Passos) fato, foi ladrão. Ele mesmo disse “...Roubei e pequei; mereço estar aqui moribundo... mas, Este ao meu lado, não fez o mal”. Assim, pela P. O que significa a palavra dharma? simples presença do Avatar e pela Compreensão (Dora Ferreira) Divina que isso lhe proporcionou, este ladrão não terá que assumir um karma futuro de ex- R. Dharma é uma daquelas palavras em ladrão, vivendo experiências relacionadas a este Sânscrito com um significado muito amplo. No contexto. O instrumento tornou-se desneces- entanto, geralmente é colocado como “aquilo sário. E, Jesus disse: “Hoje mesmo, você estará que é o certo”. É fundamental agirmos e pen- comigo no Reino dos Céus”. sarmos baseado no “certo”; afinal, como seria Às vezes, grupos, como famílias, países ou o mundo se matássemos ou se cobiçássemos a mesmo planetas, têm atitudes em comum, com mulher ou o marido do próximo, ou se roubás- um mesmo nível de pensamentos e sentimen- semos, ou se desrespeitássemos pais e mães? tos, gerando um karma comum coletivo. Mas, Até um certo nível de evolução, o cumprimento o raciocínio é exatamente o mesmo do karma dos dharmas é bom, mas, após um certo pata- individual. (Marcelo Patury) mar, o próprio dharma pode se tornar um apri- sionamento. Ao nos auto-considerarmos dignos de iluminação por já ter cumprido com primor P. Quais são as recomendações que um o que é certo, estará então na hora de compre- paciente deve seguir, ao participar de um endermos algo mais. Não está nos “certos” a tratamento espiritual, para que o proces- libertação, mas unicamente em Deus. O nosso so de cura possa atingir o melhor resultado processo de libertação do ego vai muito além possível? (Ricardo Oliveira) do cumprimento dos dharmas. Tanto é que, após Moisés que nos trouxe os dharmas, veio R. É realmente necessário observarmos al- Jesus que não desconsiderou os dharmas, mas gumas recomendações para nos prepararmos os transcendeu. Desta forma, falou aos mon- adequadamente e, assim, ajudarmos o nosso ges: “Vocês estão apenas cumprindo os rituais processo de tratamento. Quanto à parte física, e os dharmas, mas são hipócritas porque não devemos nos alimentar de comidas leves, sem há Deus em seus corações”. Da mesma forma, uso de carnes a não ser de peixes, não ingerir ele caminhava ao lado dos que feriam os dhar- 18 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio
  • 19. mas sociais, como a prostituta e o cobrador de se sobrepõem à Razão. Há também a obsessão impostos. Ele não fez o que parecia ser o certo, externa, causada por entidades desencarnadas libertando, como Moisés, o povo de seus opres- ou por larvas (pensamentos, formas) e outras sores, mas lhes ensinou a libertarem-se em Deus espécies de influenciação telepática. diante daquele contexto de opressão. O que se- Todos nós estamos sujeitos a esses “ata- ria de Jesus sem Moisés, e vice-versa? Eles têm ques”. Nossas imperfeições atraem para junto que ser entendidos como Um. Em nosso nível de nós Espíritos com idênticas imperfeições, ví- terreno, como chegaríamos à libertação em cios e falhas morais, tais como: alcoolismo, ma- Deus (moksha) sem antes vivermos e transcen- ledicência, crueldade, sexualismo exarcebado, dermos os dharmas? (Marcelo Patury) etc. O mau uso da mediunidade é uma falha que atrai igualmente maus Espíritos. Entretan- to, podemos evitar esses “ataques” através da P. Quais são os sentimentos que podem elevação do pensamento, da oração e da vigília estimular a interferência de obsessores ou constantes, da prática do Amor incondicional abrir brechas para eles? (F. Ghestem) em nosso dia-a-dia. R. Nos processos de auto-obsessão, as cau- Para confirmar o que dissemos acima, obser- sas podem ser: hipertrofia intelectual ou excesso vemos o que diz Kardec em O Livro dos Espíritos: de imaginação, vida contemplativa ou misticis- “...é preciso fazer o bem no limite de suas for- mo, esforço introspectivo sistemático, fixações ças, porque cada um responderá por todo o mal mentais inalteráveis, etc. O doente constrói para que resulte do bem que não haja feito.” E ain- si um mundo mental divergente, povoado de da absorvamos as sábias palavras de Padre Pio: ideias fortes ou mórbidas, que se tornam fixas, “Somente o amor pode superar o que existe em ou de concepções abstratas ou fantasiosas que nós de indomável.” (Daisy Elísio) 19
  • 20. Prece Salmo 91 Q uem habita na morada do Altíssimo, estará sempre sob Sua proteção. Sobre o Eterno declarei: Ele é meu refúgio e minha fortaleza, meu Deus, em Quem de- posito toda a minha confiança. Ele te livrará do laço do caça- dor traiçoeiro e da peste que assola tenebrosamente. Ele te cobrirá com Suas asas e sob elas encontrarás abrigo seguro. Não temas o terror que campeia durante a noite, nem a fle- cha que busca seu alvo durante o dia, nem a peste que se propaga nas trevas, nem tampouco o destruidor que ataca ao meio-dia. Ainda que tombem mil ao teu lado e dez mil à tua direita, não serás atingido. Somente teus olhos contempla- rão e perceberão a retribuição proporcionada aos ímpios. Pois disseste: “O Eterno é meu refúgio”, e fizeste tua a morada do Altíssimo. Nenhum desastre se abaterá sobre ti e nenhuma calamidade se aproximará de tua tenda. Pois Ele encarrega Seus anjos de cuidarem de ti e de te protegerem por todos os caminhos. Tomar-te-ão nas suas mãos para que não tro- pece teu pé em alguma pedra. Poderás pisar sobre o leão e a víbora, sobre o filhote do leão e a serpente, sem perigo. “Ele se uniu a Mim, portanto o protegerei; mantê-Io-ei a salvo, porque Me ama. Quando Me chamar, hei de responder-lhe; estarei com ele quando enfrentar atribulações; resgatá-Io-ei e farei com que seja honrado. Contemplá-Io-ei com uma longa vida e o farei ver Meu poder salvador”, disse o Eterno. 20 Essência da Luz uma publicação bimestral da Casa de Padre Pio