O documento discute o conceito de culpa através do exemplo de torcedores de futebol que procuram culpados após uma derrota por 6-0. Ao longo de três avaliações, os torcedores dividem a culpa entre os responsáveis, medem a culpa de cada um e consideram suas funções. Eles concluem que a culpa deve ser medida e punida de forma proporcional à responsabilidade de cada um.
2. As pessoas comuns avaliam a culpa dos
outros por seus próprios critérios.
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Os critérios pessoais são
baseados no conhecimento, na
afeição, ou até mesmo na
“paixão”, como é o caso dos
torcedores de futebol.
3. Examinaremos o resultado de um jogo
de futebol no qual o time ‘A’ perdeu de
6 x 0 para o time ‘B’
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Alguns torcedores do time ‘A’
reuniram-se para encontrar os
culpados e puní-los
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Os técnicos de ambos os
times são responsáveis: um
pela vitória do time ‘B’ e o
outro pela derrota do time ‘A’
Mas os torcedores
imaginam que existem
outros culpados pela
derrota.
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Mas, um torcedor observou
que o PATROCINADOR teria
sido o principal CULPADO pois
ele não sofreu pressão de
ninguém e não podia
considerar justo para o time
escalar o jogador contundido.
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O PATROCINADOR sabia que o jogador estava
contundido e queria apenas divulgar seu
‘jogador propaganda’, sem se importar com a
derrota do time.
CULPADO EM GRAU MÉDIO
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CULPADO EM GRAU MAIS QUE MÉDIO
O MÉDICO, melhor do que ninguém, sabia
que o jogador estava contundido, devia favores
ao cartola e resolveu agradá-lo.
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Cada um respondendo pela sua
capacidade e conduta individual
em relação à sua função no time.
Com a rediscussão parece que ficou
mais ‘justo” porque proporcional
também à responsabilidade
individual.
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Foram realizadas 3 avaliações:
1. Na primeira a culpa foi dividida entre
os culpados;
2. Na segunda a culpa dividida foi
medida;
3. Na terceira foi observada a função de
cada um.
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Em todas foi utilizado o SENSO
COMUM, e se o senso comum for
sendo aperfeiçoado resultará num
MANUAL DE REGRAS e deixará de
ser senso comum para se tornar
SENSO ESPECIALIZADO.
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No SENSO COMUM os critérios
são do avaliador ou do grupo e
podem variar muito, mas no
SENSO ESPECIALIZADO ou
MANUAL DE REGRAS, os
critérios são fixos.
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O MANUAL DE REGRAS ou SENSO
ESPECIALIZADO dá a segurança de
que todos os culpados serão
avaliados pelas mesmas regras,
independemente do que “pensa” o
avaliador.
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SENSO COMUM
Critérios variáveis
que permitem
avaliação da culpa
segundo o que o
avaliador ou o
grupo pensam.
MANUAL DE REGRAS
Critérios fixos
garantidores de que a
avaliação da culpa será
feita de modo igual
para todos.
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É verdadeiro que: se a culpa
existe e pode ser medida (foi o
que acabamos de fazer) então
ela é uma GRANDEZA, e
isto permite melhorar os
critérios e fixá-los.
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Na conhecida ESCALA CENTESIMAL (ou
Celsius) a ÁGUA LÍQUIDA existe entre
0ºC (zero graus centesimais) e
100ºC (cem graus centesimais)
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Temperatura MÍNIMA
Temperatura MÁXIMA
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Então vamos a um exemplo no canetão:
A pena máxima é 20 e a mínima 6
A diferença é 14 (20-6=14)
A culpa é de 50%
50% de 14 é igual a 7 (14x50/100=7)
A pena é de 9 (6+7=13)
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Já imaginou a cara do balconista se você chegar e
pedir “um tanto” de pano para fazer uma camisa?
Primeiro ele dará uma risada, depois pegará uma
“fita métrica” (régua de escala métrica), medirá
você e cortará a MEDIDA CERTA de pano.
PORQUE PRECISAMOS DE UMA ESCALA E PORQUE
ADOTAMOS A ESCALA CENTESIMAL.
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Uma escala centesimal bem conhecida é a tal do
“por cento”, ou percentagem, ou porcentagem, ou
percentual, e as pessoas estão acostumadas a
utilizar.
Aumentar 10%, ou 15%, ou 50% em uma quantia (Q) é o que
sabemos fazer:
1) Calculamos os 10% da quantia (Q=100): 100x10/100=10
2) Somamos os 10% calculados à quantia: 100+10=110
3) O resultado 110 é a quantia aumentada de 10%.
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Se eu disser que a temperatura ambiente é
de 298º graus você achará que está dentro
de um forno.
Mas se eu disser que a temperatura
ambiente é de 298ºK (graus Kelvin)
você talvez nem saiba o que é isto.
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Não sabe porque não conhece a
definição da escala Kelvin, mas isto
não importa no momento porque
298ºK (graus Kelvin) são a mesma
coisa que 25ºC (graus Celsius) e
graus Celsius você sabe, pois
usamos para definir a água líquida.
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Archeobaldo chegava em casa mais
cedo nas quintas-feiras e comia
biscoitos de queijo que sua dedicada
esposa preparava.
Certa quinta-feira o Juninho comeu os
biscoitos e quando a mãe viu já não
dava tempo de fazer outros.
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Archeobaldo chegou, não encontrou os
biscoitos e partiu furioso para cima da
esposa, mas esta – que não mentia –
apontou Juninho como autor da façanha.
Archeobaldo pegou o chinelo para
exemplar Juninho quando sua esposa o
interrompeu:
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“Não faça isto ! Eu fiz os biscoitos
como sempre, mas na hora do lanche
do Juninho eu estava fazendo as
contas da casa para economizar seu
suado dinheiro e não dei atenção aos
seus reclamos. Ele estava com fome e
comeu os biscoitos
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Ora, Archeobaldo, o Juninho é uma
criança, não podia entender essa sua
mania de comer biscoitos às quintas-
feiras; estava com fome, eu não lhe dei
atenção, ele não achou outra coisa para
comer. Então, não merece chineladas,
mas deve ganhar um sermão para não
crescer achando que pode fazer tudo.”
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imputabilidade especial,
potencial consciência do injusto e
exigibilidade de conduta diversa,
analisadas de acordo com as
circunstâncias do fato e
o domínio sobre elas.
Temas que serão vistos em
outras apresentações.
Obrigado!
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E eu, refletindo sobre a
pessoa do Juninho!
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